parecer Único nº 1387313/2017 (siam)...

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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Subsecretaria de Gestão e Regularização Ambiental Integrada Superintendência Regional de Regularização Ambiental do SUPRAMNM 1387313/2017 11/12/2017 Pág. 1 de 18 Avenida José Corrêa Machado S/N° Bairro Ibituruna - Montes Claros MG - CEP:39.401-832 - Tel: (38) 3224-7500 e-mail: [email protected] PARECER ÚNICO Nº 1387313/2017 (SIAM) INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO: Licenciamento Ambiental 09812/2006/003/2014 Sugestão pelo Deferimento FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação Corretiva LOC VALIDADE DA LICENÇA: 10 anos PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO: Outorga 31261/2014 Deferida EMPREENDEDOR: Sercol Serviço e Comércio do vale Ltda - ME CNPJ: 03.074.736/0001-00 EMPREENDIMENTO: Sercol Serviço e Comércio do vale Ltda - ME CNPJ: 03.074.736/0001-00 MUNICÍPIO: Salinas ZONA: Urbana COORDENADAS GEOGRÁFICA (SAD 69): LAT/Y 16º 1055,51LONG/X 42º 1652,88LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO: INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTÁVEL X NÃO NOME: - BACIA FEDERAL: Rio Jequitinhonha BACIA ESTADUAL: Rio Salinas UPGRH: JQ3: Rio Jequitinhonha, de mont. da confl. c/o Salinas até a divisa do Estado (exceto rio Araçuaí) SUB-BACIA: - CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE D-01-03-1 Abate de animais de médio porte 3 C-03-01-8 Secagem e salga de couros e peles NP CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO/CNPJ: SEAM Solução Engenharia Ambiental 07.453.204/0001-27 Vanderson Aguiar Santos CREA 71.188/D RELATÓRIO DE VISTORIA: 071/2015 DATA: 10/07/2015 EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA Rodrigo Dias de Almeida Analista Ambiental 1119194-7 Ozanan de Almeida Dias Gestor Ambiental 1216833-2 José Alves Pires Gestor Ambiental 1012157-2 Sandoval Rezende Santos Analista Ambiental de Formação Jurídica 1189562-0 De acordo: Cláudia Beatriz Oliveira Araújo Versiani Diretora Regional de Apoio Técnico 1148188-4 De acordo: Yuri Rafael de Oliveira Trovão Diretor de Controle Processual 0449172-6

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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Subsecretaria de Gestão e Regularização Ambiental Integrada Superintendência Regional de Regularização Ambiental do SUPRAMNM

1387313/2017 11/12/2017

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Avenida José Corrêa Machado S/N° Bairro Ibituruna - Montes Claros – MG - CEP:39.401-832 - Tel: (38) 3224-7500 e-mail: [email protected]

PARECER ÚNICO Nº 1387313/2017 (SIAM)

INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Licenciamento Ambiental 09812/2006/003/2014 Sugestão pelo Deferimento

FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação Corretiva – LOC VALIDADE DA LICENÇA: 10 anos

PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Outorga 31261/2014 Deferida

EMPREENDEDOR: Sercol – Serviço e Comércio do vale Ltda - ME CNPJ: 03.074.736/0001-00

EMPREENDIMENTO: Sercol – Serviço e Comércio do vale Ltda - ME CNPJ: 03.074.736/0001-00

MUNICÍPIO: Salinas ZONA: Urbana

COORDENADAS GEOGRÁFICA (SAD 69):

LAT/Y 16º 10’ 55,51” LONG/X 42º 16’ 52,88”

LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:

INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTÁVEL X NÃO

NOME: -

BACIA FEDERAL: Rio Jequitinhonha BACIA ESTADUAL: Rio Salinas

UPGRH: JQ3: Rio Jequitinhonha, de mont. da confl. c/o Salinas até a divisa do Estado (exceto rio Araçuaí)

SUB-BACIA: -

CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE

D-01-03-1 Abate de animais de médio porte 3

C-03-01-8 Secagem e salga de couros e peles NP

CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO/CNPJ:

SEAM – Solução Engenharia Ambiental 07.453.204/0001-27

Vanderson Aguiar Santos CREA 71.188/D

RELATÓRIO DE VISTORIA: 071/2015 DATA: 10/07/2015

EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA

Rodrigo Dias de Almeida – Analista Ambiental 1119194-7

Ozanan de Almeida Dias – Gestor Ambiental 1216833-2

José Alves Pires – Gestor Ambiental 1012157-2

Sandoval Rezende Santos – Analista Ambiental de Formação Jurídica 1189562-0

De acordo: Cláudia Beatriz Oliveira Araújo Versiani – Diretora Regional de Apoio Técnico

1148188-4

De acordo: Yuri Rafael de Oliveira Trovão – Diretor de Controle Processual

0449172-6

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1. Introdução

O presente parecer, elaborado pela equipe técnica da SUPRAM NM, refere-se à Licença de

Operação Corretiva (LOC) do empreendimento Sercol – Serviço e Comércio Ltda, o qual exerce a

atividade de abate de animais de médio e grande porte e secagem e salga de couros e peles. O

empreendimento localiza-se na zona urbana do município de Salinas, na rodovia MGT 342, km 01,

bairro São Fidelis, precisamente nas coordenadas Lat. 16° 10’ 55,51” e Log. 42° 16’ 52,88”.

Conforme a Deliberação Normativa do COPAM nº 74 de 2004, a atividade principal do

empreendimento é classificada como CLASSE 3, código D-01-03-1-Abate de animais de médio e

grande porte (suínos, ovinos, caprinos, bovinos, equinos, bubalino, muares etc.). A capacidade

máxima instalada de abate corresponde a 30 bovinos/dia.

As orientações para a formalização do processo de regularização ambiental do referido

empreendimento foram geradas a partir do protocolo do FCEI – Formulário Integrado de

Caracterização do Empreendimento Nº. R216777/2014 e da emissão do Formulário de Orientação

Básica – Integrado FOBI Nº. 00702110/2014.

A elaboração do Parecer Único se baseou na avaliação técnica dos estudos ambientais RCA –

Relatório de Controle Ambiental e PCA – Plano de Controle Ambiental, na fiscalização ao

empreendimento em 10/07/2015, realizada pela equipe técnica da SUPRAM NM e nas respostas às

informações complementares solicitadas através do Ofício SUPRAM NM Nº. 1494/2015,

protocoladas junto a esta Superintendência em 18/04/2016.

Foi apresentado declaração da Prefeitura Municipal de Salinas, informando que o tipo de

atividades desenvolvidas e o local das instalações do empreendimento, estão em conformidade com

as leis e regulamentos do município. Assim como declaração que o empreendimento está situado em

perímetro urbano, em conformidade com a lei municipal no 2.203 de 17 de junho de 2009, que altera

os limites do perímetro urbano da cidade de Salinas – MG.

Foi apresentado o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), que cientifica que a

edificação possui as medidas de segurança contra incêndio previstas no decreto estadual no

43805/04.

O COMAER através do oficio 267/SERENG/3241, informa por meio do Parecer Técnico 18/SP

de 12 de junho de 2013, que não se opõe a renovação da licença, desde que sejam mantidas as

condições de não atratividade de aves no local.

O responsável técnico pela elaboração estudos do PCA – Plano de controle ambiental e pelo

RCA – Relatório de controle ambiental é o Engenheiro Civil Vanderson Aguiar Santos, registro CREA

– 74.188/D e a consultoria SEAM – Solução Engenharia Ambiental.

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2. Caracterização do Empreendimento

O empreendimento consiste em um abatedouro localizado na cidade de Salinas, e vem sendo

operado por 20 funcionários distribuídos no setor produtivo, administrativo e de manutenção. A

operação é realizada em 01 turno de 08:00 horas, 05 dias por semana.

A área ocupada para o desenvolvimento de suas atividades corresponde a 15.800 m2, sendo

a área útil de 1.227 m2. A capacidade instalada da empresa é de 30 animais abatidos /dia.

2.1 – Descrição do processo produtivo

2.1.1. Abate de bovinos

Após a chegada dos animais provenientes de fazendas da região, e realizada a verificação

das condições higiênico sanitárias dos animais pelo veterinário responsável pelo serviço de

inspeção.

Após o controle da matéria prima e conferida a documentação, os animais são encaminhados

aos currais de chegada e seleção, onde os animais passam pelo exame ante-mortem do inspetor do

SIM (Serviço de Inspeção Estadual) e são separados conforme suas condições fisiológicas e

sanitárias, estado e grau de gestação das fêmeas, e caso seja necessário, pela procedência, sexo,

idade.

Os animais que sofrem danos no transporte, ou com sinais suspeitos de doenças infecto

contagiosas, na inspeção “ante-mortem”, são colocados em observação no “curral de observação”.

Os animais permanecem neste curral até que se chegue a uma conclusão provável, sendo ou não

autorizado a seguirem para o abate normal.

Os animais liberados após esta inspeção seguem imediatamente para os currais de matança,

onde os bovinos permanecem em jejum e dieta hídrica (de 12 a 24 horas) até o momento do

respectivo abate.

Os caminhões são higienizados imediatamente após o desembarque e devidamente

desinfetados, em local próprio no estabelecimento frigorífico, conforme informado pelo RCA.

Os animais encaminhados para o abate passam por um caminho com contenção (trajetória de

acesso à sala de matança) dotado de uma série de comportas tipo guilhotina, cuja finalidade é

auxiliar o manejo dos mesmos, evitando-se o aglomerado de animais, acidentes como pisoteio,

asfixia e fraturas, além de separar os lotes.

Há implantado chuveiros aspersores dotados de bicos de água hiperclorada (5 a 10 ppm)

para higienização externa dos animais, removendo impurezas e sujeiras da pele, detritos do dorso e

patas, além de fezes da região posterior, contribuindo para reduzir a carga bacteriana e ao mesmo

tempo, diminuir o estado de tensão dos animais antes de serem insensibilizados. Os bovinos têm um

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tempo de banho de 3 min. (três minutos) em água com uma pressão de 1.5 atm (uma e meia

atmosfera).

Atualmente o atordoamento ao bovino é feito pelo impacto de uma marreta na cabeça e o

empreendimento se responsabiliza a substituir o método por um sistema de atordoamento de pistola

automática.

Em seguida, o animal é encaminhado para a “área de vômito”. Próximo a área de vômito há

instalado um ponto de água dotado de mangueira com bico para higienização dos animais

contaminados com vômito.

Após a limpeza do vômito, os animais serão conduzidos pelo trilho até a calha de sangria, o

sangue drenado segue desta calha para um reservatório, onde passa por tratamento específico

(cozimento) e logo após é feita a farinha de sangue.

Na operação de esfola, os seguintes processos são realizados:

• Desarticulação das patas dianteiras (articulação carpo-metacarpiana)

mantendo-as presas ao animal;

• Abertura da barbela até a região do mento;

• Serragem dos chifres com serra elétrica;

• Esfola da pata esquerda traseira, incisão e é feito o primeiro transpasse;

• Na plataforma seguinte é realizado, com o quarto oposto, processo idêntico ao

executado com o anterior e colocada a segunda carretilha (segundo transpasse);

• Entre os transpasses, as patas dianteiras e traseiras são finalmente

destacadas, examinadas na linha de inspeção e enviadas para a respectiva seção

correspondente;

• Em seguida, o operário retira a pele da cauda, mantendo-a parcialmente

desarticulado na sua parte ventral (sacro/vértebras coccígeas);

• Incisão circular ao redor do ânus;

• A esfola da região ventral é feita ao mesmo tempo em que se realiza a da

cauda. Esfola assim a pele das regiões abdominal e torácica até uns 30 cm da linha branca;

• O couro finalmente é arrancado com o auxílio de corrente e rolete, e conduzido

através de um óculo para a seção de couros. Após o abate diário o couro é transportado para

um depósito, local em que é salgado e se aguarda a sua expedição;

• Desarticulação da cabeça: a cabeça é conduzida a um Box (lavador de cabeça)

e após lavagem é dependurada em trilho próprio onde é realizada a inspeção sanitária;

• Oclusão do esôfago;

• Remoção da cauda e cupim;

Após o processo de esfola ocorre a evisceração e inspeção das carcaças. Depois as

carcaças são serradas e divididas em meias carcaças. As carcaças liberadas são higienizadas

(toalete final) e encaminhadas à lavagem final e ao resfriamento.

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Posteriormente ao período de resfriamento e maturação, as meias carcaças serão

encaminhadas aos compradores, açougues, cozinhas industriais.

As vísceras torácicas (vísceras vermelhas, também chamadas de miúdos), juntamente com

os fígados serão conduzidas à seção de miúdos, onde são beneficiados, embalados e conduzidos

para câmara de resfriamento própria, até sua comercialização.

Os mocotós comestíveis são enviados à seção de mocotós, onde passam pelo toalete e

conduzidos para a câmara de resfriamento de miúdos até sua posterior expedição.

A Figura abaixo apresenta o fluxograma do processo de abate de bovinos no ABATEDOURO

SERCOL.

2.1.2. Abate de suínos:

Após a chegada os animais são encaminhados até a “pocilga de chegada”. Local onde há a

marcação dos animais com marca fria identificando o proprietário, neste local também são feitos pelo

médico veterinário responsável os exames ante-mortem dos animais, onde os mesmos são

selecionados conforme as condições fisiológicas e sanitárias.

Conforme o caso, os animais serão encaminhados para a “pocilga de matança” ou para a

“pocilga de seqüestro”, distante de 3,0 (três) metros das outras pocilgas, com capacidade para 10%

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do abate programado. Os animais liberados passarão pela balança seguindo para as baias, onde

ficarão retidos entre 4 a 12 horas, conforme a distância da origem.

Após o período de descanso, os suínos são conduzidos para o abate (sala de matança)

através de um corredor (com paredes de 1,10 metros de altura, piso com declive de 2,5% e chuveiro

com bicos aspessores e água sobre pressão mínima de 1,50 atm), de maneira que, lave os animais

antes de serem insensibilizados. Este banho tem duração mínima de 3 minutos, sendo os animais

conduzidos lentamente pelo funcionário ao box para insensibilização. Neste processo, é usado o

choque elétrico (eletronarcose), executado por um aparelho (alicate) dotado de voltímetro e

amperímetro que permitem regulagem para mais ou menos.

Após abertura da porta do box, os suínos caem em uma grade de cano galvanizado, sendo

pendurados pelo pé através de peia própria e suspensos por um guincho até o trilhamento em

declive levando-os ao tanque de sangria, operação esta que consiste na seção dos grandes vasos

do pescoço na entrada do peito e será preservado o tempo mínimo de 3 minutos de escorrimento. O

tanque é construído em alvenaria contendo ralo duplo para drenagem do sangue e limpeza durante e

após a operação.

Este tanque está ligado diretamente ao coletor externo, onde o sangue passa por um

processo de cozimento idêntico ao do bovino.

Na sequência, os suínos são lavados e imersos no tanque de escalda levados suavemente

por guincho apropriado. A água deste tanque é mantida a uma temperatura de 65ºC, controlada por

termostato.

Após a escaldagem é realizada a depilação manual sobre mesa de canos galvanizados e feita

a retirada das unhas dos animais.

A seguir, os ganchos tipo balancins com carretilhas são colocados no músculo garrão dos

suínos e levados através de guincho do trilhamento e conduzidos à plataforma de chamuscamento,

queimando-se os pelos não retirados pela toalete.

Após esta operação, os animais são novamente lavados para a retirada dos pelos soltos

aderentes e resíduos de epiderme. Esta lavagem é feita com água fria para dissipar o calor

provocado pelo escaldamento e chamuscamento, o que contribui para melhor qualidade do produto

final. Todo este processo acontece na área “suja” da sala de matança.

Após lavados e escorridos, os animais passam para a “área limpa” da sala de matança

(mesma do bovino) e alcançarão a plataforma onde é realizadas as operações de evisceração,

retalhação e inspeção.

Nesta etapa são realizadas as seguintes operações:

• Abertura abnominal/torácida, com a retirada do pênis dos machos, sendo que

será utilizada faca especial a fim de evitar o rompimento de alças intestinais e consequente

contaminação fecal.

• Corte da sínfise pubiana (osso da bacia), realizada com alicate especial.

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• Oclusão do reto, com a finalidade de evitar a contaminação fecal antes da

evisceração.

• Operação feita através de ligadura com linha especial.

• Abertura da papada, expondo-se e mantendo-se íntegros os nódulos linfáticos

da região, facilitando ao mesmo tempo a inspeção dos músculos mastigadores.

• Operação de inspeção da cabeça, papada e língua, para verificar a

possibilidade de lesões ou doenças, tais como cisticercose e tuberculose, que quando

presentes deverão determinar um exame mais acurado e das respectivas carcaças,

desviando-se para a inspeção final (DIF).

• Na operação de evisceração são retiradas as vísceras brancas (estômago,

intestino, bexiga, baço e pâncreas), e as vísceras vermelhas (coração, pulmões e fígado).

Estas são destinadas em mesas específicas e inspecionadas (exame macroscópico,

tomando-se o cuidado de não perder a identificação das vísceras com sua carcaça).

• Para a serragem das carcaças, os suínos são divididos em duas bandas.

• Na inspeção da carcaça, é feita a inspeção externa e interna, nódulos linfáticos

das cadeias ganglionares mais facilmente atingíveis e inspeção de toda a coluna vertebral,

rins e cérebro.

Os subprodutos (do abate de bovinos e suínos) são posteriormente recolhidos por empresa

do ramo de graxaria e possui local de expedição próprio.

A Figura abaixo apresenta o fluxograma do processo de abate de suínos, contendo os

principais pontos de emissão de efluentes.

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3. Utilização e Intervenção em Recursos Hídricos

Conforme informado, as formas de abastecimento hídrica do empreendimento se dá por meio

de um poço tubular (processo 31261/2014) a uma vazão de 3,5 m3/hora e tempo de funcionamento

do equipamento instalado de 10h00min /dia e pela concessionaria local COPASA.

A água fornecida pela COPASA e destinada ao consumo humano (sanitários, refeitório,

bebedouro, etc) e também consumo industrial (lavagem de carcaças, vísceras e intestinos; limpeza e

esterilização de facas e equipamentos; geração de vapor).

Quanto ao uso da água oriunda do poço tubular, é utilizada para dessedentação animal e

lavagem dos animais, limpeza de pisos, paredes, equipamentos e bancadas.

4. Autorização para Intervenção Ambiental (AIA)

Não se aplica, tendo em vista que o empreendimento já se encontra instalado, portanto, não

havendo necessidade de supressão de vegetação.

5. Reserva Legal

O empreendimento se localiza em zona urbana não sendo necessária a averbação de

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Reserva Legal.

6. Impactos Ambientais e Medidas Mitigadoras

Tendo em vista que o empreendimento se encontra instalado e em operação, será

considerado no presente parecer os impactos ambientais e medidas mitigadoras relacionadas à

operação do abatedouro. Os aspectos potencialmente causadores de impactos ambientais

negativos, relativos à operação do abatedouro, referem-se basicamente à geração de efluentes

líquidos domésticos, sanitários e industriais, emissões atmosféricas e resíduos sólidos.

- Efluentes líquidos: Industriais, Domésticos e Sanitários.

Os efluentes líquidos gerados no empreendimento serão caracterizados em dois tipos, efluentes

líquidos industriais e efluentes líquidos sanitários.

Os efluentes líquidos industrial, gerados no empreendimento são provenientes dos abates de

suíno e bovino, serão caracterizados neste item os volumes resultantes da limpeza dos pisos, currais

e pocilgas, do banho dado aos animais antes de serem abatidos, e da limpeza dos mesmos durante

as etapas do processo produtivo, do sangue extraído durante o abate, e por aqueles volumes

contidos nos tanques para escalda.

Como medida mitigadora dos impactos causados pelos efluentes sanitários e industriais do

empreendimento, foi firmado um contrato de serviço para recebimento e tratamento de efluentes

líquidos domésticos e não domésticos, com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais –

COPASA MG, firmado em 08/02/2017, com validade de 05 anos.

- Ruídos

O ruído gerado no empreendimento segundo o Laudo de ruídos realizado no empreendimento

em outubro de 2014 está dentro dos limites permitidos pela legislação aplicável. Não ocorre abate

em horário noturno.

De acordo com as sugestões do laudo técnico para avaliação de ruído ambiental, o

empreendimento deverá realizar manutenção e manter a vegetação atual, para um melhor

isolamento acústico ao redor da empresa, criando assim uma barreira isolante acústica, e seguir

corretamente os planos de manutenção corretiva e preventiva de todos os equipamentos e veículos

próprios, para que os níveis de ruído no ambiente continuem controlados ou reduzidos.

Foi condicionada a execução de uma cortina arbórea junto ao perímetro do empreendimento

de forma a mitigar os impactos da operação do empreendimento no seu entorno.

- Emissões atmosféricas

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As emissões atmosféricas serão geradas pela queima de lenhas na caldeira, essa reação de

combustão liberará principalmente dióxido de carbono, material particulado, no entanto essa taxa

deverá atender às restrições impostas pela legislação vigente.

No entanto, torna-se necessário fazer uma avaliação na fonte de emissão para verificação se

as características do efluente estão de acordo com o esperado.

Será condicionada a apresentação da analise dos efluentes atmosféricos, para verificação

dos parâmetros apresentados, e se os mesmos se enquadram na legislação vigente. Caso os

resultados de monitoramento da caldeira (emissões atmosféricas) fiquem fora dos padrões definidos

pela legislação ambiental, proceder as adequações do sistema de tratamento implantado, e

apresentar à SUPRAM NM comprovação das ações implantadas.

O empreendimento deverá adotar, em todas as fases do seu processo produtivo, a

implantação de um gerenciamento adequado com boas práticas de limpeza, acondicionamento e

destinação final imediata dos resíduos orgânicos. Além de tudo, será importante a implantação de

um plano de gestão de resíduos sólidos a fim de se manter um ambiente livre de emissões

odoríferas.

