paulo de bessa antunes - direito ambiental (2010)

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I i ES8 j - Ensino Superior 8imi DIREITO AMBIENTAL Lumen hJuri$\Qditora Ensino Supe ior Bureau Jurídico Ex. 19 NF 3027 10/00/201G 55063 R$ 170,00COMPRA HSBJ • Ensmo Su^enof SÍSBSU JL vw.lumenjuris.com.br EDITORES João de Almeida io Lmz da Silva Almeida CONSELHO EDITORIAL Adriano Pilatti Alexandre Freiras Câmara Alexandre Morais da Rosa Aury Lopes Jr. Cezar Roberto Bitencourt Cristíano Chaves de Farias Carlos Eduardo Adriano Japiassú Cláudio Carneiro Cristíano Rodrigues Elpídio Donizetti Emerson Garcia Fauzi Hassan Choukr Felippe Borring Rocha Firly Nascimento Filho Frederico Price Grechi Geraldo L. M. Prado Gustavo Sénéchal de Goffredo Helena Elias Pinto Jean Carlos Fernandes João Carlos Souto João Marcelo de Lima Assafim José dos Santos Carvalho Filho Lúcio Antônio Chamon Junior Luis Carlos Alcoforado Manoel Messias Peixinho Maxcellus Polastri Lima Marco Aurélio Bezerra de Melo Marcos Chut Marcos Jumena Villela Souto Mônica Gusmão Nelson Rosenvald Nilo Batista Paulo de Bessa Antunes Paulo Rangel Rodrigo Klippel Saio de Carvalho Sérgio André Rocha Sidney Guerra CONSELHO CONSULTIVO Álvaro Mayrink da Costa Atnilton Bueno de Carvalho Andreya Mendes de Almeida Scherer Navarro Antonio Carlos Martins Soares Artur de Brito Gueiros Souza Caio de Oliveira Lima Cesar Flores Firly Nascimento Filho Flávia Lages de Castro Francisco de Assis M. Tavares Gisele Cittadino Humberto Dalla Bemardina de Pinho João Theotonio Mendes de Almeida Jr- Ricardo Máximo Gomes Ferraz Sérgio Demoro Hamilton Társis Nametala Sarlo Jorge Victor Gameiro Drummond

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IiES8 j - Ensino Superior 8imiDireito AmbientalLumen hJuri$\QditoraEnsino Supe ior Bureau JurdicoEx. 19 NF 302710/00/201G 55063R$ 170,00COMPRAHSBJ Ensmo Su^enof Ssbsu Jlvw.lumenjuris.com.brEditoresJoo de Almeida io Lmz da Silva AlmeidaCONSELHO EDITORIALAdriano Pilatti Alexandre Freiras Cmara Alexandre Morais da Rosa Aury Lopes Jr.Cezar Roberto Bitencourt Cristano Chaves de Farias Carlos Eduardo Adriano Japiass Cludio Carneiro Cristano Rodrigues Elpdio Donizetti Emerson Garcia Fauzi Hassan Choukr Felippe Borring RochaFirly Nascimento Filho Frederico Price Grechi Geraldo L. M. Prado Gustavo Snchal de Goffredo Helena Elias Pinto Jean Carlos Fernandes Joo Carlos Souto Joo Marcelo de Lima Assafim Jos dos Santos Carvalho Filho Lcio Antnio Chamon Junior Luis Carlos Alcoforado Manoel Messias Peixinho Maxcellus Polastri LimaMarco Aurlio Bezerra de Melo Marcos ChutMarcos Jumena Villela Souto Mnica Gusmo Nelson Rosenvald Nilo BatistaPaulo de Bessa Antunes Paulo Rangel Rodrigo Klippel Saio de Carvalho Srgio Andr Rocha Sidney GuerraCONSELHO CONSULTIVOlvaro Mayrink da Costa Atnilton Bueno de Carvalho Andreya Mendes de Almeida Scherer Navarro Antonio Carlos Martins Soares Artur de Brito Gueiros Souza Caio de Oliveira LimaCesar Flores Firly Nascimento Filho Flvia Lages de Castro Francisco de Assis M. Tavares Gisele Cittadino Humberto Dalla Bemardina de PinhoJoo Theotonio Mendes de AlmeidaJr-Ricardo Mximo Gomes Ferraz Srgio Demoro Hamilton Trsis Nametala Sarlo Jorge Victor Gameiro DrummondRia de JaneiroCentro - Rua da Assemblia, 10 Loja G/HCEP 20011-000-CentroRio de Janeiro - RJTeL (21) 2531-2199 Fax 2242-1148Barra - Avenida das Amricas, 4200 Loja E Universidade Estdo de S Campus Tom Jobm - CEP 22630-011 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ Tel. (21) 2432-2548 / 3150-1980 So PauloRua Correia Vasques, 48 - CEP: 04038-010 Vila Gementiso - So Paulo - SP Telefax (11) 5908-0240 / 5081-7772 BrasliaSCLS quadra, 402 bloco D - Loja 09 CEP 70236-540 - Asa Sul - Braslia - DF TeL (61)3225-8569Minas GeraisRua Araguari, 359 - sala 53 CEP 30190-110 - Barro Preto Belo Horizonte - MG TeL (31) 3292-6371 BahiaRua Dr. Jos Peroba, 349 - Sls 505/506 CEP 41770-235 - Costa Azul Salvador - BA - Tel. (71) 3341-3646 Rio Grande do Sul Rua Riachuelo, 1335 - Centro CEP 90010-271 - Porto Alegre - RS Tel. (51)3211-0700 Esprito SamoRua Constante Sodr, 322 - Trreo CEP: 29055-420 - Santa Ltcia Vitria - ES.TeL: (27) 3235-8628 / 3225-1659tSB J - nsmo Superior Bumai MIPaulo de Bessa AntunesAdvogadoMestre (PUC/RJ) e Doutor (UERJ) em Direito Professor Adjunto de Direito Ambiental da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIODireito Ambiental12a edio Amplamente reformulada2 tiragemEDITORA LUMEN JURIS Rio de Janeiro 2010Copyright 2010 by Paulo de Bessa AntunesCategoria: Direito AmbientalProduo Editorial Livraria e Editora Lumen Juris Ltda.A LIVRARIA E EDITORA LUMEN JURIS LTDA. no se responsabiliza pela originalidade desta obra. proibida a reproduo total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive quanto s caractersticas grficas e/ou editoriais. A violao de direitos autorais constitui crime (Cdigo Penal, art. 184 e , e Lei 10.695, de ls/07/2003), sujeitando-se busca e apreenso e indenizaes diversas (Lei 9.610/98).Todos os direitos reservados Livraria e Editora Lumen Juris Ltda.Impresso no Brasil Printed in BrazilCIP-BRASIL. CATALOGAO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJA642d12.ed.Antunes, Paulo de BessaDireito ambiental / Paulo de Bessa Antunes. - 12.ed. - Rio de Janeiro : Lumen Juris, 2010."Amplamente reformulada"ISBN 978-85-375-0616-51.Direito ambiental - Brasil. I. Ttulo.10-0161.13.01.10 14.01.10CDU: 349.6:347.9(81) 017109ISBJ - Ensino Superior Bure&jEste livro dedicado aos meus filhos An Carolina, Rafael, Paula, Carna e Gabriel.

IS8J - Ensino Superior Sugsai MfteGlossrioGlossrioCetesb- Companhia Estadual de Tecnologia e Saneamento Bsico

