parceria público privada

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25/09/2015 Parceria PúblicoPrivada http://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=23393 1/4 Parceria Público-Privada MÓDULO V - PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB Curso: Modalidades, Tipos e Fases da Licitação - Turma 11 B Livro: Parceria Público-Privada Impresso por: Luiz Antonio Grubba Data: sexta, 25 Set 2015, 09:54 Sumário Módulo V - Parceria Público-Privada Unidade 1 - Visão geral das PPPs Pág. 2 Pág. 3 Pág. 4 Pág. 5 Pág. 6 Pág. 7 Pág. 8 Exercícios de Fixação - Módulo V Módulo V - Parceria Público-Privada A Linha 4 Amarela do Metrô de São Paulo (área construída de 20.594,84 m2, inaugurada em 15/09/11) foi o primeiro empreendimento do país a contar com uma Parceria PúblicoPrivada PPP. O novo mecanismo de participação do setor privado em projetos públicos tem o objetivo de complementar os grandes investimentos governamentais na expansão e melhoria de serviços de grande importância social. No caso da Linha 4 Amarela, a PPP previu a concessão de sua operação comercial, pelo prazo de 30 anos, a agente privado que tem também a responsabilidade pelo investimento na compra da frota de trens e de outros sistemas operacionais, como sinalização e controle; telecomunicações móveis e supervisão; e controle centralizado. Portal do Governo de São Paulo – 29/11/2006 Unidade 1 - Visão geral das PPPs

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curso do Ilb, sobre parceria publico privada

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Page 1: Parceria Público Privada

25/09/2015 Parceria Público­Privada

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Parceria Público-Privada

MÓDULO V - PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA

Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB

Curso: Modalidades, Tipos e Fases da Licitação - Turma 11 B

Livro: Parceria Público-Privada

Impresso por: Luiz Antonio Grubba

Data: sexta, 25 Set 2015, 09:54

SumárioMódulo V - Parceria Público-Privada

Unidade 1 - Visão geral das PPPs

Pág. 2Pág. 3Pág. 4Pág. 5Pág. 6Pág. 7Pág. 8

Exercícios de Fixação - Módulo V

Módulo V - Parceria Público-Privada

A Linha 4 ­ Amarela do Metrô de São Paulo (área construída de 20.594,84 m2, inaugurada em 15/09/11) foi o primeiro

empreendimento do país a contar com uma Parceria Público­Privada ­ PPP.

O novo mecanismo de participação do setor privado em projetos públicos tem o objetivo de complementar os grandes investimentos

governamentais na expansão e melhoria de serviços de grande importância social.

No caso da Linha 4 ­Amarela, a PPP previu a concessão de sua operação comercial, pelo prazo de 30 anos, a agente privado que tem

também a responsabilidade pelo investimento na compra da frota de trens e de outros sistemas operacionais, como sinalização e

controle; telecomunicações móveis e supervisão; e controle centralizado.

Portal do Governo de São Paulo – 29/11/2006

Unidade 1 - Visão geral das PPPs

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25/09/2015 Parceria Público­Privada

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O marco legal das parcerias público­privadas foi a Lei nº. 11.079/2004 que instituiu normas gerais para licitação e contratação deparceria público­privada no âmbito da Administração Pública.

Mas observem que as PPP evoluem no Direito Administrativo brasileiro de forma ainda muito tímida.

Também é fato que desde 2004 há no Congresso outros projetos que têm como propósito alterar a Lei nº. 8.666/93 que regulamenta

as licitações e contratos, e que versam sobre as PPP’s. Urge um espírito mais empreendedor do Estado.

A boa nova é que o caminho seguido pela Administração Pública brasileira aponta para a celeridade no processo licitatório, inclusive,

com o investimento na tecnologia da informação (TI). Daí decorre uma visão mais próspera para o incremento nas “Parcerias

Público­Privadas”. Entretanto é certo, estas últimas prometem trazer bastante discussão.

Já vislumbrando esse cenário, algumas Unidades Federativas começam a desenhar os procedimentos de compra de bens e serviços

nesta “nova proposta”, como é o caso apresentado por São Paulo.

