parecer tÉcnico - microsoft...parecer técnico nº 170/19/iper, elaborado pelo setor de avaliação...

121
PARECER TÉCNICO COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br Nº. 268/19/IE Data: 16/07/2019 1 PROCESSO: IMPACTO nº 110/2019 (e-ambiente CETESB.036415/2019-43) INTERESSADO: Empresa Metropolitana de Águas e Energia S/A EMAE ASSUNTO: Licença Ambiental Prévia para a Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga MUNICÍPIO: São Paulo 1. INTRODUÇÃO Trata-se da análise da viabilidade ambiental para a Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga, no município de São Paulo, de responsabilidade da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S/A EMAE. O empreendimento corresponde à implantação e operação de dois blocos independentes de geração de energia elétrica a gás natural (Blocos I e II), com potência total instalada de 2.555,7 MW em ciclo combinado, em substituição às Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga. A análise desta equipe técnica teve por base as informações contidas nos documentos e atividades relacionados ao Processo IMPACTO nº 110/2019 (e-ambiente CETESB.036415/2019-43), destacando-se: Ofício CT/P/1864/2019 da EMAE, encaminhando o Estudo de Impacto Ambiental EIA do empreendimento; Anotações de Responsabilidade Técnica ARTs dos responsáveis pelos estudos que compõem o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da substituição tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga; Parecer Técnico nº 368/17/IE, elaborado pela CETESB em 17/11/2017, contendo o Termo de Referência para elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental EIA/RIMA do empreendimento; Acordo de Cooperação Técnica nº 42/2017, firmado entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBAMA e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo CETESB em 27/10/2017, visando o licenciamento ambiental da substituição tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga; Certidão de Uso e Ocupação do Solo, emitida pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura Municipal de São Paulo em 26/03/2019, informando não haver óbices à implantação do empreendimento (Processo nº 6068.2019/0000285-7); Parecer Técnico nº 017/DAIA/GTANI/2019, emitido pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente em 02/07/2019; Ficha de Caracterização de Atividade FCA, protocolada no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN/SP em 13/03/2019; Publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo (Poder Executivo - Seção I), de 12/04/2019, referente à manifestação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo CONDEPHAAT; Informação SMC/DPH/EQUIPE APOIO nº 015436222, emitida pela Secretaria Municipal de Cultura em 14/03/2019; Portaria DAEE nº 1343, emitida pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica DAEE em 06/05/2016, autorizando a utilização de recursos e lançamento superficial no Rio Grande ou Jurubatuba; Parecer Técnico nº 061/2019/IPAR, elaborado pelo Setor de Avaliação Ambiental de Ruídos e Vibrações IPAR/CETESB em 28/05/2019;

Upload: others

Post on 14-May-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

1

PROCESSO: IMPACTO nº 110/2019 (e-ambiente CETESB.036415/2019-43)

INTERESSADO: Empresa Metropolitana de Águas e Energia S/A – EMAE

ASSUNTO: Licença Ambiental Prévia para a Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga

MUNICÍPIO: São Paulo

1. INTRODUÇÃO

Trata-se da análise da viabilidade ambiental para a Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga, no município de São Paulo, de responsabilidade da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S/A – EMAE.

O empreendimento corresponde à implantação e operação de dois blocos independentes de geração de energia elétrica a gás natural (Blocos I e II), com potência total instalada de 2.555,7 MW em ciclo combinado, em substituição às Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga.

A análise desta equipe técnica teve por base as informações contidas nos documentos e atividades relacionados ao Processo IMPACTO nº 110/2019 (e-ambiente CETESB.036415/2019-43), destacando-se:

Ofício CT/P/1864/2019 da EMAE, encaminhando o Estudo de Impacto Ambiental – EIA do empreendimento;

Anotações de Responsabilidade Técnica – ARTs dos responsáveis pelos estudos que compõem o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da substituição tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga;

Parecer Técnico nº 368/17/IE, elaborado pela CETESB em 17/11/2017, contendo o Termo de Referência para elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA do empreendimento;

Acordo de Cooperação Técnica nº 42/2017, firmado entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB em 27/10/2017, visando o licenciamento ambiental da substituição tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga;

Certidão de Uso e Ocupação do Solo, emitida pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura Municipal de São Paulo em 26/03/2019, informando não haver óbices à implantação do empreendimento (Processo nº 6068.2019/0000285-7);

Parecer Técnico nº 017/DAIA/GTANI/2019, emitido pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente em 02/07/2019;

Ficha de Caracterização de Atividade – FCA, protocolada no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN/SP em 13/03/2019;

Publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo (Poder Executivo - Seção I), de 12/04/2019, referente à manifestação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – CONDEPHAAT;

Informação SMC/DPH/EQUIPE APOIO nº 015436222, emitida pela Secretaria Municipal de Cultura em 14/03/2019;

Portaria DAEE nº 1343, emitida pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE em 06/05/2016, autorizando a utilização de recursos e lançamento superficial no Rio Grande ou Jurubatuba;

Parecer Técnico nº 061/2019/IPAR, elaborado pelo Setor de Avaliação Ambiental de Ruídos e Vibrações – IPAR/CETESB em 28/05/2019;

Page 2: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

2

Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019;

Parecer Técnico nº 038/19/IPGS, elaborado pelo Setor de Avaliação e Gestão do Uso do Solo – IPGS/CETESB em 21/05/2019;

Termo de Referência Específico – TER nº 443/IPHAN-SP, emitido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN em 21/05/2019;

Parecer Técnico nº 200/19/IPEE, elaborado pelo Setor de Avaliação de Efluentes – IPEE/CETESB em 28/06/2019;

Informação Técnica nº 004/19/IEOL, de 25/06/2019, encaminhada à Empresa Metropolitana de Águas e Energia S/A – EMAE, solicitando documentos e informações necessárias à continuidade de análise do EIA/RIMA;

Relatório de Vistoria nº 006/19/IEOL, referente à inspeção técnica realizada na área de implantação do empreendimento em 01/07/2019;

Documentos relacionados à Audiência Pública realizada no dia 17/06/2019, incluindo a Ata, publicidade, publicações etc.;

Relatório de Informações Complementares, anexado pelo empreendedor no sistema eletrônico e-ambiente em 03/07/2019;

Ofício nº 219/19/I, de 03/07/2019, referente à manifestação da Subsecretaria de Infraestrutura sobre o projeto proposto;

Ofício SIMA/SSI nº 010/19, emitido pela Subsecretaria de Infraestrutura em 10/07/2019;

Informação Técnica nº 03/19/PIC, elaborada pela Divisão de Mudanças Climáticas em 11/07/2019;

Ofício/BAT/0575/19, emitido pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE em 12/07/2019;

Parecer Técnico nº 034/19/IPA, elaborado pela Divisão de Avaliação de Ar, Ruído e Vibração – IPA/CETESB em 15/07/2019.

2. JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO

De acordo com o EIA, a Região Metropolitana de São Paulo – RMSP possui uma forte e complexa dependência de seus equipamentos de infraestrutura com a energia elétrica, reforçando o risco da dependência exclusiva de fontes produtoras à distância, como de hidrelétricas.

Além disso, conforme informações apresentadas, os colapsos no atendimento, ocorridos desde a década de 1990, mostraram um déficit energético em algumas regiões do Brasil, bem como a necessidade de se ampliar o parque gerador de energia elétrica próximo aos centros de carga.

Ainda segundo o estudo apresentado, considerando que as Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica – UTE Piratininga possuem mais de 60 anos, a tecnologia utilizada pelas mesmas encontra-se obsoleta, tanto do ponto de vista operacional quanto em relação aos sistemas de controle ambientais. As referidas Unidades apresentam baixo rendimento/eficiência; possuem elevado custo operacional por MW; e embora licenciadas e operando com gás natural, possuem baixa eficiência ambiental quando comparada às novas tecnologias atuais.

Nesse sentido, a configuração pretendida com a substituição tecnológica deverá aumentar a estabilidade do sistema elétrico, com a consequente elevação da confiabilidade desse sistema, principalmente em termos de atendimento da carga, controle de tensão e absorção de reativos. A capacidade total de geração após a substituição tecnológica deverá ser de 2.555,7 MW, frente aos 100 MW da configuração atual.

Page 3: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

3

Considerou-se, ainda, que a tecnologia proposta para a substituição tecnológica das Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga possibilitará a construção de um gerador de energia nas proximidades de um importante centro de carga; em uma localização privilegiada pela existência de infraestrutura de escoamento da energia produzida e de suprimento de gás natural; e num período de tempo relativamente pequeno, se comparado a instalações de novas unidades hidrelétricas, viabilizando assim a necessária elevação da capacidade de carga instalada, em virtude de um rápido incremento de demanda.

3. HISTÓRICO DA USINA TERMELÉTRICA PIRATININGA

Localizada no Bairro de Pedreira, na zona sul da capital paulista, a Usina Termelétrica de Piratininga foi concebida na década de 1950, com as Unidades 1 e 2 (2 x 100 MW), que entraram em operação no ano de 1954. Em 1962, foi iniciada a operação das Unidades 3 e 4 (2 x 136 MW). A operação da usina utilizava óleo combustível com alto teor de enxofre.

Na década de 1980, a UTE Piratininga passou a operar com óleo de baixo teor de enxofre. Em 1999, em uma nova fase de modernização, foi iniciada a troca dos queimadores das caldeiras, implantando-se o sistema bi-combustível. Com isso, paralelamente, o gás natural foi utilizado para alimentação parcial da usina. A troca dos queimadores e do combustível compôs um dos itens do termo de compromisso assumido pela EMAE para eliminar a emissão de fumaça preta, que foi alvo de várias reclamações de moradores da região, que resultaram na aplicação de autos de inspeção e de infração, seguidos de multas.

Essa fase foi denominada como Fase 1 da UTE Piratininga e corresponde às instalações originais da usina em operação (Unidades 1, 2, 3 e 4), com capacidade de geração instalada de 472 MW, compreendendo os seguintes equipamentos: 2 turbinas a vapor de 100 MW cada; 2 turbinas a vapor de 136 MW; 3 caldeiras com queima de óleo combustível e 1 caldeira com queima de gás natural; um sistema de resfriamento de circuito aberto de água de condensação. Posteriormente, foi instalado um conjunto de torres de resfriamento (tipo úmida) para complementar o sistema de condensação existente.

Em 2000, iniciou-se outro processo de modernização da usina, denominada Fase 2, com a instalação de quatro turbinas movidas a gás natural em substituição às três caldeiras a óleo combustível, tendo como empreendedor o Consórcio EMAE-Petrobras.

A Fase 2 da UTE Piratininga compreendeu duas etapas:

Etapa 2A: instalação de 4 turbinas a gás em substituição da queima de óleo combustível em 3 caldeiras;

Etapa 2B: instalação de 4 caldeiras de recuperação de calor e 4 chaminés sem queima adicional de combustível com o resgate da potência de 220 MW do ciclo a vapor, aumentando a capacidade instalada para 692 MW.

A Fase 2 da UTE Piratininga foi denominada como “UTE Nova Piratininga”. Posteriormente, a Petrobras denominou como “UTE Fernando Gasparian” a parte do empreendimento que correspondeu às 4 turbinas a gás, de forma dissociada da UTE Piratininga.

O empreendedor informou que as Unidades 1 e 2 não estão em operação desde 2009, tendo em vista que não foram despachadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS devido a sua baixa eficiência de produção energética.

Posteriormente veio a intenção de concluir a interligação das duas unidades restantes da UTE Piratininga com novas turbinas a gás. Com isso, a Fase 3 da UTE Piratininga consistiu na instalação de 3 turbinas a gás e 3 caldeiras de recuperação de calor (trocadores de calor) para operação em ciclo combinado com as turbinas a vapor das Unidades 1 e 2 da Usina.

Page 4: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

4

Com a Fase 3, a UTE Piratininga representaria a configuração final de 7 turbinas a gás, gerando 707 MW em ciclo combinado com as 4 turbinas a vapor da Fase 1 gerando mais 390 MW, totalizando uma capacidade de geração instalada de 1.097,6 MW.

A Fase 3 foi licenciada no âmbito do Processo SMA 13.597/1997 e obteve a Licença Ambiental Prévia – LP nº 846, de 20/06/2005, com validade de 5 anos. Contudo, a falta de estímulo de parceria para investimentos nesta ampliação, na época, resultou na descontinuidade do projeto, e na caducidade da Licença.

A seguir são listadas as Licenças Ambientais concedidas para as 3 fases da UTE Piratininga:

Fase 1: Modernização Parcial da UTE Piratininga (Processo SMA nº 13.691/1999):

LI nº 000182, de 18/01/2001;

LO nº 00099, de 22/03/2002;

LO Renovação nº 0005, de 28/04/2003.

Fase 2: Modernização – instalação de caldeiras de recuperação de calor e interligação parcial do ciclo combinado (Processo CETESB 33/00477/99):

LP nº 00509, de 27/05/2002;

LI nº 00239, de 03/07/2002;

LO nº 33000096, de 03/03/2004;

LO Renovação, nº 33004779, de 08/11/2011, integrando Fases 1 e 2;

LO Renovação nº 33006594, de 08/11/2016 (LO vigente).

Fase 3: Modernização e Ampliação da UTE Piratininga (Processo SMA nº 13.597/1997):

LP nº 00846, de 20/06/2005 (expirada).

Atualmente, a EMAE pretende empreender uma nova etapa de modernização, que compreende a substituição tecnológica das Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga, objeto de análise deste Parecer.

4. ESTUDO DE ALTERNATIVAS

O estudo de alternativas apresentado no EIA contemplou aspectos tecnológicos e locacionais, conforme apresentado a seguir. 4.1. Alternativas Tecnológicas

A seguir são apresentadas as tecnologias e equipamentos avaliados no EIA para a geração de energia elétrica:

Usina Termelétrica de Geração com Ciclo a Vapor: caracteriza-se por utilizar uma turbina a vapor, com o único objetivo de produzir eletricidade. A vantagem desse processo de geração de energia em ciclo a vapor é a operação das caldeiras com diversos tipos de combustíveis. Contudo, a desvantagem se apresenta na baixa eficiência energética e nas elevadas emissões gasosas se comparadas às tecnologias atuais de turbinas a gás.

Usina Termelétrica de Cogeração: caracteriza-se pela utilização simultânea do vapor para a geração de energia elétrica e como fonte de energia térmica para os demais processos, a partir de um mesmo combustível (derivado do petróleo, gás natural, carvão ou biomassa). A cogeração pode ser realizada utilizando-se tanto turbinas a vapor, quanto turbinas a gás e motores de combustão interna, incluindo-se os ciclos combinados. A desvantagem refere-se à condição de ser implantada junto a um parque industrial ou à atividade fabril associada, não sendo aplicável ao empreendimento em questão.

Usina Termelétrica de Turbina a Gás em Ciclo Simples: utiliza uma turbina a gás, com o único objetivo de produzir eletricidade, embora possam ser utilizados combustíveis líquidos (como diesel especial). Caracteriza-se por uma partida muito rápida, o que permite sua utilização para o

Page 5: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

5

suprimento de eletricidade nos períodos de pico de consumo. A eficiência dessas centrais termelétricas é em torno de 36% a 39%. Como desvantagens destacam-se: o não aproveitamento do calor da combustão que é lançado em temperaturas muito elevadas para a atmosfera; desperdício energético; custo elevado da energia e eficiência menor em relação ao ciclo combinado.

Usina Termelétrica em Ciclo Combinado: utiliza o ciclo termodinâmico de Brayton (turbina a gás) e o ciclo de Rankine (turbina a vapor) associados em uma única planta, com caldeiras de recuperação de calor (Heat Recovery Steam Generators – HRSG) para recuperar a energia contida nos gases de exaustão da turbina a gás para produção de vapor para alimentar a turbina de vapor. A maior vantagem do ciclo combinado é a flexibilidade operacional, pois é possível considerar tanto a operação conjunta das turbinas a gás e turbina a vapor, quanto a operação isolada das turbinas a gás (ciclo aberto), por indisponibilidade da turbina a vapor. Utiliza um ciclo com turbina a gás sobreposto a um ciclo com turbina a vapor, constituindo os sistemas mais modernos e eficientes (variando entre 55 a 58%, com perspectiva de aumento na ordem de 63%), no qual o combustível predominante é o gás natural. Sob o ponto de vista de termoeletricidade este ciclo representa a melhor configuração para rendimento energético. Quanto ao enfoque ambiental, considerando o rendimento, este ciclo demonstra a melhor forma de aproveitamento do combustível como energético.

A seguir são apresentadas as alternativas tecnológicas avaliadas para o sistema de resfriamento, utilizando-se como base as turbinas a gás Siemens SGT 9000 HL (Bloco I) e Siemens SGT 8000 H (Bloco II).

Torre de resfriamento: a água aquecida cai por gravidade dentro de uma grande área de contato com o ar ambiente soprado em contracorrente por um ventilador. Apresenta como vantagem a troca térmica eficiente devido ao contato direto com o ar ambiente que evapora parte da água, o que resulta em baixo investimento inicial. Todavia, pode ocorrer contaminação da água por partículas em suspensão no ar e algas e bactérias que proliferam na água morna aerada. Como decorrência, as torres de resfriamento exigem tratamento químico constante e a drenagem periódica da água (purga) para evitar a concentração dos sais, ocasionada pela evaporação da água, que formam incrustações nos trocadores de calor dos equipamentos resfriados. Dessa forma, as perdas de água por evaporação e purga, adicionadas a perdas pelo arraste de gotículas pelo fluxo de ar do ventilador e pelos usuais vazamentos na bacia da torre, podem atingir 3% da vazão da água recirculada.

Resfriados a ar (Torre Seca): o vapor aquecido é condensado de volta ao estado líquido em um circuito fechado. Sistemas de resfriamento a seco reduzem o consumo total de água em mais de 95%, sendo que o condensador resfriado a ar é basicamente um trocador de calor composto de tubos aletados, dentro dos quais um fluído é condensado e o ar externo flui ao redor das aletas para remover o calor. A vantagem considerada neste sistema de resfriamento é praticamente a ausência de reposição de água, uma vez que a troca térmica não envolve a evaporação da água de resfriamento, além da inexistência de purga contínua como na torre convencional. Como desvantagens consideram-se: necessidade de grande área de troca para os resfriadores devido ao fato do resfriamento da água pelo ar ocorrer apenas pela troca térmica (sem evaporação), o que eleva de modo significativo o custo da instalação e o espaço exigido para seu arranjo no layout da usina; geração de água de resfriamento com temperatura mais elevada do que a temperatura resultante em torres convencionais. Como consequência, plantas térmicas com este tipo de resfriamento são normalmente dimensionadas para operar com pressões mais elevadas nos condensadores e, por isso, são menos eficientes.

Em relação aos sistemas de controle de NOx (Dióxido de Nitrogênio), foram consideradas as principais tecnologias de redução da emissão do NOx, as quais são aplicadas na própria combustão, como é o caso do sistema de injeção de vapor, e os sistemas com queimadores do tipo Dry-Low NOx. Também foi considerado o Sistema de Redução Catalítica (SCR), responsável pela redução dos óxidos de nitrogênio.

Page 6: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

6

As chaminés possuem como finalidade a condução dos gases de combustão até um ponto suficientemente afastado do nível do solo para permitir uma dispersão eficaz, além de assegurar que as concentrações dos poluentes estejam abaixo dos limites estabelecidos na legislação. As chaminés também têm como finalidade fixar uma altura que possibilite a pluma de emissões atmosféricas alcançar a camada de inversão, visando a dispersão da fumaça ou gases de combustão. 4.1.1. Alternativa Tecnológica Escolhida

A alternativa tecnológica escolhida foi a de ciclo combinado, devido ao fato de ser um sistema com alta eficiência decorrente da combinação de turbinas a gás (TG) e a turbina a vapor (TV), baseada no poder calorífico inferior do gás (Net Plant Efficiency, %LHV), situado acima de 55%. As principais vantagens que determinaram a escolha são destacadas a seguir: a) redução do nível de comprometimento da disponibilidade hídrica local, uma vez que os 02 novos blocos de potência serão refrigerados a ar; b) diminuição dos níveis de comprometimento da bacia aérea em questão, devido ao reduzido nível de emissões dos novos blocos (turbinas com tecnologias mais modernas); c) rendimento >60%, bem acima das Unidades 1 e 2; d) configuração modular implicará em menores custos de implantação, operação e manutenção; e f) melhor modicidade tarifária dos blocos de potência dos novos turbo-geradores resultantes de sua melhor eficiência quando comparada às Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga. Quanto ao sistema de resfriamento, a alternativa escolhida trata-se do sistema de resfriamento por condensador a ar (torre seca), por não ser necessária a reposição de água. Para o controle e redução da emissão de NOx será adotado o Sistema de Redução Catalítica (SCR), além da utilização de queimadores do tipo Dry-Low NOx e injeção de amônia na própria combustão, para atendimento aos padrões previstos na legislação vigente. 4.2. Alternativas Locacionais

Trata-se de uma substituição tecnológica de parte de uma usina termelétrica existente, as Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga.

O local é dotado de infraestrutura e facilidades existentes como: água para processos com outorga existente; Linhas de Transmissão e Subestações de transmissão de energia em diversas tensões (88kV; 230kV; 345kV); dois dutos de gás natural com capacidade de atendimento ao empreendimento; Zoneamento Municipal compatível ao empreendimento.

Destaca-se que o local de instalação do empreendimento já é de uso industrial consolidado. Assim, além dos fatores ambientais e de infraestrutura oferecida, a localização é extremamente favorável devido à proximidade com o centro de carga de maior demanda de energia do país, o que contribui fortemente para o aumento da segurança e confiabilidade do Sistema Elétrico dessa região. O fato de evitar a transmissão de grandes blocos de energia a longas distâncias representa diminuir significativamente o risco de falhas no suprimento de energia elétrica, e principalmente contribuir para afastar a possibilidade de ocorrência de blecautes. 4.3. Alternativa Zero

De acordo com o empreendedor, a não implantação do empreendimento proposto poderá implicar em: aumento do risco de blecautes; aumento do risco elétrico para a cidade de São Paulo; aumento do risco de racionamento de energia elétrica para os consumidores finais; não geração de empregos diretos e indiretos, nas fases de implantação do empreendimento; e manutenção da baixa eficiência ambiental e energética decorrente de tecnologias antigas e superadas.

5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O empreendimento será instalado na zona sul do município de São Paulo, junto ao canal Pinheiros e à barragem de Pedreira, localizado à Av. Nossa Senhora de Sabará, nº 5.312, no Bairro Pedreira, no mesmo terreno das atuais instalações da Usina Termelétrica Piratininga e da Usina Termelétrica Fernando Gasparian (FEG).

Page 7: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

7

A Usina Termelétrica Piratininga é composta de 4 (quatro) unidades geradoras de energia, sendo que as Unidades 1 e 2, de 100 MW, que operam com ciclo Rankine e com queima de gás natural em caldeira, serão objetos de substituição.

A Usina Termelétrica Piratininga encontra-se instalada no terreno de propriedade da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. – EMAE, o qual possui uma área total de 812.872 m2. Neste terreno, além da referida UTE e de escritórios da EMAE, localizam-se também as instalações da UTE Fernando Gasparian, da Petróleo Brasileiro S/A – PETROBRAS, bem como a Subestação (SE) Piratininga I, operada pela Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista – ISA CTEEP. Além dessa Subestação, a CTEEP também possui a SE 345/138-88 kV Piratininga II, localizada na margem oposta do canal do rio Jurubatuba e ao lado desta, a SE 230 kV Interlagos.

O empreendimento compreenderá a geração total de energia elétrica de 2.555,7 MW, em dois novos blocos independentes (Blocos I e II), com área total de aproximadamente 213.300 m2, a partir da utilização do gás natural como combustível.

De acordo com o projeto conceitual, será adotada a tecnologia do tipo ciclo combinado. A configuração do empreendimento será:

Bloco I: 3 x 1 (conjunto de 3 turbinas a gás modelo Siemens SGT 9000 HL com geradores e 1 turbina a vapor com gerador) com geração de 1.736,8 MW;

Bloco II: 2x1 (2 turbinas a gás modelo Siemens SGT 8000 H, com gerador e 1 turbina a vapor com gerador) com geração de 818,9 MW.

Ressalta-se que as operações desses dois blocos serão independentes, pelo fato de terem sido projetados para trabalhar continuamente na potência máxima (base load) e capacitados a atender variações de carga do sistema.

De acordo com o EIA, a fonte de energia primária será o gás natural, a ser fornecido pela Companhia de Gás de São Paulo – COMGAS, que será conduzido aos blocos geradores por meio de gasodutos. Também foi informado que a energia a ser produzida pelo empreendimento energia elétrica seguirá para o Sistema Interligado Nacional (SIN) através de uma Linha de Transmissão de 345 kV, que será conectada à Subestação Piratininga II (existente).

Também são objeto de licenciamento as seguintes infraestruturas associadas à operação dos Blocos I e II, todas dentro da própria propriedade da EMAE:

02 Subestações de 345/13,8 kV, ambas com área de 2.699,25 m2, compactas e isoladas a gás, uma adjacente ao Bloco I e a outra adjacente ao Bloco II;

Linha de Transmissão de 345 kV, em circuito duplo, com 5 torres, 713,88 metros de extensão e faixa de servidão de 50 metros de largura, que fará a conexão dos Blocos I e II à Subestação de 345/138-88 kV Piratininga II existente, operada pela Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista – ISA CTEEP;

Cabo de 13,8 kV subterrâneo, com 934,17 metros de extensão e constituído por cabos elétricos instalados no interior de eletrodutos de polietileno de alta densidade (PEAD), de 5" a 6" de diâmetro, que fará a conexão do Bloco II a SE do empreendimento;

Gasoduto responsável pelo abastecimento do Bloco I, em aço, com 476,72 metros de extensão, diâmetro de 14 polegadas e pressão de 7 bar;

Gasoduto responsável pelo abastecimento do Bloco II, em aço, com 253,90 metros de extensão, diâmetro de 14 polegadas e pressão de 7 bar;

Duto de lançamento de efluentes do Bloco I, em polietileno, com 21,55 metros de extensão, diâmetro de 8 polegadas e vazão média de 15,49 m3/h;

Duto de lançamento de efluentes do Bloco II, em polietileno, com 57,41 metros de extensão, diâmetro de 8 polegadas e vazão média de 14,05 m3/h.

Page 8: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

8

Cabe informar que já se encontra implantada no local uma adutora, em aço, com 965,35 metros de extensão, diâmetro de 6 polegadas, que atualmente atende a UTE Piratininga e que também atenderá os Blocos I e II.

A fonte de abastecimento de água para a operação do empreendimento será a represa Billings, cuja outorga foi emitida pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE por meio da Portaria DAEE nº 1343, de 06/05/2016, autorizando a utilização de recursos hídricos, para fins de geração de energia (captação superficial no Rio Grande ou Jurubatuba com vazão de 2.880,00 m3/h e lançamento superficial no Rio Grande ou Jurubatuba com vazão de 2.052,00 m3/h).

A vida útil prevista para o empreendimento é de 25 (vinte e cinco) anos e a previsão de operação é de 12 (doze) meses por ano.

A Figura 1 ilustra o layout do empreendimento e a Tabela 1 apresenta dados comparativos entre as Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga, a serem substituídas, e os Blocos I e II.

Page 9: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

9

Figura 1 - Layout do empreendimento (Fonte: EIA/RIMA, 2019).

Page 10: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

10/56

Tabela 1 – Comparação entre as Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga e os Blocos I e II.

Dados Característicos Unidade Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga

(a serem substituídas)

Empreendimento futuro

Bloco I Bloco II

Área Total m2 12.000 104.000 53.000

Área Construída m2 3.100 104.000 53.000

Atividades ao ar livre m2 8.900 NA NA

Capacidade total de geração de energia elétrica

MW 100 1736,8 818,9

Capacidade total de geração por módulo

MW 100 3x346,3 + 1 x 697,9 2 x 272,70 + 1 x

273,50

Nº de turbinas à gás - 0 3 2

Nº de turbinas a vapor - 2 1 1

Potência por turbina a gás MW 0 346,3 272,70

Potência por turbina a vapor MW 100 697,9 273,50

Potência total instalada MW 200 1736,8 818,9

Nº de Caldeiras e pressão de operação

bar 2 (negativa) 3 x (HP 159/IP

38/LP5) 2 x (HP 159/IP 38/LP

5)

Produção de vapor tvap/ano 395 1.521 673

Torre de resfriamento m3/h NA NA NA

Consumo de combustível m3/h 31.250 297.490 139.360

Dutos associados

pol/bar/m Gás 18”, pressão 7

bar, 860 m Gás 14”, pressão 7

bar, 474,72 m Gás 14”, pressão 7

bar, 253,90 m

pol/m Água 6”, 965,35 m Água 6”, 965,35 m Água 6”, 965,35 m

pol/m Efluentes 8”, 140

m Efluentes 8”, 21,55 m Efluentes 8”, 57,41 m

Linha de transmissão associadas Km NA 0,713 0,934

Tensão da linha kV NA 345 13,8

Subestação m2 300 (ETU) 2.699,25 2.699,25

Estação de Tratamento de Água m3/h 110 23,90 19,97

Estação de Tratamento de Efluentes

m3/h 1,6 15,49 14,05

Empregos diretos gerados durante a operação

nº 60 40 21

Captação superficial – água resfriamento Pinheiros (não consuntivo)

m3/h 8.400 NA NA

Captação superficial – água de serviço Billings

m3/h NA 23,90 19,97

Captação subterrânea – água desmineralizada consuntivo

m3/h 1,6 NA NA

Demais insumos – Hipoclorito de Sódio

Kg/mês 200 130 75

Demais insumos – Ácido Clorídrico Kg/mês 5.000 915 610

Demais insumos – Hidróxido de Sódio

Kg/mês 1.500 200 133

Demais insumos – Hidróxido de Amônia

Kg/mês NA 6 4

Efluentes industriais m3/h 8.400,6 15,29 13,95

Eflluentes domésticos m3/h NA 0,20 0,10

Geração Total de efluentes m3/h 8.400,6 15,49 14,05

Geração de resíduos Kg 800 500 300

Emissão de Gases MP Kg/h 3,82 25,8 16,2

Emissão de Gases SOx Kg/h NI 15,51 7,26

Emissão de Gases CO Kg/h 42,1 105,6 59,2

Emissão de Gases NOx Kg/h 140,0 34,8 23,2

Emissão de gases VOCs Kg/h 3,2 2,22 1,2

Fonte: Adaptado de EIA/RIMA (2019) e Informações complementares apresentadas pelo empreendedor.

Page 11: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

11/56

De acordo com o empreendedor, as Unidades 1 e 2 não estão em operação desde 2009 devido ao desinteresse motivado pelo custo elevado da energia gerada, contudo as edificações das Unidades 1 e 2 não serão demolidas, pois o empreendedor pretende mantê-las e avalia a possibilidade de transformá-las em museu.

Para a desativação das Unidades 1 e 2, o empreendedor irá apresentar um Plano de Descomissionamento dessas instalações por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação – LI para os Blocos I e II. 5.1. Atividades e obras para a implantação do empreendimento.

A implantação do empreendimento será realizada em duas etapas para os Blocos I e II (Figura 2):

Implantação do Bloco I: ocorrerá num período de 40 meses e no final de sua implantação serão realizados o comissionamento e os testes pré-operacionais num período de 5 a 6 meses (entre o 34º mês e o 40º mês);

Implantação do Bloco II: será iniciada no 36º mês do cronograma de implantação do Bloco I, ou seja, no seu período de comissionamento e testes. As atividades iniciais de implantação do Bloco II compreenderão demolições das instalações atualmente existentes e a limpeza do terreno (com duração aproximada de 06 meses). O período total de implantação do Bloco II será de 34 meses.

Figura 2 - Cronograma de obras dos Blocos I e II, referentes à substituição tecnológica das Unidades 1 e 2 da UTE

Piratininga. (Fonte: EIA/Rima, 2019)

Segundo o EIA, as principais atividades e obras a serem desenvolvidas para a implantação do empreendimento são:

Canteiro de obras: serão instalados 2 (dois) canteiros de obras dentro do próprio terreno da EMAE. O canteiro principal abrangerá uma área total de 23.671 m² e será instalado em uma antiga área de tancagem da Eletropaulo (vide item 8.2.5 deste Parecer Técnico). O canteiro será dotado das seguintes instalações: escritório administrativo; sanitário/vestiário; refeitório (sem cozinha); almoxarifado; pipe shop; área de estocagem aberta; carpintaria/oficina de armação; área de estocagem de máquinas; área de vivência; e guarita. Já o canteiro avançado do Bloco II, por sua vez, possuirá área de 100 m² e será instalado ao lado da área de implantação do Bloco II, pois sua utilização será exclusiva para as obras deste Bloco.

Page 12: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

12/56

Demolições, limpeza do terreno e supressão de vegetação: a área do projeto tem 21,33 ha e será necessário o corte de 1.210 indivíduos arbóreos isolados. O volume estimado de material de demolição é de 1.492 toneladas.

Terraplenagem: a estimativa de movimentação de solo para a implantação dos Blocos I e II é apresentada na Tabela 2.

Tabela 2 - Estimativas de volumes de corte/aterro para a implantação do Bloco I e Bloco II.

Atividade Bloco I Bloco II

Raspagem do terreno 23.500 m2 12.300 m2

Escavação e carga de material de 1ª e 2ª categoria 48.300 m2 61.000 m2

Compactação de aterro maior/igual a 95% PS 44.700 m3 63.000 m3

Espalhamento/regularização/compactação de material em bota-espera

3.600 m3 2.000 m3

Áreas de empréstimo e bota foras: não está prevista a utilização de material de empréstimo de jazida externa, porém, caso haja necessidade, o material será adquirido de jazidas devidamente licenciadas. Foi informado que o excedente (1.600 m³) será espalhado, nivelado e compactado na própria área do bota-espera, no próprio terreno da EMAE.

Sistema de drenagem: compreende a construção de escadas de dissipação, canaletas de concreto e caixas de passagem usuais para o transporte de volumes pluviais e condução ao curso d’água.

Obras civis e montagem de equipamentos: além das obras de terraplenagem, fundação e drenagem, serão realizadas obras civis que compreenderão a construção de bases de concreto armado, que servirão de sustentação para os equipamentos associados às turbinas a gás, às caldeiras de recuperação e a torre de refrigeração.

Linha de Transmissão: a transmissão da energia gerada pelo Bloco I será realizada por meio de um sistema de conexão direta até a Subestação adjacente a este Bloco. O Bloco II, por sua vez, contará com um cabo subterrâneo de 13,8 kV, com 820 m de extensão, que fará a conexão da Subestação adjacente do Bloco I até à Subestação do Bloco II. O cabo subterrâneo será implantado próximo ao sistema viário interno já existente e será constituído por cabos de polietileno de alta densidade (PEAD), de 5" a 6" de diâmetro, enterrados no solo a 80 cm da superfície, em valas previamente escavadas. Na Subestação adjacente ao Bloco I, que receberá a energia gerada nos Blocos I e II, será implantada a Linha de Transmissão de 345 kV, de circuito duplo, e que será conectada à Subestação 345/138-88 kV Piratininga II, existente e operada pela concessionária ISA CTEEP.

Transporte de materiais e equipamentos: para as atividades de construção do Bloco I é previsto um fluxo de 9 a 10 caminhões betoneiras/dia e de 5 carretas/dia durante aproximadamente 27 meses para as atividades de montagem eletromecânica. Durante as obras do Bloco II o volume estimado é de 7 caminhões betoneiras/dia e de 5 carretas/dia durante aproximadamente 24 meses para as atividades de montagem eletromecânica.

Uso de água: o volume de água a ser consumida na fase de implantação dos Blocos I e II será suprido pela rede pública da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP. Para o abastecimento de água potável serão instalados bebedouros (fonte mineral) adquiridos de terceiros.

Efluentes líquidos: os efluentes sanitários gerados nos banheiros dos canteiros de obras serão armazenados temporariamente em tanques/reservatórios que serão enterrados ou locados junto aos banheiros (vide item 8.2.4 deste Parecer Técnico).

Page 13: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

13/56

Resíduos sólidos: os volumes de resíduos previstos de serem gerados e sua a destinação final, serão classificados e terão destinação final seguindo o disposto na Norma NBR 1004:2004 e na Resolução CONAMA nº. 307/2002.

Consumo de energia elétrica: o consumo de energia elétrica estimado para o período de execução das obras do Bloco I e do Bloco II é de 5.498 MWh e 4.398 MWh, respectivamente.

Mão de obra e turnos de trabalho: a execução das obras para o Bloco I será realizada num período estimado em 40 meses, tendo como pico o mês 19 (2.497 colaboradores). O período de execução das obras do Bloco II deverá ser realizado em 34 meses, tendo como pico o mês 22 (com 1.599 colaboradores).

Valor do investimento: a implantação do empreendimento (Blocos I e II) terá duração aproximada de 70 (setenta) meses, com investimento estimado de R$ 4.712.000.000,00 bilhões (Bloco I R$ 3.222.000.000,00 / Bloco 1.490.000.000,00).

5.2. Atividades e obras para a operação do empreendimento

Processo de Geração de Energia: o empreendimento deverá operar com elevada eficiência, acima de 55%, baseada no poder calorífico inferior do gás (Net Plant Efficiency, %LHV), que será obtida pelo aproveitamento do calor proveniente do gás de escape da turbina à gás pela caldeira de recuperação de calor (HRSG), que por sua vez alimentará a turbina à vapor. Os principais componentes do processo de geração de eletricidade do empreendimento são apresentados a seguir:

Figura 3 - Principais componentes do processo de geração de energia do empreendimento. (Fonte: EIA/Rima, 2019)

O processo de conversão de energia que irá ocorrer com as turbinas a gás operando em ciclo combinado é sintetizado a seguir:

o ar extraído da atmosfera será pressurizado no compressor e acolhido à câmara de combustão, onde será misturado ao gás natural para que sejam queimados na câmara de combustão. O resultado desta combustão será uma mistura de gases com alta temperatura submetida à alta pressão. Esta etapa do processo corresponderá à transformação de energia química em calor (energia térmica);

Page 14: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

14/56

esta mistura de gases de combustão será expandida através do sistema de bocais e palhetas da turbina. A expansão dos gases acionará o eixo da turbina que estará interligado ao compressor de ar e ao gerador elétrico. Nesta etapa a energia térmica será convertida em energia mecânica;

após este processo de expansão, os gases de combustão serão removidos através da chaminé de exaustão para a atmosfera. A energia dissipada para a atmosfera, através da chaminé de exaustão, é superior a 65% da energia primária contida no gás natural;

a energia elétrica será continuamente gerada no gerador elétrico (conversão de energia mecânica em energia elétrica);

para melhorar o aproveitamento da energia primária contida no gás natural, os gases exalados pela turbina a gás movida a gás natural serão conduzidos a um trocador de calor, denominado caldeira de recuperação de calor, onde servirão de fonte de energia térmica para o ciclo de vapor;

na caldeira de recuperação de calor os gases resultantes da combustão do gás natural na turbina a gás serão a fonte de energia térmica para a geração de vapor que alimentará um ciclo de vapor convencional. A temperatura de saída dos gases de combustão na chaminé da caldeira de recuperação de calor será superior a 160 ºC.

De acordo com o EIA, não serão implantados queimadores adicionais de gás natural na caldeira de recuperação de calor. A natureza química dos gases de combustão gerados na turbina a gás não é modificada ocorrendo, apenas decréscimo significativo da temperatura de exaustão destes gases.

O processo de conversão de energia, que ocorre com a turbina a gás operando em ciclo combinado, pode ser assim resumido:

o ar extraído da atmosfera é pressurizado no compressor e admitido à câmara de combustão onde é misturado ao gás natural para que sejam queimados na câmara de combustão. O resultado desta combustão é uma mistura de gases com alta temperatura submetida à alta pressão. Esta etapa do processo corresponde à transformação de energia química em calor (energia térmica);

esta mistura de gases de combustão expande-se através do sistema de bocais e palhetas da turbina. A expansão dos gases aciona o eixo da turbina que está interligado ao compressor de ar e ao gerador elétrico. Nesta etapa a energia térmica é convertida em energia mecânica;

após este processo de expansão os gases de combustão são removidos através da chaminé de exaustão para a atmosfera;

a energia elétrica é continuamente gerada no gerador elétrico (conversão de energia mecânica em energia elétrica);

para melhorar o aproveitamento da energia primária contida no gás natural, os gases exalados pela turbina a gás movida a gás natural são conduzidos a uma caldeira de recuperação de calor, onde servem de fonte de energia térmica para um ciclo de vapor;

na caldeira de recuperação de calor os gases resultantes da combustão do gás natural na turbina a gás são a fonte de energia térmica para a geração de vapor que alimenta um ciclo de vapor convencional.

Não serão implantados queimadores adicionais de gás natural na caldeira de recuperação de calor. A natureza química dos gases de combustão gerados na turbina a gás será objeto de redução química por solução de amônia aquosa, com o objetivo de reduzir o teor das emissões.

