pedogênese de espodossolos em ambientes do grupo barreiras

5
Pedogênese de Espodossolos em ambientes do Grupo Barreiras e Restinga do Sul da Bahia A.P. OLIVEIRA (1) , J.C. KER (2) , A.P. OLIVEIRA (3) , A.T.G. NEVES (4) , ARAÚJO, E.A. RESUMO – Este trabalho teve como objetivo caracterizar química, física e mineralogicamente Espodossolos de ambientes Barreiras e Restinga do sul da Bahia. Para tanto, foram descritos e coletadas amostras de horizontes de oito perfis de Espodossolos, sendo um em Restinga (P7), dois de muçunungas pretas (P5 e P6) e cinco de muçunungas brancas (P1, P2, P3, P4 e P8), sendo realizadas as análises textural, químicas de rotina, extração de Fe e Al pelo ditionito- citrato-bicarbonato de sódio, oxalato ácido de amônio e pirofosfato de sódio, densidade ótica do extrato do oxalato de amônio, fracionamento da matéria orgânica e difratometria de raios-x das frações areia, silte e argila. Os Espodossolos no ambiente Barreiras apresentaram fragipã abaixo dos horizontes espódicos. As muçunungas brancas apresentaram horizonte B espódico cimentado, enquanto as pretas possuem estrutura pequena granular e coloração escura desde a superfície. No Espodossolo de Restinga (P7) não se observou horizonte espódico endurecido nem fragipã. Os solos apresentam textura arenosa com aumento dos teores de argila nos horizontes espódicos à exceção do P7. Os solos são ácidos e distróficos, não raramente apresentando teores de Al 3+ muito elevados (P1, P2 e P8). Os Espodossolos desenvolvidos de sedimentos do Barreiras apresentaram acúmulo de Al e Fe nos horizontes espódicos, sendo baixos os teores de Fe 2 O 3 pelos três extratores e, conseqüentemente, elevada relação Al 2 O 3 /Fe 2 O 3 . No P7 esta relação foi menor que a unidade. Os valores das relações Al o /Al d (6) , assim como para o Fe o /Fe d (6) foram elevados indicando participação expressiva das formas menos cristalinas, o que se encontra condizente com os menores valores de P rem constatados nos horizontes espódicos. Os perfis P6 e P7 apresentaram valores de densidade ótica (DOEO) menores que aqueles preconizados na definição de materiais espódicos da Soil Taxonomy (< 0,25). Em razão da maior mobilidade dos ácidos húmicos (AH) e fúlvicos (AF) no perfil, seus teores apresentaram-se crescentes em profundidade; os teores da fração humina (HU), por sua vez, decresceram. A fração argila é constituída quase que exclusivamente por caulinita, enquanto as frações silte e areia têm o quartzo como mineral exclusivo. Introdução No norte do Espírito Santo e sul da Bahia é comum a ocorrência de Espodossolos em áreas deprimidas do domínio de Argissolos Amarelos coesos do Grupo Barreiras. Estas áreas são popularmente reconhecidas como muçunungas, que quer dizer terras arenosas que acumulam água [1], onde normalmente são encontrados Espodossolos diferenciados morfologicamente, ora todo escuro desde a superfície, ora com horizonte E álbico típico, o que leva a denominação popular de muçunungas pretas e brancas, respectivamente. Em ambos os casos, é comum a ocorrência de horizonte subsuperficial endurecido tipo ortstein e, ou fragipã, ou mesmo duripã, horizontes responsáveis pelo acúmulo de água nas depressões. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi caracterizar morfológica, química, física e mineralogicamente Espodossolos de áreas deprimidas do ambiente Barreiras contrastando-os com um de Restinga (Quaternário), testando, também, a hipótese de que a participação de substâncias húmicas ligadas ao alumínio é mais expressiva que aquela ligada ao ferro na formação de Espodossolos da região litorânea brasileira, conforme sugerem dados de literatura [2, 3, 4, 5]. Palavras-Chave: (Espodossolos, Muçunungas, Complexos Al-orgânicos) Material e métodos Foram descritos e coletados oito perfis de Espodossolos, dos quais sete foram desenvolvidos a partir de sedimentos do Grupo Barreiras (Terciário), e um a partir de sedimentos arenosos Holocênicos em ambiente de Restinga (P7), nos municípios de Alcobaça, Teixeira de Freitas, Nova Viçosa e Caravelas no sul do Estado da Bahia. Dos Espodossolos do Barreiras cinco apresentaram horizonte E álbico (muçunungas brancas - P1, P2, P3, P4 e P8) e dois apresentaram-se escuros desde a superfície (muçunungas pretas - P5 e P6). As amostras foram secas ao ar, trituradas e passadas em peneira de malha de 2,0 mm obtendo-se, a TFSA, onde foram realizadas as seguintes análises: granulometria [6]; químicas de rotina [6]; Al e Fe extraídos pelo ditionito-citrato-bicarbonato de sódio [7]; oxalato ácido de amônio [8]; pirofosfato de sódio [9]; densidade ótica do extrato do oxalato de amônio (DOEO) pela medida da absorbância a 430 nm [10]; carbono orgânico total e fracionamento de substâncias húmicas por diferença de solubilidade [11]; e análise mineralógica por difratometria de raios-x das frações areia, silte e argila. Resultados Todos os Espodossolos do ambiente Barreiras (P1, P2, P3, P4, P5, P6 e P8) possuem fragipã (horizonte Cx) abaixo do horizonte B espódico. Os perfis P1, P2, P3, P4 e P8 (muçunungas brancas) apresentaram horizonte B espódico cimentado (ortstein) abaixo do horizonte E. Os perfis P5 e P6 (muçunungas pretas)

