pensamento - lutero

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    Introduo

    Martinho Lutero (Frater Velado 2004CE)http://macarlo.com/novaera/galleryvel594.htm

    LEMANHA, 1517. o dia 31 de Outubro e o jovem monge catlicoapostlico romano Martinho Lutero prega s portas da Catedral dacidade de Wittenberg as suas 95 teses que mudariam a histria da

    Cristandade. Esta, manipulada pelo corrupto Vaticano, era extorquida combase no medo do Inferno e os fiis no tinham acesso aos livros sagrados da

    A

    http://macarlo.com/novaera/galleryvel594.htmhttp://macarlo.com/novaera/galleryvel594.htmhttp://macarlo.com/novaera/galleryvel594.htmhttp://macarlo.com/novaera/galleryvel594.htm
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    Igreja, em Latim e em Grego, no podendo, portanto, verificar se os atos doPapa se baseavam realmente na Sagrada Escritura. Lutero, considerado umgenial professor de Teologia, queria mudar as coisas, fazendo uma reformapela Rosa (o amor a Cristo e o amor do Cristo) e pela Cruz (o smbolo dasinjunes que geram a evoluo), mas a reforma acabou sendo feita pelaespada, com mais de 100 mil mortos: a turba enfurecida, desperta de sualetargia Catlica pelas palavras do revolucionrio religioso, invadiu asigrejas, saqueando e matando, instigada por agitadores que malversaram asidias do monge. Mas Lutero encontrou apoio poltico e conseguiu mudar aposio dos nobres que se associavam ao Vaticano para fortalecer seu podertemporal. Ele conseguiu fazer isto traduzindo para o Alemo o NovoTestamento o que colocou a palavra de Deus ao alcance do entendimentode todo o povo. E mais: segundo muitos estudiosos, Lutero e os telogos que

    o seguiram foram os verdadeiros fundadores do Movimento Rosacruz naRenascena. Um desses telogos, Johann Valentin Andreae, seria o autor dosfamosos Manifestos R+C (Fama Fraternitatis e Confessio Fraternitatis).A idia parecia ser: resgatar do rano religioso a essncia esotrica dosensinamentos do Cristo Jesus, a Rosa de Sharon pregada na Cruz do Mundo(o suposto karma da Humanidade).

    Johann Valentin Andreae (Frater Velado, 2002CE)http://macarlo.com/novaera/galleryvel451.htm

    http://macarlo.com/novaera/galleryvel451.htmhttp://macarlo.com/novaera/galleryvel451.htmhttp://macarlo.com/novaera/galleryvel451.htmhttp://macarlo.com/novaera/galleryvel451.htmhttp://macarlo.com/novaera/galleryvel451.htm
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    Todavia, homens como Martinho Lutero (10 de novembro de 1483 18 defevereiro de 1546), cujo nome em alemo era Martin Luther ou Luder,tambm podem e devem ser considerados revolucionrios. Revolucionriosno domnio das idias. Como Akhnaten. Como Jesus. Como o ProfetaMuhammad. Lutero, queiram os catlicos ou no, mudou a histria doCatolicismo para sempre. Pelo menos, j no se vendem mais indulgncias!

    E, como Lutero, de alguma forma, segundo alguns pensadores, talvez possater estado vinculado ao incipiente e oculto Movimento Rosa+Cruz de seutempo, o objetivo deste trabalho foi o de garimpar alguns de seuspensamentos que possam, de alguma forma, estar prximos da Metafsica

    Rosacruz contempornea (sculo XXI). Entretanto e isto no pode seromitido h muitos historigrafos, talvez a maioria, que refutam esta idia,pois argumentam que Lutero desconhecia completamente a simbologiaesotrica associada Rosa Vermelha e Cruz Dourada, pois, historicamente,o Rosacrucianismo s aparece publicamente no sculo XVII. Contudo, seobservarmos atentamente uma das vrias apresentaes do smbolo oficial deLutero, veremos que h, com pequenas diferenas, uma similaridadeincontestvel com antigos smbolos Rosacruzes. Observe a Rosa de Lutero

    (tambm conhecida como Selo ou Braso de Lutero) abaixo. Ela umamandala (representao do mundo) e um testemunho e resumo grfico da fcrist luterana de uma forma simples e completa um Caminho rumo aoCorao de Deus (o Deus de nossos Coraes, o Deus de cada Corao). Ora,seja como for e o como for no importa absolutamente nada no mbito daPeregrinao Mstica isto Rosacrucianismo em sua forma mais pura eessencial.

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    A Rosa de Lutero(VIVIT = Ele vive)

    O prprio reformador Martinho Lutero a desenhou durante sua permannciana Fortaleza de Coburgo, e explicou o seu significado espiritual em uma cartaenviada a Lazarus Spengler (1479-1534), datada de 8 de julho de 1530, daseguinte forma:

    Graa e paz por parte do Senhor. Como voc deseja saber se o selo pintado,que voc me enviou, acertou o alvo, devo responder de forma amigvel e lhedizer sobre meus pensamentos e razes originais, porque meu selo umsmbolo da minha teologia.

    Primeiro, deve haver uma cruz negra dentro de um corao o qual retm asua cor natural para que eu seja lembrado de que a f no Cristo Crucificado

    nos salva. Pois quem cr de corao ser justificado. (Romanos, X, 10).Embora seja uma cruz negra, que mortifica e que tambm deva causar dor,ela deixa o corao em sua cor natural. Ela no corrompe a natureza, isto ,ela no mata, mas o mantm vivo. 'O justo viver pela f.' (Romanos I, 17).Mas pela f no Crucificado.

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    Tal corao deve estar no meio de uma rosa branca, para mostrar que a f dalegria, conforto e paz. Em outras palavras: ela coloca o crente em uma rosabranca de alegria, pois esta f no d paz e alegria como o mundo d. (JooXIV, 27). por isso que a rosa deve ser branca, e no vermelha, pois obranco a cor dos espritos e dos anjos. (Conforme Mateus XXVII, 3 e JooXX, 12).

    Tal rosa deve estar em uma rea de azul celeste, simbolizando que tal alegriaem esprito e f o comeo da futura alegria celestial, que j comea, masque obtida em esperana, pois ainda no revelada.

    Ao redor desta rea, est um crculo dourado simbolizando que tal bno, nocu, dura para sempre; sem fim. Tal bno vai alm de toda a alegria e de

    todos os bens, assim como o ouro o melhor metal, o mais valioso e o maisprecioso.

    Este o meu Compendium Theolig [o sumrio da Teologia]...Mas, no deve ter sido por acaso que o Dr. Harvey Spencer Lewis SrAlden (25 de novembro, 1883 - 2 de agosto, 1939), I Imperator da OrdemRosacruz AMORC, inspirado pregador evanglico de seu tempo antes de se

    tornar Rosacruz, tenha recomendado aos membros da Ordem que apoiassemuma Igreja de sua comunidade. Tambm penso que no seja por acaso que osdirigentes do Rose+Croix Journal tenham escolhido como logotipo umsmbolo que se assemelhe Rosa de Lutero, s que, entre outras diferenas, aCruz no negra e a Rosa no branca. Vejam, acessando o site do jornal:http://www.rosecroixjournal.org/

    Por tudo isto, repito, o objetivo mstico-histrico-jornalstico destedespretensioso texto foi to-somente garimpar alguns de seus pensamentos(particularmente derivados de suas 95 Teses) que possam, de alguma forma,estar prximos da Metafsica Rosacruz contempornea (sculo XXI). Apesquisa no est acabada e muito menos fechada. Novas idias sobre estamatria sero benvindas, desde que isentas de preconceitos e de opinies ou

    http://www.rosecroixjournal.org/http://www.rosecroixjournal.org/http://www.rosecroixjournal.org/http://www.rosecroixjournal.org/
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    sentimentos, favorveis ou desfavorvis, concebidos emocionalmente e semexame crtico.

    Mas, o que realmente importa? Acima das coincidncias e dasincoincidncias, acima das concordncias e das discrepncias, acima do quequeremos que seja e do que queremos que no seja acima de tudo importaque, com humildade e tolerncia, aprendamos a ser fraternos, solidrios emagnnimos. Todavia, isto s ser possvel quando realizarmos mstica einternamente a primeira de todas as Leis Csmicas: Somos todos UM no seiodo incriado e sempiterno TODO-UM. Dele viemos, e, de uma forma ou deoutra, a Ele voltaremos.

    Por ltimo, informo que o material de consulta e os websites consultados

    para elaborar este resumo esto referenciados ao final do trabalho.

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    Biografia de Martinho Lutero

    ARTINHO LUTERO era filho de Hans Luther e MargaretheLindemann. Mudou-se para Mansfeld, onde seu pai dirigia vriasminas de cobre. Tendo sido criado no campo, Hans Luther

    desejava que seu filho viesse a se tornar um funcionrio pblico, melhorandoassim as condies da famlia. Com este objetivo, enviou o jovem Martinhopara escolas em Mansfeld, Magdeburgo e Eisenach.MAos dezessete anos, em 1501, Lutero ingressou na Universidade de Erfurt,onde tocava alade e recebeu o apelido de O Filsofo. Seguindo os desejospaternos, inscreveu-se na escola de Direito dessa Universidade. Mas tudo

    mudou aps uma grande tempestade, com descargas eltricas, ocorrida nestemesmo ano (1505): ao voltar de uma visita casa dos pais, um raio caiuprximo de onde ele estava. Aterrorizado, gritara ento: Ajuda-me,Sant'Ana! Eu me tornarei um monge!

    Tendo sobrevivido aos raios, deixou a faculdade, vendeu os seus livros comexceo dos de Virglio, e entrou para a ordem dos Agostinianos, de Erfurt, a17 de julho de 1505.

    O jovem Martinho Lutero dedicou-se por completo sua vida no mosteiro,empenhando-se em realizar boas obras a fim de agradar a Deus e servir aoprximo atravs de oraes por suas almas. Dedicou-se intensamente meditao entregando-se a muitas horas dirias de orao, s autoflagelaes,s peregrinaes e confisso. Quanto mais tentava ser agradvel ao Senhor,mais se dava conta de seus pecados.

    Johann von Staupitz, o superior de Lutero, concluiu que o jovem necessitavade mais trabalhos, para afast-lo de sua excessiva reflexo. Ordenou,portanto, ao monge que iniciasse uma carreira acadmica. Em 1507, Luterofoi ordenado sacerdote. Em 1508 comeou a lecionar Teologia naUniversidade de Wittenberg. Lutero recebeu seu Bacharelado em EstudosBblicos em 19 de maro de 1508. Dois anos depois visitou Roma, de onderegressou bastante decepcionado.

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    Em 19 de outubro de 1512, Martinho Lutero graduou-se em Doutor emTeologia e, em 21 de outubro deste ano, foi recebido no Senado da FaculdadeTeolgica com o ttulo de Doutor em Bblia. Em 1515, foi nomeado vigriode sua ordem, tendo sob sua responsabilidade onze monastrios. Durante esteperodo estudou grego e hebraico, para se aprofundar no significado e naorigem das palavras utilizadas nas Escrituras conhecimentos que logoutilizaria para a sua traduo da Bblia.

    O desejo de obter os graus acadmicos levou Lutero a estudar as Escriturasem profundidade. Influenciado por sua formao humanista de buscar adfontes (nas fontes primrias), mergulhou nos estudos sobre a Igreja Primitiva.Devido a isto, termos como penitncia e honestidade ganharam novo

    significado para ele, j convencido de que a Igreja havia perdido sua viso devrias das verdades do Cristianismo ensinadas nas Escrituras - sendo a maisimportante delas a Doutrina da Justificao1 apenas pela f. Ele comeou aensinar que a Salvao era um benefcio concedido apenas por Deus, dadopela Graa divina atravs de Jesus Cristo e recebido apenas por intermdio daa f.

    Mais tarde, Lutero definiu e reintroduziu o princpio da distino prpria

    entre a Tor (Leis Mosaicas) e os Evangelhos, que reforavam sua Teologiada graa. Em conseqncia, Lutero acreditava que seu princpio deinterpretao era um ponto inicial essencial para o estudo das Escrituras.Notou, ainda, que a falta de clareza na distino da Lei e dos Evangelhos eraa causa da incorreta compreenso dos Evangelhos de Jesus pela Igreja de seutempo, instituio a quem responsabilizava por haver criado e fomentadomuitos erros teolgicos fundamentais.

    Alm de suas atividades como professor, Martinho Lutero ainda colaboravacomo pregador e confessor na Igreja de Santa Maria, na Cidade. Tambmpregava habitualmente na Igreja do Castelo (chamada de Todos os Santos -por causa de ali haver uma coleo de relquias estabelecidas por FredericoII, de Sabia). Foi durante este perodo que o jovem sacerdote deu-se contados efeitos em se oferecer [e vender] indulgncias aos fiis como se fossemfregueses.

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    A indulgncia a remisso (parcial ou total) do castigo temporal que algumpermanece devedor por conta dos seus pecados, de cuja culpa tenha selivrado pela absolvio. Naquele tempo, qualquer pessoa poderia compraruma indulgncia, quer para si mesmo, quer para um parente j morto queestivesse no Purgatrio. O frade Johann Tetzel fora recrutado para viajaratravs dos territrios episcopais do arcebispo Alberto de Mogncia,promovendo e vendendo indulgncias com o objetivo de financiar asReformas da Baslica de So Pedro, em Roma.

    Lutero viu este trfico de indulgncias como um abuso que poderia confundiras pessoas e lev-las a confiar apenas nas indulgncias, deixando de lado aconfisso e o arrependimento verdadeiro. Proferiu, ento, trs sermes contra

    as indulgncias em 1516 e 1517. Segundo a tradio, em 31 de outubro de1517, foram pregadas as 95 Teses na porta da Igreja do Castelo deWittenberg, com um convite aberto ao debate sobre elas. Estas tesescondenavam a avareza e o paganismo na Igreja como um abuso, e pediam umdebate teolgico sobre o que as indulgncias significavam. Para todos osefeitos, Lutero no questionava diretamente a autoridade do Papa paraconceder as tais indulgncias.

    As 95 Teses foram logo traduzidas para o alemo e amplamente copiadas eimpressas. Ao cabo de duas semanas haviam se espalhado por toda aAlemanha, e em dois meses por toda a Europa. Este foi o primeiro episdioda Histria em que a imprensa teve papel primacial, pois facilitava umadistribuio simples e ampla de qualquer documento.

    Depois de fazer pouco caso de Lutero, dizendo ser ele um alemo bbado queescrevera as teses, e afirmando que quando estiver sbrio mudar de opinio,o Papa Leo X ordenou, em 1518, ao professor de Teologia dominicanoSilvestro Mazzolini que investigasse o assunto. Este denunciou que Lutero seopunha de maneira implcita autoridade do Sumo Pontfice, quandodiscordava de uma de suas bulas. Declarou ser Lutero um herege, e escreveuuma refutao acadmica s suas teses. Nela, mantinha a autoridade papalsobre a Igreja e condenava cada desvio como uma apostasia.