Insumo: o único combustível a ser utilizado no processo de geração de energia elétrica será o gás natural. O consumo de gás natural será de cerca de 297.490 m³/h, com pressão de 38 a 42 bar para o Bloco I e de 139.360 m³/h com pressão de 35 a 40 bar para o Bloco II. O suprimento de gás natural dos Blocos I e II será realizado pelo gasoduto existente da Comgás, oriundo da Baixada Santista, submerso na Represa Billings, cujo City Gate existente localiza-se na atual propriedade da EMAE.

Page 15: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

15/56

Abastecimento de água: a fonte de abastecimento de toda água a ser utilizada durante a operação dos Blocos I e II será de captação superficial, com vazão total de 43,88 m³/h, na Represa Billings, no mesmo ponto utilizado pela UTE Piratininga. A partir deste ponto a água será encaminhada às ETAs dos Blocos I e II por meio de duas adutoras que irão derivar da adutora de água bruta existente. Destas ETAs, a água será enviada para os diversos sistemas dos Blocos I e II. Esta captação possui outorga para um volume de 2.880 m³/h (período de 24 horas), conforme Portaria DAEE nº 1.343, de 06/05/2016.

Efluentes: será de aproximadamente 15,29 m³/h para o Bloco I e de 13,95 m³/h para o Bloco II, contemplando os efluentes da estação de desmineralização/regeneração das membranas, da própria ETA e a água de serviço. A qualidade química dessa água não será alterada, não sendo prevista qualquer alteração na temperatura do efluente descartado em consequência da operação. O efluente será encaminhado para a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), juntamente com o volume total de esgoto doméstico (estimado em 0,2 m³/h para o Bloco I e de 0,1 m³/h para o Bloco II). O efluente será então descartado no Canal do rio Pinheiros, em conformidade com os requisitos do Decreto Estadual nº 8.468/1976, que trata dos parâmetros de lançamento em corpo d’água.

Emissões: serão restritas aos gases de exaustão da queima do combustível (gás natural) nas turbinas e nas caldeiras, que serão lançados na atmosfera por 5 chaminés, após o aproveitamento do calor nas caldeiras de recuperação (trocadores de calor). Os principais poluentes a serem emitidos são: dióxido de nitrogênio (NO2), dióxido de enxofre (SO2), monóxido de carbono (CO), material particulado (MP) e compostos orgânicos voláteis (VOCs). As caldeiras serão dotadas de sistema de controle das emissões, enquanto que as turbinas a gás, movidas a gás natural, com ciclo combinado, contarão com alternativas tecnológicas que visam o controle e a redução dos níveis de emissão de óxidos de nitrogênio pela chaminé.

Resíduos Sólidos: para a operação dos Blocos I e II foi estimado o seguinte volume:

a) Resíduos Domésticos: compreendem os resíduos sólidos provenientes da limpeza da área interna e externa dos Blocos, do refeitório e dos banheiros. A coleta, armazenamento e a disposição final deverão ser realizados por empresa terceirizada. Volume estimado de 3 t/ano.

b) Resíduos Inertes Classe II-B: compreendem os resíduos provenientes da troca eventual do sistema térmico que reveste os tubos, caldeiras e todos equipamentos que deverão operar em altas temperaturas, tais como: placas, calhas, cimento refratário, refratário plástico aluminoso, lona e alumínio corrugado, além do lodo desidratado gerado nas ETAs, cuja estimativa é de 1 t/ano, que serão destinados em aterro sanitário devidamente licenciado.

c) Resíduos Não Inertes Classe II-A: compreendem os resíduos da limpeza das caldeiras (fuligem) realizada na frequência de 01 caldeira/ano, silicato de cálcio das tubulações de isolamento térmico e turbinas a vapor cujo volume estimado corresponde a 3,0 t/ano. Estes resíduos serão armazenados em tambores, analisados e encaminhados para destinação final em aterro devidamente licenciado.

d) Resíduos Perigosos Classe I: são os resíduos provenientes dos serviços de manutenção, tais como pintura, substituição de revestimentos dos equipamentos, trocas de componentes, cuja estimativa é de 3 t/ano, os quais serão armazenados, analisados e encaminhados para destinação final em aterro devidamente licenciado.

e) Resíduos de Serviço de Saúde (ambulatório): os resíduos não perfurocortantes serão armazenados em sacos plásticos brancos, enquanto os resíduos perfurocortantes serão armazenados em caixas de papelão (tipo descarpack) próprias para descarte de resíduos hospitalares, cujo volume estimado é de 20 l/dia. A destinação final será realizada por empresa terceirizada.

f) Resíduos Sólidos Recicláveis: compreendem material como papel, vidro, plástico e metal que serão coletados de forma seletiva e reciclados. Volume estimado de 1,5 t/ano.

Page 16: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

16/56

Ruído: os equipamentos operarão sem ultrapassar o limite de ruído de 85 dB(A) a 1 m de distância do equipamento ou da cobertura e a 1,5 m acima do piso ou acima de vários níveis de piso. O ruído a ser gerado durante a operação das turbinas a gás será emitido principalmente pelos conjuntos que compõe as turbinas, compressores de gás natural e transformadores principais. Antes do início da operação dos Blocos I e Bloco II será realizada, uma única vez, a operação de sopragem das caldeiras de recuperação, o que poderá gerar níveis de ruído de até 95 dB(A) a 1 km da fonte.

6. ÁREAS DE INFLUÊNCIA

De acordo com o EIA, as três áreas de influência foram assim definidas:

Área de Influência Indireta – AII: para os meios físico e biótico, a AII foi definida como sendo os limites das Bacias Hidrográficas da Billings e do Rio Pinheiros. O empreendimento está localizado na Bacia Hidrográfica do Rio Pinheiros, no limite com a Bacia Hidrográfica da Billings (Barragem da Pedreira). Para o meio socioeconômico, a AII foi definida como o limite do município de São Paulo, onde o empreendimento está localizado.

Área de Influência Direta – AID: para os meios físico e biótico, foram considerados os limites das sub-bacias cujas drenagens têm relação com a área do empreendimento, além do alcance das emissões atmosféricas e dos ruídos decorrentes da operação do empreendimento. Para o meio socioeconômico, a AID refere-se aos Distritos de Campo Grande, Cidade Ademar, Cidade Dutra, Grajaú, Pedreira e Socorro.

Área Diretamente Afetada – ADA: a ADA compreende o terreno a ser efetivamente ocupado pelo empreendimento e áreas de apoio.

7. COMPATIBILIDADE DO EMPREENDIMENTO

A seguir é apresentada a compatibilidade do empreendimento com a legislação municipal e com Políticas Públicas, Planos, Programas e Projetos Colocalizados, além do atendimento ao Acordo de Cooperação Técnica nº 042/2017, firmado entre o IBAMA e a CETESB em 25/10/2017.

7.1. Atendimento à Legislação Municipal

Em atendimento ao disposto nos artigos 5º e 10 da Resolução CONAMA nº 237/97, foram apresentados os seguintes documentos:

Certidão de Uso e Ocupação do Solo s/nº, emitida pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura Municipal de São Paulo em 26/03/2019, informando que o empreendimento já se encontra instalado no local e possui licença de operação válida, sendo o presente pedido referente à ampliação/modernização da usina dentro do mesmo imóvel, não havendo óbices à intervenção pretendida, desde que atendidas as demais disposições legais pertinentes.

Parecer Técnico nº 017/DAIA/GTANI/2019, emitido pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente em 02/07/2019, informando não apresentar óbices à implantação da atividade na área solicitada, desde que atendidas Leis Municipais e com considerações relativas à fauna sinantrópica, flora e qualidade do ar.

Avaliação: Os documentos municipais apresentados pelo interessado demonstram a conformidade do empreendimento com as diretrizes de uso do solo do município e apresentam as recomendações que o empreendedor deverá atender para o licenciamento ambiental, atendendo, portanto, às exigências legais expressas nos artigos 5º e 10 da Resolução CONAMA nº 237/97.

Page 17: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

17/56

7.2. Compatibilidade com Políticas Públicas, Planos e Programas Setoriais

Foi realizada no EIA uma avaliação da compatibilidade do empreendimento com as políticas públicas, planos e programas setoriais, que incidem sobre a tipologia e a localização do projeto proposto. Foram discutidas políticas e planos energéticos de âmbito federal e estadual, assim como suas inter-relações ambientais e territoriais refletidas na Política Estadual de Mudanças Climáticas – PEMC, Plano de Gerenciamento de Bacias, além do Plano Diretor de São Paulo.

Foram avaliados, em especial, a compatibilidade com as seguintes Políticas e Planos:

Política Energética Nacional – Lei nº 9.479, de 6 de agosto de 1997;

Plano Nacional de Energia 2030;

Plano Paulista de Energia 2020 Programa Paulista de Petróleo e Gás Natural;

Plano Decenal de Energia (2016 - 2026);

Plano Plurianual (2016 - 2019) – Lei 13.249 de 13 de janeiro de 2016;

Diretrizes da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL;

Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC);

Lei nº 13.798, de 09 de novembro de 2009;

Política Estadual de Recursos Hídricos;

Plano Diretor estratégico do Município de São Paulo (Lei nº 16.050, de 31/07/2014)

De acordo com a avaliação do EIA, observando-se o empreendimento sobre o prisma de uso de gás e geração termelétrica, foram destacadas nos planos as seguintes diretrizes:

o Plano Decenal de Energia (2016-2020), assim como o Plano Nacional de Energia 2030, evidenciam que o Governo considera importante a diversidade na geração de energia, vendo as termelétricas como um complemento da geração hidrelétrica, ajudando a manter os níveis dos reservatórios de água e prevenindo o sistema contra eventuais atrasos nas estações chuvosas;

o Plano Plurianual 2016-2019 (PPA 2016-2019), o qual prevê adicionar ao Sistema Interligado – SIN no período do Plano 14.655 MW de energia elétrica a partir de fonte hídrica, além da adição de 7.500 MW de fonte eólica. Em relação à fonte térmica foi estabelecida como meta acrescentar 6.400 MW ao sistema;

o Plano Paulista de Energia 2020 oferece um conjunto de diretrizes e propostas de políticas públicas para o decênio 2011-2020 utilizando como base a Matriz Energética do Estado de São Paulo para o horizonte 2005-2035, com o objetivo de induzir a oferta com substituição de energéticos e estimular o uso racional e eficiente da energia, contribuindo para o cumprimento da Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC). O PPE evidencia que o Governo entende que a segurança energética pode ser melhorada com o aumento da oferta interna, através da ampliação da cogeração com biomassa, da implantação de centrais termelétricas a gás natural e da geração distribuída (solar, cogeração com gás natural etc.), mas frisando que é necessário mitigar os impactos gerados pelas UTEs a gás natural. Também o PPE 2020 destaca que a ampliação do uso do gás natural deverá favorecer setores que contribuem para o aumento de competitividade econômica e/ou melhoria ambiental, tais como na autoprodução e cogeração de energia e na geração termoelétrica, esta última em função dos altos volumes consumidos e capacidade de ancorar o desenvolvimento das redes de gasodutos de distribuição. De acordo com o EIA, “a implantação do projeto em questão está aderente às diretrizes estipuladas no âmbito do Programa Paulista de Energia 2020, visto que o referido programa visa, entre outras ações, estimular o aumento da oferta de energia, incluindo a implantação de usinas termelétricas de ciclo combinado”.

o Programa de Petróleo e Gás do Estado de São Paulo tem por objetivos gerais internalizar os benefícios econômicos e sociais das atividades de petróleo e gás natural em território paulista, como geração de emprego e renda, fortalecimento empresarial, qualidade de vida e bem-estar social, além de minimizar os potenciais impactos ambientais e sociais que possam ser causados

Page 18: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

18/56

pelas referidas atividades. Dentre os objetivos específicos do Programa Paulista de Petróleo e Gás Natural, destacam-se: o estímulo ao desenvolvimento energético do Estado de São Paulo, com maior utilização do gás natural na economia paulista, consoante com as diretrizes e planos do Conselho Estadual de Política Energética (CEPE) e da Política Estadual das Mudanças Climáticas (PEMC).

Nesse contexto, o EIA considerou que o projeto é compatível aos Planos, Políticas, Programas do Setor Energético, no âmbito estadual e federal.

Avaliação: Para a avaliação da compatibilidade do empreendimento com as políticas e planos do setor energético, incluindo o Plano Paulista de Energia 2020, foi realizada consulta à Subsecretaria de Infraestrutura, da Secretaria de Infraestrutura de Meio Ambiente – SIMA, que se manifestou por meio do Ofício SIMA/SSI nº 010/19, de 10/07/2019.

No referido documento foram elencados diversos argumentos sobre a necessidade e pertinência da implantação de termelétricas no Estado, destacando-se:

em 2017 o Estado de São Paulo importou 40,7% da energia que consumiu e 57% da energia elétrica consumida, denotando a elevada dependência da importação de São Paulo;

a segurança energética é essencial para garantir não somente o abastecimento do Estado, mas para garantir seu desenvolvimento socioeconômico e evitar crises de fornecimento;

há alguns anos o Brasil passou a conviver com a realidade de que nem todo o potencial hidrelétrico remanescente poderia ser explorado por questões socioambientais, sendo necessário diversificar as fontes de energia para a redução da dependência energética e climática;

com o racionamento nacional de energia em 2002 foi implementado um novo modelo do setor elétrico, o qual definiu regras de atendimento da demanda projetada por meio de leilões de contratação de energia no ambiente regulado;

a partir de 2002-2003, houve a implantação de usinas termelétricas movidas a diferentes combustíveis, incluindo carvão, óleo diesel e óleo combustível, que embora oferecessem a diversificação de fontes imprescindível à segurança energética, flexibilidade operacional (despachabilidade) e energia firme, eram mais poluentes e causavam maior impacto ao meio ambiente;

nos últimos anos foram implantadas inúmeras usinas hidrelétricas, térmicas a biomassa, solar, eólica nas regiões Norte e Nordeste, que além de atender ao consumo local, foram interligadas ao Sistema Interligado Nacional – SIN, criando um sistema de transmissão de energia extremamente denso e capilarizado, demandando elevados investimentos;

o consumo mensal de eletricidade do Estado de São Paulo voltou a crescer, verificando-se um crescente gap entre produção e consumo;

o Estado de São Paulo é o que possui o maior índice de renovabilidade da matriz energética do Brasil e do mundo, porém isso tem gerado impactos na operação do sistema e na energia assegurada, já que as fontes renováveis estão sujeitas a condições climáticas e hidrológicas;

o governo do Estado tem a obrigação de ampliar a oferta e criar mecanismos para aumentar a segurança energética, em consonância com as previsões do Plano Paulista de Energia – PPE 2020, propiciando a entrada de empreendimentos que ofereçam flexibilidade e segurança operacional, como é o caso das térmicas que operam com gás natural, considerado o combustível da transição para uma economia limpa, consoante aos Protocolos e Acordos Internacionais relativos às mudanças climáticas;

o gás natural é considerado um dos principais energéticos da política energética estadual frente aos volumes crescentes de produção de gás natural associados ao pré-sal da Bacia de Santos e aos investimentos previstos para ampliação do escoamento e distribuição, consoante às políticas de sustentabilidade;

Page 19: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

19/56

os projetos termelétricos a gás propiciam a ampliação da oferta de energia elétrica no centro de carga do Sistema Elétrico, o que implica na redução das perdas e do investimento em transmissão, ampliando a confiabilidade na operação do Sistema Interligado Nacional - SIN, com redução do passivo ambiental comparativamente a usinas hidrelétricas na Amazônia ou do uso de térmicas a óleo/carvão;

as usinas termelétricas, notadamente a gás natural, propiciam a economia de água nos reservatórios hidrelétricos para o período de escassez hídrica, reduzindo custos operativos e possibilitando a manutenção dos usos múltiplos da água para abastecimento urbano, navegação, geração de energia, entre outros; e

a Empresa de Pesquisa Energética – EPE prevê vários terminais de GNL na Região Sudeste, os quais estão associados a projetos termelétricos, bem como 3 rotas adicionais de escoamento do gás do pré-sal, as quais devem acrescentar de 30 a 45 MMm³/dia de oferta de gás nacional no país. Tais projetos estão relacionados à necessidade de expansão da geração termelétrica a gás no país, seja devido às características de flexibilidade operacional do combustível, da não necessidade de armazenamento e do crescimento da oferta na Bacia de Santos, seja por ser o fóssil menos poluente e conferir complementaridade e segurança às energias renováveis, como biomassa, solar e hidráulica, favorecendo a transição para a economia de baixo carbono.

A referido Ofício ainda menciona que a UTE Piratininga, como um dos projetos previstos no Estado de São Paulo que propiciarão a produção de energia firme, de alta eficiência e rendimento; sendo proposta em localização geográfica e com características técnicas que justificam a geração no centro de carga e o benefício para a segurança energética para o sistema elétrico estadual.

Nesse sentido, o documento da Subsecretaria de Infraestrutura considerou a UTE Piratininga aderente e alinhada ao planejamento energético decenal, elaborado pelo Governo Federal; à política energética estadual; e ao Programa Paulista de Petróleo e Gás, posto que concilia a expansão da oferta de energia à diretrizes de sustentabilidade.

Por fim, o citado Ofício conclui que “resta demonstrada, portanto, a patente imprescindibilidade da oferta firme de energia da Usina Termelétrica de Lins e de outras usinas termelétricas em São Paulo para o sistema eletro-energético, bem como a coesão e compatibilidade destes projetos à política setorial de energia do Estado, razão pela qual o projeto tem elevado mérito técnico e setorial”.

7.3. Atendimento ao Acordo de Cooperação Técnica nº 042/2017

No tocante ao Acordo de Cooperação Técnica nº 042/2017, firmado entre o IBAMA e a CETESB em 25/10/2017, no que se refere à proposição de medidas compensatórias para as emissões de gases de efeito estufa (GEE), conforme preconizado na Instrução Normativa do IBAMA nº 12/2010, o empreendedor apresentou duas propostas:

Reserva natural e estoque de carbono: por meio da averbação de uma área de Mata Atlântica, localizada no município de Juquitiba.

Deslocamento de fontes de emissão: fundamenta-se na geração por fontes de energia limpa (Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs), capazes de deslocar fontes de energia potencialmente mais poluidoras. Neste sentido, apresentou como proposta dois processos que possui em andamento: a) inventário do aproveitamento energético da cascata do rio Tietê; e b) a remotorização da Barragem de Edgard de Souza.

O empreendedor ressaltou que tais propostas serão detalhadas na fase da solicitação da Licença Ambiental de Instalação, com base no inventário de GEEs que está em andamento e, principalmente, estudadas as suas viabilidades.

As propostas apresentadas pelo empreendedor foram encaminhadas para análise da Divisão de Mudanças Climáticas – PIC/CETESB, que elaborou a Informação Técnica nº 03/2019/PIC, de 12/07/2019.

Page 20: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

20/56

Avaliação: Quanto às propostas apresentadas pelo empreendedor para compensação das emissões de gases de efeito estufa (GEE), a Divisão de Mudanças Climáticas – PIC/CETESB informou que as duas propostas apresentam potencial de compensação de emissões de gases de efeito estufa, e ambas deverão ser implementadas, considerando o alto potencial de emissões de gases de efeito estufa do empreendimento da Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga.

A referida Divisão informou também que, caso as medidas propostas não se viabilizem, o empreendedor deverá implementar outras medidas ou comprar créditos de carbono, reconhecidos por entidades competentes, que representem o mesmo potencial de compensação das medidas propostas.

Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação, o empreendedor deverá apresentar:

1) Estimativa de emissões de gases de efeito estufa (GEE) do empreendimento da Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga, de acordo com metodologias que utilizam como base os métodos quantitativos estabelecidos pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), como a metodologia da Norma ABNT NBR ISSO 14.064 – 1 – Gases de Efeito Estufa ou do Programa Brasileiro “GHG Protocol” ou ainda outra similar. As estimativas de emissão deverão ser apresentadas com memórias de cálculo em planilhas abertas, considerando um ano de funcionamento do empreendimento. Na elaboração das estimativas de emissões de GEE devem ser observados os artigos 2º, 4º, 5º e 6º da Decisão de Diretoria da CETESB 254/2012/V/I;

2) Detalhamento das medidas compensatórias propostas para as emissões de gases de efeito estufa do empreendimento especificando, no mínimo: estimativas de redução de emissão de GEE em toneladas de CO2 equivalente por ano. Deverão ser relacionadas a quantidade de emissão total do empreendimento com as medidas propostas.

Exigência

Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação – LI

Apresentar atendimento às exigências da Informação Técnica nº 03/2019/PIC, emitida pela Divisão de Mudanças Climáticas – PIC/CETESB em 12/07/2019, relativas à mitigação/compensação pelas emissões de gases de efeito estufa, conforme solicitado no item 3.2.6.1 do Acordo de Cooperação Técnica nº 042/2017, firmado entre IBAMA e CETESB.

8. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS, MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS

A seguir são apresentados os principais impactos ambientais associados às fases de planejamento, implantação e operação para a Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga, as medidas mitigadoras e compensatórias e os Programas Ambientais propostos pelo empreendedor, além da avaliação realizada pelas equipes técnicas da CETESB e o estabelecimento de exigências técnicas.

8.1. FASE DE PLANEJAMENTO

8.1.1. Geração de expectativa na população

De acordo com o empreendedor, foi realizada pesquisa de percepção socioambiental sobre o empreendimento e meio ambiente com alguns moradores da Área de Influência Direta (distritos de Grajaú, Cidade Dutra, Socorro, Campo Grande, Cidade Ademar e Pedreira) e com representantes de instituições públicas e organizações sociais, definidas em um raio de 3 km a partir do empreendimento, nos dias 23 a 26 de abril de 2019.

Page 21: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

21/56

As entrevistas foram realizadas por meio de roteiro semiestruturado aplicado por uma equipe multidisciplinar capacitada, de maneira a assegurar a fidedignidade das informações coletadas, e através das quais foram obtidos os seguintes resultados:

ao serem questionados sobre a existência de alguma termelétrica na região, 85% dos entrevistados responderam que tinham conhecimento sobre a existência da EMAE e sobre a usina, porém desconheciam o seu funcionamento. Os entrevistados à sudoeste da EMAE (após o Rio Jurubatuba/Pinheiros) apenas ouviram falar da empresa, porém não tinham informações sobre as suas atividades.

embora 85% dos entrevistados tenham informado conhecer uma termelétrica na região, observou-se que faltam informações sobre o processo de geração de energia por meio de uma termelétrica e questões ambientais associadas, visto que apenas 54% dos entrevistados responderam positivamente à pergunta. Alguns relacionaram o empreendimento às seguintes questões ambientais: emissões radioativas, contaminação das águas e realização da queima de lixo para produzir o gás que será utilizado pela usina;

74% dos entrevistados não tinham conhecimento do novo empreendimento da EMAE e apenas 26% dos entrevistados que se localizam mais próximos do empreendimento tinham ouvido comentários sobre o novo empreendimento, porém não conheciam detalhes sobre este;

cerca de 49% dos entrevistados classificaram como positiva a implantação do empreendimento, por entenderem que será utilizada uma nova tecnologia para geração de energia, contribuindo com a matriz energética nacional. Além da questão tecnológica, destacam-se também: possibilidade de geração de empregos para profissionais locais, dinamização de serviços e comércios do entorno e segurança energética. Por outro lado, alguns fatores adversos para a implantação do empreendimento foram apontados, tais como: aumento da poluição, do ruído e do tráfego de caminhões e tarifação de energia mais cara, possibilidade de ocorrer desmatamento, contaminação das águas e desvalorização do bairro por conta da movimentação de resíduos.

Também foi realizada Audiência Pública no município de São Paulo (17/06/2019), que teve como objetivo apresentar o empreendimento e o EIA/Rima, bem como dirimir dúvidas da população, que contou com a participação de moradores, autoridades, Polícia Ambiental e organizações da sociedade civil.

Em tal ocasião foram levantados questionamentos pelo público participante acerca dos riscos da operação do empreendimento, do número de empregos a serem gerados, da mobilização da mão de obra, da compensação ambiental e da fauna. Tais questionamentos foram respondidos pela equipe da EMAE e da Consultoria Ambiental presente na Audiência.

Sendo assim, com o objetivo de evitar incompreensões que possam repercutir de forma equivocada sobre o empreendimento, foi informado no EIA que será desenvolvido um Programa de Comunicação Social, que visa garantir a implementação de canais de comunicação entre o empreendedor e os diferentes atores envolvidos nas etapas de planejamento, implantação e operação do empreendimento, de forma a evitar e mitigar incômodos aos receptores do entorno, conflitos de interesse e expectativas acima das reais. Para tanto, foi informado que tal Programa realizará a gestão de potenciais impactos ambientais sobre a população do entorno, em especial eventuais incômodos, expectativas geradas e conflitos de interesses.

O público-alvo do Programa de Comunicação Social será formado pelo empreendedor e respectivos colaboradores, empresas responsáveis pela implantação e operação do empreendimento, responsáveis pela implementação dos programas ambientais, prestadores de serviços em geral, órgão ambiental, e principalmente as partes interessadas do entorno do empreendimento (em um raio de 3 km a partir do empreendimento).

Os registros e demais informações serão sistematizados e confrontados com as metas e objetivos propostos por meio de indicadores consistentes para aferição do desempenho ambiental do empreendimento.

Page 22: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

22/56

Ainda de acordo com o EIA, quando do detalhamento do Programa de Comunicação Social proposto, deverá ser apresentado o cronograma executivo e indicada cada uma das ações dos componentes do programa, em horizonte de tempo que alcance todo o ciclo do empreendimento (planejamento, construção e operação).

Avaliação: Considerando a pesquisa de percepção socioambiental realizada pelo empreendedor com a população do entorno do empreendimento, verifica-se que a maioria desconhece o empreendimento e os seus potenciais impactos ambientais. Destaca-se que a ausência de informações poderá gerar expectativas irreais em relação à empresa e ao empreendimento.

Uma vez que as expectativas e dúvidas da população tendem a adquirir maior intensidade na medida em que o processo de licenciamento avança e as obras ocorrem, entende-se que esse impacto poderá ser minimizado com informações fornecidas à população relativas às características do empreendimento e sobre a adoção de medidas que garantam a mitigação e/ou a compensação desses potenciais impactos.

Nesse sentido, o Programa de Comunicação Social deverá ser apresentado e detalhado por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação – LI. Ressalta-se que o Programa de Comunicação Social deverá ser iniciado antes da implantação do empreendimento, visando um trabalho preventivo de informação e de mitigação da expectativa da população. Durante as obras, deverão ser apresentados relatórios semestrais de acompanhamento do Programa de Comunicação Social, e por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Operação – LO deverá ser apresentado um balanço sobre as atividades desenvolvidas em tal Programa. Ainda nessa ocasião, deverão ser apresentadas as ações de comunicação a serem desenvolvidas com as comunidades lindeiras, no âmbito do Programa de Gestão Ambiental da Operação – PGAOP, conforme abordado no item 8.2.1 deste Parecer Técnico.

Cabe destacar que os questionamentos levantados nas Audiências Públicas do empreendimento, relacionados ao número de empregos a serem gerados, da mobilização da mão de obra, da compensação ambiental e da fauna, bem como as medidas mitigadoras e compensatórias propostas pelo empreendedor, serão avaliados em outros itens do presente Parecer Técnico.

Exigências

Para obtenção da Licença Ambiental de Instalação

Apresentar o detalhamento do Programa de Comunicação Social, contemplando, no mínimo, as atividades desenvolvidas na fase de planejamento e a serem desenvolvidas na fase de instalação, canais para divulgação de informações (folders, cartazes, reuniões, rádio etc.), implementação de sistema de atendimento de consultas e reclamações (por meio da divulgação de contato telefônico, endereço eletrônico etc.), público alvo, medidas mitigadoras, equipe técnica responsável pela implementação do programa, as formas de avaliação contínua e de registro com o cronograma dessas atividades.

Durante a implantação do empreendimento

Apresentar relatórios semestrais de acompanhamento do Programa de Comunicação Social, demonstrando as atividades desenvolvidas no período, relacionadas ao atendimento às reclamações, esclarecimento de dúvidas da população e eventuais reuniões realizadas com as partes interessadas (população afetada e órgãos da sociedade civil), contendo registros fotográficos, atas de reunião, listas de presença, a equipe técnica responsável, as avaliações de desempenho, as não-conformidades identificadas e as respectivas medidas corretivas adotadas etc.

Para obtenção da Licença Ambiental de Operação

Apresentar relatório final do Programa de Comunicação Social, com o balanço das atividades desenvolvidas durante as obras, eventuais não conformidades e respectivas medidas corretivas adotadas, a avaliação da efetividade do Programa e a equipe técnica responsável; e o

Page 23: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

23/56

detalhamento da proposta de continuidade das ações de comunicação social para a fase de operação do empreendimento, no âmbito do Plano de Gestão Ambiental da Operação.

8.2. FASE DE IMPLANTAÇÃO

8.2.1. Indução a processos erosivos e assoreamento

De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental – EIA, na Área de Influência Direta – AID predominam dois tipos de unidades geomorfológicas: i) Planalto de São Paulo, caraterizado por apresentar formas de relevo predominantemente colinosas, com patamares aplanados, cabeceiras bastante entalhadas, com altimetrias variando entre 700 m e 800 m e declividades de 20 a 30%; e ii) Planalto Paulistano, caracterizado por apresentar formas de relevo predominantemente de morros médios e altos, com topos convexos, altimetrias variando entre 800 m e 1.000 m, e declividades de 10 a 20%.

Já a Área Diretamente Afetada – ADA do Projeto de Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga encontra-se localizada às margens da Represa Billings, no município de São Paulo. Conforme o diagnóstico ambiental do meio físico, o local está inserido em uma planície fluvial, constituída por depósitos aluvionares compostos por areias, cascalheiras, siltes, argilas e turfas, resultantes dos processos de erosão, transporte e deposição, provenientes de áreas do seu entorno imediato.

Quanto ao clima e as condições meteorológicas, o Estudo aponta que a região de implantação do empreendimento encontra-se em área de transição entre os climas tropicais úmidos de altitude, com período seco definido, e os climas subtropicais permanentemente úmidos. Uma das principais características climáticas dessa transição é a alternância sazonal – com uma estação quente e chuvosa de outubro a março, e outra fria e relativamente mais seca, de abril a setembro. Dessa forma observa-se que entre os meses de janeiro e fevereiro são alcançados os maiores índices de pluviometria, enquanto, de maio a agosto são os meses com os menores valores médios de chuva.

Com base nas informações geológicas, geomorfológicas, pedológicas e de susceptibilidade aos processos de dinâmica superficial, bem como na realização de trabalhos de campo, e a partir da Carta Geotécnica do Estado de São Paulo (IPT, 1994), foi elaborado o Mapa de Fragilidade Ambiental da AID do empreendimento. De modo geral, a área foi classificada com fragilidades baixas a médias e, ainda, um pequeno trecho com fragilidade alta. Essa área, de fragilidade alta, compreende um trecho de depósitos aluvionares e de alta susceptibilidade a erosão nos solos superficiais, onde o desencadeamento de processos de dinâmica superficial tende a apresentar consequências mais sérias. Além disso, de acordo com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT, 1994), a área do Projeto de Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga apresenta susceptibilidade à erosão nos solos superficiais. Estes solos profundos são largamente expostos à erosão, tanto in situ, nos cortes, como na forma de aterros e bota-foras; e em tais situações, se estes não forem adequadamente protegidos, tornam-se extremamente favoráveis ao desenvolvimento de processos erosivos (sulcos e ravinas), a partir de mínimas concentrações de escoamento das águas pluviais.

O EIA, no entanto, ressalta que os locais onde serão realizadas as obras de implantação do empreendimento encontram-se inseridos em zona urbana fortemente antropizada, onde as superfícies naturais do terreno e seus respectivos relevos se apresentam, na maioria das vezes, bastante alterados.

Ainda de acordo com o EIA, para as atividades de implantação do empreendimento haverá a necessidade de supressão da vegetação e limpeza dos terrenos, bem como ações de terraplanagem, escavações, entre outras. Tais atividades podem provocar modificações na superfície do terreno decorrentes da remoção da camada superficial, com consequentes alterações físicas em

Page 24: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

24/56

sua estrutura, tornando-o vulnerável ao impacto direto das chuvas, e alterando a dinâmica de escoamento superficial.

Na implantação dos dois Blocos está prevista a execução de obras civis que compreendem a colocação de estacas no solo e construção de bases de concreto para instalação dos principais equipamentos, além de estruturas em concreto para fechamento e de sustentação de equipamentos associados às turbinas, caldeiras e torre de refrigeração. Incluem-se, ainda, a construção de Subestação de 345 kV (adjacente ao Bloco I), de Linha de Transmissão de 345 kV (que fará a conexão dos Blocos I e II à Subestação de 345/138-88 kV Piratininga II, existente) e a implantação de um cabo subterrâneo (que fará a conexão do Bloco II à Subestação do empreendimento) que será instalado em valas escavadas com 80 cm de profundidade. A Área Diretamente Afetada – ADA do empreendimento compreende todas estas áreas de intervenção e mais dois canteiros de obras.

Com relação à movimentação de solo para a implantação dos Bloco I e II, segundo o empreendedor, são previstos aproximadamente 35.800 m3 para a raspagem do terreno, 109.300 m3 para escavação e carga de material, 107.700 m3 para compactação de aterro e 5.600 m3 de material excedente.

De acordo com o EIA, o material proveniente da raspagem do terreno será estocado temporariamente em bota-espera no próprio terreno da EMAE, para reaproveitamento no Bloco II. Ademais, o topsoil será estocado temporariamente para a recomposição de áreas onde houver intervenção. Durante a execução da terraplanagem da área do Bloco I, não está prevista a utilização de material de empréstimo.

Foi informado que não está prevista a utilização de material de empréstimo de jazida externa, porém, caso haja necessidade, o material será adquirido de jazidas devidamente licenciadas. O excedente poderá ser espalhado, nivelado e compactado na própria área do bota-espera.

Ressalta-se, por fim, que durante os serviços de terraplanagem dos Blocos I e II serão implantados sistemas de drenagens superficiais com a finalidade de encaminhar adequadamente o escoamento das águas pluviais, proteger os serviços de terraplanagem e, posteriormente, permitir a proteção dos aterros e taludes. As obras do sistema permanente de drenagem incluirão a construção de escadas de dissipação, canaletas de concreto e caixas de passagem usuais para o transporte de volumes pluviais e condução ao curso d’água, quando pertinente.

Para a minimização e mitigação dos impactos relacionados às obras de implantação da Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga, o empreendedor propõe a implementação de um Programa de Controle Ambiental das Obras, que consiste em um conjunto de medidas mitigadoras e diretrizes que serão adotadas durante a fase de instalação do empreendimento. Nesse sentido, tal Programa tem caráter de prevenção, controle, monitoramento na execução dos serviços construtivos, permitindo o correto desenvolvimento das atividades, de modo que os eventuais impactos negativos causados pelas obras sejam devidamente gerenciados.

O Programa de Controle Ambiental das Obras proposto contempla medidas mitigadoras relacionadas à (ao): Prevenção e Controle de Processos Erosivos e de Assoreamento de Cursos Hídricos; Controle da Supressão Vegetal; Gestão de Resíduos Sólidos; Controle de Efluentes e Risco de Vazamento de Contaminantes; Controle de Material Particulado e Ruído; Treinamento de Segurança e Saúde Ocupacional e Educação Ambiental; Sinalização de Vias e Controle de Tráfego de Veículos Automotores; Informação e Educação; e Planejamento, Diagnóstico e Reestruturação da Infraestrutura Viária.

A fim de prevenir, controlar e/ou minimizar os efeitos dos potenciais impactos relacionados à erosão e assoreamento a serem gerados pelas obras, o empreendedor propõe a implementação das seguintes medidas e ações, sistematizadas no Programa de Controle Ambiental das Obras:

disciplinamento e direcionamento seguro de águas superficiais, bem como implantação de drenagens e outras estruturas;

revegetação das áreas desnudadas;

recuperação de terrenos e áreas com presença de instabilidade;

Page 25: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

25/56

cadastramento das áreas alvo do monitoramento, vistorias periódicas de monitoramento, incluindo áreas diretamente impactadas pelas obras, áreas de instabilidade e estruturas acessórias (sistema de drenagem e outras);

execução das obras mais impactantes e movimentação de terra no período da estiagem, sempre que possível.

As informações coletadas e não-conformidades identificadas nas inspeções serão entregues para as equipes responsáveis pelas diversas atividades relacionadas ao controle ambiental das obras, estipulando prazos segundo a criticidade identificada, de forma a fornecer subsídios à tomada de decisão dos responsáveis. Os relatórios a serem emitidos apresentarão e discutirão os resultados das ações de monitoramento à luz da legislação aplicável, bem como serão sistematizados e confrontados com as metas e objetivos propostos por meio de indicadores consistentes para aferição do desempenho ambiental do empreendimento.

Além do Programa de Controle Ambiental das Obras, o empreendedor propõe os seguintes Programas Ambientais: de Gestão Ambiental; de Gestão da Mão de Obra (PGMO); de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (Passivos Ambientais); de Controle de Erosão, Assoreamento e Estabilidade de Encostas/Taludes; de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD); de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais; de Comunicação Social (PCS); de Educação Ambiental (PEA); de Plantio Compensatório; e de Compensação Ambiental.

O Programa de Controle de Erosão, Assoreamento e Estabilidade de Encostas/Taludes proposto será adotado na Área Diretamente Afetada – ADA e entorno, compreendendo todas áreas sujeitas à intervenção direta na etapa de implantação, e tem como objetivo identificar e monitorar os locais mais susceptíveis à instalação e desencadeamento de processos erosivos, bem como adotar medidas para prevenir, controlar e/ou minimizar a ocorrência e os efeitos destes, além de mitigá-los durante a fase de implantação do empreendimento.

Ainda com o objetivo de promover a restituição do local e estabelecer os procedimentos a serem adotados nos ambientes que foram degradados e/ou alterados pelas atividades decorrentes da implantação do empreendimento, será executado também um Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, que visa estabelecer diretrizes de recuperação para cada uma das áreas afetadas, considerando os diferentes graus de degradação e priorizando aquelas mais críticas que influenciem na segurança operacional do empreendimento e/ou na qualidade socioambiental da região. A recuperação ambiental será realizada por meio da aplicação de uma ou mais técnicas, com a finalidade de recuperar o ambiente degradado, a fim de que o mesmo retorne às condições originais ou o mais próximo possível destas.

Além dos Programas mencionados, é previsto também o Programa de Gestão Ambiental, o qual visa coordenar e fiscalizar, técnica e administrativamente, a execução das medidas propostas no EIA e contempladas no Plano Básico Ambiental – PBA do empreendimento, incluindo eventuais condicionantes e solicitações impostas no processo de licenciamento ambiental.

Para a fase de operação do empreendimento, foi proposto o Plano de Gestão Ambiental da Operação – PGAOP, o qual contemplará as diretrizes e orientações a serem seguidas pelo empreendedor e seus contratados durante a fase de operação do empreendimento, destacando-se: monitoramento do processo industrial; monitoramento do processo de geração de energia; tratamento e monitoramento das emissões atmosféricas; monitoramento do balanço hídrico; monitoramento e controle do gasoduto; monitoramento do sistema de tratamento de efluentes; controle dos resíduos sólidos; controle e monitoramento dos ruídos; e recomendações de segurança. Tal Plano também abrangerá os seguintes Programas Ambientais: de Gerenciamento de Efluentes Líquidos; de Monitoramento dos Níveis de Ruído; de Monitoramento da Qualidade do Ar; e de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Cabe ressaltar que, considerando que as Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga serão desativadas, o empreendedor informou que irá apresentar um Plano de Descomissionamento de suas instalações, por ocasião da solicitação da Licença de Ambiental de Instalação.

Page 26: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

26/56

Avaliação: Entende-se que os objetivos e diretrizes apresentados no Programa de Controle Ambiental da Obras são adequados e deverão proporcionar o controle, monitoramento e registro das ações que serão executadas durante a implantação do empreendimento. Reitera-se a importância do acompanhamento das atividades por uma equipe de gestão e supervisão ambiental especializada, visando garantir o bom andamento das obras e a minimização da ocorrência de não conformidades.

Solicita-se que os Programas Ambientais propostos relativos à fase de instalação sejam organizados e sistematizados em um Plano Básico Ambiental – PBA, que deverá integrar as medidas propostas e exigidas durante o processo de licenciamento ambiental. Recomenda-se que o Plano Básico Ambiental – PBA seja incorporado ao edital de licitação da empreiteira a ser contratada, prevendo-se aplicação de multas em caso de descumprimentos.

No tocante ao desencadeamento de processos erosivos e assoreamento, e à recuperação das áreas afetadas, entende-se que as medidas propostas no Programa de Controle de Erosão, Assoreamento e Estabilidade de Encostas/Taludes e no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas são adequadas.

Assim sendo, para obtenção da Licença Ambiental de Instalação, o interessado deverá apresentar o detalhamento do Plano Básico Ambiental – PBA, e respectivos Programas Ambientais.