Pág. 2A experiência com as parcerias público­privadas tem seu histórico relacionado às políticas liberais implementadas pelo governo da

Primeira­Ministra britânica Margareth Tatcher, entre os anos 1979 e 1990. Substituindo o governo anterior do Partido Trabalhista

inglês, a primeira­ministra empreendeu uma série de reformas liberalizantes capitaneadas por privatizações e por inúmeras

parcerias com o setor privado. Não só a Inglaterra, mas praticamente todos os Estados nacionais se ressentiam da incapacidade

financeira para manutenção dos serviços públicos e para a realização de investimentos em novas demandas sociais.

Esta crise persiste, pois os níveis de endividamento aos quais os Estados se submeteram para financiar investimentos públicos

levaram a dívidas internas e externas gigantescas. Em geral tais dívidas foram roladas por meio de altas taxas de juros e grande

inflação. Os ajustes a que os Estados se submeteram para equacionar tais problemas implicaram em um controle dos gastos

públicos, o que diminuiu sua capacidade de investimento.

Pág. 3O Brasil participou deste mesmo processo: endividamento, alta inflação, planos de

estabilização, renegociação de dívida e controle de contas públicas. A mesma restrição quanto

às verbas destinadas aos investimentos públicos afeta o Brasil, assim as parcerias público­

privadas se tornam um instrumento de abertura para estes investimentos. As PPPs, bem como

outros projetos relacionados a mudanças referentes a licitação e contratos, já se encontram

em discussão desde 2004, em especial após sua instituição pela Lei nº. 11.079/2004 (alterada

pelas Leis nºs 12.024/09, 12.409/11 e MP nº 575, de 07/08/12. O Decreto nº 5.385/05 instituiu

o Comitê Gestor de Parcerias Público­Privadas Federais).

As parcerias público­privadas são contratos estabelecidos entre o setor público e o setor privado, a partir do qual este último recebe

a incumbência de prover serviços tidos como essencialmente públicos, assim como providenciar os investimentos necessários à

implementação destes. Em geral, aqueles projetos que exigem a utilização de grandes somas de capital para sua realização e são

projetos de longo prazo de constituição estão na mira das PPPs. Em tese estas parcerias possibilitariam casar as capacidades de

gestão e investimento do setor privado com a impossibilidade estatal de prover tais recursos. O artigo 4º da Lei nº. 11.079/2004,

em seu inciso III, estabelece que apenas as funções de regulação, jurisdicional, exercício de poder de polícia e demais atividades

exclusivas do Estado é que não são passíveis de serem reguladas e fornecidas pela iniciativa privada, não podendo ser contempladas

por parcerias público­privadas.

Pág. 4As PPPs podem ser vistas como uma nova forma de colaboração entre Estado e setor privado. Devemos lembrar que as relações de

colaboração entre o setor público e o setor privado já ocorrem por meio de outras formas, já consagradas, de contrato:

administrativos, de construção, de prestação de serviço, de compras. Todas elas são geradas pela necessidade do Estado em utilizar

serviços e matéria­prima das empresas privadas. As parcerias seriam apenas uma nova modalidade de contrato que possibilitaria

esta utilização. Mas onde se encontra a diferença? Como vimos, a incapacidade de investimento do Estado faz com que ele se volte

à capacidade de investimento da iniciativa privada, mas esta necessita de garantias para os investimentos efetuados.

A implementação de marcos regulatórios que garantam às empresas investidoras o retorno do capital aplicado é a exigência maior

da constituição de parcerias. O histórico estatal de não pagamento de serviços prestados pela iniciativa privada e contratados com

ele acaba por intimidar o direcionamento de capital a qualquer empreendimento de serviços públicos; e é à diminuição desta

insegurança que a regulação das PPPs objetiva. Mas não só.