FEEMA- Fundao Estadual de Engenharia do Meio Ambiente

STJ- Superior Tribunal de Justia

STF- Supremo Tribunal Federal

TJRJ- Tribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro

TJSP- Tribunal de Justia do Estado de So Paulo

TJMG~ Tribunal de Justia do Estado de Minas Gerais

TJRS- Tribunal de Justia do Estado do Rio Grande do Sul

TJPR- Tribunal de Justia do Estado do Paran

CONAMA- Conselho Nacional de Meio Ambiental

ANA- Agncia Nacional de guas

ANEEL- Agncia Nacional de Energia Eltrica

IBAMA- Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovveis

CNUMAD Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvi

mento

ONU- Organizao das Naes Unidas

DA Direito Ambiental

CFIo- Cdigo Florestal

CBD- Conveno da Diversidade Biolgica

SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservao

cc Cdigo Civil

CPC- Cdigo de Processo Civil

CRFB- Constituio da Repblica Federatva do Brasil

CF- Constituio Federal

DAdm~ Direito Administrativo

TRF- Tribunal Regional Federal

PNMA- Poltica Nacional do Meio Ambiente

SISNAMA- Sistema Nacional de Meio Ambiente

OBJ * Ensino Superior guraai Ms&sSumrio MHBHBWMHnHg|SumrioNota 12a edio xxxiPRIMEIRA PARTE TEORIA GERAL DO DIREITO AMBIENTALCaptulo I - O Direito Ambiental... 31.Apresentao 32. Direito Ambiental: conceito , 42.1. A vertente econmica do Direito Ambiental 122.2. A vertente humana do Direito Ambiental 153.A metodologia do Direito Ambiental 193.1. Autonomia do Direito Ambiental 193.2. Princpios do Direito Ambiental 213.2.1. Natureza dos princpios do DA 223.2.2. Princpio da dignidade da pessoa humana 223.2.3. Princpio do desenvolvimento 243.2.4. Princpio democrtico 263.2.5. Princpio da precauo 283.2.5.1. Gnese do Princpio da Precauo 283.25.2.Breve definio 293.2.5.3. Rio 92 e Princpio da Precauo 333.2.5.4. Constituio e Princpio da Precauo 363.2.5.5. Princpio da Precauo e litgios judiciais 383.2.5.6. Princpio da Precauo: a busca de um conceito operacional 443.2.6. Princpio da Preveno 453.2.7. Princpio do equilbrio 463.2.8. Princpio da capacidade de suporte 473.2.9. Princpio da responsabilidade 493.2.10. Princpio do Poluidor Pagador. 493.2.11. Concluso 503.3. Fontes do Direito Ambiental 513.3.1. Fontes materiais 513.3.1.1. Movimentos populares 513.3.1.2. Descobertas cientficas 543.3.1.3. Doutrina jurdica 543.3.2. Fontes formais 543.4. Relaes do Direito Ambiental com outros ramos do Direito 553.5. Metodologia do Direito Ambiental 56Captulo II - A Ordem Constitucional do Meio Ambiente 591.Introduo 596062626465697274797982848889899294979798100101106107110112115117123123125127128129129132135136137144146Direito Ambiental2. O Perodo Republicano3. A Constituio de 19883.1. Aspectos Gerais da Constituio de 19883.2. O Artigo 225 da Lei Fundamental de 19883.2.1. Conceito normativo de meio ambiente3.2.1.1. Direito Ambiental e Direitos Humanos4. Aplicabilidade das Normas5. A Integrao de Conceitos Exteriores ao Direito na ConstituioCaptulo m - Competncias Constitucionais em Matria Ambiental1. Introduo2. Competncia Federal2.1. Omisses inconstitucionais2.2. Competncia Estadual2.3. Competncia Municipal2.3.1. Exerccio da competncia comum mediante a edio de leis prprias..3. A questo da aplicao da norma mais restritiva4. ConclusoCaptulo IV - Poltica e Sistema Nacional de Meio Ambiente1. O Papel de Cada um dos Poderes da Repblica1.1. Atribuies do Congresso Nacional1.2. Atribuies do Poder Judicirio1.2.1. Atribuies do Judicirio e separao de poderes1.3. Atribuies do Ministrio Pblico2. O SISNAMA3. rgos Integrantes do SISNAMA3.1. O CONAMA3.1.1. O Conama e a delegao de competncias3.1.2. Composio do CONAMA: separao de poderes e autonomia do Ministrio Pblico3.1.2. Ministrio do Meio Ambiente3.1.2.1. Antecedentes3.2. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - IBAMA3.2.1. Atribuies do IBAMA3.3. Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade - Instituto Chico MendesCaptulo V - Poder de Polcia Ambiental1.O Poder de Polcia1.1. Conceito Normativo de Poder de Polcia2.2. Ordem Pblica do Meio Ambiente3. A Fiscalizao Ambiental3.1.Limites da Fiscalizao.....3.1.1. Fiscalizao e Exerccio de Profisses Regulamentadas4. O Licenciamento Ambientals&j - fcnsno Supenor %mm MjSumrio4.1. Introduo 1464.2. O Licenciamento Ambiental como Processo Administrativo 1494.2.1. Dificuldades do Licenciamento Ambiental 1544.2.1.1. Conflitos entre rgos Administrativos Ambientais.., 1554.2.1.1.1. Mar Territorial, Linha de Base e Licenciamento Federal 1564.2.1.2. Localizao do Estudo Prvio de Impacto Ambiental 1584.3. O Licenciamento Federal 1604.3.1. Responsabilidade pela emisso das licenas ambientais 1644.3.2. O Sistema Estabelecido pela Resoluo n^ 237, de 19 de Dezembro de 1997 1654.3.2.1. Itinerrio para o Licenciamento 1674.3.3. Licenciamento de Petrleo 1674.3.4. Licenciamento Ambiental para Empreendimentos Eltricos de Pequeno Porte 1704.3.4.1. Introduo 1704.3.4.2. Campo de Incidncia da Resoluo CONAMA nfi 279, de27 de Junho de 2001 1714.3.4.3. Glossrio da Resoluo 1724.3.4.4. Procedimentos 1734.3A5. Prazos 1744.3A6. Reunio Tcnica Informativa 1754.3.4.7.Publicidade 1754.3.5. Agentes Ambientais Voluntrios 1764.3.6. Licena Especial para Fins Cientficos 1774.3.7. Licenciamento Ambiental de Postos de Gasolina 1794.3.7.1. Minas Gerais 1854.3.7.2. Rio de Janeiro 1864.3.73. So Paulo 1874.3.8. Licenciamento Ambiental das Atividades de Dragagem 188Captulo VI - Zoneamento 1911. Introduo 1912. Zoneamento 1943. Zoneamento Ambiental.,.. 1953.1. Zoneamento federal 1953.2. Zoneamento Estadual 1963.3. Zoneamento Municipal 1973.4. Zoneamento Ambiental Urbano 1973.4.1. Zonas de Uso Industrial (ZUI) 1983.4.1.1.Direito de Pr-Ocupao e Relocalizao 1993.4.1.1.1. Posio dos Tribunais 2013.4.2. Zona de Uso Estritamente Industrial (ZEI) 2033.4.3. Zona de Uso Predominantemente Industrial (ZUPI) 2043.4.4. Zona de Uso Diversificado (ZUD) 204B Direito Ambiental4.Zoneamento Agrcola 2045.Zoneamento Costeiro 205Captulo VH - Responsabilidade Ambiental 2111.Introduo 2112.A responsabilidade na CF 2113.A Responsabilidade Ambiental 2123.1. Fundamento da Responsabilidade 2123.1.1. A Responsabilidade por Risco 2163.1.1.1. Responsabilidade por Risco em Matria Ambiental 2173.1.1.1.1. Poluidor Indireto e Responsabilidade Objetiva...2183.1.1.1.2. A Inverso do nus da Prova 2223.1.2. Responsabilidade de Instituies Financeiras 2233.1.3. Responsabilidade Ambiental das Instituies de Crdito Imobilirio 2253.1.4. Crdito Rural e Meio Ambiente: Responsabilidade 2283.2. A Tarifao da Responsabilidade Ambiental 2313.2.1. Poluio Martima Decorrente de Atividades Petrolferas 2323.2.1.1. Campo de Aplicao, Conceitos e Definies 2323.2.1.2. Preveno, Controle e Combate da Poluio 2363.2.1.3. Transporte de leo e Substncias Nocivas ou Perigosas...2373.2.1.4. Descarga de leo, Substncias Nocivas ou Perigosas e lixo.2383.2.1.5. Infraes e Sanes 2413.2.1.6. Responsabilidades pelo Cumprimento da Lei 2423.2.1.7. Prazo para Adaptao s Normas Legais 2443.2.1.8. O Conselho Monetrio Nacional e o Meio Ambiente 2444.O Conceito de Dano 2474.1. O Dano Ambiental 2475.Reparao do Dano Ambiental 2505.1. Concepo Educativa 2525.2. A Apurao do Dano Ambiental 253Captulo Vm - Educao Ambiental 2551.Introduo 2552.A Lei ne 9.795, de 27 de abril de 1999 2552.1. Da Educao Ambiental 2562.2. Da Poltica Nacional de Educao Ambiental 2592.2.1. Disposies Gerais 2592.2.2. Educao Ambiental no Ensino Formal 2602.2.3. Educao Ambiental No-Formal 2613.Execuo da Poltica Nacional de Educao Ambiental 2614.Concluso 262SEGUNDA PARTE ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTALIntroduo 265* Eftssno Sserior Bureas JuiiksgSumrio|Captulo IX-O Conceito de Impacto Ambiental 267|1. Definies de Meio Ambiente e de Impacto Ambiental 267I1.1.Definies Semnticas 267I1.2.Definies Cientficas 269|1.3.Definies Jurdicas de Meio Ambienteede Impacto Ambiental 270i1.3.1. Meio Ambiente 270%1.3.2. Impacto Ambiental 2711.3.3. Conceito jurdico de Impacto Ambiental 273ICaptulo X - O Estudo de Impacto no Direito Estrangeiro 275H1. Introduo 275H2. Importncia Internacional dos Estudos de Impacto Ambiental 276li2.1.O Banco Mundial e os Estudos de Impacto Ambiental 276j|2.2.Estados Unidos 278H2.2.1. Antecedentes , 278tf2.2.2. National Environment Folicy Act - NEPA 2782.3.Frana 2822.3.1.A Base Legal do Sistema de Avaliao de Impactos Ambientais.... 282|2.3.2. O Sistema Francs deAnlise deImpactos Ambientais 282H2.3.2.1, Mininotcia de Impacto 283i2.3.2,2. Notcia de Impacto 283|{2.3.2.3. Estudo de Impacto 283||2.4. Japo 284|2.5. Canad.' 28612.6. Holanda 286|2.7. Uruguai 287tHCaptulo XI - Estudos de Impacto Ambiental: Bases Constitucionais 289ff1.A Exigncia Constitucional dos Estudos de Impacto Ambiental 2892.A Legislao Ordinria 290|;2.1. reas Crticas de Poluio e Avaliao de Impactos Ambientais 290H2.2, A Avaliao dos Impactos Ambientais Prevista na Leinfi6.803, de 2 deJunho de 1980 293p2.3. O Estudo de Impacto Ambiental na Lei ns 6.938/81 294I3.Ato administrativo praticado peloPoder Executivo 295Captulo XII - Natureza Jurdica do Estudo de Impacto Ambiental 297H1.Natureza Jurdica dos EIAs 297l1.2. Natureza Formal do Estudo de Impacto Ambiental 299jg2.O EIA e a Administrao Publica 301H2.1. Publicidade e Obrigatoriedade 302St2.2. Vineulao da Administrao ao EIA 303IICaptulo XIII - Requisitos do EIA 305k1.Apresentao 305H2.Requisitos de Contedo 3052.1. Alternativas Tecnolgicas e de Implantao 306

B Direito Ambiental2.2. Impactos Ambientais Gerados na Fase de Implantao e na Fase de Operao 3072.3. rea Geogrfica a Ser Diretamente Atingida 3082.4. Considerao de Planos e Programas Governamentais 3082.5. Impactos Sociais e Humanos 3083.Requisitos Tcnicos 3094.Requisitos Formais 3114.1. Equipe Tcnica Habilitada 3124.1.1. Independncia da Equipe Tcnica. 3124.1.1.1. Revogao do Artigo 7e da Resoluo na 1/86 do CONAMA.3134.1.2. Responsabilidade dos Elaboradores do EA 3144.2. Despesas e Independncia Tcnica 3144.2.1. Cadastro Tcnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental 3154.3. O Relatrio de Impacto Ambiental RIMA 3165. Audincia Pblica, 3175.1. Convocao 3175.2. Realizao da Audincia..: 3185.3. Funo da Audincia 318TERCEIRA PARTE MEIO AMBIENTE URBANOCaptulo XIV A Proteo Ambiental do Ambiente Urbano 3211.Introduo 3212. Preceitos Constitucionais- 3223.Instrumentos da Poltica Urbana 3243.1. Instrumentos com Imediata Repercusso Ambiental 3243.1.1. Direito de Preempo. 3243.1.2. Transferncia do Direito de Construir . 3263.1.3. Concesso de Uso Especial 3263.1.4. Estudo de Impacto de Vizinhana 3273.1.4.1. Estudo de Impacto de Vizinhana no Municpio de So Paulo. 3283.1.4.1.1.Mecanismo de Anlise do RIVI 3303.2. Plano Diretor e Gesto Democrtica da Cidade 3303.2.1. Elaborao Democrtica das Normas do Plano Diretor 3303.2.2. Obrigatoriedade do Plano Diretor 3313.2.3. Gesto Democrtica da Cidade, 3313.2.3.1. Loteamento fechado 3324.Concluso 333QUARTA PARTE PROTEO JURDICA DA DIVERSIDADE BIOLGICACaptulo XV A Perda da Diversidade Biolgica como um Problema Contemporneo 337tSBi - Ensno SusedorSumrio1.Introduoi3372..A Dimenso da Atual Perda de Diversidade Biolgica 3402.1. O Banco Mundial e a Perda de Diversidade Biolgica 3422.2. O Brasil e a Perda da Diversidade Biolgica 3432.2.1. O Difcil Relacionamento com os Povos Autctones 3432.2.2. Novos Povos 3443.Perda de Diversidade Biolgica nos Biomas Brasileiros 3453.1. Perda de Diversidade Biolgica na Amaznia. 3453.2. Perda de Diversidade Biolgica no Bioma Mata Atlntica 3464.Diversidade Biolgica e Atividade Econmica 3484.1. Diversidade Biolgica e Propriedade Intelectual 3504.1.1. Base Constitucional para o Patenteamento de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) 3515. Concluso... ;i 352Captulo XVI - Proteo Internacional da Diversidade Biolgica (PrincipaisDocumentos) .'3531. Introduo ; 3532.Principais Documentos Internacionais Assinados pelo Brasil 3532.1. Conveno sobre Diversidade Biolgica (CDB) 3542.1.1. Prembulo- 3552.1.2. Objetivos da CDB 3572.1.3. Glossrio da Conveno sobre Diversidade Biolgica (CDB) 3582.1.4. Soberania e Diversidade-Biolgica . 3592.1.5. Medidas de Proteo da Diversidade Biolgica 3602.1.6. Utilizao Sustentvel de Componentes da Diversidade Biolgica 3622.1.7. Avaliao de Impacto e Minimizao de Impactos Negativos 3632.1.8. Acesso a Recursos Genticos; 3642.1.9. Acesso Tecnologiaesua Transferncia. 3642.1.9.1, Gesto da Biotecnologia e Distribuio de seus Benefcios.3662.1.9.2. Relaes entre Diversidade Biolgica e Produo de Medicamentos \ 3672.2. Agenda 21 3692.3. Conveno de RAMSAR: 3702.3.1. Prembulo 3702.3.2. Glossrio da Conveno 3712.3.3. Indicao pelas Partes de reas a Serem Includas na Lista de Zonas midas de Importncia Internacional 3712.3.3.1. Obrigaes com relao s reas Includas na Lista 3722.3.3.2. Acompanhamento da Implementao da Conveno 3732.3.3.3. Conferncia das Partes Contratantes 3732.3.3.4. Competncia da Conferncia das Partes 3742.3.3.5. Atribuies do Bureau 3742.4. Conveno sobre Comrcio Internacional das Espcies da Flora e FaunaSelvagem em Perigo de Extino - CITES 3752.4.1.Abrangncia da CITES: Contedo dos Anexos 375Direito Ambiental2.4.2. Glossrio da Conveno 3762.4.3. Relao entre a CITES e outras Convenes Internacionais e a Legislao Nacional 3772.4.4. Implementao da CITES pelo Brasil 3782.4.4.1. Papel do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - IBAMA no mbito da CITES.3782.4.5. Procedimentos Necessrios ao Comrcio Internacional de Espcies (Espcies Integrantes dos Anexos I, II e III da CITES) 3792.4.6. Licenas e Certificados CITES 3802.4.7. No-Incidncia das Normas da CITES 381Captulo XVn - Biossegurana 3831.Objetivos, conceitos e proibies da Lei de Biossegurana 3832.Estrutura administrativa de Biosegurana 3852.1. Conselho Nacional de Biossegurana 3852.1.1. Atribuies e competncias 3852.L2. Composio- 3862.2. A Comisso Tcnica Nacional de Biossegurana - CTNBio... 3872.2.1. Composio da CTNbio 3872.2.2. Funcionamento da CTNbio 3882.2.2.1. Audincia Pblica 3902.2.2.2. Normas de conduta tica dos conselheiros 3902.2.3. Competncia da CTNbio - 3902.2.3.1. A CTNbio e o licenciamento ambiental 3952.2.3.2. Forma das decises da CTNbio 3952.3. Comisso Interna de Biossegurana 3962.4. Registro de OGM 3963.Responsabilidade Civil, Administrativa e Penal 398Captulo XVHI - Acesso Diversidade Biolgica no Brasil 4011.Introduo 4012.O Quadro Jurdico do Acesso Biodiversidade 4012.1.Patrimnio Gentico. 4032.2.1. Inaplicabilidade das Normas e Vedao de Acesso 4042.2.2. Gesto do Patrimnio Gentico 4052.2.3. Conselho de Gesto: Regulamentao 4082.2.3.1. Composio e Funcionamento 4082.2.3.2. Forma de Deliberao 4092.2.3.3. Competncia 4102.2.3.4. Secretaria Executiva 4112.2.4. Acesso aos Recursos Genticos 4122.2.4.1. A Experincia da Costa Rica 4122.2.4.2. Bioamaznia 4132.2.5. Requisitos para Acesso 4142.2.5.1. Condies Legais 4142.2.5.2. Regulamentao 4172.2.6. Acesso e Remessa 421s&JB833L&Sumrio2.2.6.1. Acesso Tecnologia, Transferncia de Tecnologia e Registro de Patentes 4212.2.7. Repartio de Benefcios 4222.2.7.1. Benefcios 4222.2.8. Clusulas Contratuais Cogentes 4242.2.9. Sanes Administrativas 4252.2.9.1. As sanes em espcie 4262.2.9.2. Infraes Administrativas 4282.2.9.3. Processo Administrativo 431Captulo XIX - Poltica Nacional de Biodiversidade 4331. Introduo 4332. Poltica Nacional da Biodiversidade 4342.1. Objetivos, Princpios e Diretrizes Gerais da Poltica Nacional da Biodiversidade 4342.1.1. Objetivos 4342.1.2. Caractersticas Bsicas da Principiologia: Pouca Clareza e Inexatido 4342.1.2.1. Princpios Referentes ao Acesso aos Conhecimentos Tradicionais Associados 4372.2. Diretrizes da Poltica Nacional da Biodiversidade 4372.3. Dos Componentes da Poltica Nacional da Biodiversidade 4383. Concluso ... 440Captulo XX - Leis Estaduais de Acesso Diversidade Biolgica 4411. Introduo 4412. Lei de Acesso Diversidade Biolgica do Estado do Acre 4432.1. mbito de Aplicao da Norma 4432.2. Princpios 4442.3. Poder de Polcia e Aplicabilidade da Norma 4452.4. Obrigaes Institucionais do Poder Pblico 4472.5. Acesso aos Recursos Genticos 4482.5.1. Acesso em Condies In Situ... 4482.5.1.1. Condies para a Obteno da Autorizao 4482.5.2. Contrato de Acesso 4492.5.2.1. Execuo e Acompanhamento dos Contratos de Acesso... 4522.5.2.2. Retribuio 4522.5.2.3. Disposies Gerais sobre os Contratos de Acesso 45325.2.4.Contratos Conexos de Acesso 4532.6. Acesso aos Recursos em Condies Ex Sita 4542.7. Proteo do Conhecimento Tradicional Associado aos Recursos Genticos 4542.8. Desenvolvimento e Transferncia de Tecnologia 4552.9. Sanes Administrativas 4563. Lei de Acesso Diversidade Biolgica do Estado do Amap 4563.1. Disposies Gerais 4563.2. Atribuies do Poder Pblico Estadual 458