O detalhamento do Programa de Controle de Erosão, Assoreamento e Estabilidade de Encostas/Taludes, no âmbito do Plano Básico Ambiental – PBA, deverá considerar as seguintes diretrizes:

instalação de sistema de drenagem pluvial, com dissipadores de energia, evitando-se o escoamento desordenado e a instalação de processos erosivos;

implantação de dispositivos de contenção (barreiras, bacias etc.) no entorno de cursos d’água e no Rio Jurubatuba, a fim de evitar o carreamento de sedimentos e o consequente assoreamento desses corpos d’água. Destaca-se que tais dispositivos deverão ser dimensionados considerando os índices pluviométricos da região;

instalação de sistemas de drenagem e dispositivos de contenção anteriormente às atividades de movimentação de solo;

as atividades que envolvem a movimentação de solos deverão ocorrer em épocas não chuvosas, sempre que possível;

os dispositivos de drenagem e de contenção de sedimentos deverão ser periodicamente inspecionados, com realização de atividades de manutenção e limpeza sempre que necessário.

Embora o empreendedor tenha informado preliminarmente de que não haverá necessidade de áreas de empréstimo e de bota-fora, uma vez que o solo escavado no Bloco I será reutilizado para a conformação do terreno no Bloco II, no caso de necessidade de utilização dessas áreas de apoio, deverão ser priorizadas áreas já licenciadas ou que se enquadrem em locais sem restrições ambientais (sugere-se que sejam observadas as diretrizes da Resolução SMA 30/00). Além disso, a utilização de tais áreas deverá ser precedida de análise e aprovação da Agência Ambiental da CETESB.

Quanto ao Programa de Controle Ambiental das Obras, ressalta-se que o mesmo deverá abordar medidas relacionadas ao controle de: efluentes, supressão de vegetação, de material particulado e ruído; treinamento ambiental dos trabalhadores e educação ambiental, sinalização de vias e controle de tráfego de veículos automotores, planejamento, diagnóstico e reestruturação da infraestrutura viária, entre outras relacionadas ao controle das obras.

Cabe destacar que os demais Programas Ambientais propostos pelo empreendedor (de Gestão da Mão de Obra (PGMO); de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (Passivos Ambientais); de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais; de Comunicação Social (PCS); de Educação Ambiental (PEA); de Plantio Compensatório; e de Compensação Ambiental) serão abordados em itens específicos deste Parecer Técnico.

Page 27: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

27/56

Além disso, deverá ser apresentado o detalhamento do projeto, sobre foto área ou imagem de satélite, em escala adequada, inclusive em versão digital georreferenciada, indicando, no mínimo: as instalações da UTE (termelétrica, a subestações etc.), as obras lineares (gasoduto, linha de transmissão, adutora e emissário), indicando também as áreas diretamente afetadas; faixas de servidão; descrevendo e ilustrando com plantas baixas e diagramas, o método construtivo; fundações; serviços de terraplenagem; as montagens, os acessos a serem utilizados e eventuais readequação necessárias; áreas de apoio; áreas vegetadas, entre outros. Tal projeto deverá vir acompanhado de respectivo memorial descritivo e Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do responsável pelo projeto.

Durante o licenciamento ambiental do empreendimento, deverão ser apresentados relatórios semestrais do PBA e dos Programas Ambientais na fase de obras, e os relatórios finais consolidados por ocasião da solicitação da LO; já na fase de operação deverão ser apresentados os relatórios bienais do Plano de Gestão Ambiental da Operação – PGAOP e respectivos Programas.

Exigências

Para obtenção da Licença Ambiental de Instalação

Apresentar o detalhamento do Plano Básico Ambiental (PBA), e respectivos Programas Ambientais (de Controle Ambiental da Obras e respectivo Subprograma de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil; de Gestão da Mão de Obra (PGMO); de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (Passivos Ambientais); de Controle de Erosão e Assoreamento; de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD); de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais; de Comunicação Social (PCS); de Educação Ambiental (PEA); de Plantio Compensatório; e de Compensação Ambiental), contemplando, no mínimo: a equipe técnica e as respectivas responsabilidades, acompanhada da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART; o detalhamento das medidas e procedimentos propostos; os mecanismos de gestão; as formas de acompanhamento ambiental, incluindo uso de indicadores ambientais e avaliação das não-conformidades; as formas de registros ambientais; os métodos e procedimentos de trabalho ambientalmente adequados para a construção da obra; e o cronograma de atividades dos programas compatibilizado com o plano de ataque das obras.

Incluir, no Programa de Controle de Erosão e Assoreamento, o detalhamento das medidas e procedimentos para a prevenção, controle e minimização dos processos de dinâmica superficial e para evitar impactos nos recursos hídricos presentes na área de implantação do empreendimento, em especial no Rio Jurubatuba, observando-se as diretrizes do item 8.2.1 do Parecer Técnico 268/19/IE.

Incluir, no detalhamento do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, a descrição das técnicas e medidas de recuperação das áreas afetadas e a indicação das espécies nativas selecionadas para a recomposição da cobertura vegetal das áreas afetadas pela obra, incluindo as áreas de apoio.

Apresentar Plano de Descomissionamento das instalações das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga, com o detalhamento das atividades a serem executadas e respectivo cronograma.

Apresentar o detalhamento do projeto, sobre foto área ou imagem de satélite, em escala adequada, inclusive em versão digital georreferenciada, indicando, no mínimo: as instalações da UTE (termelétrica, as subestações, utilidades etc.), as obras lineares (gasoduto, linha de transmissão, cabo subterrâneo e emissário); os limites das áreas diretamente afetadas; faixas de servidão; descrevendo e ilustrando com plantas baixas e diagramas, os métodos construtivos, fundações, serviços de terraplenagem, as montagens, os acessos a serem utilizados e eventuais readequação necessárias; áreas de apoio; áreas vegetadas, entre outros. Tal projeto deverá vir acompanhado de respectivo memorial descritivo e Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do responsável.

Page 28: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

28/56

Durante a implantação do empreendimento

Apresentar relatórios semestrais de acompanhamento do Plano Básico Ambiental (PBA), e respectivos Programas Ambientais (de Controle Ambiental da Obras e respectivo Subprograma de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil; de Gestão da Mão de Obra (PGMO); de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (Passivos Ambientais); de Controle de Erosão e Assoreamento; de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD); de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais; de Comunicação Social (PCS); de Educação Ambiental (PEA); de Plantio Compensatório), contemplando: informações sobre o andamento das obras; comprovação da implementação das medidas mitigadoras, por meio de descritivos e registros fotográficos georreferenciados e datados; eventuais não conformidades identificadas e respectivas medidas mitigadoras adotadas; avaliação dos resultados obtido; equipe técnica responsável e respectivas Anotações de Responsabilidade Técnica – ART.

Incluir, nos relatórios semestrais de acompanhamento do Programa de Controle de Erosão e Assoreamento, registros fotográficos georreferenciados e datados, comprovando a implantação dos sistemas de drenagem provisória, especialmente junto dos corpos d’água, de medidas para proteção do solo, disciplinamento e dissipação de energia das águas, e de dispositivos estruturais de contenção de sedimentos.

Incluir, nos relatórios semestrais de acompanhamento do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, relatório fotográfico georreferenciado e datado, comprovando a recuperação das áreas afetadas pelo empreendimento de acordo com o término de cada frente de obra, além da localização de eventuais áreas de empréstimo e depósitos de material excedente.

Para obtenção da Licença Ambiental de Operação

Apresentar relatório final do Plano Básico Ambiental (PBA), e respectivos Programas Ambientais (de Controle Ambiental da Obras (de Controle Ambiental da Obras e respectivo Subprograma de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil; de Gestão da Mão de Obra (PGMO); de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (Passivos Ambientais); de Controle de Erosão e Assoreamento; de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD); de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais; de Comunicação Social (PCS); de Educação Ambiental (PEA); de Plantio Compensatório), com o balanço das atividades realizadas e a avaliação da efetividade das medidas adotadas, comprovação da implantação de dispositivos permanentes de drenagem, desmobilização dos canteiros de obras e demais áreas de apoio e encerramento ambientalmente adequado das obras.

Incluir no relatório final do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, registros fotográficos georreferenciados e datados, comprovando a recuperação de todas as áreas afetadas pelo empreendimento, incluindo as áreas de apoio.

Apresentar o detalhamento do Plano de Gestão Ambiental da Operação – PGAOP, e respectivos Programas Ambientais (de Gerenciamento de Efluentes Líquidos; de Monitoramento dos Níveis de Ruído; de Monitoramento da Qualidade do Ar; de Gestão de Resíduos Sólidos e de Comunicação Social), contemplando, no mínimo: a equipe técnica e as respectivas responsabilidades; os mecanismos de gestão e controle ambiental, incluindo uso de indicadores ambientais e avaliação das não-conformidades; as formas de registros ambientais; entre outros.

Durante a operação do empreendimento

Apresentar, no prazo máximo de 03 (três) meses após a emissão da Licença Ambiental de Operação, relatório final do Plano de Descomissionamento das instalações das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga, com registros fotográficos georreferenciados e datados, demonstrando as ações realizadas.

Apresentar relatórios bienais do Plano de Gestão Ambiental da Operação – PGAOP, e respectivos Programas Ambientais (de Gerenciamento de Efluentes Líquidos; de Monitoramento dos Níveis de Ruído; de Monitoramento da Qualidade do Ar; de Gestão de Resíduos Sólidos e de Comunicação Social), contemplando, no mínimo: a equipe técnica e as respectivas

Page 29: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

29/56

responsabilidades; os mecanismos de gestão e controle ambiental, incluindo uso de indicadores ambientais e avaliação das não-conformidades; as formas de registros ambientais; entre outros.

8.2.2. Interferência com cursos d’água

Segundo informações do EIA, o empreendimento localiza-se em área próxima ao limite de duas importantes bacias hidrográficas da Região Metropolitana de São Paulo: a Bacia Hidrográfica do Rio Pinheiros e a Bacia Hidrográfica do Reservatório da Billings, que juntas constituem a Área de Influência Indireta (AII) do empreendimento.

Ainda de acordo com o EIA, durante a implantação dos Blocos I e II poderá ocorrer o aporte de sedimentos e materiais superficiais para drenagens, deflagrando no aumento de sólidos e de turbidez nas águas superficiais. Contudo, foi ressaltado que a qualidade da água no Rio Jurubatuba (Bacia Hidrográfica do Rio Pinheiros) e no Reservatório da Billings, principalmente nos pontos mais próximos à barragem de Pedreira, encontra-se comprometida, sob forte influência antrópica, incluindo cargas poluentes advindas de efluentes variados, rede pluvial e outros.

O empreendedor apresentou ações e medidas para gestão de eventuais efeitos adversos sobre a qualidade dos recursos hídricos superficiais, contempladas no Programa de Controle Ambiental das Obras – PCAO (relacionadas à gestão de efluentes e resíduos sólidos), no Programa de Controle de Erosão, Assoreamento e Estabilidade de Encostas/Taludes e no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD, detalhados e analisados nos itens 8.2.4 e 8.2.1 deste Parecer Técnico.

Além disso, foi proposto um Programa de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais, com o objetivo de mensurar e minimizar as alterações previstas nos cursos d’água da ADA e entorno nas etapas de implantação e operação do empreendimento, subsidiando a adoção de medidas de controle e a adequada gestão dos recursos hídricos na área de interesse, promovendo a manutenção da qualidade da água em geral.

O empreendedor informou que tal Programa será detalhado por ocasião da elaboração do Plano Básico Ambiental – PBA, que apresentará a rede de amostragem a ser monitorada na campanha pré-obra e nas fases de implantação e operação do empreendimento. Foi relatado que a rede de amostragem deverá abranger os principais cursos d’água que drenam a ADA do empreendimento e entorno, considerando, principalmente, o trecho do Rio Jurubatuba (compreendendo os pontos de lançamento de efluentes programados), a drenagem principal da sub-bacia hidrográfica do Córrego Pedreiras (adjacente ao setor oeste da ADA) e o Reservatório Billings, nos trechos mais próximos à barragem de Pedreira.

Cabe informar que consta no EIA a informação de que o Bloco I apresenta sobreposição e interferência com um curso d’água de pequeno porte (sem nome), o qual sofreria impacto adverso em relação a sua qualidade. Contudo, após consultas realizadas pelo empreendedor aos documentos técnicos que representam o local desde o início da década de 1950, além de cartas topográficas oficiais, chegou-se à conclusão de que não se trata de curso d’água de pequeno porte, mas sim de uma drenagem artificial de água de chuva.

Mesmo considerando não se tratar de curso d’água, o empreendedor protocolou no Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, a solicitação de dispensa de Outorga para essa drenagem de água pluvial. Em atendimento a tal solicitação, o DAEE encaminhou o Ofício BAT/0575/19, de 12/07/2019, informando que a EMAE fica desobrigada ao cumprimento dos procedimentos estabelecidos pela Portaria DAEE mº 1630, de 30/05/2017, reti-ratificada em 21/03/2018, para a implantação do empreendimento.

Avaliação: Entende-se que as medidas mitigadoras propostas relacionadas ao controle de erosão e assoreamento, associadas à gestão de efluentes e resíduos sólidos, são adequadas para a mitigação dos impactos sobre os cursos d’água localizados na ADA e entorno do empreendimento,

Page 30: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

30/56

não sendo previstos impactos adversos decorrentes das obras na qualidade de cursos d’água, a qual atualmente já se encontra bastante comprometida.

Conforme proposto pelo empreendedor, durante o licenciamento ambiental deverá ser implementado o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais, devendo ser atendidas as exigências listadas a seguir:

Exigências

Para obtenção da Licença Ambiental de Instalação

Incluir no detalhamento do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais: a rede de amostragem de qualidade das águas superficiais, com pontos à montante e à jusante do Rio Jurubatuba (compreendendo os pontos de lançamento de efluentes programados), da drenagem principal da sub-bacia hidrográfica Córrego Pedreiras (adjacente ao setor oeste da ADA) e do Reservatório Billings, nos setores mais próximos à barragem de Pedreira, plotados em mapas georreferenciados (coordenada geográfica e UTM no DATUM SIRGAS-2000), e em arquivo vetorial georreferenciado (formato shp e kmz).

Durante a implantação do empreendimento

Apresentar, no 1º relatório semestral do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais, os resultados da primeira campanha de monitoramento de qualidade das águas superficiais, realizado antes do início das obras, incluindo a análise crítica dos resultados, os laudos analíticos e os dados obtidos em planilhas eletrônicas editáveis, observando-se o disposto na Resolução SMA nº 100/2013.

Incluir, nos relatórios semestrais do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais, os resultados do monitoramento da rede de amostragem de qualidade das águas superficiais, com os pontos de amostragens à montante e à jusante dos cruzamentos do Rio Jurubatuba (compreendendo os pontos de lançamento de efluentes programados), da drenagem principal da sub-bacia hidrográfica Córrego Pedreiras (adjacente ao setor oeste da ADA) e do Reservatório Billings, nos setores mais próximos à barragem de Pedreira.

Para obtenção da Licença Ambiental de Operação

Incluir no relatório final do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais a avaliação dos resultados obtidos no monitoramento de qualidade das águas superficiais realizados durante as obras, bem como proposta de monitoramento para a fase de operação.

Durante a operação do empreendimento

Apresentar, no prazo de um ano após a emissão da Licença Ambiental de Operação, relatório do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais durante a Operação, com a avaliação dos resultados obtidos no monitoramento de qualidade das águas superficiais.

8.2.3. Perda da cobertura vegetal nativa e interferências em Áreas de Preservação Permanente – APP e impactos sobre a fauna

Conforme informações do EIA, o empreendimento insere-se no Bioma Mata Atlântica. Na AID do empreendimento predomina uma paisagem urbana altamente consolidada, com presença de arborização urbana e alguns fragmentos secundários de Floresta Ombrófila Densa – FOD restritos às propriedades privadas, praças e às Áreas de Preservação Permanentes – APP da Represa Billings, área sob intensa ocupação urbana desordenada. Já a ADA é caracterizada, em grande parte, por uma vegetação resultante de replantio, com fins essencialmente ornamentais, tendo em vista a presença expressiva de espécies exóticas e frutíferas, assemelhando-se também ao aspecto da arborização urbana.

Page 31: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

31/56

Nesse contexto, foi informado que para a implantação dos Blocos I e II do empreendimento será necessário o corte de 1.210 árvores isoladas localizadas na área da EMAE, sendo 06 indivíduos ameaçados de extinção (segundo listas oficiais de espécies ameaçadas da flora das esferas municipal, federal e internacional): 1 da espécie Araucaria angustifólia (araucária) e 5 da espécie Cedrela fissilis (cedro-rosa).

Também é prevista a intervenção em 3,48 hectares de Área de Preservação Permanente – APP, formada por espécies arbustivo-arbóreas pioneiras exóticas, como o capim braquiária (Urochloa decumbens) e a mamona (Ricinus communis), e espécies nativas, como a assa-peixe (Boehmeria caudata) e tapiá (Alchornea sidifolia).

Tendo em vista a grande quantidade de árvores frutíferas, mesmo que exóticas, no bosque localizado na área da EMAE, foi previsto no EIA impacto em relação aos recursos disponíveis à fauna, inclusive quanto à disponibilidade de habitats. Por outro lado, a potencial comunidade presente na área de inserção do empreendimento, composta por espécies como gambá (Didelphis aurita), capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavescens) e periquito verde (Brotogeris tirica), possui, em geral, hábitos bastante generalistas e uma maior adaptação.

A presença de fauna silvestre na área de influência do empreendimento, nas Bacias Hidrográficas da Billings e Guarapiranga, de forma geral, demonstra a sua tolerância à proximidade humana e demais perturbações antrópicas, encontrando na ADA/AID os recursos necessários à sua sobrevivência. As atividades de supressão vegetal causarão, portanto, o deslocamento desses indivíduos para áreas adjacentes, como o contínuo de área verde da margem leste do Rio Pinheiros, parques urbanos e as margens das Represas Billings e Guarapiranga.

De forma a mitigar os potenciais impactos relacionados às atividades de supressão de vegetação (e salvaguardar as espécies de fauna), foram propostas as seguintes ações no âmbito do Programa de Controle Ambiental de Obras:

delimitação das áreas de supressão e de intervenção em APPs, conforme autorização ambiental;

realização da supressão vegetal de forma a evitar o cercamento dos exemplares de fauna, permitindo a sua fuga para áreas verdes adjacentes;

afugentamento dos indivíduos da fauna previamente às atividades de supressão;

identificação da existência de ninhos de aves em arvoretas, arbustos ou no solo e acionamento da equipe de resgate de fauna do município de São Paulo (Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo de Fauna - DEPAVE 3), quando necessário, para que seja realizada a captura e translocação dos mesmos;

remoção e armazenamento da camada do topsoil para reaproveitamento na recuperação de áreas degradadas (Blocos I e II);

estocagem do material lenhoso gerado na supressão para posterior destinação adequada;

sinalização e controle de velocidade de veículos e maquinários, bem como orientação de motoristas quanto à direção defensiva na ocasião das atividades de supressão, para evitar a ocorrência de atropelamento da fauna.

Também foi proposto o Programa de Plantio Compensatório para fins de compensação pelo corte de árvores isoladas e intervenção em Área de Preservação Permanente, o qual se baseia nas seguintes diretrizes:

selecionar as áreas de restauração ou preservação na proporção necessária ao plantio, conforme disposto no Art. 7º da Resolução SMA 07/2017;

realizar a restauração ecológica de áreas degradadas de acordo com as orientações, diretrizes e critérios estabelecidos na Resolução SMA nº 32/2014;

Page 32: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

32/56

realizar a recomposição florestal e recuperação de aproximadamente 21,14 hectares, em concordância com a Resolução SMA nº 07/2017 e Portaria SVMA nº 130/2013.

O EIA ressaltou que não haverá intervenção do empreendimento em Unidades de Conservação (federal, estadual ou municipal), Zonas de Amortecimento, Área de Proteção e Recuperação de Mananciais e outras áreas legalmente protegidas.

Avaliação: Entende-se que o corte de árvores isoladas e a intervenção em Áreas de Preservação Permanentes – APP para a implantação do empreendimento ocorrerão em área com alto grau de antropização, cujos potenciais impactos relacionados às atividades de corte de indivíduos arbóreos isolados poderão ser mitigados pelas ações propostas pelo empreendedor no Programa de Controle Ambiental de Obras, que irão, ainda, garantir a salvaguarda das espécies de fauna generalistas no local. Ainda em relação à fauna, entende-se que deverá ser priorizado o afugentamento dos animais acompanhando as atividades de supressão de vegetação, por profissional habilitado para identificação da fauna e de abrigos, ninhos, entre outros, visando a imediata adoção das medidas necessárias. Deverão ainda ser demonstradas as atividades de treinamento da mão-de-obra e educação ambiental dos trabalhadores.

Deverão ser incluídos na temática do Programa de Educação Ambiental, contemplado no Plano Básico Ambiental (PBA), os cuidados com a fauna, como a proibição da caça e especialmente relacionados à prevenção de acidentes ofídicos e a febre maculosa, visto que na ADA do empreendimento foi constatada alta incidência de capivaras, hospedeiro do carrapato-estrela.

Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação – LI, o interessado deverá obter a Autorização para corte de árvores isoladas e intervenção em Área de Preservação Permanente - APP, assim como deverá ser firmado o respectivo Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental – TCRA, mediante autuação de processo específico junto à Agência Ambiental da CETESB. No momento da solicitação da Autorização, deverá ser apresentada proposta de compensação florestal, incluindo o detalhamento do projeto e da área a ser utilizada, considerando o disposto nas legislações estadual e municipal.

Durante a implantação do empreendimento, deverão ser incluídas nos relatórios semestrais de acompanhamento do Programa de Controle Ambiental de Obras, as ações desenvolvidas no período e as eventuais não conformidades identificadas e respectivas medidas corretivas adotadas por meio de registros fotográficos; e nos relatórios do Programa de Plantio Compensatório, deverá ser apresentado o andamento das medidas compensatórias previstas no TCRA a ser firmado.

Para obtenção da Licença Ambiental de Operação – LO deverá ser apresentada informação sobre a situação de atendimento ao TCRA firmado no Programa de Plantio Compensatório, bem como o relatório final do Programa de Controle Ambiental de Obras, conforme solicitado no item 8.2.1 deste Parecer.

Para obtenção da Licença Ambiental de Instalação – LI

Obter a Autorização para corte de árvores isoladas e intervenção em Área de Preservação Permanente - APP, e firmar o respectivo Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental – TCRA, junto à Agência Ambiental de Santo Amaro da CETESB.

Para obtenção da Licença Ambiental de Operação – LO

Apresentar situação de atendimento ao Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental – TCRA, no âmbito do relatório de acompanhamento do Programa de Plantio Compensatório.

8.2.4. Poluição gerada nos canteiros de obras e frentes de trabalho

De acordo com as informações apresentadas no Estudo de Impacto Ambiental – EIA, serão instalados dois canteiros de obras, ambos localizados dentro do próprio terreno da EMAE. O acesso

Page 33: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

33/56

aos canteiros será realizado pela Av. Nossa Senhora do Sabará, nº 4.900, e para a circulação interna dos veículos serão utilizadas as próprias vias existentes, que estão pavimentadas.

O canteiro principal abrangerá uma área total de 23.671 m² e será instalado em uma antiga área de tancagem da Eletropaulo (vide item 8.2.5 deste Parecer Técnico), sendo composto pelas seguintes instalações: escritório administrativo; sanitário/vestiário; refeitório (sem cozinha); almoxarifado; pipe shop; área de estocagem aberta; carpintaria/oficina de armação; área de estocagem de máquinas; área de vivência; e guarita. As instalações serão modulares, de rápida montagem, otimizando o tempo de instalação.

Já o canteiro avançado do Bloco II, por sua vez, possuirá área de 100 m² e sua utilização será exclusiva para as obras deste Bloco. Para apoio a este canteiro haverá uma área de estocagem e pátio de máquinas localizada no limite da propriedade da EMAE.

O empreendedor destacou que não será instalada central de concreto nos dois canteiros de obras, pois o concreto será adquirido de fornecedores locais. Da mesma forma, não serão instaladas cabine de jateamento e de pintura no canteiro, pois esses serviços serão executados externamente.

Em relação ao consumo de água nos canteiros de obras, foi informado que para a implantação do Bloco I estima-se um consumo médio de água de 12,85 m³/h e máximo de 28,38 m³/h. Para o Bloco II, estima-se um consumo médio de 10,07 m³/h e máximo de 18,18 m³/h. Segundo o EIA, o volume total de água a ser consumido na fase de obras será suprido pela rede pública da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP. A água potável para consumo humano será fornecida por meio de bebedouros com recipientes de 20 L (fonte mineral) adquiridos de terceiros.

De acordo com o EIA, as atividades de operação dos canteiros e das frentes de trabalho poderão acarretar em possíveis alterações na qualidade do solo e das águas subterrâneas e superficiais, passíveis de ocorrer principalmente devido à má gestão dos efluentes e dos resíduos sólidos. Além disso, a utilização de maquinários e equipamentos, bem como a circulação de veículos ou mesmo o armazenamento de substâncias contaminantes, poderão, eventualmente, ocasionar acidentes e vazamentos de combustíveis, óleos e outras substâncias que podem deflagrar a contaminação dos solos e dos recursos hídricos.

Ainda segundo o EIA, o volume médio de efluentes sanitários a serem gerados nos banheiros dos canteiros de obras durante a execução das obras para o Bloco I será de 90,4 m³/dia e de 70,88 m³/dia durante as obras do Bloco II. Os efluentes serão armazenados temporariamente em tanques/reservatórios, de onde serão periodicamente removidos e transportados em veículos adequados de empresa credenciada e licenciada em transporte de efluentes para locais adequados de tratamento e disposição final.

Durante o período das obras também é prevista a geração de resíduos sólidos domésticos, provenientes do refeitório, dos sanitários e das áreas administrativas; de resíduos perigosos (contaminados), provenientes da manutenção das máquinas e equipamentos; bem como resíduos de construção civil, entre outros. O canteiro não possuirá cozinha, portanto, as refeições serão preparadas externamente e servidas no refeitório. A coleta dos resíduos será efetuada por caminhão a vácuo de empresa contratada e licenciada, responsável pelo tratamento e destinação apropriada.

Ressalta-se, ainda, que para a implantação do Bloco II está prevista a demolição de 9.947 m² de área correspondente às edificações atualmente utilizadas como escritórios administrativos, de apoio e restaurante, e que o volume estimado de material de demolição é de 1.492 toneladas, o qual será armazenado na própria área da EMAE e, posteriormente, encaminhado para destinação final em aterro de resíduos da construção civil, devidamente licenciado, ou alternativamente utilizado para o aterro do canal de fuga da UTE.

De forma a mitigar tais impactos, o empreendedor informou que serão adotadas as seguintes medidas, previstas no Programa de Controle Ambiental da Obras:

Redução do consumo de materiais de construção e demais insumos;

Page 34: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

34/56

Classificação, segregação, acondicionamento, armazenamento temporário e destinação dos resíduos gerados nas obras conforme as Normas aplicáveis e Política Nacional de Resíduos Sólidos;

Impermeabilização e implantação de baias de contenção em oficinas, áreas de lavagem de máquinas, veículos e equipamentos, bem como setores destinados a armazenamento de produtos perigosos.

Implantação de caixas separadoras água e óleo, sistema de drenagem e demais dispositivos de controle constantes nos projetos de engenharia;

Implantação de lonas plásticas impermeáveis sob motores e máquinas, quando não for possível a implantação de bacias de contenção e/ou a impermeabilização das áreas;

Disponibilização de “kit emergência” contra vazamentos;

Instalação de banheiros químicos e tratamento dos efluentes gerados nos sanitários dos canteiros;

Coleta, acondicionamento e tratamento de efluentes;

Monitoramento regular dos efluentes enviados para estações de tratamento de esgoto eventualmente instaladas, a fim de verificar a eficiência da mesma e se os padrões de lançamento de efluentes estão de acordo com a legislação incidente.

O empreendedor também propõe a adoção de um Programa de Educação Ambiental, que tem como princípio informar e capacitar o público alvo (empreendedor e respectivos colaboradores, prestadores de serviços em geral, e as partes interessadas do entorno do empreendimento), visando promover o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental da região.

Avaliação: As medidas apresentadas para o gerenciamento dos resíduos a serem gerados nos canteiros de obras e frentes de trabalho são adequadas, devendo ser detalhadas por ocasião da solicitação de LI, no âmbito do Programa de Controle Ambiental da Obras – PCAO, conforme solicitado no item 8.2.1 deste Parecer. Sugere-se que a temática da separação e acondicionamento de resíduos sólidos seja incluída nas ações de “Treinamento de Segurança e Saúde Ocupacional e Educação Ambiental”, do Programa de Controle Ambiental da Obras, e no Programa de Educação Ambiental. No tocante à demolição de edificações existentes para a construção do Bloco II, deverá ser incorporado ao PCAO, um Subprograma de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.

Com relação aos efluentes sanitários, o Setor de Avaliação de Efluentes informou que o uso de banheiros químicos nos canteiros de obras e o armazenamento de seus efluentes em tanques/reservatórios, para posterior transporte por empresa credenciada e licenciada para locais adequados de tratamento e disposição final, podem ser considerados como solução sanitária para a fase de obras. Para tanto, deverá ser definido o local para encaminhamento desses efluentes, assim como o local para descarte dos resíduos das caixas separadoras de água e óleo localizadas no almoxarifado e áreas de estocagem. No entanto, considerando que as obras envolverão um contingente relativamente grande de funcionários, em período de quase 6 anos, recomenda-se que o empreendedor providencie, no decorrer das obras, solução sanitária interligada ao sistema municipal de coleta de esgoto.

Quanto ao abastecimento de água, o fornecimento de água deverá ser solicitado junto à concessionária responsável pelo serviço, no caso a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP, sendo necessária sua autorização. Caso não seja possível a execução das ligações provisórias de água, o fornecimento de água poderá ser feito por meio de caminhão pipa, alternativa usualmente adotada para a fase de obras.

Ainda por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação, o empreendedor deverá apresentar o memorial descritivo dos canteiros de obras central e de apoio, com localização, layout e descrição das instalações, incluindo sistema de drenagem e retenção de óleos e graxas.

Page 35: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

35/56

Na mesma ocasião, deverá ser apresentado um Subprograma de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, no âmbito do Programa de Controle Ambiental da Obras – PCAO, contemplando todos os resíduos da demolição.

Durante a implantação do empreendimento, deverão ser apresentados relatórios semestrais de acompanhamento do Programa de Controle Ambiental de Obras, e do respectivo Subprograma de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, comprovando, entre outras atividades, a coleta e destinação adequada dos resíduos sólidos e efluentes líquidos gerados. Para a obtenção da Licença Ambiental de Operação, o interessado deverá apresentar um relatório final com registros fotográficos comprovando as medidas e atividades realizadas para mitigação e controle dos impactos decorrentes das atividades dos canteiros de obras e das frentes de obras, conforme solicitado no item 8.2.1 deste Parecer.

Exigências

Para obtenção da Licença Ambiental de Instalação – LI

Apresentar o memorial descritivo dos canteiros de obras central e de apoio, com localização, layout e descrição das instalações, incluindo sistemas de drenagem, de retenção de óleos e graxas e de coleta/tratamento efluentes. Apresentar, ainda, as manifestações das empresas responsáveis pelo fornecimento de água e pela coleta/recebimento de efluentes dos canteiros de obras, priorizando sempre que possível o uso da infraestrutura municipal de saneamento existente.

Incluir, no Programa de Controle Ambiental da Obras – PCAO, um Subprograma de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, contemplando todos os resíduos da demolição, os volumes de resíduos a serem gerados, as formas de acondicionamento e armazenamento e os locais a serem utilizados para destinação final dos resíduos. Obter os Certificados de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental – CADRI antes do encaminhamento dos resíduos considerados de interesse ambiental pela CETESB aos locais de destinação.

8.2.5. Interferências em áreas contaminadas

Com o objetivo de identificar e caracterizar potenciais áreas suspeitas de contaminação e orientar a execução das demais etapas do processo de gerenciamento de áreas contaminadas, o empreendedor apresentou os resultados da “Avaliação Ambiental Preliminar”, realizada por meio do levantamento de informações existentes e inspeções para reconhecimento da área pretendida para a instalação do Projeto de Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga (Blocos I e II).

Por meio de consulta ao cadastro de áreas contaminadas (CETESB, 2019), o empreendedor identificou a existência de seis áreas contaminadas em um raio de 500 m do entorno do empreendimento. Contudo, informou que apenas uma dessas áreas está localizada na Área Diretamente Afetada – ADA do empreendimento, abrangendo parte destinada ao canteiro de obras principal, a ser instalado junto ao Bloco I do Projeto.

O local (citado como sendo da Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo) compreende um terreno que já foi submetido ao processo de investigação e remediação do solo e água subterrânea, sendo classificado no cadastro de áreas contaminadas da CETESB como “Em processo de Remediação (ACRe)”. Consta, conforme relatório de remediação ambiental datado de 09/11/17 (página 1.724 do processo digital), que no local foram removidos uma tubulação (de antigo tanque de diesel) e solo contaminado. Assim sendo, foi informado que esta área deverá ter seu procedimento de gerenciamento de área contaminada concluído em função do uso proposto para o local. Tal gerenciamento vem sendo acompanhado pelo setor competente da CETESB, no âmbito do Processo CETESB n.º 33/01087/07 e da Pasta Administrativa - PA n.º 086/04 – Usina Piratininga.

Ressaltou-se que nas demais áreas de implantação do Bloco I (antiga área de tancagem) e o do Bloco II, não existem estudos e/ou investigações pretéritas que possam comprovar a existência de contaminação.

Page 36: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

36/56

Dessa forma, as áreas propostas para a instalação do empreendimento obtiveram duas classificações:

Área Contaminada Sob Investigação (AI), contemplando a área do Bloco I amplamente investigada, sendo possível, inclusive, identificar todas as fontes de contaminação pretéritas;

Áreas Suspeitas de Contaminação (AS), abrangendo as demais áreas do Bloco I e do Bloco II, onde não existem estudos e/ou investigações pretéritas e, portanto, não foi possível comprovar a contaminação com as informações existentes.

Com o objetivo de mitigar os riscos intrínsecos à interferência com áreas contaminadas durante a implantação do empreendimento, e garantir a segurança dos trabalhadores envolvidos na obra, o empreendedor informou que será implementado um Programa de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, que seguirá os procedimentos metodológicos estabelecidos na Decisão de Diretoria da CETESB n.º 038/2017/C, de 07/02/2017, e será composto por dois processos principais: Processo de Identificação de Áreas Contaminadas e Processo de Reabilitação de Áreas Contaminadas, cada qual dividido em etapas. As informações obtidas em cada uma das etapas serão armazenadas no Sistema de Áreas Contaminadas e Reabilitadas (SIACR) da CETESB. No caso da área do Bloco I, serão realizadas campanhas de monitoramento da qualidade do solo e da água subterrânea para comprovação da eficiência da remediação.

O Programa será detalhado no âmbito do Plano Básico Ambiental – PBA, e será executado na fase de instalação, e se necessário, caso seja identificada contaminação do solo e da água subterrânea, se estenderá até a fase de operação do empreendimento. O acompanhamento e avaliação do Programa deverão ser efetuados a partir da elaboração de relatórios, e demais documentos e requisitos gerados durante o processo de gerenciamento de áreas contaminadas.

Tais informações foram analisadas pelo Setor de Avaliação Gestão do Uso do Solo – IPGS, que se manifestou por meio do Parecer Técnico nº 038/19/IPGS, de 21/05/2019.

Avaliação: Por meio do Parecer Técnico nº 038/19/IPGS, de 21/05/2019, o Setor de Avaliação Gestão do Uso do Solo – IPGS concluiu que, sob o ponto de vista de áreas contaminadas, as informações apresentadas são suficientes para esta etapa de licenciamento. Para as próximas etapas do licenciamento, foram estabelecidas as seguintes exigências:

Antes de iniciar as obras na Área Contaminada Sob Investigação (AI), localizada na área de implantação do Bloco I, o empreendedor deverá aguardar a conclusão do gerenciamento da mesma (considerando o uso proposto para o local), a ser comprovado por meio do Parecer Técnico emitido pelo setor técnico da CETESB responsável pelo caso;

Para as demais áreas do Bloco I (antiga área de tancagem) e a do Bloco II, classificadas como Áreas Suspeitas de Contaminação (AS), deverá ser apresentado, por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação - LI, os resultados das investigações confirmatórias, detalhadas e o plano de intervenção, caso necessário;

Caso durante as obras de implantação do empreendimento ocorram escavações de solo no Bloco I e Bloco II que atinjam as águas subterrâneas, inclusive com bombeamento para efeito de rebaixamento do nível de água, deverá ser apresentado um Estudo de Avaliação Ambiental Preliminar sobre a possível existência de Áreas Suspeitas de Contaminação (AS) externas, no entorno do terreno da EMAE, que possam eventualmente gerar plumas dissolvidas que venham a ser atingidas pelas escavações e/ou captadas pelo bombeamento, bem como as eventuais medidas necessárias.

Exigência:

Para obtenção da Licença Ambiental de Instalação

Apresentar, no detalhamento do Programa de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, o atendimento às exigências solicitadas no Parecer Técnico n.º 038/19/IPGS, emitido pelo Setor de

Page 37: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

37/56

Avaliação Gestão do Uso do Solo – IPGS em 21/05/2019, relativas ao gerenciamento das áreas contaminadas sob investigação e suspeitas de contaminação.

8.2.6. Impactos na infraestrutura viária e no tráfego

Segundo o EIA, durante a implantação dos Blocos I e II está prevista a circulação de caminhões betoneira, carretas e equipamentos de grande porte, como turbinas, geradores, compressores e caldeiras, sendo que o transporte de concreto por caminhões betoneiras implicará no maior fluxo de veículos.

Para as atividades de construção do Bloco I, o volume estimado de concreto é de 38.571 m3 para o qual é previsto um fluxo de 9 a 10 caminhões betoneiras (capacidade 8 m³) por dia durante o período das obras civis. Já para as obras do Bloco II, o volume estimado de concreto a ser utilizado será de 28.929 m³ com um fluxo de 7 caminhões betoneiras por dia. Para o período de montagem eletromecânica do Bloco I estima-se a quantidade de 29.206 t de materiais e equipamentos que serão transportados por carretas com capacidade de 10 t, com a estimativa de 5 carretas/dia durante aproximadamente 27 meses. Para o Bloco II é prevista a quantidade de 25.555 t de materiais e equipamentos, sendo estimado um transporte de 5 carretas/dia durante aproximadamente 24 meses.

Outros materiais (como brita, areia e ferro pré-moldados) serão utilizados em quantidades variáveis ao longo dos períodos das obras de fundações e civis dos Blocos I e II, e, portanto, com um fluxo de transporte intermitente.

De acordo com o EIA, os equipamentos serão provenientes do Porto de Santos e serão transportados conforme o seguinte itinerário: Rodovia dos Imigrantes; Avenida Cupecê; Contorno na Avenida Vicente Rao; Avenida Washington Luís; Avenida Interlagos; Avenida Nossa Senhora do Sabará; e canteiro de obras principal do empreendimento.

Foi informado que não haverá necessidade de realização de obras de adequações das vias (como rotatórias, pistas adicionais e de acomodação) e no acesso e entrada para o canteiro de obras principal do empreendimento. Todos os caminhões e carretas transportadores de materiais e equipamentos acessarão o canteiro de obras principal somente pela entrada deste canteiro. Foi ressaltado também que o transporte dos equipamentos de grande porte (turbinas, geradores, compressores etc.) será realizado em conformidade com as normas estabelecidas para transportes especiais, tanto aquelas relativas ao Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER, quanto as regulamentações específicas do município de São Paulo. Tais diretrizes estão indicadas no Programa de Controle Ambiental das Obras (PCAO), no tocante às ações relacionadas à “Sinalização de Vias e Controle de Tráfego de Veículos Automotores”.

Avaliação: Com base nas informações apresentadas, verifica-se que o empreendedor quantificou o número de viagens, identificou as vias a serem utilizadas durante as obras e avaliou a capacidade de tráfego dessas vias, não identificando impactos significativos sobre a infraestrutura viária, tendo em vista as diretrizes a serem adotadas durante as obras. Nesse sentido, entende-se que os eventuais impactos poderão ser mitigados com a implementação das medidas propostas.

Contudo, considerando que as vias citadas já apresentam problemas de tráfego intenso em diversos pontos e horários, recomenda-se que o transporte de equipamentos de grande porte seja realizado fora dos horários de pico. Ressalta-se que o transporte de equipamentos de grande porte deverá ser realizado em conformidade às normas estabelecidas para transportes especiais pelas autoridades competentes, tanto aos trechos rodoviários quanto ao trecho de vias municipais, devendo ser obtidas as devidas autorizações ou até mesmo aprovação de Planos de Tráfego específicos. Por fim, eventuais desvios implementados e interrupção do tráfego de veículos deverão ser planejados e aprovados pelo órgão municipal responsável.

Page 38: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

38/56

Exigências

Para obtenção da Licença Ambiental de Instalação

Incluir, no detalhamento do Programa de Controle Ambiental das Obras, as medidas a serem adotadas no período para mitigar os potenciais impactos sobre o tráfego e a infraestrutura viária; sinalizações das vias; eventuais necessidades de desvios e prévia comunicação aos órgãos responsáveis etc.

Durante a implantação do empreendimento

Incluir, nos relatórios semestrais de acompanhamento do Programa de Controle Ambiental das Obras, registros fotográficos georreferenciados e datados, comprovando as sinalizações das vias; as medidas e ações adotadas para mitigar os potenciais impactos sobre o tráfego e a infraestrutura viária; sinalizações das vias; aprovações de eventuais desvios e Planos de Tráfego específicos pelos órgãos municipais e concessionárias de rodovias etc.

8.2.7. Mobilização e desmobilização da mão de obra e pressão sobre a infraestrutura social e serviços essenciais

De acordo com o EIA, a execução das obras para o Bloco I será realizada num período estimado em 40 meses, tendo como pico o mês 19 (2.497 colaboradores). O período de execução das obras do Bloco II deverá ser realizado em 34 meses, tendo como pico o mês 22 (com 1.599 colaboradores).

Do total de colaboradores, o EIA estimou a contratação de aproximadamente 30% de colaboradores da região (Interlagos, Pedreira, Jardim Primavera, Cidade Dutra e bairros adjacentes) e aproximadamente 70% dos colaboradores provenientes de outras localidades, que serão alojados em casas alugadas nas imediações do empreendimento.

Assim, foi informado que, diante do aumento da circulação de pessoas na região da AID, principalmente nos bairros adjacentes à obra, poderá ocorrer o aumento na demanda por serviços e equipamentos públicos, destacando-se as áreas de saúde e transporte, uma vez que a maioria dos funcionários utilizará transporte público diário até o local das obras.

Em relacao a infraestrutura de saude existente na AID, o EIA verificou que, nos distritos que compoem a area estudada, a maior concentracao de Unidades Basicas de Saude está nos distritos de Cidade Ademar (12), Grajau (15) e Pedreira (9), com um hospital no distrito de Pedreira e outro no Grajaú. Sobre a capacidade de atendimento, foi analisada pela relação de leitos hospitalares ofertados (SUS e nao SUS), sendo que quase todos os distritos da AID possuem relacao de leitos hospitalares abaixo da media do municipio de Sao Paulo.

O EIA realizou também um levantamento da infraestrutura de transporte público existente na AID, considerando especificamente as vias mais próximas ao empreendimento, no qual se verificou que há oferta de linhas de ônibus e pontos de parada na Avenida Miguel Yunes (localização do empreendimento). A estação mais próxima, distante cerca de 2,8 km, é a Autódromo, que dentre as estações da Linha 9 – Esmeralda é que possui a menor média de passageiros embarcados por dia útil (média diária de 10.010 embarques em 2018). A partir da estação Autódromo, duas linhas de ônibus da rede municipal (5027-23 e 6002-10) realizam o trajeto até a futura ADA.

Para esse impacto, que foi considerado de pequena magnitude pelo empreendedor, foi proposta a implementação de ações de comunicação social, no âmbito do Programa de Comunicação Social, com o objetivo de serem criados canais de comunicação entre os responsáveis pelo empreendimento, população do entorno e trabalhadores com o intuito de viabilizar o contato das partes e o registro de eventuais reclamações quanto ao uso dos serviços públicos da região. Havendo registro de queixas, propõe-se, então, que seja feito o acompanhamento de indicadores de atendimento de serviços públicos, de modo a estabelecer a relação entre o aumento da demanda sobre a infraestrutura e serviços na AID (prioritariamente os bairros adjacentes à ADA) e o empreendimento. Caso seja constatada uma relação direta entre o aumento da demanda sobre tais

Page 39: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

39/56

infraestruturas e serviços públicos e o empreendimento, serão verificadas medidas juntamente com órgãos públicos responsáveis que reduzam este impacto.

Também será implantado o Programa de Gestão da Mão de Obra – PGMO que tem como objetivos: empregar, sempre que possível, trabalhadores locais (compromisso de contratação de cerca de 30% da mão de obra local); proporcionar melhora na qualificação profissional dos trabalhadores contratados; executar ações voltadas à capacitação profissional; e amenizar as dificuldades inerentes ao processo de desmobilização.

Avaliação: Apesar da mobilização da mão de obra tratar-se de impacto positivo, uma vez que irá gerar aumento de renda de trabalhadores e do município, para potencialização dos benefícios esperados deverá ser priorizada a contratação de mão de obra local, de forma a evitar potenciais pressões sobre os serviços municipais de saneamento, saúde, educação, assistência social e habitação. Também deverá ser prevista a capacitação dessa força de trabalho.

Com relação à possibilidade de aumento da demanda por serviços públicos na ADA, em especial transporte e saúde, embora o empreendimento esteja situado no município de São Paulo que possui oferta de mão de obra e equipamentos públicos para população expressiva, entende-se que o empreendedor deverá realizar tratativas com as Subprefeituras da ADA/AID, visando avaliar as eventuais necessidades de reforço da infraestrutura local, considerando o extenso período previsto para as obras e o contingente relativamente grande de trabalhadores aportado para a área do empreendimento.

Para mitigar os potenciais impactos da desmobilização da mão de obra, o Programa de Gestão da Mão de Obra – PGMO proposto deverá prever o cadastramento do pessoal a ser desligado para os sistemas e órgãos públicos e privados que operam serviços de recolocação profissional, além de disponibilizar registro documental comprovando as atividades desenvolvidas, capacitações adquiridas e tempo de experiência, visando aumentar a possibilidade de recolocação no mercado de trabalho após conclusão das obras.

Para a obtenção da Licença Ambiental de Instalação – LI, o Programa de Gestão da Mão de Obra – PGMO deverá ser detalhado, no âmbito do Plano Básico Ambiental – PBA. Durante as obras deverão ser apresentados relatórios semestrais de acompanhamento do Programa e, para obtenção da Licença Ambiental de Operação – LO, deverá ser apresentado um relatório final do Programa, com o balanço das atividades desenvolvidas durante as obras e as atividades realizadas para o desligamento da mão de obra, conforme exigências do item 8.2.1 deste Parecer.

Exigência

Para obtenção da Licença Ambiental de Instalação

Apresentar, no detalhamento do Programa de Gestão da Mão de Obra – PGMO, as tratativas realizadas com as Subprefeituras e eventuais medidas/parcerias a serem adotadas para o reforço da infraestrutura de transporte e saúde nos distritos da AID, pelo aumento da demanda pelo empreendimento.

8.2.8. Incômodos gerados à população

De acordo com o EIA, este impacto está associado às atividades de obras civis relativas à implantação do empreendimento que irão ocasionar movimentação de pessoas, maquinários, equipamentos e circulação de veículos. Além disso, as obras poderão gerar alteração na qualidade do ar (suspensão de material particulado e emissão de gases) e geração de ruído e vibração, afetando a população que habita ou circula no entorno do empreendimento pretendido.

Segundo o Estudo, as atividades de implantação do empreendimento e operação do canteiro propiciarão também a emissão de ruídos. As medições prévias dos níveis de ruído no entorno da área de implantação do empreendimento apresentaram valores de acordo com o indicativo da Lei Municipal de São Paulo nº 16.402/2016. O Estudo pondera, no entanto, que o ruído proveniente das

Page 40: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

40/56

máquinas de escavação, do transporte de material e da pavimentação, entre outras atividades de obras, varia muito em função da condição de operação das mesmas, mas que com base em experiências anteriores com equipamentos similares, os mesmos não emitirão ruído em níveis acima de 90 dB(A), medidos a 7 metros da fonte. Dessa forma, tendo em vista que a Lei Municipal n.º 16.402/2016 estabelece para os pontos de medição de ruído determinados para o empreendimento um NCA de 60 e 50 dB(A) para os períodos diurno e noturno respectivamente, estima-se que os ruídos provenientes das obras sejam circunscritos a até 800 metros da fonte geradora.

Quanto à geração de vibrações, o EIA informou que de acordo com a Decisão de Diretoria n.º 215/2007/E da CETESB, dentre os 05 (cinco) pontos avaliados (diurno e noturno), todos estão acima dos limites estabelecidos para os níveis de vibração. Neste sentido, entende-se que o ambiente do entorno da propriedade da EMAE, em relação à vibração, apresenta-se comprometido, e que as obras propostas não deverão causar desconfortos em demasia.

Em relação aos incômodos ocasionados pelo aumento de tráfego, o empreendedor propõe as seguintes ações: instalação de sinalização adequada nas vias, assim como sua manutenção e conservação, estabelecimento de velocidade ideal para circulação de veículos e planejamento do trânsito de veículos pesados.

Em relação aos incômodos referentes à geração de ruído e vibração, são propostas ações de inspeção e manutenção preventiva dos veículos, máquinas e equipamentos utilizados e controle da velocidade de tráfego nas áreas do empreendimento e canteiros de obra.

Para mitigação dos possíveis incômodos gerados em virtude da alteração da qualidade do ar, são previstas ações como aspersão de água nas vias de acesso por ventura não pavimentadas e praças de trabalho, quando da movimentação de solo/rocha e outros materiais por meio de caminhões, proceder o tamponamento das cargas, a fim de evitar e emissão de particulados e aplicação do método da escala de Ringelmann para avaliação do teor de fuligem emitidos pelas máquinas e equipamentos a motor de combustão.

Tais ações estão indicadas no Programa de Controle Ambiental das Obras (PCAO).

Alinhado a isso, o EIA também informa que são previstas atividades no Programa de Comunicação Social para comunicação prévia dos moradores dos bairros adjacentes, quando da ocorrência de atividades que gerem maiores incômodos, como a circulação dos equipamentos de grande porte. O PCS também deverá ser implantado como canal de comunicação entre o empreendedor e a população do entorno, caso sejam registradas reclamações quanto aos incômodos gerados pela implantação do empreendimento, deverá ser elaborado e executado programa de monitoramento do aspecto motivador da reclamação

Avaliação: Após a análise das informações apresentadas, entende-se que as medidas mitigadoras propostas, se devidamente implementadas, são adequadas para minimizar os impactos decorrentes da implantação do empreendimento.

Durante a implantação do empreendimento deverão ser apresentadas as medidas propostas no âmbito dos relatórios semestrais de acompanhamento do Programa de Controle Ambiental da Obras, demonstrando as medidas adotadas no período. Caso ocorram reclamações da população e se verifique a ultrapassagem dos níveis permitidos de ruído, deverão ser adotadas as devidas medidas mitigadoras para adequação dos níveis de ruído.

Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Operação, deverá ser apresentado relatório conclusivo de encerramento do Programa de Controle Ambiental da Obras, conforme solicitado no item 8.2.1 deste Parecer Técnico.

Page 41: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

41/56

8.2.9. Interferências com o Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural

No tocante às interferências com o patrimônio arqueológico, o empreendedor apresentou o Termo de Referência Específico – TRE nº 443/IPHAN-SP, emitido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN em 21/05/2019 (Processo IPHAN sob nº 01506.001136/2019-27), informando que, de acordo com as informações fornecidas pelo empreendedor, não se aplicam ao empreendimento em tela os procedimentos da Instrução Normativa nº 001/2015, sem prejuízo da incidência da Lei 3.924/1961.

Em relação ao patrimônio histórico e cultural, foram apresentados os seguintes documentos:

i) Publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo (Poder Executivo - Seção I), de 12/04/2019, informando que o imóvel do empreendimento não é tombado, não está em estudo de tombamento e tampouco se insere em área tombada ou envoltória de bem tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – CONDEPHAAT, e que as intervenções a serem nele realizadas estão isentas da aprovação do referido órgão;

ii) Informação SMC/DPH/EQUIPE APOIO Nº 015436222, emitida pela Secretaria Municipal de Cultura em 14/03/2019, informando que não incide legislação de preservação municipal sobre o imóvel, estando, portanto, isento de deliberação por parte do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo – CONPRESP, bem como do Departamento do Patrimônio Histórico – DPH.

Avaliação: Considerando os documentos apresentados, entende-se que não são esperados impactos ao patrimônio arqueológico, histórico e cultural na área do empreendimento. Contudo, caso, durante as obras, sejam detectados materiais arqueológicos ou histórico na área de implantação do empreendimento, as atividades deverão ser imediatamente suspensas, e o local deverá ser isolado e protegido até que seja executado projeto de resgate aprovado pelo órgão responsável.

8.3. FASE DE OPERAÇÃO

8.3.1. Alteração da qualidade do ar

De acordo com o EIA, as principais emissões que serão lançadas pelos Blocos I e II na atmosfera estarão restritas aos gases de exaustão da queima do combustível (gás natural) nas turbinas e nas caldeiras, que serão lançados na atmosfera por 5 chaminés, após o aproveitamento do calor nas caldeiras de recuperação (trocadores de calor).

Foi informado que as turbinas a gás (TGs) são equipamentos de última geração, onde o combustível é injetado com excesso de ar em alta velocidade e turbilhonado de forma a se reduzir as emissões de NOx. As emissões atmosféricas estimadas são abaixo de 50 mg/Nm³ de NOx, sendo que o interessado prevê atender um limite máximo 2 ppm de NOx. As turbinas a gás serão dotadas de alternativas tecnológicas da própria turbina que, por si só, já visam o controle e a redução dos níveis de emissão de óxidos de nitrogênio pela chaminé, como é o caso da utilização do Low-NOx Combusto.

Ainda segundo o interessado, para o Bloco I está prevista a instalação de três (03) caldeiras, cada uma acoplada à uma turbina a gás, que produzirão vapor para a geração de 697,9 MW na turbina a vapor. Já para o Bloco II está prevista a instalação de duas (02) caldeiras acopladas a cada turbina a gás possibilitando a geração de 273,50 MW na turbina a vapor. Segundo o interessado, as caldeiras serão dotadas de sistema de controle das emissões, composto por um Sistema de Redução Catalítica (SCR), além da utilização de queimadores do tipo Dry-Low NOx e injeção de amônia na própria combustão. Possuirá também um sistema de oxidação de CO, responsável por oxidar CO em dióxido de carbono (CO2).

Page 42: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

42/56

Contudo, segundo o EIA, além das emissões previstas pela operação dos Blocos I e II da UTE Piratininga, a UTE Fernando Gasparian (compreendendo as Unidades 3 e 4 da UTE Piratininga) continuarão em operação e, portanto, também irão gerar gases devido à queima de combustíveis. Diante disto, foram considerados três cenários para a avaliação das emissões e da qualidade do ar:

Cenário Atual: avaliação das fontes das unidades existentes (UTE Fernando Gasparian + Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga);

Cenário Futuro I: avaliação apenas das fontes dos Blocos I e II da Substituição Tecnológica;

Cenário Futuro II: avaliação das fontes de emissão da UTE Fernando Gasparian e as fontes dos Blocos I e II da Substituição Tecnológica da UTE Piratininga.

O empreendimento está localizado no município de São Paulo. Conforme a Deliberação CONSEMA nº 18 de 2016, o município de São Paulo é classificado, no que se refere à qualidade do ar, em M2 para material particulado, M3 para óxidos de enxofre e óxidos de nitrogênio e >M1 para ozônio.

Conforme o artigo 11º, inciso IV, do Decreto Estadual 59.113/13, descrito a seguir, as ampliações de empreendimentos no Estado de São Paulo e que tenham uma emissão igual ou superior a linha de corte descrita no artigo 12º do citado decreto, isto é, 100 t/ano para MP, 40 t/ano para NOx, 250 t/ano para SOx e 40 t/ano para compostos orgânicos voláteis, exceto metano, deverão:

II - quando se localizarem em regiões classificadas como Maior que M1 e aludidas no artigo 12 deste decreto:

a) obrigadas a compensar, conforme estabelecido no artigo 13, em 110% (cento e dez por cento) das emissões atmosféricas a serem adicionadas dos poluentes que causaram essa classificação;

b) implantar a tecnologia mais eficiente no controle das emissões a qual deverá proporcionar os menores níveis de emissão atingíveis para o(s) poluente(s) que causou(ram) a classificação;

c) empreendimentos de tratamento e destinação final de resíduos sólidos urbanos e de serviços públicos de saneamento, que adotarem a melhor tecnologia prática disponível no controle de suas emissões, serão dispensados da compensação.

III - quando localizarem-se em sub-regiões com as demais classificações:

a) obrigadas a utilizar sistemas de controle de poluição do ar baseados na melhor tecnologia prática disponível para processos produtivos e para equipamentos de controle, quando necessário;

b) e aludidas no artigo 12 deste Decreto, comprovar, por modelo matemático (excetuando o ozônio), que não modificará a classificação atual da área de influência do empreendimento considerando a contribuição da fonte nova ou ampliação das existentes;

c) no caso do dióxido de enxofre (SO2), a comprovação a que se refere o item anterior, deverá ser feita por meio da comparação com o padrão anual de qualidade do ar aplicável para a subregião;

A emissão a ser acrescida com a substituição tecnológica proposta e, portanto, passível de comparação com o artigo 12º do Decreto Estadual 59.113/13, corresponde as emissões estimadas para os Blocos I e II e a subtração das emissões das unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga em função das suas desativações.

A Tabela 03, a seguir, mostra a emissão das atuais unidades e das unidades a serem implantadas e a taxa de emissão a ser acrescida.

Page 43: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

43/56

Tabela 03 – Emissão resultante da substituição proposta por poluente.

Poluente Emissão Total (t/ano) das Unidades 1 e 2 a serem desativadas (*)

Emissão Total (t/ano) estimada para os Blocos

I e II

Emissão resultante (t/ano) da substituição

proposta

NOx 1.226,75 474,79 - 751,96

COVs 28,03 29,83 - 1,8

MP 33,43 367,92 334,49

SOx 2,52 199,47 196,94

(*) estimativa considerando o valor licenciado de geração de 100MW equivalente à somatória das duas unidades

Para NOx, com a desativação das Unidades 1 e 2 existentes e com a implantação de controle de emissão nas novas turbinas a gás, a substituição irá reduzir as emissões existentes em 751,96 t/ano, portanto, passível de registro de crédito de emissões.

Os cálculos apresentados pelo interessado para emissões de COVs, subtraídos das emissões das Unidades 1 e 2 que serão desativadas, irão diminuir em 1,8 t/ano.

Verificou-se também que há ultrapassagem da linha de corte constante do artigo 12º do Decreto 59.113/13 para MP (material particulado), cabendo comprovar por meio de estudo de dispersão atmosférica que as emissões do empreendimento não irão modificar a classificação do município no que se refere a qualidade do ar.

No que se refere à SOx, em função das baixas emissões deste empreendimento, não há ultrapassagem da linha de corte do Decreto 59.113/13 para este poluente, portanto não há obrigatoriedade da modelagem deste parâmetro.

Os resultados dos estudos de dispersão realizados pelo empreendedor são apresentados nas tabelas a seguir, contemplando as máximas concentrações obtidas fora do limite da propriedade da EMAE para Material Particulado (MP) e Dióxido de Nitrogênio (NO2) dos cenários propostos, obtidos das simulações matemáticas, suas localizações e os respectivos Padrões de Qualidade do Ar do Estado de SP – PQAR (SP), estabelecidos pelo Decreto Estadual n° 59.113/2013 para efeitos comparativos, considerando os atuais critérios de classificação vigentes.

Tabela 04 – Concentrações Máximas de Material Particulado (MP).

Cenário Média Padrão de Qualidade do

Ar – MI2 Concentração

Máxima (µg/m3)

Ponto de Máxima

UTM X UTM Y

Atual 24 horas 100 5,94 327271,63 7377007

Anual 35 0,67 327271,63 7377007

Futuro I 24 horas 100 6,33 327271,63 7377007

Anual 35 0,94 327271,63 7377007

Futuro II 24 horas 100 - - -

Anual 35 - - -

Tabela 05 – Concentrações Máximas de Óxidos de Nitrogênio (NOx).

Cenário Média Padrão de Qualidade

do Ar – MI3 Concentração

Máxima (µg/m3)

Ponto de Máxima

UTM X UTM Y

Atual 1 hora 220 465,08 328555 7378711

Anual 45 14,64 327271,63 7377007

Futuro I 1 hora 220 74,88 328555 7378711

Anual 45 1,22 327271,63 7377007

Futuro II 1 hora 220 122,11 326271,63 7378507

Anual 45 3,52 327271,63 7377007

Os materiais e documentos referentes à emissão atmosférica e estudos de dispersão foram analisados pela Divisão de Avaliação de Ar, Ruído e Vibração – IPA/CETESB, que emitiu o Parecer Técnico nº 034/19/IPA, de 12/07/2019.

Page 44: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

44/56

Avaliação: Por meio do Parecer Técnico nº 034/19/IPA, de 12/07/2019, a Divisão de Avaliação de Ar, Ruído e Vibração – IPA/CETESB informou que:

Os resultados obtidos para o Cenário Futuro II constante da documentação apresentada pelo interessado, são os mesmos do Cenário Futuro I. Analisando os arquivos de entrada e saída do modelo observa-se que somente foram consideradas as emissões de MP provenientes das turbinas a serem instaladas no Bloco I e II, portanto, representando somente o Cenário Futuro I.

A contribuição de material particulado pode ser considerada de baixo impacto, assim entendemos que a ausência da modelagem para o Cenário Futuro II não seria determinante para a análise da viabilidade ambiental do empreendimento, sendo que um novo estudo de dispersão, com os três cenários, deverá ser apresentado para a concessão da licença de instalação.

No que se refere às emissões de NOx, com a desativação das Unidades 1 e 2, verifica-se o enquadramento das concentrações mesmo considerando a implantação dos Blocos I e II, tanto para o padrão horário quanto para o padrão anual. Cabe ressaltar que a proposta do interessado prevê a utilização de melhor tecnologia prática disponível para os equipamentos de processos e também para os equipamentos de controle de emissões atmosféricas.

Nesse sentido, com base na análise realizada, no que se refere às emissões atmosféricas e estudos de dispersão, a Divisão de Avaliação de Ar, Ruído e Vibração – IPA/CETESB não se opõe à continuidade do licenciamento, devendo ser atendidas as seguintes exigências:

Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação, caberá ao empreendedor:

Apresentar um Plano de Descomissionamento das Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga;

Confirmar as emissões de Compostos Orgânicos Voláteis (COVs), expressos como não metanos, e caso haja ultrapassagem da linha de corte do Decreto Estadual 59.113/13, deverá ser apresentado um plano de compensação;

Apresentar um novo estudo de dispersão para o poluente material particulado, com os três cenários conforme o estabelecido no Parecer Técnico nº 028/18/IPA, considerando na ausência de dados amostrados, os dados contidos no licenciamento de cada uma das fontes.

Durante a operação do empreendimento:

Comprovar o atendimento, em cada uma das chaminés, às características de emissões estabelecidas na Tabela 2 deste Parecer Técnico, considerando a operação em plena carga;

Operar adequadamente os monitores contínuos com registradores para os parâmetros NOx, CO e O2 nas chaminés principais das turbinas, atendendo aos critérios estabelecidos na Decisão de Diretoria da CETESB nº 326/2014/I;

A instalação (localização, adequabilidade da metodologia de análise e condicionamento da amostra) e o funcionamento (cobertura do monitoramento, etc.) do sistema de monitoramento contínuo de poluentes atmosféricos deverão ser previamente avaliados pela CETESB;

Realizar uma amostragem em chaminé anualmente, conforme as diretrizes estabelecidas no Plano de Monitoramento de Emissões Atmosféricas (PMEA) publicado pela DECISÃO DE DIRETORIA da CETESB Nº 010/2010/P, de 12 de janeiro de 2010, ou outro documento que vier a substituí-lo, e

Caso o monitoramento da qualidade do ar na região do empreendimento indique alguma necessidade de medidas adicionais de controle estes poderão ser exigidos para operação do empreendimento.

Page 45: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

45/56

Exigências:

Para obtenção da Licença Ambiental de Instalação

Apresentar nova avaliação das emissões de Compostos Orgânicos Voláteis (COVs), expressos como não metanos, e caso haja ultrapassagem da linha de corte do Decreto Estadual 59.113/13, deverá ser apresentado um plano de compensação;

Apresentar novo estudo de dispersão para o poluente material particulado, com os três cenários (Atual, Futuro I e Futuro II), considerando, na ausência de dados amostrados, os dados contidos no licenciamento de cada uma das fontes.

Durante a operação do empreendimento

Comprovar, nos relatórios bienais do Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar: (i) o atendimento, em cada uma das chaminés, às características de emissões estabelecidas na Tabela 2 do Parecer Técnico nº 034/19/IPA, considerando a operação em plena carga; (ii) a operação adequada dos monitores contínuos com registradores para os parâmetros NOx, CO e O2 nas chaminés principais das turbinas, atendendo aos critérios estabelecidos na Decisão de Diretoria da CETESB nº 326/2014/I; e (iii) a realização de uma amostragem anual em chaminé conforme as diretrizes estabelecidas no Plano de Monitoramento de Emissões Atmosféricas (PMEA) publicado pela Decisão de Diretoria da CETESB Nº 010/2010/P, de 12/01/2010, ou outro documento que vier a substituí-lo;

Adotar medidas adicionais de controle de emissões atmosféricas, caso seja apontada necessidade pelos resultados do monitoramento da qualidade do ar na região.

8.3.2. Alteração dos níveis de ruído e vibrações

De acordo com o EIA, foram realizados ensaios de amostragem a fim de determinar os níveis de ruído e vibração, considerando a situação atual dos empreendimentos (UTE Piratininga e UTE Fernando Gasparian), cujo entorno é altamente urbanizado e adensado.

Os pontos de medição de ruído e vibração foram determinados em função da localização do empreendimento e da ocorrência de receptores potencialmente críticos. A localização dos cinco Receptores Potencialmente Críticos - RPCs (Pontos de medição) definidos para o entorno da área do empreendimento, e corroborados pela CETESB, são apresentados na Tabela 6, a seguir:

Tabela 6 – Pontos de medição dos níveis de ruído e vibração.

Pontos de Amostragem

Descrição do Ponto Coordenadas Tipo de

Ocupação UTM X (23k) UTM Y (23k)

P1 Residencial: Av. Nossa Sra. do Sabará,

nº 6.551 – Vila Emir, São Paulo/SP 329.592 7.377.942 ZM

P2 Residencial: R. Santa Úrsula, 33 - Jardim

Santa Branca, São Paulo - SP 329.383 7.378.243 ZEUP

P3 Residencial: R. Gregório Ferreira, 123F -

Jardim Pedreira, São Paulo - SP 329.219 7.378.516 ZC

P4 Residencial: R. Alcides Munhoz, 141 -

Interlagos, São Paulo - SP 328.247 7.377.474 ZM

P5 Residencial: Praça Rangel de Lima, 45 -

Interlagos, São Paulo - SP 328.311 7.377.442 ZM

As medições foram realizadas nos períodos diurno e noturno do dia 28/01/2019, e também na madrugada do dia 29/01/2019 (período noturno), com acompanhamento de técnico do Setor de Avaliação Ambiental de Ruídos e Vibrações – IPAR/CETESB. As medições tiveram duração de 10 minutos para a detecção dos níveis de ruído e de 5 minutos para a vibração, em cada ponto.

A partir dos valores obtidos nos pontos amostrados verificou-se que todos apresentaram níveis de ruído de acordo com o preconizado pela Norma ABNT 10.151, tanto no período diurno, quanto no

Page 46: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

46/56

período noturno, mesmo com a operação das UTEs existentes. Ainda, o Estudo de Propagação Sonora – EPS realizado apontou que não estão previstas alterações significativas nos níveis de ruído no entorno do empreendimento. Foi ressaltado, no entanto, que as simulações realizadas para o cenário mais crítico indicam ultrapassagem aos limites legais no período noturno.

Já quanto aos níveis de vibração, verificou-se que todos os pontos avaliados estão acima do limite estabelecido pela Decisão de Diretoria n.º 215/2007/E da CETESB, tanto no período diurno quanto no período noturno. Entretanto, foi ressaltado que o empreendimento está localizado em área densamente urbanizada, com vias de tráfego importantes, com corredores de ônibus, e ferrovia, elementos que tiveram uma contribuição determinante nos níveis de vibrações encontrados. Dessa forma, entende-se que os valores obtidos para os níveis de vibração nas amostragens estão condizentes com os esperados para as características da região de inserção do empreendimento, e que, conforme verificado no Estudo de Propagação de Vibrações – EPV, durante a operação do mesmo não estão previstas alterações significativas nos níveis de vibrações no entorno em relação aos níveis atualmente medidos.

Como forma de gerenciar os efeitos desse impacto o empreendedor propôs a implementação de um Programa de Monitoramento de Ruído e Vibração, prevendo ações de monitoramento dos níveis de ruído e vibração durante a operação do empreendimento nos receptores potencialmente críticos, de modo a permitir que, caso necessário, sejam adotadas medidas de controle para atendimento das exigências legais, tanto em termos de proteção dos trabalhadores como da população do entorno do empreendimento. Além disso, no âmbito do Programa de Comunicação Social haverá um canal de comunicação destinado ao recebimento de dúvidas, reclamações e esclarecimentos de informações relacionados às emissões de ruído e vibrações, entre outros aspectos.

Os Estudos de Propagação Sonora – EPS e de Propagação e Vibrações – EPV, apresentados no Estudo de Impacto Ambiental – EIA, foram encaminhados para análise do Setor de Avaliação Ambiental de Ruídos e Vibrações – IPAR, que se manifestou por meio do Parecer Técnico nº 061/2019/IPAR, de 28/05/2019.

Avaliação: Conforme o Parecer Técnico nº 061/2019/IPAR, de 28/05/2019, o Setor de Avaliação Ambiental de Ruídos e Vibrações – IPAR concluiu que, sob os aspectos dos níveis de ruído analisados, as informações apresentadas atendem as condicionantes estabelecidas para a obtenção da Licença Ambiental Prévia – LP.

De acordo com o Parecer, após o início de operação do empreendimento, deverá ser realizada uma campanha de medições de níveis sonoros, com o acompanhamento dos técnicos da CETESB. Caso as medições de níveis sonoros apresentem superiores aos padrões estabelecidos pela Norma NBR 10.151 “Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade” da ABNT, deverão ser implantadas medidas mitigadoras no local e realizadas novas medições para a comprovação do atendimento à legislação vigente.

No tocante aos níveis de vibração apresentados nos estudos elaborados pelo empreendedor, o Setor de Avaliação Ambiental de Ruídos e Vibrações – IPAR avaliou que os mesmos podem ser aceitos, não havendo óbices à continuidade do licenciamento ambiental do empreendimento.

Exigência:

Durante a operação do empreendimento

Apresentar, no prazo máximo de 03 (três) meses após a emissão da Licença Ambiental de Operação, os resultados da campanha de medição de níveis sonoros com acompanhamento da CETESB e, caso os níveis sonoros ultrapassem os padrões da Norma NBR 10.151, apresentar as medidas mitigadoras a serem adotadas para o atendimento à legislação vigente, conforme Parecer Técnico nº 061/2019/IPAR, de 28/05/2019, emitido pelo Setor de Avaliação Ambiental de Ruídos e Vibrações.

Page 47: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

47/56

8.3.3. Disponibilidade hídrica e alteração da qualidade da água

De acordo com o EIA, a fonte de abastecimento de toda água a ser utilizada na operação dos Blocos I e II será de captação superficial na Represa Billings, no mesmo ponto já utilizado pela UTE Piratininga, com uma vazão total de 43,88 m³/h. A partir deste ponto, a água será encaminhada às Estações de Tratamento de Água – ETAs dos Blocos I e II por meio de duas adutoras que irão derivar da adutora de água bruta existente.

Foi destacado que o empreendimento utilizará como sistema de resfriamento a tecnologia resfriador a ar (torre seca), cuja vantagem refere-se a praticamente ausência de reposição de água, uma vez que a troca térmica não envolve a evaporação da água de resfriamento, além da inexistência de purga contínua como na torre convencional. O consumo de água, portanto, é bastante reduzido quando comparado à torre de resfriamento convencional, não sendo necessário um estudo de disponibilidade hídrica para avaliar esta questão.

Com relação aos efluentes do Bloco I, foi informado que serão gerados 3,502 m³/h pela estação de desmineralização e 1,236 m³/h pela própria ETA, além dos efluentes dos evaporadores (0,554 m³/h) e da água de serviço (10 m³/h), perfazendo uma vazão de 15,292 m³/h, que será encaminhada para a Estação de Tratamento de Efluente Industrial – ETEI, assim como o esgoto tratado da Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico – ETE, estimado em cerca de 0,2 m³/h. A vazão total de 15,492 m³/h será descartada no Rio Jurubatuba (canal do Rio Pinheiros).

No Bloco II, serão gerados 2,372 m³/h de efluentes pela estação de desmineralização e 1,028 m³/h pela própria ETA, além dos efluentes dos evaporadores (0,554 m³/h) e da água de serviço (10 m³/h), perfazendo uma vazão de 13,954 m³/h, que será encaminhada para a Estação de Tratamento de Efluente Industrial – ETEI, assim como o esgoto tratado da Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico – ETE, estimado em cerca de 0,105 m³/h. A vazão total de 14,059 m³/h também será descartada no Rio Jurubatuba (canal do Rio Pinheiros).

Para o tratamento do esgoto doméstico, foi proposto reator anaeróbio compacto, enquanto que para o efluente industrial será utilizado sistema compacto de tratamento físico-químico. Os efluentes tratados serão lançados no Rio Jurubatuba (canal do Rio Pinheiros), em conformidade com os requisitos do Decreto Estadual nº 8.468/1976. Tal curso d’água enquadra-se como classe 4, de acordo com o Decreto Estadual nº 10.755/1977.

Foi informado no EIA que os dados do monitoramento da qualidade das águas realizado pela CETESB em 2016 e 2017 confirmam o comprometimento da qualidade da água no Rio Jurubatuba. As águas monitoradas, em geral, foram caracterizadas pela grande quantidade de material orgânico e nutrientes, demonstrando a existência de lançamentos de efluentes nas águas amostradas, em função da presença de substâncias contaminantes, como surfactantes e tolueno. As águas do Reservatório Billings também mostraram condição alterada, principalmente nos pontos mais próximos à barragem de Pedreira.

Para gestão de eventuais efeitos adversos sobre a qualidade dos recursos hídricos superficiais, o empreendedor propõe a adoção do Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e o Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos – Operação, nos quais serão detalhados os pontos de amostragem e seleção de parâmetros físico-químicos a serem analisados, considerando devidamente as particularidades dos sistemas de tratamento e operação do empreendimento.

O Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais foi abordado no item 8.2.2 deste Parecer Técnico, visto que será iniciado já no período de implantação do empreendimento.

Cabe lembrar que a EMAE atualmente já possui outorgas de captação de água superficial para fins de geração de energia (2.880 m³/h) e de lançamento de efluentes (2.052 m³/h), conforme Portaria DAEE nº 1.343, de 06/05/2016, com vigência de 5 anos, que serão suficientes para absorver as demandas do empreendimento em questão. Além disso, o sistema de resfriamento escolhido foi o condensador a ar (torre seca), o qual praticamente não possui necessidade de reposição de água.

Page 48: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

48/56

O EIA foi encaminhado para análise e manifestação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, conforme prevê a Resolução SMA nº 54/2008.

Avaliação: Os aspectos relativos à geração de efluentes e respectivos impactos foram analisados pelo Setor de Avaliação de Efluentes – IPEE/CETESB, que se manifestou por meio do Parecer Técnico nº 200/19/IPEE, de 28/06/2019. De acordo com o referido Parecer, a proposta para o atendimento da demanda de água (43,88 m³/h) e de lançamento dos efluentes (29,55 m³/h) durante a operação do empreendimento podem ser considerados adequados, uma vez que a atual Portaria DAEE nº 1.343/2016 tem condições de suprir as necessidades relacionadas ao consumo e lançamento de água para a operação dos Blocos I e II.

Contudo, no tocante aos sistemas de tratamento de efluentes, o Setor de Avaliação de Efluentes – IPEE/CETESB informou que a concepção proposta para o tratamento de esgoto doméstico não tem condições de atender aos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 21 da Resolução CONAMA nº 430/2011, e, portanto, o sistema deverá ser complementado. Já os sistemas de tratamento de efluente industrial deverão atender aos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 16 da Resolução CONAMA nº 430/2011, devendo ser complementado, caso haja necessidade.

Nesse sentido, por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação, deverá ser apresentado o atendimento às seguintes exigências do Parecer Técnico nº 200/19/IPEE, de 28/06/2019:

­ Projeto das estações de tratamento de esgotos (ETEs), elaborado seguindo as recomendações da norma NBR 12.209/2011 da ABNT. Em se mantendo a proposta de implantação de ETE compacta anaeróbia, deverá ser previsto tratamento complementar para atendimento dos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 21 da Resolução CONAMA nº 430/2011;

­ Projeto das estações de tratamento de efluentes industriais (ETEIs), que deverá atender aos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 16 da Resolução CONAMA nº 430/2011;

­ Caracterização qualitativa do efluente industrial formado pelas correntes de efluentes provenientes da ETA, estação de desmineralização, água de serviço e evaporadores, com a finalidade de verificar uma possível necessidade de tratamento complementar para atendimento da legislação;

­ Projeto do emissário que conduzirá os efluentes tratados até o corpo receptor;

­ Projeto das estações de tratamento de água potável e de desmineralização;

­ Definição do local para encaminhamento dos lodos das ETAs, ETEs e ETEIs, com respectivo termo de anuência de recebimento.

Cabe destacar que o Parecer Técnico nº 200/19/IPEE, elaborado pelo Setor de Avaliação de Efluentes – IPEE em 28/06/2019, também estabeleceu exigências para a fase de instalação, as quais foram tratadas no item 8.2.4 deste Parecer Técnico (referente à “poluição do canteiro de obras e frentes de trabalho”), e que deverão ser atendidas na próxima fase do licenciamento.

Cabe informar até a emissão deste Parecer não houve manifestação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. Assim, nos termos do artigo 5º da Resolução SMA nº 54/2008, caso o Comitê venha a se manifestar, as eventuais contribuições serão consideradas na fase da Licença Ambiental de Instalação – LI do empreendimento.

Exigência

Para obtenção da Licença Ambiental de Instalação – LI

Apresentar atendimento às exigências do item 4 do Parecer Técnico nº 200/19/IPEE, elaborado pelo Setor de Avaliação de Efluentes – IPEE em 28/06/2019, relativas ao gerenciamento dos efluentes a serem gerados nas fases de implantação e operação do empreendimento.

Page 49: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

49/56

8.3.4. Impactos e riscos da operação e manutenção do empreendimento

De acordo com o EIA, o combustível a ser utilizado para queima durante o processo de geração de energia elétrica dos Blocos I e II da UTE Piratininga será o gás natural, a ser fornecido pela Companhia de Gás de São Paulo – COMGAS, e conduzido à Usina Piratininga por meio de gasoduto específico.

O consumo de gás natural em cada Bloco, conforme a tecnologia escolhida, será de aproximadamente 297.490 m³/h para o Bloco I e 139.360 m³/h para o Bloco II, sendo tal combustível recebido por meio de gasoduto. Após a Estação de Medição e Regulagem de Pressão – EMRP da COMGAS, o gás natural será entregue à UTE a uma pressão de aproximadamente 7 bar numa tubulação de 10” de diâmetro nominal. Na sequência, o gás natural passará por um aquecedor (Fuel gas pre heater), o qual elevará a temperatura do gás a aproximadamente 200°C. Antes da entrada dos queimadores das turbinas a gás, a pressão do gás natural será reduzida para aproximadamente 2 bar. Também será instalado um tanque atmosférico, vertical, com capacidade volumétrica de 5 m3 para armazenamento de óleo diesel a ser utilizado no gerador de emergência e no motor da bomba de combate a incêndio.

Segundo o EIA, a operação com as substâncias químicas presentes no empreendimento pode acarretar riscos de acidentes. Dessa forma, foram apresentados o Estudo de Análise de Riscos – EAR e as diretrizes para o Programa de Gerenciamento de Risco (PGR), incluindo o Plano de Ação de Emergência (PAE), referentes aos riscos relativos às instalações e operações a serem realizadas na UTE Piratininga.

As substâncias de interesse para a análise de riscos são: gás natural, hidrogênio e hidróxido de amônia, as quais são classificadas como “gás inflamável” (gás natural e hidrogênio) e “tóxica” (hidróxido de amônio), as quais apresentam níveis de risco 3 e 4, e, portanto, potencial para causar danos ao ser humano e/ou ao meio ambiente, segundo a Norma P4.261 da CETESB. O óleo diesel, por possuir ponto de fulgor (38°C) próximo ao limite de classificação para líquidos inflamáveis nível 3, foi conservativamente considerado na análise.

No EAR, o uso de tais substâncias foi previsto nas seguintes atividades:

gás natural - na tubulação de diâmetro de 10” para fornecimento de produto para alimentação das turbinas a gás;

hidrogênio - para a alimentação do sistema de refrigeração dos geradores de energia das turbinas; e

hidróxido de amônio - para o sistema de redução catalítica e

óleo diesel – no tanque de armazenamento para uso no gerador de emergência e no motor da bomba de combate a incêndio.

Tais informações foram analisadas pelo Setor de Análise de Riscos – IPER/CETESB, o qual se manifestou por meio do Parecer Técnico nº 170/19/IPER, de 21/05/2019.