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Pág. 5Há também um objetivo contábil e financeiro estatal por trás desta regulação. Como os Estados necessitam manter as contas

públicas em situação confortável, isto é, manter superávits para pagamento de seu endividamento, qualquer investimento em infra­

estrutura ou serviços é contabilizado como dívida. Este dispêndio de capital incide como aumento da dívida do país e diminui o

espaço para um superávit nas contas estatais. Com as PPPs, aquilo que seria endividamento se torna gasto de custeio, que entra no

orçamento do país como manutenção da estrutura pública.

O resultado, contábil, é não aumentar a dívida do país, o que não quer dizer que outros mecanismos de controle não tenham que ser

criados. Passa a ser interessante perceber que os cálculos de risco do empreendimento, a projeção dos custos futuros, o controle

para uma gestão altamente eficaz e o dotamento de verbas expressas no orçamento nacional seriam agora o alvo das preocupações

das contas públicas.

Pág. 6A regulação não seria dependente explicitamente da elaboração de novas leis, mas na institucionalizaçãodesta nova prática a partir da implementação das leis existentes. Assim, o Estado poderia estabelecercontratos de prestação de serviços por longos prazos – necessários ao retorno do investimento – sem oinvestimento (endividamento) inicial. Outra vantagem das PPPs é a possibilidade de que o contratoenglobe todo o espectro de demandas materiais e imateriais necessárias à prestação do serviço público.Por exemplo, o Estado não precisaria fazer contratos específicos para a construção de um sistemametroviário, para a contratação de serviços de manutenção, para a compra de matéria-prima, para aadministração do sistema, etc.

A partir da constituição da parceria, o Estado contrata todos os investimentos necessários – daconstituição de bens de capital à manutenção dos serviços por meio da compra de insumos materiais econtratação de pessoal – com sua parceira por um período longo, no qual o parceiro tem as condições derecuperar o capital a partir do fornecimento do serviço contratado segundo critérios de qualidadeestabelecidos em contrato e com retorno mínimo garantido também contratualmente pelo Estado.

Pág. 7Duas questões estão na base da constituição de um marco institucional para as parcerias público­privadas: a confiança e a

credibilidade. Interligadas de maneira irrevogável, apresentam o que há de característico no conceito de parceria. A credibilidade do

Estado se encontra na constatação de que cumpre os contratos nos termos estabelecidos; a credibilidade da empresa parceira está

na eficiência e eficácia com a qual fornece o serviço em apreço. A seu turno a confiança do Estado se remete à justa realização dos

serviços públicos que são sua obrigação social; em outro giro, a confiança da empresa parceira está no retorno garantido do

investimento realizado.

Na equação dos interesses do Estado e das empresas parceiras contratadas é que as PPPs encontram o sucesso ou fracasso. O

equilíbrio do lucro desejado pela iniciativa privada, do serviço de qualidade exigido pela sociedade e da capacidade organizacional do

orçamento estatal não será atingido apenas com a instituição de leis e normas. O sucesso das PPPs exigirá a qualificação da gestão

financeira pública, do planejamento de serviços em função das demandas sociais futuras e da capacidade organizacional das

empresas em fornecer os serviços necessários a estas demandas.

Pág. 8

Leia mais

As parcerias público­privadas: solução ou problema?(Tese de mestrado no UniCeub de Gilson Dantas deSantana e Hélio de Souza Rodrigues Júnior.

Entrevista com a advogada e professora doutoraVera Caspari Monteiro, oportunidade em quesão analisados os limites, aplicações e possíveiscaminhos para a implementação das parceriaspúblico­privadas. Clique aqui (inhttp://www.pppbrasil.com.br/portal/content/entrevista­vera­caspari­monteiro).

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25/09/2015 Parceria Público­Privada

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Exercícios de Fixação - Módulo V

Parabéns! Você chegou ao final do curso Modalidades, Tipos e Fases da Licitação.

Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e resolva os Exercícios de

Fixação. O resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu domínio do

conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a correção imediata das suas respostas!

Porém, não esqueça de realizar a Avaliação Final do curso, que encontra­se no Módulo de Conclusão. Lembramos que é

por meio dela que você pode receber a sua certificação de conclusão do curso.

Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui.