patflo - aula - cacaueiro [modo de compatibilidade] · 1 – vassoura de bruxa 2 – podridão...
TRANSCRIPT
04/03/2017
1
Doenças do Cacaueiro: etiologia, sintomatologia, epidemiologia e controle
Patologia Florestal
Daniel Diego Costa Carvalho
Mestre em Fitopatologia (UFLA)
Doutor em Fitopatologia (UnB)
F2v004
Introdução
• Cacau– Nome Científico: Theobroma cocoa– Família: Malvaceae– Origem: De origem do continenteamericano, provavelmente dasbacias do Amazonas e do Orenoco– Cultivo: Perene
Ocorrência,• O cacau é utilizado principalmente para fabricar
chocolates, feito das sementes secas,
• Da mucilagem que envolve as sementes, misturando-secom água, faz-se o suco de cacau,
• O mel que sai do cacau no processo de fermentação éusado para fazer geléias, álcool, vinagre, vinho, ácidocítrico e licores,
• Das sementes sai ainda a manteiga de cacau, usadapara fazer o chocolate branco, medicamentos ecosméticos.
Produção brasileira de cacau em 2015
A receita estimada dos produtores foi de R$1.963 bilhão, 27,4% acima de 2014.
http://www.mercadodocacau.com/uploads/media/2016/01/producao-brasileira-cacau.jpg
Necessidades do cacau
- Água,- Temperatura,- Macro nutrientes,- Matéria orgânica,- Micro nutrientes,- Manejo integrado de pragas,
04/03/2017
2
Fatores que predispõe a planta do cacau ao ataque depragas e doenças
- Deficiência nutricional,- pH,- Mal arquitetura,- Falta ou excesso de umidade,- Sombras excessiva.
Doenças
1 – Vassoura de bruxa2 – Podridão parda3 – Murcha de Ceratocystis4 – Murcha de Verticillium5 – Mal-rosado6 – Cancro de Phytophthora7 – Galha floral8 – Antracnose9 – Podridão de raízes10 – Morte progressiva11 – Podridão de Moniliophthora12 – Cancro de Lasiodiplodia
1 – VASSOURA-DE-BRUXA(Crinipellis perniciosa)
EtiologiaClasse: BasidiomycetesOrdem: AgaricalesFamília: TricholomataceaeEspécie: Crinipellis perniciosa, Moniliophthora perniciosa
C. perniciosa var. perniciosaC. perniciosa var. ecuatoriensisC. perniciosa var. citriniceps.
http://www.invivo.fiocruz.br/media/cogumelos.jpg
• Ocorrência;
• Doença mais destrutiva do cacaueiro;– Ataque severo pode dizimar a plantação;
• Venezuela - 97%• Região Amazônica -70%• Sul Bahia - Fechamento e abandono de fazendas
1989
FAO, 2013
Sintomatologia
http://www.ruta.org/CDOC-Deployment/documentos/FTNo4Escobadebruja.pdf
Sintomatologia
http://www.ruta.org/CDOC-Deployment/documentos/FTNo4Escobadebruja.pdf
04/03/2017
3
Sintomatologia
http://www.ruta.org/CDOC-Deployment/documentos/FTNo4Escobadebruja.pdf
Epidemiologia
Produção de basidiomas → sendo as condições ideaispara o fungo:– Precipitação anual entre 1500 a 2000mm;
– Temperatura média entre 24 a 26 °C;– Umidade relativa entre 80 a 90%.
Inibição da produção de basidiomas:– Precipitação mensal <100 mm e >300 mm– Chuvas contínuas e fortes– Períodos secos prolongados
Epidemiologia
http://es.slideshare.net/shamikito/enfermedades-en-cacao
Epidemiologia
O ciclo de vida de Moniliophthora perniciosa em Theobroma cacao
Basidiósporos penetram a planta através dos estômatos ou feridas.
Fase parasítica: Micélio formado porhifas relativamente grossas (5 a 20µm), intracelulares, sem grampos deconexão, encontrada apenas emtecidos vivos do hospedeiro.
A infecção dos brotos induzalterações morfológicasdrásticas, resultando nacaracterística estrutura de"vassoura verde", embora ainfecção também possaocorrer em outros tecidos(frutos e flores).
Fase saprofítica : pós um a três meses ocorre necrose do tecido vegetal→ "vassoura seca“ , com micélio fino, presença de grampos de conexão.
