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04/03/2017 1 Doenças da Seringueira: etiologia, sintomatologia, epidemiologia e controle Patologia Florestal Daniel Diego Costa Carvalho Mestre em Fitopatologia (UFLA) Doutor em Fitopatologia (UnB) PFv004 Introdução Seringueira (Hevea brasiliensis): Produção de látex (coagulação do látex = borracha). Malásia, Indonésia e Tailândia Brasil: produz 18% de sua demanda. http://www.sitebarra.com.br/wp- content/uploads/2012/03/seringa2.jpg Sudeste, Centro-Oeste, Bahia e Paraná. Introdução Doenças: 1 – Mal das Folhas 2 – Cancro, requeima e queda anormal das folhas 3 – Antracnose 4 – Mancha areolada 5 – Oídio 6 – Mofo cinzento 7 – Podridões de raízes 8 – Crosta negra 9 – Mancha de Cercospora 10 – Mancha de Corynespora 11 – Rubelose 12 – Podridão do enxerto e casca http://www.otaviolage.com.br/novosite/negocios-seringueira.php 1 – Mal das Folhas (Microcyclus ulei) http://www.fao.org/3/a-i2730e/i2730e04.pdf The pycnidia on the upper leaf surfaces The pycnidia on the lower leaf surfaces http://www.fao.org/3/a-i2730e/i2730e04.pdf The perithecia on the upper surface of mature leaves http://www.fao.org/3/a-i2730e/i2730e04.pdf

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04/03/2017

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Doenças da Seringueira: etiologia, sintomatologia, epidemiologia e controle

Patologia Florestal

Daniel Diego Costa Carvalho

Mestre em Fitopatologia (UFLA)

Doutor em Fitopatologia (UnB)

PFv004

IntroduçãoSeringueira (Hevea brasiliensis):

Produção de látex (coagulação do látex = borracha).

Malásia, Indonésia e TailândiaBrasil: produz 18% de sua demanda.

http://www.sitebarra.com.br/wp-content/uploads/2012/03/seringa2.jpg

Sudeste, Centro-Oeste, Bahia e Paraná.

Introdução

Doenças:1 – Mal das Folhas2 – Cancro, requeima e queda anormal das folhas3 – Antracnose4 – Mancha areolada5 – Oídio6 – Mofo cinzento7 – Podridões de raízes8 – Crosta negra9 – Mancha de Cercospora10 – Mancha de Corynespora11 – Rubelose12 – Podridão do enxerto e casca

http://www.otaviolage.com.br/novosite/negocios-seringueira.php

1 – Mal das Folhas(Microcyclus ulei)

http://www.fao.org/3/a-i2730e/i2730e04.pdf

The pycnidia on the upper leaf surfaces

The pycnidia on the lower leaf surfaces

http://www.fao.org/3/a-i2730e/i2730e04.pdf

The perithecia on the upper surface of mature leaves

http://www.fao.org/3/a-i2730e/i2730e04.pdf

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The perithecia on the upper surface of mature leaves

http://www.fao.org/3/a-i2730e/i2730e04.pdf http://www.fao.org/3/a-i2730e/i2730e04.pdf

Symptoms on old leaves showing the shot holes formedfollowing necrosis of tissues at the centre of the perithecia

http://www.fao.org/3/a-i2730e/i2730e04.pdf

Imagem obtida de exsicatas depositadas no Herbário de Doenças de Plantas da UEG, 2013.

2 – Cancro, requeima e queda anormal das folhas (Phytophthora capasici, Phytophthora palmivora,

Phytophthora citrophthora)

BA

C

A - Cancro; B - Requeima; C - Queda anormal das folhas

https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/982145/manual-de-heveicultura-para-a-regiao-sudeste-do-estado-do-acre

Nos últimos anos, este tem causado danos superiores aomal-das-folhas, atacando folhas, frutos e hastes;

Ocorre somente no Brasil e tem maior importância nosudeste da Bahia;

O sintoma do cancro é a interrupção das sangrias durante operíodo chuvoso, prejudicando a produção de látex.

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Condições climáticas:

� De alta umidade relativa;

� Temperatura amena;

� Precipitação pluvial intensa.

Favorecem a maior incidência da doença

Os sintomas desaparecem por completo durante osperíodos mais secos do ano.

Ocorrência: somente em seringais adultos, e estárelacionada aos períodos de chuvas prolongadas.

http://www.ciflorestas.com.br/texto.php?p=seringueira

Os sintomas caracterizam-se por:

Aparecimento de lesões escuras;

Murcha seguida de queima dos folíolos jovens, dos pecíolos, dashastes e das inflorescências;

Exsudação de látex nos pecíolos de folhas adultas, as quais caem,ainda verdes, juntamente com os pecíolos.

https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/982145/manual-de-heveicultura-para-a-regiao-sudeste-do-estado-do-acre

(A) Troncos de seringueira com cancro-do-tronco e(B) Cancro-estriado no painel de sangria

https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/982145/manual-de-heveicultura-para-a-regiao-sudeste-do-estado-do-acre

3 – Antracnose(Glomerella cingulata)

Antracnose causada pelo fungo Glomerella cingulata em muda de H.brasiliensis oriunda de semente em viveiro de raiz nua.https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/982145/manual-de-heveicultura-para-a-regiao-sudeste-do-estado-do-

acre

Ocorre no Norte do País – associada ao mal-das-folhas ou emplantas de estresse nutricional;

Hoje também pode ser encontrada nos Estados de MS, PR,MG e ES;

Sua disseminação ocorre pelo vento e chuva;

O fungo sobrevive em lesões latentes e outros hospedeiros;

Temperatura média – 21ºC;

UR > 90% por 13 horas e períodos chuvosos.

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Folhas jovens – pequenas lesões marrom-avermelhadas, quepodem coalescer deformando os folíolos.

http://www.aprob.com.br/ckfinder/userfiles/files/Doen%C3%A7as%20na%20seringueira-%20Edson%20Luiz%20Furtado_compressed.pdf

Nos pecíolos e brotações – lesões escuras, com depressões.

http://www.aptaregional.sp.gov.br/acesse-os-artigos-pesquisa-e-tecnologia/2014/janeiro-junho/1475-manejo-de-doencas-de-seringueira-em-viveiro/file.html

Nos pecíolos e brotações – lesões escuras, com depressões.

http://www.aptaregional.sp.gov.br/acesse-os-artigos-pesquisa-e-tecnologia/2014/janeiro-junho/1475-manejo-de-doencas-de-seringueira-em-viveiro/file.html

Em condições de viveiros – desfolha severa das mudas, morteda gema apical e seca descendente da planta.

http://www.aprob.com.br/ckfinder/userfiles/files/Doen%C3%A7as%20na%20seringueira%20Edson%20Luiz%20Furtado_compressed.pdf

No painel de sangria, os sintomas iniciam-se a partir da canaletade corte, sobre a casca que recobre o câmbio onde surgempequenos pontos de coloração escura;

Podem coalescer e danificar grande parte do painel, causandoexsudação de látex em toda sua extensão.

http://www.aprob.com.br/ckfinder/userfiles/files/Doen%C3%A7as%20na%20seringueira%20Edson%20Luiz%20Furtado_compressed.pdf

Sintomas de antracnose em folhas e hastes

http://www.aprob.com.br/ckfinder/userfiles/files/Doen%C3%A7as%20na%20seringueira%20Edson%20Luiz%20Furtado_compressed.pdf

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http://www.aprob.com.br/ckfinder/userfiles/files/Doen%C3%A7as%20na%20seringueira-%20Edson%20Luiz%20Furtado_compressed.pdf

Danos causados por Glomerella cingulata em plantio deSeringueira na cidade de Mirassolândia.

Escala de Avaliação de Antracnose Foliar

http://www.aprob.com.br/ckfinder/userfiles/files/Doen%C3%A7as%20na%20seringueira-%20Edson%20Luiz%20Furtado_compressed.pdf

4 – Mancha areolada(Tanatephorus cucumeris – Rhizoctonia solani)

Foto: E.L.Furtado, 2005.

Relatada em 1944 no estado do Pará, adquiriu maior importânciaeconômica a partir da década de 90;

Quando ocorre nas fases de viveiro e jardim clonal, é tãoimportante economicamente como o mal-das-folhas;

Gonçalves et al., 2013.

