parecer técnico

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PARECER TÉCNICO NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO PARA INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR MINISTRAR AULAS O art. 209 da Constituição Federal preconiza que o ensino é livre à iniciativa privada, desde que para tanto sejam observadas algumas condições, como por exemplo, o cumprimento das normas gerais da educação nacional e, autorização e avaliação de qualidade pelo poder público.Pedimos licença para transcrever o seu teor: Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. As normas gerais mencionadas no referido artigo se encontram na Lei 9.394/96, na qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, sendo assim as instituições devem observar todos os ditames que constam na referida norma. No ano de 2006 foi elaborado o Decreto de n° 5.773/06, no qual veio dispor sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior, e em seu art. 1° preconiza que: Art. 1 o Este Decreto dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino.

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Page 1: Parecer técnico

PARECER TÉCNICO

NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO PARA INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR MINISTRAR AULAS

O art. 209 da Constituição Federal preconiza que o ensino é livre à iniciativa privada, desde que para tanto sejam observadas algumas condições, como por exemplo, o cumprimento das normas gerais da educação nacional e, autorização e avaliação de qualidade pelo poder público.Pedimos licença para transcrever o seu teor:

Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;

II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

As normas gerais mencionadas no referido artigo se encontram na Lei 9.394/96, na qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, sendo assim as instituições devem observar todos os ditames que constam na referida norma.

No ano de 2006 foi elaborado o Decreto de n° 5.773/06, no qual veio dispor sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior, e em seu art. 1° preconiza que:

 Art. 1o  Este Decreto dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino. 

§ 1o  A regulação será realizada por meio de atos administrativos autorizativos do funcionamento de instituições de educação superior e de cursos de graduação e seqüenciais. 

§ 2o  A supervisão será realizada a fim de zelar pela conformidade da oferta de educação superior

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no sistema federal de ensino com a legislação aplicável. 

§ 3o  A avaliação realizada pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES constituirá referencial básico para os processos de regulação e supervisão da educação superior, a fim de promover a melhoria de sua qualidade. 

Conforme resta previsto no referido Decreto, o funcionamento de qualquer instituição de nível superior dependerá de autorização do poder Executivo, o que vem a ser elaborada pelo Ministério da Educação (MEC), é o que determina o art. 10 do Decreto 5.773/06. Ainda no referido Decreto está previsto que o funcionamento das instituições sem a devida autorização configura irregularidade administrativa, incidindo ainda os efeitos da legislação Cível e Penal, é a disposição do art. 11.

Cada autorização é válida para um único município, ou seja, uma sede, e caso as instituições que ministram aulas de nível superior queiram dar aulas em outra localidade deverão pedir o credenciamento naquela outra cidade, sob pena de ficar caracterizado à ilegalidade, tanto Administrativa, Cível e Penal, é a disposição do art. 24 do Decreto supramencionado.

Portanto, resta demonstrado que uma Instituição para ministrar aulas de nível superior se faz necessário autorização para tanto, o que para cada cidade a ser fornecida as aulas deve existir uma autorização distinta, onde no caso do município de Petrolândia – PE, a única entidade credenciada segundo o MEC é o Centro de Ensino Superior do Vale do São Francisco – CESVASF.

Ante ao exposto, a possibilidade de transferência dos alunos para outra instituição se torna inviabilizada do ponto de vista Jurídico, por vários motivos, dentre eles podemos citar o fato de os alunos terem cursado uma baixíssima carga horária, pois para as disciplinas ministradas a carga horária mínima exigida pelo MEC é de 60 horas, quando na realidade eram ministradas apenas 12 horas. Ainda urge salientar que a transferência para outra instituição sem autorização do MEC estaria tirando os alunos de uma ilegalidade e os colocando em outra, fazendo com que os mesmos ainda não recebam o tão sonhado Diploma, pois a instituição não é credenciada para ministrar aulas no município de Petrolândia – PE, conforme simples consulta no site do MEC.

Page 3: Parecer técnico

JOÃO VITOR MARTINS DE ALCÂNTARAOAB/PB N° 21.455

THALLES LEONNYS ARAUJO GUEDESOAB/PB Nº 21.516