Avaliação: De acordo com o Parecer Técnico nº 170/19/IPER, o Estudo de Análise de Risco – EAR foi considerado adequado, e de acordo com as orientações da Norma CETESB P4.261. Em relação ao Programa de Gerenciamento de Risco – PGR, tal Setor informou que tal documento foi apresentado em forma de diretrizes, o que é compatível com a fase do licenciamento.

Dessa forma, o risco foi considerado tolerável sob a ótica de imposição de fatalidades à comunidade externa a partir da ocorrência de acidentes de origem tecnológica, não havendo óbices à continuidade do licenciamento ambiental quanto aos aspectos de risco tecnológico.

Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Operação – LO, deverá ser apresentado o atendimento aos seguintes itens:

a) Apresentar Laudo Técnico conclusivo, elaborado por profissional habilitado, acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), atestando que o sistema de prevenção e combate

Page 50: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

50/56

a incêndios da empresa está de acordo com as normas vigentes, caso a empresa não possua Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) atualizado.

b) Apresentar laudo técnico conclusivo, elaborado por profissional habilitado e acompanhado da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), que comprove a adequação das instalações elétricas, do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e das malhas de aterramento às normas vigentes.

c) Implantar o Programa de Gerenciamento de Risco (PGR), incluindo Plano de Ação de Emergência (PAE), elaborado de acordo com as orientações da Norma CETESB P4.261, versão dezembro/2011.

d) Apresentar laudo técnico conclusivo, elaborado por profissional habilitado, acompanhado de ART, atestando que os vasos de pressão estão em conformidade com o preconizado na Norma Regulamentadora NR-13 – Caldeiras e Vasos de Pressão.

e) Disponibilizar kits ambientais (material absorvente/areia/turfa/manta, pá, luvas, recipiente para coleta) próximos às áreas de armazenamento e/ou passagem de produtos químicos as quais tenham solo exposto ou sistema de captação pluvial.

f) Implantar área para armazenamento e disposição dos produtos químicos utilizados no tratamento de água dotada de contenção e piso impermeabilizado.

Exigência

Para obtenção da Licença Ambiental de Operação

Comprovar atendimento às exigências relativas aos aspectos de risco do empreendimento, indicadas pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER, incluindo evidências da implementação das mesmas, tais como fotos e laudos, conforme instruções do Parecer Técnico nº 170/19/IPER, de 21/05/2019.

9. COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

O empreendedor apresentou o Programa de Compensação Ambiental, conforme estabelecido pela Lei nº 9.985/2000, regulamentada pelo Decreto Federal nº 4.340/2002 e alterada pelo Decreto Federal nº 6.848/2009. De acordo com o Art. 2º do citado decreto, o Valor da Compensação Ambiental (CA) será calculado pelo produto do Grau de Impacto (GI) nos ecossistemas, podendo atingir valores de 0 a 0,5% do Valor de Referência (VR).

De acordo com o Programa o uso dos recursos deverá estar de acordo com o Decreto Federal nº 4.340/2002, o qual prevê que a aplicação dos recursos da compensação ambiental deverá ser realizada nas Unidades de Conservação, existentes ou a serem criadas, localizadas na área do entorno da área de implantação do empreendimento. No entanto, como o empreendimento em questão não irá intervir em UCs ou zonas de amortecimento, foi sugerido que os recursos sejam utilizados para aplicação em UCs existentes, na seguinte ordem:

1) Parque Natural Municipal Bororé;

2) Parque Natural Municipal Varginha;

3) Parque Natural Municipal Jaceguava;

4) Parque Natural Municipal Itaim;

5) Parque Estadual das Fontes do Ipiranga.

Ainda de acordo com o EIA, apesar de o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga ser a UC de Proteção Integral mais próxima do empreendimento, a mesma já possui Plano de Manejo, dessa forma foi indicado que o Parque Natural Municipal Bororé tenha prioridade no recebimento do recurso, pois é a segunda UC de Proteção Integral mais próxima ao empreendimento, e assim como os demais Parques Naturais Municipais não possui Plano de Manejo estabelecido.

Page 51: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

51/56

Avaliação: A proposta de compensação ambiental apresentada, após a aprovação da memória de cálculo, deverá ser submetida à apreciação da Câmara de Compensação Ambiental da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente - SIMA, a qual caberá definir a destinação e a forma de pagamento dos recursos da compensação previstos na Lei n.º 9.985/2000, sendo a apresentação do comprovante de pagamento pelo empreendedor e a assinatura de um Termo de Compromisso de Compensação Ambiental – TCCA, condicionantes à emissão da Licença Ambiental de Instalação - LI, conforme estabelecido no Decreto Estadual n.º 60.070 de 15/01/2014.

Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Operação – LO deverá ser apresentado relatório contábil, comprovando o montante efetivamente despendido na ampliação do empreendimento, visando a realização de ajustes no valor destinado à compensação ambiental do empreendimento.

Exigências:

Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação – LI

Apresentar o comprovante do depósito bancário, no valor referente à compensação ambiental definida na Memória de Cálculo elaborada pela CETESB e aprovada pelo empreendedor, e a assinatura de um Termo de Compromisso de Compensação Ambiental – TCCA, conforme estabelecido no Decreto Estadual n.º 60.070 de 15/01/2014, conforme indicação da Câmara de Compensação Ambiental – CCA da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente - SIMA.

Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Operação – LO

Apresentar, após a apuração final do custo do empreendimento, o relatório contábil, comprovando o montante efetivamente despendido, visando à realização de ajustes no valor destinado à compensação ambiental do empreendimento, cujo depósito, se houver, deverá ser realizado no mesmo fundo no qual foi efetuado o depósito original.

10. CONCLUSÃO

Considerando que:

se trata de empreendimento de utilidade pública, estratégico para o Estado de São Paulo, compreendendo uma fonte de energia firme e confiável relevante para a Região Metropolitana de São Paulo;

o Estado de São Paulo possui o maior parque industrial do Brasil, sendo o estado mais populoso e com maior densidade demográfica, consumindo mais energia elétrica do que gera;

a substituição Tecnológica será instalada em terreno da EMAE, onde já estão localizadas as UTEs Piratininga e Fernando Gasparian, sendo, portanto, uma área de uso industrial, com o emprego de tecnologias em turbinas a gás, representando significativa redução de gases poluentes;

a área em questão possui uma localização estratégica, pois, além de estar situada no maior centro de carga do País (município de São Paulo e respectiva Região Metropolitana), é dotada de rede de fornecimento de gás natural já instalada no terreno da EMAE para suprimento de combustível das UTEs existentes, além de subestação existente localizada na margem oposta do canal do rio Jurubatuba que permitirá a conexão do empreendimento com o Sistema Interligado Nacional (SIN);

os órgãos intervenientes no licenciamento ambiental do empreendimento, ou seja, prefeituras municipais, gestor de recursos hídricos (DAEE), gestores do patrimônio histórico e arqueológico (IPHAN, CONDEPHAAT e CONPRESP), entre outros, se manifestaram favoravelmente à implantação do empreendimento;

Page 52: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

52/56

o projeto contemplou a utilização de melhor tecnologia prática disponível para os equipamentos de processos e para os equipamentos de controle de emissões atmosféricas, para se adequar às restrições ambientais da bacia aérea e disponibilidade dos recursos hídricos da região;

os potenciais impactos ambientais do empreendimento poderão ser mitigados com a devida implementação das medidas e programas ambientais propostos pelo empreendedor exigidos neste Parecer;

entende-se que o empreendimento é ambientalmente viável, podendo ser concedida a Licença Ambiental Prévia – LP para a Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga, no município de São Paulo, de responsabilidade da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S/A – EMAE, conforme determina a Resolução CONAMA n.º 237/1997.

Dessa forma, submetemos este Parecer à apreciação e deliberação do CONSEMA para a concessão da Licença Ambiental Prévia para a Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga, de responsabilidade da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S/A – EMAE.

Para a continuidade do licenciamento ambiental, no âmbito da Agência Ambiental da CETESB, o empreendedor deverá apresentar o atendimento às seguintes exigências técnicas:

Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação – LI

Apresentar o detalhamento do projeto, sobre foto área ou imagem de satélite, em escala adequada, inclusive em versão digital georreferenciada, indicando, no mínimo: as instalações da UTE (termelétrica, as subestações, utilidades etc.), as obras lineares (gasoduto, linha de transmissão, adutora e emissário); os limites das áreas diretamente afetadas; faixas de servidão; descrevendo e ilustrando com plantas baixas e diagramas, os métodos construtivos, fundações, serviços de terraplenagem, as montagens, os acessos a serem utilizados e eventuais readequação necessárias; áreas de apoio; áreas vegetadas, entre outros. Tal projeto deverá vir acompanhado de respectivo memorial descritivo e Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do responsável.

Apresentar o memorial descritivo dos canteiros de obras central e de apoio, com localização, layout e descrição das instalações, incluindo sistemas de drenagem, de retenção de óleos e graxas e de coleta/tratamento efluentes. Apresentar, ainda, as manifestações das empresas responsáveis pelo fornecimento de água e pela coleta/recebimento de efluentes dos canteiros de obras, priorizando sempre que possível o uso da infraestrutura municipal de saneamento existente.

Apresentar atendimento às exigências da Informação Técnica nº 03/2019/PIC, emitida pela Divisão de Mudanças Climáticas – PIC/CETESB em 12/07/2019, relativas à mitigação/compensação pelas emissões de gases de efeito estufa, conforme solicitado no item 3.2.6.1 do Acordo de Cooperação Técnica nº 042/2017, firmado entre IBAMA e CETESB.

Apresentar o detalhamento do Plano Básico Ambiental (PBA), e respectivos Programas Ambientais (de Controle Ambiental da Obras e respectivo Subprograma de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil; de Gestão da Mão de Obra (PGMO); de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (Passivos Ambientais); de Controle de Erosão e Assoreamento; de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD); de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais; de Comunicação Social (PCS); de Educação Ambiental (PEA); de Plantio Compensatório; e de Compensação Ambiental), contemplando, no mínimo: a equipe técnica e as respectivas responsabilidades, acompanhada da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART; o detalhamento das medidas e procedimentos propostos; os mecanismos de gestão; as formas de acompanhamento ambiental, incluindo uso de indicadores ambientais e avaliação das não-conformidades; as formas de registros ambientais; os métodos e procedimentos de trabalho ambientalmente adequados para a construção da obra; e o cronograma de atividades dos programas compatibilizado com o plano de ataque das obras.

Page 53: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

53/56

Apresentar o detalhamento do Programa de Comunicação Social, contemplando, no mínimo, as atividades desenvolvidas na fase de planejamento e a serem desenvolvidas na fase de instalação, canais para divulgação de informações (folders, cartazes, reuniões, rádio etc.), implementação de sistema de atendimento de consultas e reclamações (por meio da divulgação de contato telefônico, endereço eletrônico etc.), público alvo, medidas mitigadoras, equipe técnica responsável pela implementação do programa, as formas de avaliação contínua e de registro com o cronograma dessas atividades.

Incluir, no Programa de Controle de Erosão e Assoreamento, o detalhamento das medidas e procedimentos para a prevenção, controle e minimização dos processos de dinâmica superficial e para evitar impactos nos recursos hídricos presentes na área de implantação do empreendimento, em especial no Rio Jurubatuba, observando-se as diretrizes do item 8.2.1 do Parecer Técnico 268/19/IE.

Incluir, no detalhamento do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, a descrição das técnicas e medidas de recuperação das áreas afetadas e a indicação das espécies nativas selecionadas para a recomposição da cobertura vegetal das áreas afetadas pela obra, incluindo as áreas de apoio.

Incluir no detalhamento do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais: a rede de amostragem de qualidade das águas superficiais, com pontos à montante e à jusante do Rio Jurubatuba (compreendendo os pontos de lançamento de efluentes programados), da drenagem principal da sub-bacia hidrográfica Córrego Pedreiras (adjacente ao setor oeste da ADA) e do Reservatório Billings, nos setores mais próximos à barragem de Pedreira, plotados em mapas georreferenciados (coordenada geográfica e UTM no DATUM SIRGAS-2000), e em arquivo vetorial georreferenciado (formato shp e kmz).

Incluir, no Programa de Controle Ambiental da Obras – PCAO, um Subprograma de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, contemplando todos os resíduos da demolição, os volumes de resíduos a serem gerados, as formas de acondicionamento e armazenamento e os locais a serem utilizados para destinação final dos resíduos. Obter os Certificados de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental – CADRI antes do encaminhamento dos resíduos considerados de interesse ambiental pela CETESB aos locais de destinação.

Apresentar, no detalhamento do Programa de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, o atendimento às exigências solicitadas no Parecer Técnico n.º 038/19/IPGS, emitido pelo Setor de Avaliação Gestão do Uso do Solo – IPGS em 21/05/2019, relativas ao gerenciamento das áreas contaminadas sob investigação e suspeitas de contaminação.

Incluir, no detalhamento do Programa de Controle Ambiental das Obras, as medidas a serem adotadas no período para mitigar os potenciais impactos sobre o tráfego e a infraestrutura viária; sinalizações das vias; eventuais necessidades de desvios e prévia comunicação aos órgãos responsáveis etc.

Apresentar, no detalhamento do Programa de Gestão da Mão de Obra – PGMO, as tratativas realizadas com as Subprefeituras e eventuais medidas/parcerias a serem adotadas para o reforço da infraestrutura de transporte e saúde nos distritos da AID, pelo aumento da demanda pelo empreendimento.

Apresentar nova avaliação das emissões de Compostos Orgânicos Voláteis (COVs), expressos como não metanos, e caso haja ultrapassagem da linha de corte do Decreto Estadual 59.113/13, deverá ser apresentado um plano de compensação;

Apresentar novo estudo de dispersão para o poluente material particulado, com os três cenários (Atual, Futuro I e Futuro II), considerando na ausência de dados amostrados, os dados contidos no licenciamento de cada uma das fontes.

Apresentar atendimento às exigências do item 4 do Parecer Técnico nº 200/19/IPEE, elaborado pelo Setor de Avaliação de Efluentes – IPEE em 28/06/2019, relativas ao gerenciamento dos efluentes a serem gerados nas fases de implantação e operação do empreendimento.

Page 54: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

54/56

Obter a Autorização para corte de árvores isoladas e intervenção em Área de Preservação Permanente - APP, e firmar o respectivo Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental – TCRA, junto à Agência Ambiental de Santo Amaro da CETESB.

Apresentar o comprovante do depósito bancário, no valor referente à compensação ambiental definida na Memória de Cálculo elaborada pela CETESB e aprovada pelo empreendedor, e a assinatura de um Termo de Compromisso de Compensação Ambiental – TCCA, conforme estabelecido no Decreto Estadual n.º 60.070 de 15/01/2014, conforme indicação da Câmara de Compensação Ambiental – CCA da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente - SIMA.

Apresentar Plano de Descomissionamento das instalações das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga, com o detalhamento das atividades a serem executadas e respectivo cronograma.

Durante a implantação do empreendimento

Apresentar relatórios semestrais de acompanhamento do Plano Básico Ambiental (PBA), e respectivos Programas Ambientais (de Controle Ambiental da Obras e respectivo Subprograma de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil; de Gestão da Mão de Obra (PGMO); de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (Passivos Ambientais); de Controle de Erosão e Assoreamento; de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD); de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais; de Comunicação Social (PCS); de Educação Ambiental (PEA); de Plantio Compensatório), contemplando: informações sobre o andamento das obras; comprovação da implementação das medidas mitigadoras, por meio de descritivos e registros fotográficos georreferenciados e datados; eventuais não conformidades identificadas e respectivas medidas mitigadoras adotadas; avaliação dos resultados obtido; equipe técnica responsável e respectivas Anotações de Responsabilidade Técnica – ART.

Apresentar, no 1º relatório semestral do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais, os resultados da primeira campanha de monitoramento de qualidade das águas superficiais, realizado antes do início das obras, incluindo a análise crítica dos resultados, os laudos analíticos e os dados obtidos em planilhas eletrônicas editáveis, observando-se o disposto na Resolução SMA nº 100/2013.

Apresentar relatórios semestrais de acompanhamento do Programa de Comunicação Social, demonstrando as atividades desenvolvidas no período, relacionadas ao atendimento às reclamações, esclarecimento de dúvidas da população e eventuais reuniões realizadas com as partes interessadas (população afetada e órgãos da sociedade civil), contendo registros fotográficos, atas de reunião, listas de presença, a equipe técnica responsável, as avaliações de desempenho, as não-conformidades identificadas e as respectivas medidas corretivas adotadas etc.

Incluir, nos relatórios semestrais de acompanhamento do Programa de Controle de Erosão e Assoreamento, registros fotográficos georreferenciados e datados, comprovando a implantação dos sistemas de drenagem provisória, especialmente junto dos corpos d’água, de medidas para proteção do solo, disciplinamento e dissipação de energia das águas, e de dispositivos estruturais de contenção de sedimentos.

Incluir, nos relatórios semestrais de acompanhamento do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, relatório fotográfico georreferenciado e datado, comprovando a recuperação das áreas afetadas pelo empreendimento de acordo com o término de cada frente de obra, além da localização de eventuais áreas de empréstimo e depósitos de material excedente.

Incluir, nos relatórios semestrais do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais, os resultados do monitoramento da rede de amostragem de qualidade das águas superficiais, com os pontos de amostragens à montante e à jusante dos cruzamentos do Rio Jurubatuba (compreendendo os pontos de lançamento de efluentes programados), da drenagem principal da sub-bacia hidrográfica Córrego Pedreiras (adjacente ao setor oeste da ADA) e do Reservatório Billings, nos setores mais próximos à barragem de Pedreira.

Page 55: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

55/56

Incluir, nos relatórios semestrais de acompanhamento do Programa de Controle Ambiental das Obras, registros fotográficos georreferenciados e datados, comprovando as sinalizações das vias; as medidas e ações adotadas para mitigar os potenciais impactos sobre o tráfego e a infraestrutura viária; sinalizações das vias; aprovações de eventuais desvios e Planos de Tráfego específicos pelos órgãos municipais e concessionárias de rodovias etc.

Para obtenção da Licença Ambiental de Operação

Apresentar relatório final do Plano Básico Ambiental (PBA), e respectivos Programas Ambientais (de Controle Ambiental da Obras (de Controle Ambiental da Obras e respectivo Subprograma de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil; de Gestão da Mão de Obra (PGMO); de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (Passivos Ambientais); de Controle de Erosão e Assoreamento; de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD); de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais; de Comunicação Social (PCS); de Educação Ambiental (PEA); de Plantio Compensatório), com o balanço das atividades realizadas e a avaliação da efetividade das medidas adotadas, comprovação da implantação de dispositivos permanentes de drenagem, desmobilização dos canteiros de obras e demais áreas de apoio e encerramento ambientalmente adequado das obras.

Incluir no relatório final do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, registros fotográficos georreferenciados e datados, comprovando a recuperação de todas as áreas afetadas pelo empreendimento, incluindo as áreas de apoio.

Apresentar relatório final do Programa de Comunicação Social, com o balanço das atividades desenvolvidas durante as obras, eventuais não conformidades e respectivas medidas corretivas adotadas, a avaliação da efetividade do Programa e a equipe técnica responsável; e o detalhamento da proposta de continuidade das ações de comunicação social para a fase de operação do empreendimento, no âmbito do Plano de Gestão Ambiental da Operação.

Incluir no relatório final do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais a avaliação dos resultados obtidos no monitoramento de qualidade das águas superficiais realizados durante as obras, bem como proposta de monitoramento para a fase de operação.

Comprovar atendimento às exigências relativas aos aspectos de risco do empreendimento, indicadas pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER, incluindo evidências da implementação das mesmas, tais como fotos e laudos, conforme instruções do Parecer Técnico nº 170/19/IPER, de 21/05/2019.

Apresentar situação de atendimento ao Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental – TCRA, no âmbito do relatório de acompanhamento do Programa de Plantio Compensatório.

Apresentar, após a apuração final do custo do empreendimento, o relatório contábil, comprovando o montante efetivamente despendido, visando à realização de ajustes no valor destinado à compensação ambiental do empreendimento, cujo depósito, se houver, deverá ser realizado no mesmo fundo no qual foi efetuado o depósito original.

Apresentar o detalhamento do Plano de Gestão Ambiental da Operação – PGAOP, e respectivos Programas Ambientais (de Gerenciamento de Efluentes Líquidos; de Monitoramento dos Níveis de Ruído; de Monitoramento da Qualidade do Ar; de Gestão de Resíduos Sólidos e de Comunicação Social), contemplando, no mínimo: a equipe técnica e as respectivas responsabilidades; os mecanismos de gestão e controle ambiental, incluindo uso de indicadores ambientais e avaliação das não-conformidades; as formas de registros ambientais; entre outros.

Durante a operação do empreendimento

Apresentar, no prazo máximo de 03 (três) meses após a emissão da Licença Ambiental de Operação, relatório final do Plano de Descomissionamento das instalações das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga, com registros fotográficos georreferenciados e datados, demonstrando as ações realizadas.

Page 56: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº. 268/19/IE

Data: 16/07/2019

56/56

Apresentar, no prazo máximo de 03 (três) meses após a emissão da Licença Ambiental de Operação, os resultados da campanha de medição de níveis sonoros com acompanhamento da CETESB e, caso os níveis sonoros ultrapassem os padrões da Norma NBR 10.151, apresentar as medidas mitigadoras a serem adotadas para o atendimento à legislação vigente, conforme Parecer Técnico nº 061/2019/IPAR, de 28/05/2019, emitido pelo Setor de Avaliação Ambiental de Ruídos e Vibrações.

Apresentar, no prazo de um ano após a emissão da Licença Ambiental de Operação, relatório do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos Superficiais durante a Operação, com a avaliação dos resultados obtidos no monitoramento de qualidade das águas superficiais.

Apresentar relatórios bienais do Plano de Gestão Ambiental da Operação – PGAOP, e respectivos Programas Ambientais (de Gerenciamento de Efluentes Líquidos; de Monitoramento dos Níveis de Ruído; de Monitoramento da Qualidade do Ar; de Gestão de Resíduos Sólidos e de Comunicação Social), contemplando, no mínimo: a equipe técnica e as respectivas responsabilidades; os mecanismos de gestão e controle ambiental, incluindo uso de indicadores ambientais e avaliação das não-conformidades; as formas de registros ambientais; entre outros.

Comprovar, nos relatórios bienais do Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar: (i) a o atendimento, em cada uma das chaminés, às características de emissões estabelecidas na Tabela 2 do Parecer Técnico nº 034/19/IPA, considerando a operação em plena carga; (ii) a operação adequada dos monitores contínuos com registradores para os parâmetros NOx, CO e O2 nas chaminés principais das turbinas, atendendo aos critérios estabelecidos na Decisão de Diretoria da CETESB nº 326/2014/I; e (iii) a realização de uma amostragem anual em chaminé conforme as diretrizes estabelecidas no Plano de Monitoramento de Emissões Atmosféricas (PMEA) publicado pela Decisão de Diretoria da CETESB Nº 010/2010/P, de 12/01/2010, ou outro documento que vier a substituí-lo;

Adotar medidas adicionais de controle de emissões atmosféricas, caso seja apontada necessidade pelos resultados do monitoramento da qualidade do ar na região.

ORIGINAL DEVIDAMENTE ASSINADO

Geog. Eric Macedo Massa Setor de Avaliação de Empreendimentos Lineares – IEOL Reg. 7045 – CREA 5062152506

ORIGINAL DEVIDAMENTE ASSINADO

Eng. Amb. Lucas Figueiras Cioni Setor de Avaliação de Empreendimentos Lineares - IEOL Reg. 7492 – CREA 5063839449

ORIGINAL DEVIDAMENTE ASSINADO

Geog. Cláudia Harumi Yuhara Gerente do Setor de Avaliação de Empreendimentos Lineares – IEOL Reg. 6945 – CREA 5062512685/D De acordo,

ORIGINAL DEVIDAMENTE ASSINADO

Biol. Vanessa Hermida Fidalgo Guerreiro Gerente da Divisão de Avaliação de Obras Hidráulicas e Lineares – IEO Reg. 7133 – CRBio 68505/01-D

De acordo,

ORIGINAL DEVIDAMENTE ASSINADO

Geol. Fernanda Amaral Dantas Sobral Gerente do Departamento de Avaliação Ambiental de Empreendimentos - IE Reg. 6884 - CREA 5062068188/D

Anexos: a) Parecer Técnico nº 170/19/IPER, emitido pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; b) Parecer Técnico nº 038/19/IPGS, emitido pelo Setor de Avaliação e Gestão do Uso do Solo – IPGS/CETESB em 21/05/2019; c) Parecer Técnico nº 200/19/IPEE, emitido pelo Setor de Avaliação de Efluentes – IPEE/CETESB em 28/06/2019; d) Informação Técnica nº 03/19/PIC, emitida pela Divisão de Mudanças Climáticas em 11/07/2019; e) Parecer Técnico nº 034/19/IPA, emitido pela Divisão de Avaliação de Ar, Ruído e Vibração – IPA/CETESB em 15/07/2019; f) Ofício SIMA/SSI nº 010/19, emitido pela Subsecretaria de Infraestrutura em 10/07/2019.

Page 57: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 034/19/IPA

Data: 15/07/2019

1/10

PROCESSO : CETESB.036415/2019-43 INDÚSTRIA : EMPRESA METROPOLITANA DE ÁGUAS E ENERGIA S/A - EMAE ASSUNTO : LICENÇA PRÉVIA MUNICÍPIO : SÃO PAULO INTERESSADO : SETOR DE AVALIAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS LINEARES - IEOL 1 INTRODUÇÃO

Atendendo à solicitação do Setor de Avaliação de Empreendimentos Lineares (IEOL), foi analisado, no que se refere às emissões gasosas, o Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA apresentado pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia S/A – EMAE referente à substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termoelétrica Piratininga, localizada no município de São Paulo. A Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. (EMAE) propõe à substituição das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga pela implantação e operação de dois novos blocos independentes de geração de energia elétrica a gás natural (Blocos I e II), com acréscimo na potência total instalada de 2.554,8 MW em ciclo combinado. O empreendimento será instalado na zona sul do município de São Paulo, junto ao canal Pinheiros e à barragem de Pedreira, à Av. Nossa Senhora de Sabará, n.º 5.312 (bairro Pedreira), no mesmo terreno das atuais instalações da UTE Piratininga e da UTE Fernando Gasparian (FEG). As unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga encontram-se atualmente com Licença de Operação (LO) nº 33006594 válida até 2021, com capacidade de 100 MW, operando com ciclo Rankine com queima de gás natural nas caldeiras.

2. CONSIDERAÇÕES GERAIS A UTE Piratininga em meados dos anos 1950 era composta por 2 (duas) unidades geradoras, denominadas Unidades 1 e 2, e na década de 1960 foram instaladas as unidades 3 e 4. No início de 2000 iniciou-se um processo de modernização da usina, com a instalação de quatro turbinas movidas a gás natural em substituição a três caldeiras a óleo combustível, tendo como empreendedor o Consórcio EMAE-Petrobras, quando as unidades 3 e 4 foram interligadas em ciclo combinado com a Usina Termelétrica Fernando Gasparian, da PETROBRAS, enquanto que as unidades 1 e 2 permaneceram em ciclo de Rankine, com queima de gás natural nas caldeiras. Os dois novos blocos de geração termelétrica (denominados de Blocos I e II) serão de ciclo combinado, totalizando 2.554,8 MW e possuem as seguintes características:

▪ Bloco I: 3 x 1 (conjunto de 3 turbinas a gás modelo Siemens SGT 9000 HL com geradores e 1 turbina a vapor com gerador) com geração de 1.736,8 MW e consumo de combustível (Gás Natural) de 297.490 m³/h @ 38 a 40 bar(g); e ▪ Bloco II: 2x1 (2 turbinas a gás modelo Siemens SGT 8000 H, com gerador e 1 turbina a vapor com gerador) e consumo de combustível (gás natural) 139.360 @ 37 a 40 bar(g) m³/h com geração de 818 MW.

Cabe observar que o conjunto turbina - gerador associado será frequentemente referido como turbogerador.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go Y

LJ17

9N9.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or M

AR

IA C

RIS

TIN

A P

OLI

.

Página: 2116

Page 58: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 034/19/IPA

Data: 15/07/2019

2/10

O único combustível a ser utilizado no processo de geração de energia elétrica será o Gás Natural (GN), que será retirado do gasoduto existente da Comgás, oriundo da Baixada Santista, cujo trecho no planalto está interligado no City Gate de Riacho Grande II, submerso na Represa Billings (diâmetro de 20” e pressão de 17 bar) e deste trecho segue em derivação até o City Gate existente na atual propriedade da EMAE. Ressaltando que gás recebido neste City Gate já atende a UTE Piratininga.

O presente empreendimento prevê, para a fase de operação, o funcionamento de 05 (cinco) turbinas a gás natural, das quais 03 (três) serão operadas no Bloco I e duas turbinas serão operadas no Bloco II.

3 ANÁLISE

No que se refere às emissões atmosféricas, sua geração é prevista por conta dos sistemas de combustão das fontes estacionárias, as quais são representadas pelas caldeiras e turbinas. Devido à queima de GN na zona de combustão a altas temperaturas (maiores que 1.200° C) e as características das fontes as emissões mais significativas serão os óxidos de nitrogênio (NOx) ou NOx térmico, monóxido de carbono e traços de Hidrocarbonetos Totais (metano e não metano). Além das emissões previstas da Substituição Tecnológica, a UTE Fernando Gasparian + Unidades 3 e 4 da UTE Piratininga continuarão em operação e, portanto, também irão gerar gases devido à queima de combustíveis. Para o presente EIA e, portanto, para o licenciamento ambiental prévio do empreendimento as avaliações realizadas consideraram a Substituição Tecnológica no cenário conservador, ou seja, a sua instalação e operação com toda a potência instalada nos Blocos I e II. O processo de conversão de energia que irá ocorrer com as turbinas a gás operando em ciclo combinado está esquematizado na Figura 01 a seguir e consiste em:

O ar atmosférico será pressurizado no compressor e admitido à câmara de combustão onde será misturado ao gás natural para que sejam queimados. O resultado desta combustão será uma mistura de gases com alta temperatura submetida à alta pressão;

Esta mistura de gases de combustão será expandida através do sistema de bocais e palhetas da Turbina a Gás (TG). A expansão dos gases acionará o eixo da turbina que estará interligado ao compressor de ar e ao gerador elétrico, gerando energia elétrica que será encaminhada a rede para distribuição;

Após este processo de expansão os gases de combustão serão removidos através da chaminé de exaustão para a atmosfera;

Para melhorar o aproveitamento da energia primária contida no gás natural, os gases exalados pela TG serão conduzidos a um trocador de calor, denominado caldeira de recuperação de calor (Heat Recovery Steam Generators – HRSG), onde será gerado vapor;

O vapor superaquecido gerado em cada uma das caldeiras seguirá para a Turbina a Vapor (TV), onde a energia térmica contida no vapor será convertida em energia mecânica e utilizada para acionamento do gerador, que transformará a energia mecânica em energia elétrica;

O vapor gerado em cada caldeira seguirá para a turbina a vapor, enquanto o gás de exaustão será descartado em suas respectivas chaminés.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go Y

LJ17

9N9.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or M

AR

IA C

RIS

TIN

A P

OLI

.

Página: 2117

Page 59: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 034/19/IPA

Data: 15/07/2019

3/10

Figura 01 - Esquema de funcionamento do Ciclo Combinado proposto pela EMAE

As turbinas a gás (TGs) são equipamentos de última geração, onde o combustível é injetado com excesso de ar em alta velocidade e turbilhonado de forma a se reduzir as emissões de NOx. As emissões atmosféricas estimadas são abaixo de 50 mg/Nm³ de NOx, sendo que o interessado prevê atender um limite máximo 2 ppm de NOx. A caldeira de recuperação de calor consiste basicamente em um trocador de calor que recuperará a energia térmica de uma corrente de gás para produção de vapor, não havendo queimadores adicionais de gás natural na caldeira de recuperação de calor A temperatura de saída dos gases de combustão na chaminé da caldeira de recuperação de calor será superior a 160 ºC. Para o Bloco I estão previstas a instalação de três (03) caldeiras, cada uma acoplada à uma TG, que produzirão vapor para a geração de 697,9 MW na TV. Para o Bloco II estão previstas a instalação de duas (02) caldeiras acopladas a cada TG possibilitando a geração de 273,50 MW na TV. O vapor gerado em cada caldeira seguirá para a turbina a vapor, enquanto o gás de exaustão será descartado em suas respectivas chaminés. Cada uma das caldeiras terá 1 (uma) chaminé dedicada em chapas de aço carbono, com 60,0 m de altura e 5 m de diâmetro interno na base e dotada de sistema de monitoramento das emissões de gases NOx, CO e SOx. Para os demais gases o controle será feito periodicamente ou no caso de eventos que demandem atenções especiais. As características das turbinas e das caldeiras constam da Tabela 01, a seguir. As principais emissões que serão lançadas na atmosfera do empreendimento estarão restritas aos gases de exaustão da queima do combustível (gás natural) nas turbinas e nas caldeiras, que serão lançados na atmosfera por 5 chaminés, após o aproveitamento do calor nas caldeiras de recuperação (trocadores de calor). As características de cada chaminé, bem como, as estimativas das emissões para os poluentes regulamentados, garantidas pelo fabricante das turbinas, constam da Tabela 02 a seguir.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go Y

LJ17

9N9.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or M

AR

IA C

RIS

TIN

A P

OLI

.

Página: 2118

Page 60: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 034/19/IPA

Data: 15/07/2019

4/10

Tabela 01 - Os parâmetros principais de cada Bloco de Geração de Energia

Parâmetros Bloco I Bloco II

Caldeira Turbinas

a Gás Turbinas a vapor

Caldeira Turbinas

a Gás Turbinas a vapor

Número de Equipamentos 03 03 01 02 02 01 Vazão de Vapor (t/h) 1.521 672,5 Pressão de Vapor (bar) 159,7 159,7 Potência de cada equipamento (MW)

346,3 697,9 272,7 273,5

Potência Total dos equipamentos (MW)

1.039,8 697,9 545,5 273,5

Potência Total Instalada (MW) 1.736,8 818 Consumo de gás natural (m

3/h @38

a 40 bar) 297.490,0 139.360,0

Tabela 02 – Características das chaminés, dos efluentes gasosos e emissões estimadas

Parâmetros Bloco I Bloco II

Coordenadas 328457 328442 328426 329245 329227 7378245 7378203 7378151 7377939 7377898

Altura (m) 60 60 60 60 60 Diâmetro (m) 5 5 5 5 5

Temperatura de saída dos gases (ºC) 83,8 83,8 83,8 88,4 88,4 Vazão de saída dos gases (m

3/h) 2.314.800 2.314.800 2.314.800 2.150.640 2.150.640

Velocidade de Saída dos Gases (m/s) 32,74 32,74 32,74 30,42 30,42 Material Particulado (MP)

Concentração (mg/Nm

3)

5 5 5 5 5

Taxa de emissão (kg/h)

8,6 8,6 8,6 8,1 8,1

Óxidos de enxofre (SOx) *

Concentração (mg/m

3)

2,23** 2,23** 2,23** 1,69** 1,69**

Taxa de emissão (kg/h)

5,17 5,17 5,17 3,63 3,63

Óxidos de nitrogênio (NOx)

Concentração (mg/Nm

3)

4,1 4,1 4,1 4,1 4,1

Taxa de emissão (kg/h)

11,6 11,6 11,6 11,6 11,6

Concentração (ppmv a 15%O2)

2,0 2,0 2,0 2,0 2,0

Compostos Orgânicos Voláteis (COV)

Concentração (ppmv a 15%O2)

< 1,0 < 1,0 <1,0 <1,0 <1,0

Taxa de emissão (kg/h) ***

0,74 0,74 0,74 0,60 0,60

Monóxido de Carbono (CO)

Concentração (mg/Nm

3)

12,5 12,5 12,5 12,5 12,5

Taxa de emissão (kg/h)

35,2 35,2 35,2 29,6 29,6

(*) estimado com base no fator de emissão constante do AP-42 (Fifth Edition, Volume I, Chapter: Stationary Internal Combustion Sources – Stationary Gas Turbines da USEPA. (**) concentrações calculadas com base na vazão e taxa de emissão apresentada pelo interessado (***) calculada considerando a taxa de emissão por ano apresentada na carta do fabricante datada de 12/07/2019 e considerando 8760 h/ano.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go Y

LJ17

9N9.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or M

AR

IA C

RIS

TIN

A P

OLI

.

Página: 2119

Page 61: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 034/19/IPA

Data: 15/07/2019

5/10

As caldeiras serão dotadas de sistema de controle das emissões, composto por um Sistema de Redução Catalítica (SCR), além da utilização de queimadores do tipo Dry-Low NOx e injeção de

amônia na própria combustão. Possui também um sistema de oxidação de CO, responsável por oxidar CO em dióxido de carbono (CO2). As turbinas a gás, contam com alternativas tecnológicas da própria turbina que, por si só, já visam o controle e a redução dos níveis de emissão de óxidos de nitrogênio pela chaminé, como é o caso da utilização do Low-NOx Combusto.

O empreendimento está localizado no município de São Paulo. Conforme a Deliberação CONSEMA nº 18 de 2016, o município de São Paulo é classificado, no que se refere à qualidade do ar, em M2 para material particulado, M3 para óxidos de enxofre e óxidos de nitrogênio e >M1 para ozônio. Conforme o artigo 11o, inciso IV, do Decreto Estadual 59.113/13, descrito a seguir, as ampliações de empreendimentos no estado de São Paulo e que tenham uma emissão igual ou superior a linha de corte descrita no artigo 12º do citado decreto, isto é, 100 t/ano para MP, 40 t/ano para NOx, 250 t/ano para SOx e 40 t/ano para compostos orgânicos voláteis, exceto metano, deverão: II - quando localizarem-se em regiões classificadas como Maior que M1 e aludidas no artigo 12 deste decreto:

a) obrigadas a compensar, conforme estabelecido no artigo 13, em 110% (cento e dez por cento) das emissões atmosféricas a serem adicionadas dos poluentes que causaram essa classificação;

b) implantar a tecnologia mais eficiente no controle das emissões a qual deverá proporcionar os menores níveis de emissão atingíveis para o(s) poluente(s) que causou(ram) a classificação;

c) empreendimentos de tratamento e destinação final de resíduos sólidos urbanos e de serviços públicos de saneamento, que adotarem a melhor tecnologia prática disponível no controle de suas emissões, serão dispensados da compensação.

III - quando localizarem-se em sub-regiões com as demais classificações:

a) obrigadas a utilizar sistemas de controle de poluição do ar baseados na melhor tecnologia prática disponível para processos produtivos e para equipamentos de controle, quando necessário;

b) e aludidas no artigo 12 deste Decreto, comprovar, por modelo matemático (excetuando o ozônio), que não modificará a classificação atual da área de influência do empreendimento considerando a contribuição da fonte nova ou ampliação das existentes;

c) no caso do dióxido de enxofre (SO2), a comprovação a que se refere o item anterior, deverá ser feita por meio da comparação com o padrão anual de qualidade do ar aplicável para a subregião;

De acordo com o empreendedor, desde 2009, as Unidades 1 e 2 não estão operando devido ao desinteresse motivado pelo custo elevado da energia gerada no Ciclo de Rankine e serão desativadas. Para a desativação das Unidades 1 e 2 o empreendedor irá apresentar um Plano de Descomissionamento de todas as instalações por ocasião da solicitação da Licença de Instalação (LI) da Substituição tecnológica. As edificações das Unidades 1 e 2 não serão demolidas, pois o empreendedor pretende mantê-las e atualmente avalia alternativa de transformá-las em museu.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go Y

LJ17

9N9.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or M

AR

IA C

RIS

TIN

A P

OLI

.

Página: 2120

Page 62: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 034/19/IPA

Data: 15/07/2019

6/10

A emissão a ser acrescida com a substituição tecnológica proposta, e portanto, passível de comparação com o artigo 12º do citado decreto, corresponde as emissões estimadas para os Blocos I e II e a subtração das emissões das unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga em função das suas desativações. A Tabela 03, a seguir, mostra a emissão das atuais unidades e das unidades a serem implantadas e a taxa de emissão a ser acrescida. Tabela 03 – Emissão resultante da substituição proposta por poluente

Poluente Emissão Total (t/ano) das Unidades 1 e 2 a serem desativadas (*)

Emissão Total (t/ano) estimada para os Blocos I e II

Emissão resultante (t/ano) da substituição proposta

NOx 1.226,75 474,79 - 751,96

COVs 28,03 29,83 1,8 MP 33,43 367,92 334,49 SOx 2,52 199,47 196,94

(*) estimativa considerando o valor licenciado de geração de 100MW equivalente à somatória das duas unidades

Para NOx, com a desativação das Unidades 1 e 2 existentes e com a implantação de controle de emissão nas novas turbinas a gás, a substituição irá reduzir as emissões existentes em 751,96 t/ano, portanto, passível de registro de crédito de emissões. No que se referem aos COVs, as estimativas apresentadas inicialmente pelo fabricante da turbina foram expressos como hidrocarbonetos totais, devendo ser descontados os valores de metano, que conforme o decreto não computa para o atendimento ao artigo 11º do Decreto 59.113/13. Foi solicitado ao interessado, comunique-se datado de 10/07/2019 e constante do processo em questão, que Informasse o percentual de HCT Não Metano computado na estimativa de COVs apresentado pelo fabricante das turbinas.

