paulo cesar de sa haddad - clinimex.com.br esportiva_1985... · desprovidodequalquerinteresse...

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MUNIDADB

CLAUDIC GIL SOARES DE ARAOJO *

PAULO CESAR DE SA" HADDAD

Voce se aquece antes de iniciar atividade fisica? Esta pergunta

de obvia resposta para atletas, nem sempre tern sentido cor-

respondente para sedentarios, a clientela de base para as ati-

vidades nao-formais. Veja uma pesquisa orientada para o ho-

mem comum.

TABELA 1. Caracterfaicas da amostra ettudada (n = 109}*

SU8GRUPOS

NADADORES

CRIANQAS

SEDENTARIOS

ESPORADICOS

NADADORES

CniANQAS

SEDENTARIAS

esporAdicas

SEXO

M

M

M

M

F

F

F

F

N

20

16

10

11

15

13

11

13

IDADE

0.5

(07-14)

11.5

(06-17)

20,0

(14-24)

15.0

(11-16)

9.0

(06-14)

8.0

(06-14)

. 26.5

(15-35)

22.0

(16-29)

FLEXIBILIDADE

PREAQUECIMENTO

50,0

(38-62)

51,0

(42-59)

48.5

(42-58)

50.0

(42-53)

52.0

(47-63)

48.0

(42-70)

47.0

(39-52)

47,0

(39-56)

FLEXIBILIDADE

POS-AQUECIMENTO

53.0

(39-67)

63.0

(44-60)

52.0

(46-58)

52.0

(50-67)

54.0

(49-63)

50.0

(42-71)

47.0

(43-53)

49.0

(45-58)

* Valores %So medians e (mfnimo a maximo).

TA8ELA 2. DmciicIo CMmiotoo.** dot movMtwtioi do lletrustc

MOVMRMIO

1

II

III

IV

V

VI

VII

VIII

IX

X

0~"tioc'°~>16***

FUkIo dorul do itwnotalo

Fltala pUnUr do tornoicto

Flciio de loWho

Eitcniio do jo«4ho

Fl«ilu do qu«drJ

EaltntJo do quadril

Aduclo do qutdril

Afatfucia do qu«dril

flaRlodotronco

ExlrntJo do trooco

Mo«tm*nta

XI

XII

XIII

XIV

XV

XVI

XVII

XVIII

XIX

XX

Fitsto Ulcra! do irDMo

F1«*iotfo pvnfio

E*l*Atio do punhe

Flcxio do cotovcto

Eauntio do coiovcto

Aducio poitmoi ■ parIn d* tbdwcio 4n 180° no omtvo

Exltntio • Adu<io pmitwtot do ombro IEai«ntiohoMionMl|

Cxlaftiio potttfiof do ofttbro

noijK'o t»ttat do ombro im Abducio a 90° • coio«*(o fi«Iido ■ 90°

Hot*c4o madiJl do ombro *m Abducio ■ 00° • colovHi. (Undo • 90°

Doscri(5o baseada em Kpandji. IA. Fiiiologia Articular — Vol. 1. Manole. Sao Paulo,

4.* edicao. 1980 e em American Academy of Orthopaedic Surgeons. Joint Motion —

mothod of measuring and recording, Churchill Livingstone, Edinburg, 10th reprint,

1980.

INTRODUCAO

A Educa9ao Fisica se constitui em urn

dos ramos do conhecimentohumano,

que mais se desenvolveu e transformou

nos ultimos anos. 0 desenvolvimento

pode ser exprcsso atrav6s do maior

numero de individuos qualificados, em

ni'vel de gradua^So c p6s-graduac.ao, e

pelo maior numero dc individuos

envolvidos na pratica regular de

exerefcios. Ja a transformacao pode ser

sentida em vdrios aspectos, a come9ar

pela substitute dc um perfil de

espectador (participante passivo) para

um perfil dc executante (participante

ativo), em muitos dos integrantes da

nossa sociedade, passando pelo maior

reconhecimento publico dos esportistas

expoentes (fato estc que induziu um

grande aportc de recursos da iniciativa

privada), chegando a uma aceitacao

ampla dos m6ritos da EducagSo Fisica

e da pratica desportiva regular.

