pedro - o pequeno eorsanip - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1932_01394.pdfcorrêa,...

30
H ííJI ''"'¦ '-¦ '¦'¦- rmi i I 1 MNo XXÍX PREÇOS; No Rio Nos Estados. ... $500 .:. $600 OTico-Tico publica os retratos.d;3 todos osseus leitores RIO DE JANEIRO, 22 DE JUNHO OE 1932 **T N. 1.294 Pedro - o pequeno eorsan IP mmm\^^flÊ*m\$i^\\ Jr^wt, BaÀmmÍímT^mm\y 'jrjãmumXi V*.^ J^^kvBmmw^ t*'*' mJ <m\% \ wRJtàaWnolL *~r^ÊÊfiÁiJ& .' " Por fim a tempestade serenou e o sol appareceu sobre as ondas calmas.(Vide romance no texto)

Upload: vanbao

Post on 29-Nov-2018

236 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

H íí JI ''"'¦ '-¦ '¦'¦- rm i i I 1

MNo XXÍX

PREÇOS;

No RioNos Estados.

... $500

.:. $600

OTico-Tico publica os retratos.d;3 todos osseus leitores

RIO DE JANEIRO, 22 DE JUNHO OE 1932 **T N. 1.294

Pedro - o pequeno eorsanIP

mmm\^^flÊ*m\$i^\\ Jr^wt, BaÀmmÍímT^mm\y 'jrjãmumXi

V*.^ J^^kvBmmw^ t*'*' mJ <m\% \ wRJtàaWnolL *~r^ÊÊfiÁiJ& .'

" Por fim a tempestade serenou e o sol appareceu sobre as ondas já calmas. (Vide romance no texto)

O TICO-TICO 22 — ,!mi!io — '"""

ICAS10EIQE

.A. G-UIOMARCALÇADO "DADO"

O EXPOENTE MÁXIMO DOS PREÇOS MÍNIMOS ——

' ^nC^111 ,intla Pc",ca envernizada,

9 ^" Vprcta, todo íuradiuho e ferra.do de pellica branca, Luiz XV cubanoalto.2í>«tf O mesmo feitio cm pellica''•'Vraarron, tambem forrado debranco, Luiz: XV cubano alto.

í»<%í?Fina pellica marron, todo for-^*v rado de pellica, salto medica-lio, sola ponteada.

ESCOLARESFortes sapatos, typo alpercatas, cli

vaqueta preta avermelhadaDo ns. 18 a 26 8$008" " 27 a 32 9$090" " 33 a 40 I1$000

^si ^^jjiÉBj* ^^^^^»»/\í?Fina pellica envernizada, pre-.___»*_!<_> [a> com iin(J0 enfiadinhn doslados e fivela de metal, forradinhode branco, Luiz XV. cubano alto.Em pellica marron 32$000

Lindo trançado em' marrou, salto mexica

ponteada e lindo cordãozinho

nca2-JÊ Lmdo trançado em p""v marrou, salto mexicano, sola

Tambem em trançado de petflica marron.

^___**,^i^*^_^Ã^°:'*, ^-^^tí

Superior pellica envernizada preta,forrado de branco» salto baixo, para

escolares

De ns. 28 a 32." " 33 a 40.

J8$0MS21S000

(Forte, sapatos 2-000 — Alpercatas 1$500 em par — CATÁLOGOS GRÁTIS.PEDIDOS A JÚLIO N. DE SOt-ZA & CIA. — AVENIDA PASSOS, 120 — Rio Telephone: 4-44 2 4

"O TICO-TICO" MUNDANONASCIMENTOS

* • Irmã c onome da linda ne-nina que veiu au-gmentar o lar doSr. Estevão Corrêa e de sua esposa D. Ruth de AlmeidaCorrêa. Irmã, que é irmã do nosso leitor GustavoCorrêa, nasceu no dia 6 deste mez.

ANNIVERSARIOS

® Faz annos hoje o menino Eduardo, filho doSr. André de Carvalho.

& * Passou a 19 deste mez a data natalicia ádgraciosa Myrian, filhinha do Dr. Alfredo Esteves.

* Fez annos hontem o intelligente Oscar, filhodo Sr. Oscar Pinheiro.

• Festejou a 16 deste mez a passagem de seuanniversario natalicio o estudioso joven Paulo Vianna.

NA BERLINDA...B Estão na berlinda as seguintes meninas que

conheço em São Paulo: Yara F. B., por ser elegante;Norma F., por usar vestidos curtos; Yolanda G., porcontar historias; Guiomar R., por ser muito meiga; Do-racile F. B, por andar ás voltas com O Tico-Tico; Louri-nha F. B., por ser risonha; Sylvia M., por ser rií;ça;Moema F. B., por ser amável; Nair R., por possuir unsolhos de boneca; Yanê, por ser querida; Dirce Q., porser boa amiga; Percide, por ser bonitinüia; Maria Hele-na, por ser galante, e Pérola S., poi- ser estudiosa.

E M LEILÃO., ,* Estão cm leilão os meninos e meninas do 5Ó

anno do Grupo Escolar Júlio de Castühos: Qunio

dão pela elegânciatía Lúcia Gomes?pelos estados ú oHelic ? pelo alpha ¦beto do Waldir? pelabelleza da Liliane?

pela intelligencia da Lúcia Léa? pelo sorriso daBranca Maria? pela ultima aneedota da Maria Augusta?pela gordura da Maria Beatriz? pelos óculos da MariaAurora? pela delicadeza do Mario? pela meiguice daMaria Sodré? pelas risadas da Izar? pela Greta Garboda Stella ? e, finalmente, nela imoerfinencia do lei-loeiro ?

* * Para organizar um leilão, contractei as sc-guintes pessoas: Quanto dão pela bondade da Kelyete?pelos sambas da Filhinha? pelas caretas da Elodia? pelosgritos da Renée? pelo sorriso da Sylvia? pela sympalii^da Déa? pela graça da Lourdes? pelas risadas da Rosita?pela gorducha Elba? pela côr morena da Ruth? pelos ca-bellos da Cléa? pela graciosa Elza de Castro? pela gor-dura da Nair? pelo socego da Léa? pela elegância daHecio? pelo aüemãozinho Nelson? pelas graças do R~"nato? e pela "pose" do Gustavo?

NO JARDIM...

S 9 Querendo fazer presente de un l>o::.]uct cNsfiores á professora Aida Tavares, escolhi as

"segninte>:Zilda, uma cheirosa rosa; Carmelia, uma estimada hor-tensia; Romilda, uma occulta Açucena; Gíorinha A., um*brilhante magitolia; Ondina, uma simples violeta; Lnny.tina triste cravina; Dirceu, um bonito gira-sol; Elias, u'«cheiroso lyrio; Luiz, um mimoso amor-perfeito; Aleófl-dre, um perfumado cravo; Davia, vm pequeno jasmimiBenjamin, um delicado chrysanthemo.

O TICO -TICO, .flft v» "c-J> i^-.a— ,yt »-^fci^K)Lí

Ketractor-ClicTcTcailos Minha» - Uinctor-C-orcnte a. de Ho«m e Silva

Assignatura - Brasil: 1 anno 25?000: 6 meies. 13$0ü0:_Estrangelro: 1 anno. 6UK>00* 6 me,ea. S5IO0O.As asslLaturas começam sempre no dia 1 do tne* era que forem tomadas e serão acceltas annual ou «eme.-t^£™LTwK™™™*à?A. como toda a remessa de dinheiro (que n^e -feita por vale pos-tal ou carta com valor declarado), deve ser dirigida 4 Rua feachet, 34 _ Rio. Telephone n. 2-8073.

Succursal. em São Paulo dirigida pelo Dr. Plinio ^valoantl _ Rua Senador FeIJA. 27. 8* an,1ar, salas 85 e 87.

fícOQ/t\ ^r\ kmmX^& »'UUMT. UEt

^^^mmmmmmm* . . j T '

Um animal muito útilMeus netinhos:

Vocês com certeza já viram, noJardim Zoológico ou nos circos quede vez em quando se installam nascidades, um animal curioso e, dei-xem lá que Vovô diga, tambemmuito feio — o camelo.

Olhando-o, caminhando um pas-so vagaroso, apparentando uma ri-g'da serenidade, ninguém dirá queo camelo é um dos mais úteis ani-mães.

E essa utilidade, meus netinhos,é das maiores e das mais valiosas,porque o camelo a mostra na resis-tencia que apresenta durante as lcn-K;is caminhadas atravez dos descr-tos arenosos do Sahara e outros.Essa resistência do curioso animaldeu-lhe até o nome de "navio dodeserto".

Como os meninos já devem sa-"er, ha duas espécies de camelos:0 árabe, ou dromedário, com umaS(> corcova ou mochila, e o bactria-n°. com duas mochilas.

Ao caminhar o camelo apresentauma particularidade interessante,

pouco commum nos quadrúpedes:move as duas patas do mesmo lado

do corpo, dàndo-nos a apparencia

de uma embarcação a remos.

Mas falemos da utilidade do ca-

melo. O transporte de cargas atra-

vez dos desertos arenosos é feito nc

lombo dos camelos, por serem estes

animaes muito fortes e poderem pas-sar muitos dias sem alimentação.

Isso é devido á faculdade que o ca-

melo possue de poder armazenar

cm certas regiões próximas do cs-

tomago a água c os alimentos quesão ruminados dia a dia.

O camelo, meus netinhos, é porindole um amigo dedicado do donoe a dedicação desse animal mostra-se deante dos perigos do desertoarenoso quando ali se levantam astempestades de areia. O camelo,logo que presente a approximaçaoda tormenta, deita-se no chão pro-tegendo com o próprio corpo nãosó o dono como a carga que leva.

O sentido do oi facto nos camelosé muito desenvolvido e por essa ra-zão q animal sabe, de longa distan-cia, onde ha água e vegetação.

No nosso continente não existemcamelos, que são animaes oriundosda África.

No sul ha um animal parecido, alhama, sem mochilas c de talhe me-nor que o "navio do deserto". Aslhamas são tambem aproveitadas pa-ra o transporte de cargas, nos pam-pas. Existem varias espécies de lha-mas, sendo que as menores, de ha-bito selvagem, têm o nome de vi-cunha c habitam as regiões vizinhasda cordilheira dos Andes.

V o v O

O TICO-TICO

AS PROEZAS DO 6AT0 FELIX{Desenho áe fui SMUvaa — txcmsipidadc do "O TICO-TÍCQ" para r-, Bntsit]

1 y- --.¦•-_•-*

I FrT .7" fe í_í^m^.^v

^'^

Cato Felix, de manhã, ao entiar nasala, viu que havia uma carta a elledirigida. Abriu sofregamente o enve-loppe e leu a boa nova.

ê _ _f _J£_?