Reprodução de corpos frutíferos
Teixeira et al., 2015.
Epidemiologia
http://docplayer.com.br/1443215-Principais-grupos-de-fungos-fitopatogenicos.html
Controle
• Controle cultural: remoção dos tecidos infectados docacaueiro→ interrupção do ciclo do fungo.
– Podas mal feitas ↑ incidência da doença;– Região Amazônica → Agosto e Setembro;
– Bahia → Fevereiro: ↓ Infecção das almofadas florais nos doismeses seguintes protegendo a safra principal;
Maio: impedir o pico de esporulação nas vassouras secas no meiodo ano;
Agosto: ↓ infecção durante o maior pico de lançamento foliar(Set/Out)
Novembro: ↓ infecção das almofadas florais na safra temporã.
04/03/2017
4
Controle
• Controle químico: Aplicações com fungicidas cúpricos(15/15 dias) ou tebuconazole (mensal).
• Controle biológico: Fungos hiperparasitas– Cladobotryum amazonense e Trichoderma stromaticum
Tricovab
– Controle genético: Amazônia → híbridos originados decruzamento entre clones de alta produtividade comresistência a C. perniciosa.
Bahia → Tem-se estimulado o plantio de clones resistentesCEPEC 2002 a CEPEC 2011 entre outros.
PODRIDÃO-PARDA(Phytophthora spp.)
EtiologiaOrdem: Oomycetes
Espécie: Phytophthora palmivora
“Complexo podridão-parda do cacaueiro”
P. citrophthoraP. capsici
P. heveaeWidmer, 2014.
• Variam e relação à virulência aos diversos órgãos docacaueiro;
• P. citrophthora > P. palmivora
• ↑ na população dessas sp. nos estados Bahia e EspíritoSanto.
• Na Amazônia predominam P. palmivora > P. capsici > P.
citrophthora.
Sintomatologia
http://es.slideshare.net/shamikito/enfermedades-en-cacao
Sintomatologia
http://es.slideshare.net/shamikito/enfermedades-en-cacao
Sintomatologia
http://es.slideshare.net/shamikito/enfermedades-en-cacao
04/03/2017
5
Sintomatologia
http://es.slideshare.net/shamikito/enfermedades-en-cacao
Epidemiologia
• ↓temperaturas, • umidade do ar acima de 90%• Chuvas frequentes } Incidência e
severidade da podridão-parda
Ocorrência;
•Bahia- perda de 80% nadécada de 80;•Amazônia- problemasconstantes;•Espírito Santo e São Paulo apodridão-parda é o principalproblema fitossanitário.
Epidemiologia
http://es.slideshare.net/shamikito/enfermedades-en-cacao
Zoósporos carreados pela chuva;Atinge os frutos através de respingos
Roedores, insetos transportam inóculo dentro da copa das árvores ou de uma planta à outra – vetores.
O homem, através dos instrumentos agrícolas contaminados, e o contato entre frutos são outros meios de disseminação do patógeno.
Controle
Controle cultural:• Remoção dos primeiros frutos infectados;• Colheitas frequentes associadas à remoção de frutos
doentes e secos;
• Quebra dos frutos, sempre que possível, fora da área decultivo;
• Retirada dos casqueiros da área ou amontoá-los em umlocal com ↑ incidência solar, revirando-os periodicamentepara evitar a esporulação do patógeno.
• Podas para ralear o sombreamento em plantios densos;• Drenagem nas áreas sujeitas a alagamento.
Controle
Controle químico:• Aplicação de fungicidas à base de cobre para previnir
infecção nos frutos.
Controle genético:• Uso de variedades resistentes à podridão-parda tem sido
dificultado pela existência de várias espécies dePhytophthora que causam a doença.
Murcha de Ceratocystis(Ceratocystis fimbriata)
EtiologiaSubdivisão: AscomycotinaClasse: SordariomycetesOrdem: MicroascalesFamília: CeratocystidaceaeEspécie: Ceratocystis fimbriata
Engelbrecht e Harrington, 2015.
04/03/2017
6
• “Mal-do-facão”
• Doença letal ao cacaueiro;Perdas significativas nasplantações.
• Ocorrência,
• Doenças em diversoshospedeiros anuais eperenes → Hevea brasiliensis, Coffea arabica, Mangifera
indica, Eucalyptus spp.
FAO, 2013
Sintomatologia
Folhas secas aderidas à planta depois de morta.
