pequeno dicionário da alimentação saudável

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Page 1: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável
Page 2: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável
Page 3: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável
Page 4: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Tradicionalmente, as ações educativas sobre alimentação saudável apresentam foco no valor nutricional dos grupos de alimentos utilizando-se como principal ferramenta educativa a pirâmide alimentar. Para além desta dimensão nutricional, con-sideramos fundamental abordar outras dimensões igualmente importantes visando aproximar a discussão sobre alimentação saudável do cotidiano de vida das pessoas e ampliar o olhar sobre as práticas alimentares que diferentes grupos sociais vêm adotan-do, de forma mais ou menos consciente, para cuidar de sua pró-pria alimentação ou da alimentação da família.

Com este objetivo, o Instituto de Nutrição Annes Dias da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e Núcleo de Ali-mentação e Nutrição Escolar da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (NUCANE/ UERJ) fomentaram a confecção do Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável direcionado a profissionais de saúde da atenção básica e profissionais de educação básica.

Este material foi produzido com base em um processo de construção coletiva, do qual participaram também os parcei-ros da Rede Estadual de Alimentação e Nutrição Escolar do Rio de Janeiro, alunos e professores de graduação e pós-graduação e profissionais de saúde, que foram estimulados a responder a questão: “o que não pode faltar no conceito de alimentação sau-dável?” As respostas foram organizadas em 23 verbetes, de A a Z, sobre alimentação saudável. Para cada verbete, são listados tex-tos de apoio e sugestões de atividades para explorar a temática.

Apresentação

Page 5: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Em alguns textos de apoio indicados também é possível encontrar outras sugestões de atividades.

O dicionário valoriza, de forma lúdica e pedagógica, as dife-rentes dimensões da alimentação saudável, tais como a dimen-são de acesso à alimentação saudável e adequada, que exprime as condições de segurança alimentar e nutricional de grupos ou indivíduos, considerando que a alimentação é um direito huma-no reconhecido em Constituição; a dimensão cultural, que aborda os diferentes significados e valores que as pessoas atribuem aos alimentos, os quais são construídos de acordo com suas histórias de vida e que influenciam suas práticas alimentares de diferentes maneiras; a dimensão ecológica, que discute as formas de produ-ção de alimentos e os consequentes impactos para o ambiente e para a saúde da população; e a dimensão econômica, que explicita as políticas agrícola, agrária e econômica do país.

Os verbetes expressam uma ou mais dimensões da alimen-tação saudável e alguns apresentam interfaces entre si. Portanto, ao desenvolver alguma das atividades sugeridas pode-se abordar mais de um verbete e, por consequência, mais de uma dimensão da alimentação saudável.

Acreditamos que ao utilizar o material seja possível identifi-car novos verbetes e novas sugestões de atividades dando conti-nuidade ao seu processo de construção.

Page 6: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

É fundamental que os ambientes em que as pessoas vivem, estu-dam, trabalham sejam ambientes que facilitem o acesso à alimen-tação saudável, seja por meio de programas públicos de alimenta-ção como a alimentação escolar ou alimentação do trabalhador, seja por meio da contratação de serviços. Ter opções de comércio para comprar também facilita o acesso. Por exemplo, a presença de sacolões ou feiras livres favorece o consumo de frutas, legumes e verduras.Além do acesso físico, é essencial refletir sobre o aces-so econômico à alimentação adequada. Quando a compra dos ali-mentos necessários às pessoas ou famílias compromete o acesso a outros bens básicos, a alimentação saudável está ameaçada, ou seja, podemos dizer que esta família ou pessoa apresenta um cer-to grau de insegurança alimentar e nutricional que pode compro-meter sua saúde.

Acessível

Alimentação saudável

tem que ser antes de

tudo acessível,

incluindo o acesso à

água de qualidade.

A

Page 7: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Texto Link

A Segurança Alimentar eNutricional e o DireitoHumano à AlimentaçãoAdequada no Brasil - Dimensão 4:Acesso à alimentação adequada – p.14

http://www2.planalto.gov.br/consea/biblioteca/publicacoes/a-seguranca-ali-mentar-e-nutricional-e-o-direito-huma-no-a-alimentacao-adequada-no-brasil

Água para a vidaÁgua para todos

http://www.wwf.org.br/informacoes/bliblioteca/?2986

Cartilha SAE 2009 – Água: alimento essencial à vida

http://reanerj.blogspot.com.br/p/ semana-de-educacao-alimentar-sea.html

Sugestões de atividades:

•Demonstrar com materiais o percentual de água po-tável disponível para o consumo no planeta: 1 garrafa plástica de 2 litros – toda água do planeta (doce e sal-gada); 1 copo de 200ml – somente água doce (2,7%); 1 copo de 50 ml – água doce de fácil acesso (0,26%) e 1 tampa de garrafa – água potável (0,02%). Elaborar com o grupo as conclusões sobre a observação.

• Pedir ao grupo para responder a pergunta: “Você tem fome de quê?”, registrando as respostas em painel, em seguida ouvir a música COMIDA (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Brito) e debater sobre a ques-tão do acesso à alimentação.

A

Page 8: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

AÉ comum dizer: “primeiro, comemos com os olhos”! Embora a beleza seja um valor muito subjetivo, ao pensar em alimen-tação saudável, é fundamental pensar na forma de apresen-tação da comida e nos ambientes em que as pessoas reali-zam as refeições. Algumas vezes o interesse por um alimento pode mudar simplesmente em função do corte ou da textura em que este é apresentado. Misturar as cores dos alimentos também é uma forma de tornar a alimentação mais atraen-te. A alimentação é uma prática que envolve os sentidos. Ao escolher, ao preparar e ao saborear os alimentos, estimula-mos a visão, o tato, o olfato, o paladar e a audição.

Bonita

Alimentação é uma arte!

A

Page 9: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Texto Link

Os sentidos da comida: será que só a fome é o tempero do alimento?

http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/me-dia/1%20-%20os%20sentidos%20da%20comida.pdfEsta é uma revista produzida pelos alunos da Faculdade de Comunicação Social da PUC-Rio. Este número foi todo sobre ali-mentação. Para acessar a revista completa: http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/me-dia/ecletica%20n%C2%BA22%20completa.pdf

Guia alimentar para a população brasileira do Ministério da Saúde – Atributos da alimentação saudável – p.35

http://189.28.128.100/nutricao/docs/ge-ral/guia_alimentar_ conteudo.pdf

Sugestões de atividades:

• Levantar sugestões sobre como tornar as preparações diárias mais atrativas, a partir de imagens de pratos coloridos, bonitos e com alimentos variados.

