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Distrito Federal SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL PROJETO ASSOCIAÇÃO CULTURAL CALIANDRA Patricia Dantas da Silva Brasília-DF 2010

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Distrito Federal

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL

PROJETO ASSOCIAÇÃO CULTURAL CALIANDRA

Patricia Dantas da Silva

Brasília-DF2010

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Distrito Federal

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL

PROJETO ASSOCIAÇÃO CULTURAL CALIANDRA

Patricia Dantas da Silva

Brasília-DF2010

ORIENTADOR: Prof. Márcio Menezes

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do certificado de especialização em Gestão Cultural ao Centro Nacional de Educação a Distância do Senac Nacional

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C279SILVA. Patricia Dantas daProjeto Associação Cultural Caliandra/ Patricia Dantas da Silva. –

Brasília, 2010.

Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Gestão Cultural) - SENAC/DF, 2010.

1. Associação Cultural. 2. Cultura. I. Título.

CDD 370.71

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Distrito Federal

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL

PROJETO ASSOCIAÇÃO CULTURAL CALIANDRA

Patricia Dantas da Silva

Aprovado em __ de junho de 2010

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________Prof. Márcio Menezes

Senac/DF

__________________________________________________Prof. Msc. Renata Silva Almendra

Senac/DF

__________________________________________________Prof. ( )

( )

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do certificado de especialização em Gestão Cultural ao Centro Nacional de Educação a Distância do Senac Nacional

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A minha mãe, que me ensinou a sonhar

E ao meu pai,exemplo de dedicação ao trabalho

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AGRADECIMENTOS

Ao professores do curso, em especial a Renata Almendra pela paciência e compreensão e Márcio Menezes pela motivação e dedicação.

Aos amigos do coletivo Caliandra, companheiros de sonhos, fantasias, realidades, trabalhos, esforço coletivo, conquistas, aprendizados e uma paixão pela arte, o cinema e a transformação, que ilumina nosso caminho.

À amiga e empreendedora, Eliziane Santos pela ajuda para tranformar sonhos distantes em metas atingíveis.

Ao amigo e parceiro criativo, Allex Medrado por ter iniciado comigo esta caminhada.

À amiga Lívia Fernandez, força motriz que nos impulsiona.

À amiga Cida Taboza, por sua paixão pela vida que podemos criar.

Ao amigo Alysson Reis, pelo ideal de comunidade que partilhamos.

A todos os parceiros que acreditam no nosso projeto.

A minha família que sempre me apoia em tudo que ouso sonhar.

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS ............................................................................................................ 7

RESUMO ............................................................................................................................... 11

ABSTRACT ........................................................................................................................... 13

1 Identificação do Proponente ................................................................................................ 15

2 Apresentação ....................................................................................................................... 17

3 Objetivo Geral .................................................................................................................... 19

4 Objetivos Específicos .......................................................................................................... 21

5 Diagnóstico ......................................................................................................................... 23

6 Justificativa do Projeto ........................................................................................................ 27

7 Público ............................................................................................................................... 29

8 Equipe ................................................................................................................................. 31

9 Parceiros .............................................................................................................................. 33

10 Contrapartidas ................................................................................................................... 35

11 Metas e estratégias ............................................................................................................ 37

12 Atividades ........................................................................................................................ 39

13 Plano de Comunicação e Marketing ................................................................................. 41

14 Cronograma físico-financeiro ........................................................................................... 43

15 Orçamento ......................................................................................................................... 45

16 Ações Educativas .............................................................................................................. 47

17 PC, Relatórios e Avaliação ................................................................................................ 49

Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 51

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RESUMO

O cinema independente possui infinitas possibilidades enquanto manifestação artística. Primeiro, por não estar vinculado diretamente a um produtor que obedece às lógicas de mercado e coloca as preocupações financeiras à frente da arte. Segundo, pela própria limitação financeira que obriga os cineastas a desenvolverem soluções criativas para adequarem suas ideias ao seu orçamento. No entanto, é característica também do cinema independente a formação de grupos isolados, que competem entre si tanto pelos recursos financeiros disponibilizados por mecanismos de fomento à cultura, quanto por espaço para exibição. Desta maneira, o cinema comercial continua dominando o cenário enquanto o cinema independente mantém-se discreto, chamando atenção apenas do seleto público de festivais. Com isso, o gosto do grande público continua condicionado ao cinema comercial; a iniciativa privada não se interessa em produzir filmes que não terão apelo popular; e o cinema independente não consegue tornar-se autossustentável. A Associação Caliandra, ao expor a insustentabilidade dos atuais padrões sociais e ao promover a difusão de seus valores como um ajuste de foco na lente dos indivíduos que compõem a sociedade do consumo, alinhará os interesses de cineastas, patrocinadores e sociedade, pois se tornará claro para todos que, em uma sociedade igualitária e justa, o interesse individual e o interesse coletivo é um só. Promovendo a colaboração entre os realizadores, contribuirá para o amadurecimento do cinema independente. Transformando o cinema independente em um grupo forte com condições de produzir filmes de qualidade com carreiras de sucesso nos circuitos alternativos de exibição, contribuirá para aumentar o interesse de patrocinadores. Ampliando as formas de fomento, acrescentará novas possibilidades tanto nas formas de produção, quanto nas formas de distribuição e exibição, e aumentará o acesso ao público. Atingindo o público, contribuirá para despertar seu interesse por um cinema capaz de gerar reflexões existenciais e transformações sociais.

Palavras-chave: Associação cultural; Fomento; Cinema independente; Transformação social.

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ABSTRACT

Independent filmmaking allows infinite possibilities as artistic expression. Fisrt, by not being tied directly to a producer who follows the makert laws and put financial concerns ahead of art. Second, by the financial constraints itself that forces filmmakers to develop creative solutions to suit their ideas to their budget. However, it is also characteristic of independent filmmaking the arise of isolated groups that compete with each other for both financial resources made available through fomentation mechanisms to promote culture, as for a place to display their films. Thus, the commercial cinema continues to dominate the scene while the independent film remains unobtrusive, drawing attention only to the selective public of festivals. Therefore, the taste of the general public remains restricted to commercial cinema, the private sector is not interested in producing movies that have no popular appeal, and the independent film cannot become self-sustaining. The Association Caliandra by exposing the unsustainability of current social patterns and by promotting the spread of its values as a focus adjustment on the lens of the individuals who compose the consuming society, align the interests of filmmakers, sponsors and society, as it will become clear for all that in an egalitarian and just society, the individual interests and collective interests are the same. Fostering collaboration between the filmmakers, it will contribute to the maturation of independent filmmaking. Transforming the independent cinema in a group with a strong position to produce quality films with successful careers in alternative circuits of exhibition, it will increase the interest of sponsors. Expanding the ways of promotion, will add new possibilities both in the forms of production, and in the forms of distribution and exhibition, and increase access to the public. Reaching the public, it will help to awaken their interest in a cinema capable of generating social transformation and existential reflections.