Inchamento de coloração escura com exsudação.
Besouro Xileborus ferrigineus
Fungo exala odor frutífero que atrai insetos
Harrington, 2000.
Epidemiologia
Fungo entra pela raiz sem necessidade de ferimentos.
Insetos vetores transportam estruturas fúngicas.
Disseminação ocorre por ferramentas contaminadas ou vento.
https://www.revolvy.com/main/index.php?s=Oak%20wilt&uid=1575
Controle
• Doença de difícil controle → período entre o sintomaevidente e a morte da planta é muito curto.
• O fungo penetra na planta por ferimentos que são difíceis deserem evitados durante a roçada, poda e colheita.
• Desinfecção de todo material após uso em cada planta comhipoclorito de sódio ou formol,
• Infecções restritas aos ramos → excisão ou erradicação daspartes afetadas pode salvar o resto da planta.
• Retirada e queima da planta morta (destroi fungo e inseto)
Controle
• Aplicações de fungicidas protetores e sistêmicos nãoapresentaram resultados satisfatórios.
• Utilização de variedades resistentes ainda é meio maiseficiente e econômico de controle,
• A recomendação do genótipo está intimamenterelacionada com o isolado do fungo – um clone pode serresistente em um local e suscetível em outro;– IMC 67→ resistente no Equador e suscetível na Bahia
– Bahia → selecionada variedade “jaca” que apresentouresistência a Ceratocystis fimbriata entre 212 genótipostestados.
Murcha de Verticillium(Verticillium dahliae)
EtiologiaSubdivisão: DeuteromycotinaOrdem: MonilialesFamília: MoniliaceaeEspécie: Verticillium dahliae
Ocorrência: Bahia e Espírito SantoGomez-Alpizar, 2001.
04/03/2017
7
• É um fungo habitante do solo quecausa murcha vascular em váriasespécies de plantas cultivadas,
• Produz microescleródios,estruturas de resistência quepodem sobreviver no solo porvários anos.
• A infecção inicial é causada pormicroesclerócios e clamidosporosque podem germinar para formarmicélio, que coloniza e infecta asraízes
Ribeiro Junior et al., 2006.
Uma vez dentro do sistema radicular, os fungos sãoinicialmente limitados à raiz ou à base da planta e, emdeterminado momento, iniciam a disseminação para o sistemavascular. Eventualmente, a combinação do fungo crescendono sistema vascular, toxinas fúngicas e estruturas de defesaproduzidas pela planta resultam em um sistema vascular quenão pode transportar água, causando a murcha e morte daplanta
http://www.oardc.ohio-state.edu/mcic/image_gallery/fungi%20and%20oomyces/fungi_batch/index.html
• Ocorrência→ Bahia e Espírito Santo• De maior ocorrência em regiões sujeitas a períodos
secos• Pode causar perda de até 10% das plantas,• Aparentemente o estresse hídrico predispõe a planta à
enfermidade
Ataques mais severos em geral ocorremlogo após as estações de seca prolongada
plantas mais suscetíveis podem morreruma semana após uma situação de aparente saúde evigor. “Morte súbta”
Sintomatologia
↑ no ângulo de inserção da folha em relação ao caule, sem aparente turgor.Folhas murcham, amarelecem e necrosam ficando aderidas ao caule.Depois de um mês os ramos mortos fica despidos de folhas.
Escurecimento dos vasos do xilema, desde a raiz até as nervuras foliares.
Lenho infectado apresentam pontuações e estrias de cor marrom-escura na região vascular.
Epidemiologia
Disseminação pode ocorrer através da água da chuva
Contato entre sistema radicular de plantas infectadas e sadias
Ferramentas contaminadas
Controle
• Plantio de variedades resistentes como clone P7,
• Utilização de sementes certificadas,
• Evitar plantio em solos onde foi constatada a doença ouáreas onde já foi plantado tomateiro, algodoeiro, amendoimou quiabeiro,
• Destruição de restos culturais.