•Discutir os diferentes significados da frase: “Comer com os olhos”.

B

Page 10: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

BA alimentação saudável deve atender as necessidades biológi-cas para manter o corpo funcionando bem e também atender as necessidades culturais. A cultura é entendida pelo conjunto de manifestações que expressam o modo de vida dos grupos sociais. Portanto, a dimensão cultural da alimentação saudável refere-se aos diferentes significados e valores que as pessoas atribuem aos alimentos. Esses significados são construídos de acordo com suas próprias histórias de vida e influenciam suas práticas alimentares de diferentes maneiras. Constituem mi-tos, tabus, crenças, costumes e práticas que compõem o saber popular sobre a alimentação.Talvez a forma mais concreta de expressão desse saber, seja a culinária. As comidas remetem à memórias, sensações, experiências e aprendizados. Por isso, a valorização das receitas de família e o resgate da culinária no cotidiano são ações essenciais de promoção de alimentação saudável!

CulturalA

A valorização de um ou outro alimento e a forma de preparar e de

comer estes alimentos traduzem aspectos da identidade cultural de

pessoas ou grupos. As pessoas não comem

nutrientes e sim comida.

Page 11: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Texto Link

Cultura Alimentar:

contribuições da antropologia da alimentação

http://www.unimep.br/phpg/editora/re-vistaspdf/saude13art05.pdf

Sabores e lembranças - narrativas sobre alimentação, saúde e cultura.

http://www.crde-unati.uerj.br/publicaco-es/pdf/Sabore.pdf

Sugestões de atividades:

• Promover o troca-troca de receitas: solicitar que os participantes tragam receitas tradicionais de sua fa-mília, explicando o motivo da escolha. Realizar vivên-cias culinárias com essas receitas.

• Levantar os diferentes significados da alimentação a partir das consignas: Comida de pobre; comida de rico; comida de escola; comida de doente, comida de festa ... As respostas podem ser registradas em um painel para apoiar a discussão. As consignas podem ser alteradas de acordo com a realidade do grupo e o objetivo da discussão.

C

Page 12: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

CQualquer um de nós tem o direito humano de obter acesso digno a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e com regula-ridade assegurada. Entre os direitos humanos já conquistados es-tão alimentação, moradia, saúde, educação, informação, trabalho digno e liberdade. Uma pessoa só tem uma vida digna se os seus direitos universais forem garantidos e respeitados. Por exemplo, dar de comer a uma pessoa não garante, necessariamente, o seu direito humano à alimentação, pois não assegura a dignidade hu-mana. Crianças, pessoas doentes ou com deficiência, pessoas que vivem em asilos ou hospitais e outras que não possuem autono-mia para produzir ou comprar seu próprio alimento também têm o direito humano a alimentar-se com dignidade. A falta de aces-so à alimentação expressa o grau de desigualdade social de uma população. Alguns mecanismos podem ser acionados para fazer cumprir este direito quando ele é negado, tais como conselhos de controle social, como o conselho de saúde, tutelar ou de seguran-ça alimentar e nutricional; ou outras instâncias como sindicatos, associações e o Ministério Público.

(um) Direito Humano

Alimentação saudável

é uma alimentação justa!

A

Page 13: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

(um) Direito Humano Texto Link

Direito humano à alimentação adequada e soberania alimentar

http://www.consears.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/10/02_Pro-grama-de-Formação-de-Delegados-à-IV-CNSAN-Texto-DHAA.pdf

Direito humano à alimentação adequada – faça valer

http://www4.planalto.gov.br/consea/publicacoes/folheto-direito-humano-a-alimentacao-adequada

Lei de segurança alimentar e nutricional

http://www2.planalto.gov.br/consea/biblioteca/publicacoes/cartilha-losan-portugues

Sugestões de atividades:

• Expressar por meio de uma atividade artística (teatro, música, paródia, desenho) o entendimento sobre “por que comer é um direito humano”.

•Promover a projeção e debate dos seguintes filmes: Ilha das flores (Jorge Furtado, 1989) e Comer é um direito (disponível em: http://www.educacaoamesa.org.br ).

D

Page 14: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

DAtualmente, são muitas as recomendações sobre alimentação saudável divulgadas por profissionais de saúde, televisão, livros, revistas, internet etc. São tantas informações que, às vezes, ge-ram mais confusão do que consensos. Por isso, o Ministério da Saúde produziu o Guia Alimentar para a População Brasileira. Este documento é importante porque definiu consensos entre vários setores sobre as principais diretrizes de alimentação saudável. No entanto, cada pessoa apresenta uma necessidade diferente e uma determinada relação com o alimento. Uma alimentação saudável precisa ser capaz de equilibrar as recomendações técnicas e as ne-cessidades individuais, com criatividade e flexibilidade. As diretri-zes básicas são fundamentais para o planejamento de ações dire-cionadas a um coletivo. No cuidado nutricional individualizado, as diretrizes precisam ser adaptadas ao contexto de vida.

Equilibrada

O respeito à autonomia

e à participação das

pessoas neste processo

são fundamentais para

alcançar o equilíbrio

entre o ideal e o real.

A

Page 15: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Texto Link

Guia alimentar para a população brasileira – princípios – p.29

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/guia_alimentar_conteudo.pdf

Guia alimentar para a população bra-sileira – como ter uma alimentação saudável

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/guia_alimentar_bolso.pdf

Sugestões de atividades:

• Estimular uma auto-reflexão a partir do preen-chimento do teste “como está sua alimentação?” (presente no guia alimentar de bolso).

• Solicitar que os participantes montem um prato equilibrado, seguindo as diretrizes do Guia Alimen-tar para a População Brasileira, utilizando gravuras de alimentos.

E

Page 16: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

EA alimentação é uma das principais formas de comemorar. Cada festa tem seu próprio repertório de cardápios. Podemos pensar em tantas festas no nosso país: festa junina, festa do boi, oktoberfest, festa do tomate, do marreco... Muitas estão atreladas às crenças religiosas de algum grupo, sugerindo o consumo de determinado alimento ou até mesmo o jejum. Em casa, as receitas tradicionais são preparadas para as festas familiares. Receber e visitar amigos requer o planejamento de um cardápio especial. Uma festa de aniversário ou casamento tem sempre um bolo e docinhos e os convidados sabem que a festa acabou quando essas preparações são servidas. Em algumas culturas, os velórios são realizados com oferta de alimentos. Em ambientes de trabalho, as refeições po-dem ser espaços para articulação e tomada de decisões ou um mo-mento de descontração e confraternização.Por isso, as vivências culinárias podem ser uma excelente estratégia para a promoção de alimentação saudável: mobilizam os sentidos, remetem à lem-branças e sensibilizam para novas possibilidades.

A alimentação é celebração

da vida!

A Festiva

Page 17: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Sugestões de atividades:

•Pesquisar tradições festivas da cultura brasileira, destacando suas preparações e bebidas caracterís-ticas. Os achados podem ser expostos na forma de murais e cartazes.

•Realizar uma vivência culinária escolhendo uma preparação de uma festa tradicional.

Texto Link

Festas culturais: tradições, comidas e celebrações.

http://www.uesc.br/icer/artigos/festas-culturais_mercia.pdf

F

Page 18: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

FPara ser saudável, a alimentação precisa ser gostosa. Muitas pes-soas dizem “tudo que é gostoso faz mal”, mas isto é um mito. A alimentação do dia a dia do brasileiro como arroz, feijão, carne, legumes e frutas é saudável e gostosa. No entanto, um desafio que encontramos atualmente para a promoção da alimentação saudá-vel é o elevado consumo de alimentos industrializados. O exces-so de açúcar, de sal, de gorduras e de aditivos químicos presentes nestes alimentos acabam alterando o paladar (fenômeno conheci-do como hiperpalatabilidade) e causando estranhamento ao sabor natural dos alimentos, principalmente por crianças.

Gostosa

Ao pensar em receitas e cardápios que promovam a saúde, não

se pode perder de vista que é preciso atrair

o olhar a agradar o paladar!

A

Page 19: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Texto Link

Cartilha da Semana de Alimentação Escolar – 2006 - Culinária, saúde e prazer

http://200.141.78.79/dlsta-tic/10112/126881/DLFE-2011.pdf/sae06.pdf

A culinária como objeto de estudo e de intervenção no campo da Alimentação e Nutrição

http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n1/v16n1a13.pdf

Sugestões de atividades:

• Fazer um bolo com ingredientes diferentes do tra-dicional (agrião, feijão, beterraba, abobrinha...) Estimular a análise sensorial do bolo respondendo a pergunta “Tem gosto de quê?”.

•Assistir o filme Ratatouille (Brad Bird, 2007) desta-cando a valorização da culinária.

G

Page 20: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

GO hábito alimentar é aprendido, construído e modificado ao longo da vida. É influenciado pelas experiências que as pessoas viven-ciam em diferentes contextos, como o ambiente em que estudam ou trabalham; pela religião, pela propaganda... Alguns tendem a manter hábitos por mais tempo, outros já são mais flexíveis às mu-danças. Alguns hábitos são mais fáceis de mudar do que outros. É possível incorporar novos hábitos como deixar de lado hábitos antigos ou até misturá-los. Os hábitos alimentares podem se mo-dificar o tempo todo, a qualquer tempo.Atualmente utiliza-se mais o termo práticas alimentares, que se referem tanto aos alimentos escolhidos quanto às formas de preparar, de servir e de comer. Expressam melhor esse dinamismo que está em função do cotidia-no de vida das pessoas e das diferentes estratégias utilizadas para cuidar da própria alimentação ou da alimentação da família

(respeita o) Hábito Alimentar

É possível incorporar novos

hábitos como deixar de lado hábitos

antigos ou até misturá-los.

A

Page 21: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

(respeita o) Hábito Alimentar

Texto Link

Cultura e alimentação ou o que têm a ver os macaquinhos de Koshima com Brillat-Savarin?

http://www.scielo.br/pdf/ha/v7n16/v7n16a08.pdf

Sugestões de atividades:

• Levantar os diferentes significados da alimenta-ção a partir das consignas: como e gosto; como e não gosto; não como e gosto; não como e não gosto. As respostas podem ser registradas em um painel para apoiar a discussão sobre diferentes hábitos, tabus, preconceitos, crenças sobre ali-mentação.

• Cantar a música “Família” (Titãs) e debater so-bre a influência dos hábitos familiares em nossa alimentação.

H

Page 22: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

HAlimentos in natura são aqueles que compramos frescos em fei-ra livre, sacolão, açougue, peixaria... Ao longo do tempo, a indús-tria foi aumentando a produção de alimentos industrializados ou processados, que são mais vendidos nos grandes supermercados. Para aumentar o tempo de prateleira destes alimentos e aumen-tar o lucro destes fornecedores, a indústria passou a manipular ou processar os alimentos retirando ou adicionando partes dos pró-prios alimentos ou até outras substâncias (aditivos químicos) para conservar, alterar a cor ou o sabor, engrossar a consistência, au-mentar ou diminuir a umidade...Os alimentos industrializados podem ser divididos em:- minimamente processados – aqueles que são submetidos a al-gum processo para preservá-los ou torná-los mais acessíveis e se-guros. Ex.: arroz, feijão, carne fresca, leite...- ingredientes culinários – aqueles que, geralmente, não são con-sumidos puros; são utilizados como ingredientes no preparo de

(privilegia alimentos)in natura

Os alimentos in natura

são a base de uma alimentação

saudável!

A

Page 23: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Texto Link

Conceito de alimento natural eAlimento industrializado: umaAbordagem sóciocomportamental

http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2007_TR610460_9791.pdf

Cartilha Semana de Alimentação Esco-lar 2010 – Alimentos industrializados: mitos e verdades

cartilhasae2010versaofinalparadivulga-cao-120306081540-phpapp01.pdf

Sugestões de atividades:

•Realizar oficinas culinárias para elaborar prepara-ções caseiras, com alimentos in natura, similares às preparações industrializadas disponíveis no merca-do. Exemplos: molho de tomate caseiro, iogurte, coalhada, sorvetes e sucos de frutas naturais. Após a preparação e a degustação, conversar sobre as vantagens do uso de alimentos in natura para saú-de e para o ambiente.

