patologia - resumo robbins 28 - sistema nervoso central normal

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  • 8/15/2019 Patologia - Resumo Robbins 28 - Sistema Nervoso Central Normal

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  • 8/15/2019 Patologia - Resumo Robbins 28 - Sistema Nervoso Central Normal

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    córtex cerebral mede, transversalmente, cerca de 10 micrômetros, e seu pericário e seu nucléolo

    não são prontamente visíveis á microscopia óptica. O estudo com a microscopia eletrônica revela

    uma variabilidade ainda maior entre os neurônios em relação ao conteúdo citoplasmático e a

     forma das células e de seus prolongamentos. As características ultra-estruturais comuns a muitos

    neurônios incluem microtúbulos, neurofilamentos, aparelho de Golgi e retículo endoplasmático

     granular proeminentes e especializações sinápticas. A despeito dessas estruturas compartilhadas, o

    tamanho do axônio pode variar muito (centenas de micra para os interneurônios contra um metro para o neurônio motor superior). Os marcadores imuno-histoquímicos para os neurônios e seus

     prolongamentos usados comumente no trabalho diagnóstico incluem a proteína neurofilamentar,

     NeuN e sinaptofisina.

    Glia

     As células gliais derivam do neuroectoderma (macróglia: astrócitos, oligodendrócitos,

    epêndima) ou da medula óssea (micróglia). As células gliais têm importantes interações estruturais

    e metabólicas com os neurônios e com seus processos axonais e dendríticos e, também, um papel

     primário em uma ampla gama de funções normais e reações ao trauma, incluindo inflamação,reparo, equilíbrio de fluidos e metabolismo energético. O tamanho e a forma do núcleo ajudam na

    distinção de um tipo do outro de célula glial na microscopia óptica, uma vez que seus

     prolongamentos citoplasmáticos frequentemente não são aparentes nas preparações com H&E e

     podem apenas ser demonstrados com o uso de métodos de impregnação metálica, imuno-

    histoquímica ou pela microscopia eletrônica. Os astrócitos têm núcleos tipicamente arredondados

    ou ovais (medindo 10 micrômetros) com cromatina pálida homogeneamente dispersa; os

    oligodendrócitos têm uma cromatina mais densa e homogênea e um núcleo mais arrendondado e

    menor (8 micrômetros); e a micróglia têm núcleos alongados, de formato irregular (de 5 a 10

    micrômetros) com cromatina agrupada. As células ependimárias, por outro lado, têm citoplasma

    visível e, na H&E, são células epiteliais colunares-símile com uma borda ciliada/com

    microvilosidades voltadas para a superfície ventricular, com núcleos pálidos e vesiculares (cada

    um com cerca de 8 micrômetros) localizados na extremidade ab-luminal da célula.

    Astrócitos

     Essa célula glial é encontrada em todo o SNC tanto na substância cinzenta quanto na

    branca. Os astrócitos protoplasmáticos encontram-se principalmente na substância cinzenta e os

     fibrosos na substâncias branca e cinzenta. A célula deriva eu nome de seu formato estrelado, que é

    caracterizado pelas expansões citoplasmáticas ramificadas e multipolares que emanam do corpo

    celular contendo a proteína filamentar intermediária citoplasmática característica, chamada de

     proteína ácida fibrilar glial (GFAP). Essas expansões são bem vistas apenas nos cortes de tecidocom técnicas de impregnação metálica (e.g., método de Golgi), ou preparações imuno-

    histoquímicas. Os filamentos ou estão agregados em fascículos (nos astrócitos protoplasmáticos)

    ou dispersos difusamente pelo citoplasma nos astrócitos fibrosos. Algumas das expansões

    astrocíticas estão dirigidas para os neurônios e para seus prolongamentos e sinapses, onde se

    acredita ajam como tampões metabólicos ou detoxificantes, fornecedores de nutrientes e isoladores

    elétricos. Outras circundam os capilares ou se estendem para as zonas sub-epitelial e sub-

    ependimária, onde contribuem para as funções da barreira, controlando o fluxo de macromoléculas

    entre o sangue, o LCR e o cérebro. Os astrócitos são também as principais células responsáveis

     pelo reparo e pela formação de cicatrizes no cérebro. Os fibroblastos, que têm um papel

     fundamental na cicatrização dos ferimentos em outras partes do corpo, se localizam principalmente

    em torno dos grandes vasos sanguíneos do SNC e nas meninges; eles participam da cicatrizaçãodos ferimentos em uma extensão limitada (primariamente na organização dos hematomas sub-

    durais e na formação das cavidades dos abscessos).

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    Oligodendrócitos

     Expansões citoplasmáticas oligodendrogliais envolvem os axônios dos neurônios para

     formar a mielina de uma maneira análoga á das células de Schwann no sistema nervoso periférico.

     Ao contrário das células de Schwann, que formam a mielina de um único internódulo, cada

    oligodendrócito forma mielina de numerosos internódulos em múltiplos axônios. Nos cortes derotina, a oligodendróglia é reconhecível por seus arranjos frequentemente lineares dos núcleos

     pequenos e arredondados linfócitos-símile. A lesão das células oligodendrogliais é uma

    características dos distúrbios desmielinizantes adquiridos (e.g., esclerose múltipla); ela é vista

    também nas leucodistrofias. Os núcleos oligodendrogliais podem conter inclusões virais na

    leucoencefalopatia multi-focal progressiva.

    Células ependimárias

     As células ependimárias forram o sistema ventricular. Elas estão intimamente relacionadas

    ás células cuboides que compõem o plexo coroide. As alterações das células ependimárias estão frequentemente associadas com uma proliferação local de astrócitos sub-ependimários para

     produzir irregularidades nas superfícies ventriculares, denominadas granulações ependimárias.

    Certos agentes infecciosos, particularmente o citomegalovírus, podem provocar extensa lesão

    ependimária, e inclusões virais podem ser vistas no interior das células ependimárias.

    Micróglia

     A micróglia é constituída por células derivadas do mesoderma, cuja função primária é

     servir como um sistema macrofágico fixo no SNC. Elas expressam muitos marcadores de superfície

    comuns aos monócitos/macrófagos periféricos (tais como CR3 e CD68). Elas respondem á lesão

    (1) com proliferação; (2) desenvolvendo núcleos alongados; (3) formando agregados em volta de pequenos focos de necrose tecidual (nódulos microgliais); ou (4) congregando-se em torno dos

    corpos celulares dos neurônios que estão morrendo (neuronofagia).; Além da micróglia residente,

    os macrófagos derivados do sangue são as principais células fagocitárias presentes nos focos

    inflamatórios.