04/03/2017
8
MAL-ROSADO OU RUBELOSE(Erythricium salmonicolor)
Etiologia• Classe: Basidiomycetes• Ordem: Polyporales• Família: Phanerochaetaceae• Espécie: Erythricium salmonicolor
• Os basidiósporos são hialinos, lisos, piriformes a elipsóides,medindo 8-11 x 8-9,8 μm,Formados a partir de basídios subclavados, com 2- 4
esterigmas cada.
http://www.cbs.knaw.nl/publications/1016/content_files/Plate2.jpg
Sintomatologia
http://cdn.ruralcentro.net/1/2013/2/12/rubelose.jpg
Surgem pequenas pústulas estéreis, levemente rosadas e pouco aparentes, expandindo-se em um micélio branco finíssimo por todo o galho em forma de teia
O fungo penetra casca e o câmbio, ocasionando sua seca e morte, formando então a crosta rosada em sua superfície.
https://www.agric.wa.gov.au/plant-biosecurity/pink-disease-citrus-pest-data-sheet
Basídias e basidiósporos que são liberados diariamente durante semanas.
Epidemiologia• O mal-rosado é mais comum em áreas com deficiência
de sombra,
• Temperaturas médias do ar em torno de 25°C e umidaderelativa alta, próxima à saturação.
• Temperaturas acima de 30°C pode inibir o aparecimentodos sintomas e a formação dos basidiósporos.
• No sul da Bahia, epidemias severas podem ocorrerentre Junho e Agosto.
Epidemiologia
• Patógeno é disseminado à distância através do vento eágua da chuva, que escorre pelos ramos principais e tronco,disseminando-o no interior da copa das plantas.
• Controle• Remoção dos ramos afetados 30 cm abaixo da lesão,• Utilizar pasta de mancozeb ou fungicida cúprico no local da
remoção,• Pulverização com fungicida a base de cobre combinado à
poda fitossanitária→ controle eficaz da doença.
• Manejo da sombra para diminuir intensidade dos surtos dadoença que são agravados em plantios a pleno sol.
Cancro de Phytophthora(Phytophthora spp.)
EtiologiaOrdem: OomycetesEspécie: Phytophthora palmivora,P. citrophthora, P. capsici
P. Palmivora e P. citrophthora sãoas duas espécies frequentementeassociadas ao cancro do cacaueiro.
• No Brasil ocorre esporadicamente , mas sempreassociadas a plantas cultivadas em áreas mal drenadas.
• Bahia 1970, Bahia e Espírito Santo 1979 – 3.000.000encontravam-se em processo de morte ou já mortas e
5.000.000 requeriam tratamento urgente.
04/03/2017
9
• Epidemias do cancro de Phytophthora só ocorrem éperíodos anormalmente úmidos, com saturação de água– chuvas intensas e prolongadas.
Bahia e Espírito Santo 1970 e 1979
• Baixas temperaturas contribuem para o surto da doença.
Sintomatologia
Cancros e lesões necróticas no caule iniciadas normalmente a partir de ferimentos na casca (d, e, f), atingindo grandes extensões do lenho (g)
Coloração roxa ou preta
Em estádio mais avançado a casca racha verticalmente e ocorre exsudação de fluído castanho avermelhado
Oliveira e Luz, 2005.
Epidemiologia
http://es.slideshare.net/shamikito/enfermedades-en-cacao
Zoósporos carreados pela chuva;Atinge os frutos através de respingos
Roedores, insetos transportam inóculo dentro da copa das árvores ou de uma planta à outra – vetores.
O homem, através dos instrumentos agrícolas contaminados, e o contato entre frutos são outros meios de disseminação do patógeno.
Controle
• Remoção cirúrgica do tecido infectado e proteção das áreasexpostas com pasta cicatrizante à base de fungicida cúprico(em fase inicial);
• Recepagem da planta abaixo da necrose e proteção dasáreas expostas com pasta cicatrizante para permitir aregeneração da planta (fase avançada);
• Pulverização com fungicidas cúpricos na plantação;
• Regularização do sombreamento, drenagem das áreas;
• Evitar danos mecânicos durante podas e colheita.
Galha Floral(Albonectria rigidiuscula)
EtiologiaOrdem:MonilialesFamília: TuberculariaceaeEspécie: Albonectria rigidiuscula
- Micélio cotonoso, coloraçãoPúrpura,- Forma ovoide ou oblonga (5 x 9 x 3-5 µm)- Apresenta-se em cadeias ou isolados
http://ascofrance.com/recolte/11/sordariomyceteshypocreales-bionectriaceae-albonectria-rigidiuscula
Etiologia• Hospedeiros alternativos:
– Mangifera indica (mangueira)– Persea americana (abacateiro)
– Inga spp. (ingazeiro)– Paullinia cupana (guaranazeiro)
• Galhas→ hipertrofia no tronco ou ramos• São conhecidos: galha-de-pontos-verdes, galha-floral,
galha-de-botão, galha-de-leque e galha-de-disco.
