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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Subsecretaria de Regularização Ambiental Superintendência Regional de Meio Ambiente do Sul de Minas 0090756/2018 30/01/2018 Pág. 1 de 17 Av. Manoel Diniz, 145 - Industrial JK - CEP 37.062-480 - Varginha - Sul de Minas Tel.: (35) 3229-1816 PARECER ÚNICO Nº 0090756/2018 (SIAM) INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO: Licenciamento Ambiental 10359/2007/005/2015 Sugestão pelo Deferimento FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação Corretiva - LOC VALIDADE DA LICENÇA: 10 anos PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO: Uso Insignificante (captação em curso d’água) 32471/2015 Cadastrada EMPREENDEDOR: Manganês Congonhal Ltda. CNPJ: 09.169.813/0001-84 EMPREENDIMENTO: Manganês Congonhal Ltda. CNPJ: 09.169.813/0001-84 MUNICÍPIO: Congonhal ZONA: Urbana COORDENADAS GEOGRÁFICA (DATUM): SAD 69 LAT/Y -22º 11’ 08” LONG/X -46º 0441LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO: INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTÁVEL X NÃO BACIA FEDERAL: Rio Grande BACIA ESTADUAL: Rio Sapucaí UPGRH: GD5 Rio Verde SUB-BACIA: Rio Cervo CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE A-02-01-1 Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a seco minerais metálicos, exceto minério de ferro 1 A-05-02-9 Obras de infraestrutura (pátios de resíduos e produtos e oficinas) 1 A-05-04-5 Pilhas de rejeito/estéril 3 A-05-05-3 Estradas para transporte de minério/estéril 1 CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO: JUS Ambiental Assessoria e Consultoria Ltda. CNPJ 05.651.837/0001-14 Cristiane Beatriz Pereira (Bióloga) CRBio 76.496/04-D Jakeline Nunes da Silva (Tec. Meio Ambiente) CREA-MG 154.590/TD Jéssica Emiliana Silva de Lira (Tec. Meio Ambiente) CRQ 2415531 Marlúcio Carvalho Milagres (Eng. Florestal) CREA-MG 70375/D RELATÓRIO DE VISTORIA: 15/2016 DATA: 18/08/2016 EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA Rogério Junqueira Maciel Villela Analista Ambiental 1.199.056-1 Vanessa Mesquita Braga Gestora Ambiental 1.214.054-7 Wagner Massote Magalhães Gestor Ambiental 1.403.485-4 De acordo: Cezar Augusto Fonseca e Cruz Diretor Regional de Regularização Ambiental 1.147.680-1 De acordo: Anderson Ramiro de Siqueira Diretor Regional de Controle Processual 1.051.539-3

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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Subsecretaria de Regularização Ambiental Superintendência Regional de Meio Ambiente do Sul de Minas

0090756/2018 30/01/2018

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Av. Manoel Diniz, 145 - Industrial JK - CEP 37.062-480 - Varginha - Sul de Minas Tel.: (35) 3229-1816

PARECER ÚNICO Nº 0090756/2018 (SIAM)

INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Licenciamento Ambiental 10359/2007/005/2015 Sugestão pelo Deferimento

FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação Corretiva - LOC VALIDADE DA LICENÇA: 10 anos

PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Uso Insignificante (captação em curso d’água) 32471/2015 Cadastrada

EMPREENDEDOR: Manganês Congonhal Ltda. CNPJ: 09.169.813/0001-84

EMPREENDIMENTO: Manganês Congonhal Ltda. CNPJ: 09.169.813/0001-84

MUNICÍPIO: Congonhal ZONA: Urbana

COORDENADAS GEOGRÁFICA (DATUM): SAD 69

LAT/Y -22º 11’ 08” LONG/X -46º 04’ 41”

LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:

INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTÁVEL X NÃO

BACIA FEDERAL: Rio Grande BACIA ESTADUAL: Rio Sapucaí

UPGRH: GD5 – Rio Verde SUB-BACIA: Rio Cervo

CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE

A-02-01-1 Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a seco – minerais metálicos, exceto minério de ferro

1

A-05-02-9 Obras de infraestrutura (pátios de resíduos e produtos e oficinas) 1

A-05-04-5 Pilhas de rejeito/estéril 3

A-05-05-3 Estradas para transporte de minério/estéril 1

CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO:

JUS Ambiental Assessoria e Consultoria Ltda. CNPJ 05.651.837/0001-14

Cristiane Beatriz Pereira (Bióloga) CRBio 76.496/04-D

Jakeline Nunes da Silva (Tec. Meio Ambiente) CREA-MG 154.590/TD

Jéssica Emiliana Silva de Lira (Tec. Meio Ambiente) CRQ 2415531

Marlúcio Carvalho Milagres (Eng. Florestal) CREA-MG 70375/D

RELATÓRIO DE VISTORIA: 15/2016 DATA: 18/08/2016

EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA

Rogério Junqueira Maciel Villela – Analista Ambiental 1.199.056-1

Vanessa Mesquita Braga – Gestora Ambiental 1.214.054-7

Wagner Massote Magalhães – Gestor Ambiental 1.403.485-4

De acordo: Cezar Augusto Fonseca e Cruz – Diretor Regional de Regularização Ambiental