Ipratos constituídos por alimentos frescos e minimamente proces-sados. Ex.: óleos, gorduras, farinhas, massas, féculas, açúcares... - ultraprocessados – aqueles que são confeccionados com base nos ingredientes culinários acrescidos de pequenas quantidades de alimentos minimamente processados, de sal ou de outros con-servantes. Ex.: biscoitos, refrigerantes, cereais matinais, doces em geral, sorvetes...

Page 24: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

AIAlgumas pessoas vêm dedicando menos tempo ao preparo das pró-prias refeições. Atualmente, algumas moradias são construídas até sem cozinha ou somente com uma copa. Com isso, temos observa-do o aumento das práticas de comer fora de casa, pular refeições e substituir refeições por lanches, principalmente no caso do jantar.Em geral, essas trocas costumam privilegiar alimentos mais calóri-cos e mais industrializados com mais gorduras e açúcares e menos fibras, vitaminas e minerais.Cada refeição tem seu valor específico: o café da manhã serve para quebrar o jejum do período noturno; o almoço, a principal refeição do dia, fornece a maior parte das calo-rias que necessitamos para as atividades diárias e o jantar, em geral, a última refeição antecede o jejum da noite. Dependendo da rotina de cada pessoa, entre as grandes refeições podem ser realizados pe-quenos lanches para evitar a fome exagerada na próxima refeição, o que pode levar a pessoa a comer demais. Além da função nutricio-nal, as refeições também servem como momento de integração da família ou de reflexão e descanso entre as atividades do dia.

(valoriza o) Jantar

Valorizar as refeições e a prática de produzir

o próprio alimento ajuda a tornar a alimentação mais saudável!

Page 25: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Texto Link

Guia alimentar para a população brasileira – Diretriz 1 – p.39

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/guia_alimentar_conteudo.pdf

Alimentação fora do domicílio de con-sumidores do município de Campinas, São Paulo

http://www.scielo.br/pdf/rn/v24n2/a10v24n2.pdf

Sugestões de atividades:

• Entrevistar as pessoas mais idosas da comunidade so-bre como eram realizadas as refeições em sua época de criança.

•Discutir com o grupo os resultados encontrados em uma enquete realizada com pessoas da comunidade, com as seguintes questões:

- Quantas e quais refeições são realizadas ao longo do dia?

- Com quem?

- Aonde e de que maneira?

J

Page 26: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

JO aleitamento materno promove a saúde e previne doenças para a mãe e para o bebê. Quando mama, o bebê se alimenta dos melho-res nutrientes para seu crescimento, recebe da mãe várias defesas para doenças da infância e da vida adulta e o mais importante: se sente seguro e protegido. O ato de amamentar favorece a rela-ção afetiva entre mãe e filho.No entanto, alguns familiares podem achar que o leite materno não é o mais adequado para seus be-bês e podem até criar dificuldades para as mães amamentarem. Por isso, é tão importante apoiar as mães neste momento. Os pro-fissionais de maternidades, bancos de leite humano e unidades de saúde podem orientar sobre as principais dúvidas. Outros profis-sionais, escolas e creches podem valorizar a amamentação. A me-lhor forma da creche incentivar o aleitamento materno é apoian-do a mãe que deseja continuar amamentando. Algumas políticas públicas foram criadas para garantir o aleitamento materno como

(começa com) Leite Materno

Depois do nascimento, a alimentação

saudável começa com leite materno!

A

Page 27: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Texto Link

Promovendo o aleitamento materno http://www.fiocruz.br/redeblh/media/albam.pdf

Cartilha para mãe trabalhadora que amamenta

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publica-coes/cartilha_mae_trabalhadora_ama-menta.pdf

Aleitamento materno- Projeto Com Gosto de Saúde

http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc/exibeConteudo?article-id=127650

Sugestões de atividades:

• Solicitar que os alunos construam um mural com fotos e/ou imagens sobre amamentação e identifiquem o que as imagens sugerem sobre este ato.

• Convidar uma mãe que esteja amamentan-do ou que já tenha amamentado a relatar sua experiência

os hospitais e unidade básicas amigas da amamentação; a forma-ção de profissionais de saúde; a licença amamentação; o direito de amamentar o filho no local de trabalho; a propaganda do alei-tamento materno... mas cada um pode contribuir formando uma rede de apoio social neste momento tão definitivo da vida.

L

Page 28: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

LMercado é o local onde agentes econômicos (vendedores e com-pradores) se encontram para trocar mercadorias por outras ou um equivalente geral do valor (bens ou, em geral, dinheiro). As feiras livres contemporâneas conservam características dos primeiros mercados que se tem conhecimento, como a montagem provisó-ria e o predomínio dos gêneros alimentícios nos itens de troca. Esse traço foi conservado na construção de espaços permanentes para a comercialização de mercadorias para consumo imediato, tanto nos entrepostos atacadistas (como os mercados públicos e as centrais de abastecimento) quanto nas mercearias e supermercados varejis-tas. Outro tipo de mercado de gêneros alimentícios são as bolsas de mercadorias, que focam no comércio de commodities. Nelas, ao contrário dos estabelecimentos atacadistas e varejistas, as merca-dorias negociadas não estão fisicamente presentes e podem até ser comercializadas antes da sua produção, com base na expectativa do seu preço em uma data futura. No entanto, existem estratégias que se distanciam dessa lógica. Destaca-se a aproximação entre

(comercializada em) Mercados

Portanto, não se esqueça:

toda compra, por menor que seja,

é um ato político!

A

Page 29: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Texto Link

Ações públicas locais de abastecimento Alimentar

http://www.ieham.org/html/docs/Ac%E7%F5es%20P%FAblicas%20Lo-cais%20de%20Abastecimento%20Ali-mentar%20-%20POLIS%205.pdf

Sugestões de atividades:

• Visitar as diferentes opções de comércio de alimentos, tais como: sacolão, feira, supermercado, entrepostos de abastecimento (CADEG, CEASA, COBAL) e comparar as principais diferenças (alimentos oferecidos, arrumação das mercadorias, formas de pagamento, relação entre o consumidor e o fornecedor etc).