Enibora a pesquisa em Educacao Fisica

tenha acompanhado essedesenvolvimento, nota-se uma clarapriorizacao de interesses na area do

desporto de alto ni'vel, em detrimento

da area do desporto de massa ou esportepara todos. Existe, assim, ao nosso ver,

uma grande necessidadc de estudos

cientiTicos, que proporcionem subsi'dios

para ohomern comum que deseja realizar

exercicio fi'sico, de modo informal ou

na"o-formal, basicamente como forma de

lazer e/ou prcvencSo dc doenc.as

degenerativas do sistema cardiovascular,

* Professor Assisfitttc de Pisiologia da

Univcrsidade Federal Fluminense.

End.: Rua Cois Monlciro, 8 - BL. C -

aptV 1703 - CRP:2229O - Rio de Janeiro/

RJ.

12

198S-Nov./Dez.-N9 35

desprovido de qualquer interessecompetitivo.

Nesta abordagem, uma das perguntassem resposta 6 se o aquecimento que

este homem comum faz, antes de iniciarurn exercicio, produz algum efeito sobrea flexibilidade. Antes de abordarmos oproblcma, devemos rever o tdpico deaquecimento e a sua interrelafSo com aflexibilidade.

AQUECIMENTO

O termo aquecimento significa, emrelacio a Educa93o Ffsica, a preparafSoffsica e mental para a realizaca"o de umadetemtinada atividade-alvo, sendo suapratica universalizada em todos os

setorcs da Educafao Fisica, aceito como

urn proccdimento vaiido por atletas,tlcnicos e treinadores (21).

Teoricamente o aquecimento pode serclassificado cm:geral, quando pretendeatuar sobre o organismo de modosistemico, ou espcdflco, quando 6voltado para urn detcrminado gesto

motor ou desporto (21). Outra forma

de classificafffo subdivide o

aquecimento em atwo, quando ele 6

executado pclo pr&prio individuo, e em

passivo, quando ele e rcalizado por meio

de massagem ou banho quente dechuveiro ou de imersao (8).Segundo De Vries (9), o aquecimento,

provavelmente, provoca as seguintes

modificafoes fisioldgicas:(a) maiorvelocidade de contra9ao e de

relaxamento muscular, (b) menor

viscosidade muscular (c) maior libe^So

de O2 por parte da oxi-hemoglobina eda mioglobina, (d) aumento domctabolismo muscular, (e) melhor

recmtamento motor e (f) maior fluxo

sangumeo para os musculos em

atividade.

Embora exista uma grande quantidade

de estudos relativos aos efcitos doaquecimento sobre as respostas do

homem ao exercicio (5,6, 8,12,15),existc pouco provado e muito

por provar.

VSrias duracoes e intensidades de

aquecimento tern sido estudadas ou

preconizadas na literatura. Segundo

Kulund e Tottossy (17), o aquecimentoideal comecaria cerca de 30 a 40

minutos antes do evento, flndando cercade cinco minutos antes do seu infeio.

Lamb (18) mostra uma opinia'o

semelhante, por&n mais flexivel, ao

propor de cinco a 30 minutos dc

aquecimento ativo, que seria separado

em, no maximo, 15 minutos da

atividade-alvo. Ja Astrand e Rodahl (2),

falando a favor do aquecimento,

preconizam apenas cinco minutos para

urn exerci'cio conventional, enquanto

Bar-Or (3) acredita que oito a

12 minutos de aquecimento, incluindoatividades na'o-especificas destinadas aelevar a temperatura corporal,exercicios de alongamento e repeti9<3esde gestos desportivos (quando for 0caso), representariam o aquecimentodtimo.

Carlile (6), em urn estudo de efeito

do banho quente durante oito minutos,no qual ele proprio foi um dos testados,mostrou uma melhora de,

aproximadamente, um por cento no

resultado de diversas provas de nata9§io.Estes dados nSo foram posteriormenteconfirmados por De Vries (8), queverificou uma melhora de 0,44 s no

tempo para nadar 100 jardas (91,4 m),

com um aquecimento ativo dentro da

agua (nadando), enquanto nao

observava qualquer efeito positivo combanhos de imersao, massagem ou

calistenia. Na opinia'o de Qarke (7), a

forma ativa de aquecimento parece

ser superior a forma passiva.

Tendo verificado o efeito doaquecimento sobre as respostas

cardiorrespiratorias ao esfor9o

submaximo e maximo, Busuttil eRuhling (5) somente encontraram

pequenas diferen9as, na freqilenciacardiaca, no 2? minuto de esfor9osubmaximo e no 1? minuto darecupera^ao, sem qualquer diferen9a

concomitante nos ni'veis de consumo

de oxigenio, e terminaram por concluirque 0 exercicio previo moderado na"o

tinha qualquer efeito positivo ounegative Em um estudo mais recente,

Genoveli e Stamford (12) verificaram oefeito de exercicio previo abaixo eacima do limiar anaerobico sobre a

performance, em um teste maximo decaracteristicas anaer6bicas, encontrando

que essa forma de aauecimento, quando

feita acima do limiar anaerobico,

prejudica a performance subscquente,enquanto a realizada em ni'veis baixos,

na"o possui'a qualquer influencia sobre o

testc anaerdbico. Esses dados

contrastam com os de Inbar e Bar-Or

(15), que observaram uma melhora de7%, no teste de Wingate (30 segundos),em crian9as de sete a nove anos, quando

hayia iim aquecimento previo em tapeterolante de 15 minutos a,

aproximadamente,um pulso de 150 bpm.Uma hip&tese interessante foi formuladapor Falls et al. (10), sugerindo que 0

efeito do aquecimento sobre a

performance teria a forma de um U

invertido, ou seja, ni'veis baixos ou altos

de intensidade prejudicariam ou naoteriam qualquer efeito sobre o

desempenho, enquanto ni'veis moderados

dc aquecimento (mais especificamente a

60% da reserva de freqiiencia cardiaca)produziriam efeitos poskivos.

Na realidade, 6 possivel que estascontroversias se devam a diferen9as

metodoldgicas e a dificuldade de definirobjetivamente o que seria o aquecimentoadequado (7). Talvez devamos aceitar

a opinia'o de De Vries (9), que sugere ser

o aquecimento um problema, cuja

S0IU9S0 deve ser individualizada.Uma outra faceta do aquecimento 6 a

premissa do seu efeito profilatico, na

preven(So de lesSes osteomicarticularesdo exerci'cio, especialmente na

musculatura antagonista (22). Emboraexistia uma ni'tida impressSo empi'rica da

veracidade dessa informaca'o (9, 17, 18),nSo nos foi possivel localtzar qualquerexperimento cientiTico comprovandoesta hip6tese. Por outro lado, esta bem

documentado por Barnard et al. (4), queo exerci'cio fisico de grande intensidade

e de curtissima dura9ao, na forma decorrida e sem aquecimento pr6vio,

provocou alterafSes compativeis com

isquemia miocardica em cerca de 2/3dos homens adultos saudaveis testados.Mais interessante, ainda, e o fato de que

apenas dois minutos de aquecimento, na

forma de corrida moderada, antes destetipo de esforfo, eram suficientes para

abolir a resposta anormal.Resumindo, dlrfamos que a pratica deaquecimento parece ser util para 0

praticante de exercicios fisicos, emboraseu efeito final sobre a performancepareca depender de fatores ainda na"o

muito bem definidos, na'o havendo, por

outro lado, nenhuma informa9So quesugira maleffcios importantcs na sua

realizagao. Parece importante, do pontode vista medico, realizar umaquecimento moderado antes de

exercicios de grande intensidade em

individuos adultos.

AQUECIMENTO E FLEXIBILIDADE

V2rios autores recomendam exerciciosde alongamento para a composi9ao doaquecimento (3, 11, 17, 21), em

individuos sadios e, principalmente, noscorredores portadores da sfndrome dofeixe fliotibial, onde esse tipo de

exercicio preliminar 6 obrigatorio (23).

Fox e Mathews (11) chegam aespecificar a nccessidade de mover asgrandes articula9Ses, mantendo asposi95es por 20 a 30 segundos.Estudos de fisiologia articular (16)mostram que a temperatura mfidia da

articula93o sadia 6 de, aproximadamente,

32°C, portanto, abaixo da temperaturacorporal normal.Desse modo, oaumento de fluxo sangumeo, que

provavelmente ocorrc com 0 exercicio,tende a aumentar a temperaturaarticular e, assim, a sua mobilidade, poisa protei'na colageno (importante

integrante do tecido concetivo)modifica sua configura9a~o espacial e

13

1985 - Nov./Dez. - NP 35

possibilita urn maior alongamento com

ocalor. .