1.147.680-1

De acordo: Anderson Ramiro de Siqueira – Diretor Regional de Controle Processual

1.051.539-3

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Subsecretaria de Regularização Ambiental Superintendência Regional de Meio Ambiente do Sul de Minas

0090756/2018 30/01/2018

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Av. Manoel Diniz, 145 - Industrial JK - CEP 37.062-480 - Varginha - Sul de Minas Tel.: (35) 3229-1816

1. Introdução

No dia 11/11/2015 foi formalizado na Supram Sul de Minas o processo de regularização ambiental referente

à Licença de Operação em caráter Corretivo – LOC (PA nº 10359/2007/005/2015) do empreendimento

Manganês Congonhal Ltda., para as atividades de lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a

seco – minerais metálicos, exceto minério de ferro, pilhas de rejeito/estéril, obras de infraestrutura e

estradas para transporte de minério/estéril, localizado no sítio Campestre, zona rural do município de

Congonhal.

Em 28/11/2014 foi formalizado processo de Licença de Operação em nome da empresa Varginha

Mineração e Loteamentos Ltda., CNPJ 71.466.569/0001-95. Em 26/03/2015 foram lavrados os autos de

fiscalização nº 159815/2015 e de infração nº 7548/2015 em função do empreendimento estar em operação

sem licença. Constatou-se ainda que o empreendimento que estava em operação no local é o de nome

Manganês Congonhal Ltda., CNPJ 09.169.813/0001-84. Em consulta ao DNPM, constatou-se que a

empresa Varginha Mineração havia cedido seus direitos minerários referentes à concessão de lavra do

DNPM 833.104/1992 à empresa Manganês Congonhal. Porém, a empresa não comunicou oficialmente o

órgão ambiental desta cessão. Em função disto, o processo de LO nº 10359/2007/004/2014 foi arquivado. O

processo ora em tela, portanto, diz respeito à regularização da empresa que, de fato, atua no local.

O empreendimento está enquadrado como classe 3 em razão de suas pilhas de rejeito/estéril, código A-05-

04-5 da DN Copam nº 74/2004, onde apresenta potencial poluidor/degradador grande e porte pequeno. Já

sua atividade de lavra, código A-02-01-1 conforme DN Copam nº 74/2004, apresenta potencial

poluidor/degradador médio e porte pequeno, diante da produção bruta declarada de 48.000 ton/ano,

estando enquadrada como classe 1, assim como as demais atividades: obras de infraestrutura e estradas

para transporte de minério/estéril.

Em 18/08/2016 foi realizada vistoria técnica ambiental no empreendimento, conforme relatório nº 15/2016.

Em razão da operação do empreendimento sem prévio licenciamento ambiental, em 16/11/2016 foram

lavrados o Auto de Fiscalização 68852/2016 e Auto de Infração 95755/2016.

Em 16/11/2016 foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC entre a empresa e a SEMAD,

neste ato representada pela SUPRAM Sul de Minas.

Foi apresentada a declaração de conformidade da prefeitura e Certificado de Regularidade do Cadastro

Técnico Federal nº 6280372.

De acordo com o art. 2º da Resolução CONAMA 01/1986, a atividade é passível de elaboração de

EIA/RIMA. A responsabilidade técnica pelos estudos apresentados é do engenheiro florestal Marlúcio

Carvalho Milagres, CREA-MG 70375/D, com a ART 14201700000004231213.

Ressalta-se que as recomendações técnicas para a implementação das medidas mitigadoras e demais

informações técnicas e legais foram apresentadas nos estudos. Quando as mesmas forem sugeridas pela

equipe interdisciplinar ficará explícito no parecer: “A SUPRAM Sul de Minas recomenda/determina”.

2. Caracterização do Empreendimento

Trata-se de lavra a céu aberto de manganês com beneficiamento dotado de britador e peneira vibratória.

Está localizada a 5 km da cidade de Congonhal, na comunidade rural denominada Bairro dos Marianos. O

empreendimento é titular do processo minerário nº 833.104/1992, o qual se encontra em fase de Concessão

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de Lavra. A poligonal tem uma área de 916,36 m2 e abrange duas propriedades rurais, uma em nome da

empresa e outra em nome de Ezio Jesus Souza.

O direito minerário pertenceu anteriormente à empresa Varginha Mineração e Loteamentos Ltda., e em

10/03/2008 houve a publicação da cessão total dos direitos à atual titular.

Na ocasião da vistoria o empreendimento contava com 26 funcionários que trabalham de segunda a sexta,

de 7h às 17h. Possui escritório, vestiários masculino e feminino, refeitório e cozinha, onde são preparadas

refeições diariamente.