Em carta datada de 12/07/2019, anexo também ao processo, o interessado informou que as emissões de COVs das turbinas à gás seriam os valores correspondentes ao período de 8.760 h/ano ficariam abaixo da linha de corte de 40 ton/ano estipulados no Decreto Estadual nº 59.113, de 23/04/2013, sendo que os valores detalhados serão apresentados por ocasião da efetivação da proposta de compra dos equipamentos da SIEMENS pela EMAE, sendo declarado também em carta datada de 12/07/2019, a emissão total da UTE para este poluente seria de 29,83 t/ano, o o que equivale a uma emissão de 0,74 kg/h para as turbinas modelo 9000HL e 0,60 kg/h para as modelo 800H. Os cálculos apresentados pelo interessado para este poluente subtraídos das emissões das Unidades 1 e 2 que serão desativadas, irão diminuir as emissão em 1,8 t/ano. Nada temos a opor ao apresentado pelo interessado no que se refere à COVs, porém, quando da solicitação da licença de instalação o interessado deverá confirmar as emissões e caso haja ultrapassagem da linha de corte do Decreto Estadual 59.113/13, um plano de compensação deverá ser apresentado. Verifica-se que há ultrapassagem da linha de corte constante do artigo 12º do Decreto 59.113/13 para MP cabendo comprovar por meio de estudo de dispersão atmosférica que as emissões do empreendimento não irá modificar a classificação do município no que se refere a qualidade do ar.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go Y

LJ17

9N9.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or M

AR

IA C

RIS

TIN

A P

OLI

.

Página: 2121

Page 63: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 034/19/IPA

Data: 15/07/2019

7/10

No que se refere a MP, em atendimento ao artigo 11º do Decreto Estadual 59.113/13, o interessado apresentou o Estudo de Dispersão Atmosférica (EDA), com o objetivo de caracterizar as emissões não só deste poluente como também de Dióxido de Nitrogênio (NOx), Dióxido de Enxofre (SOx), Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) e Monóxido de Carbono (CO). Cabe ressaltar que embora conste no EDA apresentado pelo interessado os resultados obtidos para COVs, estes não foram considerados uma vez que não há padrão de qualidade do ar estipulado para este parâmetro e que o modelo ISCST3 não abrange a degradação destes compostos na atmosfera. No que se refere à SOx, em função das baixas emissões deste empreendimento, não há ultrapassagem da linha de corte do Decreto 59.113/13 para este poluente, portanto não há obrigatoriedade da modelagem deste parâmetro.

Além das emissões previstas da Substituição Tecnológica, a UTE Fernando Gasparian + Unidades 3 e 4 da UTE Piratininga continuarão em operação e, portanto, também irão gerar gases devido à queima de combustíveis. Diante disto, foram considerados três cenários para a avaliação das emissões e da qualidade do ar, conforme o estabelecido no Parecer Técnico nº 028/18/IPA.

Cenário Atual: avaliação das fontes das unidades existentes (UTE Fernando Gasparian + Unidades 1 a 4 da UTE Piratininga)

Cenário Futuro I: avaliação apenas das fontes dos Blocos I e II da Substituição Tecnológica; e

Cenário Futuro II: avaliação das fontes de emissão da UTE Fernando Gasparian (incluindo as Unidades 3 e 4 da UTE Piratininga) e as fontes dos Blocos I e II da Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga

O interessado utilizou o modelo matemático ISCST3, desenvolvido pela EPA, considerando:

Para a Usina Fernando Gasparian (FEG) e a Usina Piratininga dados de emissão contidos no licenciamento e em dados obtidos em amostragem de chaminé relativos à campanha de setembro de 2014;

Para o cenário futuro I, os dados das emissões de MP e NOx dos novos Blocos I e II com base em carta de garantia do fabricante anexada ao EIA/RIMA;

Coeficiente de dispersão urbano;

Topografia complexa;

Efeito Downwash, e

Utilização de dados meteorológicos representativos de superfície e ar superior na região, localizados na estação de monitoramento do aeroporto de Congonhas com localização a 8km do empreendimento.

Os dados de emissão utilizados no estudo de dispersão para os três cenários, bem como as características do efluente gasoso, encontram-se nas tabelas a seguir:

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go Y

LJ17

9N9.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or M

AR

IA C

RIS

TIN

A P

OLI

.

Página: 2122

Page 64: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 034/19/IPA

Data: 15/07/2019

8/10

Tabela 04 – Caracterização para o Cenário Atual (UTE Fernando Gasparian + UTE Piratininga) Parâmetro

UTE Fernando Gasparian UTE

Piratininga 11 12 21 22 Caldeira 1 +2

Vazão nas Condições da Chaminé (m

3/h)

2.029.548,18 2.074.658,85 2.012.510,02 2.006.719,45 -

Temperatura dos Gases (°C)

174,5 179,33 179,25 170,25 190

Velocidade de Saída dos Gases (m/s)

20,62 21,08 20,44 20,39 15,08

Diâmetro (m ) 5,9 5,9 5,9 5,9 3,96

Altura (m) 60 60 60 60 50 Taxa de emissão de MP (kg/h)

5,22 5,22 5,22 5,22 3,816

Taxa de emissão de NOx (kg/h)

30,70 30,24 20,26 19,53 140,04

Taxa de emissão de CO (kg/h)

2,86 2,89 2,77 2,86 42,12

Tabela 05 – Caracterização para o Cenário Futuro I (Bloco I + Bloco II) Parâmetro Bloco I Bloco II

01 02 03 04 05

Vazão nas Condições da Chaminé (m

3/h)

2.314.800 2.314.800 2.314.800 2.150.640 2.150.640

Temperatura dos Gases (°C)

83,8 83,8 83,8 88,4 88,4

Velocidade de Saída dos Gases (m/s)

32,74 32,74 32,74 30,42 30,42

Diâmetro (m) 5 5 5 5 5

Altura (m) 60 60 60 60 60 Taxa de emissão de MP (kg/h)

8,6 8,6 8,6 8,1 8,1

Taxa de emissão de NOx (kg/h)

11,6 11,6 11,6 9,7 9,7

Taxa de emissão de CO (kg/h)

35,2 35,2 35,2 29,6 29,6

Tabela 06 – Caracterização para o Cenário Futuro II (UTE Fernando Gasparian + UTE Piratininga) Parâmetro UTE Fernando Gasparian UTE Piratininga

11 12 21 22 1 2 3 4 5

Vazão nas Condições da Chaminé (m

3/h)

2.0

29

.54

8

2.0

74

.65

9

2.0

12

.51

0

2.0

06

.71

9

2.3

14

.80

0

2.3

14

.80

0

2.3

14

.80

0

2.1

50

.64

0

2.1

50

.64

0

Temperatura dos Gases (°C)

174,5 179,33 179,25 170,25 83,8 83,8 83,8 88,4 88,4

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go Y

LJ17

9N9.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or M

AR

IA C

RIS

TIN

A P

OLI

.

Página: 2123

Page 65: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 034/19/IPA

Data: 15/07/2019

9/10

Cont. Tabela 06

Parâmetro UTE Fernando Gasparian UTE Piratininga 11 12 21 22 1 2 3 4 5

Velocidade de Saída dos Gases (m/s)

20,62 21,08 20,44 20,39 32,74 32,74 32,74 30,42 30,42

Diâmetro (m ) 5,9 5,9 5,9 5,9 5 5 5 5 5

Altura (m) 60 60 60 60 60 60 60 60 60

Taxa de emissão de MP (kg/h)

5,22 5,22 5,22 5,22 8,6 8,6 8,6 8,1 8,1

Taxa de emissão de NOx (kg/h)

30,70 30,24 20,26 19,53 11,6 11,6 11,6 9,7 9,7

Taxa de emissão de CO (kg/h)

2,86 2,89 2,77 2,86 35,2 35,2 35,2 29,6 29,6

As tabelas a seguir apresentam os resultados das máximas concentrações obtidos fora do limite da propriedade da EMAE para Material Particulado (MP) e Dióxido de Nitrogênio (NO2) dos cenários propostos, obtidos das simulações matemáticas, suas localizações e os respectivos Padrões de Qualidade do Ar do Estado de SP – PQAR (SP), estabelecidos pelo Decreto Estadual n° 59.113/2013 para efeitos comparativos, considerando os atuais critérios de classificação vigentes.

Tabela 07 - Concentrações Máximas de Material Particulado (MP)

Cenário Média Padrão de Qualidade do

Ar – MI2 Concentração

Máxima (µg/m3)

Ponto de Máxima UTM X UTM Y

Atual 24 horas 100 5,94 327271,63 7377007

Anual 35 0,67 327271,63 7377007

Futuro I 24 horas 100 6,33 327271,63 7377007

Anual 35 0,94 327271,63 7377007

Futuro II 24 horas 100 - - -

Anual 35 - - -

Os resultados obtidos para o Cenário Futuro II constante da documentação apresentada pelo interessado, são os mesmos do Cenário Futuro I. Analisando os arquivos de entrada e saída do modelo observa-se que somente foram consideradas as emissões de MP provenientes das turbinas a serem instaladas no Bloco I e II, portanto, representando somente o Cenário Futuro I. A contribuição de material particulado pode ser considerada de baixo impacto, assim entendemos que a ausência da modelagem para o Cenário Futuro II não seria determinante para a análise da viabilidade ambiental do empreendimento. Sendo que um novo estudo de dispersão, com os três cenários, deverá ser apresentado para a concessão da licença de instalação.

Tabela 08 - Concentrações Máximas de Óxidos de Nitrogênio (NOx)

Cenário Média Padrão de Qualidade

do Ar – MI3 Concentração

Máxima (µg/m3) Ponto de Máxima

UTM X UTM Y

Atual 1 hora 220 465,08 328555 7378711 Anual 45 14,64 327271,63 7377007

Futuro I 1 hora 220 74,88 328555 7378711 Anual 45 1,22 327271,63 7377007

Futuro II 1 hora 220 122,11 326271,63 7378507 Anual 45 3,52 327271,63 7377007

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go Y

LJ17

9N9.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or M

AR

IA C

RIS

TIN

A P

OLI

.

Página: 2124

Page 66: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 034/19/IPA

Data: 15/07/2019

10/10

No que se refere às emissões de NOx, verifica-se para o Cenário Atual há ultrapassagem do padrão de qualidade do ar horário. Com a desativação das Unidades 1 e 2, verifica-se o enquadramento das concentrações mesmo considerando a implantação dos Blocos I e II, tanto para o padrão horário quanto para o padrão anual. Cabe ressaltar que a proposta do interessado prevê a utilização de melhor tecnologia prática disponível para os equipamentos de processos e também para os equipamentos de controle de emissões atmosféricas. 4 CONCLUSÃO Com base na análise realizada, no que se refere às emissões atmosféricas, nada temos a opor a concessão da Licença Prévia, desde que constem como exigências técnicas da Licença Prévia, os seguintes itens: Para a concessão da Licença de Instalação (LI):

Apresentar um Plano de Descomissionamento das Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga;

Deverá confirmar as emissões de Compostos Orgânicos Voláteis (COVs), expressos como não metanos, e caso haja ultrapassagem da linha de corte do Decreto Estadual 59.113/13, um plano de compensação deverá ser apresentado, e

Apresentar um novo estudo de dispersão para o poluente material particulado, com os três cenários conforme o estabelecido no Parecer Técnico nº 028/18/IPA, considerando na ausência de dados amostrados, os dados contidos no licenciamento de cada uma das fontes.

- Para a concessão da Licença de Operação (LO):

Comprovar o atendimento, em cada uma das chaminés, às características de emissões

estabelecidas na Tabela 2 deste Parecer Técnico, considerando a operação em plena carga;

Operar adequadamente os monitores contínuos com registradores para os parâmetros NOx,

CO e O2 nas chaminés principais das turbinas, atendendo aos critérios estabelecidos na

Decisão de Diretoria da CETESB nº 326/2014/I;

A instalação (localização, adequabilidade da metodologia de análise e condicionamento da

amostra) e o funcionamento (cobertura do monitoramento, etc.) do sistema de monitoramento

contínuo de poluentes atmosféricos deverão ser previamente avaliados pela CETESB;

Realizar uma amostragem em chaminé anualmente conforme as diretrizes estabelecidas no

Plano de Monitoramento de Emissões Atmosféricas (PMEA) publicado pela DECISÃO DE

DIRETORIA da CETESB Nº 010/2010/P, de 12 de janeiro de 2010, ou outro documento que

vier a substituí-lo, e

Caso o monitoramento da qualidade do ar na região do empreendimento indique alguma

necessidade de medidas adicionais de controle estes poderão ser exigidos para operação do

empreendimento.

Eng. Maria Cristina Poli Gerente da Divisão de Avaliação de Ar, Ruído e Vibração Reg. 01.6169-7 - CREA 5060101745

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go Y

LJ17

9N9.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or M

AR

IA C

RIS

TIN

A P

OLI

.

Página: 2125

Page 67: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 038/19/IPGS

Cód.: S598V03 07/08/2009 1

PROCESSO: Processo e-ambiente nº CETESB.036 415/2 019-43INTERESSADO: Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A – EMAE (Processo IMPACTO nº 110/2 019)SOLICITANTE: Setor de Avaliação de Empreendimentos Lineares – IEOLASSUNTO: EIA/RIMA sobre substituição tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica

Piratininga. Solicitação de Licença Ambiental Prévia (LP). Avaliação de áreas contaminadasMUNICÍPIO: São PauloDATA: 21/05/19

1. Introdução

Trata-se do documento intitulado “Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga. 26 de abril de 2 019”, elaborado pelas empresas Arcadis e Mineral Engenharia e Meio Ambiente. O empreendimento objeto do licenciamento consiste na implantação de duas unidades de geração de energia elétrica a gás natural, o Bloco I e o Bloco II, mais a infraestrutura de suporte necessária, em substituição das atuais Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga (UTP), visando a um melhor desempenho operacional. Este parecer tem por objetivo avaliar a eventual existência de áreas contaminadas que possam interferir com a obra.

2. Considerações gerais

O terreno de propriedade da EMAE possui área total de 812 872 m2 e nele situam-se outras unidades da própria UTP, além de outras instalações operacionais e escritórios. O Bloco I será implantado a oeste do terreno da EMAE, em área de 229 334 m², e o Bloco II a sudeste, em área de 116 567 m². No entorno imediato do terreno da EMAE encontra-se o Rio Jurubatuba (sul), a Represa Billings (leste) e áreas urbanizadas (norte/oeste). Na implantação dos blocos haverá obras de terraplenagem devido aos desníveis encontrados no local. Está prevista a execução de obras civis que compreendem a colocação de estacas no solo e construção de bases de concreto para instalação dos principais equipamentos, além de estruturas em concreto para fechamento e de sustentação de equipamentos associados às turbinas, caldeiras e torre de refrigeração. Incluem-se ainda nas obras a construção de linha de transmissão (torres), para conexão direta da energia gerada pelo Bloco I com a subestação adjacente a este bloco que existe na outra margem do Rio Jurubatuba, e a implantação de um cabo subterrâneo que fará a conexão do Bloco II com o Bloco I. O cabo subterrâneo será instalado em valas escavadas com 80 cm de profundidade. A área diretamente afetada do empreendimento (ADA) compreende todas estas áreas de intervenção e mais dois canteiros de obras.

O estudo de avaliação ambiental preliminar, descrito no EIA no item 9.1.11. Áreas Contaminadas, baseou-se em consultas a aerofotografias e imagens de satélite do período 1 962 a 2 018 para análise do histórico de uso e ocupação do solo. A consulta à relação de áreas contaminadas da Cetesb (2 019), para o entorno de até 500 m do terreno, identificou a existência de 6 áreas contaminadas, sendo uma interna ao terreno da EMAE, que abrange parte da área destinada ao Bloco I, e 5 outras que são externas à propriedade. Estas áreas externas (listadas no Quadro 9.1-23) são dois postos de combustíveis (A. P. Quinta de Santa Luzia e A.P. Navarro e Nogueira), ambos classificados como AME (em etapa de monitoramento para encerramento); uma empresa imobiliária (Nova Pedreira, antiga Tiner Empreendimentos), citada como ACRu (em processo de reutilização); a Tiner Empreend./Condomínio Bosques do Sul, também ACRu, e a citada como Condomínio Atua Interlagos (Atua Ônix Part.), tida como AR (reabilitada para o uso declarado), todas situadas ao norte do terreno da EMAE, excetuando a última, situada ao sul na outra margem do rio. Em função das distâncias e classificações de tais áreas contaminadas, entende-se que elas não deverão interferir nas obras.

A área contaminada interna ao terreno é citada como sendo da Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de SP, classificada como ACRe (em processo de remediação) e que abrange a ADA do Bloco I. Consta, conforme relatório de remediação ambiental datado de 09/11/17 (página 1 724 do processo e-ambiente), que no local foram removidos uma tubulação, de antigo tanque de diesel, e solo

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go D

N89

2O4T

.O

orig

inal

des

te d

ocum

ento

é e

letr

ônic

o e

foi a

ssin

ado

digi

talm

ente

por

VIT

OR

DE

LIM

A C

OS

TA

e L

UIZ

AU

GU

ST

O R

AM

OS

ST

ELL

IN.

Página: 1963

Page 68: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 038/19/IPGS

Cód.: S598V03 07/08/2009 2

contaminado. Portanto, esta área deverá ter seu procedimento de gerenciamento de área contaminada concluído em função do uso proposto para o local. Tal gerenciamento vem sendo acompanhado pelo setor competente da Cetesb, sendo citados o Processo Cetesb nº 33/01087/07 e a PA nº 086/04 – Usina Piratininga. Há ainda a menção, no documento do EIA, que para as demais áreas que compõem o Bloco I (antiga área de tancagem existente) e para o Bloco II não existem informações a respeito de investigações realizadas. A partir das informações levantadas na avaliação preliminar, as áreas do projeto de substituição tecnológica das Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga foram classificadas pelo interessado como sendo (assinaladas na Figura 9.1.19 do EIA):• Área Contaminada sob Investigação (AI) – a citada área da Eletropaulo do Bloco I e• Áreas Suspeitas de Contaminação (AS) – as demais áreas do Bloco I (antiga área de tancagem) e

a do Bloco II, com a recomendação de realização de investigação confirmatória de contaminação.

No EIA, no item 11. Programas Ambientais, é proposto o Programa de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (Passivos Ambientais), que tem como objetivo “mitigar os riscos intrínsecos à interferência com áreas contaminadas durante a implantação do Projeto de Substituição Tecnológica, garantindo a segurança dos trabalhadores envolvidos na obra e a qualidade ambiental da região” (sic), e cita que as metas e os indicadores ambientais para este programa, incluindo cronograma de atividades, serão detalhados no Plano Básico Ambiental – PBA para a fase de instalação, devendo ser seguida a metodologia estabelecida no Anexo 2 da Decisão de Diretoria nº 038/2017/C, da Cetesb.

3. Conclusão e recomendação

Conclui-se que, com relação ao assunto áreas contaminadas, não há impedimento para a emissão da Licença Ambiental Prévia (LP) para o empreendimento denominado Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga (UTP), com as seguintes condições:(a) Para a área contaminada da Eletropaulo, inserida no Bloco I, deve-se aguardar a conclusão do

gerenciamento dessa área contaminada (considerando o uso proposto para o local), a ser comprovado por parecer técnico do setor competente da Cetesb que vem acompanhando o caso, antes de dar início à obra no local;

(b) Para as demais áreas do Bloco I (antiga área de tancagem) e a do Bloco II, classificadas como suspeitas de contaminação (AS), deve-se apresentar, por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação (ou antes, a critério do interessado), os resultados das investigações confirmatórias, detalhadas e plano de intervenção, onde couber, e

(c) Caso ocorram escavações de solo no Bloco I e Bloco II que atinjam a água subterrânea, inclusive com bombeamento para efeito de rebaixamento do nível de água, deve-se apresentar o estudo de avaliação ambiental preliminar sobre a possível existência de áreas suspeitas de contaminação (AS) externas, no entorno do terreno da EMAE, que possam eventualmente gerar plumas dissolvidas que venham a ser atingidas pelas escavações e/ou captadas pelo bombeamento, e as eventuais medidas necessárias.

As demais 5 áreas contaminadas externas, constantes do cadastro da Cetesb, não deverão causar interferências nas obras e, assim, não necessitam de medidas adicionais.

De acordo

Engº Luiz Augusto StellinSetor de Avaliação e Gestão do Uso do SoloReg. nº 01.1 852-7 CREA nº 261 072 842-5

Geofísico Vitor de Lima CostaGerente do Setor de Avaliação e Gestão do Uso do Solo - IPGSReg. nº 6 894

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go D

N89

2O4T

.O

orig

inal

des

te d

ocum

ento

é e

letr

ônic

o e

foi a

ssin

ado

digi

talm

ente

por

VIT

OR

DE

LIM

A C

OS

TA

e L

UIZ

AU

GU

ST

O R

AM

OS

ST

ELL

IN.

Página: 1964

Page 69: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 1 de 8

PROCESSO Nº: 036415/2019-43

INTERESSADO: EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.

ASSUNTO: Solicitação de Licença Prévia para substituição tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga

MUNICÍPIO: São Paulo / SP

UGRHI: 06 – Alto Tietê

1. INTRODUÇÃO

Trata-se de análise e manifestação acerca do Estudo de Impacto Ambiental – EIA/RIMA do empreendimento “Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga”, quanto aos aspectos de competência deste setor, a fim de viabilizar a continuidade do processo de licenciamento ambiental.

2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O empreendimento será instalado no terreno de propriedade da EMAE, localizado na Av. Nossa Senhora de Sabará, nº 5.312, bairro Pedreira, cuja área total possui 812.872 m². Neste terreno também estão instaladas a UTE Piratininga (Unidades 1 a 4), a UTE Fernando Gasparian, de propriedade da Petrobrás, e a Subestação Piratininga I, de propriedade da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP).

As Unidades 1 e 2, de 100 MW, que operam com ciclo Rankine com queima de gás natural em caldeira, serão substituídas pela instalação de dois novos blocos independentes, denominados Bloco I e II, do tipo ciclo combinado, totalizando 2.554,8 MW, conforme configuração a seguir:• Bloco I (3x1): 3 turbinas a gás com gerador e 1 turbina a vapor com gerador, com

produção de 1.736,8 MW de energia; e• Bloco II (2x1): 2 turbinas a gás com gerador e 1 turbina a vapor com gerador, com

produção de 818 MW de energia.

O sistema de resfriamento escolhido foi o condensador a ar (torre seca), o qual praticamente não possui necessidade de reposição de água. Para o controle e redução da emissão de NOx foi considerado o Sistema de Redução Catalítica (SRC), além da utilização de queimadores do tipo Dry-Low NOx e injeção de amônia na própria combustão.

2.1. Fase de Obras

Para a implantação do empreendimento serão instalados 2 (dois) canteiros de obras dentro do próprio terreno da EMAE.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2044

Page 70: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 2 de 8

O canteiro principal abrangerá um a área total de 23.671 m2 e será instalado em uma antiga área de tancagem da Eletropaulo que foi submetida a um processo de investigação e remediação do solo e água subterrânea, que atesta a inexistência de restrições para o uso desta área.

O canteiro será composto pelas seguintes instalações:­ Escritório administrativo;­ Sanitário / Vestiário;­ Refeitório;­ Almoxarifado;­ Pipe shop;­ Área de estocagem aberta;­ Carpintaria / Oficina de armação;­ Área de Estocagem de Máquinas;­ Área de vivência; e­ Guarita

Está prevista a instalação de 2 guaritas de 9m2 com segurança patrimonial 24h/dia para guarda e vigilância das instalações e, principalmente, dos materiais nas áreas de estocagem.

O sanitário/vestiário será do tipo modular com reservatório de resíduos localizado abaixo do módulo ou com tanque de coleta de resíduos enterrado. A coleta dos resíduos será efetuada por caminhão a vácuo de empresa contratada e licenciada, responsável pelo tratamento e destinação apropriada.

O canteiro não possuirá cozinha, portanto, as refeições serão preparadas externamente e servidas no refeitório.

O almoxarifado, as áreas de estocagem aberta e de estocagem de máquinas e oficina possuirão piso de concreto e serão dotados de canaletas de contenção (no caso de vazamentos acidentais de produtos químicos e combustíveis) e de SAOs (caixas separadores de água/óleo).

O canteiro avançado - Bloco II possuirá 100 m2 e será instalado ao lado da área de implantação do Bloco II, para uso exclusivo de suas obras. Haverá uma área de estocagem e pátio de máquinas localizada no limite da propriedade da EMAE.

Nesse canteiro, em princípio, serão adotadas as mesmas instalações previstas para o Canteiro Principal, inclusive o sanitário/vestiário. As refeições preparadas externamente serão servidas no refeitório do Canteiro Principal.

2.1.1. Consumo de Água

Para o Bloco I foram considerados, em média, 1.131 colaboradores/dia e, no máximo, 2.497 colaboradores/dia. Estima-se o consumo médio de água para uso doméstico de 100 litros/pessoa/dia. Sendo assim, pode ser considerado um consumo médio de água de 113,08 m³/dia e consumo máximo de 249,71 m³/dia. A jornada de trabalho será de 44 horas

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2045

Page 71: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 3 de 8

semanais, a média diária de 8,8 horas, o que implicará num consumo médio de água de 12,85 m³/h e máximo de 28,38 m³/h.

Para o Bloco II foram considerados, em média, 886 colaboradores/dia e, no máximo, 1.599 colaboradores/dia, para os quais estimou-se o consumo médio de água para uso doméstico de 100 litros/pessoa/dia. Sendo assim, pode ser considerado um consumo médio de água de 88,6 m³/dia e consumo máximo de 159,9 m³/dia. A partir da jornada diária de 8,8 horas, foram estimadas as vazões médias de 10,07 m³/h e máxima de 18,18 m³/h.

O volume total de água a ser consumida na fase de obras de ambos os Blocos I e II será suprido pela rede pública da SABESP. A água potável para consumo humano será fornecida por meio de bebedouros com recipientes de 20 L (fonte mineral) adquiridos de terceiros.

2.1.2. Geração de Efluentes Sanitários

Com base no consumo de água estimado no item anterior e considerando coeficiente de retorno de 0,80, o volume médio de efluentes sanitários gerado durante a fase de obras para o Bloco I será de 90,4 m³/dia e para o Bloco II será de 70,88 m³/dia.

Os efluentes sanitários gerados nos banheiros dos canteiros de obras deverão ser armazenados temporariamente em tanques/reservatórios que poderão ser enterrados ou instalados junto aos banheiros.

Destes tanques/reservatórios os efluentes serão removidos e transportados periodicamente em veículos adequados de empresa credenciada e licenciada em transporte de efluentes para locais adequados de tratamento e disposição final.

2.2. Fase de Operação

2.2.1. Sistema de Abastecimento de Água

A fonte de abastecimento de toda água a ser utilizada na operação dos Blocos I e II será de captação superficial, vazão total de 43,88 m³/h, na Represa Billings no mesmo ponto utilizado pela UTE Piratininga. A partir deste ponto a água será encaminhada às ETAs dos Blocos I e II através de duas adutoras que irão derivar da adutora de água bruta existente. Esta captação possui autorização para um volume de 2.880 m³/h (período de 24 horas), conforme Portaria DAEE nº 1.343 de 06/05/2016.

As premissas de cálculo para o consumo de água dos Blocos I e II são apresentadas a seguir:­ Número de funcionários Bloco I: 40 colaboradores­ Número de funcionários Bloco II: 21 colaboradores­ Número de turnos de trabalho: 3 turnos­ Número de horas por turno de trabalho: 8 horas­ Consumo per capita: 120 litros/colaborador/dia

As vazões de consumo por uso para a fase de operação dos Blocos I e II foram estimadas com base em cálculos conservadores e estão resumidas no Quadro 01 a seguir:

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2046

Page 72: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 4 de 8

Quadro 01: Vazão de consumo de água por uso

Consumo de água (m³/h) Bloco I Bloco IIIndustrial 10 10Make-up (caldeira) 3,732 1,634Humano (potável) 0,2 0,105

As informações dos sistemas de tratamento de água dos Blocos I e II são apresentadas no Quadro 02 a seguir:

Quadro 02: Características dos sistemas de tratamento de água

Bloco I Bloco IISistema de Tratamento Características

técnicas Quantidade Características técnicas Quantidade

Captação de água bruta

Reservatório Billings 01 Reservatório

Billings 01

Tratamento convencional seguido de osmose

01

Tratamento convencional seguido de osmose

01Estação de Tratamento de Água - ETA Vazão de

tratamento (m³/h) 23,907 Vazão de tratamento (m³/h) 19,969

Rede de abastecimento

Extensão estimada da rede (m)

850Extensão estimada da rede (m)

100

Reservatório

Tipo cilíndricoCapacidade de armazenamento (m³)

80

Tipo cilíndricoCapacidade de armazenamento (m³)

60

Estação de desmineralização

Vazão de tratamento (m³/h) 10 Vazão de

tratamento (m³/h) 6,78

Reservatório

Tipo cilíndricoCapacidade de armazenamento (m³)

40

Tipo cilíndricoCapacidade de armazenamento (m³)

25

2.2.2. Sistema de Tratamento de Efluentes Líquidos

Com relação aos efluentes do Bloco I, serão gerados 3,502 m³/h pela estação de desmineralização e 1,236 m³/h pela própria ETA, além dos efluentes dos evaporadores (0,554 m³/h) e da água de serviço (10 m³/h), perfazendo uma vazão de 15,292 m³/h, que será encaminhada para a Estação de Tratamento de Efluente Industrial (ETEI), assim como o esgoto tratado da Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico (ETE), estimado em cerca de 0,2 m³/h. A vazão total de 15,492 m³/h será descartada no canal do Rio Pinheiros.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2047

Page 73: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 5 de 8

No Bloco II, serão gerados 2,372 m³/h pela estação de desmineralização e 1,028 m³/h pela própria ETA, além dos efluentes dos evaporadores (0,554 m³/h) e da água de serviço (10 m³/h), perfazendo uma vazão de 13,954 m³/h, que será encaminhada para a Estação de Tratamento de Efluente Industrial (ETEI), assim como o esgoto tratado da Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico (ETE), estimado em cerca de 0,105 m³/h. A vazão total de 14,059 m³/h também será descartada no canal do Rio Pinheiros.

As informações dos sistemas de tratamento de efluentes gerados nos Blocos I e II são apresentadas no Quadro 03 a seguir.

Quadro 03: Características dos sistemas de tratamento de efluentes

Bloco I Bloco IISistema de Tratamento Características

técnicas Quantidade Características técnicas Quantidade

Tipo compacta (reator anaeróbio) 01 Tipo compacta

(reator anaeróbio) 01

Vazão de tratamento (m³/h) 0,2 Vazão de

tratamento (m³/h) 0,105

Extensão da rede coletora (m) 60 Extensão da rede

coletora (m) 30Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico - ETE Extensão

estimada da rede interna até o emissário (m)

100

Extensão estimada da rede interna até o emissário junto ao Bloco I (m)

750

Tipo compacta – correção de pH, misturação (para coagulação), decantação e filtração de partículas aglutinadas, correção final de pH

01

Tipo compacta – correção de pH, misturação (para coagulação), decantação e filtração de partículas aglutinadas, correção final de pH

01Estação de Tratamento de Efluente Industrial - ETEI

Vazão de tratamento (m³/h) 15,29 Vazão de

tratamento (m³/h) 13,95

Todos os efluentes tratados nas respectivas ETEs dos Blocos I e II serão descartados no canal do rio denominado como Pinheiros enquadrado como classe 4 conforme item 4.17 do artigo 4º do Decreto Estadual nº 10.755 de 23/11/1977.

De acordo com o estudo de impacto ambiental, a EMAE atualmente já possui outorgas de captação de água superficial para fins de geração de energia (2880 m³/h) e de lançamento de efluentes (2052 m³/h) (Portaria DAEE nº 1343/2016), as quais serão suficientes para absorver as demandas do empreendimento em questão.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2048

Page 74: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 6 de 8

3. ANÁLISE E COMENTÁRIOS

a) Sistema de Abastecimento de Água

a.1) Fase de Obras

De acordo com o estudo, o abastecimento de água dos Blocos I e II será feito por meio da rede pública da SABESP e para consumo humano serão disponibilizados bebedouros com galões de água mineral de 20 litros, o que podemos considerar adequado para essa fase de obras.

O fornecimento de água deverá ser solicitado junto à concessionária responsável pelo serviço, no caso a SABESP, sendo necessária sua autorização. Nos documentos apresentados não há indícios de que a SABESP tenha sido consultada.

Caso não seja possível a execução das ligações provisórias de água, o fornecimento de água poderá ser feito por meio de caminhão pipa, alternativa usualmente adotada para esta fase do empreendimento.

a.2) Fase de Operação

Para abastecimento de água durante a fase de operação dos Blocos I e II será utilizado o ponto existente de captação superficial na Represa Billings da UTE Piratininga, cuja outorga foi concedida através da Portaria DAEE nº 1.343, de 06/05/2016, com vigência de 5 anos.

A proposta para o atendimento da demanda de água do empreendimento pode ser considerada adequada, uma vez que a atual Portaria DAEE nº 1.343/2016 tem condições de suprir as necessidades relacionadas ao consumo de água para a operação dos Blocos I e II (43,88 m³/h).

b.) Sistema de Tratamento de Esgotos

b.1) Fase de Obras

O uso de banheiros químicos nos canteiros de obras e o armazenamento de seus efluentes em tanques/reservatórios para posterior transporte por empresa credenciada e licenciada para locais adequados de tratamento e disposição final podem ser considerados adequados para a fase de obras.

No entanto, deverá ser definido o local para encaminhamento desses efluentes, assim como o local para descarte dos resíduos das caixas separadoras de água e óleo localizadas no almoxarifado e áreas de estocagem.

b.2) Fase de Operação

Estão previstas uma estação de tratamento de esgoto doméstico (ETE) e uma estação de tratamento de efluente industrial (ETEI) para cada um dos blocos de geração de energia. Em termos de concepção, foi proposto reator anaeróbio compacto para o tratamento do esgoto

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2049

Page 75: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 7 de 8

doméstico e sistema compacto de tratamento físico-químico para o efluente industrial, com lançamento dos efluentes tratados em corpo receptor de classe 4 (canal do Rio Pinheiros).

A concepção proposta para o tratamento de esgoto doméstico não tem condições de atender aos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 21 da Resolução CONAMA nº 430/2011, e, portanto, o sistema deverá ser complementado.

Os sistemas de tratamento de efluente industrial deverão atender aos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 16 da Resolução CONAMA nº 430/2011, devendo ser complementado caso houver necessidade.

Com relação ao lançamento dos efluentes, a Portaria DAEE nº 1.343/2016 também abrange esse tipo de uso das águas e, conforme o estudo de impacto ambiental, o ponto existente é suficiente para absorver essa demanda do empreendimento (29,55 m³/h).

4. CONCLUSÃO

As concepções propostas para os sistemas de abastecimento de água e de tratamento de efluentes, podem ser consideradas viáveis para fins de licenciamento prévio.

Para a solicitação de licença de instalação deverão ser apresentados:­ Carta de Diretrizes da SABESP para abastecimento dos Blocos I e II por meio da rede

pública na fase de obras;­ Definição do local para encaminhamento dos efluentes provenientes dos banheiros

químicos, com respectivo termo de anuência de recebimento;­ Definição do local para encaminhamento dos resíduos das caixas separadoras de água e

óleo, com respectivo termo de anuência de recebimento;­ Projeto das estações de tratamento de esgotos (ETEs), elaborado seguindo as

recomendações da norma NBR 12.209/2011 da ABNT. Em se mantendo a proposta de implantação de ETE compacta anaeróbia, deverá ser previsto tratamento complementar para atendimento dos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 21 da Resolução CONAMA nº 430/2011;

­ Projeto das estações de tratamento de efluentes industriais (ETEIs), que deverá atender aos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 16 da Resolução CONAMA nº 430/2011;

­ Caracterização qualitativa do efluente industrial formado pelas correntes de efluentes provenientes da ETA, estação de desmineralização, água de serviço e evaporadores, com a finalidade de verificar uma possível necessidade de tratamento complementar para atendimento da legislação;

­ Projeto do emissário que conduzirá os efluentes tratados até o corpo receptor;­ Projeto das estações de tratamento de água potável e de desmineralização;

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2050

Page 76: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 8 de 8

­ Definição do local para encaminhamento dos lodos das ETAs, ETEs e ETEIs, com respectivo termo de anuência de recebimento.

Eng.º Andressa de Almeida Ferreira de MeloSetor de Avaliação de EfluentesReg. 01.7604

De acordo

Eng.º Regis NietoGerente do Setor de Avaliação de EfluentesReg. 01.3215-8

Eng.º Paulo Takanori KatayamaGerente da Divisão de Avaliação de Efluentes e Riscos TecnológicosReg. 01.2073-2

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2051

Page 77: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 170/19/IPER

Data: 21/05/2019

Cód.: S598V04 04/06/2018 1 /6

PROCESSO: CETESB.036415/2019-43 INTERESSADO: IEOL – Setor de Avaliação de Empreendimentos Lineares

ASSUNTO: Estudo de Análise de Risco e Programa de Gerenciamento de Risco da substituição tecnológica das unidades 1 e 2 da Usina Termoelétrica (UTE) Piratininga/SP

1 – INTRODUÇÃO

Trata-se de solicitação do Setor de Avaliação de Empreendimentos Lineares (IEOL), para análise do documento (processo digital) Estudo de Análise de Risco referente à solicitação de substituição tecnológica das unidades 1 e 2 da Usina Termoelétrica (UTE) Piratininga, localizada no site da EMAE, no município de São Paulo, sob responsabilidade do Consórcio GASEN/SIEMENS.

2 – HISTÓRICO

Em 03.05.2019, este Setor recebeu do Setor de Avaliação de Empreendimentos Lineares, o documento supracitado, para análise e manifestação quanto aos aspectos de risco tecnológico.

3– CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO

A UTE Piratininga localiza-se na zona sul do município de São Paulo, junto ao canal Pinheiros e à barragem de Pedreira, à Av. Nossa Senhora de Sabará, no 5.312 (bairro Pedreira), conforme apresentada na Figura 1 – Localização do empreendimento e seu entorno.

Figura 1 – Localização do empreendimento e seu entorno

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go F

8D1C

0I3.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or V

IVIE

NN

E M

AR

IA M

ON

TE

IRO

MIN

NIT

I e M

AR

CO

S T

AD

EU

SE

RIA

CO

PI.

Página: 1957

Page 78: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 170/19/IPER

Data: 21/05/2019

Cód.: S598V04 04/06/2018 2 /6

As áreas propostas para implantação do Projeto de Substituição Tecnológica das Unidades 1e 2 da UTE Piratininga contemplam cerca de 104.000 m² (Bloco I) e 53.000 m² (Bloco II) e inserem-se integralmente nos domínios da área de propriedade da EMAE, conforme pode ser observado na Figura 2 – Áreas de implantação da substituição tecnológica das unidades 1 e 2 da UTE Piratininga.

Figura 2 – Áreas de implantação da substituição tecnológica das unidades 1 e 2 da UTE Piratininga.

O Projeto de Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga, objeto do licenciamento ambiental contempla a instalação de:

• Usina Termoelétrica a Gás natural, com capacidade de geração de energia de 2.554,8 MW, em ciclo combinado, com dois blocos geradores de potência, sendo 1736,8 MW para o Bloco I e 818 MW para o Bloco II.

• Linhas de Transmissão (LT) em 345 kV ligando às novas térmicas da Substituição Tecnológica 1 e 2 da Usina Piratininga à SE Piratininga II existente, que se conectará ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

A Substituição Tecnológica 1 e 2 da Usina Piratininga, em ciclo combinado, será composta por 2 (dois) blocos geradores (Bloco I e Bloco II), cuja configuração escolhida para cada bloco foi de

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go F

8D1C

0I3.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or V

IVIE

NN

E M

AR

IA M

ON

TE

IRO

MIN

NIT

I e M

AR

CO

S T

AD

EU

SE

RIA

CO

PI.

Página: 1958

Page 79: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 170/19/IPER

Data: 21/05/2019

Cód.: S598V04 04/06/2018 3 /6

3x1 (3 turbinas a gás, com gerador e 1 turbina a vapor com gerador) para o Bloco I e 2x1 (2 turbinas a gás, com gerador e 1 turbina a vapor com gerador) para o Bloco II.

A fonte de energia primária será o Gás Natural (GN) a ser fornecido pela COMGAS, e conduzido à Usina Piratininga por meio de gasoduto dedicado.

O Projeto de Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da UTE Piratininga será destinado unicamente à produção de energia elétrica e irá se conectar ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por meio de uma Linha de Transmissão (LT) em 345 kV, a partir de sua conexão com SE Piratininga II, no município de São Paulo, SP.