Enquanto isso, possui 6bvias

implicacOes para a reabilitacfo de lesOese para o treinamento da flexibilidade em

geral (19, 25), tambem corrobora as

opinides de vinos autores (14,18), quesugerem maior amplitude demovimento com o aquecimento,

confirmando dessa forma as impressGes

deatletase td'cnicos.Apesar dessa cvidente interrelaca'o entre

aquecimento e flexibilidade, somente

conseguimos localizar urn unico estudo

sobre o assunto. Lukes (20), em 1954,

na sua tese de mestrado, estudou o

efeito do aquecimento em vinte

movimentos articulares de 12 escolares

do sexo masculino, verificando maiores

aumentos na extensSo do quadiil e

menores aumentos em extensSfo dotronco e flexSb do joelho e do ombro.

fi evidente, entao, que existe anecessidade de aumentar o

conhecimento sobre a relacao entre

aquecimento e flexibilidade.

OBJETIVOS

Os objetivos desse estudo sao: (a) avaliar

o efeito do aquecimento ativo

(auto-elaborado) sobre a flexibilidade

passiva e (b) verificar o efeito das

variaveis idadc, sexo, nfvel de atividadefi'sica e flexibilidade sobre diferencas

obtidas na flexibilidade com o

aquecimento ativo.

METODOS

Foram avaliados 109 individuos, 57 dosexo masculino e 52 do sexo feminino,propositadamente hterogeneos quanto

ao nivel de atividade fi'sica, englobandocriancas, nadadores infantis em

treinamento, individuos de atividadefi'sica esporadica e sedentarios, com

idade variavel entre seis e 35 anos de

idade.

Para a avaliacao da flexibilidade foi

utilizado o flexiteste proposto por Pavel

e Araujo (24), que permite a

mensuracSo passiva de 20 movimentos

articulares no tornozelo, joelho, quadril,tronco, punho, cotovelo e ombro (vertabela 2). Esse m6todo tern mostradoelevada objetividade em avaliadores

cxperientes (r = 0,93) e ate mesmo em

individuos que estavam fazendo sua

primcira tentativa na utilizaca"o do

metodo(r = 0,72) (1).No flexiteste, cada movimento 6realizado pelo avaliador e medido cmuma escala de 0 a 4 (correspondendo,

respectivamente, a pouca e muitaamplitude de movimento), a partir dacomparacSo com um mapa de desenhospadronizados, resultando em uma escala

de 0 a 80 para a flexibilidade global,

isto 6, incluindo os 20 movimentos.Para este estudo, somente se aplicou

o flexiteste no ladp direito, ja que dadosde Haddad et al. (13) mostraram a

ausencia de diferencas significativas nos

domfnios corporais, em individuos

pertencentes a populacSesna"o-espccialistas, em atividades

unilaterais. Todas as medidas foram

realizadas por urn dos autores (PCSH),de modo a reduzir ao minimo o erro

sistematico na coleta de dados.

Considerando os aspectos comentados

na introducao em relacSo aoaquecimento e, em especial, ao seu

carater de individualidade, e o desejodos autores de aplicar os resuitados

desse estudo ao homem comum,

optou-se por deflnir um aquecimento,

em que apenas a duracSo (10 minutos)e a necessidade de mover as articulac5es

eram determinadas. Dessa forma, cadaindivi'duo se aquecia da forma que the

parecia mais correta e adequada, semqualquer outra interferencia por parte

dos investigadores.O protocolo do estudo constava de uma

medida de flexibilidade pelo flexiteste,

seguida de um aquecimento

auto-elaborado de forma ativa e,

finalmente, uma segunda medida de

flexibilidade, no menor interyalo detempo possivel ap6s o aquecimento,

tempo este em geral bem inferior a

cinco minutos.

A analise estati'stica dos resultados foifeita por qui-quadrado, prova deWilcoxon para a comparacSfo deamostras dependentes e por correlaca"o

de postos Spearman-Rank ouprodutomomento dc Pearson,

conforme indicado na situacfo,

aceitandose, como probabilidade

maxima de erro do tipo I, o

nivel e de 5%.

RESULTADOS

A tabela 3 mostra a magnitude das

diferencas no somat6rio de pontos, no

flexiteste (20 movimentos articulares),

para os diversos subgrupos dos dois

sexos. Pode-se obscrvar um valormediano de 2 pontos, na diferenca para

seis dos subgrupos, para cada um dossexos e para a amostra como um todo,

com um valor minimo individual de

-1 e maximo de 11 pontos. Apenas

uma moca sedcnlaria piorou o seu

resultado de flexibilidade com o

aquecimento e 22 apenas mantiveram o

resultado, enquanto 86 (79%)melhoraram a amplitude do movimento

com o aquecimento.

