parceria público privada
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25/09/2015 Parceria PúblicoPrivada
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Parceria Público-Privada
MÓDULO V - PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA
Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB
Curso: Modalidades, Tipos e Fases da Licitação - Turma 11 B
Livro: Parceria Público-Privada
Impresso por: Luiz Antonio Grubba
Data: sexta, 25 Set 2015, 09:54
SumárioMódulo V - Parceria Público-Privada
Unidade 1 - Visão geral das PPPs
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Exercícios de Fixação - Módulo V
Módulo V - Parceria Público-Privada
A Linha 4 Amarela do Metrô de São Paulo (área construída de 20.594,84 m2, inaugurada em 15/09/11) foi o primeiro
empreendimento do país a contar com uma Parceria PúblicoPrivada PPP.
O novo mecanismo de participação do setor privado em projetos públicos tem o objetivo de complementar os grandes investimentos
governamentais na expansão e melhoria de serviços de grande importância social.
No caso da Linha 4 Amarela, a PPP previu a concessão de sua operação comercial, pelo prazo de 30 anos, a agente privado que tem
também a responsabilidade pelo investimento na compra da frota de trens e de outros sistemas operacionais, como sinalização e
controle; telecomunicações móveis e supervisão; e controle centralizado.
Portal do Governo de São Paulo – 29/11/2006
Unidade 1 - Visão geral das PPPs
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O marco legal das parcerias públicoprivadas foi a Lei nº. 11.079/2004 que instituiu normas gerais para licitação e contratação deparceria públicoprivada no âmbito da Administração Pública.
Mas observem que as PPP evoluem no Direito Administrativo brasileiro de forma ainda muito tímida.
Também é fato que desde 2004 há no Congresso outros projetos que têm como propósito alterar a Lei nº. 8.666/93 que regulamenta
as licitações e contratos, e que versam sobre as PPP’s. Urge um espírito mais empreendedor do Estado.
A boa nova é que o caminho seguido pela Administração Pública brasileira aponta para a celeridade no processo licitatório, inclusive,
com o investimento na tecnologia da informação (TI). Daí decorre uma visão mais próspera para o incremento nas “Parcerias
PúblicoPrivadas”. Entretanto é certo, estas últimas prometem trazer bastante discussão.
Já vislumbrando esse cenário, algumas Unidades Federativas começam a desenhar os procedimentos de compra de bens e serviços
nesta “nova proposta”, como é o caso apresentado por São Paulo.
Pág. 2A experiência com as parcerias públicoprivadas tem seu histórico relacionado às políticas liberais implementadas pelo governo da
PrimeiraMinistra britânica Margareth Tatcher, entre os anos 1979 e 1990. Substituindo o governo anterior do Partido Trabalhista
inglês, a primeiraministra empreendeu uma série de reformas liberalizantes capitaneadas por privatizações e por inúmeras
parcerias com o setor privado. Não só a Inglaterra, mas praticamente todos os Estados nacionais se ressentiam da incapacidade
financeira para manutenção dos serviços públicos e para a realização de investimentos em novas demandas sociais.
Esta crise persiste, pois os níveis de endividamento aos quais os Estados se submeteram para financiar investimentos públicos
levaram a dívidas internas e externas gigantescas. Em geral tais dívidas foram roladas por meio de altas taxas de juros e grande
inflação. Os ajustes a que os Estados se submeteram para equacionar tais problemas implicaram em um controle dos gastos
públicos, o que diminuiu sua capacidade de investimento.
Pág. 3O Brasil participou deste mesmo processo: endividamento, alta inflação, planos de
estabilização, renegociação de dívida e controle de contas públicas. A mesma restrição quanto
às verbas destinadas aos investimentos públicos afeta o Brasil, assim as parcerias público
privadas se tornam um instrumento de abertura para estes investimentos. As PPPs, bem como
outros projetos relacionados a mudanças referentes a licitação e contratos, já se encontram
em discussão desde 2004, em especial após sua instituição pela Lei nº. 11.079/2004 (alterada
pelas Leis nºs 12.024/09, 12.409/11 e MP nº 575, de 07/08/12. O Decreto nº 5.385/05 instituiu
o Comitê Gestor de Parcerias PúblicoPrivadas Federais).
As parcerias públicoprivadas são contratos estabelecidos entre o setor público e o setor privado, a partir do qual este último recebe
a incumbência de prover serviços tidos como essencialmente públicos, assim como providenciar os investimentos necessários à
implementação destes. Em geral, aqueles projetos que exigem a utilização de grandes somas de capital para sua realização e são
projetos de longo prazo de constituição estão na mira das PPPs. Em tese estas parcerias possibilitariam casar as capacidades de
gestão e investimento do setor privado com a impossibilidade estatal de prover tais recursos. O artigo 4º da Lei nº. 11.079/2004,
em seu inciso III, estabelece que apenas as funções de regulação, jurisdicional, exercício de poder de polícia e demais atividades
exclusivas do Estado é que não são passíveis de serem reguladas e fornecidas pela iniciativa privada, não podendo ser contempladas
por parcerias públicoprivadas.