O empreendimento conta com 2 frentes de lavra, embora venha operando apenas uma desde 2015. A

antiga frente, localizada próxima ao escritório, encontra-se inativa devido à espessa camada de solo/estéril

sobre o mineral. Contudo, há a possibilidade de que seja reativada no futuro.

O decapeamento inicial da área, onde há remoção da camada superficial do solo, é realizado por trator de

esteira.

A lavra acontece de forma descendente, no sistema de bancadas baixas, inicialmente, com altura em torno

de 6 m, bermas com largura de 8 m e ângulo de inclinação de 10° com a vertical.

O minério é extraído por meio de rompedor hidráulico, sem uso de explosivos. É colocado diretamente nas

caçambas dos caminhões e então transportado até a caixa de alimentação do britador, passando por

peneira de classificação, onde o mineral aproveitável é segregado do rejeito.

O rejeito, com baixo teor de manganês, é acumulado temporariamente em pilhas e posteriormente

comercializado como subproduto destinado à manutenção de estradas rurais, compactação de pisos de

currais e como material base para pavimentação de rodovias. Já o rejeito não comercializável é disposto em

forma de camadas em pilhas próprias.

O minério selecionado é também acumulado temporariamente em pilhas até ser coletado por caminhões da

indústria de ferro-ligas. Na ocasião da vistoria foi informado que a única cliente do empreendimento em tela

está localizada na cidade de Itapeva-SP, distante 480 km.

As estradas internas do empreendimento possuem sinalização e bacias de contenção de água pluvial e

recebem manutenções periódicas, conforme demonstrado nos relatórios técnico-fotográficos. A estrada de

acesso ao empreendimento foi nivelada através de aterro e compactação do próprio rejeito.

A empresa conta ainda com lavador de veículos, deposito de óleo, de pneus e de embalagens vazias.

Possui oficina para manutenções básicas dotada de canaletas direcionadas a uma caixa SAO. Possui ainda

tanque de combustível de 10 mil litros e um reservatório de óleo usado de 3 mil litros, ambos dotados de

bacia de contenção de alvenaria.

A energia elétrica é fornecida pela CEMIG, com consumo estimado em 4.400 kWh/mês.

3. Caracterização Ambiental

O empreendimento tem como Área Diretamente Afetada – ADA a propriedade onde se encontra instalado.

A Área de Influência Direta – AID, que pode sofrer possíveis impactos ocasionados pela operação do

empreendimento, envolve basicamente áreas de pastagem nos entornos da propriedade, além de dois

córregos existentes num raio de 1,5 km. A Área de Influência Indireta envolve todo o município de

Congonhal.

Meio Físico

Não há monumentos naturais, unidades de conservação ou cavidades naturais na AI do empreendimento.

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Geologia

Os depósitos de manganês do Sul de Minas ocorrem sob a forma de lentes e intercalações gondíticas

associadas principalmente aos metassedimentos do Grupo Itabira. As principais ocorrências se distribuem

em 3 faixas: a primeira envolve os gonditos de Bueno Brandão, Pouso Alegre e Careaçu; a segunda,

Bogari, Congonhal e Espírito Santo do Dourado; e a terceira sem representação na folha.

Geomorfologia

A região está localizada no planalto do alto rio Grande, que se insere em domínio remanescente de

dobramentos pré-cambrianos e compreende duas unidades geomorfológicas: a depressão do Sapucaí e o

planalto de Andrelândia.

Hidrografia

A área do empreendimento está inserida na sub-bacia do córrego do Retiro, afluente do rio Cervo, este um

dos principais afluentes do rio Sapucaí. A água utilizada é captada em um córrego sem denominação,

afluente do córrego do Retiro, que tem tanto a montante como a jusante o uso predominantemente

agrossilvipastoril.

Meio Biótico

Flora

O empreendimento está inserido no bioma Mata Atlântica e apresenta formações de Floresta Estacional

Semidecidual em diferentes estágios de regeneração. Para o mapeamento da flora foram realizados

levantamentos in loco e mapeamento com o auxílio de imagens de satélite. Devido a ações antrópicas,

principalmente atividades agrossilvipastoris, grande parte da cobertura vegetal foi removida, restando

poucos fragmentos florestais e estreitos trechos de mata ciliar. As áreas legalmente protegidas dentro da

AID são aquelas destinadas à Reserva Legal e a APP do Córrego do Retiro – que tem sua mata ciliar em

estágio secundário de regeneração.

Dentre as espécies da flora ameaçadas de extinção ou imunes de corte levantadas na AID encontram-se a

Araucaria angustifólia (Araucária), Euterpe edulis mart (Palmito doce), Tabebuia chrysotricha (Ipê-amarelo),

Tabebuia alba (Ipê-da-serra), Tabebuia serratifolia (Ipê-amarelo, Ipê-do-cerrado), Caesalpinia echinata

(Pau-brasil), Ocotea catharinensis mez (Caelma-preta), Ocotea odorífera (vell) rohwer (Canela sassafrás),

Cariniana legalis (mart) kuntze (Jequitibá-rosa) e Cedrela fissilis vell (Cedro rosa).