Direito Ambiental3.3. Acesso aos Recursos Genticos 4583.3.1. Introduo de Recursos Genticos no Amap.... 4603.4. Desenvolvimento e Transferncia de Tecnologia. 4603.5. Sanes Administrativas 4603.6. Concluso 461Captulo XXI - Proteo Jurdica do Conhecimento Tradicional Associado 4631.Introduo 4632.Direitos das Comunidades Indgenas e da Comunidade Local 4672.1. Comunidades Indgenas 4672.1.1. Usufruto Indgena 4682.2. Comunidades Locais .. 4682.2.1. Remanescentes de Quilombos 4682.2.2. Populaes Tradicionais 4692.3. Disposies Comuns 4702.4. Concluso 4713.Experincia Brasileira de Utilizao do Conhecimento Tradicional Associado.4713.1. Carta de So Lus do Maranho 4714.Registro do Conhecimento Tradicional Associado 4734.1. Origens do Reconhecimento dos Conhecimentos Tradicionais Associados.4734.1.1. Abrangncia do Termo 4734.1.2. Evoluo da Matria...., 4754.2. Experincias de Reconhecimento de Conhecimentos Tradicionais 4764.2.1. Amrica Latina 4764.2.1.1. Costa Rica 4774.2.1.1.1. Forma de Reconhecimento do Conhecimento Tradicional Associado 4774.2.1.1.2. Acordo Instituto Nacional de Biodiversidade (INBio) e Merck 4794.2.1.1.2.1.Anlise do desenvolvimento do acordo.4804.2.1.2. Panam 4804.2.2. Comunidade de Pases Andinos 4814.2.2.1. Bolvia 4834.2.2.2. Colmbia 4844.2.2.3. Equador 4854.2.2.4. Peru 4864.2.2.5. Venezuela 4864.2.3. Austrlia e Nova Zelndia 4874.2.3.1. Austrlia 4874.2.3.2. Nova Zelndia 4904.2.4. Registro do Patrimnio Imaterial no Brasil 4914.2.4.1. limitaes do Registro do Patrimnio Imaterial 4934.2.4.2. Banco de Dados Nacional 494Captulo XX - As Florestas e sua Proteo Legal 4951. Introduo 4952. Os Diversos Tipos de Florestas 498ESSJ - cnsrvo Superior Sureau JurolcSumrio2.1. Floresta Boreal 4982.2. Floresta Temperada 4992.3. Floresta Tropical 5002.3.1. Florestas Brasileiras 5023.A Legislao Brasileira de Proteo Florestal 5043.1. Evoluo da Legislao Nacional 5043.1.1. Perodo Colonial 5043.1.2. Perodo Imperial i 5053.1.3. Perodo Republicano; 5063.2. O Cdigo Florestal (Lei n2 4.771, de 15 de setembro de 1965) 5073.2.1. Competncia Legislativa em Matria Florestal 5073.2.1.1. Da Carta de 1934 at a de 1969 5073.2.1.2. Constituio de 1988 5083.3. Poltica Florestal dos Estados.... 5093.4. O Regime Jurdico das Florestas i 5103.4.1. O Conceito Jurdico de Floresta 5113.4.1.1.As Diferentes Florestas Tratadas pelo Cdigo Florestal 5143.4.1.1.1. Florestas de Preservao Permanente pelo Efeitodo Cdigo Florestal 5143.4.1.1.1.1. Proteo da gua 5163.4.1.1.1.2. Lei Geral sobre Florestas - Cdigo Florestal 5173.4.1.1.1.3. Reconhecimento Judicial da Legislao Estadual sobre Florestas 5183.4.1.1.1.4. Poder Regulamentar do Presidente da Repblica 5203.4.1.1.1.5. Poder Regulamentar do CONAMA 5213.4.1.1.1.5.1.Natureza Jurdica das Resoluesdo CONAMA 5223.4.1.1.15.2.Jurisprudncia Relativa aos Limites das Resolues 5253.4.1.1.1.5.3. Flagrante Ilegalidade das Resolues nQs 302 e 303, de 20 de ' maro de 2002, do CNAMA..5283.4.1.1.1.5.4. Violao do Princpio do Desenvolvimento Sustentvel e da Proteo das Comunidades Humanas 5283.4.1.1.1.6. Proteo das Encostas e das Elevaes...5293.4.1.1.1.7. Proteo das Restingas 5313.4.1.1.1.8. reas de Preservao Permanente em Regies Urbanas 5323.4.1.1.2. Florestas de Preservao Permanente por Ato do Poder Pblico 5323.4.1.1.3. Terras Indgenas como Florestas de Preservao Permanente 534

B Direito Ambiental4. O Exerccio do Direito de Propriedade em reas Florestais 5354.1.Contorno Jurdico da Propriedade Florestal 5354.2. As Limitaes Decorrentes da Condio de Bem deInteresse Comum..5374.3. Reserva Florestal Legal 5384.3.1. Conceito Normativo de Reserva Florestal Legal - RFL 5384.3.2. A Reserva Legal como Interesse dos Habitantes do Pas 5394.3.3. A Reserva Legal como Obrigao 5424.3.3.1. Prazos para Recomposio da Reserva Legal 5434.3.3.2. A Delimitao, pela Autoridade Pblica, da rea a Ser Preservada 5444.3.3.3. Percentuais que Devem Ser Mantidos como Reserva Legal. 5464.3.3.3.1. Reserva Legal e Pequena PropriedadeRural 5464.3.3.3.2. Posse e Reserva Legal 5464.3.3.3.3. Reserva Florestal Legal e os reservatrios de hidreltricas 5474.4. Proteo Florestal e Desapropriao 5515.A Floresta, os Desmatamentos e a Utilizao de Fogo 5535.1. Desflorestamento e Queimadas 5545.2. Regime Legal da Utilizao do Fogo 5555.2.1. Proibio do Uso de Fogo 5555.2.2. Permisso do Emprego de Fogo 5565.2.2.1. Requisitos para a Queima Controlada 5565.2.3. Ordenamento e Suspenso Temporria do Emprego deFogo 5575.2.4. Reduo Gradativa do Emprego de Fogo 5585.3. Concluso 558Captulo XXIII - reas de Preservao Permanente e Unidades de Conservao..5611.Fundamentos Constitucionais das reas Protegidas e das Unidades de Conservao 5611.1. reas Protegidas Diretamente pela CF 5631.2. Patrimnio Nacional 5642.As Diferentes reas Protegidas 5652.1. Breve Histrico da Legislao 5653.As Unidades de Conservao 5663.1. Sistema Nacional de Unidades de Conservao como Sistema Federal de Unidades de Conservao 5663.1.1. Conceitos Normativos Aplicveis s Unidades de Conservao 5683.1.2. Criao das Unidades de Conservao 5703.2. Definio e Objetivos do Sistema Nacional de Unidades de Conservao -SNUC * 5723.3. rgos Integrantes do SNUC 5733.4. As Unidades de Conservao: Seus Diferentes Tipos e Funes 5743.4.1.Unidades de Proteo Integral 5743.4.1.1. Estao Ecolgica 5743.4.1.1.1. Novo Regime Jurdico das Estaes Ecolgicas....5763.4.1.1.2. Intervenes Admitidas 576Sumrio3.4.1.2. Reservas Ecolgicas 5773.4.1.3. Reserva Biolgica 5783.4.1.4. Parque Nacional 5783.4.1.4.1. Aspectos Histricos 5783.4.1.4.2. Regime Jurdico 5793.4.1.4.2.1. Reassentamento de Populaes Tradicionais 5793.4.1.5. Monumento Natural 5813.4.1.6. Refgio de Vida Silvestre 5823.4.2. Unidades de Uso Sustentvel 5823.4.2.1. reas de Proteo Ambiental 5833.4.2.1.1. Histrico Legislativo 5833.4.2.2. rea de Relevante Interesse Ecolgico 5873.4.2.2.1. Histrico da Legislao 5873.4.2.2.2. Novo Regime Jurdico 5883.4.2.3. Floresta Nacional 5883.4.2.3.1. Titularidade das Terras Brasileiras 5883.4.2.3.2. Servio Florestal Brasileiro 5903.4.2.3.3. Cdigo Florestal de 1934 5923.4.2.3.3.1. Florestas de Domnio Pblico: Nacionais, Estaduais e Municipais 5933.4.2.3.4. Cdigo Florestal de 1965 5943.4.2.3.4.1. Florestas Pblicas: Nacionais, Estaduais e Municipais 5953.4.2.3.4.1.1.A inadequada colocao das Florestas Nacionais no SNUC: Lei ne 9.985, de 18 de julho de 2000.5963.4.2.4. Reserva Extrativista 5973.4.2.4.1. Histrico da Legislao 5973.4.2.4.2. Novo Regime Jurdico 5983.4.2.5. Reserva de Fauna 5993.4.2.6. Reserva de Desenvolvimento Sustentvel 5993.4.2.7. Reserva Particular do Patrimnio Natural 6003.4.3. Criao, Implantao e Gesto das Unidades de Conservao 6003.4.3.1. Normas Gerais 6003.4.3.1.1. Gesto 6023.4.3.1.1.1. Gesto Compartilhada com OSCIP 6033.4.3.1.1.2. Natureza Jurdica das OSdPS 6043.4.3.2. Normas Aplicveis s Unidades de Uso Sustentvel 6053.4.3.2.1. Zonas de Amortecimento 6063.4.3.2.2. Normas Aplicveis a Diferentes Unidades de Conservao de um Mesmo Ecossistema 6063.4.3.2.2.1.Mosaico de Unidades de Conservao ...6063.4.3.2.3. Plano de Manejo 6083.4.3.2.4. Atividades Proibidas nas Unidades de Conservao. 6093.4.3.2.5. rgo Gestor 610