- Resíduos Sólidos

De acordo com a proposta de gerenciamento dos resíduos sólidos apresentado pelo

empreendedor, os resíduos sólidos classe II gerados no empreendimento serão encaminhados para

a empresa Locanorte Locação de Caçambas Ltda, ficando a mesma responsável pela destinação

ambientalmente correta dos resíduos sólidos (classe II) gerados no frigorifico. Foi apresentado

também contrato de prestação de serviço firmado entre a Locanorte Locação de Caçambas Ltda e a

empresa Viasolo Engenharia Ambiental S/A, sendo assim os resíduos sólidos (classe II) gerados no

empreendimento são encaminhados ao aterro sanitário da Viasolo, através da empresa Locanorte.

No que diz respeito aos resíduos orgânicos, enquadrados como subprodutos de origem

animal não comestível, como ossos, cascos, gorduras, aparas de carne, vísceras (não comestível) e

animais ou suas partes condenadas pela inspeção sanitária, serão encaminhados para Indústria de

Rações Patense Ltda. para fabricação de ração animal, empresa que no presente encontra-se

regularizada ambientalmente.

Foi solicitado ao empreendedor através da informação complementar no 14 “Apresentar

projeto do sistema de compostagem / esterqueira, com ART do responsável técnico, bem como

cronograma de execução da obra”, o empreendedor informa que o projeto é inviável para o

empreendimento uma vez que demandou uma área de 2.376 m2, sendo que o empreendimento não

possui está área disponível.

No entanto a equipe técnica não concorda com esta argumentação tendo em vista que a área

do empreendimento e de 15.800 m2, sendo a área útil de 1.227 m2. Sendo assim será condicionada a

execução do projeto da composteira / esterqueira.

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A composteira terá o piso concretado, com inclinação de 1% direcionando o efluente a uma

canaleta, que conduzira o efluente para o tratamento, conforme projeto apresentado.

7. Controle Processual

O empreendedor requereu Licença de Operação Corretiva para a atividade de abate

de animais de médio porte e secagem e salga de couros e peles.

O art. 14 do Decreto n.º 44.844, de 25 de junho de 2008 dispõe: “O empreendimento

ou atividade instalado, em instalação ou em operação, sem a licença ambiental pertinente deverá

regulariza-se obtendo LI ou LO, em caráter corretivo, mediante a comprovação de viabilidade

ambiental do empreendimento”.

A documentação exigida para o processo de licenciamento ambiental foi devidamente

apresentada, da qual destacamos: cópia da publicação do requerimento de licenciamento feita em

periódico local de grande circulação nos moldes do artigo 4º da DN 13/95; declaração da Prefeitura

Municipal de Salinas/MG atestando que a atividade e o tipo de empreendimento estão em

conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo nos termos do § 1º da

Resolução Conama 237/97; cadastro técnico federal – CTF válido.

A água utilizada no empreendimento é proveniente de um poço tubular, que está

sendo outorgado concomitantemente a esse processo, bem como da concessionária local –

COPASA.

O processo encontra-se instruído corretamente, haja vista a apresentação dos

documentos necessários e exigidos para a atividade em comento pela legislação ambiental em vigor.

Os estudos apresentados pelo empreendedor comprovam a viabilidade ambiental do

empreendimento.

Assim, sugerimos o deferimento do pedido de Licença de Operação Corretiva para o

empreendimento Sercol – Serviço e Comércio do vale Ltda, localizado na zona rural do município de

Salinas /MG, pelo prazo de 10 (dez) anos, com a obediência as condicionantes estabelecidas.

8. Conclusão

A equipe interdisciplinar da Supram Norte de Minas sugere o deferimento desta Licença

Ambiental na fase de Licença de Operação em caráter corretivo, para o empreendimento Sercol –

Serviço e Comércio do vale Ltda, para as atividades de “Abate de animais de médio e grande porte

(D-01-03-1) e Secagem e salga de couros e peles (C-03-01-8)”, no município de Salinas - MG, pelo

prazo de 10 anos, vinculada ao cumprimento das condicionantes.

Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer

condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I) e qualquer alteração, modificação e

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ampliação sem a devida e prévia comunicação, além de expressa autorização da SUPRAM NM,

torna o empreendimento passível de autuação.