• Conhecer o funcionamento da Bolsa de Gêneros Alimentí-cios do Rio de Janeiro.

produtores e consumidores por meio do chamado “circuito curto” (feiras de agricultores ou grupos de consumidores que realizam compras coletivas diretamente dos produtores). Estas iniciativas, por um lado, permitem melhores condições de venda e, por outro, possibilitam a compra de alimentos da safra, o que é fundamental para uma alimentação saudável e para a sustentabilidade socioam-biental das culturas agrícolas. A maior ou menor disponibilidade de alimentos e as formas como eles são produzidos para a população influenciam e são influenciadas pelas políticas agrícola, agrária e econômica dos países.

M

Page 30: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

MNutrientes são partes integrantes dos alimentos. Tradicionalmente, essa dimensão da alimentação saudável foi a mais valorizada. No entanto, de tempos para cá, nutricionistas, economistas, jornalistas e antropólogos têm trazido para o debate dos atuais problemas de saúde, fortes críticas a esta ideia, por desconsiderar aspectos eco-nômicos, ambientais e sócio-culturais da alimentação. Como con-sequência, uma grande questão enfrentada nos dias de hoje é a in-corporação pela mídia do discurso científico e a sua relação com a medicalização da alimentação. Quando falamos em medicalização, não se trata de um assunto restrito a medicamentos, remédios, mas de um processo por meio do qual questões de diferentes naturezas são reduzidas à lógica médica. Temos como um exemplo bem pró-ximo, o caso dos estudos sobre a funcionalidade dos alimentos, em que são identificados os benefícios à saúde de alguns compostos químicos, sendo atribuído maior ou menor valor aos alimentos de acordo com essas características. É o discurso do “tenho que comer para”. Esse tipo de abordagem serviu (e ainda serve) de base para legitimar diferentes ações da indústria de alimentos, relacionadas

Nutritiva

Alimentação nutritiva é a alimentação

tradicional do brasileiro: arroz, feijão, algum tipo

de carne, legumes, verduras e frutas!

A

Page 31: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Sugestões de atividades:

•Convidar o grupo a compor um Tribunal do Júri: é retirado um voluntário para ser o juiz, três ou cinco para compor o júri e entre o restante, metade do grupo fará a defesa e a outra metade fará o ataque. Podem ser “julgadas” ques-tões como:

- Cozinhar está fora de moda?- É possível combinar alimentação saudável e prazer? - Alimentos x produtos alimentícios - A mídia e a propaganda de alimentos influenciam as prá-

ticas alimentares atuais?

às formas de manipular os nutrientes e criar novos produtos para o consumo. Por isso, muitas pessoas acreditam que a alimentação saudável é cara e que devem incorporar vários produtos à sua ali-mentação diária, o que não é verdadeiro.

N

Texto Link

Alimentação e globalização: algumas refle-xões

http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v62n4/a14v62n4.pdf

Representações sociais da alimentação e saúde e suas repercussões no com-portamento alimentar

http://www.scielo.br/pdf/physis/v7n2/04.pdf

Cartilha Semana de Alimentação Esco-lar 2010 – Alimentos industrializados: mitos e verdades

cartilhasae2010versaofinalparadivulga-cao-120306081540-phpapp01.pdf

Page 32: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

NA alimentação é oportuna quando utiliza um momento apropriado ou favorável para apresentar, introduzir ou modificar determinado alimento nas suas diferentes consistências ou formas de preparo. As mudanças no ciclo de vida colocam a necessidade de algumas adaptações e cuidados. Isso também pode acontecer em certas si-tuações especiais de saúde.A gestante torna-se responsável pela sua alimentação e do bebê. O aleitamento materno requer apoio e orientação. Após os seis meses de aleitamento materno exclusivo, a introdução de alimentos complementares é um momento essen-cial para as práticas alimentares no decorrer da vida. A partir dessa idade, a criança entra em contato com hábitos diferentes da família e a cada ano que se passa novos desafios são lançados, como a ali-mentação oferecida pela escola ou escolhida pelos amigos. Na ado-lescência, a alimentação é um ritual de aprovação social no grupo e uma forma de conseguir mais autonomia em relação à família. Na vida adulta, a rotina de trabalho requer praticidade para cuidar da alimentação em casa. Ao envelhecer, a relação com a alimentação pode ser modificada em função das mudanças no corpo ou das con-dições de saúde.Todos estes momentos são diferentes e requerem atenção e cuidado.

Oportuna

A alimentação é oportuna quando consegue atender a estas mudanças de maneira favorável e

promover saúde!

A

Page 33: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Oportuna Texto Link

Alimentação saudável para gestantes: siga os 10 passos

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/10passosGestantes.pdf

Guia para menores de 2 anos http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publica-coes/10_passos.pdf

Caderneta de saúde do adolescente - meninos

http://portal.saude.gov.br/portal/arqui-vos/pdf/cardeneta_meninos.pdf

Caderneta de saúde do adolescente - meninas

http://portal.saude.gov.br/portal/arqui-vos/pdf/cardeneta_meninas.pdf

Guia alimentar para a população bra-sileira

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/guia_alimentar_conteudo.pdf

Alimentação para pessoa idosa http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/asaudavel_p_idosa.pdf

Sugestões de atividades:

•Assistir aos vídeos Fases do Ciclo da Vida I (Gestan-tes e Crianças) e Fases do Ciclo da Vida II (Alimen-tação Saudável da adolescência à Terceira Idade), disponíveis em http://www.educacaoamesa.org.br, e discutir as mudanças na alimentação nos diferen-tes ciclos de vida.

O

Page 34: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

OA alimentação é uma das principais fontes de prazer do ser humano. A comensalidade que significa, comer junto, é uma das marcas do ritual de alimentação humana e uma das con-dições para o prazer de se alimentar. É muito frequente o re-lato de idosos, que apresentam desinteresse em se alimentar quando ficam viúvos ou sem parentes em casa. Alguns adultos que moram sozinhos, também acham difícil preparar comida para uma só pessoa. A dimensão de prazer da alimentação pode estar em comer ou em preparar a comida para alguém. Ao se alimentarem, as pessoas buscam nutrir o corpo e a alma e neste sentido, a alimentação é uma prática social que nos relaciona até de uma forma espiritual, é uma comunhão. Esta é uma dimensão que não se pode perder de vista quando as pessoas precisam fazer restrições alimentares por motivos de saúde.

Prazerosa

Alimentação saudável

também tem que ser

prazerosa!

