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ANEXO 1
MINUTA DO CONTRATO DE CONCESSÃO
MINUTA – Versão de 19/06/08
Contrato de Parceria Público-Privada, na
modalidade de concessão patrocinada para
implantação, operação e manutenção do
Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no Eixo
Anhanguera
Goiânia - GO
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Contrato de parceria público-privada na modalidade
de Concessão Patrocinada
ANEXO 01 DO EDITAL DE LICITAÇÃO INTERNACIONAL N° 01/2013
Concessão patrocinada para implantação, operação e
manutenção, do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no Eixo
Anhanguera
Goiânia - GO
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SUMÁRIO
1 Disposições Iniciais .....................................................................................................................6
2 Objeto do Contrato ................................................................................................................... 15
3 Operação Integrada com a RMTC ........................................................................................... 15
4 Execução Integrada dos Serviços ........................................................................................... 17
5 Prazo da Concessão ................................................................................................................. 18
6 Bens da Concessão .................................................................................................................. 18
7 Sistemas Operacionais Integrados e Obrigações com os Equipamentos Públicos de
Apoio à Operação ..................................................................................................................... 19
8 Assunção do Serviço de Transporte Viário de Passageiros ................................................ 20
9 Responsabilidade Social e Ambiental .................................................................................... 20
10 Autorizações Governamentais ................................................................................................ 21
11 Projeto ........................................................................................................................................ 22
12 Desapropriações ....................................................................................................................... 23
13 Atividades Referentes à Implantação do Sistema de VLT .................................................... 24
14 Declarações ............................................................................................................................... 27
15 Garantia de Execução do Contrato ......................................................................................... 27
16 Direitos dos Usuários ............................................................................................................... 30
17 Prestação de Informações ....................................................................................................... 31
18 Fiscalização ............................................................................................................................... 32
19 Vistoria dos Trabalhos, Período de Testes e Início das Operações Comerciais ................ 34
20 Valor do Contrato, Aportes Públicos e Remuneração .......................................................... 35
21 Tarifa e Política Tarifária Integrada com a RMTC ................................................................... 39
22 Sistema de Arrecadação de Tarifas Integrado com a RMTC ................................................ 40
23 Receitas Extraordinárias .......................................................................................................... 42
24 Garantia do Poder Concedente ............................................................................................... 43
25 Penalidades ............................................................................................................................... 44
26 Alocação de Riscos .................................................................................................................. 46
27 Recomposição do Equilíbrio Econômico-Financeiro ........................................................... 52
28 Contratação com Terceiros e Empregados ............................................................................ 55
29 Transferência do Controle ........................................................................................................ 56
30 Financiamento ........................................................................................................................... 56
31 Assunção do Controle pelos Financiadores .......................................................................... 57
32 Intervenção do Poder Concedente .......................................................................................... 58
33 Casos de Extinção .................................................................................................................... 60
34 Advento do Termo Contratual .................................................................................................. 61
35 Encampação .............................................................................................................................. 61
36 Caducidade ................................................................................................................................ 62
37 Rescisão..................................................................................................................................... 63
38 Anulação .................................................................................................................................... 64
39 Falência ou extinção da concessionária ................................................................................ 64
40 Seguros .................................................................................................................................... 645
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41 Resolução de Controvérsias ................................................................................................... 68
42 Disposições Diversas ............................................................................................................... 70
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CONTRATO DE CONCESSÃO PATROCINADA
Aos [●] dias do mês de [●] de 2013, pelo presente instrumento, de um lado, na qualidade de
contratante:
(1) Estado de Goiás, pessoa jurídica de direito público interno, com sede no Palácio Pedro
Ludovico Teixeira, situado na Rua 82, nº 400, Centro, Goiânia, Goiás, CEP 74088-900, neste
ato representado pelo Procurador-Geral do Estado, Sr. [●], [qualificação], por meio do Grupo
Executivo de Implantação do VLT vinculado a SECRETARIA DE ESTADO DE
DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA, órgão integrante da
administração direta estadual, com sede na Cidade de Goiânia, Estado de Goiás, na [●],
inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob o nº. [●], representada por seus
representantes legais, Sr. [●], [qualificação], doravante denominado simplesmente “Poder
Concedente”;
de outro lado, na qualidade de concessionária:
(2) [●] S.A., sociedade anônima constituída e organizada de acordo com as leis brasileiras, com
sede na Cidade de Goiânia, Estado de Goiás, na [●], inscrita no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica sob o nº [●], neste ato devidamente representada por seus representantes legais, Srs.
