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Pequeno Dicionário da Alimentação Saudável

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Semana de Educação Alimentar 2013 Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável Este material foi produzido pelo Instituto de Nutrição Annes Dias em parceria com o Núcleo de Alimentação e Nutrição Escolar (INU/UERJ) com base em um processo de construção coletiva, do qual participaram também os parceiros da Rede Estadual de Alimentação e Nutrição Escolar do Rio de Janeiro, alunos da graduação e pós-graduação do INU/UERJ e profissionais de saúde da SMS-RJ. Este material valoriza, de forma lúdica e pedagógica, as diferentes dimensões da alimentação saudável, tais como a dimensão de acesso à alimentação saudável e adequada; a dimensão cultural; a dimensão ecológica; e a dimensão econômica. O material é constituído por 23 verbetes, organizados de A à Z, sobre alimentação saudável e, para cada verbete, são listados textos de apoio e sugestões de atividades para explorar a temática. Como os verbetes apresentam interfaces, ao desenvolver alguma atividade, é possível abordar diferentes verbetes. Acreditamos que o uso do material pode originar novos verbetes e novas sugestões de atividades. Mande suas sugestões para nós!

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Page 1: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

Pequeno Dicionário daAlimentação Saudável

Page 2: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

AcessívelÉ fundamental que os ambientes em que as pessoas vivem, estudam,

trabalham sejam ambientes que facilitem o acesso à alimentação saudável, seja por meio de programas públicos de alimentação como a alimentação escolar ou alimentação do trabalhador, seja por meio

da contratação de serviços. Ter opções de comércio para comprar também facilita o acesso. Por exemplo, a presença de sacolões ou

feiras livres favorece o consumo de frutas, legumes e verduras.Além do acesso físico, é essencial refletir sobre o acesso econômico à alimentação adequada. Quando a compra dos alimentos necessários às pessoas ou famílias compromete o acesso a outros bens básicos, a

alimentação saudável está ameaçada, ou seja, podemos dizer que esta família ou pessoa apresenta um certo grau de insegurança

alimentar e nutricional que pode comprometer sua saúde.Alimentação saudável tem que ser antes de tudo acessível, incluindo

o acesso à água de qualidade!

Page 3: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

AcessívelTexto Link

A segurança alimentar enutricional e o direitohumano à alimentaçãoadequada no Brasil- Dimensão 4:Acesso à alimentação adequada – p.14

http://www2.planalto.gov.br/consea/biblioteca/publicacoes/a-seguranca-alimentar-e-nutricional-e-o-direito-humano-a-alimentacao-adequada-no-brasil

Água para a vida - Água para todos.

http://www.wwf.org.br/informacoes/bliblioteca/?2986

Cartilha SAE 2009 – Água: alimento essencial à vida

http://reanerj.blogspot.com.br/p/semana-de-educacao-alimentar-sea.html

Sugestão de atividade:• Demonstrar com materiais o percentual de água potável disponível para o consumo no planeta: 1 garrafa plástica de2 litros – toda água do planeta (doce e salgada); 1 copo de 200ml – somente água doce (2,7%); 1 copo de 50 ml – águadoce de fácil acesso (0,26%) e 1 tampa de garrafa – água potável (0,02%). Elaborar com o grupo as conclusões sobre aobservação.

•Pedir ao grupo para responder a pergunta: “Você tem fome de quê?”, registrando as respostas em painel, em seguidaouvir a música COMIDA (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Brito) e debater sobre a questão do acesso àalimentação.

Page 4: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

BonitaÉ comum dizer: “primeiro, comemos com os olhos”! Embora a

beleza seja um valor muito subjetivo, ao pensar em alimentação saudável, é fundamental pensar na forma de apresentação da

comida e nos ambientes em que as pessoas realizam as refeições. Algumas vezes o interesse por um alimento pode

mudar simplesmente em função do corte ou da textura em que este é apresentado. Misturar as cores dos alimentos também é

uma forma de tornar a alimentação mais atraente.A alimentação é uma prática que envolve os sentidos. Ao

escolher, ao preparar e ao saborear os alimentos, estimulamos a visão, o tato, o olfato, o paladar e a audição.

Alimentação é uma arte!

Page 5: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

Bonita

Texto Link

Os sentidos da comida: será que só a fome é o tempero do alimento?

http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/media/1%20-%20os%20sentidos%20da%20comida.pdfEsta é uma revista produzida pelos alunos da Faculdade de Comunicação Social da PUC-Rio. Este número foi todo sobre alimentação. Para acessar a revista completa: http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/media/ecletica%20n%C2%BA22%20completa.pdf

Guia alimentar para a população brasileira do Ministério da Saúde –Atributos da alimentação saudável – p.35

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/guia_alimentar_conteudo.pdf

Sugestões de atividades:•Levantar sugestões sobre como tornar as preparações diárias mais atrativas, a partir de imagens de pratos coloridos,bonitos e com alimentos variados.

•Discutir os diferentes significados da frase: “Comer com os olhos”.

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CulturalA alimentação saudável deve atender as necessidades biológicas para manter o corpo funcionando bem e também atender as necessidades culturais. A cultura é entendida pelo conjunto de manifestações que expressam o modo de vida dos grupos sociais. Portanto, a dimensão cultural da alimentação saudável refere-se aos diferentes significados e valores que as pessoas atribuem aos alimentos. Esses significados

são construídos de acordo com suas próprias histórias de vida e influenciam suas práticas alimentares de diferentes maneiras.

Constituem mitos, tabus, crenças, costumes e práticas que compõem o saber popular sobre a alimentação.

Talvez a forma mais concreta de expressão desse saber, seja a culinária. A valorização de um ou outro alimento, a forma de preparar e de comer traduzem aspectos da identidade cultural de pessoas ou grupos. As pessoas não comem nutrientes e sim comida. As comidas

remetem à memórias, sensações, experiências e aprendizados. Por isso, a valorização das receitas de família e o resgate da culinária

no cotidiano são ações essenciais de promoção de alimentação saudável!

Page 7: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

Cultural

Texto Link

Cultura alimentar: contribuições da antropologia da alimentação

http://www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/saude13art05.pdf

Sabores e lembranças -narrativas sobre alimentação, saúde e cultura.

http://www.crde-unati.uerj.br/publicacoes/pdf/Sabore.pdf

Sugestões de atividades:•Promover a ciranda de receitas: solicitar que os participantes tragam receitas tradicionais de sua família, explicando omotivo da escolha. Realizar vivências culinárias com essas receitas.

• Levantar os diferentes significados da alimentação a partir das consignas: Comida de pobre; comida de rico; comidade escola; comida de doente, comida de festa ... As respostas podem ser registradas em um painel para apoiar adiscussão. As consignas podem ser alteradas de acordo com a realidade do grupo e o objetivo da discussão.

Page 8: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

(um)Direito humano Qualquer um de nós tem o direito humano de obter acesso digno a

alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e com regularidade assegurada. Entre os direitos humanos já conquistados estão alimentação, moradia, saúde, educação, informação, trabalho digno e liberdade. Uma

pessoa só tem uma vida digna se os seus direitos universais forem garantidos e respeitados. Por exemplo, dar de comer a uma pessoa não garante,

necessariamente, o seu direito humano à alimentação, pois não assegura a dignidade humana. Crianças, pessoas doentes ou com deficiência, pessoas

que vivem em asilos ou hospitais e outras que não possuem autonomia para produzir ou comprar seu próprio alimento também têm o direito humano a

alimentar-se com dignidade. A falta de acesso à alimentação expressa o grau de desigualdade social de uma população. Alguns mecanismos podem ser acionados para fazer cumprir este direito quando ele é negado, tais como

conselhos de controle social, como o conselho de saúde, tutelar ou de segurança alimentar e nutricional; ou outras instâncias como sindicatos,

associações e o Ministério Público. Alimentação saudável é uma alimentação justa!

Page 9: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

(um)Direito humano

Texto Link

Direito humano à alimentação adequada e soberania alimentar

http://www.consears.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/10/02_Programa-de-Formação-de-Delegados-à-IV-CNSAN-Texto-DHAA.pdf

Direito humano à alimentação adequada –faça valer

http://www4.planalto.gov.br/consea/publicacoes/folheto-direito-humano-a-alimentacao-adequada

Lei de segurança alimentar e nutricional

http://www2.planalto.gov.br/consea/biblioteca/publicacoes/cartilha-losan-portugues

Sugestões de atividades:•Expressar por meio de uma atividade artística (teatro, música, paródia, desenho) o entendimento sobre “por quecomer é um direito humano”.

•Promover a projeção e debate dos seguintes filmes: Ilha das flores (Jorge Furtado, 1989) e Comer é um direito(disponível em: http://www.educacaoamesa.org.br ).

Page 10: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

EquilibradaAtualmente, são muitas as recomendações sobre alimentação saudável divulgadas por profissionais de saúde, televisão, livros, revistas, internet etc. São tantas informações que, às vezes, geram mais confusão do que consensos. Por isso, o Ministério da Saúde produziu o Guia Alimentar

para a População Brasileira. Este documento é importante porque definiu consensos entre vários setores sobre as principais diretrizes de

alimentação saudável. No entanto, cada pessoa apresenta uma necessidade diferente e uma

determinada relação com o alimento.Uma alimentação saudável precisa ser capaz de equilibrar as

recomendações técnicas e as necessidades individuais, com criatividade e flexibilidade. As diretrizes básicas são fundamentais para o planejamento

de ações direcionadas a um coletivo. No cuidado nutricional individualizado, as diretrizes precisam ser adaptadas ao contexto de vida. O respeito à autonomia e à participação das pessoas neste processo são

fundamentais para alcançar o equilíbrio entre o ideal e o real.

Page 11: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

Equilibrada

Texto Link

Guia alimentar para a população brasileira –princípios – p.29

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/guia_alimentar_conteudo.pdf

Guia alimentar para a população brasileira –como ter uma alimentação saudável

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/guia_alimentar_bolso.pdf

Sugestões de atividades:•Estimular uma auto-reflexão a partir do preenchimento do teste “como está sua alimentação?” (presente no guiaalimentar de bolso).

• Solicitar que os participantes montem um prato equilibrado, seguindo as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira, utilizando gravuras de alimentos.

Page 12: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

FestivaA alimentação é uma das principais formas de comemorar. Cada festa tem seu próprio repertório de cardápios. Podemos pensar em tantas festas no

nosso país: festa junina, festa do boi, oktoberfest, festa do tomate, do marreco... Muitas estão atreladas às crenças religiosas de algum grupo, sugerindo o consumo de determinado alimento ou até mesmo o jejum.

Em casa, as receitas tradicionais são preparadas para as festas familiares. Receber e visitar amigos requer o planejamento de um cardápio especial.

Uma festa de aniversário ou casamento tem sempre um bolo e docinhos e os convidados sabem que a festa acabou quando essas preparações são

servidas. Em algumas culturas, os velórios são realizados com oferta de alimentos.

Em ambientes de trabalho, as refeições podem ser espaços para articulação e tomada de decisões ou um momento de descontração e confraternização.Por isso, as vivências culinárias podem ser uma excelente estratégia para a

promoção de alimentação saudável: mobilizam os sentidos, remetem à lembranças e sensibilizam para novas possibilidades.

A alimentação é celebração da vida!

Page 13: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

Festiva

Texto Link

Festas culturais: tradições, comidas e celebrações.

http://www.uesc.br/icer/artigos/festasculturais_mercia.pdf

Sugestões de atividades:• Pesquisar tradições festivas da cultura brasileira, destacando suas preparações e bebidas características. Osachados podem ser expostos na forma de murais e cartazes.