A analise estati'stica desses resultados

pela prova de Wilcoxon confirma um

efeito positivo do aquecimento na

flexibilidade geral em todos os

As figuras 1 e 2 mostram, em ordenadas

cartesianas, os resultados da flexibilidadepre" e p6s-aquecimento nos 57 homens e

52 mocas, respectivamente, de acordocom o sexo, nivel de atividade fi'sica e

idade.

Considerando a semelhanca dos

resultados nos subgrupos, optamos por

agrupar os dados por sexo, dc modo a

estudar a influencia do aquecimento

sobre cada uma das articulates e

movimentos. Na tabela 4 sffo

apresentados numeros de individuos

de cada sexo, que variou a sua

amplitude em cada um dos 20

movimentos. A analise dos resultados

entre os sexos por qui-quadrado

somente mostrou diferencas

significativas na fieqiiencia de

modificacoes da flexibilidade com o

aquecimento, nas comparacdes entre

membro superior, tronco e membro

Tmbda 3. Mounltudo du dlferenfM na fImiWIidada prt • p6«-«quoelmcnto »tfvo In

Vslor da Difncnfa

(pontos na fkwiterto)

-1

0

2

3

4S

6

7

9

10

11

NAT

2g

7*2

1

2

1

-

-

GRUPOS

MASCULINO

CRI

61

4*2

3

1

-

-

SED

31

2*1

2

1

-

ESP

1

4*

1

2

-

1

TOT

11

9

17*5

7

3

1

2

1

1

NAT

4

6*

1*3

1

1

-

FEMININO

CRI SED

1

3 3

2 3

4* 1*1 -

2 2

1

— —

ESP

1

3

4*

1

2

1

1

= 1091

TOT

1

11

13

10*4

6

2

3

1

1

GERAL

01

22

22

29*09

13

OS

04

02

0101

02

• V.torn mediatta; NAT - nsdodorw; CRI - «rions«; SEO - .ednntirtoj; ESJ» - wpoiidieoi:TOT - total par toxo.

14

1985 - Nov./Dez. -NP35

:!::: Figure 1 — Resuhado da floxlbllldade antat a apos o aquadmamto'etho f~" «m litdivfduot do taxo ma*cullno

MASCUUNO (n-67) ;

: NAOAOORAS tn -1BJ1;: !.!jj^LNAOADORES (n -20)::;::.!:: ::::lr::

60_t:B0JI.:40.j/

!:i:l:M^ESPORAOICAS tn -13)iiyLlii sedentArios <n - i:!!SEDENTARIAS(n-11)i.-;i: ESPORAOICOS (n

TABELA 4. ModiflcaeSai na flaiiUlilada <m ftincfa da aquacimatita aths poc mwrlnxnto • poi attinlacto (n » 1091

■Figure 2 — RetuTtados da flexlbilidade antes a apos o aqueclmsnto'~jf.ativo em Indhrfduos do saxo femlnlno .

'"IftH^" t-.-h-'rlr-r-'.-: >■:- —h—l---i'-—IT ,—. l-r-'l—•■—! M—I...-•(•■ iii: i

inferior e entre mcmbro superior emembro inferior (p < 0,05). Todavia,a analise da distribui$ao global (sete

articulates) resultou como similar

(p>0,05).

O estudo por moviinento e por

articulafa"o mostrou que os movimcntos

de extensao do joelho (III) e do

cotovelo (XV) eram extrcmamenteinsensiveis ao efeito do aquecimento

(urn e zero casos de modificaca'o,rcspcctivamcnte), e que as arliculacSes

dc punho (7,8%), joelho (5,1%) c

cotovelo (1,4%) tinham muito menos

modificacQes do que as demais,

especialmentc o tronco, que foi a

articulac.ao que mostrou maior

percentual de variagao com o

aquecimento, 18,0%.

Na tabela 5, sao aprescntados os

cocflcientes de correlacao por subgrupos

c por sexos para as relacdes entre as

divcrsas variaveis estudadas ncste

trabalho.Verifica-se uma csperada e elevada

correla9ao entre a flexibilidade prd e

p6s-aquecimento em, praticamente,

todos os subgrupos e, especialmente,

para os dois sexos, 0,91 e 0,93 para

masculino e feminino, respectivamente.