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    Lutero replicou de igual forma, dando assim incio controvrsia. Enquantoisso, Lutero tomava parte da conveno dos agostinianos, em Heidelberg,onde apresentou uma tese sobre a escravido do homem ao pecado e a graadivina. No decorrer da controvrsia sobre as indulgncias, o debate se elevouat ao ponto de duvidar do poder absoluto e autoridade do Papa, pois asdoutrinas da Tesouraria da Igreja e da Tesouraria dos Merecimentos, queserviam para reforar a doutrina e a venda das indulgncias, haviam sebaseado na bula papal Unigenitus, de 1343, do Papa Clemente VI. Por causade sua oposio a esta doutrina, Lutero foi qualificado como heresiarca, e oPapa, decidido a suprimir por completo suas opinies, discordncias epregaes, ordenou que Lutero fosse chamado a Roma, viagem que deixoude ser realizada por motivos polticos.

    Lutero, que anteriormente professava a obedincia implcita Igreja, passoua negar, agora, abertamente a autoridade papal, e apelava para que fosserealizado um Conclio. Tambm declarava que o papado no formava parteda essncia imutvel da Igreja original.

    Desejando manter relaes amistosas com o protetor de Lutero, Frederico, oSbio, o Papa engendrou uma tentativa final de alcanar uma soluo pacficapara o conflito. Uma conferncia com o representante papal Karl von Miltitz

    em Altenburgo, em janeiro de 1519, levou Lutero a decidir guardar silncio,como tambm a escrever uma humilde carta ao Papa e compor um tratadodemonstrando suas opinies sobre a Igreja Catlica. A carta escrita nuncachegou a ser enviada, pois no continha nenhuma retratao. E no tratado,que comps mais tarde, Lutero negou qualquer efeito das indulgncias noPurgatrio.

    Quando Johann Eck, em Carlstadt, desafiou um colega de Lutero para umdebate em Leipzig, Lutero juntou-se discusso (27 de junho 18 de julhode 1519), no curso do qual negou o direito divino do solidu papal e daautoridade de possuir o poder das chaves, que, segundo ele, haviam sidooutorgados Igreja (como congregao de f). Negou que a salvaopertencesse Igreja Catlica ocidental sob a autoridade do Papa, mas queesta se mantinha na Igreja Ortodoxa, do Oriente. Depois do debate, Eck

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    afirmou que forara Lutero a admitir a semelhana de sua prpria doutrinacom a de Joo Huss, que havia sido queimado numa fogueira.

    Enfim, no parecia haver esperanas de entendimento. Os escritos de Luterocirculavam amplamente, alcanando a Frana, a Inglaterra e a Itlia, em1519, e os estudantes dirigiam-se a Wittenberg para escutar Lutero, quenaquele momento publicava seus comentrios sobre a Epstola aos Glatas esuas Operationes in Psalmos (Trabalho nos Salmos).

    As controvrsias geradas por seus escritos levaram Lutero a desenvolver suasdoutrinas mais a fundo, e o seu Sermo sobre o Sacramento Abenoado doVerdadeiro e Santo Corpo de Cristo, e suas Irmandades, levou mais alm osignificado da Eucaristia para o perdo dos pecados, ao fortalecimento da f

    naqueles que o recebem, e, ainda, apoiava a realizao de um conclio a fimde restituir a comunho.

    O conceito luterano de igreja foi desenvolvido em seu Von dem Papsttum zuRom (Sobre o Papado de Roma), uma resposta ao ataque do franciscanoAugustin von Alveld, em Leipzig (junho de 1520); enquanto o seu Sermonvon guten Werken (Sermo das Boas Obras), publicado na primavera de1520, era contrrio doutrina catlica das boas obras e dos atos como meio

    de perdo, mantendo que as obras do crente so verdadeiramente boas, querpara o secular como para o clrigo, se ordenadas por Deus.

    A disputa havida em Leipzig em 1519 fez com que Lutero travasse contatocom os humanistas, especialmente Melanchthon, Reuchlin e Erasmo deRoterd, que, por sua vez, tambm influenciara ao nobre Franz vonSickingen. Von Sickingen e Silvestre de Schauenbur queriam manter Luterosob sua proteo, convidando-o para seus castelos na eventualidade de nolhe ser seguro permanecer na Saxnia, em virtude da proscrio papal.

    Sob estas circunstncias de crise e confrontando aos nobres alemes, Luteroescreveu Nobreza Crist da Nao Alem (agosto de 1520), onderecomendava ao laicado, como um sacerdote espiritual, que fizesse aReforma requerida por Deus, mas abandonada pelo Papa e pelo clero. Pelaprimeira vez Lutero referiu-se ao Papa como o Anticristo.

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    As Reformas que Lutero propunha no se referiam apenas a questesdoutrinrias, mas tambm aos abusos eclesisticos, quais sejam: a diminuiodo nmero de cardeais e de outras exigncias da corte papal; a abolio dasrendas do Papa; o reconhecimento do governo secular; a renncia daexigncia papal pelo poder temporal; a abolio dos Interditos e abusosrelacionados com a excomunho; a abolio das peregrinaes nocivas; aeliminao dos excessivos dias santos; a supresso dos conventos paramonjas, da mendicidade e da suntuosidade; a Reforma das universidades; aab-rogao do celibato do clero; a unio dos bomios; e, finalmente, umaReforma geral na moralidade pblica. Muitas destas propostas refletiam osinteresses da nobreza alem, revoltada com sua submisso ao Papa e,principalmente, com o fato de terem que enviar riquezas a Roma.

    Lutero tambm gerou polmicas doutrinrias em seu Preldio no CativeiroBabilnico da Igreja, em especial no que diz respeito aos sacramentos.Apoiava que fosse devolvido o Clice ao laicado; na chamada questo dodogma da transubstanciao, afirmava que era real a presena do Corpo e doSangue do Cristo na Eucaristia, mas rechaava o ensinamento de que a

    Eucaristia era o sacrifcio oferecido por Deus. Ensinava que o Batismo traziaa justificao apenas se combinado com a f salvadora em o receber; de fato,mantinha o princpio da salvao inclusive para aqueles que mais tarde seconverteriam. Afirmou que a essncia da Penitncia consiste na palavra depromessa de desculpas recebidas com f. Para ele, apenas estes trssacramentos podiam assim ser considerados, pois sua instituio era divina ea promessa da salvao de Deus estava conexa a eles; mas, em sentidoestrito, apenas o Batismo e a Eucaristia seriam verdadeiros sacramentos, pois,apenas estes tinham o sinal visvel da instituio divina: a gua, no Batismo,e o Po e o Vinho, da eucaristia. Lutero negou, em seu documento, que aconfirmao, o matrimnio, a ordenao sacerdotal e a extrema-unofossem sacramentos.

    Da mesma forma, o completo desenvolvimento da doutrina de Lutero sobre asalvao e a vida crist foi exposta em A Liberdade de um Cristo (publicado

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    em 20 de novembro de 1520), no qual exigia uma completa unio com Cristomediante a palavra atravs da f, e a inteira liberdade do cristo comosacerdote e rei sobre todas as coisas exteriores, e um perfeito amor aoprximo. As duas teses que Lutero desenvolveu nesse tratado, aparentementecontraditrias, mas em verdade complementares, so: 1 - O cristo umsenhor librrimo sobre tudo, a ningum sujeito. 2 - O cristo um servooficiosssimo de tudo, a todos sujeito. A primeira tese vlida na f; asegunda, no amor.

    Em 15 de junho de 1520, o Papa advertiu Lutero com a bula ExsurgeDomine, na qual o ameaava com a excomunho, a menos que em um prazode sessenta dias repudiasse 41 pontos de sua doutrina, selecionados em seusescritos. Em outubro de 1520 Lutero enviou seu escrito A Liberdade de um

    Cristo ao Papa, acrescentando a frase significativa: Eu no me submeto aleis ao interpretar a Palavra de Deus.