• Venezuela – 90% da plantação afetada,• Costa Rica – perda de 50% da produção em dois anos,• Amazônia brasileira – não causa danos de importância
econômica.
04/03/2017
10
Sintomatologia
Impedem a formação de frutos
Galhas tomam forma de tumores globosos, compactos e cobertos por tecido esponjoso –“couve-flor”
Parte e Vicente, 2015.
Epidemiologia
• Venezuela – condições de alta luminosidade e menoresprecipitações pluviométricas,
• Trinidad – durante períodos chuvosos e áreassombreadas,
• Costa Rica – áreas mal sombreadas,
• Brasil – pouco estudada devido a pequena ocorrência.
Controle
• Inspeções periódicas eliminando as partes doentes daplanta afetada,
• Aplicação de pasta com fungicida cúprico evita entradade outros fungos após a retirada das galhas.
Antracnose(Colletotrichum gloeosporioides)
EtiologiaOrdem: MelanconialesFamília: MelanconiaceaeEspécie: Colletotrichum gloeosporioides
Produz conídeos ovoides ou oblongos, hialinosem conidióforo simples e alongados em acérvulos
• Antracnose não assume caráter de maior gravidade
número reduzido de folhas
Ocorrência,
Bahia – OcorrênciaSet/ Dezembro(anos de grandePluviosidade)
Sintomatologia
Manchas pardo-escuras,necróticas de tamanhovariável, dispostas commaior frequência no ápicee margens do limbo.
ataques severos –queima das folhas ediminuição dos ramos
Diminuição da taxaFotossintética.
Frutos jovens: numerosos pontospequenos e úmidos - morte.Frutos desenvolvidos: machas isoladas, marrons, superficiais –não acarreta graves danos às amêndoas.
Massa pulverulenta rósea (manchas) -frutificações do patógeno
Oliveira e Luz, 2005.
04/03/2017
11
Disseminação do patógeno
• Alta umidade e temperatura amena 25°C favorecem adença
• presença de massas de conídeos sobre ramos e frutosinfectados
água da chuva, vento e insetos
Epidemiologia
Agrios, 2005.
Controle
• Pulverizações com fungicidas à base de cobre oumancozeb;
• Poda fitossanitária.
Podridão de raízes(Rigidosporus lignosus)
Frequentemente afeta plantações formadas em áreas nãodestocadas
agentes etiológicos se desenvolvem nostocos e restos de raízes presentes no solo apósdesmatamento.
Não tem sido considerada de grande importânciaeconômica em todos os países produtores de cacau.
EtiologiaEspécies:- Rigidoporus lignosus – podridão branca- Phellinus noxius – podridão castanha- Rosellinia pepo e R. bunodes – podridão negra- Ganoderma philippii – podridão vermelha
- Formam rizomorfas que progridem através doSolo atingindo o sistema radicular do cacaueiro.
Bartz, 2007; Castro et al., 2013.
• Hospedeiros alternativos
– Theobroma grandiflorum – cupuaçuzeiro– Hevea brasiliensis – seringueira– Persea americana (abacateiro)– Citrus spp.– Coffea arabica – cafeeiro...
04/03/2017
12
Sintomatologia
Raízes com rizomorfas brancas fortemente aderidas
Podridão branca
Folhas amarelecem , tornam-se necróticas, de cor branca.Morte da planta.
Omorusi, 2012.
Sintomatologia
Podridão castanha
Sintomas parecidos com a podridão branca
Crosta na raiz e colo da planta composta por micélio do fungo e terra = cor castanha
https://get.google.com/albumarchive/115410842889881335446/album/AF1QipNuXXwixRnoDwQU0UcVdWmbptzvIWj14tSQ9M5p
SintomatologiaPodridão negra
Crescimento micelial de corcinza escuro com margensclaras acima na raiz e acimado coleto.
Observa-se estruturasmiceliais em forma de lequeou estrela de cor branca.
Podridão vermelhaSintomas nas raízes sãosemelhante à podridãonegra.Não há estrutura em formade leque ou estrela.Oliveira e Luz, 2005.
Bartz, 2007.