A carta dizia assim: "Austrália —Querido Gato Felix. E' o seu primoAlex, da Austrália, quem lhe escreve.Nunca nos vimos e acho...

X "'' " X ¦> ~ .. a».c.j_t,M__. . "mUIII)

...que deveríamos conhecer um o ou-tro. Por isso pretendo estar ahi breve.Esteja no aeroporro me esperando.Abraces do pnmo Alex".

-^^___C|j^.^^

«=» ¦_• r,.„~....;_,...!__._..,..,j_r._. _:/P ^— Nunca pensei que tivesse um primo

na Austrália! Nunca o vi. Como será elle?monologava Gato Felix.í —

-1

fe:. " ,:_':aaíJ

E instantes depois, insrallado no seu elegante aii.fõ-tórp.-cio, Gato Feüx dirigia-se para o aeroporto, á espera do avião quedevia chegar da Austrália.

te • — ¦ ^- •-¦•c.-v -

_____ ____£____

.Er^í?"' ¦ '""^-tX rj*

._í_**r_

SST5. _c • ^>T^>i_._«_-VA...--

.¦¦«. .

1

Com mda "pose", Gato Felix fuma umcharuto. Eis que o avião aponta no horizon.

I te..Vae Gato Felix conhecer o primo...Tu

.. .austialiano. — Oh! Primo Felix! Que prazer'em conhccel-o! — disse o gato australiano. — Voeié mesmo tranco! — talou Gato Felix. — E você....

T

.... mesmo preto! — res-pondeu o primo. Gato Fe-lix convidou o primo. .

7^rrT^WW^ -1 Mi~\ ÍTT:

.. .australiano para seu hospede. — A minha casaé sua! — falou. — Ahi vem o gato-tigre — disseGalo Felix chegando a janella. Premettl ir a uma[festa com elle, mas não posso. — Deixe que eu...

...arranjo tudo! — disse o gato aiu. ¦ Gato Felix que está com uma do-traliano. E quando o gato-tigie en- ença que o fez empallidecer. A essatrou viu um gato branco! — Você voz. o gato-tigre despediu-se e os doiso Galo Felix'' — Sim sou o... primos puderam ficar juntos, çonver-

:~~ san do, (Continua/,

e*

£3t

¦

PI»

6

_- __ S* & _* _>¦_*_*_*__¦¦«_- #-

EM BUSCA. DO DESTINOJoven, trazendo o riso nos lábios, a alegria nos olhos,

a esperança no coração, o homem caminhava, vencendoestradas, transpondo collinas, palmilhando veredas. Ac-coráára com o sol, com elle caminhara, sem descanso, to-do o dia, na ânsia de alcançar um companheiro que lheantecedera na partida — o destino.

A noite cahiu e o via jor proseguiu, sem parar, levadopela esperança. Quando chegava ao fim de um caminho,outio apparecia longo, sombrio e sem fim. E o cami-nheiro da esperança vencia distancias, andando de au-rora a aurora, de noite a noite, sem desalento. Os cami-nhos eram sem fim. O joven foi perdendo o desejo de ai-cançar o destino buscado. Pararia no primeiro pousoque encontrasse. Que o destino se fosse! O primeiro pou-so era a feira dos camelleiros. O joven parou e viu quecada mercador procurava, em desmedida ambição, ven-der por alto preço. E viu disputas, brigas, mortes ! Eramelhor caminhar de novo. E o joven partiu, vencendoou'.ras distancias. Novo desalento, novo pouso encontra-do, — um albergue de doentes e jogadores. E o jovenouviu gemidos de dôr, soluços de saudade dos que mor-riam e imprecações e ameaças dos que jogavam. Era me-lhor portir outro vez. O moço foi andando, fronte ergui-da, olhar no céo, mas já sem esperança no coração. Nasestradas que percorrera nem um consolo achara, nemsombra de ventura seus olhos encontraram. O destinoque buscara já se fora, longe, perdido. Pararia no primei-meiro pouso que encontrasse e ali ficaria, talvez saudosodo logar de onde partira. E no fim do caminho o pousoappareceu, pequenino, poético, feliz. Uma casinha po-bre, cercada de trepadeiras floridas, morada de um casalditoso, que tinha a enriquecer-lhe a ventura o encantode um filhinho. E o joven parou, vendo o dono do pousorevolvendo a terra para o plantio, emquanto lá de dentroda choça vinha um canto feliz de mulher que embalavaum berço pequenino.

O caminheiro da esperança parou. Mais adeante,fez um pouso pequenino que mais tarde ficou cercado detrepadeiras em flor e também teve um berço embaladopelo canto venturoso de mãe que adormece o filhinho.O caminheiro da esoerança encontrara o destino buscado.

1

_--

CARLOS M A N H Ã E S

^^^^mm**^ <^m%i<m<^m _s é&«_**«»*

TICO-TICO 22 — Junho 1932

A _-' ArnWJÈk- fWTFifài /a*^-—_^__; l—eo,j——_s^V6;ir:X^ASv-jay L_ft_L-S 1—?.-^s6—__ii

3 não nega!" E náosabia d'isso C.irrapicho. que solhe de violcn-ias dores dc cabeça, chamou Jujuba c Lamparina c falou: — Vão ver. vo-i és dois. se conseguem calar essa lavacleira Sc isso conünua eu arreben.to Jujuba então, com aquelle gcitinlio muito brando.chegou-se á...

Naquelle canto <lo rio. onde a água corre mai» clara,'uma lavadeira gorda ensaboava umas camisas e cantavacomo uma victro!a: — "O teu cabello não nefta! O tett.I.

W^ — ~~ T? —L

¦ a berrar. Dois minutos depois, Jujuba e Lamparinavoltaram armados de latas e paus e começaram a acom.patinar em rythmo perfeito o canto da lavadeira A ta-i'3dcira gritava mais e elles batiam...

as latas ainda com maU íoi<;a Deante disso a mulherdesistiu Esbravejou um pouco, juntou toda a roupa efoi Ijvar muito lçnge da casa de Çarrapiclio.

22 — Junho — 1932 9 — O TICO-TICO

f" ——*-ii mi —i ...¦ —»i i». » _. -in — _j»r***i *~ . ¦— mm—.W^N^mWmY^^^**^^*Em\ Bf ÍK^mWwí^y^^ "*^^^^^=a^B Bf' wk \ ao

IJ^^^^kwÊmm* "^^^—zEzz^-^mÈmA V mm \ r- ¦

,. /N— ^ÊLmÊw -//// ,^^^^§^5^m^m^Z- Ammwmmi*^ mm\^KHf'/ /iU/tlftfff,% /HfffflülíliUÉBBmUi -J* fWr? 'MT IH

mWí&s?.: wtffm/Z 7tffl/fíi' ','W~Z&7 i^nv* lm^mWS^^mmmWr^XI 7/Íi//m/W j/i/ÍZ*^ ;lf* 9^H

BJa»a»a^^^^^^^^ ' "^^ Féf Vfà . /jfW^^^ ^jáH** BmZ^BBBM *d0

^— --^~7*W^- lÉÉSP^" -*^ÇW- «ri

Ni] S *v ST

optpEJio-caMiokOAAflCEr

deAVEíITURAUÓ grumcte ferira-O com um golpe

firme c. o enorme peixey que fora.attingiòov no coração, parou logo ciese agitar. Ergueu-se de novo sobre.a água e ficou immovel. Pastavamort»\

Pedro voltou-se para os índios edisse;

O Mau Espirito que fazia atempestade foi vencido por mim.vou offerecer esse coração aoGrande Espirito e as ondas ficarão«ímãs!

. Assim falando, Pedro, o peque-"o corsário, fez um gesto para que-Cassem o tubarão para cima da ca-i?oa.

Depois, abrindo-lhe ò ventre coma sua faca, retirou-lhe as vísceras e,-sPetando-as na lança, ergueu-as

Para 0 céo, dizendo em voz alta:' O Senhor da terra c da água

Dfferece este sacrificio ao Grande

RESUMO DO QUE JÁ FOIPUBLICADO

A acção passa-se durante a guerraentre aZFfar.ça e a Inglaterra, no

-anno de 1758 Z A fragata ingleza, "Blue-Shark" dá combate, a-um na-,

vio corsário françez e mette-o apique,

'aprisionando apenas- umgiumete, um [menino de'12aní;os.Então, o ccmmandante inglez de-clara ao grumeie que lhe salvará avida mediante certas condições. Omenino finge responder, engana-oe foge para ierra, sendo aprisionadopelos indios, que o querem matar.No momento, porém, em que o vãoalvejar, um grito de pavor lhesescapa dos lábios, porque um signalde fogo tremeluz na fronte impas-sivel e calma do grumete. Pensamque elle é mesmo um rnagkj e

citam-no como chefe.

Espirito para que ciIe salve seus .filhos!

Nesse 'momento outra onda fòfi-i-

midavel erguia-sc deante da embar-cação.

Os indios soltaram um grito de

téi ror. A onda já se curvava paraelles, ia tragal-os!

Alas Pedro fez um signal mys-terioso e atirou á lança com asvisceras do peixe sobre a água. >

A onda, em vez' de qtiebrar-sesobre á canoa, resvalou de manso,ergueu ã embarcação c fei-à desli-1zar sem esforço. As outras ondastambem já não se elevavam tãoameaçadoras, moviam-se apenas deum lado para outro agitando aindaa canoa, mas sem cobril-a.

Entretanto, isso só se dava dean-te da canoa.'

Em volta, as vagas menores er-

guiam-se tao alto que uma só ;taria para estraçalhar a embarca»,

Os indios estavam cheios de e->.

pauto deante daquelle espectaculo,mcomprchc.sive!.

Agora já não podiam duvitlar do

peder sobrenatural do seu joven

O TICO-TICO — 10 — 22 — JunZio ¦— 1932

^^^^^ISS^S^sIl^^i^^í^^^íã^^^^Hs^ÍJ^BÍ^P^S

Caminhavam silenciosamente na escuridão da noite

chefe. Saudaram com um gritoselvagem o seu novo triumplio ecurvaram-se com ardor sobre os re-mos. Agora já nada os podia ate-morizar; nem os rugidos do vento,nem o ribombar dos trovões, neratodos os uivos furiosos da tampes-tade. E não havia perigo que resis*tisse ao poder do Senhor da Água<e do Fogo!

Navegaram ainda durante loi r»gas horas; por fim a tempestadeserenou e o sol appareceu sobre asondas já calmas.

Era quasi noite quando consc-guiram afinal avistar terra. Issodeu nova coragem aos indios, noistodos se julgaram salvos.

A canoa corria rapidamente. Osindios notaram, porém, que alem doauxilio de trinta remos, manejados

valentemente, havia outra coisa,uma força mysteriosa que pareciaarrastar a embarcação, dando-lhevelocidade maior do cpte a dos re-mos„.