Upload: edson-alves-de-araujo

Post on 15-Jun-2015

279 views

Category:

Documents


10 download

DESCRIPTION

Este trabalho teve como objetivo caracterizar química, física e mineralogicamente Espodossolos de ambientes Barreiras e Restinga do sul da Bahia

TRANSCRIPT

Pedogênese de Espodossolos em ambientes do Grupo Barreiras e

Restinga do Sul da Bahia A.P. OLIVEIRA (1), J.C. KER(2), A.P. OLIVEIRA (3), A.T.G. NEVES(4), ARAÚJO, E.A.

RESUMO – Este trabalho teve como objetivo caracterizar química, física e mineralogicamente Espodossolos de ambientes Barreiras e Restinga do sul da Bahia. Para tanto, foram descritos e coletadas amostras de horizontes de oito perfis de Espodossolos, sendo um em Restinga (P7), dois de muçunungas pretas (P5 e P6) e cinco de muçunungas brancas (P1, P2, P3, P4 e P8), sendo realizadas as análises textural, químicas de rotina, extração de Fe e Al pelo ditionito-citrato-bicarbonato de sódio, oxalato ácido de amônio e pirofosfato de sódio, densidade ótica do extrato do oxalato de amônio, fracionamento da matéria orgânica e difratometria de raios-x das frações areia, silte e argila. Os Espodossolos no ambiente Barreiras apresentaram fragipã abaixo dos horizontes espódicos. As muçunungas brancas apresentaram horizonte B espódico cimentado, enquanto as pretas possuem estrutura pequena granular e coloração escura desde a superfície. No Espodossolo de Restinga (P7) não se observou horizonte espódico endurecido nem fragipã. Os solos apresentam textura arenosa com aumento dos teores de argila nos horizontes espódicos à exceção do P7. Os solos são ácidos e distróficos, não raramente apresentando teores de Al3+ muito elevados (P1, P2 e P8). Os Espodossolos desenvolvidos de sedimentos do Barreiras apresentaram acúmulo de Al e Fe nos horizontes espódicos, sendo baixos os teores de Fe2O3 pelos três extratores e, conseqüentemente, elevada relação Al2O3/Fe2O3. No P7 esta relação foi menor que a unidade. Os valores das relações Alo/Al d

(6), assim como para o Feo/Fed

(6) foram elevados indicando participação expressiva das formas menos cristalinas, o que se encontra condizente com os menores valores de Prem constatados nos horizontes espódicos. Os perfis P6 e P7 apresentaram valores de densidade ótica (DOEO) menores que aqueles preconizados na definição de materiais espódicos da Soil Taxonomy (< 0,25). Em razão da maior mobilidade dos ácidos húmicos (AH) e fúlvicos (AF) no perfil, seus teores apresentaram-se crescentes em profundidade; os teores da fração humina (HU), por sua vez, decresceram. A fração argila é constituída quase que exclusivamente por caulinita, enquanto as frações silte e areia têm o quartzo como mineral exclusivo.