3.4.3.2.6.Recursos Econmicos 6103.4.3.2.6.I.Explorao de Bens e Servios 6113.4.3.2.6.I.I.Utilizao de imagens de unidades de conservao 6113.4.3.2.7.Unidades de Conservao e Compensao por ImpactosAmbientais Negativos 6123.4.3.2.7.I.Regulamentao 6134. A Exigibilidade Legal da Compensao Ambiental: Delimitao dos Danos.6144.1. As intervenes aptas a gerar a compensao ambiental 6144.1.1. A natureza dos danos capazes de gerar compensao ambiental... 6184.1.2. O impacto significativo e no mitigvei 6214.1.2.1. Comentrios sobre a ADI ns 3.378-6 6254.1.3. Compensao ambiental e risco 6305. A Exigibilidade da Compensao Ambiental: Aspectos Formais 6315.1. Termo inicial (dies a quo) para a exigncia da compensao ambiental. 6315.2. Implantao do empreendimento: conceito 6335.2.1. Compensao ambiental e empreendimentos j implantados 6355.2.2. Extenso da compensao ambiental em relao ao volume de recursos investidos pelo empreendedor 6366. Ampla Defesa e Compensao Ambiental 6396.1. Reserva da Biosfera 6426.1.1. Regulamentao 6436.1.2. Outras Unidades de Conservao 6446.1.2.1. Jardins Botnicos 6446.1.2.2. Jardins Zoolgicos 6446.1.2.3. Hortos Florestais . 644Captulo XXIV Agrotxicos 6451. Introduo 6452.Os Agrotxicos na CF e nas Constituies Estaduais 6453.Antecedentes Legislativos da Lei ns 7.802, de 11 de Julho de 1989 6514. A Lei nB 7.802/89 6514.1. Reparties de Competncias Administrativas no Interior da Administrao Federal 6524.1.2. Competncias do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento.6534.1.3. Competncia do Ministrio da Sade 6534.1.4. Competncia do Ministrio do Meio Ambiente 6544.1.5. Competncias do Ministrio do Trabalho e Emprego 6544.2. Definio Legal de Agrotxico, Seus Componentes e Afins 6554.3. Controle de Qualidade, Inspeo e Fiscalizao dos Agrotxicos 6554.3.1. Controle de Qualidade 6554.3.2. Inspeo e Fiscalizao de Agrotxicos, seus Componentes e Afins.6564.3.2.1. Competncia federal 6564.3.2.2. Competncia dos Estados e Distrito Federal 6564.3.3. Atribuies da Fiscalizao 6574.3.3.1.Produo de Prova 6584.4. Registro de Pessoas Fsica e Jurdica 6594.5. Alerta de Organizaes Internacionais e seus Reflexos no Brasil 6604.6. Registro do Produto 6624.6.1. Produtos para Exportao1 6645,Responsabilidadei, 6645.1. Responsabilidade Criminal.L 6655.2. Responsabilidade Administrativa 6655.2.1. Infraes 6665.2.1.1. Sanes Administrativas. 6675.2.1.1.1. Aplicao das Sanes Administrativas 6686.Comercializao dos Agrotxicos 6696.1. Receiturio Agronmico 6696.2. Embalagem, Fracionamento e Rotulagem 6706.3. Destinao Final dos Agrotxicos 671Captulo XXV - Controle de Produtos Txicos 6751.Introduo 6752.Controle de Produtos Perigosos, 6772.1. Convenes Internacionais 6772.1.L Conveno de Basilia 6772.1.2. Conveno de Roterd 6782.1.3. Conveno de Estocolmo 6792.2. Normas internas . 6792.2.1. Asbestos (Amianto) 6802.2.1.1. Utilizao do Amianto 6802.2.1.2. Amianto e a Sade Humana 6812.2.2. Quadro Legal sobre a Matria 6822.2.2.1. Regulamentao do CONAMA 6822.2.2.2. Portaria na 1, de 28 de maio de 1991 (Secretaria Nacionaldo Trabalho)i 6832.2.2.2.1. Providncias Ambientais 6832.2.2.3. Lei n 9.055, de 19 de junho de 1995 6842.2.2.3.1. Decreto n 2.350, de 15 de outubro de 1997 6852.2.3. Competncia Concorrente e Amianto 6872.2.4. Concluso 6902.3. Ascarel 6912.3.1. Portaria Interministerial n3 19, de 29 de janeiro de 1981 6912.3.2. Resoluo Conama nQ 6, de 15 de junho de 1988 6932.4. Mercrio i 6942.4.1. O Controle dos Metais Pesados no Brasil 6962.4.2. Limite Legal de Concentrao de Mercrio na gua 6972.5. Benzeno 6982.6. Cloro 6982.6.1. Importncia do Cloro 6982.6.2. A Regulamentao Legal da Produo de Cloro no Brasil 6992.6.2.1.Controle da Presena de Mercrio no Processo Produtivo. 699

2..2.2. Controle da Presena de Amianto 7002.6.2.3. Aspectos de Segurana e Sade do Trabalhador 7002.6.2.4, Monitoramento 7012.6.3. Ampliao e Modificao de Indstrias j Instaladas 7012.6.4. Penalidades 7022.7.Pilhas e Baterias 7032.7.1. Aspectos Gerais 7032.7.2. Definio de Pilhas e Baterias 7042.7.3. Obrigaes 7062.7.4. Concluso 7083. Transporte de Produtos Txicos- 7093.1. Condies de Transporte 7094. Transporte de Produtos Perigosos entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.7104.1. Acordo de Alcance Parcial para a Facilitao do Transporte de Produtos Perigosos 7104.1.1. Embalagens 7104.1.2. Veculos 7114.2. Normas Tcnicas 7115. Transporte Ferrovirio 7115.1. Aplicabilidade do Regulamento 712Captulo XXVI - A Importncia das guas 715Captulo XXVII - Regime Jurdico dos Recursos Hdricos 7191. A gua nas Constituies Brasileiras 7191.1. As guas nas Constituies Anteriores a 1988 7191.1.1. Constituio Imperial 7191.1.2. Perodo Republicano 7191.1.2.1. Constituio de 1891 7191.1.2.2. Constituio de 1934 7201.1.2.3. Constituio de 1937 7211.1.2.4. Constituio de 1946 7211.1.2.5. Constituies de 1967 e 1969 7211.2. As guas na Constituio de 1988 7221.2.1. Domnio da Unio 7221.2.2. Domnio dos Estados e dos Municpios 7231.2.3. Competncia Legislativa 7231.2.4. Mudana de Concepo 7242. O Regime Jurdico dos Recursos Hdricos 7242.1. gua: Sua Definio 7262.2. Conceitos Bsicos do Cdigo de guas 7272.2.1.Outros Conceitos Importantes 7302.2.1.1. Rio 7302.2.1.2. Lago e Lagoa 7312.2.1.3. Corrente 7312.3. Legislao Extravagante de Proteo aos Recursos Hdricos 7313. O Valor Econmico dos Recursos Hdricos 732ISumrio3.1. Desapropriao de Recursos Hdricos 7333.2. Obrigao de Conservao da Qualidade das guas 7333.2.1. A Regulamentao Administrativa das guas 7343.2.1.1. Estabelecimento das Classes de guas 7344. As guas Submetidas ao Regime Jurdico de Direito Privado 7364.1. Normas Gerais Estabelecidas pelo Cdigo Civil Brasileiro 7364.1.1. Regime de Prescrio 7374.2. Normas do Cdigo de guas Referentes ao Aproveitamento de guas Comuns e Particulares 7385. A Poltica Nacional de Recursos Hdricos 7385.1. Princpios Gerais da Poltica Nacional de Recursos Hdricos - PNRH...7385.1.1. Objetivos, 7395.2. Instrumentos 7395.2.1. Outorga de Direito de Uso de Recursos Hdricos 7405.2.2. Cobrana pela Utilizao dos Recursos Hdricos 7425.2.3. Administrao dos Recursos Hdricos 7425.2.3.1. Constituio e Competncias do Conselho Nacional dos Recursos Hdricos 7435.2.3.2. Comits de Bacia Hidrogrfica 7445.3. Infraes e Penalidades 7455.4. Agncia de gua 7465.4.1. Organizaes Civis de Recursos Hdricos 7475*4.2. Agncia Nacional de giias - ANA 7475*4.2,1. Apresentao 7475.4.2.2. Competncias da Agncia Nacional de guas 7485.4.2.2.1.Excees s Atribuies da ANA 7495A2.2.2. A Outorga Administrativa como Instrumento deGesto de Recursos Hdricos 7505.4.2.2.2.L Limites e Condies da Outorga 7505.4.2.2.2.2. Outorga Preventiva e Declarao de Reserva de Disponibilidade Hdrica 7515.4.3. Estrutura Administrativa da Agncia Nacional de guas - ANA.. 7525.4.3.1. Diretoria: Composio 7525.4.3.2. Atividades Vedadas aos Dirigentes 7535.4.3.3. Atribuies da Diretoria 754Captulo XXVm Minerao 7571. A Minerao nas Constituies Brasileiras 7571.1. Constituies Anteriores 7571.2. A Minerao na Constituio de 1988 7591.2.1. Disposies Constitucionais 7591.2.2. Breve Anlise das Disposies Constitucionais Luz do Artigo 225, 23 7622. O Cdigo de Minerao 7632.1. Classificao das Jazidas Minerais 7652.2. O Cdigo de Minas e a Proteo do Meio Ambiente 767Direito Ambiental3.Minerao em Terras Indgenas 7684.Minerao e Meio Ambiente 7684.1. Licenciamento das Atividades de Minerao 7694.2. Estudos de Impacto Ambiental e Atividades de Minerao 7704.2.1. Ilegalidades Existentes na Resoluo ns 9/90 do CONAMA 7724.2.2. A Extino das Classes Minerais e os Estudos de Impacto Ambiental.7734.2.3. Atividades com Repercusses Ambientais em reas Indgenas 7734.3. Obrigao de Recuperao Ambiental da rea Degradada 774Captulo XXDt - A Proteo Judicial e Administrativa do Meio Ambiente 7771.Introduo 7772.O Poder Judicirio 7772.1. O STF e o Superior Tribunal de Justia na Proteo Ambiental 7782.2. A Justia Federal, a Justia do Trabalho e a Proteo Ambiental 7792.3. A Justia dos Estados e a Proteo Ambiental 7793. O Ministrio Pblico- 7803.1. A Base Constitucional da Atuao do Ministrio Pblico 7804.Principais Meios Judiciais de Proteo Ambiental 7814.1. Ao Civil Pblica 7814.1.1. Competncia para o Processamento e Julgamento das Aes Civis Pblicas 7844.1.1.1. Prescrio 7864.1.1.1.1. A Prescrio e seus Principais Elementos 7914.1.2. Legitimidade Ativa 7944.1.3. Ministrio Pblico 7955.Mandado de Segurana Coletivo 7996.Ao Popular 7997.Desapropriao 8008. Tombamento- 8019.Arbitragem e Meio Ambiente 802QUINTA PARTE POLTICA ENERGTICA E MEIO AMBIENTECaptulo XXX - Poltica Energtica Nacional e Proteo Ambiental 8071.Introduo 8072.Poltica Energtica Nacional 8082.1. Princpios e Objetivos da Poltica Energtica Nacional 8082.2. Conselho Nacional de Poltica Energtica 8082.2.1.Finalidade e Composio 8092.2.1.1. Atribuies do Presidente do Conselho Nacional de Poltica Energtica - CNPE 8112.2.1.2. Plenrio 8112.2.1.2.1. Funcionamento do CNPE 8112.2.1.3. Secretaria-Executiva 8122.2.1.4. Assessoria Tcnica 812Sumrio2.2.1.4.1. Comits Tcnicos 8133.O Petrleo na Poltica Energtica Nacional 8133.1. A Explorao e Produo (E&P) de Petrleo no Brasil 8133.2. Regime Legai do Petrleo no Brasil. J 8143.2.1. Dispositivos Constitucionais 8143.2.1.1. Exerccio do Monoplio 8153.2.2. Glossrio da Lei n2 9.478, de 6 de agosto de 1997 8153.2.3. Agncia Nacional do Petrleo 8173.2.3.1. Caso Concreto de Conflito entre Autoridades Ambientaisem Matria de Petrleo 8183.2.4. Explorao e Produo (Aspectos Ambientais) 8193.2.4.1. Informaes Tcnicas 8203.2.4.2. Contratos de Concesso 8203.2.4.2.1. Clusulas Cogentes dos Contratos de Concesso.8203.2.4.2.2. Direitos e Obrigaes do Concessionrio 8223.2.4.2.3. Extino das Concesses 8223.2.4.2.3.I.Descomissionamento 8223.2.4.2.3.1.1.Abandono de Poo 8233.2.4.3. Aspectos Ambientais da Licitao 8244.PoHtica Nacional de Conservao de Energia 8264.1. Penalidades ; 8274.2. Regulamentao da Poltica Nacional de Conservao de Energia 8274.2.1. Composio e Atribuies do Comit Gestor de Indicadores e Nveis de Eficincia Energtica - CGIEE 8274.2.1.1. Audincias Pblicas 8284.3. Energia Renovvel: Iniciativa Energtica . 828Captulo XXXI - A Energia Nuclear na Constituio Federal 8331.Competncias em Matria Nuclear 8341.1. Competncias da Unio em Matria Nuclear 8341.1.1. Administrativas 8341.1.2. Legislativa 8351.1.2.1. Papel do Congresso NacionalL8351.2. s Competncias dos Estados e dos Municpios em Matria Nuclear 8351.3. Anlise da Estrutura de Competnciasi8361.3.1.A Experincia Norte-Americana em Matria de Competncia 8401.4. Insero da Atividade Nuclear na Ordem Econmica; 8412.O Nuclear nas Anteriores Constituies Federais 8413.O Nuclear nas Constituies dos Estados-Membros 8424.Tratamento Democrtico do Problema Nuclear na Constituio de1988 8445.O Brasil na Comunidade Nuclear Internacional 846Captulo XXXII - Princpios Constitucionais de Utilizao da Energia Nuclear..8471.Os Princpios Estabelecidos pela Constituio da Repblica Federativa doBrasil 8471.1. Atividade Nuclear para Fins Pacficos 8481.2. Controle Democrtico da Atividade Nuclear 849B Direito Ambiental2. A Localizao das Usinas Nucleares 8492.1. O Entorno da Usina Nuclear como Reserva Ecolgica 8503. Os Princpios 8523.1. Princpio da Atividade Controlada 8523.2. Princpio da Responsabilidade Objetiva 8533.3. O Regime de Monoplio 854Captulo XXXm - Responsabilidade Criminal em Matria Nuclear 8571.A Responsabilidade Criminal em Matria Nuclear ..8571.1. Os Crimes Previstos na Lei ne 6.453/77 8571.1.1. O Tipos Legais Previstos na Lei n5 6.453/77 8581.2. A Utilizao do Cdigo Penal 861Captulo XXXIV - Os Rejeitos Nucleares 8631.Os Rejeitos Nucleares: Breve Definio 8632.Alguns Aspectos Internacionais do Problema 8633. O Problema no Brasil- 8643.1. O Csio 137 8653.2. Destinao Final de Rejeitos Radioativos 8663.2.1. Responsabilidade pelos Rejeitos Radioativos 8673.2.2. Tipos de Depsitos de Rejeitos Radioativos... 8673.2.2.1. Seleo de Locais para Depsitos de Rejeitos Radioativos.. 8673.2.2.2. Licenciamento e Fiscalizao dos Depsitos 8683.2.2.3. Administrao e Operao dos Depsitos 8683.2.2.3.I.Depsitos Provisrios 8683.2.2.4. Remoo dos Rejeitos 8683.2.3. Responsabilidade Civil 869Captulo XXXV - Energia Nuclear 8711. Os Primeiros Protestos contra o Nuclear. 8712.Os Segredos Nucleares: Uma Histria de Tragdias 8722.1. Atividades Civis 8722.1.1. Estados Unidos - Los Alamos National Laboratory 8722.1.2. Ex-Unio Sovitica TcheMabmsk. 8732.2. Atividades Militares 8742.2.1. Contaminao Radioativa em Centros de Produo de Armamentos-EUA 8743.A Utilizao Pacfica da Energia Nuclear 8743.1. Three Mile Island. 8743.2. Chernobil 8753.3. Goinia 8754.O Mundo Desativa a Energia Nuclear 8764.1. Uma Tecnologia Cara 8785.A Energia Nuclear no Brasil 8795.1. O Subsdio Energia Nuclear no Brasil 8795.1.1. Os Custos da Central Nuclear Almirante lvaro Alberto 881SumrioSEXTA PARTE TERRAS INDGENASIntroduo 887Captulo XXXVI - Evoluo Histrica da Legislao Indigenista 8891. Os Primeiros Contatos com o Colonizador 8891.1. O Regimento de Tom de Souza 8901.2. A Escravizao dos Indgenas 8912. O ndio nas Constituies Brasileiras 8952.1. Dispositivos da Constituio de 1988 8982.1.1. Dispositivos Especficos 8992.2. Concluso 899Captulo XXXVII ~ As Terras Indgenas 9011. Histrico da Legislao. 9021.1. Do Perodo Colonial at o Sculo XLX 9021.2. O Perodo Republicano 9042. As Terras Indgenas na Constituio de 1988 9042.1. Direitos Adquiridos sobre as Terras Indgenas . 9052.2. Classificao das Terras Indgenas pelo Estatuto dondio 9062.3. A Extrao de Madeira nas Terras Indgenas 9072.4. Terras Indgenas e Soberania Nacional 9103. A Demarcao das Terras Indgenas 9113.1. O Decreto ns 1.775, de 8 de janeiro de 1996 916Captulo XXXVUI - A Legislao Penal e os Indgenas 9191. Aspectos Gerais 9192. Legislao Penal Especfica (Lei nQ 6.001/73) 9192.1. Principiologia em Relao ao Agente Indgena 9192.2. Crimes Praticados contra os Indgenas e suas Comunidades 9242.2.1. Crimes Previstos no Estatuto do ndio (Lei ne 6.001/73) 9242.2.2. Genocdio (Lei ne 2.889/56) 9262.2.3. Crimes Resultantes de Preconceitos de Raa ou de Cor (Lei n2 7.716/89) 9272.2.4. Lavra Garimpeira (Lei n9 7.805/89) 9272.2.5. Crimes Praticados pelos ndios 928Referncias Bibliogrficas 929ndice Remissivo 947ndice Onomstico 957