• Realizar uma vivência culinária escolhendo uma preparação de uma festa tradicional.

Page 14: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

GostosaPara ser saudável, a alimentação precisa ser gostosa. Muitas pessoas dizem “tudo que é gostoso faz mal”, mas isto é um mito. A alimentação do dia a dia do brasileiro como arroz,

feijão, carne, legumes e frutas é saudável e gostosa. No entanto, um desafio que encontramos atualmente para a

promoção da alimentação saudável é o elevado consumo de alimentos industrializados. O excesso de açúcar, de sal, de

gorduras e de aditivos químicos presentes nestes alimentos acabam alterando o paladar (fenômeno conhecido como hiperpalatabilidade) e causando estranhamento ao sabor

natural dos alimentos, principalmente por crianças.Ao pensar em receitas e cardápios que promovam a saúde, não se pode perder de vista que é preciso atrair o olhar e

agradar o paladar!

Page 15: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

Gostosa

Texto Link

Cartilha da Semana de Alimentação Escolar –2006 - Culinária, saúde e prazer

http://200.141.78.79/dlstatic/10112/126881/DLFE-2011.pdf/sae06.pdf

A culinária como objeto de estudo e de intervenção no campo da Alimentação e Nutrição

http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n1/v16n1a13.pdf

Sugestões de atividades:

• Fazer um bolo com ingredientes diferentes do tradicional (agrião ou feijão ou beterraba ou abobrinha...) Estimular a análise sensorial do bolo respondendo a pergunta “Tem gosto de quê?”

•Assistir ao filme Ratatouille (Brad Bird, 2007) destacando as possibilidade da culinária na formação do paladar.

Page 16: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

(respeita o)Hábito alimentar

O hábito alimentar é aprendido, construído e modificado ao longo da vida. É influenciado pelas experiências que as pessoas vivenciam em diferentes contextos, como o ambiente em que estudam ou trabalham; pela religião,

pela propaganda... Alguns tendem a manter hábitos por mais tempo, outros já são mais

flexíveis às mudanças. Alguns hábitos são mais fáceis de mudar do que outros. É possível incorporar novos hábitos como deixar de lado hábitos antigos ou até misturá-los. Os hábitos alimentares podem se modificar o

tempo todo, a qualquer tempo.Atualmente utiliza-se mais o termo práticas alimentares, que se referem

tanto aos alimentos escolhidos quanto às formas de preparar, de servir e de comer. Expressam melhor esse dinamismo que está em função do cotidiano

de vida das pessoas e das diferentes estratégias utilizadas para cuidar da própria alimentação ou da alimentação da família.

Page 17: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

(respeita o)Hábito alimentar

Texto Link

Cultura e alimentação ou o que têm a ver osmacaquinhos de Koshimacom Brillat-Savarin?

http://www.scielo.br/pdf/ha/v7n16/v7n16a08.pdf

Sugestões de atividades:• Levantar os diferentes significados da alimentação a partir das consignas: como e gosto; como e não gosto; nãocomo e gosto; não como e não gosto. As respostas podem ser registradas em um painel para apoiar a discussãosobre diferentes hábitos, tabus, preconceitos e crenças sobre alimentação.

• Cantar a música “Família” (Titãs) e debater sobre a influência dos hábitos familiares em nossa alimentação.

Page 18: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

Alimentos in natura são aqueles que compramos frescos em feira livre, sacolão, açougue, peixaria... Ao longo do tempo, a indústria foi aumentando a produção de

alimentos industrializados ou processados, que são mais vendidos nos grandes supermercados. Para aumentar o tempo de prateleira destes alimentos e aumentar o lucro destes fornecedores, a indústria passou a manipular ou processar os alimentos

retirando ou adicionando partes dos próprios alimentos ou até outras substâncias (aditivos químicos) para conservar, alterar a cor ou o sabor, engrossar a consistência,

aumentar ou diminuir a umidade...Os alimentos industrializados podem ser divididos em:

- minimamente processados – aqueles que são submetidos a algum processo para preservá-los ou torná-los mais acessíveis e seguros. Ex.: arroz, feijão, carne fresca, leite...

- ingredientes culinários – aqueles que, geralmente, não são consumidos puros; são utilizados como ingredientes no preparo de pratos constituídos por alimentos frescos e minimamente processados. Ex.: óleos, gorduras, farinhas, massas, féculas, açúcares...

- ultraprocessados – aqueles que são confeccionados com base nos ingredientes culinários acrescidos de pequenas quantidades de alimentos minimamente processados,

de sal ou de outros conservantes. Ex.: biscoitos, refrigerantes, cereais matinais, doces em geral, sorvetes...

Os alimentos in natura são a base de uma alimentação saudável!

(privilegia alimentos)In natura

Page 19: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

(privilegia alimentos)In natura

Texto Link

Conceito de alimento natural ealimento industrializado: umaabordagem sóciocomportamental

http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2007_TR610460_9791.pdf

Cartilha Semana de Alimentação Escolar 2010 – Alimentos industrializados: mitos e verdades

cartilhasae2010versaofinalparadivulgacao-120306081540-phpapp01.pdf

Sugestão de atividade:• Realizar oficinas culinárias para elaborar preparações caseiras, com alimentos in natura, similares às preparaçõesindustrializadas disponíveis no mercado. Exemplos: molho de tomate caseiro, iogurte, coalhada, sorvetes e sucosde frutas naturais. Após a preparação e a degustação, conversar sobre as vantagens do uso de alimentos in naturapara saúde e para o ambiente.

Page 20: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

(valoriza o)JantarAlgumas pessoas vêm dedicando menos tempo ao preparo das próprias

refeições. Atualmente, algumas moradias são construídas até sem cozinha ou somente com uma copa. Com isso, temos observado o aumento das práticas de

comer fora de casa, pular refeições e substituir refeições por lanches, principalmente no caso do jantar.

Em geral, essas trocas costumam privilegiar alimentos mais calóricos e mais industrializados com mais gorduras e açúcares e menos fibras, vitaminas e

minerais.Cada refeição tem seu valor específico: o café da manhã serve para quebrar o

jejum do período noturno; o almoço, a principal refeição do dia, fornece a maior parte das calorias que necessitamos para as atividades diárias e o jantar, em geral, a última refeição antecede o jejum da noite. Dependendo da rotina

de cada pessoa, entre as grandes refeições podem ser realizados pequenos lanches para evitar a fome exagerada na próxima refeição, o que pode levar a

pessoa a comer demais. Além da função nutricional, as refeições também servem como momento de integração da família ou de reflexão e descanso

entre as atividades do dia.Valorizar as refeições e a prática de produzir o próprio alimento ajuda a tornar

a alimentação mais saudável!

Page 21: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

(valoriza o)JantarTexto Link

Guia alimentar para a população brasileira –Diretriz 1 – p.39

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/guia_alimentar_conteudo.pdf

Alimentação fora do domicílio de consumidores do município deCampinas, São Paulo

http://www.scielo.br/pdf/rn/v24n2/a10v24n2.pdf

Sugestões de atividades:• Entrevistar as pessoas mais idosas da comunidade sobre como eram realizadas as refeições em sua época decriança.

•Discutir com o grupo os resultados encontrados em uma enquete realizada com pessoas da comunidade, com asseguintes questões:-Quantas e quais refeições são realizadas ao longo do dia?-Com quem?-Onde?-De que maneira?

Page 22: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

(começa com)Leite materno Depois do nascimento, a alimentação saudável começa com leite materno! O

aleitamento materno promove a saúde e previne doenças para a mãe e para o bebê. Quando mama, o bebê se alimenta dos melhores nutrientes para seu

crescimento, recebe da mãe várias defesas para doenças da infância e da vida adulta e o mais importante: se sente seguro e protegido. O ato de amamentar

favorece a relação afetiva entre mãe e filho.No entanto, alguns familiares podem achar que o leite materno não é o mais

adequado para seus bebês e podem até criar dificuldades para as mães amamentarem. Por isso, é tão importante apoiar as mães neste momento. Os profissionais de maternidades, bancos de leite humano e unidades de saúde

podem orientar sobre as principais dúvidas. Outros profissionais, escolas e creches podem valorizar a amamentação. A melhor forma da creche incentivar o

aleitamento materno é apoiando a mãe que deseja continuar amamentando. Algumas políticas públicas foram criadas para garantir o aleitamento materno como os hospitais e unidade básicas amigas da amamentação; a formação de

profissionais de saúde; a licença amamentação; o direito de amamentar o filho no local de trabalho; a propaganda do aleitamento materno... mas cada um pode

contribuir formando uma rede de apoio social neste momento tão definitivo da vida.

Page 23: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

(começa com)Leite materno

Texto Link

Promovendo o aleitamento materno

http://www.fiocruz.br/redeblh/media/albam.pdf

Cartilha para mãe trabalhadora que amamenta

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_mae_trabalhadora_amamenta.pdf

Aleitamento materno-Projeto Com Gosto de Saúde

http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc/exibeConteudo?article-id=127650

Sugestões de atividades:• Solicitar que os alunos construam um mural com fotos e/ou imagens sobre amamentação e identifiquem o queas imagens sugerem sobre este ato.

•Convidar uma mãe que esteja amamentando ou que já tenha amamentado a relatar sua experiência.

Page 24: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

(comercializada em)MercadosMercado é o local onde agentes econômicos (vendedores e compradores) se

encontram para trocar mercadorias por outras ou um equivalente geral do valor (bens ou, em geral, dinheiro). As feiras livres contemporâneas conservam características dos

primeiros mercados que se tem conhecimento, como a montagem provisória e o predomínio dos gêneros alimentícios nos itens de troca. Esse traço foi conservado na

construção de espaços permanentes para a comercialização de mercadorias para consumo imediato, tanto nos entrepostos atacadistas (como os mercados públicos e as centrais de abastecimento) quanto nas mercearias e supermercados varejistas. Outro tipo de mercado de gêneros alimentícios são as bolsas de mercadorias, que focam no

comércio de commodities. Nelas, ao contrário dos estabelecimentos atacadistas e varejistas, as mercadorias negociadas não estão fisicamente presentes e podem até ser comercializadas antes da sua produção, com base na expectativa do seu preço em uma data futura. No entanto, existem estratégias que se distanciam dessa lógica. Destaca-se a aproximação entre produtores e consumidores por meio do chamado “circuito curto”

(feiras de agricultores ou grupos de consumidores que realizam compras coletivas diretamente dos produtores). Estas iniciativas, por um lado, permitem melhores

condições de venda e, por outro, possibilitam a compra de alimentos da safra, o que é fundamental para uma alimentação saudável e para a sustentabilidade socioambiental

das culturas agrícolas. A maior ou menor disponibilidade de alimentos e as formas como eles são produzidos para a população influenciam e são influenciadas pelas

políticas agrícola, agrária e econômica dos países. Portanto, não se esqueça: toda compra, por menor que seja, é um ato político!

Page 25: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

(comercializada em)Mercados

Texto Link

Ações públicas locaisde abastecimentoalimentar

http://www.ieham.org/html/docs/Ac%E7%F5es%20P%FAblicas%20Locais%20de%20Abastecimento%20Alimentar%20-%20POLIS%205.pdf

Sugestões de atividades:• Visitar as diferentes opções de comércio de alimentos, tais como: sacolão, feira, supermercado, entrepostos deabastecimento (CADEG, CEASA, COBAL) e comparar as principais diferenças (alimentos oferecidos, arrumação dasmercadorias, formas de pagamento, relação entre o consumidor e o fornecedor etc).

•Conhecer o funcionamento da Bolsa de Gêneros Alimentícios do Rio de Janeiro.

Page 26: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

NutritivaNutrientes são partes integrantes dos alimentos. Tradicionalmente, essa dimensão

da alimentação saudável foi a mais valorizada. No entanto, de tempos para cá, nutricionistas, economistas, jornalistas e antropólogos têm trazido para o debate dos

atuais problemas de saúde, fortes críticas a esta ideia, por desconsiderar aspectos econômicos, ambientais e sócio-culturais da alimentação.

Como consequência, uma grande questão enfrentada nos dias de hoje é a incorporação pela mídia do discurso científico e a sua relação com a medicalização

da alimentação. Quando falamos em medicalização, não se trata de um assunto restrito a medicamentos, remédios, mas de um processo por meio do qual questões

de diferentes naturezas são reduzidas à lógica médica. Temos como um exemplo bem próximo, o caso dos estudos sobre a funcionalidade dos alimentos, em que são identificados os benefícios à saúde de alguns compostos químicos, sendo atribuído maior ou menor valor aos alimentos de acordo com essas

características. É o discurso do “tenho que comer para”. Esse tipo de abordagem serviu (e ainda serve) de base para legitimar diferentes ações da indústria de

alimentos, relacionadas às formas de manipular os nutrientes e criar novos produtos para o consumo. Por isso, muitas pessoas acreditam que a alimentação saudável é cara e que devem incorporar vários produtos à sua alimentação diária, o que não é verdadeiro. Alimentação nutritiva é a alimentação tradicional do brasileiro: arroz,

feijão, algum tipo de carne, legumes, verduras e frutas!

Page 27: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

NutritivaTexto Link

Alimentação e globalização: algumas reflexões

http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v62n4/a14v62n4.pdf

Representações sociais da alimentação e saúde e suas repercussões nocomportamento alimentar

http://www.scielo.br/pdf/physis/v7n2/04.pdf

Cartilha Semana de Alimentação Escolar 2010 –Alimentos industrializados: mitos e verdades

cartilhasae2010versaofinalparadivulgacao-120306081540-phpapp01.pdf

Sugestão de atividade:•Convidar o grupo a compor um Tribunal do Júri: identifica-se um voluntário para ser o juiz, três ou cincopara compor o júri e entre o restante, metade do grupo fará a defesa e a outra metade fará o ataque daquestão em julgamento. Podem ser “julgadas” questões como:

- Cozinhar está fora de moda?- É possível combinar alimentação saudável e prazer?- Os alimentos industrializados são necessários?- A mídia e a propaganda de alimentos influenciam as práticas alimentares atuais?

Page 28: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

Oportuna A alimentação é oportuna quando utiliza um momento apropriado ou favorável

para apresentar, introduzir ou modificar determinado alimento nas suas diferentes consistências ou formas de preparo. As mudanças no ciclo de vida colocam a

necessidade de algumas adaptações e cuidados. Isso também pode acontecer em certas situações especiais de saúde.

A gestante torna-se responsável pela sua alimentação e do bebê. O aleitamento materno requer apoio e orientação. Após os seis meses de aleitamento materno exclusivo, a introdução de alimentos complementares é um momento essencial para as práticas alimentares no decorrer da vida. A partir dessa idade, a criança

entra em contato com hábitos diferentes da família e a cada ano que se passa novos desafios são lançados, como a alimentação oferecida pela escola ou escolhida pelos amigos. Na adolescência, a alimentação é um ritual de aprovação social no grupo e

uma forma de conseguir mais autonomia em relação à família. Na vida adulta, a rotina de trabalho requer praticidade para cuidar da alimentação em casa. Ao envelhecer, a relação com a alimentação pode ser modificada em função das

mudanças no corpo ou das condições de saúde.Todos estes momentos são diferentes e requerem atenção e cuidado. A alimentação

é oportuna quando consegue atender a estas mudanças de maneira favorável e promover saúde!

Page 29: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

Oportuna Texto Link

Alimentação saudávelpara gestantes: siga os

10 passos

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/10passosGestantes.pdf

Guia para menores de 2 anos

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/10_passos.pdf

Caderneta de saúde do adolescente - meninos

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cardeneta_meninos.pdf

Caderneta de saúde do adolescente - meninas

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cardeneta_meninas.pdf

Guia alimentar para a população brasileira

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/guia_alimentar_conteudo.pdf

Alimentação para pessoa idosa

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/asaudavel_p_idosa.pdf

Sugestão de atividade:• Assistir aos vídeos Fases do Ciclo da Vida I (Gestantes e Crianças) e Fases do Ciclo da Vida II (Alimentação Saudável da adolescência à Terceira Idade), disponíveis em http://www.educacaoamesa.org.br. Discutir sobre a alimentação saudável nas diferentes fases do ciclo de vida.

Page 30: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

PrazerosaA alimentação é uma das principais fontes de prazer do ser

humano. A comensalidade que significa, comer junto, é uma das marcas do ritual de alimentação humana e uma das condições

para o prazer de se alimentar. É muito frequente o relato de idosos, que apresentam desinteresse em se alimentar quando

ficam viúvos ou sem parentes em casa. Alguns adultos que moram sozinhos, também acham difícil preparar comida para uma só pessoa. A dimensão de prazer da alimentação pode estar em

comer ou em preparar a comida para alguém. Ao se alimentarem, as pessoas buscam nutrir o corpo e a alma e

neste sentido, a alimentação é uma prática social que nos relaciona até de uma forma espiritual, é uma comunhão.

Esta é uma dimensão que não se pode perder de vista quando as pessoas precisam fazer restrições alimentares por motivos de saúde. Alimentação saudável também ter que ser prazerosa!

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Prazerosa

Texto Link

Comensalidade: refazer a humanidade

http://leonardoboff.com/site/vista/2008/abril18.htm

Alimentação e comensalidade: aspectos históricos e antropológicos

http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252010000400009

Sugestão de atividade:• Solicitar que os participantes tragam fotos de comemorações com a família ou amigos em torno da alimentação.

•Discutir sobre o prazer na alimentação, com base na leitura das crônicas: Comida de Alma (Nina Horta) e Crônica do Ovo (Luis Fernando Veríssimo).

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Qualidade de vidaAtualmente, é muito comum escutar programas de TV ou profissionais de

saúde, abordando a alimentação como fator que pode prevenir ou provocar doenças crônicas como obesidade, diabetes, hipertensão arterial e alguns tipos

de câncer. É preciso lembrar que além da alimentação existem outros fatores que também influenciam neste processo, como a prática de atividade física,

consumo de álcool, uso do tabaco, stress, condições genéticas, entre outros...No entanto, alimentação é muito mais do que um fator de risco! A

alimentação está na base das relações humanas e os alimentos precisam ser vistos para além dos seus nutrientes. Neste sentido, as práticas alimentares,

além do aspecto nutricional, podem contribuir para a construção de habilidades pessoais essenciais para a promoção da saúde, como por exemplo: fazer um lanche com amigos pode facilitar a aprovação social de um grupo de jovens; preparar uma receita de família pode aumentar a autoestima junto a familiares; organizar um piquenique ou um café da manhã pode contribuir

para ampliar a rede de convívio social de algumas crianças e famílias; boicotar o consumo de certos alimentos pode ampliar o senso crítico de jovens;

aprender novas receitas pode ampliar a autonomia de idosos ou pacientes com transtornos mentais.

Alimentação saudável, além de prevenir doenças, deve promover saúde e qualidade de vida!

Page 33: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

Qualidade de vida

Texto Link

Qualidade de vida e saúde: um debate necessário

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232000000100002

Política Nacional de Promoção da Saúde

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_saude_3ed.pdf

Sugestões de atividades:• Identificar com o grupo momentos em que a alimentação contribui para a qualidade de vida. Refletir sobre os alimentos mais consumidos nestes momentos.

• Promover a projeção e o debate de filmes em que podemos perceber as práticas alimentares em diferentes contextos sociais. Algumas sugestões: Como água para chocolate (México, 1992); Estômago (Brasil, 2007); Julia e Julie (EUA, 2009).

• Explorar o Rap da Alimentação Saudável criado por alunos da Escola Municipal José Lins do Rego, no Rio de Janeiro. É possível interpretar a letra, cantar, fazer paródias. Disponível em: http://portalmultirio.rio.rj.gov.br/portal/riomidia/rm_materia_conteudo.asp?idioma=1&idMenu=9&label=Corresponsales&v_nome_area=Corresponsales&v_id_conteudo=64819#

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RegionalSe pararmos para pensar na alimentação de um gaúcho e de um nordestino,

podemos nos surpreender com tantas diferenças. Por ser um país de dimensões continentais, o Brasil apresenta uma grande variedade climática, de fauna e de flora. Os biomas brasileiros como as florestas e matas, o cerrado, a caatinga, os pampas e o pantanal apresentam diferentes vantagens e desvantagens para a

extração e o plantio de espécies vegetais ou para a criação de espécies animais. É exatamente essa diversidade que torna nossa alimentação tão rica, sem falar no

acesso à água, permitido pelo volume dos rios.Somado ao aspecto físico, as diferentes matrizes que conformaram a criação do povo brasileiro como índios, quilombolas, caipiras, negros e europeus também permitiram a mistura de receitas e ingredientes tão característica da culinária brasileira. Tacacá, cuscuz, pamonha, vatapá, moqueca, paçoca, angu, feijoada,

frango ao molho pardo, churrasco, barreado – misturas que expressam um passeio pelo paladar e pela culinária regional brasileira!

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Regional

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Alimentos Regionais Brasileiros

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/alimentos_regionais_brasileiros.pdf

Alimentação e cultura –Projeto Com Gosto de Saúde

http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc/exibeConteudo?article-id=127650

Sugestão de atividade:• Entrevistar pessoas de outras regiões, perguntando sobre alimentos e preparações típicas e montar um mapa regional ilustrado por estas preparações.

• Promover a projeção da série “O Povo Brasileiro” (TV Cultura, GNT e Fundação Fundar), baseada no livro homônimo de Darcy Ribeiro, e o debate sobre as diferenças regionais da alimentação do brasileiro. Vídeo disponível em http://www.youtube.com/watch?v=TcwMZU5Y0iw&list=PL3B904E5070413F07. O DVD, da gravadora Versátil, também está disponível para a venda.

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SustentávelSustentabilidade é um termo amplo e complexo. Vem sendo usado por diferentes pessoas e em contextos diversos. Esta dimensão refere-se às práticas alimentares

promotoras da saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. Mas o que seria isso? O aspecto

ambiental da sustentabilidade envolve não prejudicar o ambiente à volta, composto pelo solo, pela água e pelos seres vivos daquele habitat; o cultural diz respeito à

valorização da cultura local, tanto alimentar, como de costumes de uma maneira geral; o aspecto econômico abarca questões relacionadas à compatibilidade entre padrões de produção e de consumo, valorização de grupos locais e tradicionais; e, por fim, o

social envolve o respeito às pessoas, a manutenção da qualidade de vida da população, equidade na distribuição de renda e diminuição das diferenças sociais,

com participação e organização popular. A sustentabilidade envolve questões relacionadas à manutenção da vida, preocupando-se também com gerações futuras.

Significa dizer que vale a pena priorizar alimentos cultivados localmente. Significa também não incluir na base de nossas práticas, alimentos produzidos com veneno, que poluem o meio ambiente e impactam negativamente todas as pessoas que se

expõem a eles durante o processo produtivo: desde os trabalhadores no campo, até os que bebem de água contaminada. Ao invés disso, alimentos produzidos por meio

da agroecologia, que são sustentáveis em todos os aspectos, deveriam ser priorizados. Adotar uma alimentação que respeite esses aspectos da sustentabilidade não cabe apenas aos indivíduos e à população. É preciso que políticas públicas garantam esse

acesso!

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Sustentabilidade Texto Link

O olho do consumidor (Cartilha Ziraldo)

http://www.sustentabilidade.org.br/imagens/conteudos/File/cartilha_ziraldo.pdf

Cartilha SEA 2011 -Agroecologia e agricultura familiar

http://reanerj.blogspot.com.br/p/semana-de-educacao-alimentar-sea.html

Cartilha SEA 2012 - Alimentação e Sustentabilidade: multiplique essa idéia!

http://reanerj.blogspot.com.br/

Plantando o amanhã – cartilha para trabalho de base

http://institutokairos.net/wp-content/uploads/2012/04/AgroCartilhaA5.pdf

Sugestões de atividades:• Conhecer o trabalho da ONG As-PTA e suas produções como o vídeo “Quintal da D. Leda” (disponível emhttp://www.youtube.com/watch?v=TDsKen05EqU)

•Assistir ao filme “O Veneno está na mesa” (Silvio Tendler, 2011) e discutir o impacto dos agrotóxicos nos sistemasalimentares.

• Conhecer e divulgar a campanha contra o uso indiscriminado de agrotóxicos (http://www.contraosagrotoxicos.org/).

Page 38: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

(com)Tempo(rânea)Muitos são os desafios encontrados para cuidar da alimentação

na vida atual. Falta tempo para comprar, para preparar a até para comer.

Mas o tempo é o mesmo para todos! Até alguns anos atrás, modernidade parecia não combinar mais com alimentação

preparada em casa. Cozinhar era tarefa para a mãe ou para a avó que não “trabalhavam”. A mulher moderna, que trabalha fora, se orgulhava em dizer que não sabia cozinhar. De uns anos para cá, algumas mudanças têm sido observadas. Cozinhar em casa tem se tornado hobbie de alguns homens, livros de receita têm sido

publicados, programas de TV sobre culinária se multiplicam. Estas iniciativas têm contribuído para o resgate da culinária com

o tempo possível de cada um. Algumas pessoas estão descobrindo que o tempo gasto com a alimentação pode ser otimizado para o cuidado com a família, para relaxar e para planejar a vida pessoal e profissional. Para a promoção da alimentação saudável está colocado o desafio de combinar

alimentação, saúde e prazer!

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(com)Tempo(rânea)

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Reflexos da globalização na cultura alimentar: considerações sobre as mudanças na alimentação urbana.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141552732003000400011&script=sci_arttext

Sugestão de atividade:• O consumo de biscoitos e refrigerantes aumentou 400% da década de 70 até os dias de hoje. Promover uma reflexão crítica sobre as principais mudanças nos hábitos alimentares ao longo do tempo, por meio da exposição de vídeos, análise de propagandas, livros de História, dados de pesquisa etc.

•Formar grupos de teatro problematizando cenas do cotidiano sobre alimentação na vida moderna (comer com pressa, comer vendo TV, comer sozinho, substituir refeição por lanche...).

•Conhecer a campanha slowfood, disponível em http://www.slowfoodbrasil.com e discutir sobre esta prática.

Page 40: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

(dimensiona) UtensíliosDo fogão à lenha ao microondas; da colher de pau à espátula de

silicone; das panelas de alumínio ao aço inoxidável; da porcelana ao prato descartável; o desenvolvimento de utensílios e equipamentos tentou responder a necessidade de maior praticidade na cozinha e

às exigências sanitárias. A própria cozinha ganhou novas formas nas casas, muitas foram reduzidas.

Entre a modernização e a tradição, constituiu-se o dilema da alimentação saudável. As consequências dos atuais padrões de consumo alimentar provocam agora uma retomada da prática

culinária aliada a saúde, ao prazer e a sustentabilidade. O uso de estratégias para garantir maior praticidade e que otimizem o tempo

destinado ao preparo das refeições, precisa ser revisto face às condições de saúde e às questões ambientais. Nem tudo que a

indústria produz é realmente necessário para cozinhar e nem tudo promove saúde!

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(dimensiona) Utensílios

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O uso da tecnologia a favor da evolução gastronômica

http://www.prp.ueg.br/sic2011/apresentacao/trabalhos/pdf/ciencias_sociais_aplicada/sic/csa_sic_o_uso_da_tecnologia_a_favor_da_evolucao_gastronomica.pdf

Sugestão de atividade:•Solicitar que o grupo pesquise imagens de utensílios e equipamentos de cozinha, antigos e modernos, de maneira a promover uma discussão sobre a evolução desses e quais suas reais necessidades.

•Realizar uma vivência culinária: preparar um bolo com a mesma receita, onde um grupo utilizará utensílios modernos e o outro utensílios tradicionais (por exemplo, bater a mão ou em batedeira; assar no forno convencional ou em microondas). Após a degustação, discutir sobre a textura e o sabor.

Page 42: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

VariadaQuanto mais variada for a alimentação, melhor! Cada alimento apresenta uma composição diferente e ao

variar os alimentos que comemos, garantimos diferentes nutrientes para o corpo.

Além dos nutrientes, a variedade de alimentos evita a monotonia alimentar que pode levar ao desinteresse

pela alimentação.Portanto, variar a alimentação garante que a produção

de alimentos continue valorizando a diversidade de espécies comestíveis no Brasil e no mundo. Isso é

alimentação saudável para as pessoas e para o planeta!

Page 43: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

Variada

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Promoção do consumo de frutas, verduras e legumes: o Programa “5 ao dia”

https://docs.google.com/file/d/0B6XlU48LvyF6RDdycWl4eHhXVTA/edit

Sugestão de atividade:• Estimular que cada indivíduo do grupo leve para um encontro um alimento que nunca experimentou. Os alimentos devem ser expostos de modo atraente e o grupo deve ser estimulado a provar alguns deles.

•Pesquisar sobre os diferentes tipos de um mesmo alimento e debater como incorporá-los na alimentação do dia-dia (por exemplo, milho, feijão, tomate, banana etc).

Page 44: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

“X” da questãoÉ possível incorporar a alimentação saudável no dia a dia? Este é o

“x” da questão. Preocupar-se com a saúde e com o corpo é uma atitude saudável,

mas prender-se a padrões estéticos e buscar alcançá-los a qualquer custo pode ser uma grande armadilha. Buscar metas inatingíveis

pode gerar grande frustração.A grande maioria dos alimentos tem seu lugar numa alimentação saudável, mas todo cuidado é pouco quando se trata de produtos ultraprocessados pela indústria (como biscoitos, refrigerantes e

outras bebidas doces, fast food, comidas prontas...)A culinária vem se mostrando como uma estratégia de descontração

após um dia de trabalho. Dedicar um pouco de tempo ao preparo das refeições e aproveitar este momento para relaxar ou conversar,

pode deixar a rotina mais leve!Aprender mais sobre combinação de alimentos, plantar em casa

temperos naturais e usar a criatividade para inventar novas receitas coloca a alimentação saudável no cotidiano!

Page 45: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

“X” da questão

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Álbum seriado do MS – Oque é vida saudável?

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/album_seriado_vida_saudavel.pdf

Obesidade e desnutrição –Projeto Com Gosto de Saúde

http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc/exibeConteudo?article-id=127650

Sugestão de atividade:• Construir com o grupo uma campanha publicitária sobre alimentação saudável.

• Organizar uma gincana com perguntas sobre os temas abordados neste dicionário. As perguntas podem ser elaboradas pelo próprio grupo. As perguntas podem ser sorteadas e respondidas alternadamente por cada equipe. O grupo vencedor poderá ser premiado com, por exemplo, uma cesta de mudas de temperos.

Page 46: Pequeno dicionário da alimentação saudável: uma contribuição para ampliar o foco da promoção da alimentação saudável

ZelosaAlimentar é uma forma de cuidar! Cuidar da alimentação é

uma forma de demonstrar afeto!Além da comida em si, o ambiente em que a alimentação é

produzida ou servida e as relações que se estabelecem entre quem produz a comida e quem come interferem

também no gosto da alimentação.Se a comida é bem-feita, mas o ambiente é mal cuidado ou as pessoas que servem não são cuidadosas, a aceitação fica

prejudicada. Assim ocorre com a comida servida em uma escola, em um restaurante, em um hospital, no ambiente de trabalho ou

até mesmo em casa.Ao ficar doente, a comida especial preparada por um parente ou amigo trás aconchego, cuidado e carinho. Preparar um alimento é um ato de doação, partilha e

solidariedade entre as pessoas!

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Zelosa

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Práticas alimentares e o cuidado da saúde: da alimentação da criança à alimentação da família

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292004000100008&lang=pt

Sugestão de atividade:• Solicitar que o grupo escreva num papel um alimento ou uma preparação que remeta a uma lembrança, como no filme Ratatouille (2007) quando Ego (crítico gastronômico) prova o prato Ratatouille recordando memórias de sua infância após a primeira garfada. Discutir com o grupo os sentimentos despertados pela alimentação.

• Encomendar uma pesquisa sobre músicas que associem comida e zelo/cuidado/afeto e que possam ser utilizadas: em um programa de rádio comunitária, promovendo um debate sobre este tema; como trilha sonora de vivências culinárias; ou para animar encontros do grupo, como por exemplo um piquenique.

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Referências bibliográficas• BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome/Ministério da Saúde/Fundação Roberto Marinho. Educação à Mesa. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2004.

• CASTRO, I.R.R; CASTRO, L.M.C.; GUGELMIN, S.A. Ações educativas, programas e politicas envolvidos nas mudanças alimentares. In: GARCIA, R.WD.; CERVATO-MANCUSO, A.M.(org.). Mudanças alimentares e educação nutricional. 1.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011, p. 18-34.

• RIO DE JANEIRO. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde. Instituto de Nutrição Annes Dias. Projeto Com Gosto de Saúde: Alimentação e Cultura; Alimentação Saudável; Aleitamento Materno; Obesidade e Desnutrição. Rio de Janeiro, PCRJ: 2000; 2001; 2004.

• RIO DE JANEIRO. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde. Instituto de Nutrição Annes Dias. Semana de Alimentação Escolar. Rio de Janeiro, PCRJ: 2008; 2009; 2010; 2011.

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EXPEDIENTE

Realização

Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro

Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde

Superintendência de Promoção da Saúde

Instituto de Nutrição Annes Dias

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Instituto de Nutrição

Núcleo de Alimentação e Nutrição Escolar

Pesquisa, redação e revisão

Luciana Azevedo Maldonado – INAD/SMS-RJ e INU/UERJ

Ana Maria Ferreira Azevedo – INAD/SMS-RJ

Thiago B. Barreto Pereira – INAD/SMS-RJ

Camilla Maranha – doutoranda IMS/UERJ

Paulo Cesar P. de Castro Junior – INAD/SMS-RJ

Mariangela Valente – bolsista NUCANE/INU/UERJ

Valeria Terra – SME/Duque de Caxias

Rute Costa – UFRJ/Macaé

Maria Fatima Menezes – INU/UERJ

Geila Cerqueira Felipe – INAD/SMS-RJ

Anna Beatriz Antunes - bolsista NUCANE/INU/UERJ

Lara Vieira- bolsista NUCANE/INU/UERJ

Jessica Marinho - bolsista NUCANE/INU/UERJ

Isabel Nascimento – bolsista NUCANE/INU/UERJ

Apoio

Rede Estadual de Alimentação e Nutrição Escolar do Rio de Janeiro

Apoio financeiro

FAPERJ

Projeto Gráfico

Cena Tropical Comunicações

Material disponível em:

www.inad-smsdc.blogspot.com.br

www.reane-rj.blogspot.com.br