    Enquanto isso, um rumor chegara de que Johan Ech sara de Meissem comuma proibio papal, enquanto este se pronunciara realmente a 21 desetembro. O ltimo esforo de paz de Lutero foi seguido, em 12 dedezembro, da queima da bula, que j tinha expirado h 120 dias, e o decretopapal de Wittenberg, defendendo-se com seus Warum des Papstes und seiner

    Jnger Bcher Verbrannt Sind e Assertio Omnium Orticulorum. O Papa LeoX excomungou Lutero em 3 de janeiro de 1521, na bula Decet RomanumPontificem. A execuo da proibio, com efeito, foi evitada pela relao doPapa com Frederico III da Saxnia, e pelo novo imperador Carlo I daEspanha (Carlos V) que julgou inoportuna apoiar as medidas contra Lutero,diante de sua posio face a Dieta.2

    O Imperador Carlos V inaugurou a Dieta real em 22 de janeiro de 1521.Lutero foi chamado a renunciar ou confirmar seus ditos e lhe foi outorgadoum salvo-conduto para garantir seu seguro deslocamento. Em 16 de abril,Lutero apresentou-se diante da Dieta. Johann Eck, assistente do Arcebispo deTrier, mostrou a Lutero uma mesa cheia de cpias de seus escritos.Perguntou, ento, a Lutero se os livros eram seus e se ele acreditava naquiloque as obras diziam. Lutero pediu um tempo para pensar na sua resposta, oque lhe foi concedido. Este, ento, isolou-se em orao, e depois consultou

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    seus aliados e amigos, apresentando-se Dieta no dia seguinte. Quando aDieta veio a tratar do assunto, o conselheiro Eck pediu a Lutero querespondesse explicitamente: Lutero, repeles seus livros e os erros que elescontm? Lutero, ento, respondeu: Que se me convenam mediantetestemunho das Escrituras e claros argumentos da razo, porque no acreditonem no Papa nem nos conclios, j que est provado amide que estoerrados, contradizendo-se a si mesmos pelos textos da Sagrada Escritura quecitei. Estou submetido minha conscincia e unido palavra de Deus. Poristo, no posso nem quero me retratar de nada, porque fazer algo contra aconscincia no seguro nem saudvel. De acordo com a tradio, Lutero,ento, proferiu estas palavras: No posso fazer outra coisa, esta a minhaposio. Que Deus me ajude!

    Nos dias seguintes, seguiram-se muitas conferncias privadas paradeterminar qual o destino de Lutero. Antes que a deciso fosse tomada,Lutero abandonou Worms. Durante seu regresso a Wittenberg, desapareceu.O Imperador redigiu o dito de Worms, em 25 de maio de 1521, declarandoMartinho Lutero fugitivo e herege, e proibindo suas obras.

    Em junho de 1518, foi aberto o processo contra Lutero, com base napublicao das suas 95 Teses. Alegava-se que estas incorriam em heresia, a

    serem, portanto, examinadas pelo processo. Nas aulas que dava naUniversidade de Wittenberg, espies registravam os comentrios negativosde Lutero sobre a excomunho. Depois disso, em agosto de 1518, o processo alterado para heresia notria. Lutero convidado para ir a Roma, ondedeveria desmentir sua doutrina. Lutero recusou-se a faz-lo, alegando razesde sade e props uma audincia em territrio alemo. O seu pedido baseou-se no argumento (Gravamina) da Nao Alem. O seu pedido foi aceito, e elefoi convidado para uma audincia com o cardeal Caetano de Vio (TomsCaetano), durante a reunio das cortes imperiais de Augsburg. Entre 12 e 14de outubro de 1518, Lutero falou a Caetano. Este pediu-lhe que revogasse suadoutrina. Lutero recusou-se a faz-lo.

    Do lado romano, o caso pareceu terminado. Por causa da morte de ImperadorMaximiliano I (janeiro de 1519), houve uma pausa de dois anos. O Imperadorhavia decidido que o seu sucessor seria Carlos (futuro Carlos V). Por causa

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    das pertenas de Carlos, na Itlia, o papa renascentista Leo X receava ocerco do Estado da Igreja e procurou evitar que os prncipes-eleitoresalemes (Kurfrsten) renunciassem a Carlos.

    O papel de protetor de Lutero assumido por Frederico, o Sbio, levou Roma apedir a Karl von Miltiz que intercedesse junto ao prncipe por uma soluorazovel. Aps a escolha de Carlos V como imperador (26 de junho de 1519),o processo de Lutero voltaria a ser reatado.

    O seqestro de Lutero durante a sua viagem de regresso foi arranjado.Frederico, o Sbio ordenou que Lutero fosse capturado no seu retorno daDieta de Worms por um grupo de homens mascarados a cavalo, que olevaram para o Castelo de Wartburg, em Eisenach, onde ele permaneceu por

    cerca de um ano. Deixou crescer a barba e tomou as vestes de um cavaleiro,assumindo o pseudnimo de Jrg. Durante este perodo de retiro forado,Lutero trabalhou na sua clebre traduo da Bblia para o alemo.

    Com o incio da estada de Lutero em Wartburg comeou um perodoconstrutivo de sua carreira como reformista. Em seu deserto ou patmos(como ele mesmo chamava, em suas cartas) de Wartburg, comeou atraduo da Bblia, da qual foi impresso o Novo Testamento em setembro de

    1522. Produziu outros escritos, preparou a primeira parte de seu guia paraprocos e Von der Beichte (Sobre a Confisso), em que negava aobrigatoriedade da confisso, e admitia como saudvel a confisso privada evoluntria. Tambm escreveu contra o Arcebispo Albrecht, a quem obrigou,com isto, a desistir de retomar a venda das indulgncias; quanto a seusataques a Jacobus Latomus, avanou em sua viso sobre a relao entre agraa e a lei, assim como sobre a natureza revelada pelo Cristo, distinguindoo objetivo da graa de Deus para o pecador, que, por acreditar, justificadopor Deus devido justia de Cristo, pois a graa salvadora reside dentro dohomem pecador; e ainda que o princpio da justificao insuficiente, ante apersistncia do pecado depois do Batismo pela inerncia do pecado emcada boa obra.

    Lutero amide escrevia cartas a seus amigos e aliados, respondendo ouperguntando seus pontos de vista e respondendo aos pedidos de conselhos.

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    Por exemplo, Felipe Melanchthon lhe escreveu perguntando como responder acusao de que os reformistas renegavam a peregrinao, e outras formastradicionais de piedade. Lutero lhe respondeu em 1 de agosto de 1521:

    Se s um pregador da misericrdia, no pregues uma misericrdia imaginria,mas, sim, uma misericrdia verdadeira. Se a misericrdia verdadeira, devepenitenciar ao pecado verdadeiro, no imaginrio. Deus no salva apenasaqueles que so pecadores imaginrios. Conhea o pecador e veja se os seuspecados so fortes, mas deixai que tua confiana em Cristo seja ainda maisforte e que se alegre em Cristo, que o vencedor sobre o pecado, a morte e omundo. Cometeremos pecados enquanto estivermos aqui, porque nesta vidano h um s lugar onde resida a justia. Ns todos, sem embargo, disse

    Pedro (2 Pedro III, 13), estamos buscando mais alm um novo cu e umanova Terra onde a justia reinar.

    Enquanto isto, alguns sacerdotes saxes haviam renunciado ao voto decastidade, ao tempo em que outros tantos atacavam os votos monsticos.Lutero, em seu De Votis Monasticis (Sobre os Votos Monsticos),aconselhava a ter mais cautela, aceitando, no fundo, que os votos eramgeralmente tomados com a inteno da salvao ou busca de justificao.

    Com a aprovao de Lutero em seu De Abroganda Missa Privata (Sobre aAb-rogao da Missa Privada), mas contra a firme oposio de seu prior, osagostinianos de Wittenberg realizaram a troca das formas de adorao eterminaram com as missas. Sua violncia e intolerncia, certamente,desagradaram a Lutero, que em princpios de dezembro passou uns dias entreeles. Ao retornar para Wartburg, escreveu Eine Treue Vermahnung vorAufruhr und Emprung (Uma Sincera Admoestao por Martinho Lutero aTodos os Cristos para que se Resguardem da Insurreio e da Rebelio).Apesar disto, em Wittengerg, Carlstadt e o ex-agostiniano Gabriel Zwillingreclamavam pela abolio da missa privada e da comunho em duas espcies,assim como a eliminao das imagens nas igrejas e na ab-rogao docelibato.