TORNOZELO JOELHO OUAORIL TRONCO PUNHO COTOVfLO OMBRO

I II III IV V VI Vtl VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX

MASCULINO S 11

FEMININO 6 12

TOTAL 10 23

7 0 10 » 7 IB 14 13 11 4 2 10 8 S 3 87

It 8J7 1I10SS74J0-10 t 2 8 10

10 1 18 12 14 27 24 IS 16 11 8 3 0 IS 1] $ IS 17

TABELA 5. Cooflcientot da correJafao entre at variaveis analisadas no estudo

SUBGRUPOS

Masculino

nadadores

crianqas

sedentArios

esporAoicos

TOTAL

Feminino

nadadoras

crianqas

sedentArias

esporAdicas

TOTAL

IDADE

X

flex.prC

-0,63*

-0,31

0,45

-0,40

-0,19

-0.37

-0,07

-0,39

-0,19

-0,51 •

IDADE

X

FLEX.PdS

-0.59*

-0.25

-0,05

-0.24

-0,18

-0,45

-0,20

-0,15

-0,26

-0,48 ♦

IDADE

X

DIFERENQA

0,10

0,22

-0.77

0.16

0,03

-0,07

-0.75*

0,50

-0,05

0,13

FLEX.PRE

X

FLEX.P6S

0,97*

0.96*

0.77 •

0,27*

0.91*

0.94*

0,98 •

0.85 •

0,74 •

0,93*

FLEX.PRE

X

DIFERENCA

0,05

-0.27

-0,55

-0,66 •

-0,24

-0,53 •

0,15

-0,57

-0,51

-0.30

* significativo a 0,05 de probabilidada; DIFERENCA significa a diferenca antro o resurtado

do flexitede nos duas medidas da flaxibilidade, antes a apos o aquecimonto.

15

1985-Nov./Dez.-NP35

Uma correlacSo negativa e umatendencia para tal foi verificada entre

a flexibilidade pre" e pos-aquccimento,

e a idade, respectivamente, para mocas e

rapazcs. O mesmo se pode verificar para

a relacSo entre flexibilidade (valor pre)

e a diferenca resultante do aquecimento.

fi de interesse observar que a idade na"ose correlaciona de modo apreciavel com

a diferenca na flexibilidade pre ep6s-aquecimento (p > 0,05).

DISCUSSAO

E" de grande interesse pratico averificacao de que um aquecimento

auto-claborado ("self-designed")

proporciona ganhos em flexibilidaderelativamente homogeneos (dois pontos

em mediana na escala de 0 a 80

flexitestes), apesar da grande

hctcrogeneidade dos elementos*

estudados.

Esta informacao vem ao encontro da

observacSo empfrica de tecnicos,

atletas e praticantes de atividade fi'sica,

em geral, de que certas amplitudes de

movimento somente podem ser

alcan(adas apos algum aquecimento

(ex. "spagat").Vale mencionar, por outro lado, que das

263 modificacdes da flexibilidade com

o aquecimento, apenas quatro foram no

sentido dc perda e 259 no sentido de

aumento, sendo que dessas ultimas, em

apenas um caso, a mudanca foi dc 2

categorias (i. e. de 2 para 4 no

movimento VIII). Dessa observa$ao

podc-sc obter pelo menos duas

conclusfics: a primeira, de que o erro

randdmico do avaliador e provavelmente

pequeno e a segunda, de que o aumento

da amplitude de movimento com oaquecimento e limitado, sendo, por

excmplo, incapaz de transformar uma

flexibilidade fraca (grau 1) em boa (grau

3).

0 aumento da amplitude de movimento

nos nossos dados e, provavelmente,

devido a um aumento do fluxo

sangufneo com o aquecimento (9) (10),

que e scguido por um aumento da

lemperatura articular (16) c, por

conseguinte, da mobilidadc articular, em

funcao do cfeito do calor sobrc o

colageno(19).Lukes (20) encontrou diferentes efeitosdo aquecimento sobre os diversos

movimentos articulares. Tal fatotambcm foi encontrado no prcscnte

estudo. Os movimentos mais vulneraveis

ao aquecimento sao os de abdu^ao do

quadril (25%) e de flexao do tronco

(22%), enquanto as extensSes dc joelho

e do cotovclo (menos de um por cento)sa~o, praticamente, invariaveis com o tipo

de aquecimento rcalizado.