Introdução No norte do Espírito Santo e sul da Bahia é comum

a ocorrência de Espodossolos em áreas deprimidas do domínio de Argissolos Amarelos coesos do Grupo Barreiras. Estas áreas são popularmente reconhecidas como muçunungas, que quer dizer terras arenosas que acumulam água [1], onde normalmente são encontrados Espodossolos diferenciados morfologicamente, ora

todo escuro desde a superfície, ora com horizonte E álbico típico, o que leva a denominação popular de muçunungas pretas e brancas, respectivamente. Em ambos os casos, é comum a ocorrência de horizonte subsuperficial endurecido tipo ortstein e, ou fragipã, ou mesmo duripã, horizontes responsáveis pelo acúmulo de água nas depressões. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi caracterizar morfológica, química, física e mineralogicamente Espodossolos de áreas deprimidas do ambiente Barreiras contrastando-os com um de Restinga (Quaternário), testando, também, a hipótese de que a participação de substâncias húmicas ligadas ao alumínio é mais expressiva que aquela ligada ao ferro na formação de Espodossolos da região litorânea brasileira, conforme sugerem dados de literatura [2, 3, 4, 5].

Palavras-Chave: (Espodossolos, Muçunungas,

Complexos Al-orgânicos) Material e métodos Foram descritos e coletados oito perfis de

Espodossolos, dos quais sete foram desenvolvidos a partir de sedimentos do Grupo Barreiras (Terciário), e um a partir de sedimentos arenosos Holocênicos em ambiente de Restinga (P7), nos municípios de Alcobaça, Teixeira de Freitas, Nova Viçosa e Caravelas no sul do Estado da Bahia. Dos Espodossolos do Barreiras cinco apresentaram horizonte E álbico (muçunungas brancas - P1, P2, P3, P4 e P8) e dois apresentaram-se escuros desde a superfície (muçunungas pretas - P5 e P6).

As amostras foram secas ao ar, trituradas e passadas em peneira de malha de 2,0 mm obtendo-se, a TFSA, onde foram realizadas as seguintes análises: granulometria [6]; químicas de rotina [6]; Al e Fe extraídos pelo ditionito-citrato-bicarbonato de sódio [7]; oxalato ácido de amônio [8]; pirofosfato de sódio [9]; densidade ótica do extrato do oxalato de amônio (DOEO) pela medida da absorbância a 430 nm [10]; carbono orgânico total e fracionamento de substâncias húmicas por diferença de solubilidade [11]; e análise mineralógica por difratometria de raios-x das frações areia, silte e argila.

Resultados Todos os Espodossolos do ambiente Barreiras (P1,

P2, P3, P4, P5, P6 e P8) possuem fragipã (horizonte Cx) abaixo do horizonte B espódico. Os perfis P1, P2, P3, P4 e P8 (muçunungas brancas) apresentaram horizonte B espódico cimentado (ortstein) abaixo do horizonte E. Os perfis P5 e P6 (muçunungas pretas)

apresentam horizontes espódicos com estrutura fraca a moderada pequena granular e coloração escura, tipo pó-de-café, desde a superfície, sendo muito solto e friável. Em alguns casos o horizonte Cx aparece de forma descontínua ou fragmentada. Ao que tudo indica, essa característica pode estar relacionada ao desequilíbrio destes materiais com as atuais condições de clima. O P7 é o que mais se diferenciou morfologicamente dos demais, se apresentando solto com estrutura em grãos simples em todo o perfil, e sem fragipã abaixo do horizonte Bs. Estas características retratam a incipiente pedogênese deste perfil, em função de sua proximidade ao mar e de sua baixa altitude, havendo, portanto, pouco tempo de atuação do processo de podzolização neste solo.