    Ao fim de 1521, os anabatistas3 de Zwickau se entregam anarquia.Contrrio a tais concepes radicais e temendo seus resultados, Lutero

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    regressa em segredo a Wittenberg em 6 de maro de 1522. Durante oito dias,a partir de 9 de maro (domigo de Invocavit) e concluindo no domingoseguinte, Lutero pregou outros tantos sermes que tornaram-se conhecidoscomo os Sermes de 'Invocavit'. Nestas pregaes, Lutero aconselha umaReforma cuidadosa, que leve em considerao a conscincia daqueles queainda no esto persuadidos a acolher a Reforma. A consagrao do Po foirestaurada por um tempo e o Clice sagrado foi ministrado somente quelesdo laicado que o desejaram. O cnon das missas, devido ao seu carterimolatrio, foi suprimido. Devido ao Sacramento da Confisso haver sidoabolido, confrontou-se com a necessidade que muitas pessoas ainda tinhamde se confessar e de buscar assim o perdo. Esta nova forma de servio foidada a Lutero em Formula Miss et Communionis (Frmula da Missa eComunho), de 1523. Em 1524, apareceu o primeiro hinrio de Wittenberg,

    com quatro hinos.

    Como esta parte da Saxnia era governada pelo Duque Jorge, que proibiraseus escritos, Lutero declarou que a autoridade civil no podia promulgar leispara a alma, em seu ber Ddie Weltliche Gewalt, Wie Weit Man IhrGehorsam Schuldig Sei (Autoridade Temporal: em que Medida Deve SerObedecida).

    A guerra dos camponeses (1524 - 1525) foi, de muitas maneiras, umaresposta aos discursos de Lutero e de outros Reformadores. Revoltas decamponeses j haviam acontecido em pequena escala em Flandres (1321-1323), na Frana (1358) e na Inglaterra (1381-1388), durante as guerrashussitas do sculo XV, e muitas outras at o sculo XVIII, mas muitoscamponeses julgaram que os ataques verbais de Lutero Igreja e suahierarquia significavam que os Reformadores iriam igualmente apoiar umataque armado hierarquia social. Por causa dos fortes laos entre a nobrezahereditria e os lderes da Igreja que Lutero condenava, isto no seriasurpreendente.

    J em 1522, enquanto Lutero estava em Wartburg, colaboradores seusperverteram seus ensinamentos e passaram a pregar mensagensrevolucionrias por toda a Alemanha. Enfatizava-se a formao de um grupode santos (espalharam boatos de que estes santos, seriam a causa da derrota

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    da Igreja Catlica), com a tarefa de lutar contra a autoridade constituda epromover a aniquilao dos mpios (Igreja Catlica). Um desses pregadoresfoi Tomas Mntzer. A mensagem escatolgica de Mntzer, na verdade, tinhapouco a ver com a proposta dos camponeses, tanto que ele procurou anobreza da Saxnia para obter apoio. Com a negativa destes e a ecloso dosconflitos camponeses no sudoeste alemo, ele logo viu o instrumento para aconcretizao de seus planos.

    Lutero, desde cedo, prevenira a nobreza e os prprios camponeses sobre arevolta, e particularmente sobre Mntzer, um dos profetas do assassnio,colocando-o como um dos mentores do movimento campons. Luteroescreveu a Terrvel Histria e Juzo de Deus sobre Tomas Mntzer,inaugurando essa linha de pensamento.

    Na iminncia da revolta (1524), Lutero escreveu a Carta aos Prncipes daSaxnia sobre o Esprito Revoltoso, mostrando a tirania dos nobres queoprimiam o povo e a loucura dos camponeses em reagir atravs da fora e aconfiar em Mntzer como pregador. Houve pouca repercusso deste escrito.

    Ainda em 1524, Mntzer mudou-se para a cidade imperial de Mhlhausen,oferecendo-se como pregador. Lutero escreveu a Carta Aberta aos

    Burgomestres, Conselho e toda a Comunidade da Cidade de Mhlhausencom o propsito de alertar sobre as intenes de Mntzer. Tambm esteescrito no teve repercusso, pois o conselho da Cidade limitou-se a pedirinformaes sobre Mntzer na cidade imperial de Weimar.

    O principal escrito dos camponeses eram os Doze Artigos, no qual asreivindicaes foram expostas. Neles, havia artigos de fundo teolgico(direito de ouvir o Evangelho atravs de pregadores chamados por elesprprios) e artigos que tratavam dos maus tratos, explorao nos impostosetc. Os artigos eram fundamentados com passagens bblicas e pedia-se que sealgum pudesse provar pelas Escrituras que aquelas reivindicaes eraminjustas, eles as abandonariam, e entre aqueles que se consideravam dignosde fazer tal coisa estava o nome de Lutero. De fato Lutero escreveu sobre osDoze Artigos em seu livro Exortao Paz: Resposta aos Doze Artigos doCampesinato da Subia, de 1525. Nele, Lutero atacou os prncipes e senhores

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    por cometerem injustias contra os camponeses e censurou os camponesespela rebelio e desrespeito autoridade. Tambm este escrito no teverepercusso, e durante uma viagem de Lutero pela regio da Turngia elepde testemunhar as revoltas camponesas, o que o motivou a escrever oAdendo: Contra as Hordas Salteadoras e Assassinas dos Camponeses.Tratava-se de um apndice de Exortao Paz..., mas cedo tornou-se umlivro separado. O Adendo foi publicado quando a revolta camponesa j estavano final e os prncipes cometiam atrocidades contra os camponesesderrotados, de modo que o escrito causou grande revolta na opinio pblicacontra Lutero. Nele, Lutero encorajava os prncipes a castigar os camponeses,at com a morte. Tal repercusso negativa obrigou Lutero a pregar umsermo no Dia de Pentecostes, em 1525, que se tornou o livroPosicionamento do Dr. Martinho Lutero Sobre o Livrinho Contra os

    Camponeses Assaltantes e Assassinos, onde o Reformador contesta oscrticos e reafirma sua posio anterior.

    Como ainda havia repercusso negativa, Lutero novamente se posicionousobre a questo na sua Carta Aberta a Respeito do Rigoroso Livrinho Contraos Camponeses, onde lamentou e exortou contra a crueldade que estavasendo praticada pelos prncipes, mas reafirmou sua posio anterior. Por fim,a pedido de um amigo, o cavaleiro Assa von Kram, Lutero redigiu Acerca da

    Questo, se Tambm Militares Ocupam uma Funo Bem-Aventurada, em1526, com o propsito de esclarecer questes sobre conscincia do cristo emcaso de guerra e sua funo como militar.

    No movimento reformista, Lutero no concordou como o estilo de Reformado telogo cristo francs Joo Calvino (1509 1564). Martinho Luteroqueria Reformar a Igreja Primitiva, enquanto Calvino, acreditava que a Igrejaestava to degenerada que no havia como reform-la. Calvino, ento, seprops a organizar uma nova Igreja que na sua doutrina (e tambm algunscostumes), seria idntica Igreja primitiva. J Lutero decidiu reform-la,fundando ento o Protestantismo, que no seguia tradies, mas, sim, apenasa doutrina registrada na Bblia, e cujos usos e costumes no ficariam presos aconvenes ou pocas. A doutrina luterana est explicitada no Livro deConcrdia, e esta no muda, mas os costumes e formas variam de acordocom a localidade.