Fauna

Para identificação da fauna existente na AID foram realizados levantamentos in loco e utilizadas

informações de levantamentos anteriormente realizados por terceiros.

Dentre as espécies identificadas na área e classificadas como ameaçadas de extinção pela DN 147/2010 e

lista vermelha IUNC, constam na condição de “vulnerável” a Lontra longicaudis (Lontra), Leopardus tigrinus

(Gato-do-mato-pequeno), Chrysocyon brachyurus (Lobo-guará), Xenodon neuwiedii (Jararaquinha),

Hydromedusa sp. (Cágado), Ajaia ajaja (Colhereiro), Oligosarcus sp. (Lambari-bocarra), Delturus sp.

(Cascudo) e Steindachneridion sp. (Surubim).

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4. Utilização e Intervenção em Recursos Hídricos

A água utilizada nas infraestruturas do empreendimento é proveniente de captação superficial realizada no

córrego dos Marinheiros, durante 12 h/dia, nas coordenadas 22°11’23’’ S e -46°04’32’’ O, para qual possui

cadastro de uso insignificante nº 32471/2015. A água captada segue por gravidade até uma caixa d’água de

1.000 litros. A partir daí é recalcada para outra caixa de 1.000 litros e posteriormente para uma caixa de

6.000 litros.

A agua consumida pelos funcionários é proveniente de galões de 20 litros. O efluente sanitário é

direcionado para um sistema dotado de biodigestor e sumidouro.

5. Autorização para Intervenção Ambiental (AIA)

Não há novas intervenções ambientais ou regularizações a serem realizadas no âmbito do presente

processo administrativo, pois não há previsão de avanço da frente de lavra atual. Deste modo, o presente

parecer não autoriza qualquer intervenção ambiental.

6. Reserva Legal

Foi apresentado Cadastro Ambiental Rural – CAR referente a um imóvel em nome do empreendedor, com

área total de 8,1275 ha e reserva legal de 2,0552 há, e também referente a um imóvel contíguo, onde se

situa a segunda frente de lavra, em nome de Ezio Jesus Souza, com área total de 5,6529 ha e reserva legal

de 1,1305 ha.

7. Impactos Ambientais e Medidas Mitigadoras

Impactos Ambientais Identificados

Processos erosivos

O impacto decorrente da remoção da camada de solo reduz a permeabilidade do terreno e

consequentemente pode levar ao aumento do escoamento superficial das águas pluviais e a possível

instalação de processos erosivos.

Geração de efluentes industriais

Os efluentes líquidos industriais são gerados na ocasião do abastecimento e manutenção de veículos e

maquinários.

Geração de efluentes sanitários

São gerados efluentes nos sanitários e no refeitório/cozinha, onde são preparadas refeições diariamente.

Impacto visual / alteração da paisagem

O principal impacto gerado pela atividade está relacionado com a descaracterização da paisagem local. A

alteração topográfica é a principal responsável pela alteração paisagística. Esta alteração é de alta

magnitude, gerando um elevado impacto visual. Decorrem principalmente da escavação superficial e

formação das pilhas de rejeitos.

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Alteração na qualidade das águas

Poderá ocorrer carreamento do material armazenado em pilhas ou depositado nas vias para os corpos

hídricos próximos ao empreendimento.

Emissão atmosférica e ruídos

O material particulado em suspensão, quando em quantidades excessivas no ar, pode causar danos à

saúde animal, à flora e às populações humanas. O ruído causado pelo movimento de máquinas e

equipamentos podem causar o afugentamento da fauna e desconforto acústico aos trabalhadores.

Geração de resíduos sólidos

A geração de resíduos sólidos na empresa é proveniente das manutenções feitas nos equipamentos bem

como restos de embalagens diversas, sucatas e resíduos com óleos e graxas; e provenientes da cozinha,

como as embalagens, orgânicos, vidros, entre outros.

Medidas Mitigadoras

Processos erosivos

Para minimizar os possíveis problemas que podem vir a ser causados por águas pluviais e evitar o

desenvolvimento de processos erosivos e o carreamento de sólidos e fragmentos de solo, será expandido o

sistema de drenagem pluvial existente, incluindo a construção de bacias de contenção de sólidos.

Geração de efluentes industriais

Para impedir a contaminação do solo e do lençol subterrâneo o piso do pátio de abastecimento de

máquinas e equipamentos foi impermeabilizado, tendo canaletas em suas laterais que direcionam o efluente

para caixa receptora de óleos e graxas, o qual será coletado por empresa especializada assim que gerar

volume significativo.

Geração de efluentes sanitários

A fim de se evitar a contaminação dos corpos hídricos e do solo pelo esgoto sanitário, o empreendimento

possui o sistema de tratamento de efluentes composto de fossa séptica, filtro anaeróbio e valas de

infiltração.

Impacto visual / alteração da paisagem

A recomposição topográfica e a revegetação se darão por meio da execução do PRAD, após o

encerramento das atividades.

Alteração na qualidade das águas

Para evitar o carreamento do material acumulado nas pilhas e nas vias foram construídas diversas bacias

de contenção, cuja manutenção deve ser periódica.

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Emissão atmosférica e ruídos

Para minimizar a propagação de ruídos e a emissão de materiais particulados nas vias de acesso, causado

pelo trânsito de máquinas e caminhões, está implantado um cinturão verde com sansão-do-campo e

utilizado um sistema de aspersão para umectação das vias.

Geração de resíduos sólidos

Os resíduos sólidos gerados no empreendimento têm as seguintes destinações:

8. Planos e Projetos

Foi apresentado o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD sob responsabilidade da JUS

Ambiental Consultoria e Assessoria, e elaborado pela engenheira florestal Amanda Maria Oliveira Penchel

(CREA-MG 134302/D) e pelo engenheiro de minas Danilo Ferreira da Cruz (CREA-MG 191280/LP). O início

da execução está previsto para quando do encerramento das atividades de mineração. A primeira medida

será o isolamento da área para evitar o trânsito de pessoas e veículos, e a execução se dará conforme a

seguir:

- Vias de acesso e frente de lavra: a camada superficial do solo, retirada quando do decapeamento, será

empregada para preenchimento das cavas e recomposição topográfica. Os taludes serão implantados com

45°.

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- Áreas das instalações e maquinário: a camada superficial de solo será removida e encaminhada para

aterro de resíduos classe 1, e o local reconformado.

- Taludes: serão revegetados taludes e bermas por meio de semeadura em biomantas ou

hidrossemeaduras.

- Áreas de topografia suavizada: será mantida a área já reflorestada pelo empreendedor e realizado um

plantio adicional com espécies pioneiras e não pioneiras, prioritariamente nativas da flora regional, conforme

listado na tabela 1, página 19, do PRAD apresentado. Serão distribuídas em arranjo quincôncio com

espaçamento de 1,5 x 3 metros.

9. Compensações

Por se tratar de um licenciamento fundamentado em EIA/RIMA, incidirá a compensação ambiental do

Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. Deverá ser formalizado processo na Câmara de

Proteção da Biodiversidade – CPB para o cálculo do grau de impacto do empreendimento e, em

consequência, do valor a ser destinado à compensação e sua forma de pagamento. A apresentação da

proposta junto a Gerência de Compensação Ambiental (GCA/IEF) figura como condicionante do presente

parecer.

10. Cumprimento do TAC

Os tópicos a seguir tratam da análise do cumprimento das condicionantes estabelecidas no Termo de

Ajustamento de Conduta firmado em 16/11/2016, quais foram:

Item Descrição da Condicionante Prazo/Frequência*

01 Comprovar por meio de relatórios técnico-fotográficos a execução de limpeza e

manutenção das bacias de contenção de sedimentos de maior porte Mensal

02 Comprovar por meio de relatórios técnico-fotográficos o recobrimento vegetal

dos taludes da estrada que dá acesso ao empreendimento Trimestral

03

Apresentar plano, aprovado pelo Município, de conservação da trafegabilidade e de sinalização de toda a extensão da estrada vicinal que dá acesso ao empreendimento, juntamente com relatório técnico-fotográfico comprovando sua execução

90 dias

04 Executar programa de automonitoramento conforme definido no Anexo II Mensal

Item 01 – Cumprido. O empreendimento possui atualmente 26 bacias de contenção de sedimentos. Foram

enviados relatórios mensalmente, tempestivamente.

Item 02 – Cumprido. Foi comprovado o bom desenvolvimento da vegetação de recobrimento dos taludes

nos relatórios apresentados em 16/02/2017 (protocolo R0050398/2017), 15/05/2017 (R139770/2017),

14/08/2017 (R210752/2017) e 13/11/2017 (R290171/2017).

Item 03 – Cumprido. No relatório apresentado em 16/02/2017, protocolo R0050398/2017, foi apresentado o

Plano de Conservação de Trafegabilidade e Sinalização de Acesso, que estabelece a manutenção da

estrada de terra com rejeitos da mineração em todo o traçado, desde o empreendimento até o encontro da

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estrada com o asfalto. Além do cascalhamento o projeto prevê a implantação de placas de sinalização. O

plano foi protocolado também junto à prefeitura de Congonhal, em 14/02/2017, visando sua aprovação. Em

16/03/2017, protocolo R79212/2017, foi comprovada a instalação da sinalização.

Item 04 – O Programa de Automonitoramento, constante em seu Anexo II, trouxe as seguintes exigências

para efluentes líquidos e resíduos sólidos e oleosos:

1 – EFLUENTES LÍQUIDOS

Local de amostragem Parâmetro Frequência de

Análise

Entrada e saída da ETE Sanitária

Vazão média, pH, Temperatura, DBO*, DQO*, Óleos e Graxas, Sólidos Suspensos, Sólidos

Sedimentáveis, Substancias Tensoativas (ABS) e Eficiência de Remoção de DBO e DQO.