Controle
• Destocamento e remoção de todo resto vegetal,
• Eliminação da planta com sintomas avançados dadoença na copa,
• Remoção dos pedaços de raízes infectados,
• Tratamento do solo revolvido (cal ou calcário),
• Aplicação de cal nas plantas circunvizinhas para evitardisseminação entre contato de raízes infectadas esadias.
Morte progressiva(Lasiodiplodia theobromae)
EtiologiaEspécies: Lasiodiplodia theobromeAlbonectria rigidiusculaColletotricchum gloeosporioides
- Doença tem causado sérios danos no Brasil,principalmente em plantios jovens.- Ocorrência em todos países produtores decacau.
Rondón e González, 2009.
04/03/2017
13
Sintomatologia
Manchas úmidas decor escura no ramosafetados; murcha equeda das folhas
Ramos secam emorrem, a casca torna-se mole desprendendo-se facilmente do lenho
Lesões internascompactas de corcastanho escuro
Parte e Vicente, 2015.
Epidemiologia
• Fatores desfavoráveis à planta– déficit hídrico, desnutrição, carência de sombreamento
com aumento da insolação, diminuição da proteção dosolo e sua umidade podem estar relacionados com amorte progressiva do cacaueiro.
– O fungo penetra nos tecidos da planta através deperfurações provocadas por insetos
Controle
• Evitar ferimento nas plantas durante tratos culturais,
• Eliminar ramos atacados juntamente com 15 a 20 cm detecido sadio abaixo da lesão,
• Pulverizar as plantas com fungicida à base de cobre paraproteger as feridas,
• Aplicação de inseticidas para controlar insetosperfuradores.
PODRIDÃO DE MONILIOPHTHORA
(Moniliophthora roreri)
EtiologiaEspécie: Moniliophthora roreri
O fungo produz hifas hialinas,Septadas,
Os conídios hialinos variam deesféricos a elípticos (7-10 X 9-14 µm) formados em
cadeias.
• É uma doença de grande importância em países comoEquador, Colômbia e Peru,
• Onde é considerada limitante a expansão da cultura docacaueiro,
• Pode causar perdas de 30 a 40% da produção decacauseco.
• No Brasil ainda não tem sido constatada.
Sintomatologia
Lesões irregulares de cormarrom escura na superfíciedo fruto,Pode cobrir todo o fruto eminfecções precoces
Micélio de coloração brancacom grande quantidade deconídios.A coloração do micélio podemudar – creme, cinza oumarrom.
Internamente os sintomassão semelhantes à vassourade bruxa nos frutos docacaueiro.
Mora e Wilkinson, 2007.
04/03/2017
14
Mora e Fiallos, 2012.
Controle
• Remoção semanal dos frutos infectados e mumificados,
• Picar frutos infectados e colocar em contato com o solomenor sobrevivência do fungo,
• Podas para diminuir a UR no interior das plantações,
• Uso de variedades resistentes como ICS 95 (Peru),
• Aplicação de fungicida não apresentou bons resultadosno controle da podridão de Moniliophthora.
Cancro de Lasiodiplodia(Lasiodiplodia theobromae)
Na região cacaueira da Bahia,ocancro de Lasiodiplodia podeassumir elevada incidência.
Mesmo agente causal da Morte progressiva
Sintomatologia
Aparecimento de manchas escuras na casca,Lenho com coloração castanho avermelhada,As vezes são observadas rachaduras na casca eexsudação de fluido avermelhado.
Batista et al., 2003.
Epidemiologia
• Fatores desfavoráveis à planta– déficit hídrico, desnutrição, carência de
sombreamento com aumento da insolação,diminuição da proteção do solo e sua umidadepodem estar relacionados com a morte progressivado cacaueiro.
– O fungo penetra nos tecidos da planta através deperfurações provocadas por insetos
Controle
• Evitar ferimento nas plantas durante tratos culturais,
• Eliminar ramos atacados juntamente com 15 a 20 cm detecido sadio abaixo da lesão,
• Pulverizar as plantas com fungicida à base de cobre paraproteger as feridas,
• Aplicação de inseticidas para controlar insetosperfuradores.
04/03/2017
15
Bibliografia citada e recomendada:
AGRIOS, G.N. Plant Pathology. 5 th ed. San Diego, Academic Press,2005, 948p.