Os principais equipamentos e sistemas dos blocos geradores do Projeto são:

• Turbinas a gás (TG) e geradores;• Turbina a vapor (TV) e geradores;• Caldeiras de recuperação de calor e geração de vapor (HRSG);• Sistemas Auxiliares:• Sistema de gás natural (tubulações, válvulas, medição, filtro, etc.);• Sistema de detecção e combate a incêndios;• Sistemas Elétricos;• Sistema de aterramento; entre outros.

Todas as características técnicas dos equipamentos mencionados encontram-se apresentadas no item 2.2.1 Descrição Geral da Substituição Tecnológica 1 e 2 da Usina Piratininga.

O combustível utilizado para queima durante o processo de geração de energia elétrica da UTE Piratininga será o Gás Natural (GN), sendo esta a escolha mais adequada do ponto de vista ambiental.

O consumo de gás natural em cada bloco do Projeto de Substituição Tecnológica 1 e 2 da Usina Piratininga, conforme a tecnologia escolhida, será de cerca de 297.490 m³/h para o Bloco I e 139.360 m³/h para o Bloco II, sendo tal combustível recebido através de gasoduto específico da Companhia de Gás de São Paulo (COMGAS).

Após a Estação de Medição e Regulagem de Pressão (EMRP) da Comgas, o gás natural será entregue à UTE a uma pressão de aproximadamente 7 bar numa tubulação de 10” de diâmetro nominal. Na sequência, o gás natural passará por um aquecedor (Fuel gas pre heater), o qual elevará a temperatura do gás a aproximadamente 200°C. Antes da entrada dos queimadores das turbinas à gás, a pressão do gás natural será reduzida para aproximadamente 2 bar.

Também será instalado um tanque atmosférico, vertical, com capacidade volumétrica de 5 m3 para armazenamento de óleo diesel a ser utilizado no gerador de emergência e no motor da bomba de combate a incêndio.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go F

8D1C

0I3.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or V

IVIE

NN

E M

AR

IA M

ON

TE

IRO

MIN

NIT

I e M

AR

CO

S T

AD

EU

SE

RIA

CO

PI.

Página: 1959

Page 80: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 170/19/IPER

Data: 21/05/2019

Cód.: S598V04 04/06/2018 4 /6

4 – ANÁLISE

Quanto aos aspectos de risco tecnológico, a empresa aplicou a Parte I – Classificação de empreendimento quanto à periculosidade, da norma CETESB P4.261- Risco de Acidente de Origem Tecnológica - Método para decisão e termos de referência, versão dezembro/2011 que trata do critério para decisão quanto à necessidade de elaboração de Estudo de Análise de Risco (EAR) ou Programa de Gerenciamento de Risco (PGR).

Para o caso em questão, foi apresentada a Tabela 2.5 – Produtos Químicos, (tabela constante do EAR) informando as substâncias manipuladas e armazenadas nos sistemas do empreendimento.

Tabela 2.5 – Produtos químicos

Fonte: EAR

Assim, as substâncias mencionadas foram classificadas de acordo com os critérios para classificação de substâncias quanto à periculosidade, preconizado na parte I da Norma CETESB P4.261, versão 2011.

Para o caso em questão, as substâncias de interesse quanto aos aspectos de risco tecnológico são: gás natural, hidrogênio e hidróxido de amônio, as quais são classificadas como “gás inflamável”, (gás natural e hidrogênio) e “tóxica” para o hidróxido de amônio as quais apresentam níveis de risco 3 e 4, portanto apresentam um potencial para causar danos ao ser humano e/ou ao meio ambiente.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go F

8D1C

0I3.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or V

IVIE

NN

E M

AR

IA M

ON

TE

IRO

MIN

NIT

I e M

AR

CO

S T

AD

EU

SE

RIA

CO

PI.

Página: 1960

Page 81: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 170/19/IPER

Data: 21/05/2019

Cód.: S598V04 04/06/2018 5 /6

O óleo diesel, por possuir ponto de fulgor (38°C) próximo ao limite de classificação para líquidos inflamáveis nível 3, foi conservativamente considerado nesta análise.

Diante disso, a empresa apresentou o Estudo de Análise de Risco (EAR) o qual se encontra adequado e de acordo com as orientações da norma CETESB P4.261, pois identificou situações que podem se transformar em perigos significativos.

No EAR foram contempladas como substâncias de interesse o gás natural na tubulação de diâmetro de 10” para fornecimento de produto para alimentação das turbinas a gás, o hidrogênio para a alimentação do sistema de refrigeração dos geradores de energia das turbinas, o hidróxido de amônio para o sistema de redução catalítica e o tanque de armazenamento de óleo diesel para o gerador de emergência e para o motor da bomba de combate a incêndio.

A estimativa da amplitude dos efeitos físicos foi realizada para todas as hipóteses acidentais identificadas nas planilhas de APR, relacionadas com vazamentos e/ou liberações de gás natural, hidrogênio, hidróxido de amônia e óleo diesel.

Para realização da estimativa das consequências foi utilizado o software Phast, versão 6.7, desenvolvido pela empresa DNV-Technica, tendo sido utilizados modelos matemáticos de acordo com a especificidade de cada situação em análise.

Pode ser constatado por meio das fotos aéreas apresentadas no Anexo E – Mapeamento de vulnerabilidade, que nenhuma hipótese acidental atingiu população na área externa do empreendimento, portanto não foram desenvolvidas as etapas de estimativa de frequências e estimativa e avaliação dos riscos.

Dessa forma, o risco pode ser considerado tolerável sob a ótica de imposição de fatalidades à comunidade externa a partir da ocorrência de acidentes de origem tecnológica.

Em relação ao Programa de Gerenciamento de Risco (PGR) deve-se esclarecer que o mesmo foi apresentado em forma de diretrizes, o que é compatível com a fase do licenciamento.

5 – RECOMENDAÇÕES

1. Apresentar Laudo Técnico conclusivo, elaborado por profissional habilitado, acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), atestando que o sistema de prevenção e combate a incêndios da empresa está de acordo com as normas vigentes, caso a empresa não possua Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) atualizado.

2. Apresentar laudo técnico conclusivo, elaborado por profissional habilitado e acompanhado da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), que comprove a adequação das instalações elétricas, do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e das malhas de aterramento às normas vigentes.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go F

8D1C

0I3.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or V

IVIE

NN

E M

AR

IA M

ON

TE

IRO

MIN

NIT

I e M

AR

CO

S T

AD

EU

SE

RIA

CO

PI.

Página: 1961

Page 82: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 170/19/IPER

Data: 21/05/2019

Cód.: S598V04 04/06/2018 6 /6

3. Implantar o Programa de Gerenciamento de Risco (PGR), incluindo Plano de Ação de Emergência (PAE), elaborado de acordo com as orientações da norma CETESB P4.261, versão dezembro/2011;

4. Apresentar laudo técnico conclusivo, elaborado por profissional habilitado, acompanhado de ART, atestando que os vasos de pressão estão em conformidade com o preconizado na Norma Regulamentadora NR-13 – Caldeiras e Vasos de Pressão.

5. Disponibilizar kits ambientais (material absorvente/areia/turfa/manta, pá, luvas, recipiente para coleta) próximos às áreas de armazenamento e/ou passagem de produtos químicos as quais tenham solo exposto ou sistema de captação pluvial.

6. Implantar área para armazenamento e disposição dos produtos químicos utilizados no tratamento de água dotada de contenção e piso impermeabilizado.

6 – CONCLUSÃO

Em face do exposto, este Setor não faz objeção, quanto aos aspectos de risco tecnológico, à continuidade do licenciamento ambiental referente à solicitação de substituição tecnológica das unidades 1 e 2 da Usina Termoelétrica (UTE) Piratininga, localizada no site da EMAE, no município de São Paulo, sob responsabilidade do Consórcio GASEN/SIEMENS.

Recomenda-se o atendimento das medidas elencadas no item 5 deste Parecer quando da solicitação da Licença Ambiental de Operação.

Engo Marcos Tadeu SeriacopiReg. no 01.4081-0 / CREA 0601281932

De acordo,

Farm.-bioq Vivienne M. M. MinnitiGerente do Setor de Avaliação de Riscos TecnológicosReg. no 01.4287-5 / CRF 8 – 10260

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go F

8D1C

0I3.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or V

IVIE

NN

E M

AR

IA M

ON

TE

IRO

MIN

NIT

I e M

AR

CO

S T

AD

EU

SE

RIA

CO

PI.

Página: 1962

Page 83: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 1 de 8

PROCESSO Nº: 036415/2019-43

INTERESSADO: EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.

ASSUNTO: Solicitação de Licença Prévia para substituição tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga

MUNICÍPIO: São Paulo / SP

UGRHI: 06 – Alto Tietê

1. INTRODUÇÃO

Trata-se de análise e manifestação acerca do Estudo de Impacto Ambiental – EIA/RIMA do empreendimento “Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga”, quanto aos aspectos de competência deste setor, a fim de viabilizar a continuidade do processo de licenciamento ambiental.

2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O empreendimento será instalado no terreno de propriedade da EMAE, localizado na Av. Nossa Senhora de Sabará, nº 5.312, bairro Pedreira, cuja área total possui 812.872 m². Neste terreno também estão instaladas a UTE Piratininga (Unidades 1 a 4), a UTE Fernando Gasparian, de propriedade da Petrobrás, e a Subestação Piratininga I, de propriedade da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP).

As Unidades 1 e 2, de 100 MW, que operam com ciclo Rankine com queima de gás natural em caldeira, serão substituídas pela instalação de dois novos blocos independentes, denominados Bloco I e II, do tipo ciclo combinado, totalizando 2.554,8 MW, conforme configuração a seguir:• Bloco I (3x1): 3 turbinas a gás com gerador e 1 turbina a vapor com gerador, com

produção de 1.736,8 MW de energia; e• Bloco II (2x1): 2 turbinas a gás com gerador e 1 turbina a vapor com gerador, com

produção de 818 MW de energia.

O sistema de resfriamento escolhido foi o condensador a ar (torre seca), o qual praticamente não possui necessidade de reposição de água. Para o controle e redução da emissão de NOx foi considerado o Sistema de Redução Catalítica (SRC), além da utilização de queimadores do tipo Dry-Low NOx e injeção de amônia na própria combustão.

2.1. Fase de Obras

Para a implantação do empreendimento serão instalados 2 (dois) canteiros de obras dentro do próprio terreno da EMAE.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2044

Page 84: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 2 de 8

O canteiro principal abrangerá um a área total de 23.671 m2 e será instalado em uma antiga área de tancagem da Eletropaulo que foi submetida a um processo de investigação e remediação do solo e água subterrânea, que atesta a inexistência de restrições para o uso desta área.

O canteiro será composto pelas seguintes instalações:­ Escritório administrativo;­ Sanitário / Vestiário;­ Refeitório;­ Almoxarifado;­ Pipe shop;­ Área de estocagem aberta;­ Carpintaria / Oficina de armação;­ Área de Estocagem de Máquinas;­ Área de vivência; e­ Guarita

Está prevista a instalação de 2 guaritas de 9m2 com segurança patrimonial 24h/dia para guarda e vigilância das instalações e, principalmente, dos materiais nas áreas de estocagem.

O sanitário/vestiário será do tipo modular com reservatório de resíduos localizado abaixo do módulo ou com tanque de coleta de resíduos enterrado. A coleta dos resíduos será efetuada por caminhão a vácuo de empresa contratada e licenciada, responsável pelo tratamento e destinação apropriada.

O canteiro não possuirá cozinha, portanto, as refeições serão preparadas externamente e servidas no refeitório.

O almoxarifado, as áreas de estocagem aberta e de estocagem de máquinas e oficina possuirão piso de concreto e serão dotados de canaletas de contenção (no caso de vazamentos acidentais de produtos químicos e combustíveis) e de SAOs (caixas separadores de água/óleo).

O canteiro avançado - Bloco II possuirá 100 m2 e será instalado ao lado da área de implantação do Bloco II, para uso exclusivo de suas obras. Haverá uma área de estocagem e pátio de máquinas localizada no limite da propriedade da EMAE.

Nesse canteiro, em princípio, serão adotadas as mesmas instalações previstas para o Canteiro Principal, inclusive o sanitário/vestiário. As refeições preparadas externamente serão servidas no refeitório do Canteiro Principal.

2.1.1. Consumo de Água

Para o Bloco I foram considerados, em média, 1.131 colaboradores/dia e, no máximo, 2.497 colaboradores/dia. Estima-se o consumo médio de água para uso doméstico de 100 litros/pessoa/dia. Sendo assim, pode ser considerado um consumo médio de água de 113,08 m³/dia e consumo máximo de 249,71 m³/dia. A jornada de trabalho será de 44 horas

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2045

Page 85: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 3 de 8

semanais, a média diária de 8,8 horas, o que implicará num consumo médio de água de 12,85 m³/h e máximo de 28,38 m³/h.

Para o Bloco II foram considerados, em média, 886 colaboradores/dia e, no máximo, 1.599 colaboradores/dia, para os quais estimou-se o consumo médio de água para uso doméstico de 100 litros/pessoa/dia. Sendo assim, pode ser considerado um consumo médio de água de 88,6 m³/dia e consumo máximo de 159,9 m³/dia. A partir da jornada diária de 8,8 horas, foram estimadas as vazões médias de 10,07 m³/h e máxima de 18,18 m³/h.

O volume total de água a ser consumida na fase de obras de ambos os Blocos I e II será suprido pela rede pública da SABESP. A água potável para consumo humano será fornecida por meio de bebedouros com recipientes de 20 L (fonte mineral) adquiridos de terceiros.

2.1.2. Geração de Efluentes Sanitários

Com base no consumo de água estimado no item anterior e considerando coeficiente de retorno de 0,80, o volume médio de efluentes sanitários gerado durante a fase de obras para o Bloco I será de 90,4 m³/dia e para o Bloco II será de 70,88 m³/dia.

Os efluentes sanitários gerados nos banheiros dos canteiros de obras deverão ser armazenados temporariamente em tanques/reservatórios que poderão ser enterrados ou instalados junto aos banheiros.

Destes tanques/reservatórios os efluentes serão removidos e transportados periodicamente em veículos adequados de empresa credenciada e licenciada em transporte de efluentes para locais adequados de tratamento e disposição final.

2.2. Fase de Operação

2.2.1. Sistema de Abastecimento de Água

A fonte de abastecimento de toda água a ser utilizada na operação dos Blocos I e II será de captação superficial, vazão total de 43,88 m³/h, na Represa Billings no mesmo ponto utilizado pela UTE Piratininga. A partir deste ponto a água será encaminhada às ETAs dos Blocos I e II através de duas adutoras que irão derivar da adutora de água bruta existente. Esta captação possui autorização para um volume de 2.880 m³/h (período de 24 horas), conforme Portaria DAEE nº 1.343 de 06/05/2016.

As premissas de cálculo para o consumo de água dos Blocos I e II são apresentadas a seguir:­ Número de funcionários Bloco I: 40 colaboradores­ Número de funcionários Bloco II: 21 colaboradores­ Número de turnos de trabalho: 3 turnos­ Número de horas por turno de trabalho: 8 horas­ Consumo per capita: 120 litros/colaborador/dia

As vazões de consumo por uso para a fase de operação dos Blocos I e II foram estimadas com base em cálculos conservadores e estão resumidas no Quadro 01 a seguir:

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2046

Page 86: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 4 de 8

Quadro 01: Vazão de consumo de água por uso

Consumo de água (m³/h) Bloco I Bloco IIIndustrial 10 10Make-up (caldeira) 3,732 1,634Humano (potável) 0,2 0,105

As informações dos sistemas de tratamento de água dos Blocos I e II são apresentadas no Quadro 02 a seguir:

Quadro 02: Características dos sistemas de tratamento de água

Bloco I Bloco IISistema de Tratamento Características

técnicas Quantidade Características técnicas Quantidade

Captação de água bruta

Reservatório Billings 01 Reservatório

Billings 01

Tratamento convencional seguido de osmose

01

Tratamento convencional seguido de osmose

01Estação de Tratamento de Água - ETA Vazão de

tratamento (m³/h) 23,907 Vazão de tratamento (m³/h) 19,969

Rede de abastecimento

Extensão estimada da rede (m)

850Extensão estimada da rede (m)

100

Reservatório

Tipo cilíndricoCapacidade de armazenamento (m³)

80

Tipo cilíndricoCapacidade de armazenamento (m³)

60

Estação de desmineralização

Vazão de tratamento (m³/h) 10 Vazão de

tratamento (m³/h) 6,78

Reservatório

Tipo cilíndricoCapacidade de armazenamento (m³)

40

Tipo cilíndricoCapacidade de armazenamento (m³)

25

2.2.2. Sistema de Tratamento de Efluentes Líquidos

Com relação aos efluentes do Bloco I, serão gerados 3,502 m³/h pela estação de desmineralização e 1,236 m³/h pela própria ETA, além dos efluentes dos evaporadores (0,554 m³/h) e da água de serviço (10 m³/h), perfazendo uma vazão de 15,292 m³/h, que será encaminhada para a Estação de Tratamento de Efluente Industrial (ETEI), assim como o esgoto tratado da Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico (ETE), estimado em cerca de 0,2 m³/h. A vazão total de 15,492 m³/h será descartada no canal do Rio Pinheiros.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2047

Page 87: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 5 de 8

No Bloco II, serão gerados 2,372 m³/h pela estação de desmineralização e 1,028 m³/h pela própria ETA, além dos efluentes dos evaporadores (0,554 m³/h) e da água de serviço (10 m³/h), perfazendo uma vazão de 13,954 m³/h, que será encaminhada para a Estação de Tratamento de Efluente Industrial (ETEI), assim como o esgoto tratado da Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico (ETE), estimado em cerca de 0,105 m³/h. A vazão total de 14,059 m³/h também será descartada no canal do Rio Pinheiros.

As informações dos sistemas de tratamento de efluentes gerados nos Blocos I e II são apresentadas no Quadro 03 a seguir.

Quadro 03: Características dos sistemas de tratamento de efluentes

Bloco I Bloco IISistema de Tratamento Características

técnicas Quantidade Características técnicas Quantidade

Tipo compacta (reator anaeróbio) 01 Tipo compacta

(reator anaeróbio) 01

Vazão de tratamento (m³/h) 0,2 Vazão de

tratamento (m³/h) 0,105

Extensão da rede coletora (m) 60 Extensão da rede

coletora (m) 30Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico - ETE Extensão

estimada da rede interna até o emissário (m)

100

Extensão estimada da rede interna até o emissário junto ao Bloco I (m)

750

Tipo compacta – correção de pH, misturação (para coagulação), decantação e filtração de partículas aglutinadas, correção final de pH

01

Tipo compacta – correção de pH, misturação (para coagulação), decantação e filtração de partículas aglutinadas, correção final de pH

01Estação de Tratamento de Efluente Industrial - ETEI

Vazão de tratamento (m³/h) 15,29 Vazão de

tratamento (m³/h) 13,95

Todos os efluentes tratados nas respectivas ETEs dos Blocos I e II serão descartados no canal do rio denominado como Pinheiros enquadrado como classe 4 conforme item 4.17 do artigo 4º do Decreto Estadual nº 10.755 de 23/11/1977.

De acordo com o estudo de impacto ambiental, a EMAE atualmente já possui outorgas de captação de água superficial para fins de geração de energia (2880 m³/h) e de lançamento de efluentes (2052 m³/h) (Portaria DAEE nº 1343/2016), as quais serão suficientes para absorver as demandas do empreendimento em questão.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2048

Page 88: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 6 de 8

3. ANÁLISE E COMENTÁRIOS

a) Sistema de Abastecimento de Água

a.1) Fase de Obras

De acordo com o estudo, o abastecimento de água dos Blocos I e II será feito por meio da rede pública da SABESP e para consumo humano serão disponibilizados bebedouros com galões de água mineral de 20 litros, o que podemos considerar adequado para essa fase de obras.

O fornecimento de água deverá ser solicitado junto à concessionária responsável pelo serviço, no caso a SABESP, sendo necessária sua autorização. Nos documentos apresentados não há indícios de que a SABESP tenha sido consultada.

Caso não seja possível a execução das ligações provisórias de água, o fornecimento de água poderá ser feito por meio de caminhão pipa, alternativa usualmente adotada para esta fase do empreendimento.

a.2) Fase de Operação

Para abastecimento de água durante a fase de operação dos Blocos I e II será utilizado o ponto existente de captação superficial na Represa Billings da UTE Piratininga, cuja outorga foi concedida através da Portaria DAEE nº 1.343, de 06/05/2016, com vigência de 5 anos.

A proposta para o atendimento da demanda de água do empreendimento pode ser considerada adequada, uma vez que a atual Portaria DAEE nº 1.343/2016 tem condições de suprir as necessidades relacionadas ao consumo de água para a operação dos Blocos I e II (43,88 m³/h).

b.) Sistema de Tratamento de Esgotos

b.1) Fase de Obras

O uso de banheiros químicos nos canteiros de obras e o armazenamento de seus efluentes em tanques/reservatórios para posterior transporte por empresa credenciada e licenciada para locais adequados de tratamento e disposição final podem ser considerados adequados para a fase de obras.

No entanto, deverá ser definido o local para encaminhamento desses efluentes, assim como o local para descarte dos resíduos das caixas separadoras de água e óleo localizadas no almoxarifado e áreas de estocagem.

b.2) Fase de Operação

Estão previstas uma estação de tratamento de esgoto doméstico (ETE) e uma estação de tratamento de efluente industrial (ETEI) para cada um dos blocos de geração de energia. Em termos de concepção, foi proposto reator anaeróbio compacto para o tratamento do esgoto

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2049

Page 89: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 7 de 8

doméstico e sistema compacto de tratamento físico-químico para o efluente industrial, com lançamento dos efluentes tratados em corpo receptor de classe 4 (canal do Rio Pinheiros).

A concepção proposta para o tratamento de esgoto doméstico não tem condições de atender aos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 21 da Resolução CONAMA nº 430/2011, e, portanto, o sistema deverá ser complementado.

Os sistemas de tratamento de efluente industrial deverão atender aos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 16 da Resolução CONAMA nº 430/2011, devendo ser complementado caso houver necessidade.

Com relação ao lançamento dos efluentes, a Portaria DAEE nº 1.343/2016 também abrange esse tipo de uso das águas e, conforme o estudo de impacto ambiental, o ponto existente é suficiente para absorver essa demanda do empreendimento (29,55 m³/h).

4. CONCLUSÃO

As concepções propostas para os sistemas de abastecimento de água e de tratamento de efluentes, podem ser consideradas viáveis para fins de licenciamento prévio.

Para a solicitação de licença de instalação deverão ser apresentados:­ Carta de Diretrizes da SABESP para abastecimento dos Blocos I e II por meio da rede

pública na fase de obras;­ Definição do local para encaminhamento dos efluentes provenientes dos banheiros

químicos, com respectivo termo de anuência de recebimento;­ Definição do local para encaminhamento dos resíduos das caixas separadoras de água e

óleo, com respectivo termo de anuência de recebimento;­ Projeto das estações de tratamento de esgotos (ETEs), elaborado seguindo as

recomendações da norma NBR 12.209/2011 da ABNT. Em se mantendo a proposta de implantação de ETE compacta anaeróbia, deverá ser previsto tratamento complementar para atendimento dos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 21 da Resolução CONAMA nº 430/2011;

­ Projeto das estações de tratamento de efluentes industriais (ETEIs), que deverá atender aos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 16 da Resolução CONAMA nº 430/2011;

­ Caracterização qualitativa do efluente industrial formado pelas correntes de efluentes provenientes da ETA, estação de desmineralização, água de serviço e evaporadores, com a finalidade de verificar uma possível necessidade de tratamento complementar para atendimento da legislação;

­ Projeto do emissário que conduzirá os efluentes tratados até o corpo receptor;­ Projeto das estações de tratamento de água potável e de desmineralização;

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2050

Page 90: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 8 de 8

­ Definição do local para encaminhamento dos lodos das ETAs, ETEs e ETEIs, com respectivo termo de anuência de recebimento.

Eng.º Andressa de Almeida Ferreira de MeloSetor de Avaliação de EfluentesReg. 01.7604

De acordo

Eng.º Regis NietoGerente do Setor de Avaliação de EfluentesReg. 01.3215-8

Eng.º Paulo Takanori KatayamaGerente da Divisão de Avaliação de Efluentes e Riscos TecnológicosReg. 01.2073-2

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2051

Page 91: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 1 de 8

PROCESSO Nº: 036415/2019-43

INTERESSADO: EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.

ASSUNTO: Solicitação de Licença Prévia para substituição tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga

MUNICÍPIO: São Paulo / SP

UGRHI: 06 – Alto Tietê

1. INTRODUÇÃO

Trata-se de análise e manifestação acerca do Estudo de Impacto Ambiental – EIA/RIMA do empreendimento “Substituição Tecnológica das Unidades 1 e 2 da Usina Termelétrica Piratininga”, quanto aos aspectos de competência deste setor, a fim de viabilizar a continuidade do processo de licenciamento ambiental.

2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O empreendimento será instalado no terreno de propriedade da EMAE, localizado na Av. Nossa Senhora de Sabará, nº 5.312, bairro Pedreira, cuja área total possui 812.872 m². Neste terreno também estão instaladas a UTE Piratininga (Unidades 1 a 4), a UTE Fernando Gasparian, de propriedade da Petrobrás, e a Subestação Piratininga I, de propriedade da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP).

As Unidades 1 e 2, de 100 MW, que operam com ciclo Rankine com queima de gás natural em caldeira, serão substituídas pela instalação de dois novos blocos independentes, denominados Bloco I e II, do tipo ciclo combinado, totalizando 2.554,8 MW, conforme configuração a seguir:• Bloco I (3x1): 3 turbinas a gás com gerador e 1 turbina a vapor com gerador, com

produção de 1.736,8 MW de energia; e• Bloco II (2x1): 2 turbinas a gás com gerador e 1 turbina a vapor com gerador, com

produção de 818 MW de energia.

O sistema de resfriamento escolhido foi o condensador a ar (torre seca), o qual praticamente não possui necessidade de reposição de água. Para o controle e redução da emissão de NOx foi considerado o Sistema de Redução Catalítica (SRC), além da utilização de queimadores do tipo Dry-Low NOx e injeção de amônia na própria combustão.

2.1. Fase de Obras

Para a implantação do empreendimento serão instalados 2 (dois) canteiros de obras dentro do próprio terreno da EMAE.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2044

Page 92: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 2 de 8

O canteiro principal abrangerá um a área total de 23.671 m2 e será instalado em uma antiga área de tancagem da Eletropaulo que foi submetida a um processo de investigação e remediação do solo e água subterrânea, que atesta a inexistência de restrições para o uso desta área.

O canteiro será composto pelas seguintes instalações:­ Escritório administrativo;­ Sanitário / Vestiário;­ Refeitório;­ Almoxarifado;­ Pipe shop;­ Área de estocagem aberta;­ Carpintaria / Oficina de armação;­ Área de Estocagem de Máquinas;­ Área de vivência; e­ Guarita

Está prevista a instalação de 2 guaritas de 9m2 com segurança patrimonial 24h/dia para guarda e vigilância das instalações e, principalmente, dos materiais nas áreas de estocagem.

O sanitário/vestiário será do tipo modular com reservatório de resíduos localizado abaixo do módulo ou com tanque de coleta de resíduos enterrado. A coleta dos resíduos será efetuada por caminhão a vácuo de empresa contratada e licenciada, responsável pelo tratamento e destinação apropriada.

O canteiro não possuirá cozinha, portanto, as refeições serão preparadas externamente e servidas no refeitório.

O almoxarifado, as áreas de estocagem aberta e de estocagem de máquinas e oficina possuirão piso de concreto e serão dotados de canaletas de contenção (no caso de vazamentos acidentais de produtos químicos e combustíveis) e de SAOs (caixas separadores de água/óleo).

O canteiro avançado - Bloco II possuirá 100 m2 e será instalado ao lado da área de implantação do Bloco II, para uso exclusivo de suas obras. Haverá uma área de estocagem e pátio de máquinas localizada no limite da propriedade da EMAE.

Nesse canteiro, em princípio, serão adotadas as mesmas instalações previstas para o Canteiro Principal, inclusive o sanitário/vestiário. As refeições preparadas externamente serão servidas no refeitório do Canteiro Principal.

2.1.1. Consumo de Água

Para o Bloco I foram considerados, em média, 1.131 colaboradores/dia e, no máximo, 2.497 colaboradores/dia. Estima-se o consumo médio de água para uso doméstico de 100 litros/pessoa/dia. Sendo assim, pode ser considerado um consumo médio de água de 113,08 m³/dia e consumo máximo de 249,71 m³/dia. A jornada de trabalho será de 44 horas

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2045

Page 93: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 3 de 8

semanais, a média diária de 8,8 horas, o que implicará num consumo médio de água de 12,85 m³/h e máximo de 28,38 m³/h.

Para o Bloco II foram considerados, em média, 886 colaboradores/dia e, no máximo, 1.599 colaboradores/dia, para os quais estimou-se o consumo médio de água para uso doméstico de 100 litros/pessoa/dia. Sendo assim, pode ser considerado um consumo médio de água de 88,6 m³/dia e consumo máximo de 159,9 m³/dia. A partir da jornada diária de 8,8 horas, foram estimadas as vazões médias de 10,07 m³/h e máxima de 18,18 m³/h.

O volume total de água a ser consumida na fase de obras de ambos os Blocos I e II será suprido pela rede pública da SABESP. A água potável para consumo humano será fornecida por meio de bebedouros com recipientes de 20 L (fonte mineral) adquiridos de terceiros.

2.1.2. Geração de Efluentes Sanitários

Com base no consumo de água estimado no item anterior e considerando coeficiente de retorno de 0,80, o volume médio de efluentes sanitários gerado durante a fase de obras para o Bloco I será de 90,4 m³/dia e para o Bloco II será de 70,88 m³/dia.

Os efluentes sanitários gerados nos banheiros dos canteiros de obras deverão ser armazenados temporariamente em tanques/reservatórios que poderão ser enterrados ou instalados junto aos banheiros.

Destes tanques/reservatórios os efluentes serão removidos e transportados periodicamente em veículos adequados de empresa credenciada e licenciada em transporte de efluentes para locais adequados de tratamento e disposição final.

2.2. Fase de Operação

2.2.1. Sistema de Abastecimento de Água

A fonte de abastecimento de toda água a ser utilizada na operação dos Blocos I e II será de captação superficial, vazão total de 43,88 m³/h, na Represa Billings no mesmo ponto utilizado pela UTE Piratininga. A partir deste ponto a água será encaminhada às ETAs dos Blocos I e II através de duas adutoras que irão derivar da adutora de água bruta existente. Esta captação possui autorização para um volume de 2.880 m³/h (período de 24 horas), conforme Portaria DAEE nº 1.343 de 06/05/2016.

As premissas de cálculo para o consumo de água dos Blocos I e II são apresentadas a seguir:­ Número de funcionários Bloco I: 40 colaboradores­ Número de funcionários Bloco II: 21 colaboradores­ Número de turnos de trabalho: 3 turnos­ Número de horas por turno de trabalho: 8 horas­ Consumo per capita: 120 litros/colaborador/dia

As vazões de consumo por uso para a fase de operação dos Blocos I e II foram estimadas com base em cálculos conservadores e estão resumidas no Quadro 01 a seguir:

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2046

Page 94: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 4 de 8

Quadro 01: Vazão de consumo de água por uso

Consumo de água (m³/h) Bloco I Bloco IIIndustrial 10 10Make-up (caldeira) 3,732 1,634Humano (potável) 0,2 0,105

As informações dos sistemas de tratamento de água dos Blocos I e II são apresentadas no Quadro 02 a seguir:

Quadro 02: Características dos sistemas de tratamento de água

Bloco I Bloco IISistema de Tratamento Características

técnicas Quantidade Características técnicas Quantidade

Captação de água bruta

Reservatório Billings 01 Reservatório

Billings 01

Tratamento convencional seguido de osmose

01

Tratamento convencional seguido de osmose

01Estação de Tratamento de Água - ETA Vazão de

tratamento (m³/h) 23,907 Vazão de tratamento (m³/h) 19,969

Rede de abastecimento

Extensão estimada da rede (m)

850Extensão estimada da rede (m)

100

Reservatório

Tipo cilíndricoCapacidade de armazenamento (m³)

80

Tipo cilíndricoCapacidade de armazenamento (m³)

60

Estação de desmineralização

Vazão de tratamento (m³/h) 10 Vazão de

tratamento (m³/h) 6,78

Reservatório

Tipo cilíndricoCapacidade de armazenamento (m³)

40

Tipo cilíndricoCapacidade de armazenamento (m³)

25

2.2.2. Sistema de Tratamento de Efluentes Líquidos

Com relação aos efluentes do Bloco I, serão gerados 3,502 m³/h pela estação de desmineralização e 1,236 m³/h pela própria ETA, além dos efluentes dos evaporadores (0,554 m³/h) e da água de serviço (10 m³/h), perfazendo uma vazão de 15,292 m³/h, que será encaminhada para a Estação de Tratamento de Efluente Industrial (ETEI), assim como o esgoto tratado da Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico (ETE), estimado em cerca de 0,2 m³/h. A vazão total de 15,492 m³/h será descartada no canal do Rio Pinheiros.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2047

Page 95: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 5 de 8

No Bloco II, serão gerados 2,372 m³/h pela estação de desmineralização e 1,028 m³/h pela própria ETA, além dos efluentes dos evaporadores (0,554 m³/h) e da água de serviço (10 m³/h), perfazendo uma vazão de 13,954 m³/h, que será encaminhada para a Estação de Tratamento de Efluente Industrial (ETEI), assim como o esgoto tratado da Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico (ETE), estimado em cerca de 0,105 m³/h. A vazão total de 14,059 m³/h também será descartada no canal do Rio Pinheiros.

As informações dos sistemas de tratamento de efluentes gerados nos Blocos I e II são apresentadas no Quadro 03 a seguir.

Quadro 03: Características dos sistemas de tratamento de efluentes

Bloco I Bloco IISistema de Tratamento Características

técnicas Quantidade Características técnicas Quantidade

Tipo compacta (reator anaeróbio) 01 Tipo compacta

(reator anaeróbio) 01

Vazão de tratamento (m³/h) 0,2 Vazão de

tratamento (m³/h) 0,105

Extensão da rede coletora (m) 60 Extensão da rede

coletora (m) 30Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico - ETE Extensão

estimada da rede interna até o emissário (m)

100

Extensão estimada da rede interna até o emissário junto ao Bloco I (m)

750

Tipo compacta – correção de pH, misturação (para coagulação), decantação e filtração de partículas aglutinadas, correção final de pH

01

Tipo compacta – correção de pH, misturação (para coagulação), decantação e filtração de partículas aglutinadas, correção final de pH

01Estação de Tratamento de Efluente Industrial - ETEI

Vazão de tratamento (m³/h) 15,29 Vazão de

tratamento (m³/h) 13,95

Todos os efluentes tratados nas respectivas ETEs dos Blocos I e II serão descartados no canal do rio denominado como Pinheiros enquadrado como classe 4 conforme item 4.17 do artigo 4º do Decreto Estadual nº 10.755 de 23/11/1977.

De acordo com o estudo de impacto ambiental, a EMAE atualmente já possui outorgas de captação de água superficial para fins de geração de energia (2880 m³/h) e de lançamento de efluentes (2052 m³/h) (Portaria DAEE nº 1343/2016), as quais serão suficientes para absorver as demandas do empreendimento em questão.

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2048

Page 96: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 6 de 8

3. ANÁLISE E COMENTÁRIOS

a) Sistema de Abastecimento de Água

a.1) Fase de Obras

De acordo com o estudo, o abastecimento de água dos Blocos I e II será feito por meio da rede pública da SABESP e para consumo humano serão disponibilizados bebedouros com galões de água mineral de 20 litros, o que podemos considerar adequado para essa fase de obras.

O fornecimento de água deverá ser solicitado junto à concessionária responsável pelo serviço, no caso a SABESP, sendo necessária sua autorização. Nos documentos apresentados não há indícios de que a SABESP tenha sido consultada.

Caso não seja possível a execução das ligações provisórias de água, o fornecimento de água poderá ser feito por meio de caminhão pipa, alternativa usualmente adotada para esta fase do empreendimento.

a.2) Fase de Operação

Para abastecimento de água durante a fase de operação dos Blocos I e II será utilizado o ponto existente de captação superficial na Represa Billings da UTE Piratininga, cuja outorga foi concedida através da Portaria DAEE nº 1.343, de 06/05/2016, com vigência de 5 anos.

A proposta para o atendimento da demanda de água do empreendimento pode ser considerada adequada, uma vez que a atual Portaria DAEE nº 1.343/2016 tem condições de suprir as necessidades relacionadas ao consumo de água para a operação dos Blocos I e II (43,88 m³/h).

b.) Sistema de Tratamento de Esgotos

b.1) Fase de Obras

O uso de banheiros químicos nos canteiros de obras e o armazenamento de seus efluentes em tanques/reservatórios para posterior transporte por empresa credenciada e licenciada para locais adequados de tratamento e disposição final podem ser considerados adequados para a fase de obras.

No entanto, deverá ser definido o local para encaminhamento desses efluentes, assim como o local para descarte dos resíduos das caixas separadoras de água e óleo localizadas no almoxarifado e áreas de estocagem.

b.2) Fase de Operação

Estão previstas uma estação de tratamento de esgoto doméstico (ETE) e uma estação de tratamento de efluente industrial (ETEI) para cada um dos blocos de geração de energia. Em termos de concepção, foi proposto reator anaeróbio compacto para o tratamento do esgoto

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2049

Page 97: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 7 de 8

doméstico e sistema compacto de tratamento físico-químico para o efluente industrial, com lançamento dos efluentes tratados em corpo receptor de classe 4 (canal do Rio Pinheiros).

A concepção proposta para o tratamento de esgoto doméstico não tem condições de atender aos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 21 da Resolução CONAMA nº 430/2011, e, portanto, o sistema deverá ser complementado.

Os sistemas de tratamento de efluente industrial deverão atender aos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 16 da Resolução CONAMA nº 430/2011, devendo ser complementado caso houver necessidade.

Com relação ao lançamento dos efluentes, a Portaria DAEE nº 1.343/2016 também abrange esse tipo de uso das águas e, conforme o estudo de impacto ambiental, o ponto existente é suficiente para absorver essa demanda do empreendimento (29,55 m³/h).

4. CONCLUSÃO

As concepções propostas para os sistemas de abastecimento de água e de tratamento de efluentes, podem ser consideradas viáveis para fins de licenciamento prévio.

Para a solicitação de licença de instalação deverão ser apresentados:­ Carta de Diretrizes da SABESP para abastecimento dos Blocos I e II por meio da rede

pública na fase de obras;­ Definição do local para encaminhamento dos efluentes provenientes dos banheiros

químicos, com respectivo termo de anuência de recebimento;­ Definição do local para encaminhamento dos resíduos das caixas separadoras de água e

óleo, com respectivo termo de anuência de recebimento;­ Projeto das estações de tratamento de esgotos (ETEs), elaborado seguindo as

recomendações da norma NBR 12.209/2011 da ABNT. Em se mantendo a proposta de implantação de ETE compacta anaeróbia, deverá ser previsto tratamento complementar para atendimento dos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 21 da Resolução CONAMA nº 430/2011;

­ Projeto das estações de tratamento de efluentes industriais (ETEIs), que deverá atender aos padrões de emissão estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76, que regulamenta a Lei nº 997/76, e artigo 16 da Resolução CONAMA nº 430/2011;

­ Caracterização qualitativa do efluente industrial formado pelas correntes de efluentes provenientes da ETA, estação de desmineralização, água de serviço e evaporadores, com a finalidade de verificar uma possível necessidade de tratamento complementar para atendimento da legislação;

­ Projeto do emissário que conduzirá os efluentes tratados até o corpo receptor;­ Projeto das estações de tratamento de água potável e de desmineralização;

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2050

Page 98: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

PARECER TÉCNICOCOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc. Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic. nº 8.030.313-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº:200/19/IPEEData: 28/06/2019

Página 8 de 8

­ Definição do local para encaminhamento dos lodos das ETAs, ETEs e ETEIs, com respectivo termo de anuência de recebimento.

Eng.º Andressa de Almeida Ferreira de MeloSetor de Avaliação de EfluentesReg. 01.7604

De acordo

Eng.º Regis NietoGerente do Setor de Avaliação de EfluentesReg. 01.3215-8

Eng.º Paulo Takanori KatayamaGerente da Divisão de Avaliação de Efluentes e Riscos TecnológicosReg. 01.2073-2

Par

a ve

rific

ar a

aut

entic

idad

e de

sta

cópi

a im

pres

sa, a

cess

e o

site

http

s://e

.am

bien

te.s

p.go

v.br

/ate

ndim

ento

e in

form

e o

proc

esso

CE

TE

SB

.036

415/

2019

-43

e o

códi

go 6

KX

2KY

07.

O o

rigin

al d

este

doc

umen

to é

ele

trôn

ico

e fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or P

AU

LO T

AK

AN

OR

I KA

TA

YA

MA

e R

EG

IS N

IET

O e

AN

DR

ES

SA

DE

ALM

EID

A F

ER

RE

IRA

DE

ME

LO.