Mensal

Entrada e Saída da Caixa SAO

Óleos e graxas minerais, detergentes e sólidos suspensos

Mensal

*O plano de amostragem deverá ser feito por meio de coletas de amostras compostas para os parâmetros DBO,

DQO pelo período de no mínimo 8 horas, contemplando o horário de pico. Para os demais parâmetros deverá ser

realizada amostragem simples.

Relatórios: Enviar bimestralmente à Supram Sul de Minas os resultados das análises efetuadas. O relatório deverá

ser de laboratórios em conformidade com a DN COPAM nº 167/2011 e deve conter a identificação, registro

profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises.

Método de análise: Normas aprovadas pelo INMETRO ou, na ausência delas, no Standard Methods for Examination

of Water and Wastewater, APHA-AWWA, última edição.

Cumprimento: Cumprida. As análises foram apresentadas tempestivamente e os resultados apresentados

atenderam aos parâmetros definidos pela lei.

2 – RESÍDUOS SÓLIDOS e OLEOSOS

Enviar bimestralmente à Supram Sul de Minas os relatórios de controle e disposição dos resíduos sólidos

gerados, contendo, no mínimo, os dados do modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional

e a assinatura do responsável técnico pelas informações.

Resíduo Transportador Disposição final Obs. (**)

Denominação Origem Classe NBR

10.004 (*)

Taxa de geração kg/mês

Razão social

Endereço completo

Forma (*)

Empresa responsável

Razão social Endereço completo

(*) Conforme NBR 10.004 ou a que sucedê-la

(**) Tabela de códigos para formas de disposição final de resíduos de origem animal

1- Reutilização

2 - Reciclagem

3 - Aterro sanitário

4 - Aterro industrial

5 - Incineração

6 - Coprocessamento

7 - Aplicação no solo

8 - Estocagem temporária (informar quantidade estocada)

9 - Outras (especificar)

Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá comunicar previamente à SUPRAM-SM, para

verificação da necessidade de licenciamento específico.

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As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo empreendedor. Fica proibida a destinação

dos resíduos Classe I, considerados como Resíduos Perigosos segundo a NBR 10.004/04, em lixões, bota-fora e/ou aterros

sanitários, devendo o empreendedor cumprir as diretrizes fixadas pela legislação vigente.

Comprovar a destinação adequada dos resíduos sólidos de construção civil que deverão ser gerenciados em conformidade com

as Resoluções CONAMA nº 307/2002 e 348/2004.

As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de resíduos, que poderão ser

solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor.

Cumprimento: Cumprida. Os relatórios de controle e disposição dos resíduos sólidos e oleosos gerados

foram apresentados tempestivamente e atenderam ao exigido na condicionante.

Síntese da Avaliação do Desempenho Ambiental

Ao longo da vigência do TAC o empreendedor executou e comprovou tempestivamente o cumprimento das

condicionantes, inclusive os relatórios do automonitoramento realizado, que envolvem laudos de análises

dos efluentes sanitários e da caixa separadora de água e óleo e planilhas de controle e destinação de

resíduos sólidos e oleosos, conforme os protocolos apresentados na tabela a seguir.

PROTOCOLO DATA

R365673/2016 16/12/2016

R015186/2017 16/01/2017

R050398/2017 16/02/2017

R079212/2017 16/03/2017

R110028/2017 12/04/2017

R139770/2017 15/05/2017

R161017/2017 12/06/2017

R181166/2017 10/07/2017

R210750/2017 14/08/2017

R210752/2017 14/08/2017

R240731/2017 14/09/2017

R266875/2017 16/10/2017

R290171/2017 13/11/2017

R310213/2017 12/12/2017

R010678/2018 16/01/2018

11. Avaliação das condições atuais do empreendimento

Em relação a eficácia dos sistemas de controle ambiental do empreendimento, a equipe da Supram Sul de

Minas concluiu que o empreendimento apresenta desempenho satisfatório. A estação de tratamento de

efluentes operou de forma satisfatória durante o período de vigência do TAC; os resíduos sólidos e oleosos

estão sendo armazenados e destinados adequadamente; e as medidas de controle de erosão e

carreamento de sólidos, como a manutenção das bacias de contenção e taludes, foram executadas de

forma satisfatória.

12. Controle Processual

Trata-se de pedido de licença de operação em caráter corretivo para as atividades de lavra a céu aberto

sem tratamento ou com tratamento a seco – minerais metálicos, exceto minério de ferro, pilhas de

rejeito/estéril, obras de infraestrutura e estradas para transporte de minério/estéril, localizado no sítio

Campestre, zona rural do município de Congonhal.

O empreendimento apresenta potencial poluidor/degradador médio e porte pequeno, diante da produção

bruta declarada de 48.000 ton/ano, estando enquadrada como classe 1, em que a Lei Estadual nº 21.972,

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de 21 de janeiro de 2016 estabelece como de competência da Superintendência Regional de Meio

Ambiente a decisão:

“Art. 4° A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Semad – tem por finalidade

formular, coordenar, executar e supervisionar as políticas públicas para conservação, preservação e recuperação dos

recursos ambientais, visando ao desenvolvimento sustentável e à melhoria da qualidade ambiental do Estado,

competindo-lhe:

...

VII – decidir, por meio de suas superintendências regionais de meio ambiente, sobre processo de

licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos:

a) de pequeno porte e grande potencial poluidor;

b) de médio porte e médio potencial poluidor;

c) de grande porte e pequeno potencial poluidor;”

Realizada consulta no Sistema Integrado de Informação Ambiental – SIAM, foi gerada a CERTIDÃO Nº

0091601/2018. Em verificação ao Sistema CAP também se constata a inexistência de débito de natureza

ambiental e, portanto, o processo está apto para decisão.

Os custos de análise do processo de licenciamento foram recolhidos conforme planilha elaborada nos

termos da Resolução Conjunta SEMAD/IEF/FEAM nº 2.125, de 28 de julho de 2014.

Neste processo encontra-se a publicação em periódico local ou regional do pedido de Licença de

Operação em caráter Corretivo, conforme determina a Deliberação Normativa COPAM nº. 13/95 (fl. 86).

O local de funcionamento do empreendimento e o tipo de atividade desenvolvida estão em conformidade

com as leis e regulamentos municipais, segundo Declaração emitida pela Prefeitura Municipal (fl. 14),

estando localizado em propriedade rural.

A utilização dos recursos hídricos necessários para a operação deste empreendimento está regularizada.

O Decreto nº 44.844, de 25 de junho de 2008 determina que na fase de LO em caráter corretivo, deve ser

demonstrada a viabilidade ambiental do empreendimento:

“Art. 14. O empreendimento ou atividade instalado, em instalação ou em operação, sem a licença ambiental pertinente

deverá regulariza-se obtendo LI ou LO, em caráter corretivo, mediante a comprovação de viabilidade ambiental do

empreendimento.

§ 2º A demonstração da viabilidade ambiental do empreendimento dependerá de análise pelo órgão ambiental

competente dos documentos, projetos e estudos exigíveis para a obtenção das licenças anteriores, ou quando

for o caso, AAF.”

Conforme item 7 deste parecer, foram identificados todos os impactos ambientais intrínsecos ao

empreendimento, sendo determinadas medidas de controle ambiental necessárias para sua mitigação,

verificando assim, a viabilidade ambiental do empreendimento.

Em razão da operação do empreendimento sem prévio licenciamento ambiental, foi lavrado o auto de

infração nº 95755/2016.

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No que se refere ao Cadastro Técnico Federal, foi apresentado Comprovante de Inscrição no CTF/APP,

certidão emitida pelo sistema que demonstra a inscrição do empreendimento através do registro nº 6280372

(fls. 019).

Nos termos do art. 2º do Decreto Estadual n. º 47.137/2017, que modificou a redação do art. 10 do Decreto

Estadual n. º 44.844/2008, o prazo de validade da licença de operação será de 10 (dez) anos.

DE ACORDO COM PREVISÃO DO DECRETO ESTADUAL Nº. 44.844/2008, EM SEU ANEXO I, CÓDIGO 124,

CONFIGURA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA GRAVÍSSIMA DEIXAR DE COMUNICAR A OCORRÊNCIA DE

ACIDENTES COM DANOS AMBIENTAIS ÀS AUTORIDADES AMBIENTAIS COMPETENTES. NO CASO DE

ACIDENTE ENTRE EM CONTATO COM O (NEA SISEMA) (31) 98223947 e (31) 9825-3947.

13. Conclusão

A equipe interdisciplinar da Supram Sul de Minas sugere o deferimento desta Licença Ambiental na fase de

Licença de Operação em caráter Corretivo, para o empreendimento Manganês Congonhal Ltda. para as

atividades de lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a seco – minerais metálicos, exceto

minério de ferro; e pilhas de rejeito/estéril, no município de Congonhal, pelo prazo de 10 (dez) anos,

vinculada ao cumprimento das condicionantes propostas.

Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer condicionantes previstas

ao final deste parecer único (Anexo I) e qualquer alteração, modificação e ampliação sem a devida e prévia

comunicação a Supram Sul de Minas, tornam o empreendimento em questão passível de autuação.

Cabe esclarecer que a Superintendência Regional de Regularização Ambiental do Sul de Minas, não possui

responsabilidade técnica e jurídica sobre os estudos ambientais apresentados nesta licença, sendo a

elaboração, instalação e operação, assim como a comprovação quanto a eficiência destes de inteira

responsabilidade da(s) empresa(s) responsável(is) e/ou seu(s) responsável(is) técnico(s).

Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo requerente,

de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima conste do certificado de

licenciamento a ser emitido.

14. Anexos

Anexo I. Condicionantes para Licença de Operação Corretiva (LOC) do empreendimento Manganês

Congonhal Ltda.

Anexo II. Programa de Automonitoramento da Licença de Operação Corretiva (LOC) do empreendimento

Manganês Congonhal Ltda.

Anexo III. Relatório Fotográfico do empreendimento Manganês Congonhal Ltda.