Keywords: cultural association; Development, Independent Film, Social Transformation.

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1 Identificação do Proponente

O projeto de criação e manutenção da Associação Cultural Caliandra é uma iniciativa do Coletivo de Cinema Caliandra Filmes. Nós somos um grupo de cinco pessoas com interesses em comum. Queremos aprender e ensinar, trocar, compartilhar. Fazer juntos o que não teríamos motivação, coragem, tempo, para fazermos separados. E assim, construirmos algo individualmente: adquirir mais conhecimento, mais experiência, mais autoconfiança, mais maturidade. E coletivamente: construirmos uma história, um nome.

Eu, Patricia Dantas, sou cineasta, roteirista e uma das fundadoras do coletivo. Desenvolvi este projeto durante o curso de especialização em Gestão Cultural do SENAC. Sou graduada em Letras pela UnB e Produção Audiovisual pelo UnICESP. Os outros fundadores do coletivo são: Allex Medrado, cineasta, graduado em Produção Audiovisual pelo UnICESP, graduando em Cinema e Mídias Digitais pelo IESB, especialista em Artes Visuais pelo SENAC e mestrando em Cultura Visual pela UFG; Cida Taboza, escritora e teórica de cinema, graduada em Letras e mestre em Teoria Literária pela UnB, integrante da SOCINE – Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, tendo apresentado trabalhos nas edições de 2006, 2007 e 2009; Lívia Fernandez, atriz, preparadora de elenco e roteirista, graduada em Direito e concluindo a graduação em Artes Cênicas pela UnB; Alysson Reis, músico e historiador, graduado em história e mestre em Literatura pela UnB, desenvolve pesquisas e produções na área do cinema e suas múltiplas relações com a história e com a literatura.

Desde a fundação, realizamos a produção dos filmes: Você Não! (11 min., 2009), curta digital selecionado para a Mostra Brasília do 42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; Gota D’água (3min., 2009), curta digital terceiro lugar na categoria Júri Popular do 2º Festival Internacional de Filmes Curtíssimos; Desvairado Cultural (1min., 2009), curta digital premiado no Festival do Minuto; Sandra (9min., 2010), curta digital que integra o longa Nome (80min., 2010), filme composto por curtas de cineastas brasilienses e Quem trabalha muito não tempo de ficar rico (3min., 2010), curta digital premiado no 3º Festival Internacional de Filmes Curtíssimos com o troféu Mostra-te Brasília e R$ 10 mil reais em locação de equipamentos. Paralelamente, participamos do concurso de roteiros Tela Digital com a inscrição de quatro pitchings/roteiros: Porcos, O Vendedor de Canetas, Operação Carroça e Toque Invisível, sendo que o último passou para a segunda fase, ficando entre os dez melhores. Participamos também do concurso de desenvolvimento de roteiros do Minc, em que nosso projeto Nossa Vaga no Mundo foi um dos setenta argumentos selecionados para a segunda fase.

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2 Apresentação

O projeto de criação e manutenção da Associação Cultural Caliandra foi desenvolvido durante o curso de especialização em Gestão Cultural do SENAC e se apresenta aqui na forma de Trabalho de Conclusão de Curso, visando demonstrar minhas competências adquiridas para elaboração e formatação de projetos culturais.

A escolha deste projeto deve-se ao trabalho que está sendo desenvolvido por mim juntamente com os membros do meu coletivo de cinema e nasceu como uma maneira de solucionar muitas das barreiras enfrentadas por cineastas independentes, que acabam se desanimando no meio do caminho e desistindo de suas carreiras no cinema. É difícil produzir filmes sem dinheiro. É difícil encontrar cineastas experientes interessados em compartilhar seus conhecimentos. É difícil encontrar colaboradores interessados em dedicar seu tempo sem receber nenhuma remuneração em troca. É difícil ter onde exibir nossos filmes. É difícil ser compreendido pelo público de cinema comercial. É difícil manter o ânimo para continuarmos a dedicar nosso tempo e esforço a algo que não traz garantias de retorno. É difícil, mas não é impossível. Enquanto existirem cineastas e cinéfilos que querem mudar o mundo, que acreditam que é possível e que se dedicam a isso com paixão, todos os projetos a que se propõe esta associação tornam-se realizáveis.

O principal objetivo da Associação Cultural Caliandra é reconhecer essas pessoas apaixonadas no meio da multidão e apresentá-las umas as outras e ao futuro que elas podem ajudar a construir.

2.1 Descrição

A Associação Cultural Caliandra, com sede em Brasília, é uma entidade voltada para projetos populares com foco em atividades audiovisuais, que busca criar conexões entre público, realizadores e pesquisadores de cinema e audiovisual.

Sua atuação se dará em áreas ligadas a criação, produção, distribuição e análise de produtos audiovisuais, promovendo o intercâmbio cultural entre cineastas, estudiosos e sociedade; e oferecendo a seus associados consultoria, facilidades, descontos e benefícios a serem concedidos a partir de suas parcerias firmadas.

Em São Paulo, funciona a Kinoforum, uma Associação com fins semelhantes ao da Associação Caliandra. Por meio de uma parceria com um coletivo de cinema, são oferecidas oficinas de realização, cujos filmes são postados no site. Das oficinas de crítica saem resenhas de filmes que também são publicadas no site. Anualmente é realizado um festival de cinema e a associação cataloga e mantém uma lista atualizada de milhares de festivais do Brasil e do mundo.