Mas os selvagens não se admi-rarain desse novo milagre.

Era, de certo, uma nova mani fes-tação do poder mágico do menino.

]'or fim, chegaram á terra. ,Desarvoraram o bote e começa-

ram a caminkar rapidamente pelodeserto.

E' bom agora dar aos leitoresalgumas explicações sobre os factosde apparencia mysteriosa que sepassaram desde a scena no poste detortura.

Eram todas cousas que têm mo-'tivos razoáveis e naturaes; mas im-pressionaram os índios como se

fossem prodígios. Gomo dc certose recordam, Pedro começara acansar assombro aos indios, evitaa-do a morte immediata, com umaesperteza muito simples, derraman-do um pouco de rhum em cima daágua de um balde. Depois approxi-niou fogo do balde, o rhum incen-diou-se e os indios julgaram queera a água que se transformara emfogo.

E recearam que o menino incen-diasse todos os rior>. Depois amar-rado de novo ao poste de tortura,Pedro conseguiu ainda salvar-se,fazendo apparecer na testa, em li-nha de fogo, o emblema mysteriosoda religião dos indios.

Entretanto não havia nisso umprodígio sobrenatural. O grumetcnada mais fizera do que empregaros recursos de seu espirito observa-dor e de sua memória, auxiliadopelo acaso.

Quando elle ficara sozinho natenda, notara entre os alimentosqtte lhe tinham trazido alguns ma-riscos e essa descoberta lhe causaragrande satisfação. Esses mariscoseram de uma espécie de ostras cha-madas pholades e qtte Pedro jáconhecia muito.

Esses mariscos (molluscos) pos-suem, de fado, em duas glândulasseparadas um desses líquidos que,misturados, produzem o phenome-no da phosphorescencia.

Pedro misturara os dois líquidosc riscara com elles o signal myste-rioso em um pedaço de papel. De-pois, apertando esse papel sobre atesta, fizera apparecer nella o em-blema de fogo. Os índio.*, que nãoconheciam o caso da phosphores-cencia, julgaram aquillo um mila-

gre.Depois, quando haviam começa-

do a viagem por mar, Pedro, i'1*

quieto com as ameaças de tenfpe**tade. mergulhava de instante a ins*

52 — Junho 1932 - 11 O TICO-TICO

lante a mão nagua, para verificar-lhe a temperatura. Notara que aágua estava fria e que todos os pei-xes nadavam na mesma direccão.

Por fim o valente grumete reco-brara a coragem, verificando quea água se torna mais quente; ori-catara então de tal modo a carque esta começara a caminhar sózi-nha, sem necessidade dc remos,

A razão de tudo isso era muitosimples. Quando ainda estava pri-sioneiro a bordo da fragata ingleza,Pedro observara ura sulco phòs-phorescente no mar, uma espécie derio que se dirigia para o norte, cor-tando as aguas mais escuras quecorriam *ul Ora, Pedro,que sem i • mar,, sabiapci-feitani" os peixes phos-phorescentes andam sempre naagya um pouco quente.

Assim ficara convencido de quehavia ali, no mar, uma corrente deágua quente caminhando para onorte, ao passo que outra de águamais fria, vindo do polo corria pa-ra o sul.

Era uma corrente de águate que elle procurava mergulhandoa mão no mar de quando em

quando.Com a ceremonia do sacrificio do

tubarão ao Grande Espirito, Pedrotambém commetteu uma espertezaafim de impressionar os indios. masadoptara um recurso muito conhe*cido pelos marinheiros, o empregodo azeite. E' sabido que quando sederrama azeite sobre o mar emtempestade as ondas se acalmamimmediatamente, porque o azeite émais leve do que a água, fica porc''»!:i c contêm as ondas.

Ora, Pedro sabia que o figado detubarão contêm grande quantidadedc azeite. Então simulara aquellacerimonia do sacrificio para atirarao mar o azeite.

Os gestos apparatosos que fizera

jf?\ im c/r sf__ ^ -Z-— -^jvüyç\ -Il—l

*&" < ^k^Sfctvítv --At< •s-gtj^Z. -- a" <?sc^&% <-£"

-W I* " tm1l*»***»»Kmmtm ¦¦¦ ™~*>*»*»******3*J&*a*M\

Pedro, sem esperar, gritou — Sou francez, sou amigo!

ness2 momento tinham apenas por tanto, lá para a tarde começou afim enganar os indios e fazel-os surgir no horizonte um clarão lon-acreditar no seu poder mágico. ginquo. Era a lua já minguante

Assim tirando partido dc cousas, Mas o seu fulgor illuminou todana apparencia insignificantes, a planicie cheia de hervas altas. Só'"Tumetc inventara meio de praticar para o lado do norte é que o terre-verdadeiros prodígios. E agora se- no se elevava um pouco. A seguir

guia, cheio de esperança, para havia uma floresta e, do outro lado,

fortaleza de S. Luiz, onde contava via-se por sobre uma collina um ne-

encontrar a guarnição franceza, voeiro denso revelando a existência

que desejava prevenir. dc um grande rio.Seguiram ao longo do mar du-

rante algumas horas, em silencio.

Caminhavam silenciosamente na Pouco antes da madrugada, o in-

escuridão da noite. De quando em dio que servia de guia parou e

quando, paravam para ouvir algum indicou a Pedro uma silhueta es-

rumor e procurar caminho. Mas era cura que se erguia na sombra da

impossível vêr fosse o que fosse, noite.

Ouviam, apenas uivos de lobos, Eram as muralhas do forte de

lamento do vento na folhagem e S. Luiz.

cascalhar de uma cascata. Entre* (Continua)

CAPITULO V

O' TI-C0-T1 CO ¦*- 12 —, 22 Junho — 1932

^L T O í* T tLi'JIi De YANTOCK

Quando D\ Irene abriu a portado guarda comidas logo deu pelafalta de um respeitável pedaço datorta que pouco antes havia retira-do do forno.

O vácuo estava ali a denunciar ocrime tenebroso.

Mas, quem seria o criminoso queavançara a pata na torta? Pata degente ou de animal?

Em casa gatos e cachorros nãohavia; crianças sim, o Zezinho, es-perto garoto de 8 annos, sua irrriS-linha de 6 e o pretinho Zuzu', ca-marada de brincadeiras,

Oual delles teria ficado cor» abocea doce?

O caso merecia que se abrisse uràinquérito rigoroso.

As tres creanças estavam a brin-car no quintal com um carrinho ealguns apetrechos de jardinagemtrri miniatura.

Zezinho, vem cá — chamouDV Irene pela janella da cozinha.

Apparece Zezinho, lépido e sujode terra, com as mãos á cintura, onarizinho explorando o ar como um

de fila.Foi você que comeu urn pe-

o da desta torta?Zezinho parece cahir das nuvciH

e responde com a pergunta:A mamãe fez torta?

¦— E' sim, não se faça d£ tolo!

— De que, mamãe? De maçã?Dè-me um bocadinhò, sim? Só p'raeu provar.

Ainda quer mais? Não bas-3a o que já comeu? Que topete 1

Zezinho não toma em considera-ção o verdadeiro sentido do assum-pto pelo qual é ínterpellado, porisso responde:

Que pena, mamãe! Era o pe-daço que eu queria.

O peíiz avança um dedo, vulgo"furabolo", paca uma experiência,

mas a mãe • o a retirar a pa,-

Wa^WtV

tinha com urn safanão relaxado.Depois, convencida de que o pirata- deve ter sido outro, corta uma fa-lia da torta e entrega-a ao Zezinho

j que não perde tempo em ferrar-lhe.uma dentada.

Que bom, mamãe!Você não viu ninguém

a porta do guarda comida?-— Se eu tivesse visto teria avan*

çado também e da torta só teriaficado o prato de baixo.

— Mroto! Vê se descobre o cul-do. Você ganhará mais um pe-

daço se o descobrir.;

— Vou ver, mamãe.Estão todos jantando.E' hora de apparecer a torta,

acolhida pelas acclamações dos trespetizes, que já estão se babando.

Mas, coitada da torta! Falta-lheurn bom pedaço.

E'"o momento solemne. Zézi-nho diz ao ouvido da mamãe:

Mamãe, descobri quem foi!Ah! quem?Dá-me primeiro o que pro

rnetteu.Toma. Quem foi?Calma, mamãe — respondeu

Zezinho". Primeiro como a minhaparte, depois o premio.

Zezinho fartou-se, lanibusou-sie nao tirava os olhos do resto.

Desembuxe — pede ? m5?impaciente.

Fui eu — respondeu Zezinhocom notável caradura, tirando logoo coEpò fora do -alcance do castigamaterna!. ¦

Sua irmãzinha Elza, muito curiósa, perguntou:—- Que é qu'èlle fez, mamãe?

Surrupiou um pedaço da. tor-Ia no guarda comida.

Não foi elle, não senhora, fuicn — protestou Elzinha

A^\ a)/ C\Jyl^yyrA-A—-Z-<

Elle quir ganhar mais ume"peda-ço da torta! Mentiloso!

-^L^Mâ^êÃ

22 — .? -iiho — 1932 — 13 — O TICO-TICO

O -CROCODILOO crocodilo» habitante foros dio

Qanges, ma In__a. © de muitos riosda África, é parente próximo dionosso jacaré» Msás feroz- e des=temido <r_„e este, Na índia é tainr_-=Ibemni conhecido, por gavial indicouna America d© Norte chamam=n_alligator ou caiman.

Ha uma ave que lhe faz cons-*.panhia e lhe esgrava ©s dentes,um espécie de garça, Este gatunopossue „mas glândulas de onde seextrahe © alnüilscar.

O conto das lagrimas do cro-codMo, dos "seus gritos e uivor?

ir as suas victamas, e

O crocodilo não é cruel como o una onça o crococnii© perae a c©=tigre, não mata, por matar, mas rag@m è a onça v_ra=0 áe papjsó excitado pela foisníe. Alimenta-

°es que ©s nndiios deipara © ar e ©

se de caranguejos, ras, lagartos, ^ caí_aveirípeixes, aves e mamiferoso Esc©n=

.. tam ao Qanges sao pelos crocodn **de=se nos cannavnaes para sur-„„ „ .. „ «*«,,..--- p 2os devorados e sendo o Qanges,prehender os carneiros, porcos a

rio sagrado, © povo fanático entre--s que vemSe, porém, em vez destes vem ga=se á voracidade desses gáurios.

O TICO-TI€ O — 14 22 — Junho 1932

EXERCÍCIO

ESCOLAE

DESENHO PARA COLORIR

Depois de colorido a lápis de côr ou aquarella, devera os desenhos

desta pagina ser enviados á redacção d'0 TICO-TICO.

Os autores dos melhores trabalhos verão seus nomes iigurar no

quadro de honra dos desenhistas,

*_.-—-*-- . ¦¦ —— - —*

ítTc<A§k . gix. .**?"*,

» '• .tf**,-***

s";y~?sí_S_íÍP>_ --.,;. A*fws>>r #// JMBjff. .MA'

QUADRO

DE

HONRA

Walkiria Mari Olympia, An-

gelo Neves, S. Paulo — AyrtonDessa, Campos, E. do Rio —

Cleto Tartarelli, Porto AlegreMiguel Bollré, Porto AlegreCarlos Eliziario de Campos

Salles, S. Paulo — Maria Gui-marães Moreno de Souza, Rio

Dulce Fernandes, Rio — An-

gela Machado Joel, S. Paulo —

Maria José de Jesus Aguiar, RioOdmar Balthazar Nobre —

Terezina Georgette Sübçrsten,Rio — Aluizio Soares da Silva,

Maria da Luz Neves, Rio— An-

tonio Carlos Furqnim Junqueira,Perdizes, São Paulo — Luiz

Gonzaga da Silva, Recife —

Manoel Braz, S. Paulo — He-

lena Bueno dos Reis, S. PauloEudoxio dê Oliveira, S. Pau-

lo — Mario de Souza Costa, Rio

Maria de Lourdes Alves Cos-

ta, Rio — Hilda Calvano. RioEmina Calvano, Rio — Ge-

raldo Hecksher, Rio — Leon-líveira Filho, Prottfií-iga—

Jayr Kaliíe, Paracaniby — Di-

va Galvão Bueno, S. José dosCampos — Kenla Santos, Rio

Stella Maria Pereira de Car-valho, Bahia — Mozart d*Azivedo, Rio — Sócrates Pire?,.

' -anti 3 — íris Pires, Santos. |

22 — Junho — 1932 — 15 — O TIC0-TI-6Q

Omacaco

c omenino

'o-£>

Depois, o macaco esfregou v_..e, ainda, amassou » cartolabem as orelhas do menino do homem que procurara cie-ciue lhe queimara a cauda ... fender o memnc que tão...

*C

\ .. mau fora para elle O maça-co. atirando ao chào o homeme o menino foi sentar-se em

.. .cima da cartola já amassada.Erguendo-sc do solo, o homem

investiu para o macaco

¦ a cabelleira postiça e quebrou-lhe a bengala em vanospedaços Estava vingado ojnacaco da maldade*do

/$^^^*§»Z^N- '*£*~Z:^**^^

~. armado de uma bengala.Antes não o fizesse O macaco,¦agi! e raivoso, arrancou-lhe . ,

menino e da covardia dohomem que tão rudemente qui-zera atacal-o Depois que os

castigados foram-se..

. embora o macaco, com acauda queimada e a arder,foi descansar e m cima da

pilãstra.

v$ . T.IGO-TIGO '— 16 —

O passeio no gallinheiro22 — Junho — 1932

a\ 9*f^^t0»mss^-2ásWk^^3Ê

A igrejinha da fazenda

Todas as peças sao colladas em cartolina.

22 — Junho — 1932 — 17 — O - TICO-TICO

O vôo pela America

——- ¦¦ ? r ^ ^ ^ If '" ^ / h_^____M /4S

Explicação: — Jogam duas pessoas, munidas de um botão cada uma.Cada jogador parte de um dos pontos onde se vêem os aviões. A sorte édada com um dado, marcando os jogadores os pontos que lhe couberem,avançando tantas etapas quantas forem os pontos obtidos. Ganhará quemprimeiro alcançar o oonto de partida do parceiro.

O TICO-TICO - 18 22 — Junho — 1932

FAUSTINA CANTA NUM CONCERTO

...... ._ - .- —*^ ÍJ einr *rf ~r^ tU 4Gr-^ -_ j *****mm\wÍSm\ --*' *—"^ -^*.J | | | | J| ~^T|S *f, umij,

Faustina, dama da moda, foi ...para cantar em beneficio dos homens de Faustina sentindo-se altamenteconvidada... côr, una sociedade protectora... honrada, acceitou o convite.

/IPftES£»rOWes * VOTAV£í\£l&&. \\ j' ÇKjgfih, &£ \ Jfâl.CANTO** FAUsriNA çue C&W \\\ V" »» - ^n^mm

E depois de devidamente apresentada aos ...ella começou a cantar. ...cantiga do Carnaval, ade-distinetoe convidados... escolheu uma... quada ao ambiente.

Mal ponde acabar as pri-meiras estrophes....

... quando & assembléa indignada correu com a Faustina, botando-a pelaporta á foraj

22 — Junho 1932 - 19 — TICO-TICO-

0 SAPATE1R1NH0 E 0 CONDEExistiu outrora um sapateirinho

chamado Roberto, que, apesar dasnecessidades o obrigarem a traba-lhar dc sol a sol, vivia feliz e so-cegadamente.

Certa vez, o conde Guilherme-,rico senhor da província, encarre-gou-o de lhe fazer um par de bo-tas.

Para quando as terás prom-jptas ? perguntou-lhe.

Para sabbado, meu senhor.Muito bem. Mas, posso con-

tar com ellas para esse dia?Pôde, pois não, meu senhor!

Não obstante, até" á segunda-feiraá noite, seguinte, o conde não ha-via recebido as botas.

Por causa disso teve de se absterde ir no referido sabbado a umacaçada interessantissima, e quandoo sapateirinho lhe levou o calçado,disse-lhe:

Faltaste á tua palavra, meurapaz! Por que foi?

Confuso, Roberto não encontrouOutra resposta além desta:

As botas estavam promptasuo dia que eu lhe prometti, mas es-•Hicci-me de lhas trazer.

O conde, percebendo que o ra-paz estava mentindo, não se deu porachado. Pagou-lhe o importe das»otas e perguntou-lhe:

Gostas dc fruta, meu rapaz?Gosto muito!Pois então vem commigo ao

'pintai, se queres comer bellas ma-Çãs.

E conduziu o sapateirinho aoenorme quintal dc sua casa, verda-deira ehacanu

(Conto de José Mendes de Oli-veira)

— Ah! E' verdade! exclamou oconde, como se se lembrasse de ai-guina coisa. Tem paciência, amigo,mas espera-me aqui. Eu já volto.

Roberto esperou, esperou, mas oconde não appareceu. Para dis-trahir ficou a passear, até cahir anoite. Então, vendo que ninguémapparecia, não poude deixar de seinquietar e quiz sahir dali. Encon-trou, porém, a porta fechada, quedava para a estrada, e do mesmomodo a quc dava accesso á casa.

»BUM!.»7T'*£**!1I3Í7!

A sua inquietação augmentava ámedida que a noite avançava, e oter de passar a noite no sereno nãolhe agradou, pois que fazia intensofrio.

Pela meia noite, o conde chamouum de seus creados e disse-lhe.

Parece-me haver ruido no

quintal, e bem pôde ser algum la-drão que tenha saltado o muro. Pe-

ga na espingarda, e vem commigo.Vamos ver o que isso é.

Olha! Lá está o gatuno! gri-tou, assim que pisou no quintal.João. atira em cima delle. Lá está

o ladrão.Assim que viu a luz, o sapateiri-

nho correu para ellaNão senhor, não! gritou, tre-

¦mendo dos pés á cabeça. Não souladrão, não senhor! Sou Roberto, osapateiro. O senhor não me reco-nhece?

O creado approximnu bem a lan-

terna do rosto do rapaz, afim deser reconhecido.-

Como?! Tu?! disse o conde,fingindo-se espantado. Que diabo;estás fazendo a estas horas no quin-tal de minha casa?

Então, o senhor não se lem-bra? Não se recorda de que me dei-XOU aqui, á tarde?

Valha-me Deus! exclamou óconde, como quem acaba de serecordar de alguma coisa. Tens ra-zão, rapaz. Desculpa-me! Esqueci-me! Aconteceu o mesmo que a ti,quando te esqüeceste de me trazeras botas no sabbado. Agora, nãotem mais remédio... estamos quites.

Ao ouvir isto, Roberto, que eraum rapaz intelligente, comprchen-deu que o que o conde queria eradar-lhe uma lição.

Perdôe-me vossa senhoria,disse elle então, mas a verdade éque no sabbado as botas não.esta-vam ainda promptas.

Ah! E por que não estavamainda promptas?

Porque eu tinha entre mãos.um outro trabalho para acabar, cpara dar as suas promptas teria détrabalhar toda a noite de sexta-feira.

Devias ter trabalhado, obser-vou o conde, em tom severo, até áhora que fosse necessário. Porquedeves saber, meu rapaz, que os pri-meiros deveres de um bom opera-rio são a solicitude e a pontualida-de no trabalho. Quem vive do seulabor dorme quando pôde e todas ashoras devem parecer-lhe boas paracumprir a palavra empenhada.

L -

ira

O TICO-TIC O — 20 — 22 — Junho — 1932

¦'J>iir**^****S\'****'^***'^SfS*>*,*S>ir*^^

'Cü cfá-fès' <dk>

_-iy_sdo -.fíaítiisil

OS VAMItMKOS DA NOITE

Os morcegos, de varias espécies evários tamanhos, vivem á noite,atacando outros animaes e stigan-do-lhes o sangue. Os morcegospreferem pequenos animaes, comocães, cabritos e carneiros, que dor-mem, sugando-lhes de tal maneira

o sangue, que nem sequeracordam.

ANIMAL EXCESSIVAMENTE

DOMÉSTICO

Ao contrario do que acontececom os cavallos, asnps, cabras,porros e outros bichos, os ca-mellos são perfeitamente domes-ticaveis e constituem tira dosmaiores auxiliares do homem, naÁsia e na África. Os camellos do-mesticados não voltam ao estadoselvagem, mesmo quando abando-nados pelos seus donos. Mui pou-cos conseguem ficar bravios, sen*

do facilmente re-domesticados.

Hy____<Q> ao Trabalho

Companheiros de trabalho!Estudemos, com apuro:Seja o livro o grande malhoDe operários do futuro!

Estudemos, estudemos,Que nossa alma pede luz;Nosso caracter formemos.Que bom mestre nos conduz!

A escola é vasto scenarioDe paz, de luz e de alento:Para o nosso itinerário,Em seu seio é que ha sustento.

Estudemos, estudemos, etc.

Applicados e briosos,.Preparemos, a lição;E nos livros proveitososEduquemos a razão.

Estudemos, estudemos, etc.

Virgílio Cardoso de Oliveira

O álcool é uma das maiores des-graças do homem.

O homem, quando está embria*gado, torna-se um inconsciente. Fazpapeis vergonhosos, deprimentes,chegando até ao crime.

O álcool só devia ser usado emcaso de necessidade ou enfermida-de. O álcool leva o homem á ca-deia e, ás vezes, ao suicidio.