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ANEXO I

Condicionantes para Licença de Operação Corretiva (LOC) da

Manganês Congonhal Ltda.

Empreendedor: Manganês Congonhal Ltda.

Empreendimento: Manganês Congonhal Ltda.

CNPJ: 09.169.813/0001-84

Município: Congonhal

Atividades: Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a seco – minerais metálicos, exceto minério de ferro; Pilhas de rejeito/estéril

Códigos DN 74/04: A-02-01-1; A-05-04-5

Processo: 10359/2007/005/2015

Validade: 10 (dez) anos

Item Descrição da Condicionante Prazo*

01 Executar o Programa de Automonitoramento, conforme definido no Anexo II

Durante a vigência da LOC

02

Protocolar, na Gerência de Compensação Ambiental do Instituto Estadual de Florestas - IEF, solicitação para abertura de processo de cumprimento da compensação ambiental, de acordo com a Lei nº. 9.985/00, Decreto estadual nº. 45.175/09 e Decreto estadual nº. 45.629/11

90 dias, contados da concessão da LOC

03 Apresentação do Termo de Compromisso de Compensação Ambiental firmado junto ao IEF (condicionante 01) e publicação de seu extrato.

360 dias após a concessão da LOC

* Salvo especificações, os prazos são contados a partir da data de publicação da Licença na Imprensa Oficial do Estado.

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ANEXO II

Programa de Automonitoramento da Licença de Operação Corretiva (LOC) da

Manganês Congonhal Ltda.

Empreendedor: Manganês Congonhal Ltda.

Empreendimento: Manganês Congonhal Ltda.

CNPJ: 09.169.813/0001-84

Município: Congonhal

Atividades: Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a seco – minerais metálicos, exceto minério de ferro; Pilhas de rejeito/estéril

Códigos DN 74/04: A-02-01-1; A-05-04-5

Processo: 10359/2007/005/2015

Validade: 10 (dez) anos

1. Resíduos Sólidos e Oleosos

Enviar anualmente à Supram Sul de Minas, até o dia 10 do mês subsequente ao aniversário da licença,

os relatórios de controle e disposição dos resíduos sólidos gerados, contendo, no mínimo, os dados do

modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas

informações.

Resíduo Transportador Disposição final Obs. (**)

Denominação Origem Classe NBR

10.004 (*)

Taxa de geração kg/mês

Razão social

Endereço completo

For-ma (*)

Empresa responsável

Razão social

Endereço completo

(*) Conforme NBR 10.004 ou a que sucedê-la.

(**) Tabela de códigos para formas de disposição final de resíduos de origem industrial

1- Reutilização

2 - Reciclagem

3 - Aterro sanitário

4 - Aterro industrial

5 - Incineração

6 - Co-processamento

7 - Aplicação no solo

8 - Estocagem temporária (informar quantidade estocada)

9 - Outras (especificar)

Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá comunicar previamente

à Supram-SM, para verificação da necessidade de licenciamento específico.

As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo empreendedor. Fica

proibida a destinação dos resíduos Classe I, considerados como Resíduos Perigosos segundo a NBR

10.004/04, em lixões, bota-fora e/ou aterros sanitários, devendo o empreendedor cumprir as diretrizes

fixadas pela legislação vigente.

Comprovar a destinação adequada dos resíduos sólidos de construção civil que deverão ser gerenciados

em conformidade com as Resoluções CONAMA nº 307/2002 e 348/2004.

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As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de resíduos, que

poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis

pelo empreendedor.

IMPORTANTE

• Os parâmetros e frequências especificadas para o programa de Automonitoramento poderão

sofrer alterações a critério da área técnica da Supram-SM, face ao desempenho apresentado;

Qualquer mudança promovida no empreendimento que venha a alterar a condição original do

projeto das instalações e causar interferência neste programa deverá ser previamente informada e

aprovada pelo órgão ambiental.

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ANEXO III

Relatório Fotográfico da Manganês Congonhal Ltda.

Empreendedor: Manganês Congonhal Ltda.

Empreendimento: Manganês Congonhal Ltda.

CNPJ: 09.169.813/0001-84

Município: Congonhal

Atividades: Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a seco – minerais metálicos, exceto minério de ferro; Pilhas de rejeito/estéril

Códigos DN 74/04: A-02-01-1; A-05-04-5

Processo: 10359/2007/005/2015

Validade: 10 (dez) anos

Figura 1 – Frente da lavra

Figura 2 – Frente de lavra

Figura 3 – Despejo do minério no britador

Figura 4 – Correia transportadora

Figura 5 - Britador

Figura 6 – Carregamento dos caminhões

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Figura 7 – Lavador de veículos e depósitos

temporários de resíduos

Figura 8 - Oficina

Figura 9 – Escritório e vestiários

Figura 10 – Material britado

Figura 11 – Bacia de contenção

Figura 12 – Grande bacia de contenção próxima à estrada

sobre talude, que dá acesso ao empreendimento

Figura 13 – Pátio com pilhas de minério e cortina arbórea

Figura 14 – Via interna com bacia de decantação