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www.laboratoriodafe.pt RENOVAÇÃO INADIÁVEL SAUDAÇÃO O desafio do Senhor, neste domingo, é largar tudo para trabalhar na sua vinha. Ele sai ao nosso encontro, desde manhã cedo ao entardecer e faz-nos o desafio: «Ide vós também para a minha vinha»! Não seremos os primeiros, mas a surpresa é reservada precisamente para os últimos. Ele recebe-nos e recompensa-nos não pelo valor dos nossos méritos, mas segundo a grandeza e a bondade do seu coração! Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. TODOS: Ámen. PEDIMOS PERDÃO > Pelos nossos pensamentos mesquinhos tão distantes dos pensamentos amorosos de Deus, no modo de julgar as situações e de olhar as pessoas: Senhor, misericórdia. TODOS: Senhor, misericórdia. > Pelo nosso olhar mau e invejoso, distraído e disperso, que não vê o coração: Cristo, misericórdia. TODOS: Cristo, misericórdia. > Pela nossa falta de prontidão, alegria e generosidade no trabalho fecundo da vinha: Senhor, misericórdia. TODOS: Senhor, misericórdia. ACOLHEMOS A PALAVRA [Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio disponível no Laboratório da fé; Quem não tem acesso aos meios digitais pode ler o texto da folha em anexo] LEITURA DO SANTO EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS [capítulo 20, versículo 1 a 16a] Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário, que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha. Saiu a meia-manhã, viu outros que estavam na praça ociosos e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for justo’. E eles foram. Voltou a sair, por volta do meio-dia e pelas três horas da tarde, e fez o mesmo. Saindo ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e disse- lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’. Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha’. Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: «Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, a começar pelos últimos e a acabar nos primeiros’. Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um. Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam também um denário cada um. Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo: ‘Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o peso do dia e o calor’. Mas o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico. Não foi um denário que ajustaste comigo? Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último tanto como a ti. Não me será permitido fazer o que quero do que é meu? Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?’. Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos». [Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio...] PARTILHAMOS A PALAVRA O centro da parábola está no ser e agir de Deus que quer inspirar a nossa vivência pessoal e comunitária: a bondade e a generosidade, a partilha e a fraternidade. Nobres princípios para a comunidade cristã! O final parece inesperado. Mas a verdade é que os critérios não são desajustados. Até são do nosso agrado, quando nos situamos do lado dos beneficiados, os que são contratados em ‘último’ lugar, no final do dia. O problema é quando estamos entre os ‘primeiros’: ficamos incomodados com a generosidade. O nosso suposto prejuízo, segundo a lógica da justa retribuição conforme o trabalho de cada um, esquece a gratuidade e a partilha e centra-se na inveja e na murmuração. Tal e qual como os primeiros contratados da parábola!

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Page 1: PEDIMOS PERDÃO ACOLHEMOS A PALAVRA PARTILHAMOS A …€¦ · São uma janela aberta para a entrada do mal, uma barreira ao amor e ao perdão. São um veneno que divide a comunidade

www.laboratoriodafe.ptRENOVAÇÃO INADIÁVEL

SAUDAÇÃOO desafio do Senhor, neste domingo, é largar tudo para trabalhar na sua vinha. Ele sai ao nosso encontro, desde manhã cedo ao entardecer e faz-nos o desafio: «Ide vós também para a minha vinha»! Não seremos os primeiros, mas a surpresa é reservada precisamente para os últimos. Ele recebe-nos e recompensa-nos não pelo valor dos nossos méritos, mas segundo a grandeza e a bondade do seu coração!Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. TODOS: Ámen.

PEDIMOS PERDÃO> Pelos nossos pensamentos mesquinhos tão distantes dos pensamentos amorosos de Deus, no modo de julgar as situações e de olhar as pessoas: Senhor, misericórdia. TODOS: Senhor, misericórdia.> Pelo nosso olhar mau e invejoso, distraído e disperso, que não vê o coração: Cristo, misericórdia. TODOS: Cristo, misericórdia.> Pela nossa falta de prontidão, alegria e generosidade no trabalho fecundo da vinha: Senhor, misericórdia. TODOS: Senhor, misericórdia.

ACOLHEMOS A PALAVRA[Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio disponível no Laboratório da fé;Quem não tem acesso aos meios digitais pode ler o texto da folha em anexo]

LEITURA DO SANTO EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS [capítulo 20, versículo 1 a 16a]

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um pro prie tário, que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha. Saiu a meia-manhã, viu outros que estavam na praça ociosos e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for justo’. E eles foram. Voltou a sair, por volta do meio-dia e pelas três horas da tarde, e fez o mesmo. Saindo

ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’. Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha’. Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: «Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, a começar pelos últimos e a acabar nos primeiros’. Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um. Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam também um denário cada um. Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizen do: ‘Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o peso do dia e o calor’. Mas o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico. Não foi um denário que ajustaste comigo? Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último tanto como a ti. Não me será permitido fazer o que quero do que é meu? Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?’. Assim, os últimos serão os primei ros e os primeiros serão os últimos».

[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio...]