Uma pessoa embriagada esque-ce-se dos deveres de esposo e pae,deixando a familia, ás vezes, namais completa miséria e abandono.

O álcool devia ser prohibido co-mo na America do Norte, onde obeber é um delicto com pena cieprisão.

O álcool é um veneno dos maisviolentos para o organismo, da suaingestão resultando os peores mi-les. Os alcoólicos terminam da ma-neira mais lamentável e quasi sem-pre victimas da loucura, da para-lysia e do "delirium tremens".

Evitemos, pois, este terrível ini-migo: o álcool.

Elba Salvado

(Escola Brasileira de São Chris-tovão).

C_ar_osscSad.es dl®, •__-flii_dio. jáij_i_ía-|

03 OLHOS DAS SBRPKN» i,s|

K_i

/ K

\^//:^èB^w

As serpentes não têm palpebras,mas possuem uma espécie de ca-

. mada cornea, que lhes cobre os; olhos. Todas as vezes que a ser-

i pente muda de pelle, a camadacornea, que cobre os olhos, tam-bèm cahe. Por isso se diz que,em certos momentos da sua vida,a serpente fica cega, o que nãcé exacto,. porque a serpente con-tinúa a ver da mesma maneira.

Vozes dos ao_„_a©§Sabem as aves ligeirasO canto seu variar;Fazem gorgeios ás vezes,E ás vezes põem-se a chilrear.O pardal damninho dos campos.Não aprendeu a cantar;Como os ratos e as doninhas,Apenas sabe chiar.

O negro corvo crocita;Zune o mosquito enfadonho;A serpente no desertoSolta assobio medonho;Chia a lebre; grasna o pato;Ouvem-se cs porcos grunhir;Filiando o sueco das flores,Costuma a abelha zumbir.

__________

22 — Junho 1932 O TICO-TICQ

GALAí

¦: 'v- - v|ava¦;¦ :;:*"*<

SÊmW;¦

\ -

:

¦

^ fât^ ' 'Av- AÍ'À

Antonir.ho, filho do Sr. Joaquim Fausta Fafé, filha do A*. Pedro MottaLciie Teixeira, residente cm de Araújo, residente cai João Pessoa,

São Paulo. Escirio bania...vx-r^v^^v». «e\yv^-/"

forque dedico a estudos médicosSempre que posso, algum carinho,'falvez

por troça ou zombariaHa quem me chame doutorzfnhc.

Por ser pequeno não será,Qt2 en estatura eu não apanho,Pois tenl;o visto muito medicoHomem, e assim do meu tamanco.

Quem duvidar do meu talentoVerá, com estupefacção,Que, um dia, em vez de doutorztníioEu hei de ser um doutor...zão 1

Não vão pensar que ficarei^onio um r-igante Adamastor...wào na estatura, mas no cérebro,***u hei de se.- grande doutor.

rv)ao vou perüer tempo estudandossas moIcLtias conhecidas,

*,rippes, sarampos, nevralgias,°u erisipelas... recolhidas.

ODOUTÔRZfNHO

{Ao pequeno Irincn áe Pontes^Vieira.)

VouQual

confessar logo aos senhoresê\ no caso, minha idéa:

Procurar remédio certoara curar logo a morpnáa.

Vou esmiuçar na nossa flora,

Que tem arbustos müagroscs,

Um, de virtudes excelíentes,

Que salve os pobres dos leprosos.

Só pensarei no meu descanso

Quando alcançar esta victoria,

Que, sendo um bem para p

{Humanidade,

Irá meu nome encher de gloria.

Lo a rd c s,' graciosa amiguinhad'-'Q Tíco-Tic", residente em

Mandos.

Mas, não podendo estar para..'. 3Irei voltar, de novo, â liça*B iscando achar uma injecçãoPara dar cabo... da preguiça

Conseguirei mais, do GovernoFor um decreto em minha não,Tomar a todo preguiçosoObrigatória essa injeção.

Para os vadios um remédioProcurarei na minha estante;Remédio amargo, intolerável,Ou de assafétida ur.i purgante.

Se não puder, emfim, cer medicoPor cia motivo involuntário,Declaro já que irei ser padre.Entrando para utii seminário.

Tenlio a certeza de obterAssim tambem as vossas palma;;Se não curar males do corpoIrei então, ser cura... d'almas.

1'AURICIO MAIA

(Rio, V — 932)

0 T I C O - T I C — 22 — 22 — Junho — lft')2¦ MM-¦¦¦¦'—«—..¦¦SW....Í... ..^...aÉ,,,.,*,.,,.,.. ..*.—il|l„B,.--i-,-av,iBta ,„ ,. ¦ ¦

Costura e Bordado Lj

Fig. i — Vestidinho de musselina de ai-godão côr de marfim estampada de azul e rosa;

Fig. 2 — "Garçonnet" — calças de"shantung" azul anil, blusa rosa guarnecidado tecido da calça;

Fig. 3 — Costume de "kasha" rosa ve-lho, botões de prystal azul;

Fig. 4 — "Garçonnet" — "kasha" ma-rinho e botões brancos;

Fig. 5 — Vestidinho de "broderie an-glaise" branca e vermelha; uma fita de "gros-

grain" vermelha passa pelo caseado da pala etermina num laço.*.

Em seguida:Renda de "crochet" — de lã, linho, ou

linha brilhante — para um "garçonnet", umacamisa e um vestido para menina mais taluda.Também orna, como se vê, um babador, sapa-tinhos de bébé, touca, etc.

Seis vestidos mais apropriados à presenteestação:

i — "Kasha" natural, pospontos do mes-"mo ton, blusa de "toile dc soie" azul Fatou;

3— Saia de "kasha" es-

cocez — vermelho, creme,azul —, blusa de "kasha"creme, gravata de tecido dasaia;

— Costume de "mroa-

m*r

ilÍJwUiia

Tfl________i ji > l|

— 23 —

O

O T -TICO

§§g. -a»

_

maraMiSijiktwi_J «i'*i»-*fl'.'"T"**_A

í\

„ /yy: t\ ¦K_

cain" de lã havana, botões verdes, blusa decrepe de seda verde vivo.

As outras figuras igualmente numeradas:T, 2, e 3. apresentam os palctots qué formam"cnsemble" com as primeiras.

O bordado: inglez, "í.arrettes" com linha

grossa, brilhante. Em linho grosso, coloridoou natural.

— As demais figuras: um só modelo desaia para varias corpetes, e ainda como casaco.

*_ S.

S \\

r *

'¦_'_

nayy

I \ *'

1° ° _B

7&._i\:.

I cSn

j[

*v^\

'"""- ¦"'."-.' -"_'_ - "_i. '.!•"--¦ .'._. ¦¦!-- ¦ ¦¦-¦_¦ r—m 11 ¦ -..—-—¦ —' _ .

__. ^^^6*^^íSs_____. iv t_l_l

O TICO-TICO — 24 22 — Junho — 1932

fft HISTORIA DO RATINHO CURIOSO ((Desenhos âe.W&ltvPxsney e U. B. Iwerks exclusividade paru o TICO-TICO, em todo o Bn

Você andou fazendo, unu baru-lhad3 horrivel por aqui — disse odono do circo, Vou dar-ihc um!..

.trabalho! — Eu sempre gostei dc .. .sou hábil! — Agora en-trabalhar em circo! — respondeu Ra- tre nesta gaiola e descansetnho Curioso. O senhor vae ver corno... um pouco! — ordenou o...

dono do circo. E Ratinho Curioso • • famintos. Ratinho Curioso nao , ...soecorro. Felizmente o seu amigoviu-se, de repente, á frente de Ires perdeu a calma e tratou de fugir, libertado, estava á porta da jaula len-leões ameaçadores,'terríveis e.,. gritando por... i;^2 g±sx" * do um jornal onde havia o retrato.

,...de Ratinho Curioso com a denom:- .. .leão que o perseguia. A fera mu- Curioso. Ratinho Curioso tinhanação de "amigo dos leões" Ratinht da logo de altitude e aperta amiga- vencido a primeira prova. A segundaCurioso exhibe então o Jornal ae.., velmente a mão de Ratinho... prova foi mais fácil. O dono do circo...

.mandou que Ratinho Curiosoarranjasse uma z.cbra. Com o au-xilio do liberado, Ratinho Curió-Eo começou a pintar um burro...

om grandes listas de tintapreta e branca. O burro ficou queera urna verdadeira zebra da.Austrália,

Visto dc longe, o burro era mesmo ze-bra. Ratinho Curioso vencera mais essaprova.

(Continua)

22 — Junho — 1932 — Ji o i ico- r 11; o

Bolão e Azeitona brincavam num carrinho que haviam construido. Réco-Réco que não tinha sido

________ N-P^^X ' '*" xv' \\n/ ^V xt

H_iS^I ¦ ^-^5\y néc• • ré«• \ ' \ r^~t\

____i_____vl___r ^^y ••>¦*• \ v\ aà

o

,oX

_p_<_____., * _*

,. .'.convidado para o brinquedo, escondidoplanejava uma desforra. Na descida tudoiabam, mas na subida, quando chegava avez de Azeitona empurrar o carro com ogorducho dentro, o pretinho suava em..-.

CcPCLUSiVlDADE PAPA

O TICO-TICO. LU'___'.

...bica, c o esforço que empregava nãoera pequeno. Réco-Réco estava • indigna*co. Doia-lhc nos ouvidos, as exclamaçõe»ue alegria dos dois companheiros. Matu-tou um póucò e resolveu pôr em execução..

Mm :i ...I

•¦•O.seu plano. Começou.a jogar umasPedras para amedrontar os dois. tylas

'umadellas cahiu de cheio no craneo do preto,_ue. soltando tim grito de dôr largou o

carro no meio da subida.

l

F.i um desastre. O "auto desceu, la- No fim da ladeira o carro foi de en-deira abaixo, numa velocidade espantosa, contro a uma pedra e virou.Dentro, Bolão. horrorizado clamava por Bolão. semi-morto, ficou debaixo dosoccorro, mar ninguém o podia aceudir em carro.até que vieram tiral-o. Réco-Réco etão lastimável situação. Azeitor.z deram o fora... por precaução...

O TICO-TICO 22 — íunho w:i2

Consultório da Creançau

DIPHTERIA

Quando uma creança se queixarde dor de garganta no momento dadeglutição e apresentar além dissoura pouco de febre, a lembrança dapossibilidade dum caso de diphteriadeve estar presente, y

Quasi sempre não se trata de talmoléstia, não passando aquelles- niptomas (dôr e febre) duma an-jíina commum, banal. Todavia, na-da perdemos em sermos precavidos,pois quantas vezes é uma anginadiphterica que se inicia e o trata-mento feito immediatamente tudoresolverá bem em poucos dias. Adiphteria é uma doença infecto-contagiosa, provocada por um ba-cillo (Klebs Loeffler).

