parque natural do vale do guadiana · tempos remotos que o homem vem sendo um fator decisivo no ......

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INFORMAÇÕES Queda de água Parque de merendas Praia fluvial Ponto de interesse geológico Moinho de água Panorama Ponto de interesse Anta Capela Monumento Alojamento Queijaria Percurso A Vales Mortos Via Glória SANTANA DE CAMBAS Azinhal Corte da Velha ER267 EN123 EN122 / IC27 IC27 Namorados Espírito Santo Sedas Mesquita Formoa Pomarão Picoitos Bens Salgueiros Mosteiro Amendoeira da Serra Mina de São Domingos ER265 Ribª Terges e Cobres Ribª Limas Ribª C Ribª Oeiras Ribª Carreiras Rio Vascão Albufeira do Chança Albufeira da Tapada Pequena Albufeira da Tapada Grande Serra de Serpa Serra de Alcaria Ruiva Serra de São Barão Rio Guadiana MÉRTOLA SERPA N. Sra. do Amparo Corvos Vale de Açor de Cima Vale de Açor de Baixo Corte Pequena Algodor Pulo do Lobo Vale do Poço Corte Gafo de Cima CORTE SINES CORTE DO PINTO Corte Gafo de Baixo Monte da Légua ALCARIA RUIVA Corte Pequena Monte do Guizo Sapos Moreanes Fernandes Alves Bombeira Nova Lombardos Penha de Águia Roncanito Roncão de Cima Roncão do Meio Álamo Neves Sapos VILA REAL Sto ANTÓNIO CASTRO VERDE BEJA A A A A A A A A A A A A A A A A João Serra Corte de Pão e Água Serra de Alvares Alvares ALMODÔVAR Morena PR 6 PR 3 PR 2 PR 1 PR 7 PR 4 PR 8 PR 5 PR 9 Legenda Sede do Concelho Povoação Estrada Nacional Estrada Municipal Caminho transitável Percursos pedestres Contatos de interesse: Parque Natural do Vale do Guadiana Rua D. Sancho II, nº 15 7750 -350 Mértola Tel. +351 286 612 016 E-mail [email protected] Posto de Informação Turística de Mértola [email protected] Tel. (+351) 286 610 109 Oferta turística em Mértola www.visitmertola.pt Posto de Turismo de Serpa Rua dos Cavalos, nº 19 - Serpa Tel. +351 284 544 727 Fax. +351 284 544 721 E-mail [email protected] www.cm-serpa.pt Parque Natural do Vale do Guadiana Conselhos para a visita: > A época mais favorável para visitar o Parque Natural é de outubro a maio. Evitar os meses de verão devido às elevadas temperaturas que aqui se registam. > Lixos e restos são a pior lembrança que podemos deixar da nossa visita. Guarde o lixo em sacos e deposite-o no primeiro contentor que encontrar; > O fogo é sempre um grande perigo. Não faça lume e tenha muita precaução com o cigarro; > Se fazemos demasiado barulho perturbamos a fauna e as possibi- lidades de observar e escutar serão escassas. > Sair das rotas estabelecidas é má opção, podemos perder-nos. Seguir somente as rotas recomendadas; > Se for realizar algum percurso pedestre, equipe-se com água, rou- pa e calçado adequado; > Todas as portas e cancelas que necessitamos de abrir à nossa passagem deverão ficar fechadas, pois se o gado se escapa pode- remos provocar graves problemas; > Tocar, cheirar e fotografar é melhor que arrancar a planta. Deixe- mos que outros desfrutem do que todos gostamos; > No Parque não é permitido acampar; > Um cão solto pode provocar danos à fauna silvestre e ao gado doméstico. Deve circular com trela. Ficha técnica: Figura de proteção nacional: Parque Natural Superfície: 69.773ha Altitude máxima: 370m Concelhos: Mértola e Serpa Data de criação: 18 de novembro de 1995 Figuras de Proteção Internacional: Rede Natura 2000: Zona de Proteção Especial para Aves do Vale do Gua- diana e Sítio de Importância Comunitária do Guadiana; Zona Húmida de Importância Internacional: Sítio Ramsar Ribeira do Vascão Design gráfico e impressão: Rui Belo, unip, Lda. Ilustrações: Marcos Oliveira e Alfredo da Conceição (AC) Texto: Ana Cristina Cardoso