Os solos são de textura arenosa com predomínio da fração areia grossa (Quadro 1). Isso favorece a percolação de complexos organometálicos contribuindo para a formação de horizontes B espódicos. Ainda com relação à textura, observou-se o aumento nos teores de argila nos horizontes B espódicos, exceto para os perfis localizados mais próximos ao mar (P7 e P8).

Os solos são ácidos, em alguns casos com teores muito elevados de alumínio (Al3+ > 4,0 cmolc dm-3) (Quadro 1) com predomínio de cargas negativas. A soma de bases (SB) é mais elevada na superfície dos perfis em razão da ciclagem de nutrientes e, possivelmente, também pelo aporte de nutrientes via “sprays” marinhos, contudo, decresce em profundidade com um ligeiro aumento no horizonte B espódico, onde a lixiviação é dificultada. Os valores de H + Al acompanham os de carbono orgânico (CO) ao longo dos perfis, indicando que a CTCpH7,0 é quase que exclusivamente devida a matéria orgânica. Com exceção ao perfil P7, os valores de P extraído pelo Mehlich-1 indicam acúmulo deste elemento nos horizontes espódicos que pode estar sendo translocado junto aos compostos orgânicos. De modo geral, o Prem apresenta valores nas faixas média e alta nos horizontes A e E com quedas abruptas nos horizontes B espódicos e estão inversamente relacionados aos teores de óxidos de Fe e Al e argila dos perfis, sendo estes responsáveis pela adsorção de P nesses solos.

Os resultados das extrações seletivas de Fe e Al pelo DCB (Fed e Ald), oxalato de amônio (Feo e Alo) e pirofosfato de sódio (Fep e Alp), mostram acúmulo destes elementos no horizonte espódico dos solos estudados (Quadro2). Este acúmulo se dá pela iluviação de Fe e Al complexados às substâncias orgânicas [12]. Os teores de Al foram superiores aos de Fe para os três extratores, à exceção ao P7. Esses resultados sugerem que o horizonte B espódico dificulta a passagem de água, criando um ambiente redutor responsável induzindo a perda de Fe2+ [13,14]. As elevadas relações Alo/Al d e Feo/Fed indicam a participação de formas pouco cristalinas nos horizontes espódicos. No caso do Fe, além do hidromorfismo, este fato pode estar relacionado aos elevados teores de matéria orgânica que inibe a cristalização do Fe, ou à presença do mineral ferridrita que tem sua síntese

favorecida nestas condições e é muito solúvel em oxalato de amônio [15]. Estes resultados foram diferentes para o P7, onde prevalecem óxidos de Fe melhor cristalinidade. À exceção do P6 e P7, os valores de DOEO dos horizontes espódicos foram superiores a 0,25 atendendo a um dos critérios para enquadramento em materiais espódicos propostos pela Soil Taxonomy [16]. Porém, apenas nos perfis P1, P2, P3, P4 e P8 o valor da DOEO foi maior que o dobro em relação ao horizonte sobrejacente.

Os perfis estudados apresentaram acúmulo de CO no horizonte espódico (Quadro 2), tendência esta também verificada para os teores de AH e AF, evidenciando a iluviação destas substâncias húmicas em razão de suas maiores solubilidade e mobilidade na forma de complexos com Al e Fe.

Os difratogramas de raios-x da fração argila dos horizontes B espódicos e Cx indicam sua constituição basicamente por caulinita, sendo este um mineral comumente encontrado em solos formados a partir de sedimentos da Formação Barreiras ou com acentuada retirada de Si do sistema como aqueles de regiões tropicais. Foram observados, também, traços de vermiculita com hidroxi entre camadas. As frações silte e areia são constituídas principalmente por quartzo, sendo que o silte do perfil P7 apresenta pequena quantidade de mica, possivelmente por estar situado na Restinga, portanto originado de sedimentos mais recentes.

Conclusões Os Espodossolos situados no domínio da Formação

Barreiras se diferenciam química, física e morfologicamente entre si e daquele situado na Restinga.