PARTILHAMOS A PALAVRAO centro da parábola está no ser e agir de Deus que quer inspirar a nossa vivência pessoal e comunitária: a bondade e a generosidade, a partilha e a fraternidade. Nobres princípios para a comunidade cristã!O final parece inesperado. Mas a verdade é que os critérios não são desajustados. Até são do nosso agrado, quando nos situamos do lado dos beneficiados, os que são contratados em ‘último’ lugar, no final do dia. O problema é quando estamos entre os ‘primeiros’: ficamos incomodados com a generosidade. O nosso suposto prejuízo, segundo a lógica da justa retribuição conforme o trabalho de cada um, esquece a gratuidade e a partilha e centra-se na inveja e na murmuração. Tal e qual como os primeiros contratados da parábola!

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vigésimo quintovigésimo quintodomingodomingoliturgia familiarliturgia familiar

inveja e murmuraçãoinveja e murmuração

Deus toma a iniciativa de vir ao nosso encontro e a todos oferecer o seu amor. Ele quer-nos assim, à sua imagem e semelhança, sempre disponíveis para amar e perdoar. Por isso, continua «a contratar trabalhadores para a sua vinha: [...] Ide vós também para a minha vinha».

APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECESAo Senhor, que está perto de quantos o invocam em verdade, apresentemos as nossas preces, dizendo: Escuta a nossa oração. > Pela Igreja «em saída»: para que saiba chegar às encruzilhadas dos caminhos, para convidar todos os excluídos a saborear a alegria do Evangelho, nós te pedimos: TODOS: Escuta a nossa oração.

> Pelos que governam: para que procurem, em diálogo com todos, respostas justas e criativas à crise pandémica que fere de dor o nosso mundo, nós te pedimos: TODOS: Escuta a nossa oração.

> Pelo bom êxito do novo ano laboral, escolar e pastoral: para que a crise pandémica estimule a conversão salutar dos nossos hábitos de vida e transforme as nossas relações sociais, nós te pedimos: TODOS: Escuta...

> Pela nossa família: para que a situação de contingência desperte a nossa corresponsabilidade no anúncio da fé e na educação dos filhos, nós te pedimos: TODOS: Escuta a nossa oração.

> [acrescenta a tua intenção], nós te pedimos: TODOS: Escuta a nossa oração.

Rezemos como Jesus Cristo nos ensinou: [TODOS:] Pai nosso...

ASSUMIMOS UM COMPROMISSOVamos fazer uma lista de atitudes de inveja e de murmuração, procurando perceber quando é que estão presentes no nosso dia a dia. Depois, procuramos imagens que expressem bondade e generosidade, partilha e fraternidade. Para cada dia da semana, podemos escolher evitar uma das atitudes da lista e praticar uma das imagens.

Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!

BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA [PARA REZAR ANTES DA REFEIÇÃO EM FAMÍLIA]

Deus Criador de todas as coisas, nós te agradecemos os bens da terra e do céu. Abençoa esta mesa e recompensa generosamente o trabalho daqueles que a tornaram possível. Abençoa a nossa família, na alegria do amor, para que te glorifique eternamente. Ámen.

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ACOLHEMOS A PALAVRA [anexo à liturgia familiar]

[primeira parte do vídeo/audio]

Eis a grandeza e a beleza do ser divino: «é clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade; é bom para com todos e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas». Deus é tão «generoso em perdoar» que toma a iniciativa de vir ao nosso encontro e a todos oferecer o seu amor. Ele quer-nos assim, à sua imagem e semelhança, sempre disponíveis para amar e perdoar. Por isso, continua «a contratar trabalhadores para a sua vinha: [...] Ide vós também para a minha vinha». O essencial não está na hora em que o desafio é lançado, mas na nossa decisão generosa em abraçar a causa do Evangelho, sem murmurar. Precisamos de converter os olhares e os corações para acolher os pensamentos e os caminhos de Deus: «Procurai somente viver de maneira digna do Evangelho de Cristo».

[segunda parte do vídeo/audio]

A inveja e a murmuração destroem a comunidade. São uma janela aberta para a entrada do mal, uma barreira ao amor e ao perdão. São um veneno que divide a comunidade. O Papa Francisco não se cansa de alertar para estes dois grandes males pessoais e comunitários. A pessoa invejosa é amarga: não sabe cantar, não sabe louvar; não conhece a alegria, pois está sempre mais fixa nos dons e nas capacidades dos outros do que na sua própria vida. É um semeador da amargura em toda a comunidade. Porque quando uma pessoa não tolera que outra tenha algo que ela não tem, tenta ‘rebaixá-la’, fala mal dela, usa a arte destruidora da coscuvilhice. Tudo isto não é viver de maneira digna do Evangelho!

Catequese familiarPintar o desenho para aprofundar o evangelho

Fazer este exame de oftalmologia espiritual que ajude a corrigir a nossa ‘miopia’: Vemos a Deus como Pai que nos ama ou como um patrão que nos paga de acordo com as nossas prestações de serviço? Vemos a Deus como Pai que age pela grandeza do seu coração ou como um contabilista que nos premeia segundo os nossos méritos?

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