BARTZ, F. Pathogen Profile: Phellinus noxius (Corner) G. H.Cunningam. Raleigh: North Carolina State University, Department ofPlant Pathology, 2007. Disponível em:https://projects.ncsu.edu/cals/course/pp728/Phellinus/Phellinus_noxius.html
BATISTA, D.C.; COSTA, V.S.O.; BARBOSA, M.A.G.; TERAO, D.; SILVA,F.M.; TAVARES, S.C.C.H. Manejo Integrado de Lasiodiplodiatheobromae em Videira no Submédio do Vale do São Francisco.Circular Técnica, 91, Petrolina: Embrapa Semiárido, 2010, 7p.
CASTRO, B.L.; CARREÑO, A.J.; GALENO, N.F.; GAITÁN, A.L.Identification and genetic diversity of Rosellinia spp. associated with rootrot of coffee in Colombia. Australasian Plant Pathology , v.42, n.5,p.515-523, 2013.
ENGELBRECHT, C.J.; HARRINGTON, T.C. Intersterility, morphology andtaxonomy of Ceratocystis fimbriata on sweet potato, cacao andsycamore. Mycologia , v.97, n.1, p.57-69, 2005.
FAO. Mapa produção de Cacau. 2013. Disponível em:http://pt.actualitix.com/pais/wld/graos-de-cacau-paises-produtores.php
GÓMEZ-ALPÍZAR, L. Verticillium dahliae. Raleigh: North Carolina StateUniversity, Department of Plant Pathology, 2001. Disponível em:https://projects.ncsu.edu/cals/course/pp728/Verticillium/Vertifin.htm
•HARRINGTON, T.C. Ceratocystis wilt of Cacao . 2000. Disponível em:http://www.public.iastate.edu/~tcharrin/Cacao.html
MORA, F.D.S.; FIALLOS, F.R.G. Moniliophthora roreri (Cif y Par) Evanset al. en el cultivo de cacao. Scientia Agropecuaria, v.3, p.249-258,2012.
OLIVEIRA, M.L.; LUZ, E.D.M.N. Identificação e manejo das principaisdoenças do cacaueiro no Brasil. Ilhéus: CEPLAC/CEPEC/SEFIT,2005, 132p.
OMORUSI, V.I. Effects of White Root Rot Disease on Hevea brasiliensis(Muell.Arg.) - Challenges and Control Approach. In: DHAL, N.K.; SAHU,S.C. Plant Science , INTECH, 2012, pp.139-152.
PARTE, E.M.; VICENTE, L.P. Incidencia de enfermedades fúngicas enplantaciones de cacao de las provincias orientales de Cuba. Revista deProtección Vegetal, v.30, n.2, p.87-96, 2015.
PHILLIPS-MORA, W.; WILKINSON, M. J. Frosty pod of cacao: A diseasewith a limited geographic range but unlimited potential of damage.Phytopathology , v.97, p.1644-1647, 2007.
RIBEIRO JÚNIOR, P.M.; RESENDE, M.L.V.; PEREIRA, R.B.;CAVALCANTI, F.R.; AMARAL, D.R.; PÁDUA, M.A. Fosfito de potássio naindução de resistência a Verticillium dahliae Kleb., em mudas decacaueiro (Theobroma cacao L.). Ciência e Agrotecnologia , v.30, n.4,p.629-636, 2006.
RONDÓN, V.M.; GONZÁLEZ, M.R. Micobiota endofítica asociada alcultivo del mango ‘Haden’ (Mangifera indica L.) en el oriente deVenezuela. Revista Científica UDO Agrícola, v.9, n.2, p.393-402, 2009.
TEIXEIRA, P.J.P.L.; THOMAZELLA, D.P.T.; PEREIRA, G.A.G. Time forChocolate: Current Understanding and New Perspectives on CacaoWitches’ Broom Disease Research. PLoS Pathogens, v.11, n.10, p.01-08, 2015.
WIDMER, T.L. Phytophthora palmivora. Forest Phytophthoras v. 4, n.1,2014. Disponível em:http://journals.oregondigital.org/index.php/ForestPhytophthora/article/view/3557/3332
Leitura Obrigatória:
BASTOS, C.N.; LUZ, E.D.M.N.; SILVA, S.D.V.M.; MAGALHÃES, D.M.A.;ALBUQUERQUE, P.S.B. Doenças do Cacaueiro. In: AMORIM, L.;REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manualde Fitopatologia: Doenças das plantas cultivadas. v.2, 5 ed. OuroFino: Agronômica Ceres, 2016, p.175-192.
Este material é gratuito para download
Acesse: www.labfito.webnode.com