trabalho patricia

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Page 2: Trabalho patricia
Page 3: Trabalho patricia

Com o passar dos anos, as pessoas

apresentam limitações devidas a algumas

modificações físicas. A visão, a audição, o

olfato, o paladar, o equilíbrio e o tato já

não são mais os mesmos e o esquecimento

se torna cada vez mais corriqueiro. Tais

mudanças também refletem na família, no

status, na riqueza, e são muito difíceis de

serem aceitas

Embora cada pessoa reaja de maneira

peculiar a esta fase, de modo geral,

quando estas perdas não são

compreendidas resultam em um estado de

fragilidade, insegurança, medo,

depressão, diminuição da auto estima,

sentimento de rejeição e abandono

Page 4: Trabalho patricia

O que favorece uma resistência quanto a

aceitar que os anos se passaram ou

mesmo a rejeitam usando de alguns

artifícios para esconder a idade, como

por exemplo, copiar comportamentos de

adolescentes (Debert, 1999). Não há

razão para não viver bem a velhice, pois

embora haja limitações o importante é

buscar o saber, manter-se atualizado

para não se render ao sentimento de

incapacidade e solidão. É necessário que

o idoso tenha uma postura positiva e

realista, para usufruir as maneiras

saudáveis e viver a chamada “melhor

idade”.

Page 5: Trabalho patricia

O processo de

envelhecimento

populacional vem sendo

vivenciado de maneira

mais intensa no mundo

atual. Compõe um grande

desafio à sociedade, já que

este processo exige muitas

mudanças para atender às

novas necessidades que se

impõem. No Brasil, este

quadro já é encontrado

desde o início do século.

Page 6: Trabalho patricia

A participação dos idosos na

Universidade Aberta à Terceira Idade

pode significar uma forma de

preencherem seu tempo com atividades

e convívio social; ou uma busca de

realização pessoal, ou pode significar

ainda uma forma de escaparem da

solidão e elaborarem lutos dos filhos

(que não são tão presentes como

gostariam devido à independência ou à

construção de sua nova família), do

falecimento de parceiros e amigos, ou

simplesmente para sentirem-se inseridos

e pertinentes a esta nova sociedade.

Page 7: Trabalho patricia

A imagem dos idosos jogando

xadrez na praça, passando o dia

fazendo bolinhos ou tricotando

na cadeira de balanço é coisa do

passado. No Brasil atualmente

temos cerca de 21 milhões de

pessoas com mais de 60 anos de

idade, um crescimento de 23%

nos últimos 10 anos, segundo

dados do IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e

Estatística) e a expectativa é de

que, em 2025, existam 64

milhões de brasileiros com mais

de 60 anos.

Page 8: Trabalho patricia

Com a melhora na qualidade de vida,

devido a melhores condições de acesso à

saúde e tecnologia, a turma da melhor

idade, com preferem ser chamados,

também tem se preocupado com os

estudos, e a procura tem sido tão grande

que universidades de renome, como

USP, Puc e Unesp, abriram cursos

especialmente para atendê-los e prova

disso é que no último ENEM, dos 3,3

milhões de estudantes que fizeram o

Enem (Exame Nacional do Ensino

Médio) em 2010, 4.268 candidatos eram

pessoas com mais de 60 anos e entre os

100 participantes mais velhos, as idades

variaram entre 64 e 76 anos.

Page 9: Trabalho patricia
Page 10: Trabalho patricia

Em face do crescimento do número de

idosos, alguns programas e/ou projetos

estão sendo implantados no sentido de

incorporação desses idosos na sociedade.

Um destes projetos é representado pelos

diversos programas de aprendizagem e

ressocialização denominado “universidade

da terceira idade” aberta em diversas

regiões do país. É o caso da Universidade de

São Paulo, que em 1993 criou o Programa

Universidade Aberta à Terceira Idade.

Promovido pela Pró-Reitoria de Cultura e

Extensão Universitária, sob coordenação

acadêmica da Profª. Drª. Ecléa Bosi.

Oferece vagas gratuitas e sem a necessidade

de prestar vestibulares, destinado às pessoas

da terceira idade, em disciplinas regulares

dos cursos de graduação

Page 11: Trabalho patricia

O programa disponibiliza ainda outras atividades

voltadas para esse grupo como: palestras, atividade

física, cursos de pintura, coral e música. O programa

semestral destina-se à população maior de 60 anos, de

acordo com o Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741, de 1º de

outubro de 2003, independente do nível de

escolaridade. O objetivo desse programa é integrar a

pessoa idosa na comunidade acadêmica; conscientizar

a pessoa da terceira idade da importância de seu papel

na sociedade como elemento gerador de “equilíbrio

social”; possibilitar ao idoso aprofundar o

conhecimento em alguma área de seu interesse e ao

mesmo tempo trocar informações e experiências com os

alunos que estão iniciando o curso superior, como

forma de enriquecimento e valorização da vida.