Todos os Espodossolos relacionados aos sedimentos Barreiras apresentaram horizonte endurecido na subsuperfície (ortstein e, ou fragipã), sugerindo aporte lateral de sílica e alumínio resultante da destruição de argila de argissolos amarelos coesos localizados em cotas altimétricas superiores.

Ainda nos Espodossolos relacionados ao Barreiras destacam-se teores bem mais elevados de Al do que Fe pelas extrações do oxalato de amônio, DCB e pirofosfato de sódio. Isto, no mínimo, leva a questionar as denominações Ferrilúvicos e Ferrihumilúvicos como subordens no SiBCS.

O P7, além de não apresentar fragipã até dois metros de profundidade, nem tão pouco horizonte espódico endurecido e, ou bem definido, apresentou maiores teores de Fe2O3 do que de Al2O3. Sua feição morfológica indica podzolização incipiente e muito diferenciada em relação aos outros Espodossolos deste estudo.

Agradecimentos Ao CNPq pela concessão da bolsa de estudos. À Aracruz Celulose S/A, em especial ao Dr.

Sebastião Fonseca, pelo apoio financeiro por ocasião da coleta dos solos.

À Universidade Federal de Viçosa e ao

Departamento de Solos/UFV pela oportunidade de realização do presente trabalho.

Referências [1] FERREIRA, A.B.H. 1986. Novo dicionário da Língua

Portuguesa. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1838p. [2] EMBRAPA. Centro de Pesquisa Pedológica. Levantamento

Exploratório – Reconhecimento de Solos do Estado de Sergipe. Recife: 1975. 506p. (EMBRAPA-CPP. Boletim Técnico nº 36; SUDENE-DRN. Série Recursos de Solos 6).

[3] GOMES, J.B.V. Caracterização, gênese e uso de solos de três

sítios de restinga sob diferentes coberturas vegetais no Estado do Rio de Janeiro. Viçosa, MG: UFV, 1995, 170p. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas) – Universidade Federal de Viçosa, 1995.

[4] MOREAU, A.M.S.S. Gênese, mineralogia e micromorfologia

de horizontes coeso, fragipã e duripã em solos do tabuleiro costeiro do sul da Bahia. Viçosa, MG: UFV, 2001, 139p. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas) – Universidade Federal de Viçosa, 2001.

[5] GOMES, F.H. Gênese e classificação de solos sob vegetação de

restinga na Ilha do Cardoso – SP. Piracicaba, SP: ESALQ, 2005, 107p. Tese de Doutorado – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2005.

[6] EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA

– Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Manual de métodos de análises de solo. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. 2. ed. Ver. Atual. Rio de Janeiro: EMBRAPA/CNPS. 1997. 212p.

[7] MEHRA, J.P.; JACKSON, M.L. Iron oxids removal from soils

and clays by a dithionite-citrate-bicarbonate system buffered with bicarbonate sodium. Clays Clay Miner., v.7, p.317-327, 1960.

[8] McKEAGUE, J.A.; DAY, J.H. Dithionite and oxalate.

Extratable Fe and Al as Aids in differentiating various classes of soils. Can. J. Soil Sci., v.46. p.13-22, 1966.

[9] WANG, C. Extratable Al, Fe and Mn (and Si if desidered). In:

McKEAGUE, J.A., (ed.) Manual on Soil Sampling and Methods of Analysis. 2.ed., Canadian Society of Sil Science, 1978. p. 98-108.

[10] UNITED STATES DEPARTMENT OF AGRICULTURE. Soil

survey laboratry methods manual. 3.ed. Washington, D.C. USDA, NRCS, NSSC, 1996. 693p. (Soil Survey Investigations Report, 42).

[11] SWIFT, R. Organic matter characterization. In D.L. Sparks

(ed.) Methods of soil analysis. Part 3. SSSA Book Ser. 5. SSSA, Madison.WI, 1996. p.1011-1069.

[12] McKEAGUE, J.A.; DeCONINCK, F.; FRANZMEIER, D.P.

Spodosols. In: WILDING, L.P.; SMECK, N.E.; HALL, G.F. Pedogenesis and soil taxonomy. II The soil orders. Amsterdam: Elsevier, 1983. chap. 2, p.217-252.

[13] ANDERSON, H.A.; BERROW, M.L.; FARMER, V.C.;

HEPBURN, A.;RUSSEL, J.D.e WALKER. A.D. A reassesment of podzol formation processes. J. Soil Sci., v. 33, p. 125-136, 1982.

[14] FARMER, V.C.; SKJEMSTAD, J.O.; THOMPSON, C.H.

Genesis of humus B horizons in hidromorphic humus podzols. Nature. 304: 342-344, 1983.

[15] SCHWERTMANN, U.; KODAMA, H.; FISCHER, W.R. Mutual Interactions Between Organics and Iron Oxides. In: HUANG, P.M. & SCHNITZER, M. (Eds.) Interactions of soil minerals with natural organics and microbes. 2a ed. Soil Science Society of America. Madison, USA. 1986. 606p.

[16] ESTADOS UNIDOS. Departament of Agriculture. Soil Survey

Division. Soil Conservation Service. Soil Survey Staff. Soil Taxonomy: a basic system of soil classification for making and interpreting soil surveys. 2.ed. Washington: USDA, 1999. 869p.

Quadro 1. Características químicas e físicas dos perfis estudados.

pH Horizonte Prof.

H2O KCl Al 3+ H + Al Valor S Valor T V m Pass Prem

Areia Grossa

Areia Fina

Silte Argila

--- cm --- --- cmolc dm-3 --- ------- % ------ mg dm-3 mg L-1 ----------------- g kg-1 --------------- P1 – Espodossolo Ferrihumilúvico Hidromórfico dúrico

A 0 – 14 5,1 3,7 0,40 8,8 2,04 10,9 19 16 3,3 55,6 760 140 60 40 E 28 – 53 5,3 3,9 0,30 2,6 0,42 3,0 14 42 0,9 54,4 780 160 40 20

Bhsm 94 – 101 4,8 3,7 7,80 65,2 0,34 65,5 1 96 0,9 10,0 650 200 20 130 Cx 120 – 130+ 4,9 4,2 2,57 19,6 0,04 19,6 1 98 0,1 15,7 390 100 30 480

P4 – Espodossolo Ferrihumilúvico Hidromórfico dúrico A 0 – 16 6,1 4,5 0,10 4,1 1,43 5,5 26 7 3,3 62,3 800 150 20 30 E 16 – 68 5,8 5,1 0,00 0,0 0,03 0,0 100 0 0,5 60,5 750 210 20 20

Bhsm 71 – 90 5,4 4,0 3,36 37,8 1,77 39,5 5 66 2,2 13,2 760 150 10 80 P5 - Espodossolo Humilúvico Órtico típico

A 0 – 8 5,2 4,2 0,89 13,2 2,04 15,2 13 31 4,7 39,8 780 100 20 100 Bh1 32 – 53 4,9 4,3 2,27 24,8 0,18 24,9 1 93 1,6 11,9 710 120 30 140 Bh2 53 – 85 5,2 4,5 0,99 14,8 0,24 15,0 2 81 0,8 13,3 690 140 40 130 Cx1 114 – 134 5,7 4,9 0,20 13,9 0,50 14,4 4 29 1,7 11,3 460 100 30 410

P7 – Espodossolo Ferrilúvico Órtico arênico A 0 – 26 4,4 3,1 1,98 11,4 0,29 11,6 3 87 4,7 55,9 930 20 10 40 E 45 – 68/80 4,7 3,7 0,49 3,3 0,03 3,3 1 93 0,7 57,0 930 50 10 10

Bs1 68/80 – 110 4,9 4,4 0,40 3,4 0,00 3,4 0 100 0,6 52,8 950 30 10 10 Bs2 110 – 150+ 4,9 4,1 0,79 5,7 0,00 5,7 0 100 0,4 49,6 920 60 10 10

P8 – Espodossolo Ferrihumilúvico Hidromórfico dúrico A 0 – 15 5,1 4,2 2,67 17,8 0,23 18,0 1 92 3,2 26,2 670 180 90 60 E 25 – 40 5,2 4,1 0,69 5,1 0,09 5,1 2 89 1,3 55,1 650 240 80 30

Bhsm 40+ 5,1 4,2 4,84 47,4 0,06 47,4 1 99 1,0 5,2 650 210 120 20

Quadro 2. Fe e Al extraíveis pelo oxalato de amônio, ditionito-citrato-bicarbonato (DCB) e pirofosfato de sódio, relações moleculares entre esses elementos, e características da matéria orgânica dos perfis estudados.

Oxalato DCB Pirofosfato Horizonte DOEO

Al 2O3 Fe2O3 Al/Fe Al2O3 Fe2O3 Al/Fe Al2O3 Fe2O3 Al/Fe Al o/Al d Feo/Fed CO AF AH HU

--- dag kg-1 --- --- dag kg-1--- --- dag kg-1 --- dag kg-1 --- CO (dag kg-1) ---

P1 – Espodossolo Ferrihumilúvico Hidromórfico dúrico A 0,03 0,03 0,00 0,00 0,04 0,01 6,28 0,07 0,02 5,50 1,00 0,00 1,95 0,22 0,52 1,99

E 0,02 0,03 0,00 0,00 0,05 0,01 7,85 0,00 0,00 0,00 0,67 0,00 0,38 0,02 0,08 0,33

Bhsm 2,74 1,62 0,01 254,34 1,15 0,01 180,55 1,52 0,01 238,64 1,41 1,00 3,53 2,18 0,37 0,25

Cx 0,56 1,31 0,01 205,67 0,91 0,00 0,00 0,94 0,04 38,90 1,44 0,00 1,68 0,82 0,12 0,68

P4 – Espodossolo Ferrihumilúvico Hidromórfico dúrico A 0,05 0,02 0,01 3,14 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 0,77 0,10 0,24 0,86

E 0,01 0,01 0,00 0,00 0,05 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,20 0,20

Bhsm 1,86 0,84 0,01 131,88 0,53 0,01 83,21 0,71 0,01 111,47 1,57 1,00 1,99 1,17 0,48 0,48

P5 - Espodossolo Humilúvico Órtico típico A 0,12 0,19 0,03 7,85 0,17 0,04 4,71 0,17 0,03 7,07 1,11 0,75 2,06 0,22 0,61 2,95

Bh1 0,59 1,10 0,06 22,77 0,93 0,03 38,47 1,55 0,05 32,19 1,18 2,00 2,30 0,64 0,48 0,77

Bh2 0,60 1,23 0,05 25,51 0,91 0,03 37,68 0,95 0,04 26,17 1,35 1,67 1,53 0,89 1,03 1,17

Cx1 0,19 4,16 0,23 21,59 1,49 0,21 0,19 0,72 0,19 4,59 2,78 1,10 1,55 1,39 0,09 0,84

P7 – Espodossolo Ferrilúvico Órtico arênico A 0,10 0,03 0,02 3,14 0,07 0,12 0,79 0,00 0,03 0,00 0,50 0,17 1,36 0,29 0,51 2,76

E 0,09 0,02 0,02 1,57 0,05 0,16 0,43 0,00 0,02 0,00 0,33 0,13 0,30 0,05 0,13 0,63

Bs1 0,07 0,04 0,04 1,05 0,11 0,17 0,79 0,00 0,04 0,00 0,33 0,24 0,20 0,07 0,10 0,37

Bs2 0,10 0,04 0,05 0,79 0,08 0,18 0,48 0,00 0,07 0,00 0,50 0,28 0,27 0,09 0,10 0,41

P8 – Espodossolo Ferrihumilúvico Hidromórfico dúrico A 0,49 0,35 0,02 29,83 0,49 0,02 40,82 0,33 0,00 0,00 0,73 1,00 1,77 0,71 1,04 3,29

E 0,05 0,04 0,01 3,14 0,10 0,01 7,85 0,00 0,00 0,00 0,40 1,00 0,39 0,04 0,15 0,64

Bhsm 2,10 2,88 0,08 39,77 3,10 0,04 85,83 2,33 0,04 64,37 0,93 2,00 4,72 6,04 1,24 0,66