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INFORMAÇÕES

Queda de água

Parque de merendas

Praia fluvial

Ponto de interesse geológico

Moinho de água

Panorama

Ponto de interesse

Anta

Capela

Monumento

Alojamento

Queijaria

Percurso

A

Vales Mortos

Via Glória

SANTANA DE CAMBAS

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Corte da Velha

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Corvos

Vale de Açorde Cima

Vale de Açorde Baixo

Corte PequenaAlgodor

Pulo do Lobo

Vale do Poço

Corte Gafode Cima CORTE SINES

CORTE DO PINTO

Corte Gafode Baixo

Monte da LéguaALCARIA RUIVA

Corte Pequena

Monte do Guizo

SaposMoreanes

Fernandes

AlvesBombeira Nova

LombardosPenha de Águia

RoncanitoRoncão de Cima

Roncão do Meio

Álamo

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Serra de Alcaria RuivaSerra de Alcaria Ruiva

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João Serra

Corte de Pão e Água

Serra de Alvares

Alvares

ALMODÔVAR

Morena

PR6

PR3

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N. Sra.N. Sra.do Amparo

Corvos

N. Sra.N. Sra.do Amparo

PR7

Legenda

Sede do Concelho

Povoação

Estrada Nacional

Estrada Municipal

Caminho transitável

Percursos pedestres

Contatos de interesse:

Parque Natural do Vale do GuadianaRua D. Sancho II, nº 157750 -350 MértolaTel. +351 286 612 016E-mail [email protected]

Posto de Informação Turística de Mé[email protected]. (+351) 286 610 109

Oferta turística em Mértolawww.visitmertola.pt

Posto de Turismo de SerpaRua dos Cavalos, nº 19 - SerpaTel. +351 284 544 727Fax. +351 284 544 721E-mail [email protected] www.cm-serpa.pt

ParqueNaturaldo Valedo Guadiana

EN122 / IC27

EN122 / IC27

Rio Vascão

Rio Vascão

VILA REALVILA REALSto ANTÓNIOSto ANTÓNIOSto ANTÓNIO

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Conselhos para a visita:

> A época mais favorável para visitar o Parque Natural é de outubro a maio. Evitar os meses de verão devido às elevadas temperaturas que aqui se registam.

> Lixos e restos são a pior lembrança que podemos deixar da nossa visita. Guarde o lixo em sacos e deposite-o no primeiro contentor que encontrar;

> O fogo é sempre um grande perigo. Não faça lume e tenha muita precaução com o cigarro;

> Se fazemos demasiado barulho perturbamos a fauna e as possibi-lidades de observar e escutar serão escassas.

> Sair das rotas estabelecidas é má opção, podemos perder-nos. Seguir somente as rotas recomendadas;

> Se for realizar algum percurso pedestre, equipe-se com água, rou-pa e calçado adequado;

> Todas as portas e cancelas que necessitamos de abrir à nossa passagem deverão ficar fechadas, pois se o gado se escapa pode-remos provocar graves problemas;

> Tocar, cheirar e fotografar é melhor que arrancar a planta. Deixe-mos que outros desfrutem do que todos gostamos;

> No Parque não é permitido acampar;

> Um cão solto pode provocar danos à fauna silvestre e ao gado doméstico. Deve circular com trela.

Ficha técnica:Figura de proteção nacional: Parque NaturalSuperfície: 69.773haAltitude máxima: 370mConcelhos: Mértola e SerpaData de criação: 18 de novembro de 1995Figuras de Proteção Internacional:

Rede Natura 2000: Zona de Proteção Especial para Aves do Vale do Gua-diana e Sítio de Importância Comunitária do Guadiana;Zona Húmida de Importância Internacional: Sítio Ramsar Ribeira do Vascão

Design gráfico e impressão: Rui Belo, unip, Lda. Ilustrações: Marcos Oliveira e Alfredo da Conceição (AC)Texto: Ana Cristina Cardoso

O Parque Natural insere-se numa área geo-histórica mediterrâ-nica e portanto de antiga e profunda presença do homem. Desde tempos remotos que o homem vem sendo um fator decisivo no desenho da paisagem do território do Vale do Guadiana.

As antas são um dos testemunhos dessa ocupação no Neolítico, como a antas de Pias, a caminho do Pulo do Lobo. Os vestígios dos primeiros moinhos de água são da mesma altura. Mas o processo de moagem de cerais foi evoluindo e a tecnologia romana impôs--se até um passado recente, até ao advento da mecanização e da era industrial.

Mértola, hoje reduzida a um pequeno povoado, foi em tempos um importante entreposto comercial. Desde a Idade do Ferro que

O Parque Natural insere-se no troço médio do vale do Guadiana, com predominância de xistos e mi-caxistos. A norte, no Parque Natural, o rio corre sobre quartzitos, rochas muito duras, resistentes à erosão fluvial e responsáveis pela existên-cia da queda de água do Pulo do Lobo e também pelo aspeto encai-xado do rio – a corredora, que se estende ao longo de 6 km para sul. O desnível de 20 metros do Pulo do Lobo formou-se durante a regressão marinha que ocorreu na fase gla-ciar Würm. Ao longo da corredora são visíveis as marmitas de gigante, cavidades circulares na rocha cau-sadas pelo movimento em turbilhão dos seixos e, que são dos aspetos geológicos mais curiosos que se po-dem observar no vale do Guadiana.

As altitudes máximas alcançam--se nas elevações quartzíticas das serras de Alcaria Ruiva, com apenas 370m, e de S. Barão, com 306m, na margem direita e do cerro do Guizo Grande na margem esquerda, com 266 metros. Destes três pontos conse-gue-se desfrutar de uma magnífica panorâmica sobre o relevo suave da planície alentejana e do relevo mais acentuado nas proximidades do vale do Guadiana.

O clima da região é de tipo mediterrânico, com verões mui-to quentes e secos e invernos moderados, com precipitações médias anuais baixas, na ordem dos 550mm. Ocorrendo

anos com valores superiores a 800mm e, outros, em que não se chega aos 300mm. Esta irregularidade no regi-

me de pluviosidade explica a ocorrência de fenó-menos climáticos extremos, como as cheias e as

secas, bem como problemas associados à desertificação que assolam o território.

O que éum parqueNatural?

Porquese protegeo Vale do Guadiana?

(Olea europaea var. sylvestris) e mais escasso o zimbro (Juniperus phoenicea sp. turbinata), acompanhados por várias plantas aro-máticas e medicinais como é o caso do mentrasto (Ageratum cony-zoides), do alecrim (Rosmarinus officinalis) e da erva-ursa (Thymus pulegioides) e pelas várias espécies de tojo, tojo-molar (Genista triacanthos) e tojo do Sul (Genista hirsuta), e de rosmaninho (La-vandula stoechas) e rosmaninho verde (Lavandula viridis) cuja pro-fusão de cores sustentam a apicultura, sendo o mel de rosmaninho bastante apreciado.

Nos cursos de água aparecem plantas adaptadas ao regime tor-rencial das águas durante o inverno, o bem conhecido loendro (Nerium oleander), o tamuje (Securinega tinctoria) e a tamargueira (Tamarix africana). Nas margens mais consolidadas a vegetação

Nas zonas mais inacessíveis do Parque Natural persistem bos-quetes de azinheira (Quercus ro-tundifolia), com um subcoberto intricado de várias espécies, en-tre elas destacam-se o espinhei-ro-preto (Rhamnus oleoides), o folhado (Viburnum tinus), o medronheiro (Arbutus unedo), a murta (Myrtus communis) e a gil-bardeira (Ruscus aculeatus).

Nas encostas declivosas do Vale do Guadiana, a paisagem é dominada por vegetação arbus-tiva, o matagal mediterrânico, com predomínio para a aroeira (Pistacia lentiscus), o zambujeiro

Vegetaçãoe flora

ribeirinha é constituída por salgueiros (Salix salvifolia e Salix atrocinerea) e freixos (Fraxinus angustifolia), que for-mam bosques ribeirinhos densos.

Mas o coberto arbóreo que domina no Parque Natural é o montado de azi-nho, aqui se desenvolve uma das prin-cipais atividades económicas, a pasto-rícia, como produtos reis o queijo de ovelha e o borrego. Mediante a maior ou menor intervenção do gado o sub-coberto é dominado pelas cistáceas, plantas adaptadas a solos delgados e a forte exposição solar. No Parque Na-tural são conhecidas seis espécies, mas a esteva (Cistus ladanifer) predomina sobre as restantes.

Pela raridade ou pelo seu carater endémico salientam-se as seguintes espécies: Deschampsia stricta (ende-mismo português), Marsilea batardae, Thymus mastichina, Narcissus jonquilla e Narcissus fernandesii (endemismos ibéricos) ou então as orquídeas Sera-pias lingua e Spiranthes aestivalis pela raridade e estatuto de ameaça.

crómia (Macromia splendens), um dos poucos locais do país onde ocorrem.

Mas o rio, não é só relevante para os organismos aquáticos, é também importante para os passeriformes migradores, que utili-zam o vale como elemento físico na sua rota e o cordão de ve-getação como refúgio. É ainda nas escarpas do rio, que a tímida cegonha-preta (Ciconia nigra) nidifica.

Área fundamental para a conservação da avifauna, distinguem--se dois grandes grupos pelo risco de extinção que apresentam, as aves estepárias e as grandes rapinas. Com o abandono agrícola e cada vez mais um parque natural dedicado à silvo-pastorícia, resistem dois núcleos importantes onde ocorre a calhandra-real (Melanocorypha calandra), a abetarda (Otis tarda), e o cada vez mais raro tartaranhão-caçador (Circus pygargus). Em contraponto, as grandes rapinas têm ocupado o território encontrando aqui as condições ideais de refúgio e alimento, a águia de Bonelli (Aqui-la fasciatus), a águia-real (Aquila chrysaetos) e a águia-imperial (Aquila adalberti).

Na vila de Mértola, reside o último núcleo urbano de francelho-das--torres (Falco naumanni) e do castelo observam-se facilmente estas aves. Também é na vila, ou junto aos moinhos de água, que mais fa-cilmente se pode observar a lontra (Lutra lutra), embora mais esquiva que a primeira.

Este espaço protegido apresenta especial interesse para a con-servação do gato-bravo (Felis silvestris), dos morcegos

e do leirão (Elyomis quercinus) e condições para promover a ocor-rência de lince-ibérico (Lynx par-dinus). Os abrigos de morcegos constituem núcleos com grande valor conservacionista devido à diversida-de e abundância das espécies, al-gumas com um elevado estatuto de ameaça, como o morcego--de-ferradura-mourisco (Rhinolophus mehelyi) ou o morcego-rato-grande (Myotis myotis).

Fauna

Os diversos habitats presentes distri-buem-se por três grandes estruturas geomorfológicas: as

planícies ondulantes, que dominam em área e onde se en-contram as culturas extensivas de sequeiro, as áreas de esteval e os montados de azinho; as serras de S. Barão e de Alcaria e os vales encaixados do rio Guadiana e seus afluentes, margi-

nados por escarpas e matagais mediterrânicos. Esta variedade é a razão pela qual este Parque é um dos parques com maior di-versidade faunística, onde espécies com estatuto de ameaça mais elevado encontram condições para a sua sobrevivência.

O rio Guadiana, como artéria vital estruturante de toda esta re-gião, foi sempre um importantíssimo biótopo das mais variadas espécies piscícolas: Os peixes migradores, que entram no rio para desovar, como a lampreia (Petromyzon marinus), o sável (Alosa alosa) e a savelha (Alosa fallax), ou então aqueles que aqui se refugiam até terem maturidade para enfrentar o oceano, como a enguia (Angulla angulla). Estritamente dulçaquícolas, 11 espécies de peixes, desde o barbo à boga com o nome do rio, boga do Guadiana (Pseudochondrostoma willkommii), por aqui só ocorrer.

Inteiramente dependentes da permanência das populações de peixes endémicas ocorrem quatro espécies de bivalves e uma das mais bem conservadas populações de mexilhão-do-rio Unio tumi-diformis. Ainda dentro do grupo dos invertebrados há a realçar duas espécies, a libélula esmeralda (Oxygastra curtisii) e a ma-

Geologiae Clima

Um Parque Natural é uma área que contem predominantemen-te ecossistemas naturais ou se-minaturais, onde a preservação da biodiversidade a longo prazo depende da atividade humana, assegurando um fluxo susten-tável de produtos naturais e de serviços.

O vale do troço médio do rio Guadiana apresenta formações geomorfológicas interessantes, vestígios do último período de gla-ciação.

Nas vertentes mais ingremes do vale do rio Guadiana e de alguns dos seus afluentes sobrevive o coberto vegetal original, o matagal mediterrânico, habitat representativo desta região biogeográfica

Apresenta uma grande diversidade faunística, com elementos característicos da região mediterrânica, com destaque para as aves, grandes rapinas e estepárias, mamíferos, algumas espécies raras e ameaçadas, bem como um elevado número de espécies de peixes endémicos, a nível ibérico e da bacia do Guadiana.

Vegetaçãoe flora

Vegetaçãoe flora

O Parque Natural insere-se numa área geo-histórica mediterrâ-

rência de lince-ibérico dinus). Os abrigos de morcegos constituem núcleos com grande valor conservacionista devido à diversida-de e abundância das espécies, al-gumas com um elevado estatuto de ameaça, como o morcego--de-ferradura-mourisco mehelyi)(Myotis myotis)

condições para promover a ocor-rência de lince-ibérico

(Oxygastra curtisii) e a ma-rência de lince-ibérico dinus)constituem núcleos com grande valor conservacionista devido à diversida-de e abundância das espécies, al-gumas com um elevado estatuto de ameaça, como o morcego-

gue-se desfrutar de uma magnífica panorâmica sobre o relevo suave da planície alentejana e do relevo mais acentuado nas proximidades do vale do Guadiana.

O clima da região é de tipo mediterrânico, com verões mui-to quentes e secos e invernos moderados, com precipitações médias anuais baixas, na ordem dos 550mm. Ocorrendo

anos com valores superiores a 800mm e, outros, em que não se chega aos 300mm. Esta irregularidade no regi-

me de pluviosidade explica a ocorrência de fenó-menos climáticos extremos, como as cheias e as

secas, bem como problemas associados

gue-se desfrutar de uma magnífica panorâmica sobre o relevo , dos morcegos (Elyomis quercinus)

condições para promover a ocor-(Lynx par-

. Os abrigos de morcegos constituem núcleos com grande valor conservacionista devido à diversida-de e abundância das espécies, al-gumas com um elevado estatuto de ameaça, como o morcego--de-ferradura-mourisco

ou o morcego-rato-grande

gue-se desfrutar de uma magnífica panorâmica sobre o relevo suave da planície alentejana e do relevo mais acentuado nas proximidades do vale do Guadiana.

O clima da região é de tipo mediterrânico, com verões mui-to quentes e secos e invernos moderados, com precipitações médias anuais baixas, na ordem dos 550mm. Ocorrendo

anos com valores superiores a 800mm e, outros, em que não se chega aos 300mm. Esta irregularidade no regi-

me de pluviosidade explica a ocorrência de fenó-menos climáticos extremos, como as cheias e as

, dos morcegos (Elyomis quercinus) e

condições para promover a ocor-(Lynx par-

. Os abrigos de morcegos constituem núcleos com grande valor conservacionista devido à diversida-de e abundância das espécies, al-gumas com um elevado estatuto de ameaça, como o morcego--de-ferradura-mourisco (Rhinolophus

ou o morcego-rato-grande

AC

Cortiçol-de-barriga-preta (Pterocles orientalis)

Narcissus fernandesii

Esteva (Cistus ladanifer)

Salsaparrilha-brava (Smilax aspera) Tamujo (Securinega tinctoria) Zimbro (Juniperus fhoenicea sp.)

Sardão (Lacerta lepida)

Saramugo (Anaecypris hispanica)

Almirante vermelho(Vanessa atlanta)

Morcego-de-peluche (Miniopterus schreibersi)

Cheia no Pulo do Lobo

Serra de Alcaria Ruiva

AC

aqui chegavam as grandes rotas comerciais do Mediterrâneo e onde convergiam os caminhos do in-

terior vindos dos centros mineiros de Aljustrel e S. Domingos e das terras férteis de Beja, Serpa e Moura.

Junto à antiga estrada que ligava Myrtilis (Mértola) a Pax Julia (Beja) localiza-se a pequena aldeia do Mosteiro. Este local foi uma villa ou mansio romana, tendo posteriormente, com o advento do cristianismo, sido adaptada a um monasterium de tipo familiar. Hoje alberga um pequeno centro de interpretação. No essencial, os antigos caminhos e calçadas mantiveram os seus percursos até aos tempos modernos.

Em pleno século XX, nos anos 30, o espaço rural foi profunda-mente transformado pela célebre Campanha do Trigo levada a cabo pelo Estado Novo. Nesses tempos, o solo, apesar de delgado, foi aproveitado até ao último espaço possível de arar. Da época de exploração agrícola, restam os montes, edificação rural assim designada ao conjunto da moradia e dependências do proprietário ou lavrador, que chegavam a albergar várias famílias.

Atualmente a exploração silvo-pastoril é a base de vários pro-dutos e de outras atividades com expressão económica, como o queijo de ovelha ou o borrego, mas também da melaria e da caça. Também os produtos silvestres como as plantas aromáticas e me-dicinais ou os cogumelos fazem parte da economia local. No seu conjunto todos dependem do tipo de atividade silvo-pastoril desen-volvida de forma extensiva essencialmente nas áreas de montado de azinho.

Patrimóniosociale cultural

Tartaranhão-caçador (Circus pygargus)