[●], [qualificação], na forma de seu Estatuto Social, doravante denominada simplesmente
“Concessionária”;
no exercício de suas competências legais:
(3) Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos – empresa pública metropolitana,
constituída e organizada de acordo com as leis brasileiras, com sede na Cidade de Goiânia,
Estado de Goiás, na 1ª Avenida, nº 486, Setor Leste Universitário, inscrita no Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas sob o nº. 05.787.273/0001-41, neste ato representada por seus
diretores, Srs. [●], [qualificação], doravante denominada simplesmente "CMTC";
E, na qualidade de interveniente-anuentes:
(4) Companhia de Investimentos e Parcerias do Estado de Goiás, empresa pública estadual
controlada pelo Estado de Goiás, com criação autorizada pela Lei nº. 14.910, de 11 de agosto
de 2004, com sede na Cidade de Goiânia, Estado de Goiás, na [●], inscrita no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica sob o nº [●], neste ato devidamente representada por seus
representantes legais, Srs. [●], [qualificação], na forma de seu Estatuto Social, doravante
denominada simplesmente “Goiás Parcerias”
doravante denominadas, em conjunto, como “Partes” e, individualmente, como “Parte”.
CONSIDERANDO QUE
(A) O Estado de Goiás, por força do art. 17 da Lei nº 12.587, de janeiro de 2012 da Deliberação nº.
072 da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos da Região Metropolitana de Goiânia
(“CDTC”), recebeu, pelo prazo de 35 (trinta e cinco) anos, as competências para outorgar, gerir
e organizar os serviços de transporte de passageiros no Eixo Anhanguera, na Cidade de
Goiânia, Estado de Goiás (a “Deliberação”);
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(B) Com a finalidade de atender à crescente demanda de passageiros no Eixo Anhanguera,
integrado à Rede Metropolitana de Transportes Coletivos – RMTC, instituída pelo § 3º do art. 1º
da Lei Complementar nº 27/1999 (por força de acréscimo feito pela Lei Complementar nº
34/2001 e alterado pelas Leis Complementares nºs 37/2002 e 49/2004) assim como de
atualizar a prestação dos serviços públicos de transportes urbanos na Cidade de Goiânia e
requalificar urbanisticamente pontos do Eixo Anhanguera, o Poder Concedente decidiu delegar
a implantação, operação e manutenção, mediante concessão patrocinada, do Veículo Leve
sobre Trilhos no Eixo Anhanguera, em Goiânia - GO ("VLT");
(C) Em virtude da decisão mencionada no considerando anterior, o Poder Concedente, de acordo
com as competências legais que lhe foram atribuídas, realizou a Licitação Internacional nº
01/2013 para a concessão do serviço público de transporte metroferroviário do VLT; e
(D) O objeto da concessão foi adjudicado à Concessionária, em conformidade com ato da
Comissão de Licitação do Poder Concedente, publicado no DOE de [●], e no DOU de [●].
resolvem as Partes celebrar o presente Contrato de Concessão (o “Contrato”), que será regido pelas
seguintes cláusulas e condições:
1 Disposições Iniciais
1.1 Definições
1.1.1 Para os fins do presente Contrato e sem prejuízo de outras
definições aqui estabelecidas, as seguintes definições aplicam-se às
respectivas expressões:
i. Afiliada: determinada pessoa ou fundo de investimento, com relação a
qualquer outra pessoa ou fundo de investimento que se caracterize como sua
Controladora, Controlada ou Coligada, ou que esteja sob Controle comum,
direto ou indiretamente.
ii. AGR: autarquia estadual sob regime especial, que possui personalidade de
direito público e está jurisdicionada à Secretaria de Estado de Gestão e
Planejamento (SEGPLAN), tendo autonomia técnico-funcional, administrativa e
financeira, revestida de poder de polícia. É ela a responsável por regular,
controlar e fiscalizar o transporte rodoviário intermunicipal de passageiros,
saneamento básico, recursos hídricos e minerais, gás natural canalizado,
parcerias público-privadas, contratos ou parcerias com organizações como
OS`s e OSCIP`s, e outros serviços e bens desestatizados, aqueles que
pertencem ao Estado, mas cuja administração é delegada a terceiros.
iii. Agente de Pagamentos: significa uma instituição financeira contratada pelo
Poder Concedente, na qualidade de agente de pagamentos, garantia e
depositária dos recursos da Garantia de acordo com o Contrato de
Administração de Recursos.
iv. Anexo: cada um dos documentos anexados ao Contrato.
v. Anexo do Edital: cada um dos documentos anexados ao Edital.
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vi. Aportes Públicos: recursos financeiros no valor de R$805.000.000,00
(oitocentos e cinco milhões de reais), conforme reajustado nos termos do
Anexo 4 do Contrato – Fontes de Recursos para Aportes Públicos, a ser
disponibilizado pelo Poder Concedente para investimento durante a fase de
implantação do Sistema de VLT, nos termos definidos na subcláusula 20.4
deste Contrato, em conformidade com o disposto nos arts. 6º e 7º da Lei nº
11.079/04 e com a Lei nº. 17.842, de 04 de dezembro de 2012, conforme
alterada pela Lei 17.930, de 27 de dezembro de 2012.
vii. Autoridades Governamentais: qualquer órgão ou entidade integrante da
Administração Pública direta e indireta, assim como qualquer outro órgão dos
Poderes Legislativo ou Executivo de cujas manifestações a Concessionária
dependa para fins de realização de qualquer parcela do objeto do presente
Contrato.
viii. Bens da Concessão: significado definido na subcláusula 6.1.
ix. Bens Reversíveis: todo bem móvel ou imóvel necessário à prestação do
Serviço, seja ele fornecido pelo Estado, construído ou adquirido pela
Concessionária, que deverá ser revertido para o patrimônio estadual por
ocasião da extinção da Concessão.
x. BRT: sigla em inglês da expressão Bus Rapid Transit (Transporte Rápido por
Ônibus), corresponde ao sistema de corredor exclusivo de ônibus para
transporte de passageiros, atualmente existente, no Eixo Anhanguera, que será
substituído gradualmente pelo Sistema de VLT.
xi. CCI: Corte de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional.
xii. CDTC: Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos da Região Metropolitana
de Goiânia, entidade despersonalizada de deliberação conjunta do Estado de
Goiás e dos Municípios atendidos pela Rede Metropolitana de Transportes
Coletivos, criada pela Lei Complementar nº. 27, de 30 de dezembro de 1999,
conforme alterada, com sede na Cidade de Goiânia, Estado de Goiás.
xiii. CMTC: Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos, empresa pública
metropolitana, constituída e organizada de acordo com as leis brasileiras,
conforme autorização da Lei Complementar nº. 34, de 3 de outubro de
2001, com sede na Cidade de Goiânia, Estado de Goiás, na 1ª Avenida,
n º 486, Setor Leste Universitário, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas sob o nº. 05.787.273/0001-41, atuando como gestora pública e
fiscalizadora dos serviços de transporte coletivo em toda a RMTC, inclusive o
Sistema de VLT.
xiv. Concessão: delegação da prestação dos serviços de transporte público
coletivo de passageiros no âmbito da RMTC, conforme definido na subcláusula
2.1 do Contrato.
xv. Concessionária: a Sociedade de Propósito Específico (SPE), a ser
constituída de acordo com as leis da República Federativa do Brasil, com a
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finalidade exclusiva de deter a Concessão e, por consequência, implantar,
operar e manter o Sistema de VLT.
xvi. Condições de Eficácia do Contrato: eventos e condições precedentes
relacionados na subcláusula 42.1 que uma vez implementados marcam o início
da eficácia do Contrato.
xvii. Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa: pagamento
pecuniário devido mensalmente pelo Poder Concedente à Concessionária,
pelo prazo de 240 (duzentos e quarenta) meses, contados do início da
FASE 2 descrita na subcláusula 2.1, para complementar o valor arrecadado
com a cobrança da Tarifa dos usuários do Sistema de VLT e permitir a integral
amortização dos investimentos realizados pela Concessionária.
xviii. Contraprestação Pública Mensal de Amortização Variável: pagamento
pecuniário no valor de R$417.000,00 (quatrocentos e dezessete mil reais),
atualizado periodicamente nos termos do Anexo 6 deste contrato, devido
mensalmente, pelo Poder Concedente à Concessionária a partir do início da
FASE 2 descrita na subcláusula 2.1, até o término da vigência do
Contrato, para cobrir despesas operacionais da Concessionária, sujeita às
variações contempladas neste Contrato, observados a definição dos
“parâmetros de desempenho” e o disposto no Anexo 8 deste contrato de
concessão patrocinada.
xix. Contraprestações Públicas Mensais: referência conjunta à Contraprestação
Pública Mensal de Amortização Fixa e à Contraprestação Pública Mensal de
Amortização Variável.
xx. Contrato de Administração de Recursos: negócio jurídico celebrado entre o
Poder Concedente, a Concessionária, a Goiás Parcerias e o Agente de
Pagamentos, nos termos do qual são determinados os mecanismos e regras
da vinculação de receitas públicas para constituição da Garantia em favor da
Concessionária.
xxi. Controle: significa, com relação a uma determinada pessoa jurídica, o poder
de determinar, de modo permanente, as decisões da assembleia geral de
acionistas, seja em razão da propriedade de ações representando metade mais
uma das ações com direito a voto, seja em razão da participação em acordo de
voto, ou ainda por qualquer outra forma prevista em lei, bem como o poder de
eleger a maioria dos administradores da companhia, nos termos do artigo 116
da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Para os fins deste Contrato, os
termos Controladora e Controlada devem ser interpretados de acordo com a
definição de Controle.
xxii. Controladores: significa assim como a qualquer outra pessoa que possa, de
tempos em tempos, deter o poder de Controle da Concessionária.
xxiii. Data de Assunção: data na qual forem verificadas as Condições de Eficácia
do Contrato e que vier a ser emitida a Ordem de Serviço, quando então a
Concessionária tomará posse das instalações do Eixo Anhanguera, devendo
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iniciar os Investimentos de Implantação de acordo com os termos e condições
do Contrato.
xxiv. Desapropriação: conjunto dos processos de desapropriação a serem
conduzidos pelo Poder Concedente para a implementação do Sistema de
VLT, nos termos deste Contrato.
xxv. Diretrizes para Transporte Coletivo de Passageiros: as diretrizes emitidas
por ato próprio da CDTC para o transporte coletivo na Região Metropolitana de
Goiânia, em especial aquelas consubstanciadas no Plano Diretor de Transporte
Coletivo da Grande Goiânia, aprovado pela Deliberação CDTC nº 057, de 4 de
maio de 2007, em vigor durante o Prazo da Concessão, conforme alterado de
tempos em tempos.
xxvi. DOE: Diário Oficial do Estado de Goiás.
xxvii. DOU: Diário Oficial da União.
xxviii. Edital: Edital de Licitação Internacional Nº 01/2013, incluindo os Anexos do
Edital.
xxix. Eixo Anhanguera: linha tronco de transporte público coletivo de
passageiros, que liga os extremos oeste e leste da cidade de Goiânia, capital
do Estado de Goiás, a qual integra a Rede Metropolitana de Transportes
Coletivos e é atualmente operada por meio de BRT, e que será transferida à
Concessionária na Data de Assunção, para fins de implantação do Sistema
de VLT.
xxx. Financiadores: qualquer instituição financeira, banco de fomento nacional ou
internacional, fundo de desenvolvimento, detentores de títulos de dívida
emitidos pela Concessionária ou entidade multilateral que venha a conceder,
por qualquer forma legalmente admitida, empréstimos à Concessionária para
financiar o cumprimento de suas obrigações nos termos deste Contrato.
xxxi. Garantia: é a garantia outorgada pelo Poder Concedente em benefício da
Concessionária, nos termos da Cláusula 24.
xxxii. Garantia de Execução do Contrato: a garantia do fiel cumprimento das
obrigações do Contrato, a ser mantida pela Concessionária em favor do Poder
Concedente, na forma da Cláusula 15.
xxxiii. Implantação da Infraestrutura: investimentos a serem realizados, direta ou
indiretamente, pela Concessionária imediatamente após a Data de Assunção,
conforme estabelecido na subcláusula 2.1.
xxxiv. Integração Físico-Tarifária: operação de conexão da linha Eixo Anhanguera
com outras linhas da RMTC, inclusive linhas semiurbanas, cujas conexões dão-
se no interior dos cinco Terminais de Integração atualmente existentes ao longo
do Eixo Anhanguera, onde ocorrem os transbordos de passageiros integrados,
que em um mesmo deslocamento de origem-destino fazem troca entre veículos
de linhas alimentadoras e veículos da linha Eixo Anhanguera, e vice-versa. A
integração físico-tarifária, nos moldes atualmente existentes, seguirá sendo
feita nos terminais de integração posicionados ao longo do traçado do VLT.