A

Page 35: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Texto Link

Comensalidade: Refazer a humani-dade

http://leonardoboff.com/site/vista/2008/abril18.htm

Alimentação e comensalidade: as-pectos históricos e antropológicos

http://cienciaecultura.bvs.br/scie-lo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252010000400009

Sugestões de atividades:

• Solicitar que os alunos tragam fotos de comemorações com a família ou amigos em torno da alimentação.

•Discutir sobre o prazer na alimentação, com base na leitura das crônicas: Comi-da de Alma (Nina Horta) e Crônica do Ovo (Luis Fernando Veríssimo).

P

Page 36: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

PAtualmente, é muito comum escutar programas de TV ou profis-sionais de saúde, abordando a alimentação como fator que pode prevenir ou provocar doenças crônicas como obesidade, diabetes, hipertensão arterial e alguns tipos de câncer. É preciso lembrar que além da alimentação existem outros fatores que também influen-ciam neste processo, como a prática de atividade física, consumo de álcool, uso do tabaco, stress, condições genéticas, entre outros... No entanto, alimentação é muito mais do que um fator de risco! A alimentação está na base das relações humanas e os alimentos precisam ser vistos para além dos seus nutrientes. Neste sentido, as práticas alimentares, além do aspecto nutricional, podem con-tribuir para a construção de habilidades pessoais essenciais para a promoção da saúde, como por exemplo: fazer um lanche com amigos pode facilitar a aprovação social de um grupo de jovens; preparar uma receita de família pode aumentar a autoestima junto a familiares; organizar um piquenique ou um café da manhã pode contribuir para ampliar a rede de convívio social de algumas crian-ças e famílias; boicotar o consumo de certos alimentos pode am-pliar o senso crítico de jovens; aprender novas receitas pode am-pliar a autonomia de idosos ou pacientes com transtornos mentais.

Qualidade de vida

Alimentação

saudável, além de

prevenir doenças,

deve promover

saúde e

qualidade de vida!

A

Page 37: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Texto Link

Qualidade de vida e saúde: um debate necessário

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232000000100002

Política Nacional de Promoção da Saúde

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publi-cacoes/politica_nacional_promocao_saude_3ed.pdf

Sugestões de atividades:

• Identificar com o grupo momentos em que a alimentação contribui para a qualidade de vida. Refletir sobre os ali-mentos mais consumidos nestes momentos.

•Promover a projeção e o debate de filmes em que po-demos perceber as práticas alimentares em diferentes contextos sociais. Algumas sugestões: Como água para chocolate (México, 1992); Estômago (Brasil, 2007); Julia e Julie (EUA, 2009).

• Explorar o Rap da Alimentação Saudável criado por alunos da Escola Municipal José Lins do Rego, no Rio de Janeiro. É possível interpretar a letra, cantar, fazer paródias. Disponí-vel em: http://portalmultirio.rio.rj.gov.br/portal/riomidia/rm_materia_conteudo.asp?idioma=1&idMenu=9&label=Corresponsales&v_nome_area=Corresponsales&v_id_conteudo=64819#

Q

Page 38: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

QSe pararmos para pensar na alimentação de um gaúcho e de um nordestino, podemos nos surpreender com tantas diferenças. Por ser um país de dimensões continentais, o Brasil apresenta uma grande variedade climática, de fauna e de flora. Os biomas brasi-leiros como as florestas e matas, o cerrado, a caatinga, os pampas e o pantanal apresentam diferentes vantagens e desvantagens para a extração e o plantio de espécies vegetais ou para a criação de espécies animais. É exatamente essa diversidade que torna nossa alimentação tão rica, sem falar no acesso à água, permitido pelo volume dos rios.Somado ao aspecto físico, as diferentes ma-trizes que conformaram a criação do povo brasileiro como índios, quilombolas, caipiras, negros e europeus também permitiram a mistura de receitas e ingredientes tão característica da culinária brasileira.

Regional

Tacacá, cuscuz, pamonha, vatapá,

moqueca, paçoca, angu, feijoada, frango ao molho

pardo, churrasco, barreado – misturas que expressam um passeio

pelo paladar e pela culi-nária regional brasileira!

A

Page 39: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Regional Texto Link

Alimentos Regionais Brasileiros http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/alimentos_regionais_brasileiros.pdf

Alimentação e cultura – Projeto Com Gosto de Saúde

http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc/exibeConteudo?article-id=127650

Sugestões de atividades:

• Entrevistar pessoas de outras regiões, perguntando sobre alimentos e preparações típicas e montar um mapa regio-nal ilustrado por estas preparações.

•Promover a projeção da série “O Povo Brasileiro” (TV Cul-tura, GNT e Fundação Fundar), baseada no livro homô-nimo de Darcy Ribeiro, e o debate sobre as diferenças regionais da alimentação do brasileiro. Vídeo disponível em http://www.youtube.com/watch?v=TcwMZU5Y0iw&list=PL3B904E5070413F07. O DVD, da gravadora Versátil, também está disponível para a venda

R

Page 40: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

RSustentabilidade é um termo amplo e complexo. Vem sendo usa-do por diferentes pessoas e em contextos diversos. Esta dimensão refere-se às práticas alimentares promotoras da saúde que respei-tem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econô-mica e socialmente sustentáveis. Mas o que seria isso? O aspecto ambiental da sustentabilidade envolve não prejudicar o ambiente à volta, composto pelo solo, pela água e pelos seres vivos daquele habitat; o cultural diz respeito à valorização da cultura local, tan-to alimentar, como de costumes de uma maneira geral; o aspecto econômico abarca questões relacionadas à compatibilidade entre padrões de produção e de consumo, valorização de grupos locais e tradicionais; e, por fim, o social envolve o respeito às pessoas, a manutenção da qualidade de vida da população, equidade na dis-tribuição de renda e diminuição das diferenças sociais, com partici-pação e organização popular. A sustentabilidade envolve questões relacionadas à manutenção da vida, preocupando-se também com gerações futuras.Significa dizer que vale a pena priorizar alimen-tos cultivados localmente. Significa também não incluir na base de

Sustentável

Adotar uma alimentação que respeite

esses aspectos da sustentabilidade não cabe apenas aos indivíduos e à população. É preciso que

políticas públicas garantam esse acesso.