A creança antes de um anno émenos sujeita á infecção que depoisdessa idade.

Em geral a infecção se faz pelasvias nasaes c pela garganta. O con-tagio é feito ou por intermédio decreanças doentes ou por meio da-quellas que sao portadoras de ba-ciilos na garganta (não estando to-davia doentes).vO prazo da incubação da moles-íia oscilla de dois a sete dias.

A diphteria não produz immuni-dade duradoura, de modo que oscasos que se repetem não são ra-ros.

Symptomas. Febre em geral bai-xa (38o), ás vezes menos até.

Os casos que surgem com febrede 39" e 40o são raros.

Secreção nasal (coriza) apparecefreqüentemente. A's vezes é muco-pnrulenta, outras vezes muco-san-guiiiolenta. Este syniptoma (cori-za) tem maior valor quando appa-rece numa narina só.

A voz torna-se muitas vezes fa-nhosa ou mesmo rouca. No pesco-ço apparecem uns gânglios (caro-ÇOs) duros, indolores.

Num caso de diphteria, fazendoa creança abrir a bocea, quasi sem-pre vemos no fundo da gargantauma placa esbraftquiçada.

A diphteria sendo tratada imme-diatamente e convenientemente qua-si sempre tudo termina bem.

Infelizmente existem casos de di-phteria maligna ou tóxica, tambémchamada fulminante, que pode pro-vocar a morte em 24 horas.

Sendo uma doença grave, tantoem si, como pelas conseqüências oucomplicações que pode acarretar, omedico da família sempre deveráser chamado para esses casos, que,parecendo sem importância, muitasvezes levam as creancinhas á mor-te, porque foram tardiamente dia-gnosticados e tratados. Actualmen-te existe contra a diphteria uma vae-

mDiGA.MOU FHHINHQ:

CA-MO-MItU-NAEvita os accidentes dada DEINTIÇAO* FACILITAa SAHIDA DOS DENTES.Em todas as Pfiarmaetas

Ao passo que as creanças que es-tão com diphteria devem ser trata-das com injecções de soro an'.i-diphterico. A tendência moderna éinjecíar grandes doses.

DR. OCTAVIO DA VEIGA

Doenças das Creanças — RegimesAlimeníares

Director do Instituto Pasteur «Jo Riotle Janeiro. Medico da Creche da Casados Expostos. Do consultório de Hy-giene Infantil (D. N. S. P.). Cônsul-torio: Rua Rodrigo Silva n. 14, 5° an-dar, 2*, 4* e 6* das 4 ás 6 horas. Tc-lephone 2-2604 — Residência: Rua Al-fredo Chaves, 46 (Botafogo) — Tete-

nlione 6-02.37.

•O gatinho¦— Eu digo ao papae, Armando,Que estás dando no gatinho!

Não vês como está teimando ?Nem se mexe... este sònsihho]

¦— Não sejas impertinente !Deixa o gato descançado. ..

Pois elle é melhor que a gente?Pôde ficar emperrado?

A' venda em todas as puarmacai Diz-lhe a irmã: — "SÓ por capri-

í-U.

cina (Anatoxina de Ramon) que dáoptimos resultados. Na Casa dosExpostos, onde trabalho, foi empre-gada em algumas centemas de cre-ancas com os melhores resultad b.

A vaccinação é uma medida pre-ventiva. E' um meio de se evitarque as creanças tenham diphteria.

Maltratas o pobre bicho,Sem motivo... cem esse pau ?

Pois eu vou agasalhal-oEm meu collo... e resguardai-oDe ti, Armando, que és mau!

Virgílio Cardoso de Oli: i ira

10,

A beíleza do mulherreside na suavidade juvenil da sa.-» cuíis quepódc conseguir c conservar usa mio diariamente

"O Segredo da Sultana"(Loção antlephelica) agradavelmcnte pcrfumadiv.

VIDUO 2SS500

2/ —. O TICO-TICO

RESULTADO DO CONCURSO NU-MERO 3.657

Soíücion-tEs: Almyr Sá dos Santo.,Eunice Pereira de Carvalho, WalterReis Oliveira, Colina Pereira da Costa,Carlos de Miranda Caro, João BaptistaBezerra, Celso Pedroso de Campos, Fre-derico d'Acy Joan, Joaquim Leonardodos Santos. Antônio Pimentel Wing,José Ribeiro Lins, João Eduardo SáLucas, Benigno Ribeiro Lins, MariaStella do Amaral Faria, Odette Sam-paio, José Silveira Leite Fontes, CarlosGenaro Braga, Walter Sá Cardoso, Es-meralda Saad, Nice Chaves Costa, Wal-ter Sá Cardoso, Mary Saad, Maria EizaGomes da Fonseca, Jairo Pombo doAmaral, Clara Rosa Souto, Alda Ma-thias, Rtiben Dias Leal, Francisco Cos-ta, Lygia Belfort Vieira, Noemio X.

Silveira, Helios Djna, Wilson da CunhaAlmeida, Wilson Rodrigues dos Santos,Aroldo Piecesi Filho, Francisco Mano-ei da Rocha Filho, Milton B. Cordeiro,

^KSsraOmmmVmmmmmm^mmm^ÊmVimmVl^mrnUnãZ^mamlmWSXrmry ___

Doenças das Creanças — I.egimensAümentarcs

DR. OCTAVIO DA VEIGA

Director do Instituto Pasteur doRio de Janeiro. Medico da Crecheda Casa dos Expostos. Do cônsul-torio de Hygieue Infantil (D. N. S.P.). Consultório: Rua Rodrigo SU-va no 14, 5o andar, 2». _* e 6* ds 4ás 6 horas. — Telephone 2-2604 —Residência: Rua Alfredo Chaves, 46(Botafogo) — Telephone 6-03 27

Luiz Cardoso Piragibe, Geraldo Doher-ty Manger, Nise Santos, Amparo dcArruda Novita. Léo Bcllintani, NarcisoRodrigues, ArnaldoVespero. José AlvesPerpetuo, Vicente Theodoro de Souza,Ehiardo Dalia, Augusto Alves de S. N.Rocha, Maria de Lourdes Castilho deBarros. Nizia Renaudt de Castro. Car-

ws

A srlução exacta do concursr

melita P. Ramos, Idaiina Aleixo Rodri-gues Miguel Archanjo dos Passos, Ro-berto Abranches Constante. Aquel Sa-cre, Hélio Mendes Gonçalves, CarlosSimonard Rodrigues dos Santos, Vicen-te Saboya Amaral Mello. Antônio Pala-dino, Osman Victoria, Matiricio Ferrei-ra, Ovidio Pessanha. Hélio FerreiraMendes, Álvaro J. Andrigheto, Maria

Alice de Amorim. Daysc Maciel, JuimhaGodois Vianna, Wilson Ribeiro de Al-meida, Maria Helena Taveira, RuthCarvalho de Lara. Antônio Rodrigu»*de Barros, Lacrcio Carneiro Facchini,Maria José C. Martii-i, Fábio Sá Earp.Dionc de Carvalho, Renato Freire. JcscTelles, Musa d'Angel!o Castaneira. JoséAndrade Rocha, Raymundo Tibau. Ma-ria Incs C. Pires, Juracy da Cunha A:;-drade, José Augusto Bitella, AntônioFrancisco Goulart, Lúcia Campos Lima,Maria Thereza. Maria Julia Ferreira,José de Araujo Pinheiro, Bracinin JDrac-cini, Dilson Alves Vianna. Laury Cal.i-zans de Moura, Jusaldo P. Aires dcAlencar, Cândido Freire Ribeiro. H:i-dctte Holtz Silveira, José Barbosa âcMello Santos, Mansi Sonnongrubci.Lucie, Nair Brigida Borges, Jura.y.Aloysio SoMtinho da Cruz, José Med.i-ros Braga. Decio Geraldo da Silv-i....Julieta S agírijama, Wagner Zoncckcr,Laura de Oliveira e Silva, Heloísa Trio-dade Moura, Célia Maria Monteiro,Yvette Mesquita, Dercio Barbosa Ma-chado, Fidelcino T. Coelho, José Lou-reiro Ferreira. Nilza Corrêa, JuremaMoura, Nair Salles da Silva, Ol^a Gia-metia, Augusto José da Costa LopesCarneido. Humberto Duarte, Manoel

liasITloiestiasdo Çíaado^Cstomagt.eJntesiiw

fílaumiihhi%y

dos; halo lunar. Nevoeiro alto e espesso, co-brindo cs cumes das montanhas. Estrellasapagadas ou muito scintillantes. Ventos anor-maes, ou ausência de normaes. Orvatho de-morado pela manhã. Os animaes íúani inquie-tos, os sapos coaxam, a gente sente mal es-tar, doem os calios.

Signaes de vento:

Céo: azul sombrio; os primeiros arrebó.sirrompem sobre castellos de mn

Nuvens: duras, compactas ou longas e es-f.-irapadas. Lua vermelha ao nascer.

Aragcm de mau tempo coincidindo com on.iscer ou o oceano da lua tcmlc a au-nteníar.Um aijuacciro íorle faz c;thir o ve-.r.o, i> •¦¦¦-¦ es-mo nao suecede com a chtfva íi-ia. E' parai.car quando o vento vem dsooia da chuva.

Signaes miícorGíOgicos:

1 — Bom,Ctlumna A, signaes (!o tmpo:1 — Instável, 3 — Mau.

. II, signaes dc temperatura: 4 — va-riação normal, 5 — íorte ascensão, 6 — for-te declinio. Os signaes de temperatura _'"¦ma da bamkra do tempo indicauí ascensão.em baixo declinio.

_"5í-

REMAR

S_ se pôde aprender a remar praticando.O escoteiro devo conhecer as vozes (ordens;do "patrão":

1 — guarn.cer bancadas, 2 — remos prem-pies, 3 — arma remos, 4 — cruza, 5 —avante, 6 — arvora, 7 — cia, S -— remosn'a_rua. ií — escora. 10 — cunha remos, 11

__-C

.__|^_L ~~___i_ã

— ci-i;:a sobre a borda, 12 — remos ao lKo,13 — saía remus, 14 — le.va re:

Essas ordens podem ser dadas sifflult:mente aos dois bordjs ou apenas a um delíts,Bore*** aji líombovdo conforme a manobra.

O TICO TICO — 28 — 22 — -iinlio 1932

ÍISTHMHO REMÉDIO REYNGATE para otratamento radical da Asthma, Dys-pnéaa, Influenza, Defluxos, Bron-cliites, Catarrhaes, Tosses rebeldes.Cansaço, Chiados do Peito, Suf.oca-ções, é um MEDICAMENTO devalor, composto exclusivamente devegetaea.