IIBJ * nsino Superior Bssss JurfiSSNota 123 edioNota 123 edioDireito Ambiental chega sua 118 edio, o que para mim motivo de grande orgulho e responsabilidade, pois os milhares de leitoras e leitores que me deram a honra de utilizar o livro para as suas necessidades acadmicas e profissionais j estavam a merecer uma ampla reviso do trabalho, haja vista que as sucessivas atualizaes, por mais minuciosas que possam ser, no esto isentas do risco de se transformarem em um amontoado desconexo de novos pontos de vista, anlises e definies. Isso acarreta uma perda de coerncia no texto do livro como um todo e, no raras vezes, contradies entre captulos e posicionamentos doutrinrios. Ciente dessas questes, desde longa data j havia me decidido a promover uma reviso total de Direito Ambiental e, de certa forma, reescrev-lo. Contudo, vrias questes contriburam para que o projeto viesse sendo adiado. A primeira e mais relevante questo, certamente, foi a dimenso da tarefa, pois rever obra com cerca de mil pginas trabalho que exige muito flego. No menos importante a constante mudana legislativa na rea ambiental, o que faz com que os trabalhos se desatualizem muito rapidamente e que, na prtica, o lanamento de obras totalmente atualizadas seja virtualmente impossvel.Com o lanamento do Manual de Direito Ambiental, obra especialmente dedicada aos cursos universitrios e queles que necessitam de uma viso geral do direito ambiental como conhecimento jurdico, optei por dar uma nova formatao a este Direito Ambiental, destinando-o a pblico mais especializado e que necessita de trabalho pormenorizado e detalhado. Embora a presente edio guarde uma evidente linha de continuidade com as dez que a precederam, ela totalmente diferente das demais, sobretudo em razo de importantes modificaes no meu pensar sobre o DA e, principalmente, pelo grau de mincia e profundidade que pretende ostentar.Assim, a presente edio de Direito Ambiental tem por objetivo desempenhar o papel muito mais de uma obra de consulta e referncia do que o de livro didtico. Evidentemente que a obra poder continuar a ser utilizada como livro didtico, sendo recomendada para aqueles estudantes que tenham interesse maior sobre a disciplina ou para cursos ps-graduados.Julgo importante informar ao leitor que as significativas alteraes que foram promovidas nesta presente edio espelham o respeito e a gratido que tenho para com aqueles que dedicam boa parte de seu tempo leitura de meus livros e que justificam, cada vez mais, um esforo redobrado para continuar merecedor de tanta confiana e gentileza.Paulo de Bessa Antunes

sPrimeira ParteTeoria Geral do Direito AmbientalI!i!