A fonte de inóculo compreende basidiósporos ou pedaçosde micélio levados pelo vento ou insetos;

Alta umidade e temperaturas de 20-25ºC favorecem opatógeno;

Nos períodos de menor pluviosidade, a incidência dadoença é reduzida.

Aparecimento de gotas de látex na face abaxial do folíolo que,ao secar, formam pontos negros de aspecto oleoso

Gonçalves et al., 2013.

Em folíolos maduros, aparecem grandes manchas cloróticas,alternadas com necróticas.

Gonçalves et al., 2013.

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Cultivares que apresentem resistência moderada;

Recomenda-se o uso de fungicidas, em viveiros e jardinsclonais;

Representados pelos grupos químicos, cúpricos e triadimefon;

Na época de estiagem não há necessidade de pulverizações;

5 – Oídio(Oidium heveae)

Martins et al., 2014

Sintomas de Oídio em folha de seringueira. Aspecto micelial de coloração branca.

Vieira et al., 2006.

Micélio branco superficial em ambas as partes dos folíolos;

Atinge principalmente o terço médio inferior do folíolo;

Em casos mais severos, pode ocorrer o desfolhamento daplanta;

Patógeno favorecido por temperaturas amenas (13-17ºC);

Martins et al., 2014

Porta-enxertos de seringueira infectados com oídio

Desfolha precoce

Atualmente existem fungicidas em fase de teste que são erradicantes de fungos deste gênero;

Representados pelo grupo químico dos triazóis;

6 – Mofo cinzento(Ceratocystis fimbriata)

� Classe: Pyrenomycetes;

� Ordem: Ophiostomatales;

� Família: Ceratocystidaceae

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A. Peritécio de base globosa e ostíolo rostrado; B. Hifa ostiolar; C. Ascósporos em forma de chapéu.

Valdetaro, 2012.

A. Endoconióforo primário com fiálide produzindo conídio; B.Endoconídio primário cilíndrico; C. Aleuroconidióforo ealeuroconídio.

Valdetaro, 2012.

Pontuações marrom-claras, encharcadas, recobertasincialmente por micélio branco � acizentado;

www.aprob.com.br/ckfinder/userfiles/files/Doen%C3%A7as%20na%20seringueira%20Edson%20Luiz%20Furtado_compressed.pdf

Passados 3 a 4 dias � lesões grandes, escuras, compresença de tecido necrosado e amolecido;

Rachaduras na casca em regeneração, com escorrimentode látex;

Pode levar ao apodrecimento de grande porção da casca edo lenho;

Reação de cicatrização � painel recoberto por caloscicatriciais;

Valdetaro, 2012.

� As condições mais favoráveis para o mofo cinzento são aalta umidade relativa e a temperatura de 22º C a 26ºC;

� A forma mais frequente de transmissão da doença de umaárvore para outra é por meio da faca de sangria.

www.revistagloborural.globo.com

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1. Controle Químico;-Fungicidas a base de benomil, tiofanato metílico,carbendazim, thiabendazol e dodine;

2. Desinfecção da faca de sangria após cada corte dopainel;

7 – Podridões de raízes(Phellinus noxius; Ganoderma phillipi; Rigidoporus

lignosus)

• Sub-divisão: Basidiomycotina;

� Podridão parda - Phellinus noxius;

� Podridão vermelha - Ganoderma phillipi;

� Podridão branca - Rigidoporus lignosus;

Basidiósporos � são importantes como inóculos iniciaisnos tocos remanescentes, aos quais os fungos indutoresde podridão radiculares aceleram a decomposição eproduzem rizomorfas na superfície das raízes e hifas nosolo adjacente;

A infecção se dá pelo contato de raízes das seringueirascom as rizomorfas e hifas do patógeno presentes narizosfera dos tocos em estado de decomposição avançado.

� Geral � amarelecimento de uma parte da folhagem,seguindo-se o amarelecimento de toda a copa da árvore;

� Podridão branca – lenho marrom e rígido; rizomorfasinicialmente esbranquiçadas, e posteriormenteamarelecidas;

� Podridão vermelha – o lenho amarronzado, sem rigidez,esponjoso e úmido; as rizomorfas apresentam-se comcoloração vermelha;

� Podridão parda – o lenho inicialmente rígido, apresentalinhas ou estrias marrons, dispostas em ziguezague; asrizomorfas são incialmente, pardacentas e posteriormenteescuras, quase negras.