Vale destacar o fato de que os principals

movimentos favorecidos pelo

aquecimento sa"o aqueles onde existe

maior massa de tecido muscular

atuante, enquanto nos menos

favorecidos, o principal fatorrestringente parece ser o osso ou ossos.

Isto esta de acordo com o efeito

primario do aquecimento sobre o tecido

muscular.

N3o esta claro para os autores as razSes

pclas quais rapazes e mocas diferem em

relacSo as variacoes de flexibilidade

p6s-aquecimento nos diversos segmentos

corporais. £ provavel que diferencasmorfoI6gicas felacionadas a

somatotipologia, composigao corporal e

proporcionalidade devam estar

envolvidas na etiologia dessas diferencas.

Nao obstante a alta correlacao existente

entre as medidas de flexibilidade antes e

ap6s o aquecimento ativo, a

variabilidade desta ultima, que &

explicada pela primeira, e dc apenas

cerca de 85% (coeficiente de

determinacao - r2), o que resulta em15% devido a outros fatorcs, muito

provavelmente, diferencas individuals

na resposta e/ou no modo de rcalizar o

aquecimento.

Uma conclusao importante que se podecxtrair desse ponto € a de que devam

ser padronizadas as condicdes dc

aplicacao do flcxitestc, ja" que o

aquecimento tende a provocar

modificacoes no sentido de aumento,

porcm de magnitude variavcl e

imprcvisi'vel para um dado individuo.

Considcrando a dificuldade de

padronizacSo do aquecimento e sua

acao sobre a flexibilidade, parece

acertada a metodologia proposta por

Pavel e Araujo (24) dc rcalizar o

flexitestc sem qualquer aquecimento,

desde que se reconheca o resultado a ser

obtido como passi'vel de eventual

mclhora pelo efeito do aquecimento.

A discreta corrclacao inversa entre a

flcxibilidadc e a idade ja e do dominio

publico, dispensando maiores

comentarios, sendo a magnitude

diretamente proporcional a variabilidade

da idade, na amostra estudada, tal como

foi o caso no nosso trabalho, onde as

mulheres tinham uma maior amplitude

estati'stica na idade (6 a 35 anos x 7 a

23 anos nos homens). Valores muito

semelhantes foram encontrados para oscocflcientes de correlacao, usando

flexibilidade pre ou pos-aquccimento,

como a variiive] em relagao a idade, o

que apenas confirma a grande associacao

entre as duas medidas de flexibilidade.

E interessante observar que existe uma

tendencia inversa entre flexibilidade e a

magnitude da diferenca com o

aquecimento, nos indivi'duos dos dois

sexos. Essa tendencia provavelmente

rcflete a observaca~o empi'rica de que c

mais facil melhorar um resultado fraco

do que um outro bom. Pode-seacrescentar a esse fato, a limitacSo

metodol6gica do flexiteste, em

identiflcar aumentos de amplitude de

movimento, quando o individuo ja

possui grau 4 no referido movimento

articular.

O efeito da idade sobrc a magnitude da

diferenca mostrou-se em geral

irrelevante, assim como os diferentes

m'veis de atividade fi'sica. Essa

observagao (vide tabela 3) & de interesse

pratico, pois ela significa, em outras

palavras, que tanto crian^as muito

jovens (ex: 6 ou 7 anos) como adultos,

sejam acostumados ou nao a pratica

desportiva, obtem resiillados

semelhantes, no efeito do aquecimento

ativo sobre a flexibilidade. Se essa

observacao for veridica, na"o serSb

necessarias instru^Ses e supervisa'o

espccializada para a realiza^So do

aquecimento, de modo a permitir um

efeito deste sobre a amplitude dc

movimento articular. Seria dc aplicacfo

pratica importante para programas de

desporto de massa e de comunidade, se

outros estudos confirmasscm esse

achado, nSo so em relagao a

flexibilidade mas, tanibem, em funcao

de outras variaveis do exerci'cio fisico.