O Direito AmbientalCaptulo I O Direito Ambiental

1.ApresentaoO Direito Ambiental (DA) um dos mais recentes ramos do Direito e, com toda certeza, um dos que tm sofrido as mais relevantes modificaes, crescendo de importncia na ordem jurdica internacional e nacional. Como em toda novidade, existem incompreensoes e incongruncias sobre o papel que ele deve desempenhar na sociedade, na economia e na vida em geral. A sua implementao no se fez sem dificuldades das mais variadas origens, indo desde as conceituais at as operacionais. Contudo, uma verdade pode ser proclamada: a preocupao do Direito com o meio ambiente irreversvel. Este livro objetiva organizar o conhecimento hoje existente sobre o DA no Brasil e exp-lo sistematicamente aos interessados no rduo tema.A preocupao fundamental do DA organizar a forma pela qual a sociedade se utiliza dos recursos ambientais, estabelecendo mtodos, critrios, proibies e permisses, definindo o que pode e o que no pode ser apropriado economicamente (ambientalmente). No satisfeito, o DA vai alm. Ele estabelece como a apropriao econmica (ambiental) pode ser feita. Assim, no difcil perceber que o DA se encontra no corao de toda atividade econmica, haja vista que qualquer atividade econmica se faz sobre a base de uma infraestrutura que consome recursos naturais, notadamente sob a forma de energia.O surgimento do DA como disciplina jurdica denota que as relaes entre o Homem (antropo) e o mundo que o envolve vm se modificando de forma muito acelerada e profunda. O DA um dos mais marcantes instrumentos de interveno em tal realidade. Thornton e Beckwith1 nos chamam a ateno para o fato de que uma definio de Direito Ambiental vai depender muito da definio de meio ambiente, pois uma subordinada outra. Os citados autores sublinham que as definies de ambiente muitas vezes so extremamente amplas e, portanto, pouco operacionais. Einstein - o genial fsico como apontam, havia definido o ambiente como everything that isn't me (tudo que no seja eu). Ora, se adotarmos um conceito to amplo como o de Einstein, tudo estar compreendido no direito ambiental e, portanto, ele seria uma espcie de Pandireito capaz de abarcar toda e qualquer atividade humana, o que, evidentemente, um despropsito.1 Justine Thornton e Silas Beckwith, Environmental Law, London: Sweet & Maxwell, 1997, p. 2.Direito Ambiental claro que, ao tratarmos de Direito Ambiental, no estamos falando de toda e qualquer atividade humana. Falamos fundamentalmente daquelas atividades que afetam as guas, a fauna, as florestas, o solo e o ar em especial. Normalmente, as leis que tratam desses temas definem padres de lanamento de substncias qumicas, de partculas, padres de qualidade, proteo de espcies animais e vegetais. Certamente, muitas zonas de interseo com diversos outros campos do direito existem. Contudo, a definio de limites essencial para que o DA possa cumprir a sua principal misso, que servir como marco regulatrio e normativo das atividades humanas em relao ao meio ambiente.A combinao dos diferentes elementos acima mencionados servir de substrato para a elaborao de uma Teoria do Direito Ambiental que se constitui em provncia da Teoria Geral do Direito, eis que o DA parte do mundo jurdico.O objetivo deste captulo, portanto, o exame da Teoria do Direito Ambiental como parte da Teoria Geral do Direito, de forma a destacar o que ela tem de comum e de singular, indicando de forma clara qual o significado e papel do DA na ordem jurdica contempornea. A importncia de investigar as peculiaridades do DA e das normas jurdicas destinadas proteo do meio ambiente (MA) pode ser avaliada pelo fato de que sempre houve normas voltadas para a tutela da natureza. Tal proteo, quase sempre, fazia~se atravs de normas de direito privado que protegiam as relaes de vizinhana, ou mesmo por normas de Direito Penal ou Administrativo, que sancionavam o mau uso dos elementos naturais ou a utilizao de forma prejudicial a terceiros. Entretanto, a problemtica suscitada pelos novos tempos demanda uma outra forma de conceber a legislao de proteo da natureza. As antigas formas de tutela propiciadas pelo Direito Pblico ou pelo Direito Privado so insuficientes para.responder a uma realidade qualitativamente diversa. por isso que o DA no se confunde com as formas de proteo jurdica dos bens naturais que o antecederam, sendo de fato um setor especfico da ordem jurdica.As diferenas fundamentais entre a proteo jurdica dos bens ambientais feitas no passado e a tutela conferida pelo DA so:a) modificao ontolgica da tutela conferida aos bens naturais;b) abrandamento dos conceitos de direito pblico e direito privado;c) abrandamento dos conceitos de direito interno e direito internacional;d) integrao entre diversas reas do conhecimento humano na aplicao da ordem jurdica;e) considerao do desenvolvimento econmico com respeito ao meio ambiente e com a integrao das popidaes nos benefcios gerados pelo desenvolvimento.2.Direito Ambiental: conceitoMetodologicamente, s se pode saber o que o DA aps se saber o que Direito e o que MA ou ambiente.A Ordem Constitucional do Meio AmbienteMiguel Reale,2 em conhecida formulao, aduzia que o Direito interao tridimensional de norma, fato e valor. "A integrao de trs elementos na experincia jurdica (o axiolgico, o ftico e tcnico-fonnal) revela-nos a precariedade de qualquer compreenso do Direito isoladamente como fato, como valor ou como norma, e, de maneira especial, o equvoco de uma compreenso do Direito como pura forma, suscetvel de albergar, com total indiferena, as infinitas e conflitantes possibilidades dos interesse humanos,3 Particularmente no que se refere ao DA, a concepo realiana extremamente feliz, pois o aspecto tico-valorativo nele ressalta de forma candente.O fato que se encontra base do DA a prpria vida humana, que necessita de recursos ambientais para a sua reproduo, a excessiva utilizao dos recursos naturais, o agravamento da poluio de origem industrial e tantas outras mazelas causadas pelo crescimento econmico desordenado, que fizeram com que tal realidade ganhasse uma repercusso extraordinria no mundo normativo do dever ser, refle- tindo-se na norma elaborada com a necessidade de estabelecer novos comandos e regras aptos a dar, de forma sistemtica e orgnica, um novo e adequado tratamento ao fenmeno da deteriorao do meio ambiente. O valor que sustenta a norma ambiental o reflexo no mundo tico das preocupaes com a prpria necessidade de sobrevivncia do Ser Humano e da manuteno das qualidades de salubridade do meio ambiente, com a conservao das espcies, a proteo das guas, do solo, das florestas, do ar e, enfim, d tudo aquilo que essencial para a vida, isto para no se falar da crescente valorizao da vida de animais selvagens e domsticos. tambm no campo do valor que se manifestam com intensidade os chamados conflitos de uso dos recursos ambientais, pois as diferentes perspectivas axiolgicas tendem a identificar, em um mesmo bem, utilidades diversas e que nem sempre so coincidentes. Ao contrrio, a evoluo normativa do DA demonstra que , precisamente, em funo de marcantes divergncias axiolgicas que se faz necessria a interveno normativa com vistas racionalizao do conflito e a sua soluo em bases socialmente legtimas.O Direito Ambiental , portanto, a norma que, baseada no fato ambiental e no valor tico ambiental, estabelece os mecanismos normativos capazes de disciplinar as atividades humanas em relao ao MA. H uma questo relevante e altamente complexa, que a medida de equilbrio que cada uma das trs diferentes dimenses do direito deve guardar em relao s demais. Com efeito, a gravidade da chamada crise ecolgica - ou uma determinada percepo dela - pode induzir a uma supe- rafetao do aspecto tico - com riscos da abstrao nele encerrada - sobre o normativo e o ftico, gerando situaes juridicamente espinhosas e de insegurana. como afirma Dworkin,4 ho se pode definir os direitos dos cidados de modo que possam ser anulados por supostas razes de bem-estar geral.2Miguel Reale, Filosoa do Direito, So Paulo: Editora Saraiva. 15* edio, 1993, pp. 701 e segs.3Miguel Reale, Filosoa do Direito, So Paulo: Editora Saraiva. 153 edio, 1993, pp. 701-2.4Ronald Dworkin, Levando os Direitos a Srio (traduo Nlson Bodera), So Paulo: Martins Fontes,2002,Direito AmbientalO DA tem. sido entendido de forma extremamente ampla e, de certa maneira, imperialista, pois se pretende que, ante os seus aspectos peculiares, outros valores constitucionalmente tutelados cedam passagem, haja vista que, muitas vezes, parte- se de vima ideia de que o ambiente tudo que no seja eu, conforme o conceito de Einstein. O corte claramente autoritrio, pois em sociedade democrtica somente a atuao sada dos processos regulares de direito deve ser tida como legtima. Infelizmente, o discurso da hecatombe ambiental tem servido de base de sustentao para muitos procedimentos que no se sustentam do ponto de vista democrtico, como j tem decidido o STF.5Elementar que o DA deve ser visto antes como direito com todas as limitaes que tal instrumento tem para atuar como elemento de equilbrio entre as diferentes tenses que existem no fato ambiental - do que como estrutura cabalstica capaz de dar soluo a problemas para alm do jurdico.O tratamento jurdico do MA se faz em diferentes reas do Direito e por diferentes instrumentos que, nem sempre, so de DA. Talvez este fato seja um dos mais relevantes no contexto do DA, pois nem toda norma que, direta ou indiretamente, relaciona-se a uma questo ambiental pode ser compreendida no universo do DA. Ao mesmo tempo, a amplitude - cada vez crescente - do chamado ambiente faz com que muitas provncias jurdicas se especializem e se tome cada vez mais difcil trat- las dentro de um enorme guarda-chuva designado Direito Ambiental. Existem um direito da proteo da Diversidade Biolgica, um direito da proteo dos mares, um direito referente aos produtos txicos, outro sobre espcies ameaadas de extino e da por diante, e isso ocorre tanto no Direito Internacional como no Direito interno. Cada um destes diferentes segmentos vem solidificando uma principiologia prpria, normas prprias e padres aplicativos e operacionais especficos. O tratamento s se justifica na medida em que possamos identificar alguns pontos de contato, coordenao e coerncia entre todos esses segmentos da ordem jurdica. Veja~se que no pouco comum que se pretenda atribuir ao domnio do DA questes que dificilmente podero ser consideradas ambientais, tais como a participao feminina nas questes pblicas e outras correlatas.6A doutrina jurdica se baseia em classificao e subdiviso do Direito em ramos, o que sem dvida reflexo do pensamento classificatrio positivista. Como entender o componente ambiental do DA? O DA um direito da natureza? Esta 5 STF. RE - RECURSO EXTRAORDINRIO. 157905 - SP - SO PAULO. DJU 25.09.1998. P. 20. Relator: . Ministro MARCO AURLIO. Ementa "DEVIDO PROCESSO LEGAL - INFRAO - AUTUAO - MULTA - MEIO AMBIENTE - CINCIA FICTA - PUBLICAO NO JORNAL OFICIAL - INSUBSISTNCIA. A cincia ficta de processo administrativo, via Dirio Oficial, apenas cabe quando o interessado est em lugar incerto e no sabido. Inconstitucionalidade do 4a do artigo 32 do Regulamento da Lei n* 997/76 aprovado via Decreto n 8.468/76 com a redao imprimida pelo Decreto n 28.313/88, do Estado de So Paulo, no que prevista a cincia do autuado por infrao iigada ao meio ambiente por simples publicao no Dirio."6 Declarao do Rio: PRINCPIO 20 - As mulheres desempenham papel fundamental na gesto do meio ambiente e no desenvolvimento. Sua participao plena , portanto, essencial para a promoo do desenvolvimento sustentvel.tSS*' mim Superior fesy JuriesO Direito Ambientaiuma questo importante e que merece alguma reflexo preliminar.7 Certamente, a natureza parte importante do meio ambiente, talvez a mais .importante delas. Mas o meio ambiente no s a natureza. Meio ambiente natureza mais atividade antrpca, mais modificao produzida pel Ser Humano sobre o meio fsico de. onde retira o seu sustento. No se deve, contudo, imaginar que o Homem no parte do mundo natural, ao contrrio, ele parte essencial, pois dotado de uma capacidade de interveno e modificao da realidade externa que lhe outorga uma posio extremamente diferente da ostentada pelos demais animais. Um dos fundamentos da atual "crise ecolgica , sem dvida, a concepo de que o humano externo e alheio ao natural. Averbe-se que, no entanto, o conceito de natureza vago, como bem registrado por Michel Prieur ao afirmar que:8 Sil est un concept vague cest bien celui de nature.(Se existe um conceito vago, bem aquele de natureza).A palavra natureza originada do latim Natura, de nato, nascido. Os seus principais significados so: (a) conjunto de, todos os seres que formam o universo; e (b) essncia e condio prpria de um ser. Whitehead, em conhecida obra dedicada o estudo da natureza,9 afirma que a natureza aquilo que observamos pela percepo obtida atravs dos sentidos. Nessa percepo sensvel estamos cnscios de que algo que no pensamento e que contido em si mesmo com relao ao pensamento. Essa propriedade de ser autocontido em si mesmo em relao ao pensamento est na base da cincia natural. Significa que a natureza pode ser concebida como um sistema fechado cujas relaes mtuas prescindem da expresso do fato de que se pensa acerca das mesmas. Ao tomarmos conscincia da natureza como realidade que nos extema, damos incio ao mundo da cultura. apenas por intermdio do mundo da cultura que sobrevivemos s dificuldades do mundo exterior, tal a nossa fragilidade perante o mundo natural. bvio que esse mundo no nenhuma exceo s regras biolgicas que regem a vida de todos os demais organismos. No entanto, no mimdo humano encontramos uma caracterstica nova que parece ser a^marca distintiva da* vida huhiana. O crculo funcional do homem no s quantitativamente maior;pas- . sou tambm por uma mudana qualitativa. O homem descobriu, por assim dizer, um novo mtodo para adaptar-se ao ambiente, segundo Cassirer.10No devemos esquecer tambm que Natureza um conceito poltico que tem servido de inspirao para filsofos e reformadores polticos. O Estado da Natureza um marco terico que tem sustentado diferentes Teorias de Filosofia Poltica e Social. Para Rousseau, o estado de natureza no caracteriza um perodo da histria humana marcado por inconvenincias a serem superadas pela constituio da sociedade civil. Aqueles para os quais o estado de natureza constitua tuna etapa que precisava ser necessariamente ultrapassada para que a humanidade pudesse estabelecer7 Paulo de Bessa Antunes. Dano Ambiental: Uma abordagem conceituai. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2000. Passim.8 Michel Prieur, Droit de LEnvironnement. Paris: Dalloz, 24 ed., 1984, p. 5.'9Alfred North Whitehead, O conceito de Natureza, So Paulo: Martins Fontes, 1994, p. 7.10 Ernst Gassier, Ensaio sobre o Homem Introduo a uma Filosoa da Cultura Humana (traduo de Toms Rosa Bueno). So Paulo: Martins Fontes. 4* tiragem, 1 ed., 2001, p. 47.Direito Ambientalformas de convivncia mais adequadas ao conjunto dos indivduos, como , por exemplo, o caso de Locke e Hobbes, essa passagem implicava perdas em termos da limitao da liberdade e do julgamento e execuo pelos prprios indivduos da lei da natureza. Mas o estabelecimento da sociedade civil atravs de um pacto acordado por toda a comunidade trazia ganho suficiente - em termos de preservao da vida, da liberdade, da propriedade, da igualdade, dos bens e da segurana e do respeito s leis que deveriam submeter igualmente a todos - para ser amplamente adotado. O caminho aberto pela sociedade civil para eles, portanto, o que leva s conquistas mais caras civilizao e a formas mais adequadas de convivncia entre os homens. Para estes pensadores e filsofos polticos, o estado de natureza era um perodo de selvageria fundamentalmente insatisfatrio, onde os aspectos negativos dificultavam demasiadamente - quando no inviabilizavam - a vida em coletividade.11 O Homem sobrevive s intempries e s diferentes condies climticas que lhes so desfavorveis culturalizando a natureza, transformando-a em menos hostil, mediante uma evoluo que o leva s cidades que refletem a expresso mxima da cultura como atividade humana, como observado pelo Estgirta.12 Essas consideraes tomam evidente que a cidade uma realidade natural e que o homem , por natureza, um animal poltico (politikn zon). E aquele que, por natureza e no por mero acidente, no faz parte de uma cidade ou um ser degradado ou um ser superior ao homem; ele como aquele a quem Homero censura por ser sem cl, sem lei e sem lar;13 um tal homem , por natureza, vido de combates, e como uma pea isolada no jogo de damas. evidente, assim, a razo pela qual o homem um animal poltico em grau maior que as abelhas ou todos os outros animais que vivem reunidos. Dizemos, de fato, que a natureza nada faz em vo, e o homem o nico entre todos os animais a possuir o dom da fala. Sem dvida, os sons da voz (phon) exprimem a dor e o prazer e so encontrados nos animais em geral, pois sua natureza lhes permite experimentar esses sentimentos e comunic-los uns aos outros. Mas quanto ao discurso (lgos), ele serve para exprimir o til e o nocivo e, em conseqncia, o justo e o injusto. De fato, essa a caracterstica que distingue o homem de todos os outros animais: s ele sabe discernir o bem e o mal, o justo e o injusto, e os outros sentimentos da mesma ordem; ora, precisamente a posse comum desses sentimentos que engendra a famlia e a cidade. A cidade, portanto, por natureza anterior famlia e a cada homem tomado individualmente, pois o todo necessariamente anterior parte; assim, se o corpo destrudo, no haver mais nem p nem mo, a no ser por simples analogia, como quando se fala de uma mo de pedra, pois uma mo separada do corpo no ser melhor que esta. Todas as coisas se definem sempre pelas suas funes e potencialidades; por conseguinte, quando elas no tm mais suas caractersticas prprias, no se deve dizer mais que se trata das mesmas coisas, mas11 Jos Svio Leopoldi, Rousseau estado de natureza, o bom selvageme as sociedades indgenas, in, http:// publque.rdc.puc rio.br/revistaalceu/media/aiceu_n4_Leopoldi.pdf, capturado aos 22 de junho de 2007.12 http://www.umcamp.br/~jmarqueVcursos/1998-hg-022/politica.doc, capturado aos 19.05.2007.13 Usada, ix, 63.O Direito Ambientalapenas que elas tm o mesmo nome (homnima). evidente, nessas condies, que a cidade existe naturalmente e que anterior aos indivduos, pois cada um destes, isoladamente, no capaz de bastar-se a si mesmo e est [em relao cidade] na mesma situao que uma parte em relao ao todo; o homem que incapaz de viver em comunidade, ou que disso no tem necessidade porque basta-se a si prprio, no faz parte de uma cidade e deve ser, portanto, um bruto ou um deus. Tem sido recorrente na Cincia Poltica o recurso natureza sempre que se busca um modelo alternativo de organizao social. Filsofos como Rousseau, Locke, Hobbes sustentavam a existncia de um estado da natureza como base terica para as crticas sociais que produziam. A natureza como conceito poltico e filosfico encontra as suas origens na Grcia Antiga, pois foi atravs da observao da natureza que os primeiros filsofos buscaram estabelecer leis universais capazes de explicar os diferentes fenmenos fsicos e, sobretudo, a sociedade. Modernamente, o conceito poltico de natureza foi resgatado por Henry David Thoreau, filsofo e humanista norte-americano que pode ser considerado o pai do ecologismo moderno, diante da importante crtica que traou sociedade moderna e o seu apego exagerado acumulao de riquezas sem uma base tica slida, privilegiando o imediato e material em detrimento do mais distante e despretensioso, cuja seguinte passagem bem representativa: e'If a man walk in the woods for love of them half ofeach day, he is in danger ofbeing regarded as a loafer; but if he spends his whole day as a specula- tor, shearing off those woods and making earth bald before her time, he is esteemed an industrous and enterprising citizen. As if a town had no interest in its forests but to cut them down/*4Meio ambiente compreende o humano como parte de um conjunto de relaes econmicas, sociais e polticas que se constroem a partir da apropriao dos bens naturais que, por serem submetidos influncia humana, transformam-se em recursos essenciais para a vida humana em quaisquer de seus aspectos. A construo terica da natureza como recurso o seu reconhecimento como base material da vida em sociedade. Como demonstrado por Thoreau, todo o conflito sobre os bens naturais um conflito sobre o papel que a eles atribumos para a nossa vida. Conflito entre o mero utilitarismo e o desfrute das belezas cnicas que muitas vazes servem como descanso para a alma.Assim, o Direito que se estrutura com vistas a regular as atividades humanas sobre o meio ambiente somente pode ser designado como Direito Ambiental. Nos primrdios do DA como disciplina universitria, outras designaes foram ensaiadas, contudo no lograram se firmar em funo das fragilidades tericas sobre as quais se apoiavam.A Declarao do Rio, que foi proclamada na CNUMAD), Rio 92, embora no tenha utilizado a expresso Direito Ambiental, demonstrou uma preferncia inequ-14 Henry David Thoreau, Life wichout principie, in, http://thoreau.eserver.org/lifel.htmle, capturado aos 15 de agosto de 2007.Direito Ambientalvoca pelo termo ambiental, em relao ecologia ou natureza, por exemplo, como demonstra o Princpio 11 do importante documento,15Nos primrdios de nossa disciplina no Brasil, ela era conhecida como Direito Ecolgico, como consta dos trabalhos de Srgio Ferraz16 e Diogo de Figueiredo Moreira Neto.17 O desenvolvimento dos estudos sobre a disciplina conduziu a maioria dos autores utilizao da expresso Direito Ambiental,18 por ser mais abrangente e mais capaz de assimilar as nuances da matria em questo. A experincia prtica tem demonstrado que muitos e diferentes problemas acabam sendo absorvidos pelo DA, ainda que no se refiram direta e unicamente s questes estritamente ecolgicas. Alis, uma das grandes dificuldades em nossa disciplina , efetivamente, estabe- lecer-lhe limites de abrangncia que evitem os desvios da tentativa de ela se transformar em Pandireito. Sabemos que a proteo jurdica compreendida pela legislao ambiental estende-se a horizontes mais vastos do que a natureza considerada em si prpria. A este respeito, conveniente lembrar a lio de Rodgers:19 Environmental law is not concerned solely with the natural environment - the physical condition of the land, air, water. It embraces also the human environment ~~ the health, social and other man-made conditions affecting a human beings place on earth. A produo nacional, bem representada por Toshio Mukai, assim compreende o DA: O Direito Ambiental (no estgio atual de sua evoluo no Brasil) um conjunto de normas e institutos jurdicos pertencentes a vrios ramos do direito reunidos por sua funo instrumental para a disciplina do comportamento humano em relao ao seu meio ambiente. 20 O Professor Paulo Affonso Leme Machado, nas primeiras edies de seu Direito Ambiental Brasileiro, no chegou a apresentar uma definio de Direito Ambiental, preferindo, em sua obra, fornecer ao leitor uma metodologia para que este compreenda o contedo e o significado do Direito Ambiental. Para o consagrado autor, o Direito Ambiental um direito de proteo natureza e vida, dotado de instrumentos peculiares que se projetam em diversas reas do Direito, sobretudo no Direito Administrativo. Posteriormente, o consagrado mestre evoluiu em sua concepo e nos fornece a seguinte definio: "O Direito Ambiental um Direito sistematizador, que faz a articulao da legislao, da doutrina e da jurisprudncia concernentes aos elementos que integram o meio ambiente. Procura evitar o isolamento dos temas ambientais e sua abordagem antagnica. No se trata mais de construir um Direito das guas, um Direito da atmosfera, um Direito do solo, um Direito florestal, um Direito da fauna ou um Direito da biodiversidade. O Direito Ambiental no ignora o que cada matria tem de especfico, mas busca interHgar estes15Principio 11 - "Os Estados devem adotar uma legislao ambiental eficaz ...16Direito Ecolgico, perspectivas e sugestes, Porto Alegre: Revista da Consultoria-Geral do Estado, vol. 2, no 4, 1972, pp. 43-52.17Introduo ao Direito Ecolgico e ao Direito Urbanstico, Rio de Janeiro: Forense, 1977, p. 23.18O Dicionrio Aurlio Eletrnico d a seguinte definio para o termo ambiental: Verbete: ambiental Adj. 2 g. 1. Relativo a, ou prprio de ambiente; ambiente.19Willian H. Rodgers Jr. - Environmental Law, St. Paul: West, 1977, p. 1.20Toshio Mukai, ob. cit., p. 10.O Direito Ambiental |temas com a argamassa da identidade de instrumentos jurdicos de preveno e de reparao, de informao, de monitoramento e de participao. '21Entendo que o Direito Ambiental pode ser definido como um direito que tem por finalidade regular a apropriao econmica dos bens ambientais, de forma que ela se faa levando em considerao a sustentabilidade dos recursos, o desenvolvimento econmico e social, assegurando aos interessados a participao nas diretrizes a serem adotadas, bem como padres adequados de sade e renda. Ele se desdobra em trs vertentes fundamentais, que so constitudas pelo: (i) direito ao meio ambiente, (ii) direito sobre o meio ambiente e (iu) direito do meio ambiente. Tais vertentes existem, na medida em que o direito ao meio ambiente um direito humano fundamental que cumpre a funo de integrar os direitos saudvel qualidade de vida, ao desenvolvimento econmico e proteo dos recursos naturais. Mais do que um ramo autnomo do Direito, o DA uma concepo de aplicao da ordem jurdica que penetra, transversalmente, em todos os ramos do Direito. O DA tem uma dimenso humana, uma dimenso ecolgica e uma dimenso econmica que devem ser compreendidas harmonicamente. Evidentemente que, a cada nova interveno humana sobre o ambiente, o apHcador do DA deve ter a capacidade de captar os diferentes pontos de tenso entre as trs dimenses e verificar, no caso concretos qual delas a que se destaca e que est mais precisada de tutela em um dado momento.A doutrina nacional se divide em duas correntes bsicas: (i) uma que privilegia o chamado ambientalismo social ou socioambientalismo22 e (ii) outra mais voltada para o preservacionismo. A doutrina socioambiental pode ser assim resumida: O socioambientalismo passou a representar uma alternativa ao conservadorismo/pre- servacionista ou movimento ambientalista tradicional, mais distante dos movimentos sociais e das lutas polticas por justia social e ctico quanto possibilidade de envolvimento das populaes tradicionais na conservao da biodiversidade. Para uma parte do movimento ambientalista tradicionai/preservaciohista, as populaes tradicionais - e os pobres de uma maneira geral - so uma ameaa conservao ambiental, e as unidades de conservao devem ser protegidas permanentemente dessa ameaa. O movimento ambientalista tradicional tende a se inspirar e a seguir os modelos de preservao ambiental importados de pases do primeiro mundo, onde as populaes urbanas procuram, especialmente em parques, desenvolver atividades de recreao em contato com a natureza, mantendo intactas s reas protegidas. Longe das presses sociais tpicas de pases em desenvolvimento, com populaes pobres e excludas, o modelo preservacionista tradicional funciona bem nos pases desenvolvidos, do norte, mas no se sustenta politicamente aquif23 A vertente pre-21 Paulo Afonso Leme Machado, Direito Ambiental Brasileiro, So Paulo: Malheiros. 13* edio. 2005, pp. 148-9.22 Juliana Santilli, Socioambientalismo e novos direitos - proteo jurdica da diversidade biolgica e cultural. So Paulo: Editora Petrpolis, 2005.23 Juliana Santilli, Socioambientalismo e novos direitosproteo jurdica da diversidde biolgica e cultural. So Paulo: Editora Petrpoiis, 2005, pp. 40-1.Direito Ambientalservacionista se encontra reunida em tomo do grupo Planeta Verde e encontra forte base de sustentao no Ministrio Pblico.Certamente, no se pode pensar o Direito Ambiental de forma rgida e dogmtica, pois isto uma contradio em seus prprios termos. da prpria natureza do Direito Ambiental que ele seja examinado de forma flexvel e malevel. A relevncia do chamado socioambientalismo e a sua compreenso jurdica que, efetivamente, ele busca localizar o Ser Humano no centro do Direito Ambiental, o que, em minha opinio, corresponde ao comando de nosso legislador constitucional ao definir o princpio da dignidade da pessoa humana como um dos princpios basilares de nosso ordenamento jurdico. Equivoca-se o socioambientalismo ao pretender que, necessariamente, as populaes tradicionais protejam o meio ambiente, pois a prtica tem demonstrado que populaes tradicionais tambm podem ser promotoras de degradao ambiental quando as presses econmicas se tomam irresistveis.2.1.A vertente econmica do Direito AmbientalEconomia e ecologia tm muita coisa em comum, pois tm origem na palavra oikos, casa. No entanto, tal relao bvia no tem tido aceitao entre as partes envolvidas, existindo sempre a irreal dicotomia entre desenvolvimento e meio ambiente. Fato que as relaes entre economia e ecologia tm sido muito tensas e, especialmente no Direito Ambiental, elas no tm tido a ateno que merecem. No particular, relevante a seguinte observao de Christopher D. Stone:24 Indeed, it is a shame that economic analysis is so commonly disparaged by environmentalists, who have somehow gotten the idea that economic thinking and environmental thinking are inherentely opposed. A doutrina relevante de Direito Ambiental no Brasil ainda voltou a sua ateno para a vertente econmica do Direito Ambiental, fazendo com que muita incompreenso reine em to importante rea. Mais uma vez no posso deixar de recorrer constatao de Stone no sentido de que: Here, the point is simply this. The mutual distrust between economists and environmentahsts is unfortunate.,25 A ideia que me dirige nesta seo a de demonstrar cabalmente que o Direito Ambiental no pode, sequer, ser imaginado sem uma considerao profunda de seus aspectos econmicos, pois dentre os seus fins ltimos se encontra a regulao da apropriao econmica dos bens naturais.A Constituio de 1934 introduziu em nosso meio jurdico os primeiros mecanismos constitucionais de atuao positiva do Estado na ordem econmica. 1934 marca o incio do modelo de interveno econmica e do federalismo cooperativo que passa a dotar a Unio de novos poderes para, mediante a execuo de programas especficos, alavancar a atividade econmica. A Constituio de 1934 foi concebida24 Christopher D. Stone. The Gnat is Older than Man - Global Environment and Human Agenda. Princeton: Princeton University Press. 1995, p. 150.25 Christopher D. Stone. The Gnat is Older than Man - Global Environment and Human Agenda. Princeton: Princeton University Press. 1995, p. 151.O Direito Ambiental |sobre o conceito de interveno econmica. Foi naquela Carta que teve incio o nosso Direito Econmico, que est contido no direito pblico* a sua caracterstica mais marcante: a interdisciplinaridade.26 O Direito Econmico um polo, ao redor do qual circulam o Direito Tributrio, o Direito Administrativo, o Direito Financeiro, o Direito Ambiental e inmeros outros.Direito Econmico o direito considerado em suas conseqncias econmicas27 que para Savatier tem por finalidade dirigir a vida econmica e em especial a produo e a circulao das riquezas.28 Para o Direito Econmico, o relevante a eficcia, isto , a capacidade de produzir alteraes na ordem econmica como consequncia das medidas implementadas. Ele , assim como o Direito Ambiental, um direito de organizao que no se submete apenas s foras do mercado, muito embora no possa desconsider-las.O Direito Econmico est intimamente ligado interveno do estado sobre a ordem econmica que em seus aspectos ambientais se faz mediante a utilizao de mecanismos jurdicos prprios e que pertencem ao campo do Direito Ambiental. O Direito Ambiental como parte do Direito Econmico vai alm do mero poder de polcia, haja vista que orienta as foras produtivas em uma determinada direo, no caso concreto, a utilizao racional dos recursos ambientais. A interveno econmica se diferencia do poder de polcia, na medida em que este ltimo se limita proibio de atividades, condutas ou comportamentos de particulares.A interveno econmica, segando Eros Roberto Grau,29 possui trs modalidades principais:a) participao, absoro;b) direo;c) induo.A participao e a absoro indicam que o Estado ou est atuando como agente econmico atravs de suas entidades criadas especificamente para tal fim, ou est atuando mediante a atividade de empresas que, por um motivo ou por outro, foram incorporadas ao patrimnio pblico. Direo o processo pelo qual o Estado dirige um determinado empreendimento econmico, assumindo as responsabilidades essenciais do mesmo. Induo um mecanismo pelo qual o Estado cria incentivos ou punies para a adoo de determinados comportamentos econmicos ou cria condies favorveis para que se desenvolvam empreendimentos privados em determi-26Tal caracterstica informa todos os novos ramos do Direito.27Jacquemin e Scbrams, apiid Lufe Cabral Moncada. Direito Econmico,Coimbra: CoimbraEditora,2 ed.,1988, p. 12.28Jacquemin e Schrams, apud Lus Cabral Moncada. Ob. cit., p. 8.29A ordem econmica na Constituio de 1988 (interpretao e crtica),So Paulo:RT, 21ed 1991,pp. 49e seguintes.| Direito Ambientalnadas regies, ou mesmo que determinadas atividades econmicas possam ser realizadas mediante medidas especiais de poltica econmica.Para o DA, a induo o instrumento mais importante, haja vista que somente atravs dele que se podem tomar medidas com vistas a impedir que danos ambientais significativos se concretizem, A induo se faz, essencialmente, com a adoo dos chamados mecanismos de incentivo econmico.A proteo do meio ambiente , em nossa Constituio, um dos princpios basilares de nossa Ordem Econmica constitucional, estando prevista no artigo 170, inciso VI. Ao mesmo nvel do princpio da proteo ao meio ambiente, a Constituio reconhece outros princpios, tais como (i) soberania nacional; (ii) propriedade privada, (iii) funo social da propriedade, (iv) livre-concorrncia, (v) defesa do consumidor, (vi) reduo das desigualdades regionais e sociais, (vii) busca do pleno emprego e (viii) tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constitudas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administrao no Pas.A incluso do respeito ao meio ambiente como um dos princpios da atividade econmica e financeira medida de enorme importncia, pois ao nvel mais elevado de nosso ordenamento jurdico est assentado que a licitude constitucional de qualquer atividade fundada na livre iniciativa est, necessariamente, vinculada observncia do respeito ao meio ambiente ou, em outras palavras, observncia das normas de proteo ambiental vigentes. Relevante anotar que as dificuldades ocasionadas por uma legislao ambiental extremamente fragmentria, com competncias legais e administrativas mal definidas, fizeram com que o Poder Constituinte derivado determinasse um princpio que se expressa em tratamento diferenciado (rec- tius: diferente) em funo do impacto ambiental produzido pela atividade. O Constituinte, no particular, reconheceu uma grave extemalidade negativa da norma constitucional, que a proliferao de um conjunto de normas que, antes de proteger o meio ambiente, dificultam a pequena atividade econmica com onerosidade excessiva e, muitas vezes, desproporcional. Tal princpio, contudo, no tem sido observado, visto que os rgos ambientais tratam igualmente as empresas, independentemente do padro de tecnologia que adotem com vistas reduo dos impactos. O artigo 174 e seu 3 referem-se diretamente ao meio ambiente quando tratam da organizao de cooperativas de garimpeiros, que devero levar em conta a proteo ao meio ambiente. Tambm no artigo 176 podem ser contempladas normas de natureza ambiental. Os captulos da poltica urbana (arts. 182/183) e da poltica agrcola e fundiria (arts. 184/191) guardam enorme proximidade com a matria ambiental, sendo certo que a prpria funo social da propriedade ficou submetida necessidade de preservao ambiental, havendo quem fale em uma funo socioambiental da propriedade.O desenvolvimento brasileiro, como regra, sempre se fez com pouco respeito ao ambiente, pois calcado na explorao intensiva de produtos primrios com vistas ao mercado externo, sem qualquer preocupao mais profunda quanto sua conservao. A partir da dcada de 80 do sculo XX, sobretudo aps a edio da Lei da Poltica Nacional do Meio Ambiente, comeou a se formar uma nova maneira de pensar as relaes entre a atividade econmica e o meio ambiente. Isto se d, principalmente, com a introduo do conceito de sustentabilidade e a constatao de que recursosO Direito Ambientalnaturais no so infinitos. Esta mudana de concepo, contudo, no linear e, sem dvida, podemos encontrar diversas contradies e dificuldades na implementao de polticas industriais que levem em conta o fator ambiental e que, mais do que isso, estejam preocupadas em assegurar a sustentabilidade da utilizao de recursos ambientais.A concepo do desenvolvimento sustentado tem em vista a tentativa de: conciliar a conservao dos recursos ambientais e o desenvolvimento econmico. A Lei n2 6.938, de 31 de agosto de 1981, que "dispe sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, seus fins, mecanismos de formulao e aplicao, e d outras providncias, foi a primeira norma legal construda sobre a base da proteo ambiental como elemento essencial para o desempenho da atividade econmica, e mais: compreende a prpria proteo ao meio ambiente como atividade de natureza econmica, como deixa ver o seu artigo 2S: A Poltica Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservao, melhoria e recuperao da qualidade ambiental propcia vida, visando assegurar, no Pas, condies de desenvolvimento socioeconmico, aos interesses da segurana nacional e proteo da dignidade da vida humana.O Direito Econmico essencialmente instrumento de interveno na ordem econmica. O Direito Ambiental um de seus principais instrumentos. Como Direito Econmico, o DA dotado de instrumentos especficos que no se confundem com os demais postos. Estes instrumentos esto previstos tanto na CF quanto na legislao ordinria, merecendo destaque aqueles que esto previstos na Lei n2 6.938/81, como instrumentos da poltica nacional do meio ambiente. Entre os diversos instrumentos, aqueles que merecem mais ateno so, por exemplo, os seguintes:(i)a Avaliao Ambiental Estratgica e (ii) o Zoneamento Econmico Ecolgico, cujas finalidades, em linhas gerais, esto relacionadas com a realizao de diagnsticos antecipados das consequncias ambientais decorrentes da possvel implantao de atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente em determinados meios fsicos.O estabelecimento de preos pela utilizao dos recursos ambientais e a criao de incentivos para a utilizao menos intensiva de recursos ambientais tambm so instrumentos importantes de interveno econmica, pois condicionam a ao do agente econmico em busca de uma atividade menos agressiva em relao ao ambiente na qual ele est inserido.2.2.A vertente humana do Direito AmbientalO contedo econmico do DA j foi exaustivamente demonstrado. Nesta etapa, cumpre demonstrar o seu contedo humanstico. O primeiro ponto que chama a ateno o feto de que a sua construo prtica demonstra que ele, em grande medida, originado de movimentos reivindicatrios e de protestos contra ms condies de vida, poluio, falta de saneamento e tantas outras. No contexto brasileiro que de certa forma reproduz o internacional, h um amlgama que funde aes polticas com medidas judiciais e legislativas, criando uma base bastante rica e frtil para a produo de regras ambientais.Direito AmbientalEm inmeras ocasies, os Tribunais tm sido provocados a dar seu veredito sobre situaes que, do ponto de vista das aes judiciais, so lesivas ao meio ambiente.30 certo, ademais, que muitas vezes os litgios judiciais so a nica forma de impedir medidas ilegais at mesmo do Poder Pblico, como muito bem observado por Farber e Findley: Apart rom the political process, the only check on agency acdon is foimd in the courts. 31Atualmente, vivemos uma era dos direitos32 com recursos escassos, na qual as diferentes parcelas da populao postulam direitos de forma cada vez maior e que resultam em normas cada vez mais atributivas de garantias processuais e direitos substantivos, ainda que muitas vezes os oramentos pblicos previstos para a concretizao das novas realidades normativas nem sempre sejam capazes de tom-las efetivas.O caput do artigo 225 da CF define o direito ao meio ambiente equilibrado como um direito de todos, logo, subjetivamente exigvel por toda e qualquer pessoa. No particular, averbe-se que h forte tendncia terica de incluir os animais irracionais como sujeitos,33 de direito e, portanto, devendo ser compreendidos no conceito de todos formulado pela Constituio.Os direitos humanos vm se ampliando, a cada dia que passa. Este feto uma resposta que a sociedade vem dando ao fenmeno da massificao social e s dificuldades crescentes para que todos possam vivenciar uma sadia qualidade de vida, ainda que a violao dos direitos humanos seja mais evidente que o seu respeito. O fato que, se h violao, porque existe uma norma a ser violada ou respeitada. Esta realidade desempenha um papel fundamental na conscientizao de todos aqueles que, subjetivamente, consideram que os seus direitos fundamentais foram violados. Hoje j se fala em uma nova gerao de direitos humanos, direitos estes que no se limitam queles fruveis individualmente ou por grupos determinados, como foi o caso dos direitos individuais e dos direitos sociais.Norberto Bobbio, ao se referir ao problema dos direitos humanos de terceira gerao, disse que: O mais importante deles o reivindicado pelos movimentos ecolgicos: o direito de viver num ambiente no poludo. imperioso perceber que, mesmo com forte contedo econmico, no se pode entender claramente o DA como um tipo de relao jurdica que privilegie a atividade produtiva em detrimento dos valores propriamente humanos. A conservao e sustentabilidade dos recursos ambientais (recursos econmicos) um instrumento para garantir um bom padro de qualidade de vida para os indivduos. O fator eco30 O stio Internet do Conselho da Justia Federal, visitado aos 21 de agosto de 2007, registrou para a expresso meio ambiente 2.879 entradas, nmero muito expressivo, http://www.jf.gov.br/juris/?31Roger Findley, e Daniel Farber. Environmental law, St. Paul: West publishing, 1988, p. 2.32Norberto Bobbio, A era dos direitos, Rio de Janeiro: Campus, 1992.33Para uma ampla discusso sobre o tema do Direito dos Animais, ver: Peter Singer, Libertao Animal (traduo de Marly Winckler). Porto Alegre/SoPaulo: Lugano Editora. Edio revista. 2004. passim. Contra: Richard A. Posner, Animal Rights: Legal, Philosophical, and Pragmatic Perspectives, in, Cass R. Suns te in and Martha C. Nussbaum (edited by), Animal Rights Current Debates and new Directions, New York: Oxford University Press, 2004, pp. 51-77.O Direito Ambientainmico deve ser compreendido como desenvolvimento, evoluo, melhora contnua e no como simples crescimento ou acmulo. O desenvolvimento se distingue do crescimento na medida em que pressupe uma harmonia entre os diferentes elementos constitutivos.No regime constitucional brasileiro, o artigo 225 da CF impe a concluso de que o direito ao ambiente prstino um dos direitos humanos fundamentais. , o meio ambiente, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, portanto, res comune omnium,34 interesse comum, tutelvel judicialmente por meio de ao popular, como se pode ver do artigo 5S da Lei Fundamental em seu inciso LXXIII: Qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, fcando o autor, salvo comprovada m-f, isento das custas judiciais e do nus da sucumbncia. Uma consequncia lgica da identificao do direito ao ambiente como um direito humano fundamental, conjugada com o princpio constitucional da dignidade da pessoa humana, que no centro de gravitao do DA se encontra o Ser Humano. Entretanto, a concepo ora esposada encontra acirrada oposio em parte significativa do pensamento contemporneo que tem buscado identificar uma igualdade essencial entre todos os seres viventes. Tais correntes encontram muita repercusso no DA, sobretudo nos pases mais desenvolvidos nos quais problemas bsicos j tenham sido superados. H, inclusive, a construo de um chamado Direito dos Animais,35 merecedor de uma Declarao Universal dos Direitos dos Animais,36 que,34 Coisa comum a todos.35 Http://law.lclark.edu/org/animalaw/36 Prembulo: Considerando que todo o animal possui direitos; Considerando que o desconhecimento e o desprezo desses direitos tm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contia a natureza; Considerando que o reconhecimento pela espcie humana do direito existncia das outras espcies animais