A

Page 41: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Texto Link

O olho do consumidor (Cartilha Ziraldo) http://www.sustentabilidade.org.br/ima-gens/conteudos/File/cartilha_ziraldo.pdf

Cartilha SEA 2011 - Agroecologia e agri-cultura familiar

reanerj.blogspot.com.br/p/semana-de-educacao-alimentar-sea.html

Cartilha SEA 2012 - Alimentação e Sus-tentabilidade: Multiplique essa idéia!

http://reanerj.blogspot.com.br/

Plantando o amanhã – Cartilha para trabalho de base

http://institutokairos.net/wp-content/uploads/2012/04/AgroCartilhaA5.pdf

Sugestão de atividades:

• Conhecer o trabalho da ONG As-PTA e suas produções como o vídeo “Quintal da D. Leda” (disponível em http://www.youtube.com/watch?v=TDsKen05EqU

• Assistir o filme “O Veneno está na mesa” (Silvio Tendler, 2011) e discutir o impacto dos agrotóxicos nos sistemas alimentares.

• Conhecer e divulgar a campanha contra agrotóxicos (http://www.contraosagrotoxicos.org/).

nossas práticas, alimentos produzidos com veneno, que poluem o meio ambiente e impactam negativamente todas as pessoas que se expõem a eles durante o processo produtivo: desde os traba-lhadores no campo, até os que bebem de água contaminada. Ao invés disso, alimentos produzidos por meio da agroecologia, que são sustentáveis em todos os aspectos, deveriam ser priorizados.

S

Page 42: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

SMuitos são os desafios encontrados para cuidar da alimentação na vida atual. Falta tempo para comprar, para preparar a até para co-mer. Mas o tempo é o mesmo para todos! Até alguns anos atrás, modernidade parecia não combinar mais com alimentação prepa-rada em casa. Cozinhar era tarefa para a mãe ou para a avó que não “trabalhavam”. A mulher moderna, que trabalha fora, se or-gulhava em dizer que não sabia cozinhar. De uns anos para cá, algumas mudanças têm sido observadas. Cozinhar em casa tem se tornado hobbie de alguns homens, livros de receita têm sido publicados, programas de TV sobre culinária se multiplicam. Es-tas iniciativas têm contribuído para o resgate da culinária com o tempo possível de cada um. Algumas pessoas estão descobrindo que o tempo gasto com a alimentação pode ser otimizado para o cuidado com a família, para relaxar e para planejar a vida pessoal e profissional.

(com)Tempo(rânea)

Para a promoção da alimentação saudável está

colocado o desafio de combinar alimentação,

saúde e prazer!

A

Page 43: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

(com)Tempo(rânea) Texto Link

Reflexos da globalização na cultura alimen-tar: considerações sobre as mudanças na alimentação urbana.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141552732003000400011&script=sci_arttext

Sugestões de atividades:

•O consumo de biscoitos e refrigerantes aumentou 400% da década de 70 até os dias de hoje. Promover uma refle-xão crítica sobre as principais mudanças nos hábitos ali-mentares ao longo do tempo, por meio da exposição de vídeos, análise de propagandas, livros de História, dados de pesquisa etc.

• Formar grupos de teatro problematizando cenas do co-tidiano sobre alimentação na vida moderna (comer com pressa, comer vendo TV, comer sozinho, substituir refei-ção por lanche...).

•Conhecer a campanha slowfood, disponível em http://www.slowfoodbrasil.com, e discutir sobre esta prática.

T

Page 44: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

TDo fogão à lenha ao microondas; da colher de pau à espátula de silicone; das panelas de alumínio ao aço inoxidável; da porcelana ao prato descartável; o desenvolvimento de utensílios e equipa-mentos tentou responder a necessidade de maior praticidade na cozinha e às exigências sanitárias. A própria cozinha ganhou novas formas nas casas, muitas foram reduzidas.Entre a modernização e a tradição, constituiu-se o dilema da alimentação saudável. As consequências dos atuais padrões de consumo alimentar provo-cam agora uma retomada da prática culinária aliada a saúde, ao prazer e a sustentabilidade. O uso de estratégias para garantir maior praticidade e que otimizem o tempo destinado ao preparo das refeições, precisa ser revisto face às condições de saúde e às questões ambientais.

(dimensiona) Utensílios

Nem tudo que a indústria produz

é realmente necessário para

cozinhar e nem tudo

promove saúde!

A

Page 45: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

(dimensiona) Utensílios Texto Link

O uso da tecnologia a favor da evolução gastronômica.

http://www.prp.ueg.br/sic2011/apresentacao/trabalhos/pdf/cien-cias_sociais_aplicada/sic/csa_sic_o_uso_da_tecnologia_a_favor_da_evolu-cao_gastronomica.pdf

Sugestões de atividades:

• Solicitar que o grupo pesquise imagens de utensílios e equipamentos de cozinha, antigos e modernos, de maneira a promover uma discussão sobre a evolução desses e quais suas reais necessidades.

•Realizar uma vivência culinária: preparar um bolo com a mesma receita, onde um grupo utilizará uten-sílios modernos e o outro utensílios tradicionais (por exemplo, bater a mão ou em batedeira; assar no forno convencional ou em microondas). Após a degustação, discutir sobre a textura e o sabor.

U

Page 46: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

UCada alimento apresenta uma composição diferente e ao variar os alimentos que comemos, garantimos diferentes nutrientes para o corpo. Além dos nutrientes, a variedade de alimentos evita a mono-tonia ali¬mentar que pode levar ao desinteresse pela alimentação.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimenta-ção (FAO) alertou que o mundo vive um processo de extinção de alimentos sem precedentes. Mais de mil alimentos nutricional-mentericos entraram em extinção, sendo a maioria originários do Brasil. Entre os principais motivos estão o sistema alimentar dire-cionado para os produtos mais vendidos e o crescente consumo de alimentos industrializados. A alimentação do brasileiro tem privi-legiado o consumo de trigo, laticínios e carnes em detrimento da diversidade de frutas, de legumes, de verduras e de grãos.

Portanto, variar a alimentação garante que a produção de alimen-tos continue valorizando a diversidade de espécies comestíveis no Brasil e no mundo!

Variada

Isso é alimentação saudável para as

pessoas e para o planeta!

A

Page 47: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Variada

Sugestões de atividades:

• Estimular que cada indivíduo do grupo leve para um encontro um alimento que nunca experimentou. Os alimentos devem ser expostos de modo atraente e o grupo deve ser estimulado a provar alguns deles.