Gonçalves et al., 2013.

� Temperaturas e umidade elevadas;

� Solos pesados (franco-argilosos) � raiz fasciculadaspróximo a superfície do solo;

� Densidade de plantio � microclima e proximidade.

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1. Terapia � cirurgia para eliminar raízes infectadas � inviável;

2. Fungicida a base de querosene, piche e tridemorph ou PCNB(podridão branca);

3. Evasão � preparo e o manejo do solo, visando eliminar as fontes deinoculo, restos de culturas e galhos da mata nativa, seguindo-se deenleramento e queima;

4. Nitrato de potássio nos tocos e queimá-los;

5. Medida de erradicação em rizomorfos e hifas � calcário ao solo paraelevar o ph;

6. Culturas anuais � gramíneas durante dois a três anos antes daimplantação do seringal.

8 – Crosta negra(Phyllachora huberi)

� Classe: Sordariomycetes

� Ordem: Phyllachorales

� Familia: Phyllachoraceae

Gonçalves et al., 2013.

Face inferior � massas negras brilhantes, constituídas dos estromas;

Face superior � áreas cloróticas, correspondendo, nas superfíciesinferiores, aos estromas negros;

www.aprob.com.br/ckfinder/userfiles/files/Doen%C3%A7as%20na%20seringueira%20Edson%20Luiz%20Furtado_compressed.pdf Gonçalves et al., 2013.

Massas � círculos concêntricos separados por área de tecido foliar;

Em torno das crostas, desenvolvem-se áreas cloróticas, tornando-senecróticas quando ocorre invasão por fungos secundários.

www.aprob.com.br/ckfinder/userfiles/files/Doen%C3%A7as%20na%20seringueira%20Edson%20Luiz%20Furtado_compressed.pdf

� A crosta negra é causada pela associação dePhyllachora huberi e Rosenscheldiella sp;

� Ocorre em folíolos ainda jovens;

� Desenvolvimento da doença lento;

� As folhas caídas na época do desfolhamentoconstituem a fonte de inóculo primário que infecta osfolíolos na época de refolhamento.

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1. Pulverizações com fungicidas a base de benomyl (a 0,075%)e triadimefon (a 0,025%);

2. Fungos hiperparasitas, como Cylindrosporium sp. e Dicymapulvinata, parasitas de P. huberi e Rosenscheldiella sp.,respectivamente.

� Classe: Hyphomycetes.

� Ordem: Moniliales;

� Família Dematiacea

9 – Mancha de Cercospora(Cercospora heveae)

Conídios � hialinos, redondos no ápice e truncados na base,possuem de 3 a 5 septos e dimensões de 20,9-52,5 μm x 3,8-6,1 μm;

Esporodóquios � agrupamentos de conidióforos capazes desustentar os conídios;

Silva, 2014.

Inicial � lesões com coloração marrom-clara, são circulares airregulares, de 1 a 2 mm de diâmetro;

Avançada �grandes áreas do limbo foliar, coloração marrom-avermelhada;

Gasparotto et al., 1990.

� Disseminação:� Conídios produzidos sobre os restos vegetais no solo;� Águas de irrigação;� Vento;

� O fungo sobre as sementes contaminadas germina juntocom estas e parasita as folhas primárias, onde se formamos conídios que servirão para a infecção secundária.

� Ciclo posterior � lesões resultantes da infecção inicialproduzem esporos � vento e chuva � nova infecção.

� Temperaturas na faixa de 22 a 30°C e umidade do arelevada;

� O tubo germinativo é reduzido sob a presença de água;

� Este patógeno possui um longo período latente;

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1. Evitar o plantio próximo a culturas velhas;

2. Fazer um bom manejo da irrigação, evitando aplicar excessode água, adotando-se preferencialmente o sistema degotejamento;

3. Evitar plantios em épocas com alta intensidade de chuva,especialmente quando a temperatura for alta;

4. Eliminar os restos de cultura logo após a última colheita;

10 – Mancha de Corynespora(Corynespora cassiicola)

Jinji et al., 2007.