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    Lutero no foi o primeiro tradutor da Bblia para o alemo. J havia traduesmais antigas. A traduo de Lutero, contudo, suplantou as anteriores. Alm daqualidade da traduo, foi amplamente divulgada em decorrncia da suadifuso por meio da imprensa, desenvolvida por Gensfleisch zur Laden zumGutenberg (1390 1468), em 1453.

    O domnio do latim, no sculo XVI, no fim da Idade Mdia e princpio dachamada Idade Moderna, era apenas privilgio de uma percentagem nfimade populao instruda, entre os quais os elementos da prpria igreja. Atraduo de Lutero para o alemo foi simultaneamente um ato dedesobedincia e um pilar da sistematizao do que viria a ser a lngua alem,at a vista como uma lngua inferior, dos ignorantes e plebeus. ( preciso

    adicionar que Lutero no se ops ao latim, e ele mesmo publicou uma ediorevisada da traduo latina da Bblia a Vulgata4. Lutero escrevia tanto emlatim como em alemo. A traduo da Bblia para o alemo no significou,portanto, rejeio do latim, por parte de Lutero, como lngua acadmica.)

    Enfim, como j foi dito mais acima, Lutero desenvolveu uma nova visoteolgica bebendo nas palavras de Romanos I, 17: O justo viver pela f.Segundo sua interpretao, dizia que o perdo e a vida eterna no so

    conquistados por ns mediante boas obras, mas nos so dados gratuitamentepor meio da f em Jesus Cristo O Filho de Deus que morreu e ressuscitoupara perdo de toda a Humanidade. Talvez este possa se constituir em umacrscimo subsidirio ao pensamento dos historigrafos que refutam a idiade que Lutero tenha estado vinculado ao incipiente e oculto MovimentoRosa+Cruz de seu tempo, pois, para os Rosa+Cruzes de ontem, de hoje e desempre, estas idias bsicas e sustentculos de sua f, no so nemmisticamente congruentes e nem metafisicamente plausveis, ainda que, comelas ou sem elas, Lutero no tenha tido a inteno orientadora de deflagrarespecificamente uma Reforma teolgica, pois nada mais pretendia do queoferecer esclarecimentos teolgicos que pudessem curar as almas, estamesma Reforma que acabou se materializando tenha sido de utilidadesingular e inestimvel para descativar mentes e Coraes. Se foi mesmoassim, o subttulo deste trabalho O Revolucionrio Reformista no estrigorosamente correto. Entretanto, o que farei a seguir, depois da breve

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    Cronologia que se seguir, garimpar alguns fragmentos do pensamento deLutero, particularmente das suas 95 Teses (afixadas na porta da capela deWittemberg em 31 de outubro de 1517 movidas pelo amor e pelo empenhoem prol do esclarecimento da verdade) que possam, de alguma forma, estarprximas da Metafsica Mstica Rosacruz contempornea (sculo XXI).

    Cronologia

    10 de novembro de 1483: Nasce Lutero.

    1509: Henrique VIII (1491-1547) torna-se rei da Inglaterra. Nasce JooCalvino em 10 de julho.

    31 de outubro de 1517: Lutero fixa as suas 95 Teses na porta da Igreja doCastelo de Wittenberg. Este dia comemorado anualmente como o Dia daReforma.

    1518: Lutero recusa-se a se retratar perante o papa Leo X (1475-1521;pontificado: 1513-1521).

    junho de 1520: Leo X condena 41 proposies de Lutero.

    21 de janeiro de 1521: Leo X excomunga Lutero, mas levam vrios mesesat a ordem de excomunho chegar Alemanha.

    1522: Lutero publica a sua advertncia contra os distrbios e publica atraduo do grego para o alemo do Novo Testamento, com gravuras deLucas Kranach (1472-1553).

    1523: Lutero publica texto que fala do direito de a comunidade de fiis julgartoda a doutrina e nomear e demitir clrigos.

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    1524-1525: Revolta camponesa liderada por Thomas Mntzer (1490-1525).

    1525: Lutero publica texto contra os profetas sagrados e contra as revoltascamponesas.

    1528: Mandato imperial ameaa de morte os anabatistas.

    1530: Carlos V (1500-1558) rei de Espanha desde 1516 e eleito imperadorHabsburgo desde 1519 fracassa em impor uma ortodoxia religiosa aoimprio.

    1534: Ruptura de Henrique VIII da Inglaterra com Roma, supresso dosmonastrios e concesso de permisso para os padres se casarem. Na

    Alemanha, Lutero publica a traduo do hebreu para o alemo do VelhoTestamento.

    1534-1535: Anabatistas tomam o poder em Mnster, mas seu reino derrubado pela coligao de foras catlicas e protestantes.

    1536: Calvino edita Instituies da Religio Crist. H tambm a introduoda Bblia vernacular na Inglaterra.

    1542: Calvino organiza o seu catecismo em Genebra.

    1544: Calvino admoesta os anabatistas.

    13 de dezembro de 1545: Comea o Conclio de Trento.

    18 de fevereiro de 1546: Morre Lutero.

    1547: Eduardo VI (1537-1553) assume o trono na Inglaterra e demonstraforte tendncia calvinista.

    1549: Eduardo VI lana o livro de pregaes e pretende forar auniformidade religiosa em torno da f reformada na Inglaterra.

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    1553: Morre Eduardo VI e sua irm mais velha, Maria I (1516-1558)pretende o retorno da Inglaterra ao Catolicismo.

    1558: Morre Carlos V da Espanha e Maria I da Inglaterra. Elizabeth (1533-1603) assume o trono da Inglaterra e tenta restaurar o anglicanismo de seupai, Henrique VIII, o que significava evitar os extremos: o puritano (EduardoVI) e o catlico (Maria I).

    Maro de 1560: Fracasso de uma conspirao de jovens aristocratashuguenotes contra a Casa Catlica do Duque de Guise na Frana. Primeirodito de tolerncia editado.

    Setembro-Novembr de 1561: Colquio de Poissy, mas fracassa a tentativa de

    restaurar a unidade entre huguenotes e catlicos na Frana.

    Maro de 1562: Massacre dos huguenotes em Vassy comandado pela CasaCatlica de Guise. Primeira Guerra Civil Religiosa na Frana.

    1563: Em maro, Catarina de Mdicis (1519-1589; regente: 1560-1574) tentapor fim guerra civil francesa com a assinatura da Paz de Amboise, queconcede certo grau de tolerncia para os huguenotes. Neste mesmo ano,

    encerra-se o Conclio de Trento.

    27 de maio de 1564: Morre Joo Calvino. Thodore de Bze (1519-1605)sucede Calvino como lder da reforma protestante centrada em Genebra.

    24 de agosto de 1572: Noite do Massacre de So Bartolomeu, em Paris.5

    1598: Publicao do dito de Nantes.

    1685: Revogao do dito de Nantes.

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    Fragmentos do Pensamentode Martinho Lutero

    Comentrios entre [ ]

    Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservamaos moribundos penitncias cannicas para o purgatrio.

    Essa ciznia de transformar a pena cannica em pena do purgatrio pareceter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.

    Sade ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigogrande temor, e tanto mais quanto menor for o amor.

    Erram, portanto, os pregadores de indulgncias que afirmam que a pessoa absolvida de toda pena e salva pelas indulgncias do papa.

    Se que se pode dar algum perdo de todas as penas a algum, ele,

    certamente, s dado aos mais perfeitos, isto , a pouqussimos.

    Por isso, a maior parte do povo est sendo necessariamente ludibriada poressa magnfica e indistinta promessa de absolvio da pena.

    Pregam [mera] doutrina humana os que dizem que, to logo tilintar a moedalanada na caixa, a alma sair voando (do purgatrio para o cu).

    Certo que, ao tilintar a moeda na caixa6, pode aumentar o lucro e acobia; a intercesso da Igreja, porm, depende apenas da vontade de Deus.

    Ningum tem certeza da veracidade de sua contrio, muito menos de haverconseguido plena remisso.