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A Associação Caliandra buscará orientação com a Kinoforum para implantar em Brasília projetos como estes. Mas, diferente de outras iniciativas da área, a Associação Caliandra focará sua atuação na melhoria da relação entre cineastas, patrocinadores e público, promovendo a colaboração entre realizadores e otimizando a distribuição dos recursos financeiros provenientes de entes governamentais e parcerias privadas, o que resultará no amadurecimento do cinema independente e o crescimento do cinema nacional como um todo.

2.2 Missão

Compartilhar os meios e técnicas de produção de cinema e audiovisual tornando-os acessíveis a todos os interessados, a fim de promover o debate e a reflexão social.

2.3 Visão

Expandir a cultura audiovisual como expressão artístico-cultural a pessoas de todas as classes sociais.

2.4 Valores

EducaçãoInclusãoUniãoResponsabilidade ambientalResponsabilidade sociocultural

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3 Objetivo Geral

Possibilitar o intercâmbio de conhecimentos, produtos e serviços entre os diversos colaboradores da área de audiovisual e cinema, contribuindo para o amadurecimento do cinema independente e o crescimento cultural da sociedade.

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4 Objetivos Específicos

a) Desenvolver pesquisa prática e teórica sobre a cultura audiovisual;

b) Prestar apoio às produções audiovisuais independentes;

c) Captar recursos financeiros e contribuições destinados a atividades de interesse da Associação Cultural;

d) Estabelecer e manter intercâmbio com associações e entidades afins, no país e no exterior;

e) Promover e apoiar atividades que visem à divulgação da cultura audiovisual;

f) Mobilizar a comunidade, sobre a importância da prática e do estudo do audiovisual, desenvolvendo oficinas, debates, palestras e outras atividades;

g) Catalogar material impresso e audiovisual para formação de um arquivo a ser disponibilizado a membros da associação, colaboradores e comunidade;

h) Democratizar os meios audiovisuais promovendo o debate e a reflexão social.

i) Realizar anualmente um festival de cinema digital independente.

j) Promover discussões e reflexões por meio de ambiente virtual e congressos.

k) Publicar artigos, resenhas e estudos em revista impressa e virtual.

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5 Diagnóstico

Vivemos em uma sociedade que cada vez mais quer afastar o ser humano do seu caminho natural rumo à descoberta de seu papel no mundo. Se investigarmos os princípios que regem culturas milenares, ciências humanas, religiões, filosofias, a arte, todos parecem querer contribuir de alguma forma para o crescimento do ser humano auxiliando-o em suas questões existenciais mais profundas: “De onde eu vim? Para onde eu vou? Quem sou eu? O que estou fazendo aqui? Onde eu tenho que chegar?” Processo de autoconhecimento necessário para o alcance da verdadeira felicidade. Ou seja, a sensação de se estar doando o melhor de si para seu próprio benefício, benefício daqueles com quem convive e da sociedade como um todo. Todos, exceto aqueles que se “beneficiam” do atual modo organizacional desta sociedade. Uma parcela da população presente nas mais diversas áreas que prefere ignorar a diminuição constante dos recursos naturais usados como matéria prima, a “desumanização” das relações humanas e o consequente aumento de problemas de saúde ligados ao estresse do modelo de vida atual. É a sociedade baseada na “cultura consumista”:

A cultura consumista é o modo peculiar pelo qual os membros de uma sociedade de consumidores pensam em seus comportamentos ou pelo qual se comportam “de forma irrefletida” – ou, em outras palavras, sem pensar no que consideram ser seu objetivo de vida e o que acreditam ser os meios corretos de alcançá-lo, sobre como separam as coisas e os atos relevantes para esse fim das coisas e atos que descartam como irrelevantes, acerca de o que os excita e o que os deixa sem entusiasmo ou indiferentes, o que os atrai e o que os repele, o que os estimula a agir e o que os incita a fugir, o que desejam, o que temem e em que ponto temores e desejos se equilibram mutuamente. (BAUMAN, 2008, p. 70)

Esta sociedade estimula o “comportamento de forma irrefletida”, pois sua economia está baseada em falsas promessas de felicidade instantânea contidas em produtos a serem consumidos e descartados com uma velocidade tal que permita sua constante substituição por uma nova e inexplorada oportunidade de felicidade.

A sociedade de consumo prospera enquanto consegue tornar perpétua a não-satisfação de seus membros (...). O método explícito de atingir tal efeito é depreciar e desvalorizar os produtos de consumo logo depois de terem sido promovidos no universo dos desejos dos consumidores. Mas outra forma de fazer o mesmo, e com maior eficácia (...) é satisfazendo cada necessidade/desejo/vontade de tal maneira que eles só podem dar origem a necessidades/desejos/vontades ainda mais novos. O que começa como um esforço para satisfazer uma necessidade deve se transformar em compulsão ou vício. E assim ocorre, desde que o impulso para buscar solução de problemas e alívio para dores e ansiedades nas lojas, e apenas nelas, continue sendo um aspecto do comportamento não apenas destinado, mas encorajado com avidez, a se condensar num hábito ou estratégia sem alternativa aparente. (Ibid., p.64)

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A sociedade de consumo desenvolveu mecanismos para sua autossustentabilidade baseados na irracionalidade dos consumidores, são estimuladas emoções consumistas e não a razão. Por este motivo, para que continue a prosperar, toda e qualquer discordância que ela mesma inevitavelmente produz é absorvida e reciclada como fonte importante de sua própria reprodução, revigoramento e expansão.

(...) as atitudes e ações que são, em sua origem, transcedentes – que ameaçam explodir ou implodir o sistema – são integradas à ordem existente de maneira que os interesses dominantes continuem sendo atendidos. Dessa forma, elas deixam de ameaçar essa ordem. (...) A principal maneira pela qual esse efeito é atingido repetidas vezes seria inconcebível, não fosse o ambiente líquido-moderno da sociedade e a cultura de consumo. Esse ambiente tem como característica a desregulamentação e desrotinização da conduta humana, já em estágio avançado, diretamente relacionadas ao enfraquecimento e/ou fragmentação dos vínculos humanos – com freqüência referidos como “individualização”. (Ibid., p.66)

Desta forma, valores como educação, inclusão, união, responsabilidade ambiental e responsabilidade sociocultural representam ameaças diretas ao sistema.