C) Conidióforos fasciculados; D) Conidióforos; E) Conídio

� Ordem: Pleosporales

� Família: Corynesporascaceae

Os conidióforos �

coloração marrom-clarae são longos;

Os conídios � formatocilíndrico, são retos oulevemente curvados,lisos, podendo serformados isoladamenteou em cadeias,apresentam de 4 a 20pseudoseptos e um hilopronunciado na base;

Mendonça et al., 2012.

A) Inicial �manchas marrom-escuras, circulares, com 1 a 2 mmde diâmetro;

B) mancha esbranquiçadas circundadas por um halo marrom-avermelhado e marrom-escuro com 2 mm a 8 mm de diâmetro;

Jinji et al., 2007.

Esta porção central esbranquiçada apresentam-serompida;

Quando o número de lesões é grande, estas coalesceme os folíolos apresentam-se enrugados;

Quando a nervura principal é afetada, o folíolo torna-seamarelo e cai mais rapidamente;

Raízes infectadas apresentam cor castanho-clara. Apósa morte da planta, em solo úmido, a raiz fica coberta poruma camada negra de conidióforos e conídios.

� Temperaturas entre 20 e 32ºC e longos períodos (entre 16 e44 horas) de alta umidade relativa;

� A doença é severa em regiões chuvosas sem ocorrência deperíodos secos prolongados;

� Presença de luz favorece a esporulação do fungo;

� A disseminação do fungo a curtas distâncias é feitaprincipalmente pelo vento, enquanto sua disseminação alongas distâncias é normalmente associada a sementesinfectadas.

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1. Cultivares resistentes;

2. Pulverizações com calda bordelesa e ditiocarbamatos;

3. Fungicida protetores mancozeb e clorotalonil;

4. Eliminação de restos culturais;

5. Maior espaçamento entre as plantas.

11 – Rubelose(Phanerochaete salmonicolor)

� Agente causal: Corticium salmonicolor � Phanerochaete salmonicolor;

� Ocorre em diversas partes do mundo em seringais com mais de 3 anos de idade, afetando ramos, tronco principal e ramificações de galhos;

http://www.ebah.com.br

� Ordem: Polyporales

� Família: Phanerochaetaceae

Inicial � Aparecimento de pústulas estéreis, esbranquiçadas, emramos e galhos (micélio fino);

Surgem massas de estruturas celulares do fungo � área afetadae recoberta por um denso micélio cor-de-rosa a salmão;

Oliveira et al., 2005. http://www.ebah.com.br

Exsudação de látex nas axilas dos ramosou ponto de inserção destes com o troncoque causam a morte do câmbio �

rachaduras � exsudação;

A destruição da casca causa oamarelecimento e morte da parte superiorao local da infecção.

Gasparotto et al., 1997.

O fungo penetra, primeiramente, em tecidos da casca dosramos e depois em camadas mais internas do lenho;

As lesões produzem uma espécie de goma no início dainfecção;

Sobre a casca dos ramos forma-se uma crosta rósea, quecom o tempo, racha e perde a cor viva;

• Disseminação � pelo vento e chuva (interior dacopa);

• Temperaturas médias em torno de 25 º C e umidadesrelativas do ar próximas 99%;

• Temperaturas acima de 30 ºC inibem o aparecimentode sintomas e a esporulação do fungo;

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1. Erradicação: A doença e bem controlada com a poda dosramos afetado;

2. Seguida da aplicação de pasta de cobre nas partesferidas;

3. Quando os galhos são grossos recomenda-se o uso decalda bordalesa;

4. A calda bordalesa não deve ser utilizada em seringais emprodução, por causa da contaminação do látex pelocobre.

12 – Podridão do enxerto e casca(Lasiodiplodia theobromae)

� Ordem: Botryosphaeriales

� Família: Botryosphaeriaceae

Rodrigues, 2003.

a) Picnídios; b) cirros de esporos liberados por picnídio; c) picnídiosproduzidos na superfície do caule; d) esporos de L. theobromae.

Batista et al., 2010.

Secamento e enegrecimento da casaca

Gasparotto et al., 1990.

http://www.agrolink.com.br

Gonçalves et al., 2013.

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• O fungo aloja-se na porção remanescente do porta-enxerto;

• Região de soldadura do enxerto e progride no sentidoascendente formando o desenho de “v” invertido;

• Ocasião em que podem ser observados alguns pontos deexsudação de látex.