•Pesquisar sobre os diferentes tipos de um mesmo alimento e debater como incorporá-los na alimenta-ção do dia-dia (por exemplo, milho, feijão, tomate, banana etc).

VTexto Link

Promoção do consumo de Frutas, Verduras e Legumes: O Programa “5 ao dia”

https://docs.google.com/file/d/0B6XlU48LvyF6RDdycWl4eHhXVTA/edit

Page 48: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

VÉ possível incorporar a alimentação saudável no dia a dia? Este é o “x” da questão. Preocupar-se com a saúde e com o corpo é uma atitude saudável, mas prender-se a padrões es-téticos e buscar alcançá-los a qualquer custo pode ser uma grande armadilha. Buscar metas inatingíveis pode gerar grande frustração. A grande maioria dos alimentos tem seu lugar numa alimentação saudável, mas todo cuidado é pouco quando se trata de produtos ultraprocessados pela indústria (como biscoitos, refrigerantes e outras bebidas doces, fast food, comidas prontas...) A culinária vem se mostrando como uma estratégia de descontração após um dia de trabalho. De-dicar um pouco de tempo ao preparo das refeições e apro-veitar este momento para relaxar ou conversar, pode deixar a rotina mais leve!

“X” da questão

Aprender mais sobre combinação de alimentos, plantar em casa temperos

naturais e usar a criatividade para inventar

novas receitas coloca a alimentação saudável

no cotidiano!

A

Page 49: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Texto Link

Álbum seriado do MS – O que é vida saudável?

http://189.28.128.100/nutricao/docs/ge-ral/album_seriado_vida_saudavel.pdf

Obesidade e desnutrição – Projeto Com Gosto de Saúde

http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc/exibeConteudo?article-id=127650

Sugestões de atividades:

•Construir com o grupo uma campanha publicitária sobre alimentação saudável.

•Organizar uma gincana com perguntas sobre os temas abordados neste dicionário. As perguntas podem ser elaboradas pelo próprio grupo. As per-guntas podem ser sorteadas e respondidas alter-nadamente por cada equipe. O grupo vencedor poderá ser premiado com, por exemplo, uma ces-ta de mudas de temperos.

X

Page 50: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

XAlimentar é uma forma de cuidar! Cuidar da alimentação é uma forma de demonstrar afeto!Além da comida em si, o ambiente em que a alimentação é produzida ou servida e as relações que se estabelecem entre quem produz a comida e quem come interferem também no gosto da alimentação.Se a comida é bem-feita, mas o ambiente é mal cuidado ou as pessoas que servem não são cuidadosas, a aceitação fica pre-judicada. Assim ocorre com a comida servida em uma escola, em um restaurante, em um hospital, no ambiente de traba-lho ou até mesmo em casa.Ao ficar doente, a comida especial preparada por um parente ou amigo trás aconchego, cuidado e carinho.

Zelosa

Preparar um alimento é um ato de doação, partilha

e solidariedade entre as pessoas!

A

Page 51: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

ZTexto Link

Práticas alimentares e o cuidado da saúde: da alimentação da criança à alimentação da família

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292004000100008&lang=pt

Sugestões de atividades:

• Solicitar que o grupo escreva num papel um alimento ou uma preparação que remeta a uma lembrança, como no filme Ratatouille (2007) quando Ego (crítico gastronômi-co) prova o prato Ratatouille recordando memórias de sua infância após a primeira garfada. Discutir com o grupo os sentimentos despertados pela alimentação.

• Encomendar uma pesquisa sobre músicas que associem comida e zelo/cuidado/afeto e que possam ser utilizadas: em um programa de rádio comunitária, promovendo um debate sobre este tema; como trilha sonora de vivências culinárias; ou para animar encontros do grupo, como por exemplo um piquenique.

Page 52: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

• BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome/Ministério da Saúde/Fundação Roberto Marinho. Educação à Mesa. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2004.

• CASTRO, I.R.R; CASTRO, L.M.C.; GUGELMIN, S.A. Ações educativas, programas e politicas envolvidos nas mudanças alimentares. In: GAR-CIA, R.WD.; CERVATO-MANCUSO, A.M.(org.). Mudanças alimentares e educação nutricional. 1.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011, p. 18-34.

• RIO DE JANEIRO. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde. Instituto de Nutrição Annes Dias. Projeto Com Gosto de Saúde: Alimentação e Cultura; Alimentação Saudável; Alei-tamento Materno; Obesidade e Desnutrição. Rio de Janeiro, PCRJ: 2000; 2001; 2004.

• RIO DE JANEIRO. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde. Instituto de Nutrição Annes Dias. Semana de Alimentação Escolar. Rio de Janeiro, PCRJ: 2008; 2009; 2010; 2011.

Referências Bibliográficas

Page 53: Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

Expediente

RealizaçãoSecretaria Municipal de Saúde do Rio de JaneiroSubsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em SaúdeSuperintendência de Promoção da SaúdeInstituto de Nutrição Annes Dias

Universidade do Estado do Rio de JaneiroInstituto de Nutrição

Núcleo de Alimentação e Nutrição Escolar

Pesquisa, redação e revisãoLuciana Azevedo Maldonado – INAD/SMS-RJ e INU/UERJAna Maria Ferreira Azevedo – INAD/SMS-RJThiago B. Barreto Pereira – INAD/SMS-RJCamilla Maranha – doutoranda IMS/UERJPaulo Cesar P. de Castro Junior – INAD/SMS-RJMariangela Valente – NUCANE/INU/UERJValeria Terra – SME/Duque de Caxias e ANERJRute Costa – UFRJ/MacaéMaria Fatima Menezes – INU/UERJGeila Cerqueira Felipe – INAD/SMS-RJAnna Beatriz Antunes - bolsista NUCANE/INU/UERJLara Vieira- bolsista NUCANE/INU/UERJJessica Marinho - bolsista NUCANE/INU/UERJIsabel Nascimento – bolsista NUCANE/INU/UERJ

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ApoioRede Estadual de Alimentação e Nutrição Escolar do Rio de Janeiro

Apoio financeiro

FAPERJ

Projeto GráficoCarlota Rios

IlustraçõesCapa: Marina Massarani, Miolo: Marcelo Tibúrcio

Material disponível em:

www.inad-smsdc.blogspot.com.br

www.reane-rj.blogspot.com.br

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