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xxxv. Interferências: infraestrutura, equipamentos ou quaisquer elementos
localizados no solo, subsolo ou leito de ruas e avenidas e que causem
dificuldades à Implantação da Infraestrutura, incluindo, sem limitação, redes de
fibra ótica, linhas férreas, dutos de água pluvial, canal de esgoto, dutos de
gases, dutos de petróleo, dutos de energia ou qualquer outra infraestrutura em
rede;
xxxvi. Investimentos de Implantação: investimentos em obras, serviços, sistemas
tecnológicos e material rodante a serem executados pela Concessionária
imediatamente após a Data de Assunção, desde que cumpridas as condições
necessárias para tanto, divididos em fases, conforme estabelecido no Contrato.
xxxvii. IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, devendo ser substituído
por outro que venha a ser criado em seu lugar na hipótese de sua extinção.
xxxviii. Licitação: conjunto de procedimentos realizados sob responsabilidade do
Poder Concedente para a seleção da proposta mais vantajosa e contratação da
Concessão.
xxxix. Metrobus: sociedade de economia mista cuja constituição foi autorizada pela
Lei Estadual n° 13.049, de 16 de abril de 1997, modificada pela Lei l n° 13.086,
de 19 de junho de 1997, que atualmente opera, na condição de concessionária,
os serviços de transporte coletivo por ônibus na Linha Eixo Anhanguera, e que
se encontra vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Região
Metropolitana de Goiânia pela Lei nº 17.257, de 25 de janeiro de 2011..
xl. Operação Branca: operação do Sistema de VLT, dentro do Período de Testes,
nos termos da subcláusula 19.2.1, sem cobrança de tarifa e sem integrações,
segundo um planejamento que prevê datas e horários para sua realização, com
público selecionado e limitado, de forma que todos possam vivenciar seus
papéis na prática, em ambiente controlado.
xli. Operações Comerciais: conjunto de ações realizadas pela Concessionária
com relação à prestação dos serviços de operação e manutenção do Sistema
de VLT aos usuários, no período iniciado após a emissão do Termo de Vistoria
Final, decorrido o Período de Transição e após a realização dos investimentos
necessários, conforme estabelecido no Contrato e neste Edital, com a
substituição do modal de ônibus pelo Sistema de VLT.
xlii. Ordem de Serviço: documento emitido pelo Poder Concedente após a
ocorrência das Condições de Eficácia do Contrato, a nomeação do Perito
Independente e após a liberação, seja em razão da conclusão das
Desapropriações, seja em razão da obtenção de ordens de imissão provisória
na posse: (i) das áreas prioritárias a serem objeto de Desapropriação, que
sejam necessárias ao início da implantação do Sistema de VLT; e (ii) das
áreas destinadas à implantação dos terminais de integração provisórios, em
ambos os casos conforme indicadas pela Concessionária em sua Proposta
Técnica.
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xliii. Parâmetros de Desempenho: indicadores estabelecidos no Contrato que
obrigatoriamente deverão ser considerados para o aferimento da qualidade dos
serviços prestados pela Concessionária e que contribuirão para determinar o
cálculo do valor da Contraprestação Pecuniária de Amortização Variável a ser
por ela auferida durante todo o prazo da concessão.
xliv. Partes Relacionadas: com relação à Concessionária, qualquer Controladora,
ou pessoa Controlada, sob Controle comum, direto ou indireto, ou que
mantenha com ela (Concessionária) vínculos de participação acionária ou de
dependência em termos econômicos, técnicos, comerciais ou empresariais.
xlv. Período de Testes: o período que antecederá o início das Operações
Comerciais durante o qual a Concessionária conduzirá os testes de conclusão
e adequação das infraestruturas, dos equipamentos e dos sistemas
necessários à prestação dos Serviços ora concedidos, e que será encerrado
após a realização de teste final acompanhado por representantes do Poder
Concedente, e CMTC, que atestarão a aptidão dos equipamentos para início
das Operações Comerciais do Sistema de VLT com a respectiva emissão do
Termo de Vistoria Final.
xlvi. Período de Transição: o tempo compreendido entre a Data de Assunção e a
data do início das Operações Comerciais do Sistema de VLT, durante o qual a
Concessionária realizará os investimentos necessários à implantação do
Sistema de VLT, de acordo com os termos e condições da Cláusula 8;
xlvii. Perito Independente: pessoa física ou jurídica escolhida de comum acordo
entre as partes, com a função de acompanhar a fase de Implantação da
Infraestrutura e, eventualmente, dirimir possíveis controvérsias, de acordo com
a subcláusula 41.2.