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    Sero condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles quese julgam seguros de sua salvao atravs de carta de indulgncia.

    Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem ser as indulgncias dopapa aquela inestimvel ddiva de Deus atravs da qual a pessoa reconciliada com Ele.

    Os que ensinam que a contrio no necessria para obter redeno ouindulgncia, esto pregando doutrinas incompatveis com o cristo.

    Qualquer cristo verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefciosde Cristo e da Igreja, que so dons de Deus, mesmo sem carta deindulgncia. [Misticamente, esta tese luterana deveria comear da seguinte

    forma: Qualquer ser humano sincero...]

    At mesmo para os mais doutos telogos dificlimo exaltarsimultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgncias e averdadeira contrio.

    Deve-se ensinar aos cristos que no pensamento do papa que a comprade indulgncias possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de

    misericrdia.

    Deve-se ensinar aos cristos que, dando ao pobre ou emprestando aonecessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgncias.7

    Ocorre que atravs da obra de amor cresce o amor e a pessoa se tornamelhor; ao passo que, com as indulgncias ela no se torna melhor, masapenas [presumidamente] livre da pena.

    Deve-se ensinar aos cristos que quem v um carente e o negligencia paragastar com indulgncias obtm para si no as indulgncias do papa, mas aira de Deus. [Aqui, certamente, h um exagero de Lutero ou uma espcie delicena literria (que eu no aprovo). Ento, a ira de Deus, salvo melhor

    juzo, s pode ser entendida como uma nulidade-inutilidade hipottica com acompra de indulgncias. Esses negcios com Deus vm de longe... As seitas

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    eletrnico-televisivas de hoje apenas esto repicando e carambolando o quesempre existiu.]

    Deve-se ensinar aos cristos que, se no tiverem bens em abundncia, devemconservar o que necessrio para sua casa e de forma alguma desperdiardinheiro com indulgncias. [E mesmo que tenham bens em abundnciapresumir que a presumida salvao possa ser presumidamente comprada, spode interessar a quem presumidamente presume poder vend-la. Mas,sinceramente, penso que esses sacanocratas que vendem facilidades celestiaisso uns picaretas de marca maior.]

    Deve-se ensinar aos cristos que, se o papa soubesse das exaes dospregadores de indulgncias, preferiria reduzir a cinzas a Baslica de S.

    Pedro a edific-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

    Deve-se ensinar aos cristos que o papa estaria disposto como seu dever a dar do seu dinheiro queles muitos de quem alguns pregadores deindulgncias extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fossenecessrio vender a Baslica de S. Pedro.

    V a confiana na salvao por meio de cartas de indulgncias, mesmo

    que o comissrio ou at mesmo o prprio papa desse sua alma comogarantia pelas mesmas.

    So inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregao deindulgncias, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.

    Ofende-se a Palavra de Deus quando, em um mesmo sermo, se dedica tantoou mais tempo s indulgncias do que a Ela.

    A atitude do Papa necessariamente : se as indulgncias (que so o menosimportante) so celebradas com um toque de sino, uma procisso e umacerimnia, o Evangelho (que o mais importante) deve ser anunciado comuma centena de sinos, procisses e cerimnias.

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    Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgncias,no so suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo deCristo.

    Os tesouros da Igreja tampouco so os mritos de Cristo e dos santos, poisestes sempre operam, sem o papa, a graa do ser humano interior e a cruz, amorte e o inferno do ser humano exterior.

    sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foramproporcionadas pelo mrito de Cristo, constituem estes tesouros.

    O verdadeiro tesouro da Igreja o santssimo Evangelho da glria e dagraa de Deus... Mas este tesouro certamente o mais odiado, pois faz com

    que os primeiros sejam os ltimos... Em contrapartida, o tesouro dasindulgncias certamente o mais benquisto, pois faz dos ltimos os

    primeiros.

    Portanto, os tesouros do Evangelho so as redes com que outrora sepescavam homens possuidores de riquezas... Os tesouros das indulgncias,por sua vez, so as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.

    As indulgncias apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graasrealmente podem ser entendidas como tais, na medida em que do boarenda.

    Seja bendito quem ficar alerta contra a devassido e a licenciosidade daspalavras de um pregador de indulgncias.

    A opinio de que as indulgncias papais so to eficazes a ponto de poderemabsolver um homem mesmo que tivesse violentado a me de Deus caso issofosse possvel loucura.

    Afirmamos, pelo contrrio, que as indulgncias papais no podem anularsequer o menor dos pecados veniais no que se refere sua culpa. [Istosignifica que quaisquer que sejam os negcios feitos com Deus, diretamenteou por intermediao, so inteis. Ou aprendemos... Ou aprenderemos.]

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    Essa licenciosa pregao de indulgncias faz com que no seja fcil nempara os homens doutos defender a dignidade do papa contra calnias ouquestes, sem dvida argutas, dos leigos.

    Por que o papa no esvazia o purgatrio por causa do santssimo amor e daextrema necessidade das almas o que seria a mais justa de todas as causas

    se redime um nmero infinito de almas por causa do funestssimo dinheiropara a construo da baslica que uma causa to insignificante?

    Que nova piedade de Deus e do papa essa que, por causa do dinheiro,permite ao mpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, masno a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por

    amor gratuito?

    Por que os cnones penitenciais de fato e por desuso j h muitorevogados e mortos ainda assim so redimidos com dinheiro, pelaconcesso de indulgncias, como se ainda estivessem em pleno vigor?

    Por que o papa, cuja fortuna hoje maior do que a dos ricos mais crassos,no constri com seu prprio dinheiro a Baslica de So Pedro, ao invs de

    faz-lo com o dinheiro dos pobres fiis?

    Fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo 'Paz, paz!', semque haja paz!

    Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo 'Cruz! Cruz!',sem que haja cruz!8

    Quem enumerar todas as promessas de Deus?

    Em primeiro lugar, devo negar os Sete Sacramentos, e admitir, por agora,somente trs: o batismo, a Penitncia e o Po.

    O principal raciocnio de minha tese , em primeiro lugar, que s palavrasdivinas no se deve fazer violncia alguma, nem por parte de um homem,

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    nem por parte de um anjo; deve-se, no entanto, conserv-las, enquanto forpossvel, em seu mais simples significado.

    No necessrio que a natureza humana se transubstancie para que adivindade habite corporalmente nela, a fim de que se tenha a divindade sobos acidentes da natureza humana.

    Para se chegar, segura e felizmente, ao verdadeiro e livre conceito desseSacramento [Eucaristia], temos que procurar, antes de tudo, separar todasaquelas coisas que foram acrescentadas sua instituio, primitiva esimples, pelo zelo e pelo fervor humano. Essas so: vestes, ornamentos,cnticos, preces, rgos, luzernas e toda aquela pompa de coisas visveis, evoltar os olhos e a mente nica e pura instituio de Cristo.

    Lutero se casou, teve seis filhos, e deixa um legado para todos os msticos:tudo deve ser conferido e aferido; no pode haver livros sagrados secretos,trancados a sete chaves, cujo interpretao seja o privilgio de uma castasacerdotal capaz de ler em lnguas antigas.

    Janeiro de 2008CE

    Rodolfo R+C

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    Notas do Autor:

    1. Abaixo, transcrevo a explicao de Srgio Drio Costa Silva, M.Th., a respeito do conceito teolgicoda Doutrina da Justificao. Obviamente, cada um livre para concordar ou para discordar daexposio a seguir.

    Entre as inestimveis doutrinas do Cristianismo est a Justificao. Doutrina esmerada pelo apstoloPaulo em sua magna Carta aos Romanos e resgatada por Lutero, na Reforma. A ausncia e aincompreenso desta doutrina, no perodo da Idade Mdia, trouxeram muitos prejuzos, como aescravido da conscincia e conceitos errados acerca de Deus e Sua justia, comprometendo toda aSoteriologia [parte da Teologia que trata da salvao do Homem], alm de deturpar o Cristianismo. Istomostra que ela uma das colunas do Cristianismo. Sendo assim, compreender o verdadeiro significadodesta doutrina algo indispensvel a todo cristo.

    Quanto sua conceituao, no AT, embora o termo 'justificar' tenha, s vezes, uma conotao moral outica, grande parte de sua ocorrncia deixa evidente o aspecto forense do termo, no qual uma pessoa declarada judicialmente justa por ter uma vida coerente com as exigncias da lei (Ex 23.7; Is 5.23; Dt25.1; e Pv 17.15). O sentido neotestamentrio do termo 'justificar' mais amplo, pois se trata de umapessoa declarada justa ante o tribunal de Deus, com base na justia de Cristo.

    Quanto natureza da justificao, importante ressaltar que o homem justificado no se torna justo,mas declarado justo, tratando-se de duas afirmaes diferentes. Um dos erros da tradio escolstica,no perodo pr-reformista, foi interpretar o termo 'justificar' como sendo 'tornar justo'. Mas, com aReforma, Lutero reafirmou o sentido legal do termo. A justificao o direito legal de se ter acesso ecomunho com Deus. No se trata de uma justia infundida no homem.

    Quanto ao fundamento, a justificao tem como base a justia de Cristo. Sendo o homem incapaz de seautojustificar, Deus o justifica. Surge, ento, a questo: como Deus, sendo absolutamente justo, podejustificar o homem injusto e pecador? Paulo responde e deixa claro que Cristo fez justia por ns (Rm3.24-26; 4.5; e 1Co 1.30). Portanto, Deus no injusto ao justificar o injusto, pois o fundamento ajustia de Cristo e Deus considera a justia d'Ele pertencente ao homem.

    Quanto necessidade de justificao, estende-se a partir da queda de Ado. Com a desobedincia deAdo, o pecado entrou no mundo, a raa humana herdou a corrupo do pecado e, conseqentemente, ohomem injusto desde seu nascimento (Sl 51.5; e Gn 8.21). Assim, o homem incapaz de agradar aDeus e de fazer Sua vontade (Rm 8.7-9). Alm do mais, o pecado atrai a ira de Deus. Sua ira requerjuzo, e a justificao impede que esse juzo seja executado. Assim como o pecado de Ado foiimputado Humanidade, a justia de Cristo imputada ao homem. Assim, a justificao necessriaporque o homem incapaz de adquirir sua prpria justia, pois, ele injusto por natureza.

    Quanto ao meio pelo qual o homem se apropria da justificao, Paulo afirma que somente pela f.No por intermdio de obras. De outro lado, deve-se ter muita diligncia para no cair no erro de ter af como fonte ou fundamento da justificao, pois a f, em si mesma, no justifica, apenas umreceptor. A fonte da justificao Deus, e Sua justia e fundamento a cruz de Cristo. O homem no justificado por causa de sua f, pois, se assim fosse, a f deixaria de ser um meio para ser uma obrameritria. A justia de Cristo suficientemente perfeita e exclui qualquer complemento.

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    Portanto, considerando que somos justificados pela f em Cristo Jesus, somos livres para servir a Deus,sem medo de sermos rejeitados por Ele. Temos livre acesso ao trono da graa em liberdade deconscincia. Somos justificados, somos livres.

    2. A Dieta de Worms (em alemo, Wormser Reichstag) foi, como qualquer Reichstag (sesso dogoverno imperial), uma cimeira oficial, governamental e religiosa. Chefiada pelo imperador Carlos V,

    teve lugar em Worms, na Alemanha, uma pequena cidade no rio Reno, tendo lugar entre 28 de janeiro e25 de maio de 1521. Apesar de outros assuntos terem sido discutidos, a Dieta de Worms sobretudoconhecida pelas decises respeitantes a Martinho Lutero e os efeitos subseqentes na ReformaProtestante. Lutero foi convocado para desmentir as suas teses; no entanto ele se defendeu e pediu aReforma, entre 16 e 18 de abril de 1521. Clebres tornaram-se as suas palavras: Hier stehe ich. Ichkann nicht anders. (Aqui estou. No posso renunciar). Ele foi obrigado a deixar Worms em 25 ou 26 deabril. Em 25 de maio, o dito de Worms declarava Lutero um fora-da-lei.

    3. Os anabatistas eram adeptos protestantes, do sculo XVI, que desaprovavam o Batismo da crianaantes do uso da razo, e preconizavam a reiterao do Batismo na idade adulta, no caso dos que sehouvessem batizado antes.

    4. A Vulgata uma traduo para o latim da Bblia escrita em meados do sculo IV por So Jernimo, apedido do Papa Dmaso I, que foi usada pela Igreja Catlica e ainda muito respeitada.

    5. O Massacre da Noite de So Bartolomeu foi um episdio sangrento na represso aos protestantes naFrana pelos reis franceses, catlicos. As matanas, organizadas pela Casa Real Francesa, comearamem 24 de agosto de 1572 e duraram vrios meses, inicialmente em Paris e depois em outras cidadesfrancesas, vitimando entre 70.000 e 100.000 protestantes franceses (chamados huguenotes).

    6. Lutero se refere caixa de coleta de rendas oriundas da venda de cartas de indulgncia.

    7. Esta tese tem dois alvos: em mbito geral, a elite nobre e no-nobre alem que desperdiava recursosem encomendas de missas ou patrocnio de igrejas s custas da misria ou exao de seussubordinados; em mbito particular, o Cardeal Alberto de Brandeburgo (1490-1545). Para ter suaconfirmao para o Arcebispado de Mayence, em 1514, Alberto tinha que conseguir uma somaconsidervel e envi-la para Roma. Para tanto, ele fez um emprstimo e o assentou, com autorizaopapal, sobre a arrecadao das indulgncias vinculadas construo da Baslica de So Pedro, emRoma. Segundo o acordo entre Alberto e o Papado, metade do arrecadado iria para a construo daBaslica e a outra metade para Alberto quitar suas dvidas provenientes da investidura no arcebispado.No final das contas, o Papa teria o conjunto das rendas de Brandeburgo vinculadas s indulgncias.

    8. Com tal imprecao, Lutero esperava uma reforma moral da Igreja e do seu rebanho, o quesignificava a interiorizao da f, da contrio e da charitas.

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    Bibliografia:

    BIBLIA. Bblia Sagrada. 9 ed. So Paulo: Ed. Paulinas, 1958.

    LUTERO, Martinho. Do cativeiro babilnico da Igreja. So Paulo: Editora Martin Claret Ltda, 2007.

    Pginas da Internet consultadas:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Olga_Ben%C3%A1rio

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Jos%C3%A9_da_Silva_Xavier

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Fidel_Castro

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    http://pt.wikipedia.org/wiki/Luteranismo

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    -----------------------------------------------------------------------------------------NOTA DO EDITOR: (*) O Professor Dr. Rodolfo Domenico Pizzinga Doutor em Filosofia, Mestre

    em Educao, Professor de Qumica, Membro da Ordem de Maat, Iniciado do Stimo Grau do Fara,Membro dos Iluminados de Kemet, Membro da Ordem Rosacruz AMORC e Membro da TradicionalOrdem Martinista. autor de dezenas de monografias, ensaios e artigos sobre Metafsica Rosacruz.Seu web site pessoal : http://paxprofundis.org

    Visite o Site Oficial dos Iluminados de Khem, que disponibiliza Monografias Pblicas para aNova Era Mental:http://svmmvmbonvm.org/aum_muh.html

    Monografia produzida por IOK-BR com OpenOffice.orgMandriva Linux 2008 Gnome 2.20.0

    Publicada em Janeiro de 6248 AFK (2007CE)

    Distribuio (gratuita) permitida

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