Cabe esclarecer que a Superintendência de Meio Ambiente do norte de Minas, não possui

responsabilidade técnica e jurídica sobre os estudos ambientais apresentados nesta licença, sendo a

elaboração, instalação e operação, assim como a comprovação quanto a eficiência destes de inteira

responsabilidade da empresa responsável e/ou seus responsáveis técnicos.

Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo

requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima conste do

certificado de licenciamento a ser emitido.

9. Anexos

Anexo I. Condicionantes para Licença de Operação Corretiva (LOC) do empreendimento Sercol –

Serviço e Comércio do vale Ltda.

Anexo II. Programa de Automonitoramento da Licença de Operação Corretiva (LOC) do

empreendimento Sercol – Serviço e Comércio do vale Ltda.

Anexo III. Relatório Fotográfico do empreendimento Sercol – Serviço e Comércio do vale Ltda,

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ANEXO I

Condicionantes para Licença de Operação Corretiva (LOC) do empreendimento Sercol –

Serviço e Comércio do vale Ltda.

Empreendedor: Sercol – Serviço e Comércio do vale Ltda.

Empreendimento: Sercol – Serviço e Comércio do vale Ltda. CNPJ: 03.074.736/0001-00

Município: Salinas – MG.

Atividades: Abate de animais de médio e grande porte e salga de couros e peles.

Códigos DN 74/04: D-01-03-1, C-03-01-8.

Processo: 09812/2006/003/2014

Validade: 10 anos

Item Descrição da Condicionante Prazo*

01 Executar o Programa de Automonitoramento, conforme definido no Anexo II.

Durante a vigência de Licença de Operação

Corretiva

02 Executar projeto pluvial na área do empreendimento, conforme projeto apresentado, enviar relatório fotográfico da execução do projeto e informar a SUPRAM NM sua conclusão da obra.

90 dias

03

Executar o projeto paisagístico / cortina vegetal apresentado, que contemple espécies nativas regionais visando à integração da área diretamente afetada na paisagem local, conforme cronograma apresentado. Enviar anualmente (primeiro dia útil do mês de janeiro) a SUPRAM NM, relatório fotográfico e descritivo da execução e manutenção do projeto paisagístico.

Durante a vigência da LOC

04

Executar projeto do sistema de compostagem / esterqueira, conforme projeto apresentado, assim como apresentar ART do técnico responsável pelo projeto do sistema de compostagem / esterqueira e enviar relatório fotográfico da execução do projeto e informar a SUPRAM NM sua conclusão da obra.

90 dias

05 Manter no empreendimento para fins de fiscalização, notas de comprovação da destinação final dos resíduos sólidos.

Durante a vigência da LOC

06 Realizar analise dos efluentes atmosféricos provenientes da caldeira (Parâmetros: Material Particulado e Monóxido de Carbono) e apresentar os resultados a SUPRAM NM.

60 dias

07

Caso os resultados de monitoramento da caldeira (emissões atmosféricas) fiquem fora dos padrões definidos pela legislação ambiental, proceder as adequações do sistema de tratamento implantado, e apresentar à SUPRAM NM comprovação das ações implantadas.

Durante a vigência da LOC

08

Relatar previamente à SUPRAM NM qualquer modificação na rotina de produção que possa implicar alterações nos diversos efluentes gerados, seja em nível qualitativo ou quantitativo.

Durante a vigência da LOC

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09

O empreendimento deverá adotar, em todas as fases do seu processo produtivo, a implantação de um gerenciamento adequado com boas práticas de limpeza e acondicionamento dos resíduos orgânicos.

Durante a vigência da LOC

* Salvo especificações, os prazos são contados a partir da data de publicação da Licença na Imprensa Oficial do Estado.

Obs. Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes estabelecidas nos anexos deste parecer poderão ser resolvidos junto à própria Supram, mediante análise técnica e jurídica, desde que não altere o seu mérito/conteúdo.

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ANEXO II

Programa de Automonitoramento da Licença de Operação Corretiva (LOC) do

empreendimento Sercol – Serviço e Comércio do vale Ltda.

Empreendedor: Empreendimento: Sercol – Serviço e Comércio do vale Ltda. CNPJ: 03.074.736/0001-00 Município: Salinas – MG. Atividades: Abate de animais de médio e grande porte e salga de couros e peles. Códigos DN 74/04: D-01-03-1, D-01-05-8, C-03-01-8. Processo: 09812/2006/003/2014 Validade: 10 anos

1. Resíduos Sólidos e Oleosos

Enviar semestralmente a Supram-NM, os relatórios de controle e disposição dos resíduos

sólidos gerados contendo, no mínimo os dados do modelo abaixo, bem como a identificação, registro

profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações.

Resíduo Transportador Disposição final Obs. (**)

Denominação Origem Classe NBR

10.004 (*)

Taxa de geração kg/mês

Razão social

Endereço completo

Forma (*)

Empresa responsável

Razão social

Endereço completo

(*) Conforme NBR 10.004 ou a que sucedê-la.

(**) Tabela de códigos para formas de disposição final de resíduos de origem industrial

2- Reutilização

2 – Reciclagem

3 – Aterro sanitário

4 – Aterro industrial

5 – Incineração

6 – Co-processamento

7 – Aplicação no solo

8 – Estocagem temporária (informar quantidade estocada)

9 – Outras (especificar)

Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá

comunicar previamente à Supram-NM, para verificação da necessidade de licenciamento específico.

As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo

empreendedor. Fica proibida a destinação dos resíduos Classe I, considerados como Resíduos

Perigosos segundo a NBR 10.004/04, em lixões, bota-fora e/ou aterros sanitários, devendo o

empreendedor cumprir as diretrizes fixadas pela legislação vigente.

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Comprovar a destinação adequada dos resíduos sólidos de construção civil que deverão ser

gerenciados em conformidade com as Resoluções CONAMA n.º 307/2002 e 348/2004.

As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de

resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser

mantidos disponíveis pelo empreendedor.

2. Efluentes Atmosféricos

Local de amostragem Parâmetro Freqüência de Análise

Chaminé da caldeira Material Particulado e Monóxido de Carbono

Anualmente

Relatórios: Enviar anualmente a Supram-NM os resultados das análises efetuadas, acompanhados

pelas respectivas planilhas de campo e de laboratório, bem como a dos certificados de calibração do

equipamento de amostragem. O relatório deverá conter a identificação, registro profissional,

anotação de responsabilidade técnica e a assinatura do responsável pelas amostragens. Deverão

também ser informados os dados operacionais. Os resultados apresentados nos laudos analíticos

deverão ser expressos nas mesmas unidades dos padrões de emissão previstos na DN COPAM n.º

11/1986 e na Resolução CONAMA n.º 382/2006.

Na ocorrência de qualquer anormalidade nos resultados nas análises realizadas durante o ano, o

órgão ambiental deverá ser imediatamente informado.

Método de amostragem: Normas ABNT, CETESB ou Environmental Protection Agency – EPA.

3. Ruídos

Local de amostragem Parâmetros Freqüência de análise

No entorno do empreendimento, baseando-se na Lei Estadual 10.100

de 17/01/90 Nível de pressão sonora (ruído)

Anual 1ª medição: apresentar laudo

em até 60 (sessenta) dias após a concessão da licença

Enviar anualmente à Supram-NM relatório contendo os resultados das medições efetuadas;

neste deverá conter a identificação, registro profissional e assinatura do responsável técnico pelas

amostragens.

As amostragens deverão verificar o atendimento às condições da Lei Estadual n°

10.100/1990 e Resolução CONAMA n.º 01/1990.

O relatório deverá ser de laboratórios em conformidade com a DN COPAM n.º 167/2011 e

deve conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises,

acompanhado da respectiva anotação de responsabilidade técnica – ART.

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IMPORTANTE

• Os parâmetros e frequências especificadas para o programa de Automonitoramento

poderão sofrer alterações a critério da área técnica da Supram-NM, face ao desempenho

apresentado;

• A comprovação do atendimento aos itens deste programa deverá estar acompanhada da

Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), emitida pelo(s) responsável(eis) técnico(s),

devidamente habilitado(s);

Qualquer mudança promovida no empreendimento que venha a alterar a condição original do

projeto das instalações e causar interferência neste programa deverá ser previamente informada e

aprovada pelo órgão ambiental.

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ANEXO III

Relatório Fotográfico da Sercol – Serviço e Comércio do vale Ltda.

Empreendedor: Sercol – Serviço e Comércio do vale Ltda.

Empreendimento: Sercol – Serviço e Comércio do vale Ltda.

CNPJ: 03.074.736/0001-00

Município: Salinas – MG.

Atividades: Abate de animais de médio e grande porte e salga de couros e peles.

Códigos DN 74/04: D-01-03-1, D-01-05-8, C-03-01-8.

Processo: 09812/2006/003/2014

Validade: 10 anos

Foto 01. Instalações de abate da sercol.

Foto 02. Curral

Foto 03. Caldeira