Concluindo a discussa*o da melhora da

flexibilidade com o aquecimento, cabc

comentar a cxistencia de dois fatores

que podcriam tcr influenciado os

resultados, em um sentido "bias", para

um efeito positivo do aquecimento

sobre a flexibilidade. Primciro, c a

informacao de Lukes (20), de que uma

simples cxecuca~o do movimento pode

servir como aquecimento cspcci'fico e,

segundo, e a possibilidade dc que os

indivi'duos estivessem mais relaxados

e menos reccosos de sc machucarem

com a rcalizaca~o dc um retcste,

permitindo, portanto. uma maior

amplitude de movimento. Enquanto

isso seja teoricamente posstvel,

acreditamos ser pouco provavel um

efeito importante, que pudesse justificar

um numcro aprcciavel das modifica96es,

na flexibilidade com o aquecimento,

principalmentc sc lcvarmos em

considera^ao que os tcstados diferiam

muito, tanto cm idade como na

experiencia previa com exerci'cio fi'sico,

e suas medianas de melhoras quase

sempre coincidiam em torno de 2

pontos.

CONCLUSOES

Com base nos dados dessc estudo,

podemos sumarizar as scguintes

conclusOes:

1. Um aquecimento auto-elaborado

com 10 minutos dc duracao provoca

uma pequena melhora na cxprcssao da

16

1985-Nov./Dcz.-NP35

flexibilidade passiva (dois pontos naescala dc 0 a 80 do ficxiteste);

2. Essa mclhora concentra-se,

primeiramentc, nos movimentos em quc

exisle um fator muscular importanle nas

restricoes de mobilidade articular;

3. 0 flexiteste e iitil para demonstrar

esse efeilo. devendo-se, todavia,

padronfzat a sua uiiliza^ao em oiitras

situacocs, conlrolando a variavel

aq\ieciiiK'it!o (prefcrencialmcnte

armIando-a), de modo a eliminar a

resposta individual sobre a avaliacao da

flex ib il idnde;

4. Nuo parece haver diferenca na

resposta da flexibilidade ao

iiqucciin^iito, e::i fllUfSo da idade, sexo

ou expcrii'iicia prSvia cm cxerci'cio

fi'sico, sugeriTtdo que o homem comuin e

capaz de elaborar o seu proprio

aquociineiito c obler melhora na

(lexil'ilidade;

5. SiTo necessities outros estudos para

testar os efeiios desse aumento deflexibilidado com o aquccimento, sojirc

a prevenfflo de lesoes osteomioarliculares

c a pertbnnanecc.

01

Araujo, COS; Perez, AJ; Haddad. l'CS e

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avolladores experientes e inexperimtes.(em prcparacao).

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Os autores agradecem o auxi'lio financeiro do CNPq c da SEED-

MEC para a realizaciio deste trabalho.

DO VOU WARM-UP BEFORE DOING EXERCISE?EFFECTS OF THIS WARM-UP ON FLEXIBILITY

Warm-up Is a current practice in Phys Ud,being recognized as valid for coaches and

athletes. However, (hero h no scientificinformation related lo the effects of u aim-up,

when i( is prescribed and executed by a lay

person, Million! any professional .supervision,llic purposes of I his study are (a) to avalualetlii: effect of vvanM-up on !hc passive

ran^L'-of-mOtion and (h) 10 verify Ihe effeel

of tlic variables age. sc\, physical activity level

and flexibility on tin rangL-of-inoiion changesinduced t>y svarm-up. A total of 107 (57 male

and 52 female) subjects, tanging from 6 lo 35

years of age, had hii (her) flexibility measured

by tlie- tlcxllcsi (20 raevcmenls] before aiiJshortly after a 10-min st'li'-prescrilieJ

\\aim-up. The median flcxibiHl)1 iinprtJVcnR'nl

niili warm-Up v.as two points, ranging from-]to 11, wilhoot relatioBShips with age, iu>. or

physical activily level, dealer changes wcie

ohscrved in muscle mass limited movements.

The opposite Wflfi trtie to hone limited

movements, as in knee and elbow extension.

There was significant correlation between the(wo flexibility measurements and an inverse

liend between flexibility and age. andbetween flexibility and changes induced by

warm-up. It is worthwhile to note that there

is no relationship between changes in

flexibility with warm-up anil age (p> 0.05).We

5UggC£l that "lh0 ciimmom nian1' is able to

prescribe liis (her) own warm-up procedure in

enter to obtain flexibility gains. Notwithstanding, there was a largo variability in themagnitude of Ihis gain, without any clear

relationship with age. se\, physical aclii ity

level and flexibility.

17

1985-Nov./Dcz. - N? 35