Pág. 4As PPPs podem ser vistas como uma nova forma de colaboração entre Estado e setor privado. Devemos lembrar que as relações de
colaboração entre o setor público e o setor privado já ocorrem por meio de outras formas, já consagradas, de contrato:
administrativos, de construção, de prestação de serviço, de compras. Todas elas são geradas pela necessidade do Estado em utilizar
serviços e matériaprima das empresas privadas. As parcerias seriam apenas uma nova modalidade de contrato que possibilitaria
esta utilização. Mas onde se encontra a diferença? Como vimos, a incapacidade de investimento do Estado faz com que ele se volte
à capacidade de investimento da iniciativa privada, mas esta necessita de garantias para os investimentos efetuados.
A implementação de marcos regulatórios que garantam às empresas investidoras o retorno do capital aplicado é a exigência maior
da constituição de parcerias. O histórico estatal de não pagamento de serviços prestados pela iniciativa privada e contratados com
ele acaba por intimidar o direcionamento de capital a qualquer empreendimento de serviços públicos; e é à diminuição desta
insegurança que a regulação das PPPs objetiva. Mas não só.
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Pág. 5Há também um objetivo contábil e financeiro estatal por trás desta regulação. Como os Estados necessitam manter as contas
públicas em situação confortável, isto é, manter superávits para pagamento de seu endividamento, qualquer investimento em infra
estrutura ou serviços é contabilizado como dívida. Este dispêndio de capital incide como aumento da dívida do país e diminui o
espaço para um superávit nas contas estatais. Com as PPPs, aquilo que seria endividamento se torna gasto de custeio, que entra no
orçamento do país como manutenção da estrutura pública.
O resultado, contábil, é não aumentar a dívida do país, o que não quer dizer que outros mecanismos de controle não tenham que ser
criados. Passa a ser interessante perceber que os cálculos de risco do empreendimento, a projeção dos custos futuros, o controle
para uma gestão altamente eficaz e o dotamento de verbas expressas no orçamento nacional seriam agora o alvo das preocupações
das contas públicas.
Pág. 6A regulação não seria dependente explicitamente da elaboração de novas leis, mas na institucionalizaçãodesta nova prática a partir da implementação das leis existentes. Assim, o Estado poderia estabelecercontratos de prestação de serviços por longos prazos – necessários ao retorno do investimento – sem oinvestimento (endividamento) inicial. Outra vantagem das PPPs é a possibilidade de que o contratoenglobe todo o espectro de demandas materiais e imateriais necessárias à prestação do serviço público.Por exemplo, o Estado não precisaria fazer contratos específicos para a construção de um sistemametroviário, para a contratação de serviços de manutenção, para a compra de matéria-prima, para aadministração do sistema, etc.
A partir da constituição da parceria, o Estado contrata todos os investimentos necessários – daconstituição de bens de capital à manutenção dos serviços por meio da compra de insumos materiais econtratação de pessoal – com sua parceira por um período longo, no qual o parceiro tem as condições derecuperar o capital a partir do fornecimento do serviço contratado segundo critérios de qualidadeestabelecidos em contrato e com retorno mínimo garantido também contratualmente pelo Estado.
Pág. 7Duas questões estão na base da constituição de um marco institucional para as parcerias públicoprivadas: a confiança e a
credibilidade. Interligadas de maneira irrevogável, apresentam o que há de característico no conceito de parceria. A credibilidade do
Estado se encontra na constatação de que cumpre os contratos nos termos estabelecidos; a credibilidade da empresa parceira está
na eficiência e eficácia com a qual fornece o serviço em apreço. A seu turno a confiança do Estado se remete à justa realização dos
serviços públicos que são sua obrigação social; em outro giro, a confiança da empresa parceira está no retorno garantido do
investimento realizado.
Na equação dos interesses do Estado e das empresas parceiras contratadas é que as PPPs encontram o sucesso ou fracasso. O
equilíbrio do lucro desejado pela iniciativa privada, do serviço de qualidade exigido pela sociedade e da capacidade organizacional do
orçamento estatal não será atingido apenas com a instituição de leis e normas. O sucesso das PPPs exigirá a qualificação da gestão
financeira pública, do planejamento de serviços em função das demandas sociais futuras e da capacidade organizacional das
empresas em fornecer os serviços necessários a estas demandas.
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Leia mais
As parcerias públicoprivadas: solução ou problema?(Tese de mestrado no UniCeub de Gilson Dantas deSantana e Hélio de Souza Rodrigues Júnior.
Entrevista com a advogada e professora doutoraVera Caspari Monteiro, oportunidade em quesão analisados os limites, aplicações e possíveiscaminhos para a implementação das parceriaspúblicoprivadas. Clique aqui (inhttp://www.pppbrasil.com.br/portal/content/entrevistaveracasparimonteiro).
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Exercícios de Fixação - Módulo V
Parabéns! Você chegou ao final do curso Modalidades, Tipos e Fases da Licitação.
Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e resolva os Exercícios de
Fixação. O resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu domínio do
conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a correção imediata das suas respostas!
Porém, não esqueça de realizar a Avaliação Final do curso, que encontrase no Módulo de Conclusão. Lembramos que é
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