• Ataca plantas lenhosas debilitadas a partir de ferimentosou trincamentos de natureza diversa;

• A lesão ascende na base do enxerto, tomando a forma deCunha alongada, à medida que essa porção entra emmorte regressiva, migra para a base, expandindo-se para aregião do enxerto, causando a necrose da área afetada;

1. Proteção � antes do pantio pincelar a superfície expostasdas mudas com piche; prever adubações adequadas;evitar ferimentos nos troncos durante as limpesas;

2. Erradicação � eliminar ramos afetados;

3. Terapia � raspagem da superfície afetada � pincelarcom pasta de tiofantao metílico, cal hidratado eagrimicina;

Bibliografia citada e recomendada:

BATISTA, D.C.; COSTA, V.S.O.; BARBOSA, M.A.G.; TERAO, D.; SILVA,F.M.; TAVARES, S.C.C.H. Manejo Integrado de Lasiodiplodiatheobromae em Videira no Submédio do Vale do São Francisco.Circular Técnica, 91, Petrolina: Embrapa Semiárido, 2010, 7p.

GASPAROTTO, L.; FERREIRA, F.A.; LIMA, M.I.P.M.; PEREIRA, J.C.;SANTOS, A.D. Enfermidades da seringueira no Brasil . CircularTécnica, 3, Manaus: Embrapa CPAA, 1990, 35p.

GASPAROTTO, L.; SANTOS, A. F. dos; PEREIRA, J. C. R.; FERREIRA,F. A. Doenças da seringueira no Brasil . Circular Técnica, Manaus:Embrapa Amazônia Ocidental, 1997, 168p.

GONÇALVES, R.C.; SÁ, C.P.; DUARTE, A.A.F.; BAYMA, M.M.A. Manualde Heveicultura para a Região Sudeste do Estado do Acre.Documentos, 128. Rio Branco: Embrapa Acre, 2013, 152p.

JINJI, P.; XIN, Z.; YANGXIAN, Q.; YIXIAN, X.; HUIQIANG, Z.; HE, Z. Firstrecord of Corynespora leaf fall disease of Hevea rubber tree in China.Australasian Plant Disease Notes , v.2, n.1, p.35-36, 2007.

MARTINS, A.N.; SILVEIRA, A.P.; SALES, B.T.L.S. Manejo de Doenças deSeringueira em Viveiro. Pesquisa & Tecnologia , v.11, n.1, 2014.

MENDONÇA, R.F.; RODRIGUES, W.N.; JESUS, W.C. Mancha decorynespora: desafio para a cultura do café conilon no estado do espíritosanto. Enciclopédia Biosfera , v.8, n.14, p.724-734, 2012.

OLIVEIRA, M.L.; LUZ, E.D.M.N. Identificação e manejo das principaisdoenças do cacaueiro no Brasil. Ilhéus: CEPLAC/CEPEC/SEFIT,2005, 132p.

RODRIGUES, R. Caracterização morfológica e patológica deLasiodiplodia theobromae (Pat.) Griffon & Maubl., agente causal daspodridões de tronco e raízes da videira. Campinas: InstitutoAgronômico de Campinas, Dissertação (mestrado em Agricultura Tropicale Subtropical, 2003, 53p.

SILVA, H.R. Mancha de Cercospora em Toona ciliata no Brasil.Lavras: Universidade Federal de Lavras, Dissertação (mestrado emFitopatologia), 2014, 63p.

VALDETARO, D.C.O.F. Morfologia, variabilidade genética epatogenicidade de Ceratocystis fimbriata em Hevea brasiliensis.Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, Dissertação (mestrado emFitopatologia), 2012, 38p.

VIEIRA, M. R.; GOMES, E. C.; MATOS, C.A.O. Controle de oídio emseringueira e sua interferência na população do ácaro Calacarus heveaeFeres. Summa Phytopathologica , v.32, n.3, p.274-276, 2006.

Leitura Obrigatória:

FURTADO, E.L.; GASPAROTTO, L.; PEREIRA, J.C.R. Doenças daSeringueira. In: AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN FILHO, A.;CAMARGO, L.E.A. Manual de Fitopatologia: Doenças das plantascultivadas. v.2, 5 ed. Ouro Fino: Agronômica Ceres, 2016, p.647-656.

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