Page 12: Trabalho patricia

O critério de seleção dos idosos

varia para cada unidade da USP.

Disciplinas muito específicas

exigem exame prévio de

currículo ou entrevista com o

professor responsável; para a

maioria das disciplinas nada é

exigido, desde que o candidato

apresente condições suficientes

de aproveitamento. Os alunos

são vinculados ao programa,

tendo direito a receber um

atestado de participação emitido

pela Pró-Reitoria de Cultura e

Extensão Universitária.

Page 13: Trabalho patricia
Page 14: Trabalho patricia

Sem dúvida que estudar é bom a qualquer

momento, porém voltar ao banco da escola

na terceira idade traz benefícios tanto para

a mente quanto para o corpo. Segundo

especialistas as pessoas que voltam a

estudar na “melhor idade” passam a ter

uma melhor qualidade de vida física,

mental e espiritual. Além do ganho com a

saúde, também pode ser notado uma

melhora na integração cultural e social, de

acordo com relato dos próprios alunos,

voltar a estudar traz uma maior

sociabilidade, aumenta a auto estima,

recicla e atualiza os conhecimentos,

desperta para novos projetos, traz novas

amizades, além de preparar para o

envelhecimento saudável.

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O aposentado Jayme Kuperman, de 95 anos: "Não

gosto de ficar sozinho e aqui a convivência é muito

boa. É uma terapia para a idade. Tem coisas que eu

não lembro mais e aprendo de novo. Eu gosto de

todas as aulas.”.

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Segundo Fauze Saadi, coordenador

do curso da PUC, “os alunos deveriam

tirar uma fotografia quando ingressam na

universidade e meses depois, é quase uma

cirurgia plástica sem bisturi”, de tão

grande os benefícios que a universidade

proporciona aos alunos da “melhor idade”.

Essa melhora se deve ao fato do idoso

adotar uma postura firme de aluno

propriamente dito, já que estudar passa a

ser uma opção dele e não uma obrigação, e

desta forma o prazer é bem diferente. E

muitos conseguem fazer na “melhor idade’

o que não conseguiram fazer na juventude

e em alguns casos é a realização de sonho

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A aluna Neuza Guerreiro de Carvalho, 78

anos, professora de Biologia aposentada,

que em depoimento pessoal relata:

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Há quatro anos frequentando a Universidade Aberta à

Terceira Idade da USP, 23 cursos feitos, diversificados em

área de Musica, Literatura, Arte, Ciências e Psicologia,

propiciaram um aumento de cultura difícil de avaliar, mas

seguramente muito grande. Consequentemente aumento na

auto-estima e segurança Coragem para emitir opiniões

porque apoiadas em conhecimentos; discussões com

argumentos firmes. Timidez vencida. A convivência social

mais fácil porque navego por muitos assuntos e meu

vocabulário aumentou por conta de muita leitura.

Confiança nas atitudes profissionais e sociais Sou

participante, atuante e inserida no contexto social e não

fico à margem da vida. Sou atriz, no palco da vida, mesmo

que coadjuvante, e não simples expectadora na plateia

Page 19: Trabalho patricia

A aluna Neuza Guerreiro de Carvalho é um dos exemplos da

importância dos espaços abertos dentro das universidades, para

atendimento à terceira idade, ela é participante atuante e como

consequência relata que houve melhora na sua qualidade de vida e

ela procura incentivar aos idosos a fazerem parte desses programas.

Page 20: Trabalho patricia

Conclusão

O desejo pela

escolarização esteve

presente durante a

vida desses sujeitos

desde a infância,

quando não tiveram

a oportunidade de

concluir seus

estudos em “idade

regular”, até

chegarem à Terceira

Idade.

Page 21: Trabalho patricia

A privação que sofreram, seja por

terem que sair para trabalhar ainda

muito jovens, ou por falta de escolas

públicas, levou estes sujeitos a uma

condição de excluídos. A exclusão,

primeiramente de um direito, levou-os

a serem excluídos em diversas outras

situações vivenciadas como por

exemplo de uma melhor oportunidade

de emprego, de uma maior e mais

efetiva participação social, de

conhecer de forma mais ampla seus

direitos como cidadãos e lutar por

estes. Foram privados até mesmo, de

muitas vezes, poder sonhar com dias

melhores e de usufruir de uma

melhor qualidade de vida

Page 22: Trabalho patricia

O desejo de completar sua

escolarização só pôde ser realizado na

Terceira Idade. Vários fatores

contribuíram para que isto fosse

possível nesta fase da vida. Quanto à

questão econômica essas pessoas já

não pagam passagens para frequentar

uma escola. No que se refere à questão

política e à oferta de vagas, têm seu

direito á educação garantido por leis

federais. A Terceira Idade vem lhes

permitindo buscar a escolarização,

uma vez que a maioria desses sujeitos

já se encontra aposentada e suas

famílias já “estão criadas.