Página: 2051

Page 99: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

CETE$B

INFORMAÇÃO TÉCNICACOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr.. 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. n' 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. n' 109.091 .375-1 18 - Insc..Munic.: Ro 8.030.31 3-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

NO 03/201 9/PIC

Data:12/07/201 9

INTERESSADO IEOL - Setor de Avaliação de Empreendimentos LinearesASSUNTO Atendimento ao Acordo de Cooperação Técnica n' 042/2017. firmado entre o

IBAMA e a CETESB em 25/1 0/201 7.

IMPACTO n' 1 1 0/2019 (e-ambiente CETESB.03641 5/2019-43)

Licença.Ambiental Prévia para a substituição tecnológica das Unidades l e 2 daUsina Termelétrica de Piratininga. .de responsabilidade da Empresa Metropolitanade Águas e Energia S/A - EMAE

l - INTRODUÇÃO

Trata-se de solicitação de manifestação desta Divisão de Mudanças Climáticas -- PIC sobre proposta formuladapelo empreendedor EMAE Metropolitana referente ao EIA/RIMA da " Substituição Tecnológica das Unidades le 2da Urina Termelétríca Piratininga", especificamente sobre a cláusula do Termo de Acordo de Cooperação Técnica043/2017, firmado entre o lbama e a CETESB em 30/10/2017, que se refere à mitigação/compensação de gasesde efeito estufa, conforme item 3.2.6.1 do citado acordo, transcrito a seguir:

"Na fase de licenciamento prévio, apresentar proposição de medidas mitigadoras/ compensatórias para asemissões de gases de efeito estufa (GEE) e nas fases de instalação e operação, respectivamente, implantar emonitorar as medidas propostas, conforme preconizado na Instrução Normativa IBAMA n912, de 23 de novembrode 2010"

2 -- ANÁLISE e CONCLUSÃO

Em 04/07/2019 o empreendedor apresentou o documento "Relatório de InformaçõesComplementares(RIC) -- doEIA/Rima Substituição Tecnológica das Unidades l e 2 da Usina Termelétrica Piratininga", tratado apenas comoRelatório, contendo proposta de mitigação e/ou compensação de gases de efeito estufa (páginas 1982 a 1985 dodocumento digital EIA.:Materializado).

Neste documento, o empreendedor apresenta duas propostas de medidas mitigadoras/compensatórias para asemissões de gases de efeito estufa(GEEs) do empreendimento, a saber:

1) Compensação por reserva natural e estuque de carbono;?) Compensação de GEEs por deslocamento de fontes de emissão, instalação de PCHS - Pequenas Centrais

Hidrelétricas.

O empreendedor ressalta n'o Relatório que as propostas deverão ser detalhadas com base no inventário de GEEsque está ém andamento e, principalmente, estudadas as suas viabilidades, tanto do ponto de vista técnico quantodo ponto de vista empresarial.

\

Cód.; S597v03 07;'08/2009 1/2

Página: 2090

Page 100: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

CETESB

INFORMAÇÃO TECNICACOMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SAO PAULO

Av. Prof. Frederico Hermann Jr.. 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SPC.N.P.J. n' 43.776.491/0001 -70 - Insc.: Est. n' 1 09.091 .375-1 18 - Insc. Munic.: n' 8.030.31 3-7

Site: www.cetesb.sp.gov.br

NO 03/2019/PIC

Data:12/07/201 9

Após análise do Relatório foi possível concluir que as duas propostas apresentam algum potencial decompensação de emissões de gases de efeito estufa. No entanto, o empreendedor ressalta que a viabilidade daspropostas ainda deverá ser estudada.

Dessa forma, a fim de garantir o cumprimento da cláusula 3.2.6.1 do Termo de Acordo de Cooperação Técnica042/2017, firmado entre o lbama e a CETESB em 25/10/2017, que se refere à mitígação/compensação de gasesde efeito estufa, recomenda-se que caso as medidas propostas não se viabilizem, o empreendedor implementeoutras medidas ou compre créditos de carbono, reconhecidos por entidades competentes, que representem omesmo potencial de compensação das medidas propostas no Relatório.

Considerando o alto potencial de emissões de gases de efeito estufa do empreendimento da SubstituiçãoTecnológica das Unidades l e 2 da Usina Termelétrica Piratininga, recomenda-se que, no mínimo, as duaspropostas de medidas compensatórias apresentadas sejam implementadas.

Por fím, a Divisão de Mudanças Climáticas - PIC recomenda que sejam incluídas no Parecer da Diretória 1, asseguintes exigências para a emissão da Licença de Instalação:

1) Apresentar estimativa de emissões de gases de efeito estufa (GEE) do empreendimento da SubstituiçãoTecnológica das Unidades l e 2 da Urina Termelétrica Piratininga de acordo com metodologias queutilizam como base os métodos quantitativos estabelecidos pelo Painel Intergovernamental de MudançasClimáticas (IPCC), como a metodologia da norma ABNT NBR ISSO 14.064 - 1 - Gases de Efeito Estufa oudo Programa Brasileiro "GHG Protocol" ou ainda outra similar. As estimativas de emissão deverão serapresentadas com memórias de cálculo em planilhas abertas, considerando um ano de funcionamento doempreendimento. Na elaboração das estimativas de emissões de GEE devem ser observados os artigos2g, 4e, 59 e6e da Decisão de Diretpria da CETESB 254/2012/V/l;

2) Apresentam o detalhamento das medidas compensatórias propostas para as emissões de gases de efeitoestufa do empreendimento especificando, no mínimo: estimativas de redução de emissão de GEE emtoneladas de COz equivalente por ano. Deverão ser relacionadas a quantidade de emissão total doempreendimento com as medidas propostas.

Aten ciosa me nte,

.dg;'' . . ./ . S4.-c-'- 'B--.e--?C.-ta l a'--0C-'õ'--

/' Eng' Mana Fernanda Pelizzon GarciaGerente da Divisão de Mudanças ClimáticasReg 7527CREA 5062806383

Cód.; S597v03 07708/2009 2/2

Página: 2091

Page 101: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

T

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

São Paulo, 10 de julho de 20,19

OFICIO SIMA/SSI n' OIO/19Ref.: Oficio n' 219/19, de 03 de julho de 2019 -- Processo n' 110/2019 - NIS2138192

Senhor Diretor,

Ao cumprimenta-lo cordialmente e em atenção aos termos do Oficio acima emreferência, no qual solicita apreciação desta Subsecretaria de Infraestrutura acercada Í)roposta de Substituição Tecnológica das Unidades l e 2 da Urina Térmelétrica

Piratininga, sob responsabilidade da EMÀ.E -- Empresa Metropolitana de Águas eEnergia S/A, temos a informar conforme segue.

a preços competitivos, que dependem de eficiência na produção e distribuição) doinsumo e redução de elos intermediários.

De acordo com o Balanço Energético Nacional -- BEN 2018 -- ano base 2017, oBrasil importou 7% da energia elétrica que ,consumiu em 2017, sendo que aeletricidade representou 17,5% da oferta interna de energia.

No mesmo ano, Estado de São Paulo importou 40,7% da energia que consumiu

e 57% da .energia elétrica consumida, denotando a elevada dependência daimportação de São Paulo, sendo que a eletricidade respondeu pof 19% do, consumode energia do Estado.

Sáo Páulo é o maior consumidor .dç energia elétrica do país, representando28% do consumo do país. ]Veste sentido, a segurança energética é essencial paragarantir oão somente o abastecimento do Estado, mas para garantir sbudesenvolvimento socioeconómico e evitar crises de fornecimento. Exemplo disso sãoos leilões anuais de geração jcomprá/venda) de energia elétrica e de transmissão

Av. Prof. Frederico Hermann Júnior. 345 l CEP 05459-900 l São Paulo, SPFine: (11) 3133-3270 SÃOÊãULO

GOVERNO DO. ESTADO

Página: 2093

Page 102: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

1.

[

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

(conexão exitre geradores e distribuidorasl promovidos pela Agência Nacional deEnergia Elétrica -- ANEEL e os estudos de planejamento realizados pela Empresa de

Pesquisa Energética '-- EPE e Operador .Nacional do SisteT.ia Elétrico .-- ONS, queproÜetam crescimento de cbnsümo de energia elétrica no país, puxado pelos'Estadose Municípios, com a consequente necessidade 'de. expansão da infraestrutura.

Há alguns anos o Brpsil passou a conviver com a realida(ilb de que nem todo opotencial hidrelétrico remanescente poderia ser explorado,. por questõessocioambientais e que seria necessário diversificar as fontes de energia, para reduzirnossa dependência energética e climática. r

l-historicamente, a maior' parte da, energia élétrica produzida no pais éproveniente de usinás hidrelétf'ices. A partir de 2001, devido ao racionamento deenergia, ocasionado principalm.ente por limitações de intercâmbio entre regiões,

tornou-se premente a implantação de novas usinas térmicas no país, a partir dacriação do Programa Prioritário de Termelétricas -- PPT, visando amplia' a geração deenergia cónfiável e reduzir a exposição aos riscos hidrológicos, o .que levou a rápidh-

implantação de diversas térmicas nos anos seguintes.

Capacidade Instalada de Geração de Energia Elétrica no Brasil(GW)160

140

120

100

80

60

40

20

.$ g g g g'.$ g g g g g g g .g g $ ''g g g g $ g $ g.g g ã.g g g Ê g.ã.g g g g gg g. Ê,g gg=Hidro =Térmica =Eólica isolar' =Nuclear --Total

Fonte: BEN 2018 - EPE (elaboração própria)

Av, Prof. Frederico Hermann Júnior. 345 1 .CEP 05459 900 1 São Pauta, SPFone: (11) 3133-3270

0

sÃoál';GOVERNO DO ESTADO

Página: 2094

Page 103: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

Lr

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA ,

O cenário de segurança energética ganhou relevância à medida que restaramevidentes a necessidade de expansão do parque gerador, a partir da implantação denovas usinas, decorrente do crescimento económico; a sazonalidade da geração

hidrelêtrica, associada a eventos climáticos como La Nifia e EI Nióo; a legítimarestrição quanto à inundação de grandes áreas em regiões distantes causando arealocação da população para a construção de usinas hidrelétricas com reservatório,impondo às . novas urinas ausência de capacidade de reservação; o tempo deconstrução de novas urinas, sensivelmente menor no caso de termelétricag, e adisponibilidade de combustível, com oferl:al estável, o gerando a necessidade deimplantação de novas urinas. A partir da implementação do novo modelo do ietorelétrico, resultante do racionamento de energia, o qual definiu regras de atendimento

da demanda proÜetada por .meio de .leilões de contratação- de energia no ambienteregulado, houve a implantação de urinas termelétricas movidas a diferentescombustíveis a partir de 2002-2003, incluindo carvão, óleo diesel e óleo combust:ível,que'' embora oferecessem diversificação de fontes, imprescindível à. segurançaenergética, flexibilidade operacional jdespachabilidade) e energia firme, eram mais

poluentes e éailsavam maior impacto ao meio ambiente, além de apreseni:arem

maiores custos de operação e manutenção.

Posteriormente, por razões ambientais e devido aos protocolos e ac(irdosinternacionais assumidos pelo Brasil no tocante à redução de emissões; foi reavaliadaa Política Energética Nacional, o que ocasionou por algum tempo restrições quantoa participação de urinas termelétricas a carvão,'óleo diesel e (51eo combustível nos

leilões de energia.

Ct)mplementarmente; as vocações regionais e a crescente demanda de energiaassociada ao desenvolvimento económico, resultaram na implantação de inllmeras

usinas hidrelétricas, térmicas a biomassa, solar, eólica, notadamente no Norte eNordeste, as quais tinham a finalidade 'dê atendimento do consumo local eatendimento a outras regiões do país, o que gerou a necessidade de construção delinhas de transmissão para o escoamento da energia gerada, (iom o cito de interligar

o Sistema e propiciar a redundância de atendimento IFiguras abaixo) . '\.Av. Prof. Frederico Hermann Júnior. 345 l CEP 05459-900 l São Paulo, SPFone: (11) 3133-3270 sãos.o'

GOVERNO DO ESTADO

Página: 2095

Page 104: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

':b.e

Horizonte,201 7

i

+

'F V »- ., ç:l-..gg U ü.,.=p

:::''''=&:@\l-:J'''': !/=b.il-

:..;v la. UI\

\ :

\

-

'

b''! H- :..:,

=::1 .=!: :=.' Q '-üa:; = :::õ-::;:;:;.::ll = :::g::;=:::1 G'+'-'0 b-enÜ.b.&8 ' - -

Lag+n(b

SE Ilha Solteira :.P

SE Três Irmãos d''

Legenda

Linhas de transmissão

ZExistentes Futuras

138 kV

230 kV

345 kV

440 kV

500 kV

Subestações

Existentes

Futuras

SP

SE lapão Bonitoe

SE ltararé ll DAS OBRASINVESTIMENTO TOTAL PARA EXECURELACIONADAS NO PAR 20 1 9-2023

SAO PAU LO: RS 8 1 3.1 35.462,00

Av. Prof. Frederico Hermann Júnior. 345 l CEP 05459-900 l São Pauta, SPFine: (11) 3133-3270 .Ã. ã--o

GOVERNO DO ESTADO

Página: 2096

Page 105: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

Fonte: Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS

Como se observa, o sistema de transmissão de energia elétrica.do país,composto principalmente pelas linhas de transmissão e subestações de tensão,acompanha a expansão do parque gerador, e é extremamente denso e capilarizado,o que demanda elevados investimentos. .Especificamente no Plano de Ampliações eReforços -- PAR do ONS para o período 2019-2013 estão previstos mais de R$ 813milhões para a interligação das Subestações ltararé ll-Capão Bonito e Três Irmãos-llha Solteira.

Verifica-se então.que este sistema, que interliga vários subsistemas, permitiua São Paulo manter-se como maior consumidor de energia do país a partir doescoamento da energia gerada. na região Norte pelam usinas do Rio Madeira e Belo

Monte,.por meio de extensas linhas de transmissão que cruzam o país.

Observa-se que apesar da sazonalidade, o consumo mensal de eletricidade do

Estado voltou a crescer, pós-crise 2014-2015, retomando aos patamares de 2012.

Av. Prof. Frederico Hermann Júnior, 345 l CEP 05459-900 l São Paulo, SPFine: (11) 3133-3270 '

SÃO ®JLO/ GOVERNO DO ESTADO

Página: 2097

Page 106: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

Ke'f4

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO A'MBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

Consumo Mensal de Eletricidade do Estado'de São Paulo(TWh)

12.4

12,0

tt,d

11,2

l0,8

l0,4

2011 .2012 2013 2014 2015 ; 2016 2017 2018 2019

Fonte: Boletim Informativo -, Secretaria de Energia e Mineração do Estado

10.0 T

Este crescimento do consumo impõe a.necessidade de Construção de novasusinas de geração, próximas ao centro de carga, já que a importação de energia pormeiode extensas linhas de transmissão torna o Estado vulnerável e crescénteménte

dependente de energia de outras regiões, o que não se configura uma solução viável.

Especinlcamente sobre o Estado, o Plano Paulista de Energia -- PPE 2020também prevê crescimento da demanda por energia, especialmente de energiaelétrica, o que demanda ações específicas do Governo do Estado em ampliar a oferta

e . criar mecanismos para aumentar a segurança energética, uma vez que aeletricidade é essencial para as atividades humanas e também nos setoreseconómicos da indústria, comércio e serviços.

O objetivo do Plano Paulista de Energia é ."assegurar o szzprímento energético

do Estado de São Pacto, pdorizan,do a utilização de energéticos renouáueis e o usoe$ciênte da energia, presenando o crescimento económico do estado e buscandoreduzir os í7rzpactos socíoambíenfals", tendo ainda como diretrizes a integração comPolíticas e Programas existentes, a partir da priorização de ações factíveis, aderentes

às políticas setoriais de energia e meio ambiente. Merece destaqtle que na ocasião de

Av. Prof. Frederico Hermann Júnior, 345 l CEP 05459-900 1 são Paulo, sp p8::::gáGOVERNO DO ESTADO

ULOFone: (11) 3133-3270

Página: 2098

Page 107: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

elaboração do PPE, as projeções de consumo e oferta dos energéticos foram deHlnidasem consonância aos objetivos da Política Estadual de Mudanças Climáticas, comoapresentado na tabela abaixo, que ilustra projeção de crescimento do consumo deeletricidade de 38,4% entre 2010 e 2020:

Proieção dos Principais Enerqéticos PPE 2020Interna Bruta (*)

Brasil2010BEN509

2823

64812847

27160

14

DemandaENERGÉTICO o Paulo

2010BEES

93.9095.729

l0.3552.205

19.0393.0698.290

63515.35691.7744.572

327

UNIDADESão

2010São Paulo2020 PPE

2195.820

9.2763 . 1843.842

11.4093.364

12.8571.099

22.630178.798

8571.770

Variação(9 )

(2)/(Í)

EletricidadeGás Natu ralGasol í na

QueroseneDieselGLPLenhaCarvão Vegetal.EtanolBagaço de Canaóleo CombustívelBiodiesel

GWh10õ m3

IO3 m3IO3 m3IOs m3103 m3103 m3IO3 m3103 m3103 t

103 m3IO3 m3

223757157612662

101379963333165397

Obs: Oferta Interna Bruta = Produção + Importação +Exportação .+ Variação de EstuqueFonte: PPE 2020

Neste sentido,' encontram-se ainda as iniciativas do Governo Federal deestimular a cogeração de energia e a geração distribuída, próximo aos centrosconsumidores (ou centros de cai'ga), como forma de reduzir as perdas técnicas e os

custos e impactos das infraestruturas de transmissão, com torres de transmissão efaixas de servidão, o que Contraria a lógica de. unidades de geração dispersas,localizadas pfó)amas ao mercado.

Comparando-se a produção e consum(i de energia elétrica em São Pauloobserva-se o crescente gap entre produção e consumo, o que tem elevado asimportações do Estado e que evidenciam claramente a necessidade de construção. de

novas urinas em São Paulo, evitando:se assim custos com novos sistemas detransihissão para atendimento da carga.

Av. Prof. Frederico Hermann Júnior. 345 l CEP 05459-900 l São Paulo, SPFine: (11) 3133-3270 SÃO ããULO

GOVERNO DO ESTADO

Página: 2099

Page 108: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

G OVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA+

Estadode São Paulo Produção e Consumo de Energia ElétricaTWh

170

150

130

90

50 -F--

gg ê @#' @@#é###é#©#©P#e©#©Im po rta çã o - Prod uçã o -Consu mo

Fonte: Balanço Energético do Estado de São Paulo = BEESP

Some-se a isso a tendência- global de elet:rinicação dos veículos, o quedemandará eletricidade para abastecimento, sendo tendência em diversos países

Market share em 201 7(sobre total de licenciamento)

Licenciamento em 201 7

Veículos elétricos puros(BEVs)

468 milChina

104 mitEstados Unidos

33 mil

36 mílHíbridos plug-ín(PHEVs)

111 milChina

94 mílEstados Unidos

Fonte: EPE, 2019

A\G. Prof. Frederico Hermann Júnior. 345Fone: (]-1) 3133-3270

l CEP 05459-900 l São Paulo, SP

SÃO ®JLOGOVERNO DO ESTADO

Página: 2100

Page 109: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

A EPE, em seu planejamento indicativo constante no Plano Decenal de Energia-- PDE 20 1 8-2027, projeta significativa expansão da geração no cenário de referência,como mostrado abaixo, apontando a necessidade de adicionais 40 GW de energiaelétrica até 2027:

Expansão Indicativa - Expansão de Referência (GW)40 '7'

35

30

25

20

15

10

5

2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024

LUTE Ciclo Aberto + Armazen. aBiomassa HEólica aHidráulica

Fonte: PDE 20 18-2027 - EPE

02025 2026 2027

PCH H Solar ü Térmica

À EPE estima ainda que a eletricidade ganhará 2% de participação no consumofinal daindústria no país nos próximos 10 anos, o que complementa a necessidade

cie geração adicional. São Paulo, por abrigar o parque industrial mais desenvç)lvido ediversificado do país, terá papel essencial na. oferta de energia elétríca -para- ocrescimento da indústria e demais setores. Neste horizonte de planejamento decenal,

a EPE estima (ilueo carvão mineral e as demais fontes ganharão participação relativano consumo final de energia do setor indust:real, em detrimento da queda departicipação dos derivados de petróleo,,dó gás natural e dos derivados da cana.

Av. Prof. Frederico Hermann Júnior. 345 l CEP 05459-900 l São Paulo, SPFine: (11) 3133-3270 sÃoãu-o

GOVERNO DO ESTADO

Página: 2101

Page 110: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

Mk'

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA .DE INFRAESTRUTURA

Participação das Fontes no Consumo Final Industrial (%)100%

90%

80%

t2,5%

8,9%

11,9%/

l0,5%

Derivados dePetróleo

Demais Fontes

70%Eletricidade

60%

50%

40%

30%

20%

Derivados da Cana

7'Lenha e CarvãoVegetal11,8%

14.5%Carvão Mineral eDerivados

10%11,1%

o%2017

Fonte: PDE 20 1 8-2027 - EPE

l xo,oq

2027

Gás Natural

Neste sentido, a política energética de São Paulo, à luz dos compromissosambientais assumidos se diferencia ao privilegiar e estimular a expansão da oferta edo consumo de gás natural e da. biomassa da cana de açúcar, dadas as vocaçõesregionais do Estado.

Com a entrada crescente de fontes renováveis no sistema energético do país,principalmeríte em São Paulo -- estado mais renovável do país e dentre os maiores do

mundo em renovabilidade da matriz energética = como biomassa da cana, solar,eólica, além das próprias hidrelétricas, .tem gerado impactos na operação do sistema

e na ,sua energia assegurada, já.-que estão sujeitos a condições climáticas ehidrológicos. Isto tem demandado a entrada de empreendimentos que ofereçamflexibilidade é segurança operacional, como é o caso das térmicas que operam comcombustíveis fósseis.

d

Dentre os fósseis o gás natural é o energético mais limpo e, por esta razão, éconsiderado o combustível da transição para uma economia limpa, cónsoanté aosProtocolos e Acordos Internacionais relativos às mudanças climáticas;

\\Av..Prof. Frederico Herfnánn Júnior, 345 l CEP 05459 900 l São Paulo, SPFone: (11) 3133-3270 :ÉÃ. ãu-o

GOVERNO DO ESTADO

Página: 2102

Page 111: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

Ademais, devido aos volumes crescentes de produção de gás natuí'al associadono pré-sal da Bacia dé Santos, às previsões de crescimento de sua a oferta, e aosinvestimentos previstos para ampliação do escoamento e distribuição, o gás naturalé um dos principais energét:icos da política energética estadual, consoante àspolíticas de sustentabilidade. Complementarmente, uma das diret:rizes estratégias déSão Paulo na área de energia é ampliar a participação do gás natural na matrizenergética. No mais, além dos projetos termelétricos a gás representarem importanteconsumo, estimulando ampliação das redes, propiciam. ampliação da t)certa deenergia elétrica no centro de carga do Sistema Elétrico.

Fato concreto da necessidade de reforço da geração de energia em São Paulo éa quantidade de linhas de transmissão ou subestações de diferentes tensões leiloadas

nos últimos anos pela ANEEL, com. o objetivo de aumentar o intercâmbio de energia

entre. regiões devido à escassez de geração no Estado, maior consumidor de energia

do país~e um dos principais centros de carga:

v' Leilão 04/2018: LOTE 8, com.posto pela LT 230 KV ltararé ll .- Capão Bonito,

CI, com 108 km, no Estado de São Paulo -) Custo de R$ 89 milhões e prazode implantação de 4 anos

SE Mutum/

SP SE Terminal Ri6

SE ltararéSE Capão Bonito

Fonte: ANEEL - Leilão 04/2018

./ Leilão 02/2018: LOTE 10, composto por SE 500/230 kV Lorena - (3+IR) x 400MVA; trechos de LT'em 500 kV entre o seccionamento da LT 500 kV TjjucoPreto - Cachoeira Paulista C2 e a SE Lorena, com 2 x 2 km; Trechos de LT em

500 kV entre o seccionamento da LT 230 kV Aparecida - Santa Cabeça CI e a

Av. Prof. Frederico Hermann Júnior,.345 l CEP 05459-900 l são Paulo, sp ziüE::!iãGOVERNO DO ESTADOSA ULOFone= (1.1) 3133-3270

d

Página: 2103

Page 112: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

©GOVERNO'DO ESTADO DE SAO PAU LO

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTESUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

SE Lorena, com 2 x 2 km; e Trechos de LT em 230 kV entre o seccionamento

da LT 230 kV Aparecida - Santa Cabeça C2 'e a SE Lorena, com 2 x 2'ikm -)

Custo de R$ 238 milhões e prazo de implantação de 4 anos

MG

SP d F'U.,'SE Lagos

SE Lorena ®'PR

Fonte: ANEEL -- Leilão 02/2018

/ Le:não Q5/2016: LOTES 5, 6, 18, 19, 24, 25 e 29:5. LT 230 kV Nova Porto Primavera - Romana CD, com 18,2 km; SE 230/138

kV Rosana (novo pátio 230 kV)

6. SE Araraquara 2 -- 3 Compensadores Síncronos 500 kV (-180/+300) MVar18; LT 500 kV Estreito - Cachoeira Paulista CI e C2, CS, com 375 km cada19. LT 500 kV Ferrão Dias - Terminal Rio, com 330 km

20. SE 500 kV Fernão Dias - Compensador Estático 500 kV j-150/300) Mvar24. LT 440 kV Cabreúva = Ferrão Dias CI e C2, CD, com 71 .km25. SE 440 kV Bauru - Compensador.Estático 440 kV (-125/2501 Mvar29. SE 440/ 138 kV Baguaçu - (6+IR) x 100 MVA; SE 440/ 138 kVAlta Paulista

(6}IR) x 133,33 MVA; Trecho de LT da SE Alta Paulista ao Secc da LT 440kV Marechal Rondon. : Taquaruçu, com 53 e 54 km cada

Av. Prof. Frederico Hermann Júnior, 345 l CEP 05459-900Fone: (11) 3133-3270

São Paulo. SP

SÃOãâJLOGOVERNO DO ESTADO

Página: 2104

Page 113: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

N#:

$l;.}goMI

NGOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTESUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

= QíTlpa ataria 2SE Imbktini

//

/

SE A

A SE A» pnlmSE Ph Bdlliarlb

\-.«.d"-:\ SE !ipbVwna2

tl

U GiAah

SE Parar)a\d r\UU

= La)drwu Sd

: ':

SE Fbz do Igtjaçu

Fonte: ANEEL - Leilão 05/2016h

Cumpre citar ainda. que a patente necessidade de ampliar a segurançaenergética, no Estado, por meio da implantação de geração de energia firme,propiciada por termelétricas a gás, acaba por reduzir a dependência de importaçãode energia de outros Estados, reduzindo, portanto, a vulnerabilidade, bem comoevitar dêshgamentps ou desabastecimentos de energia provocados por desligamentosde urinas em outras regiões do país. Na realidade, como São Paulo importa mais dametade da energia elétàca qile consome (5P%l, se houver problemas em alguma dasLinhas de Transmissão de energia do Rio Madeira ou Xingu (Urinas de Santo Antonio,

Jirau e Belo Montei, haverá severo risco de desligamento dê várias regiões do Estado.

Devido a esta questão o setorelétrico adota critérios de redundância,'visandoreduzir riscos de exposições e desligamentos, o que gera custos desnecessários face

a soluções de geração local. Além disso, a abrangência do impacto deitas linhas detransmissão e subestações, e a supressão. de vegetação combinada é de maiormagnitude que o impacto causado Flor uma grande urina termelétrica localizada emponto estratégico do sistema.

Complementarmente, em Seminário realizado Ódio Ministério de Minas eEnergia -- MME em 29/04/2019 sobre o Novo Mercado.de Gás Natural e suaIfitegração na Matriz Energética, foram apresentadas as seguintes premissas econclusões pelosprincipais órgãos envolvidos com a sinergia entre os setores de gáse energia elétíica:

Av. Prof. Frederico Hermann Júnior-, 345 l CEP 05459-900 1 São Paulo, SPFine: (11) 3133-3270

\

áGOVERNO DO ESTADO

ULO

Página: 2105

Page 114: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

/ A EPE planeja expansão de 10 GW de urinas térmicas a gás natural entre2018-2027, sendo 3 GW devido à substituição de urinas a óleo diesel e óleocombust:ível;

3.000 MWCapacidade instalada de UTE's a óleo diesel e Combustível que o PDE 2027 adotoucomo premissa de retirada do.sistema0 e 2

23.000 MWÉ a capacidade.instalada em UTE a GN, 11%da capacidade instalada do País em 2027

RJ *''''"?1.3.000 MWÉ a capacidade instalada em UTE a GN, 8% dacapacidade instalada do País

Fonte: Apresentação EPE -- Seminário MME em 29/04/20 19

Uruguai

'Argentina GNL RegaisificaçãoU Futuro

e Construção9' Operação

A Produção Naciona

/

/

O gás do pré-sal pode mudar o pernil Brasileiro de importador para exportadore servil como alternativa a diversos combustíveis (Diesel, Gás da Bolívia, GNLimportador, atualmente importados.

Há necessidade de'viabilizar expansão do. parque de energia renovável comback-up de urinas 100% flexíveis a gás, para atendimento da ponta e carga.

Importante mencionar que as térfnicas apresentam diversos beOeficiós sobre a

expansão do sistema, tais como: geração no centro de carga (redução das perdas e

do investimento em . transmissãol, ampliação da c(in6labilidade ' na operação doSistema Interligado Nacional T SIN, redução dos riscos de conclusão de projetos,como a maturação de nucleares, redução do passivo ambiental comparativameríte aurinas hidrelét:ricas na Amazõnia ou do uso de térmicas de óleo/carvão e geraçãofirme, limpa e de baixo custo (a partir do gás do pré-sal).

Outra característica relevante das urinas termelétricas, notadamente a gásnatural, é a capacidade de economizarem água nos reservatórios hidrelétricos para o

período de escassez hídrica (ou período seco), reduzindo custos operativos eAv. Prof. Frederico Hermann Júnior, 345 l CEP 05459-900 l são Paulo, SP IOE:!gã

GOVERNO DO ESTADOFine; (11) 3133-3270 S H ULO

Página: 2106

Page 115: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

possibilitando a manutenção dos usos múltiplos da água para abastecimento

urbano, navegação, geração de energia, entre outros.

Sob este prisma, tais usinas são essenciais não apenas à complementariedade

e diversinlcação das fontes do sistema hidrotérmico do .país, conferindo aumento dasegurança e redução das vulnerabilidades climáticas, mas por postergar também a

implantação de soluções para ampliar a captação de água de regiões mais distantese promover a integração de bacias hidrográficas.

Não obstante, em suas atividades de planeamento, a Empresa de ,Pesquisa

Energética identificou inúmeros terminais de GNL em .estudo apenas na ]iegiãoSudeste, os quais estão associados a projetos termelétricos, bem como de 3 rotasadicionais de .escoamento .do gás do pré-gal, as devem acrescentar- de 30 a 45MIMm;/dia de oferta de gás nacional no país. Tais projetos estão relacionados ànecessidade de expansão da .geração termelétrica a gás no país, seja devido àscaracterísticas de flexibilidade. operacional do combustível, da não necessidade dearmazenamento e do crescimento da oferta na Bacia de Santos, seja por ser o fóssil

menos poluente e conferir complementaridade e segurança às energias renováveis,como biomassa, solar e hidráulica, favorecendo a transição para a economia de baixocaJ'boné.

b

Terminal GNL ExistenteTem)tRaI GNL em Estudo

. Gasodutos TranspoRe

Baia de Guanabara

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da EPE j2019)

Em São Paulo estão em estudo alguns proüetos têrmelétricos para produção de

energia firme, de base, associados à segurança energética, dentre os quais seencontram as Urinas Termelétricas do Complexo Pedreira (2,5 GWI -- Piratininga e de

\

Av. Prof. Frederico Hermann Júnior. 345 l CEP 05459-900' 1 São Paulo, SPFine: (11) 3133-3270+ SÃOãlJLO

GOVERNO DO ESTADO

Página: 2107

Page 116: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETAkIA DE. INFRAESTRUTURA

Lins (2, 1 GW), .ambas a gás natural e com operação em ciclo combinado e, portanto,de alta eâtciência e rendimento. Estes empreendimentos estão em fase de avaliaçãodo EIA/RIMA pela CETESB, razão pela qual o órgão solicitou apreciação destaSubsecretaria quanto ao prometo, para a efetiva análise ambiental doempreendimento, para poster'ior emissão do Parecer Técnico .

No tocante à expansão da oferta, no Leilão A-6/2019 estão cadastrados 52proyetos termelétricos'a gás natural no Brasil, com oferta de 41,7 GW, dos quais 5estão no Estado de São Paulo, que somam 6,4 GW, sendo que para este leilão foramcadastrados 1.829 empreendimentos no pais, que totalizam mais de 100,8 GW decapacidade de oferta ao Sistema Elétrico, denotando não apenas o elevado interessedos investidores -é. empreendedores, como também a necessidade de ampliação dàoferta ao sistema. elevo-energético do país.

Ademais, há outros. aspectos extremamente relevantes para a iídplantação deproUetos termelétricos a gás no Estado de São Pauló:

f

d

v'' Produção crescente de gás natural associado no pré-sal da Bacia de Santos e

no. Estado de São Paulo, o qual vem sendo reinjetado nos poços devido àausência de mercado para viabilizar a construção de infraestrutura, o que épropiciado por estas urinas;

v'' Elevado .interesse de operadores em construir rotas complementares paraescoamento desta produção de gás;

'< Aprovação .recente pelo, Consuma da Licença Ambiental Prévia ILP) paraconstrução de terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) em Santos, visandoaumentar a disponibilidade de gás ao mercado e atender a sazonalidade doconsumo termelétrico:

A localização geográfica da Usina Térmica de Piratininga e as característicastécnicas do empreendimento, ilustradas abaixo, justialcam .a geração no centro decarga e o beneficio pai'a a segurança energética para o sistema elétrico que atende aregião de São Paulo:

Av. Prof. Frederico Hermann Júnior, 345 l CEP 05459 900 l São Paulo, SPFone: (11) 3133-3270 SÃO ããULO

GOVERNO DO ESTADO

Página: 2108

Page 117: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

F'Liiüb da Área da EhIAE

E::3SE349t3848 /hntütgalbblfta VUHa doAcen

H::W;H:=' das Unlçlades

a"E boys l e l.

Cabo l\V (StiblHrârieo)

n«- 0-tn a Ag«]Rde d+ G &

LanÜ-«mslo do tlbenln

= -«'= ZC-Z.n&- .

= Za$1 an EVaeH d+ hBnn SOCA

= E=;"» B-''+n""""

= ZH . ZQ= nU

«uu#n-©aARCADIS :à;:p

SUBSTITUIÇÃO TECNOLÓG iCA 0AS UNIDADESiTININGAl E 2 DA UTE

ESTUDO DE iib#ACTD AiõaiEhíixl - EiA

Fonte: EIA/RIMA do empreendimento

+

Av. Prof. Fredertco Hermann Júnior. 345 1 CEP 05459-900Fine: (11) 3133-3270

São Paulo. SP

SÃOãÍULOGOVERNO DO ESTADO

Página: 2109

Page 118: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

W u'

Ê d+'

$<

il:l] Lmt. ü km M Ci,'AE

SE 34S/1 38 88 KV Piar)tilga

Tamolóüíca remando Gago'kart

J Usk» TeftTtdéUca Piatiihga - Unidades lo 2

Uúu TemldóUca Pi'atilhga A Unidades 3 o 4

Áma oomparlihüda entoo as Unidades 1. 2. 3 o4

SE 34 W1 3&B8

\ T.'=::"" "üb . ' , ..,e Rode do Gás - 3S b« (Cangas)

---'- Roda do Gás . 1 7 bw (Comgâs)Obodub 08An

Duro do Captação de Água

Fonte: EIA/RIMA dg empreendimento

Av. Prof. Frederico Hermann Júnior, 345 l CEP 05459-900 l São Paulo, SPFone: (11) 3133-3270 SÃO ãJLO

GOVERNO DO ESTADO

Página: 2110

Page 119: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

«A

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAU LOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

Parâmetro

temperatura Ambiente 19,2'C

Umidade Relativa Média 78%

Elevação

Temperatura da Água

730 metros

1'5'C

Queima suplementar na HRSG BLOCO l Sim /BLOCO ll Não

Parâmetro BLOCOS B LOCO ll

Desempenho

Potência de cada TG (MW) 346,3 272,70

545,40Potência total das TGs (MW) 1038,8

Potência das TVs (MW) 697,9

1736,8

273,50

818Potência total dá planta, (MW)

Potência cargas auxiliares(MW) 34,4

1702,3

6208

17,3

800,7

5925

6Q,76

Potência Líquida (MW)

Taxa Líquida de Aquecimento (kJ/kWh)

Eflciê ncia Líquida (%) 57,99

Fonte: SIEMENS. 2019.Fonte: EIA/RIMA do empreendimento

Em que pese o elevado custo beneficio destas urinas termelétricas a gásoperando em ciclo combinado ,- oferecendo energia firme/ alta eficiência, elevada

potência e geração de eneí'gia com emissões sensivelmente inferiores a de outros

combustíveis fósseis -- sua, implantação depende, além do devido licenciamentoambiental, de disporem de competitividade económica em relação a outras fontes, jáque pelas regras do setor elétrico os pfoyetos termelétricos concorrem com outras

fontes nacionais, em leilão promovido pela ANEEL, para venda de energia ao mercado

regulado: Os projetos vencedores nestes . leilões são definidos estritamente pelo

Av. Prof. Frederico Hermann Júnior, 345 l CEP 05459-900 l são Pauta, SP Í!$!i!!ãGOVERNO DO ESTADO

ULOFine: (1.1) 3133-3270 S H

Página: 2111

Page 120: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

L

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

critério de menor preço ofertado pela energia gerada, o que irá garantir contratos quesuportarão o financiamento do empreendimento .

Uma vez vencido o leilão, a assinatura de contratos de venda de energia é quegarantirá a viabilidade comercial e financeira do empreendimento e que permitirá oinício da fase de instalação para posterior início de operação, uma vez atendidas asCondicionantes para emissão das licenças específicas de instalação e operação - LI eLO. Caso contrário, se b empreendimento não ganhar o leilão, não haverá contratos

que suportem a construção da urina, dado o elevado risco de mercado e condiçõesmenos atrativas de financiamento devido à ausência de garantias, inviabilizando aimplantação do projeto sob a ética económico-financeira.

Complementarmente, a Urina Termelétrica de Piratininga, localizada noComplexo Pedreira, está não somente. aderente e alinhada ao planejamento

energético decenal, elaborado pelo Governo Federal, e à política energética estadual,mas também ao Programa Pauli.sta de Petróleo e Gás, posto que tem como finalidadeampliar a oferta de energia elétricá ao sistema e o consumo de gás, contribuindo para

o áurnento da participação do gás .na matar'iz energética paulista e da segurançaenergética ao sistema, conciliando a expansão da oferta de energia à diretrizes desustentabilidade.

Nesta mesma toada, o PPE previu a implantação de 2 projetos termelétricos a

gás no Estado no horizonte até 2020, à guisa de disporem de licença ambiental e danecessidade de ampliação da oferta de energia, as quais não se viabilizaram.

Logo, hâ imperiosa necessidade de implantação de novas urinas no Estado

como estratégia de ampliação de oferta medíànte implantação de geração distribuídapróxima ao centro de carga, favorecendo a atraçãb de empresas e investimentos em

São Paulo, sendo que tais empreendimentos estão alinhados à Política EnergéticaEstadual, integrante do Plano Paulista de Energia PPE.

Resta demonstrada,-portanto, a patenteimprescindibilidade da. oferta firme deenergia da Urina Termelétrica de Piratininea e de outras urinas termelétricas em São

Av. Prof:- Frederico Hermann Júnior, 345 l CEP 05459-900 l São Paulo, SPFon.e: : (11) 3133-3270

/ SÃO ãJLOGOVERNO DO ESTADO

Página: 2112

Page 121: PARECER TÉCNICO - Microsoft...Parecer Técnico nº 170/19/IPER, elaborado pelo Setor de Avaliação de Riscos Tecnológicos – IPER/CETESB em 21/05/2019; Parecer Técnico nº 038/19/IPGS,

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

mérito técnico e setorial.

Sendo o que se apresento, aproveitamos a oportunidade para renovar protestosde elevada estima e distinta consideração

GLAUêlO Atei }NNA

Subsecrejtário de Infraestrutura

Ilustríssimo SenhorDOMBNICO TREMAROLIDiretorDiretoria de Avaliação de Impacto AmbientalCompanhia Ambiental do Estado de São PauloCCR/SSI

Av. Prof. Frederico Herrnann Júnior, 345Fine: (11-) 3133-3270

CEP 05459 900 São Pauta, SP

SÃOãÍULOGOVERNO DO ESTADO

Página: 2113