E" liquido e tomam-se trinta gol-tas em água assúcarada pela ma-nhã, ao meio-dia e & noite ao dei-tar-se. VIDE os attestados e prospe-ctos que acompanham cada frasco.

Encontra-se á venda nas princi-pães PHARMACIAS Ç DROGA-

RIAS DO BRASIL.

3SJ"- AVISO — Preço de umvidro 12$000; pelo Correio, registra-do, réis 15$000. Envia-se para qual-quer parte do Brasil, mediante aremessa da importância em cartacom o VALOR DECLARADO aoAgente Geral J. DE CARVALHO —Caixa Postal n. 172_ — Rio deJaneiro.

Fcrnande. Filho, Yolanda Marques d.iCunha, Cleto Tartareili, Neusa DaynéaAraújo da Fonseca, Joiselda Iva Bela-che, Octavio G. S. Ricardo, MyriamThereza Maia, Mauricio Kosmenky, Jo-sé Lucas da Silva, Etel Translatti, Er-nestiiiho Lima Gonçalves, Euclydes Cor-rêa, Elze Guimarães Monteiro, Dir.onMacedo Fernandes, Manoel Alves da

Costa, Heliton Motta Haydt, Zairo EiraGarcia Vieira, Claudia Ferreira Fagun-des, Annibal C. Giraldes Filho, YolandaVillani, Osiris de Araújo, Georgette Sil-berstein, Sylvio Carvalho, Hélio Ferrazda Penha João José de Figueiredo Netto,Eros Cardoso, Paulo Roberto Baeta daCosta, Oswasdo Felzener, MiquellinaCharatz, Adriano Pinto João PedronJúnior, Elmer Tassára de Gouvêa,Thais Gamorra Vallim, Cinira dos An-jos, Paschoal Calvano, Paulo Mussoliui.Álvaro Nogueira da Gama, Oscar Pompe,Luiz Octavio Leal, Áurea Trindade,Edith de Souza Costa, Nilza PasseadoDias, Herminio Gomes, João B. Russo,Affonso Baptista Paiva, Nilcéa' Figuei-redo, Nazaretto de Lima Teixeira, Elie-te de Carvalho, Luiz Guilherme de Frei-tas Coutinho, Alfredo Rainho da SilvaNeves, Henrique Carvalho, AdewaldoCardoso Botto de Barros, José MarinhoCardoso Botto de Barros, Laerte Mar-

PÍLULAS

í^ájç^?Mfe^^»*_-íi*C^.__ * M ¦ * J_f ___i mf^TmTm .jlrTT-S J ^»F» T T ^>n^^iSir?_^--Ír7_ _*5)^_tS_P"^ a^rw^^*^_y/LVy ^^

(PÍLULAS DE PAPAINA E PODO-PHYLINA)

Empregadas com successo nas mo-lestias do estômago, figado ou intes-tinos. Essas pílulas, além de tônicas,são indicadas nas dyspepsias, doresde cabeça, moléstias do figado e pri-são de ventre. São um poderoso di-gestivo e regularizador das funeçõesgastro-intestinaes.

A' venda em todas as pharmacias.'Depositários: João Baptista da Fon-seca. Rua Acre, 38 — Vidro 2$500,pelo correio 3$000 — Rio de Janeiro.

ARTE

BORDARDesta capital, das capitães dos

Estados e. de muitas cidades do in.terior, constantemente somos con-sultados so ainda temos os ns. 1,2, 3, 4 e 5 de "Arte de Bordar".Participamos a todos que, prevendoo facto dc mnitas pessoas ficaremcom as suas collecções desfalca,das, reservamos em nosso ' escri-ptorio, rua Sachet n. 34, Rio, to-dos os números já publicados, paraattender a pedidos. Custam o mes-mo preço de 2$000 o exemplar emtodo o Brasil c também encontra-dos em qualquer Livraria, Casa doFigurinos c com todos os vendedo-res de jornaes do paiz.

tins Tavares, Angela Caldeira Brant,Elza da Cunha, Jorge Machado Gomes,Mathilde -Kophins, José Macedo CorrêaPinto, Walter Darbiely, Zilda Camar-go, Dirceu Mario de Souza, WanderBittencourt Cavalcanti, Naldy AlvesSoares, Hélio Delduque, João Carlos Ca-ravelli, Oswaldo Paulo da Cunha. ítaloFederico, Dante Palma, Walter Neu-inayer, Rua Castro Alves 37, 9 annos»Hozael de Mello Senra, Myrtha Guará.ny, Darcy Amora Pinto, Maria de Lour-des Viégas, Carlos Toledo Rizzini, Edi-son Azevedo Júnior, João Bosco LemosFerreira, Aluysio de Moraes Lucksow»Rogério Bastos de Oliveira, do Nasci-mento Pinto, Guido Cavalcanti AlhnCosta Séllos, Luiz Prader, Arnaldo Ca-

uVAA/VV^rk^*^/^VVVVVNrVV^VVl^^^^^^/^»*^,_^^^.*^VVS»"^rVV^tV^r*^^

PRUA.AR

O prumo serve para medir a profundidadeno mar e saber a natureza do fundo. E'constituído por uma linha graduada e umpeso de chumbo (chumbada). Quando o pe-so toca o fundo lê-se, mantendo a linha bemestendida, a graduação que corresponde a pro-fundidade.

A chumbada tem na parte inferior uma ca-vidade onde se col loca sabão ou sebo. To-caudo o fundo a lama, ou areia, ou cascalho,vC-ni ali grudados, e a pedra d<-Íxa marca.Desse modo sabe-se quat é o fundo,

FUNDEARPara fundear: 1.° pruma-se; 2.° dá-se um

pouco de scRuimcnto a ré e lança-se o ferro,que é arrastado até unhar; 3." deixa-s* aamarra VQtt;*v _11 «_* ter fora tre*. vezes o fundo.

O melhor fundo é o dc lama: em fundo de

~^^*^** uuiiiim irjMfl.-. i j_f ^

pedra hão sc deve fundear: não unha e ar-iisca-sc a perder o ferro.

Ao abordar uma praia batida approx-rtia-secom a prós para o mar, para que a embar-caçilo possa "montar" na» ondas que arre-

64

bentam; se não fõr assim alaga. A uma cer-ta distancia lança-se o ferro e vae-se deixan-do a embarcação cahir sem atravessar, aguen-tando com os remos, até cheirar a um pontoem que a guarnição possa saltar para levarpara terra o cabo de popa.

PREVISÃO DE TEMPO

Signaes de bom tempo:Céffi azul brilhante, límpido, roseo ao pôr

do Sol, cinzento claro pela manhã, os primei-ros arrebóea apparecem logo, no horizontesem nuvens.

Nuvens: altas, de contornos vagos, brancas,leves, transparentes. Lua brilhante, de bordo3nitdos. Estrellas pequenas, com poucas scin-tillaçõcs. Nevoeiro baixo pela manhã; e eva-poração rápida do orvalho. Sopram os ventosnormaes: de dia vir ação e de noite o tcrral.A fumaça sobe rapidamente. Os animaes es-tão calmos c alegres, as andorinhas voam ai-to, as aranhas trabalham nas teias, os besou-ro, zumbem, as cigarras cantam.

Signaes do mau tempo:CV- carregado de nuvens pesadas; ao pôr

do Sol, alaranjado pallido ou vermelho car-regado; pela manhã, céo vermelho; montanhasescuras. Nuvens negras pequenas, tocadas pe«Io vento. Lua pallida, de bordos pouco nití-

*>? — Junho — 1932 29 O TICO-TICO!

MOLDES-OXACTOS^EXACTISSIMOS 1

QUALQUER SENHORA PODE CONFECCIONAR EM SUACASA, COM PRECISÃO ABSOLUTA, OS SEUS PRO-PRIOS VESTIDOS, ROUPINHAS DE CRIANÇA, PYJA-MAS E ROUPAS BRANCAS EM GERAL, PROCURANDOA CASA DE MOLDES DA SRA. ELISABETH LAMMER,

A' RUA 7 DE SETEMBRO 121, RIO.

vina, Achilles Paz, Célia Cabral Libera-' to, Yves Veiga Dutra, Kust G. Maxh-berger, Walter Botelho, Manoel Maga-lhães, Leonidas Bebler, José Cruz Vidal,Alberto de Figueiredo, Branca MariaBarbosa Mascarenhas, Renato Fontou-ra, Walkyria dos Santos Mello, HamletoPolli, Thiers Pedro Loureiro, Omir deMello Strasburg, Francisco Alycdoy,Annita Romano, Kleber José CunhaGuimarães, Silvano Carlos Maniede deFreitas, Thereza Nisia Vieira Barros,José Frederico M. R. de AlbuquerqueHoracio Chaves Neto, José A. NogueiraFerreira, Amaury Rodrigues Cardoso,Dorila Anerlack, Antônio Iglesias, Beii-jamim Fausto Gallotti, Epitacio Alexan-dre das Neves, Maria de Lourdes LopesAbreu, Leticia O. Medicis. Marita deMagalhães Ripper, João Maurício Car-doso, Luiz Berringer, Carolina Firme,Dalton Airton de Araújo, Nora Ferrarde Souza, Gloriana Guimarães Mendori-Ça, José Raymundo Jobim Gaspary,Jeny Cony, Flora Beatriz de Azevedo,José do Valle Ayres, Plinio Lucii Bota-«a, Hélio Rubem Soares A., Anna Gou-lart Menes, Maria Virmond Lima, Ra-nia Bidigara, Arthur Eloy de BarrosWanderley.

Foi premiada, com um rico Iívto dehistorias infantis, a concurrente

MYRIAM THEREZA MAIAde 6 annos de idade e residente á La-«ieira da Jaqueira n. 26, em São Salva-dor, Estado da Bahia.

RESULTADO vO CONCURSO N.« 3.65S

Respostas certas:

1.» — Girafa.2." — Capeüa3.' — Japão.4." — Azul Azulão,S.a — Manacá.