(...) em vez de tornar a sociedade um dispositivo destinado a tornar acessível o convívio humano pacífico e amigável a egoístas natos (como sugeriu Hobbes), a “sociedade” pode ser um estratagema para tornar acessível a seres humanos endemicamente morais uma vida autocentrada, auto-referencial e egoísta – embora cortando, neutralizando ou silenciando aquela assustadora “responsabilidade pelo Outro” que nasce cada vez que a face desse Outro aparece; uma responsabilidade de fato inseparável o convívio humano. (Ibid., p.68)

Por este motivo, o espaço destinado a arte nesta sociedade caminha para dois lados. No primeiro é incentivada a “arte independente”, que camuflada com a aparência de arte autônoma com direito ao autogoverno e auto-afirmação, representa, pelo contrário, uma arte que renunciou a ambição de indicar novas trilhas para o mundo. E, desta maneira, não representa ameaça ao sistema. No outro lado está a arte inserida diretamente no sistema, sua importância é medida pela publicidade e notoriedade (quanto maior a platéia, maior a obra de arte):

Não é o poder da imagem ou o poder arrebatador da voz que decide a “grandeza” da criação, mas a eficiência das máquinas reprodutoras e copiadoras – fatores fora do controle dos artistas. (Id., 1997, p. 130).

No cinema, especificamente, esse fenômeno pode ser observado com as duas vertentes existentes. A mais forte delas é tão antiga quanto o próprio cinema. Já nasceu como indústria e desde cedo tratou seus filmes como produtos. Sua intenção não é provocar transformações, causar reflexões, incentivar o crescimento do ser humano. Pelo contrário, ao fornecer ideologias e fantasias prontas, contribui para a manutenção dos padrões de comportamento sociais contribuindo para que as pessoas se sintam confortáveis em suas situações cômodas.

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A outra vertente é o cinema independente. Já estigmatizado como excêntrico, seu espaço no sistema é totalmente calculado. Por serem “independentes” nascem e crescem isolados e sem comunicação uns com os outros, de forma que, por mais que possam chegar a se expressarem artisticamente, raramente atingem mais que uma pequena parcela da população que tem acesso e/ou interesse por este tipo de cinema.

Por mais que o cenário seja desanimador, os alicerces que sustentam esta sociedade do consumo estão construídos sob uma economia do engano. Boa parte da população quer sim continuar sendo enganada por estarem em uma situação cômoda, por terem aderido ao vício do consumo ou por terem desenvolvido um “egoísmo ideal” dentro desta sociedade que lhe permite fechar os olhos para os recursos naturais que se esgotam e a parcela da população que morre de fome todos os dias para que este sistema insano prospere.

Mas, existe uma parte da população simplesmente não conhece outros meios, não consegue parar para refletir, não tem tempo de raciocinar, não consegue imaginar uma vida diferente. Para essa parcela da população, ainda existe esperança na arte pós-moderna. Por mais que esta sociedade tenha reservado um local para a arte isento de significados, é justamente a liberdade no processo de interpretação e crítica que multiplica sua pluralidade de significados.

É isso que transforma a arte pós-moderna numa força subversiva – em sentido oposto às acusações muitas vezes enunciadas (especialmente por Habermas) de conservadorismo. (...) Uma vez que a liberdade toma o lugar da ordem e do consenso como critério da qualidade de vida, a arte pós-moderna de fato ganha muitos pontos. Ela acentua a liberdade por manter a imaginação desperta e, assim, manter as possibilidades vivas e jovens. Também acentua a liberdade ao manter os princípios fluidos, de modo que não se petrificassem na morte e nas certezas encegadoras. (Id., 1997, p. 136)

O cinema independente devolve à tecnologia das imagens em movimento a posição de sétima arte, menosprezada pela indústria do entretenimento com a criação de obras tão descartáveis quanto os fast-food, símbolo da cultura do consumo. Como nenhuma outra arte, o cinema possui um apelo sob as massas que o torna forte ferramenta de transformação social.

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6 Justificativa do Projeto

Este projeto surge como uma tentativa de resgatar o poder do cinema como arte transformadora ao lhe fornecer meios para que prospere independente das leis de mercado. Com a popularização dos meios alternativos de exibição e produção, o cinema e o audiovisual tornaram-se importante instrumento para repercutir as questões existenciais, sociais, ambientais, podendo despertar no jovem a busca esquecida por sua essência que o torna parte de um todo lhe despertando o sentimento de responsabilidade social.

Jean-François Lyotard escreveu que os seres humanos atingem a mais plena e verdadeira humanidade na infância (as crianças vivem em um mundo repleto de possibilidades, ainda não bloqueadas, trivializadas ou desacreditadas, sedutoras graças a seu mistério e aparente infinidade) – , mas os seres humanos tomaram o abandono das características infantis com sinal de amadurecimento e, em consquência, esforçaram-se ao máximo para se livrar de suas essências mais humanas (...) O ser humano de Lyotard não é um agrupamento de naturezas heterogêneas e contraditórias, enfurecidas por sua indesejada proximidade. O oposto está aí em jogo: essa contradição que satura a vida humana provém, inteiramente, da lógica coerente da existência especificamente humana e não necessita de outras explicações. Tanto a liberdade quanto a dependência, tanto a alegria da criação quanto a amargura da submissão, nascem da mesma condição humana, demasiado humana, de autoconstituição, autoconstrução e auto-afirmação, que a noção de cultura tenta de diversos modos captar. (Id., 1997, p. 174).

A escolha de Brasília como sede do projeto embrionário justifica-se por sua atmosfera de cinema que atrai curiosos, aspirantes e profissionais em busca do contato com a sétima arte, seja lotando as salas de cinema, participando de mostras e festivais, participando de oficinas de produção ou análise de filmes, ou realizando suas pequenas produções.

No entanto, falta ainda uma política capaz de unir os interesses de todos os envolvidos nesta área para: tornar a produção audiovisual constante; atrair e manter o interesse do público pela produção independente; indicar os caminhos ao realizador estreante; promover a colaboração entre os participantes trocando conhecimentos, experiências e equipamentos, visando minimizar os custos operacionais e desenvolver projetos bem sucedidos.

O domínio do mercado audiovisual pela indústria norte-americana obriga os realizadores brasileiros a competirem entre si por mecanismos de fomentação e espaço para exibição, em vez de se unirem para expandir esse espaço e tornar a produção constante e autossustentável. A ambição da Associação Caliandra é transformar este cenário.

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7 Público

a) realizadores de produtos audiovisuais (incluindo toda a classe de técnicos da área – diretores, roteiristas, fotógrafos, microfonistas, cenógrafos, continuístas, etc.).

b) pesquisadores de cinema e audiovisual.

c) estudantes de cinema e audiovisual.

d) interessados em cinema e audiovisual em geral.

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8 Equipe

Idealizadores do projeto:

Coletivo de Cinema Caliandra:

Patricia Dantas: responsável pela organização do projeto, definição de metas e estratégias, administração dos recursos materiais, humanos e financeiros em sua fase de planejamento.

Lívia Fernandez: responsável pelos procedimentos legais para abertura da Associação Cultural, a busca por parcerias e novos membros.

Allex Medrado: responsável pelas produções independentes buscando os meios para realizá-las e acompanhando os processos de produção.

Cida Taboza: responsável pelos estudos teóricos orientando as pesquisas, intermediando as discussões e orientando novos pesquisadores.

Alysson Reis: responsável pela captação de recursos para produções de obras audiovisuais ou projetos culturais da área, direcionando os novos realizadores.

Equipe contratada para gestão do projeto:

Produtor Executivo: Gerir o projeto acompanhando todas as etapas e negociando com parceiros e patrocinadores. Profissional sugerido: Alfredo Taunay, graduado em Produção Cultural pela UFF.

Administrador: Administrar os recursos materiais, humanos e financeiros da Associação. Profissional sugerido: Eliziane Santos, graduada em Administração de Empresas pela UPIS.

Auxiliar Administrativo: Auxiliar durante o processo de cadastro de novos membros e novas empresas parceiras e no contrato dos profissionais envolvidos em cada evento promovido pela Associação.

Produtor de eventos: Responsável pela organização dos eventos culturais. Profissional sugerido: Cindy Nagel, experiente na área de promoção, planejamento e organização de eventos.

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9 Parceiros

A associação buscará três tipos de parceria:

a) Patrocinadores/Apoiadores

Empresas públicas e privadas interessadas em associar seu nome a projetos culturais socialmente responsáveis.

Tipo de Apoio: Serviços e recursos financeiros para a viabilização dos projetos.

b) Empresas parceiras:

Empresas privadas fornecedoras de produtos e serviços de interesse dos associados.

Tipo de Apoio: Descontos para associados

c) Membros associados:

Cineastas, teóricos de cinema, estudantes, cinéfilos e interessados em apoiar o cinema independente, usufruir de facilidades para a produção, discussão e difusão de filmes independentes.

Tipo de apoio: Contribuição mensal e mão de obra para realização dos projetos sociais.

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10 Contrapartidas

Será oferecida uma contrapartida específica para cada tipo de associado, parceiro ou patrocinador e para a sociedade. Desta forma, oferecemos a sociedade atividades e serviços que visam à difusão de nossos valores. Mas para tornar isso possível, oferecemos aos associados, contrapartidas que valorizem sua contribuição.

Consideramos como a principal contrapartida que podemos oferecer ao mundo justamente a possibilidade de poder transformá-lo. Trabalhando em parceria com outras associações culturais, ONGs e pessoas físicas que compartilham nossos valores, ofereceremos à comunidade local e, com o tempo, ao mundo sem fronteiras, novos modos de se enxergar a vida.

À sociedade

A Associação Cultural Caliandra manterá uma série de atividades voltadas à comunidade com o intuito de gerar discussões e reflexões acerca da importância da cultura para o desenvolvimento da própria comunidade e da sociedade como um todo.

Em todas as atividades propostas, os valores da associação deverão estar presentes:

Educação – Despertar nos jovens o interesse pelo saber, pelo conhecimento e pela reflexão.

Inclusão – Estar sempre aberta para aceitar novos membros, novas visões de mundo, novas culturas, novas trocas.

União – Incentivar a cultura da cooperação, diminuindo a disputa e buscando meios de se crescer juntos, abrindo novos espaços e criando novas formas de se produzir.

Responsabilidade ambiental – Despertar a preocupação com o meio ambiente, com a natureza, com os outros seres com quem o ser humano divide o planeta.

Responsabilidade sociocultural – Despertar a preocupação com a cultura, a sociedade e o desenvolvimento da humanidade.

Aos patrocinadores/apoiadores

- Espaço para publicidade no site e na revista - Espaço na revista para matérias institucionais - Divulgação na lista de parceiros do site - Associação da imagem da empresa à responsabilidade social

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Às empresas parceiras:

- Divulgação em catálogo a ser atualizado anualmente - Espaço para publicidade no site - Espaço para publicidade na revista

Aos membros associados:

- Disponibilização de equipamentos para os associados mediante seleção de projetos por meio de critérios definidos previamente; - Divulgação, em portal na internet, de trabalhos, estudos, currículos e portfólios dos associados; - Publicação de estudos na área de cinema em revista de distribuição gratuita e periodicidade a ser estabelecida; - Parceria com locadoras de equipamentos para cinema, para obtenção de descontos no aluguel; - Parceria com lojas de vendas de equipamentos e materiais de cinema (fitas, lentes, filtros...) para descontos; - Parceria com distribuidoras para facilitar a negociação por salas e formação de pacotes para os associados. - Parceria com cursos de formação na área de cinema para obtenção de descontos. - Parcerias com comércios e serviços diversos para obtenção de descontos e serviços como plano de saúde, plano dental, etc.

.

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11 Metas e estratégias

Metas:

Transformar os grupos de cineastas independentes em um grande grupo.

Atualmente, os aspirantes a cineastas não sabem que caminho seguir para realizarem seus sonhos de produzir e exibir filmes. Quando conseguem acesso a educação, ainda lhes resta conseguir condições para aplicar os ensinamentos na prática. A maioria se junta em pequenos grupos de cineastas independentes, que trilham um caminho repleto de dificuldades que poderiam ser evitadas caso recebessem orientação de grupos mais experientes que trilharam o mesmo caminho anteriormente. A falta de um diálogo entre os pequenos grupos se deve ao próprio cenário do cinema independente, que os coloca como rivais. Existe uma competição tanto por meios de fomento, quanto por meios de exibição.

Nossa forma de transformar esse pensamento individualista e competitivo será colocando todos esses grupos como pertencentes a um grande grupo, que será a Associação Caliandra. Dentro da associação, será incentivada a troca de informações e o trabalho colaborativo. Para que isso aconteça, programamos três passos: primeiramente ofereceremos vantagens aos associados de todos os níveis, desde os aspirantes aos mais experientes; após associados e usufruindo das vantagens oferecidas, os valores da associação, de inclusão e união deverão ser observados como condições para sua permanência; com o tempo, os novos hábitos de comportamento serão incorporados de forma natural.

Transformar a sociedade.

Atualmente, a sociedade tem visto o cinema como mero entretenimento. Seu olhar está condicionado a apreciar apenas um tipo de cinema de forma automatizada, sem refletir as ideologias presentes nas mais inocentes formas de diversão. O cinema independente não encontra muito espaço para ser exibido porque não atrai muito público. E não atrai muito público porque o público não o conhece.

Fornecer acesso ao cinema independente significa não só abrir espaços para sua exibição e convidar a sociedade para conhecê-los. Precisamos criar uma reeducação do olhar por meio de ações educativas promovidas nas comunidades com a formação de espectadores críticos e conscientes. Faremos isso implantando oficinas nas comunidades e promovendo o diálogo entre realizadores e espectadores por meio de debates em congressos, festivais, cineclubes e no site com discussões nos fóruns virtuais.

Transformar o mercado.

Ao transformar a sociedade, aumentando progressivamente o grupo de espectadores menos passivos e mais exigentes, a demanda por filmes críticos e reflexivos irá consequentemente

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aumentar. O aumento do público gera um aumento de empresas interessadas em patrocinar. A matemática do mercado é simples, os investimentos são realizados visando o retorno. Quando a garantia de retorno é mínima, os investimentos são poucos, quando ela aumenta, os investimentos crescem proporcionalmente.

Estratégias:

Divulgar os valores e as metas da associação para atrair associados.

Com uma lista de associados, firmar parcerias com fornecedores de produtos e serviços de interesses de nossos associados, para atrair mais associados.

Investir o dinheiro da contribuição mensal em benefícios para os associados, como a criação e a manutenção do ambiente virtual, e para a comunidade, com pequenas ações educativas.

Atrair, com isso, a atenção de investidores para dar continuidade aos projetos culturais e conseguir patrocínio para os eventos maiores com o festival e o congresso.

Tornar autossustentável a produção e exibição dos filmes dos associados ao, por meio de parcerias, facilitar a produção e distribuição dos filmes. Exemplo: fechar pacotes de filmes digitais e exibi-los na rede de distribuição digital (a rede RAIN é um exemplo), fechando também pacotes de publicidade a ser veiculada durante essas sessões.

Firmar parcerias com outras organizações no Brasil e no mundo.

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12 Atividades

Oficina de artesanato

Oficina de produção de artigos artesanais de divulgação de cinema, como latas, caixas, camisetas, botons e outros produtos que podem interessar aos fãs de cinema (ou atrair novos fãs). Os participantes das oficinas aprenderão a produzir os artigos e se tornarão fornecedores da Associação, que os colocará a venda nos eventos e no site. Duração: 24hs/aula. Proposta: 9 turmas por trimestre.

Oficina de realização

Oficina que deve passar por todas as etapas da realização de um filme curta digital: criação do argumento, roteiro, pré-produção, produção, edição e finalização com envio do filme a festivais. Duração: 72hs/aula. Proposta: 3 turmas por trimestre.

Oficina de linguagem cinematográfica

Oficina para estudar e refletir a linguagem cinematográfica tanto para criar uma produção quanto para a análise das produções existentes. Duração: 24hs/aula. Proposta: 9 turmas por trimestre.

Oficina de atuação para cinema

Oficina de interpretação para o cinema e o vídeo. Duração: 72hs/aula. Proposta: 3 turmas por trimestre.

Oficina de crítica de cinema

Oficina de análise, interpretação e crítica de cinema. Os alunos passarão a ser colaboradores do site, escrevendo análises e críticas de filmes. Duração: 72hs/aula. Proposta: 3 turmas por trimestre.

Congresso

Realização de um congresso de cinema voltado à discussão e a troca entre realizadores e estudiosos do cinema. O evento ocorrerá uma vez por ano e terá como política abrir espaço para todos que estiverem desenvolvendo estudos interessantes independente de seus títulos acadêmicos.

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Cineclube

Realização de um cineclube semanal com exibição de filmes seguida de discussão e análise crítica. Convidaremos estudantes de cinema, sociologia, filosofia, antropologia, psicologia para participar das discussões de acordo com o filme da sessão.

Festival de Cinema

Realização de um festival de cinema digital anual. No festival contaremos com uma mostra de filmes selecionados entre os associados, uma mostra competitiva aberta a todos os realizadores e uma mostra internacional.

Revista

Publicação de uma revista trimestral com artigos relacionados ao cinema independente, a diversidade cultural e às atividades da associação e de seus associados que contribuem para a divulgação de nossos valores.

Site

Ambiente virtual voltado à troca de informações e experiências entre associados por meio de fóruns de discussões; divulgação das atividades da associação e de seus associados; exposição dos currículos e portfólios dos associados colaborando para o intercâmbio de mão de obra entre eles.

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13 Plano de Comunicação e Marketing

Objetivo da Comunicação

Apresentar à sociedade, aos possíveis patrocinadores e potenciais associados, os objetivos da associação e as vantagens de parceria para cada uma das partes.

Públicos visados

Potenciais associados:

- realizadores de produtos audiovisuais (incluindo toda a classe de técnicos da área – diretores, roteiristas, fotógrafos, microfonistas, cenógrafos, continuístas, etc.) - pesquisadores de cinema e audiovisual - estudantes de cinema e audiovisual - interessados em cinema e audiovisual em geral

Potenciais parceiros:

- instituições públicas e privadas que buscam patrocinar cultura - comerciantes e prestadores de serviços

Abordagens

Para atingir potenciais associados:- realização do primeiro Festival de Cinema Digital Independente promovido pela associação, com apresentação de vídeo informativo no início de cada sessão e disposição de estande para orientar e cadastrar novos associados. - disponibilização no site da associação de material informativo sobre as vantagens de se tornar um associado;

Para atingir potenciais parceiros:

- mala-direta contendo material gráfico e proposta de parceria - agendamento de reunião para apresentação de proposta pessoalmente - disponibilização no site da associação de material informativo sobre as vantagens de se tornar um parceiro

Metas da comunicação- atrair cerca de 200 associados - fechar parceria com cerca de 100 empresas e prestadoras de serviço (incluindo plano de saúde)

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Estratégia- definir a melhor forma de apresentar a associação para cada um dos públicos almejados - produzir video de apresentação direcionado a potenciais associados que deverá ser exibido no festival e disponibilizado no site - confeccionar material gráfico direcionado a potenciais associados a ser apresentado nos estandes do festival - confeccionar material gráfico para apresentar a empresas - produzir video direcionado a empresas para apresentação estilo pitching, que deverá ser apresentado nas empresas e disponibilizado no site - buscar por meio de mala direta, contato direto e reuniões parceria com comerciantes e prestadores de serviços interessados em oferecer descontos aos associados em troca de divulgação em catálogo, revista e site - lançar site com apresentação da associação e dos serviços oferecidos - promover o festival utilizando-se de várias ferramentas de divulgação - realizar o festival com apresentação da associação - produzir relatório com os números obtidos no festival para atrair novos associados e novos parceiros

Táticas

Para divulgação do festival e do site:- através da assessoria de imprensa, divulgação na agenda cultural de jornais impressos, eletrônicos e televisivos. - divulgação anúncios em revistas da área - distribuição de cartazes e flyers - internet: orkut, msn, twitter, facebook, mailing eletrônico, popups e banners em sites da área.

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14 Cronograma físico-financeiro

A associação buscará três tipos de parceria:

a) Patrocinadores/Apoiadores

Tipo de Apoio: Serviços e recursos financeiros para a viabilização dos projetos.

Contrapartida:

- Espaço para publicidade no site e na revista- Espaço na revista para matérias institucionais- Divulgação na lista de parceiros do site- Associação da imagem da empresa à responsabilidade social

b) Empresas parceiras:

Tipo de Apoio: Descontos para associados

Contrapartida:

- Divulgação em catálogo a ser atualizado anualmente- Espaço para publicidade no site- Espaço para publicidade na revista

c) Membros associados:

Tipo de apoio: Contribuição mensal e mão de obra para realização dos projetos sociais.

Contrapartida:

- Disponibilização de equipamentos para os associados mediante seleção de projetos por meio de critérios definidos previamente;- Divulgação, em portal na internet, de trabalhos, estudos, currículos e portfólios dos associados;- Publicação de estudos na área de cinema em revista de distribuição gratuita e periodicidade a ser estabelecida;- Parceria com locadoras de equipamentos para cinema, para obtenção de descontos no aluguel;- Parceria com lojas de vendas de equipamentos e materiais de cinema (fitas, lentes, filtros...) para descontos;- Parceria com distribuidoras para facilitar a negociação por salas e formação de pacotes para os associados.- Parceria com cursos de formação na área de cinema para obtenção de descontos.- Parcerias com comércios e serviços diversos para obtenção de descontos e serviços como plano de saúde, plano dental, etc.

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15 Orçamento

ITEM DESCRIÇÃO Unid Qtde de itens

Qtde de unid.

Val Unit(em R$)

Total(em R$)

1. PRÉ-PRODUÇÃO / PREPARAÇÃO1.1. Produtor Executivo Mês 1 14 2.000.00 28.000,00 TOTAL 1 28.000,00

2. PRODUÇÃO / EXECUÇÃO 2.1. Oficineiro de artesanato Mês 2 13 1.250,00 32.500,002.2. Oficineiro de cinema Mês 2 13 1.250,00 32.500,002.3. Comissão de seleção de filmes

(festival) Serviço 101 1.000,00 10.000,00

2.4. Curadoria de Filmes (festival) Serviço 3 1 1.000,00 3.000,002.5. Curadoria de Trabalhos

(congresso) Serviço3 1 1.000,00 3.000,00

2.6. Comissão de seleção de trabalhos (congresso) Serviço 5

1 1.000,00 5.000,00

2.7. Locação de Filmes em DVD Serviço 24 1 12,00 288,005.4. Diagramação Visual da Revista Serviço 1 4 2.000,00 8.000,00 Impressão Gráfica da Revista Unidade 1 3.000 3,00 9.000,002.8. Licença para exibição de filmes Unidade 1 1 1.516,00 1.516,00 TOTAL 2 104.804,00

3. CUSTOS ADMINISTRATIVOS 3.1. Administrador Mês 1 14 3.500,00 49.000,003.2. Auxiliar Administrativo Mês 1 12 1.500,00 18.000,003.3. Advogado Mês 1 12 1.000,00 12.000,003.4. Contador Mês 1 12 600,00 7.200,00 TOTAL 3 86.200,00

4. IMPOSTOS / EMOLUMENTOS / SEGUROS4.1. INSS (20% Pagamentos Pessoa

Física)Serviço/

mês 12 8.305,00 100.200,00

4.2. IOF Serviço 12 250,61 3.007,32 TOTAL 4 103.207,32

5. DIVULGAÇÃO / COMERCIALIZAÇÃO5.1. Criação de logomarca Serviço 1 1 3.000,00 3.000,005.2. Diagramação Visual dos

Catálagos Serviço 14 3.000,00 12.000,00

5.3. Diagramação Visual dos Cartazes, Filipetas e Programas Serviço 1

2 2.000,00 4.000.00

5.5. Revisão do Material Gráfico Serviço 1 2 2.000,00 4.000,005.6. Banners Exemplares 2 2 500,00 2.000,005.7. Cartazes Unidade 2 250 3,00 1.500,005.8. Filipetas/Programas Unidade 2 1.000 0,50 1.000,005.9 Webdesigner Serviço 1 1 4.000,00 4.000,005.10 Manutenção Site Serviço 1 12 500,00 6.000,00 TOTAL 5 37.500,00

6. ELABORAÇÃO E AGENCIAMENTO6.1. Elaboração Prolabore 1 1 8.988,20 8.988,206.2. Agenciamento Prolabore 1 1 8.988,20 8.988,20 TOTAL 6 17.976,40 TOTAL GERAL 377.687,72

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16 Ações Educativas

Nossa principal ação educativa será realizada junto às comunidades. Acreditamos que ao transformar a lente que forma o olhar de um indivíduo dentro da sociedade, desencadearemos uma série de outras mudanças no que diz respeito ao seu papel transformador no mundo.

Uma criança de uma classe social menos favorecida cresce vendo seus pais trabalhando em subempregos, frequentando escolas depredadas (quando podem) e em contato direto com a violência. Suas expectativas de futuro são muito limitadas. Ela pode até ver na televisão um mundo em que crianças se tornam médicos, advogados, empresários, mas não se sente parte deste mundo, a realidade dela não lhe dá essas opções. O mais próximo que ela pode chegar disso é poder ganhar dinheiro de alguma forma (trabalhando muito ou seguindo caminhos ilícitos) para conseguir consumir como essas pessoas da televisão. A partir do momento que uma ação cultural bem estruturada é implantada em uma área como esta, um outro mundo é apresentado a esta criança. Seus parâmetros mudam. Não existe mais apenas a dura realidade de sua vizinhança ou a inatingível realidade das novelas. Existe muito mais. E neste novo mundo, ela é convidada a participar. Queremos nos tornar uma associação capaz de realizar este convite.

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17 PC, Relatórios e Avaliação

Em um ano de atuação, a Associação Cultural Caliandra foi responsável pela realização de 36 oficinas de artesanato, 12 oficinas de realização, 36 oficinas de linguagem cinematográfica, 12 turmas de atuação para cinema, 12 oficinas de crítica de cinema, 24 sessões de cineclube, 1 congresso, 1 festival de cinema, 4 edições de Revista Caliandra de Cinema, 2 catálogos e a inauguração e manutenção do site.

Com isso conseguimos capacitar um grupo de artesãos para se tornarem fornecedores constantes de artigos para a divulgação de filmes como caixas, camisetas, botons e outros, que estão à venda em nosso site e são expostos em estandes durante os eventos da Associação. Esses artigos, além de promover e difundir o cinema, atrai novos fãs e podem ser usados como forma de divulgação dos filmes dos associados.

Com as oficinas de realização, de linguagem cinematográfica e atuação para o cinema, conseguimos despertar nos jovens das comunidades o interesse pela produção audiovisual. Os meninos produziram 48 curtas de 1 min, que foram todos inscritos no Festival do Minuto, dos quais 11 foram premiados; e 12 curtas de 15 minutos, exibidos no Festival Caliandra de Cinema Digital Independente e que estão agora participando de diversos outros festivais.

Com as oficinas de crítica de cinema formamos participantes ativos e críticos dos fóruns e debates do site e colaboradores da seção “Recomendo” da Revista Caliandra de Cinema. Os participantes das oficinas saíram com um olhar crítico sobre as produções em cartaz e com o tempo formaremos uma platéia mais crítica e exigente capaz de lutar pelo espaço dos filmes nacionais, hoje ocupado em sua maioria por superproduções norte-americanas.

Com as 24 sessões de cineclube formamos um grupo fiel de participantes que estão organizando debates cada vez mais aprofundados e provendo uma análise crítica dos filmes exibidos. Em cada sessão tivemos a presença de estudantes de antropologia, filosofia, psicologia etc. que contribuiram para o debate. Assim como as oficinas de crítica, as sessões de cineclube despertam o senso crítico do público de cinema, que se torna cada vez mais exigente. Desde que começamos, os participantes estão deixando de consumir filmes norte-americanos piratas para frequentar as mostras de cinema que ocorrem no Cine Brasília. Em sua maioria grátis e ao alcance de toda população, estas mostras não constumavam atrair esta parcela da população.

Em nosso primeiro Congresso Caliandra tivemos surpreendetemente a inscrição de 2.500 trabalhos, dos quais 120 foram selecionados. Os participantes, das mais diversas origens e situação acadêmica, apresentaram seus trabalhos, debateram e trocaram ideias, informações, aspirações. O cinema independente ruma a construção sólida de uma identidade. Diferente do que vem acontecendo com vários congressos, que se tornaram apenas um espaço para mestrandos e doutorandos exibirem seus estudos e acrescentarem em seu currículo lattes, o

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Congresso Caliandra conseguiu ter com principal objetivo a troca entre os participantes. Todos saíram ganhando.

Nosso Festival Caliandra de Cinema Independente foi o maior sucesso deste primeiro ano de atividades na associação. O número de inscrições foi grande, a qualidade dos filmes selcionados excelente e a receptividade do público não poderia ser melhor. Já em nosso primeiro dia de exibição recebemos a visita de parceiros querendo se associar.

A Revista Caliandra de periodiciade trimestral está fechando sua quinta edição e deve ser publicada na próxima semana. O conteúdo está sendo selecionado entre os membros associados, os participantes da oficina de críticas e contamos com dois estudantes como editores.

O site está no ar desde a inauguração do projeto. Os associados estão com seus currículos e portfolios a disponíveis para a troca de mão de obra entre as produções. Os fóruns e discussões realizadas estão promovendo o debate constante entre os associados. Toda ideologia da Associação está presente na página, assim como nossa lista de parceiros.

A nossa Rede de Associados Credenciados vem nos favorecendo com parcerias cada vez melhores, seja no aluguel ou compra de equipamentos, seja tornando a associação atraente para um número cada vez maior de associados.

Diante do exposto, não é necessário reiterar a importância deste projeto para a comunidade, para o desenvolvimento do cinema independente em Brasília e para a formação de um olhar crítico. Com a manutenção deste projeto é questão de tempo para uma grande mudança no público de cinema. O patrocinador que tem sua marca associada a este projeto só tem a ganhar. Além do site, sua marca aparecerá no catálogo, na revista, em uma seção específica, e possivelmente em matérias.

Continue tendo seu nome associado a uma associação cultural socialmente responsável, que vem transformando o olhar dos seres humanos que compõem esta sociedade, e com isso, transformando a própria sociedade.

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Referências Bibliográficas

BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.

BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade; tradução Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro: Rio de Janeiro: DP&A, 1998.

BRANT, Leonardo. Mercado Cultural. São Paulo: Escrituras Editora, 2001.

VANUCCHI, Aldo. Cultura Brasileira: o que é, como se faz. Ed. Loyola, São Paulo, 1999.

VAZ, Gil Nuno. Marketing Constitucional: o mercado de idéias e imagens. São Paulo: Pioneira, 1995.

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