SOLUCIONISTAS: — Maria LuizaC. Martini, Fábio Aliatar de Sá Earp,Alayr Sá dos Santos, Nilo Alexandredas Neves, Benjamim F. Gallotti, Mi-guel Vaz, José Lucas da Silva, NilcéaFigueiredo, Waldyr A. Ferreira, H«;litonMotta Hayat, Julieta Vieira de Azeve-

. do, Wantui Bittencourt Cavalcanti, Mi-guel Archanjo dos Passos, Odilia F. Fa-gundes, Zairo Eira Garcia Vieira, He-loisa Trindade Moura, Adewaldo Cardo-so Botto de Barros, José Maurício Car-doso Botto de Barros, Nazareth de LimaTeixeira, Ivan Duarte, Neinha Alves So-ares, Eliete de Carvalho Dircéa J.our-des Pacheco, Evaristo Martins Billé,José A. Rocha, Decio Barbosa Macha-do, Renato Marques da Cunha, CuidoCavalcanti, José Lucas da Silva, AfariaHelena M. Taveira, Paula Amidsi Bor-billini, Aloysio Soutinho da Cruz, DecioGeraldo da Silveira, Laura de Oliveira eSilva, Maria Thereza da Silva Costa,Rubem Dias Leal, Noemio X. da Sil-veira, Henory Cardoso de Castro, Ma-ria Lúcia B. Macedo, Francisco Manoelda Rocha Filho. José Alves Perpetue,Augusto Alves de Souza Neves da Ro-cha, llzo Terra da Costa, Yára Salguei-

Acaba de apparecer emiodas as livrarias.

"a cdísde ondeSE VVE DEMENU-M ÜÍ*^_E.

Representante de «'«Cinearte* cmHollywood durante 4 annos

Illustrado com photographias de "cstrel-la3" e com um lindo prefacio de Henrique

Pongettl.Pedidos a

Pimenta de Mello & C<>. — Rua Sachet, 34. Rio deJaneiro. — Preço Rs. 8$000, polo Correio, Rs. 9$000.

Mães... Ialienção I

dÊk

1- i IjMBg 0°^ítv1l Mfc--

Dae a vossos filhos o BONBONLAXO-PURGAT1VO — o purgativo

ideal, efficaz e gostoso,

ro, Julinha Godoy Vianna, Nise Santos,Dione de Carvalho, Maria RamalheteLellio, Vinicio d'Angelo Castanheira, Ma-ria Thereza Castanheira, Sebastiãod'Angelo Castanheira, Bracciüi» Braccini,José de Araújo Pinheiro, Edith de Sou-za Costa, José Ribeiro Ferreira, JoséGeraldo, Luiza de Seixas Barros, Gil-berto da Silva, Nieza Passeado Dias.Gastão Gonçalves de Siqueira, HélioDelanque, Gilda Provenzano, Itak) Fe-derivo, Carlos Tokdo Rizzini, MtriaStella do Amaral Faria, .Kepler Santo?,Edison Azevedo Júnior, Aluysio de Mo-raes Serckow, Maria de Lourdes Viergas, Vaícntina de Moraes Breves, Ja:y-ra de Mello, Jovem C. José GonJosé Cruz Vidal, Álvaro Fialho Basto--,Helena Lopes, Octacilio José Pagâno.Horacio Chaves Neto, José A. Noguei-ra Ferreira, Waldimir Santos Mello, Zc-lia Buzzàt, João Busco Lemos Ferreira.Hamleto Polli, Mary Baird, Carlos Co -de, Elias Paladino, Kleber José CuGuimarães, Maria Evangelista de Castro.José Silveira Leite Fontes, Osr.ian Vic-toria, João Eduardo. Sá Lucas, Femaide Barros Wanderley, Carolina Firiue,Oswaldo de Carvalho, Fernando Oci.Gonçalves, Moacyr do Valle Ayres, Eli-sa de O. Medeiros, Anna Goulart !nes. João Maurício Cardoso,

Poi premiado, com um linda livro Jehistories infantis, o concurrente:

JOÃO EDUARDO SA' LUCASde 7 annos de idade e morador á ruaDias Ferreira n.° 264, casa 5, nesta Ca-pitai.

Uniformes e Equipamentos para Escoteiros — "Paraíso das Creanças" —Rua 7 de Setembro 134, — RIO.

p t i c o -11 í: o 0'1 Junho 19tí2

CONCURSO N. 3 . 6 6 7

Pí77Yí 05 leitores desta Capital c dos Estados

yz>

Um concurso fácil,, pois é umenigma cuja solução encerra um

provérbio bem conhecida.

As soluções devem ser enviadasa redacção' d'0 TICO-TICO, sepa-radas das de outros quaesquer con-cursos e acompanhadas, não só dovale que tem o n. 3.667, como tam-bem da assignatura, idade e resi-dencia do concurrente.

Para este concurso, que será en-

cerrado no dia 20 de Julho viudou-10, daremos como prêmio, por sor-te, entre as soluções certas, um ricolivro cie historias infantis.

3.66?&¦a^

i

ACABA DE APPARECEU

CANTIGAS DE QUANDO EU ERA PEQUENINAde

CK1ÇA0 de BAI5II0S I5ARUKTOem todas as boas livrarias

CON CUK SO' N. 3 . 668

Para os leitores desta Capital e dc-sEstados próximos

Ia — Qual a fruta cujo nome éformado peia parte do chapep a tempo de verbo,?

4:' — Qual o sobrenome que cfruta

(2 sylíabas).Pedro Lima

Qual a habitação que é

pelo tempo de .verbo?(4 syllabas).

Rosemy Gomes Pinto

2'1 — Qual o nome de mulherformado por dois tempos de verbo?

' (4 syllabas).

(_? syllabas)J. Puarque

Do me-mo

As soluções devem ser enviadasá. redacção* d'0 TICO-TICO, sepa-radas das de outros quaesquer con-

13 e ainda acompanhadas do va-le numero 3.668 c da assignatura,

3» — Qual o réptil que com a idade c residência do concurrente.ultima letra trocada é mineral? para e3tc concurso, cjue será eu-

(2 syllabas). cerrado no dia 15 de Julho, dare-João Gabriel Baptista iriós como premi-o, por sorte, entre

as soluções certas, um lindo livroillustrado.

j ^5? ^f €©R€URf© |3. CCS

O aíaiigo âos SLmímsim— Totó!."., Totó!...

E Fedrinho dava c^talinhos comOs dedos para chamar a attenção docão que, entretido em farejar umalata de lixo, não ligava a menorattenção ao chamado.

Era um cachorro magro, asque-roso que vivia na vizinhança eaquelle menino, compadecido anteo soffrimento do animal, ha jámuitos dias que vinha "querendo

agarral-o, para tratar, mas o cãosewipre arisco frustrava-lha o plano.

— Totó! Totó! aqui!... aqui!.E o animal como estava, ficava.O menino, vendo que eram bal-

ciados todos os seus esforços paraattrabir o cão para dentro de casa;resolveu ver se o conseguia segu-rar, emquanto elle farejava a latado lixo.

O cão, distraindo, não percebeuque Pedrinho se approximava cau-telosâmentè...

Zás! segurou-o pela barriga, ea] ertando-o contra o peito, correupara casa.

O cão, tratado com todo o cui-dado pelo menino, ficou gordo, bo-nito, tornando-se um lindo animal.

JuVw Vcniandcs da Fonseca

jj ÁS PROPESSORAS PARA AS FESTAS ESCOLARESNa organíiaçSo dos programm as para as festas escolares lutam as senhoras professoras

com a falta de monólogos, canço nelas, duetos, coros, poesias e diálogos p.-oprios yr.ra ascreanças. E' que não é grande o números de livros escriptos sobre o assun.pto. Ha, no em-tanto, um repertório de tudo o que é necessário para organização dos programmas de festasescolares, li' o Theatro d'0 Tico-Tico, de Euslorgio Wanderley, o apreciado escriutor epoe:a qr.e todo o Brasil conhece.

No Theatro d'0 Tico-Tico. que a Livraria Pimenta de Mello & C, Rja Sachet, 34 —Rio. vende pelo preço de 6?000. (Pelo Correio, registrado, 6J000), ha a mais completa col-lecçáo de CANÇONETAS, DUETOS, COROS, COMELMAS, FARÇAS, SA1NETES, SCE-NAS CÔMICAS, DIÁLOGOS, POESIAS, MONÓLOGOS, etc. A's senhoras professorasrecomfnendamos tão ul'l e in cressante collectanea de theatro infantil.

& —¦ Junho — 1932 O TICO- T 11; o

fd de arroz,Ç%Y

\ "^.^^.lir**1** ™ "^-fc *i^m^^ *"' <&«> lÉ-hk^

^^^^^"**c^!S__^e_B

dos ros de Luxo queAINDA SE VENDE

A 6$OOG A' VENDAEM TODO O BRASIL

M E H t H 0 S f' Clarn o lindo livro de historias de Yaníok

•^ vem tu ras maravâllhosas d_Jisca Mutuca e F&n.kito"

Preço: 5S000 — Pelo Correio: 5$500Pedidos á Editora;

CASA BRAZ LAURIARUA GONÇALVES DIAS, 78 - RIO.

03J

Não empreste seu livro. Sào peça litro caiprcstad».Prejudicará o desenvolvimento da cultura intellectual

<lo paiz.

OPTIMO PREPARADO!Diz o Dr. Freá-fico O. V. cU Rocha, medico ptla

Faculdade ds Medicina da Rio dc Janeiro.Attesío que empreguei em um caso de "LUES

SECUNDARIA", da minha clinica particular, •*»grande e oprimo preparado ELIXIR DE NOGÜEI*KA, do faileci-.Ui pharmaceutico João da Silva Sil-veira, com magnífico resultado.

S. Juão d"El-Rer, - dc DezemV.o de Ií-t.Dr. Frederico O. V. da Rocha

(Firma reconhecida)

ELIXIR DE NOGUEIRA GRANDE DEPURA-TIVO DO SANGUE

Milhares «te Attestados Médicos t dc pessoascuradas!

¦ ¦ :.:.„,..¦¦ ¦

.'¦_ ¦ ¦-.' -*.*'_'..¦_

lãtf. .-_ j_ü__f

**-os para bordados mais originaes são e-icon^aciosUa magnífica revista ARTE DE BORDAR.

1 "\s*nl°sses, bronchites, constipações, resfriados,

catarrho pulmonar, depauperamentos

dcsapparecfiu com o poderoso tônico

Vinho Creosofâdodo ph. ch. João da Silva Silveira

¦*"**_•*£_, f

LOTOISTROCTEVO

ra~ _t S

— DE —

MARIA RIBEIRO DEALMEIDA2n EDIÇÃO

1 0 S o 0 0Lindamente ilustrada

Pedidcs áLIVRARIA PIMENTA

DK MELLO & Cia..Rua Sachet, 34 — Rio;

ggpá P;pa

papai

po'jupa

pi3 pua pãopcata I piau

11 0 1 JIo

Bt/ra/.iiMWh.i.

" ' ¦

. . .achou que trepado numa escada estaria bem e sobreum telhado estaria melhor. A pipa era grande e a linhamuito forte O vento soprava rijo.

Chiquinho agüentava com denodo .3 .aíanô-= dapipa. Em dado momento o vento mudou de direcção co arrastou para a beira do telhado. .,

c- deponde elie cahiu. Providenciainvente achava-secm baixo um barril com tinta azul que o acolheu hospita»ieira e o livrou de morrer esborrachado no solo.