xlviii. Plano de Testes: documento que detalhará os testes a serem executados e
seus respectivos procedimentos com o objetivo de aferir a conformidade do
Sistema de VLT com as especificações contratuais e seu respectivo
funcionamento para fins da emissão do Termo de Vistoria Final que autoriza o
início das Operações Comerciais, a ser apresentado pela Concessionária ao
Poder Concedente para sua aprovação em até 90 (noventa) dias antes do
início do Período de Testes.
xlix. Plano de Trabalho: documento que contempla a metodologia de execução
das obras e dos fornecimentos previstos para a implantação e operação do
Sistema de VLT, na forma do Anexo 5 do Edital - Parâmetros para Elaboração
do Plano de Trabalho, que será apresentado juntamente com o Volume 3 –
Proposta Econômica.
l. Poder Concedente: o Estado de Goiás, representado pela Secretaria de
Estado de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia (“SDRMG”),
observadas as atribuições do Grupo Executivo instituído pela Lei nº 17.842, de
4 de dezembro de 2012.
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li. Prazo da Concessão: o prazo de duração da Concessão, fixado em 35 (trinta
e cinco) anos, contados a partir da ocorrência das Condições de Eficácia do
Contrato.
lii. Projeto: o projeto executivo do VLT Goiânia preparado pela Concessionária a
partir das diretrizes contidas no Edital.
liii. Proponente: qualquer pessoa jurídica, (inclusive entidades de previdência
complementar e instituições financeiras), fundo de investimento ou entidade de
previdência complementar participante da Licitação, isoladamente ou em
consórcio, de acordo com o disposto no Edital.
liv. Proposta Econômica: o documento por meio do qual a Concessionária
expressou os aspectos econômicos da Concessão, e, especialmente, o valor
proposto para a Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa a ser
paga mensalmente pelo Poder Concedente, de acordo com os parâmetros
fixados no Edital.
lv. Receitas Extraordinárias: quaisquer receitas complementares, acessórias ou
alternativas à Tarifa e às Contraprestações Públicas Mensais e/ou às
aplicações financeiras da Concessionária, decorrentes da exploração do
Sistema de VLT e de projetos associados.
lvi. Remuneração da Concessionária: o somatório dos valores auferidos pela
Concessionária com a Tarifa, a Contraprestação Pública Mensal de
Amortização Fixa, a Contraprestação Pública Mensal de Amortização Variável e
as Receitas Extraordinárias.
lvii. RMTC: unidade sistêmica regional composta por todas as linhas e todos os
serviços de transportes coletivos, de todas as modalidades ou categorias,
que servem ou que venham a servir aos Municípios da Região Metropolitana
de Goiânia, nos termos em que foi instituída e disciplinada pela Lei
Complementar nº 27, de 30 de dezembro de 1999.
lviii. ROT: Regulamento Operacional da Rede de Transportes Coletivos da Região
Metropolitana de Goiânia, aprovado pela Deliberação nº 060 da CDTC, de 27
de novembro de 2007.
lix. Serviço de Transporte Viário de Passageiros: o serviço público de transporte
de passageiros por ônibus no Eixo Anhanguera, integrado à RMTC, na forma e
nos termos previstos nas Diretrizes para Transporte Coletivo de Passageiros,
emitidas pelo Poder Concedente, e nas disposições constantes deste Contrato,
que será explorado pela Metrobus durante o Período de Transição e será
gradualmente extinto após o início das Operações Comerciais, a partir deste
momento com operação dos dois modais sob responsabilidade da
Concessionária.
lx. Serviços: os serviços públicos de transporte de passageiros no Eixo
Anhanguera a serem explorados pela Concessionária, de maneira integrada
aos serviços da RMTC, por meio do Sistema de VLT, após o início das
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Operações Comerciais, quando então haverá a substituição gradual do sistema
de ônibus pelo Sistema de VLT.
lxi. Sistema de Bilhetagem Eletrônica: o sistema que é gerido e operacionalizado
pelo sindicato que representa as concessionárias da RMTC, no bojo do qual
estão inseridos os processos de emissão, distribuição, comercialização e
remissão de créditos eletrônicos de viagens disponibilizados aos usuários da
RMTC nas mídias de bilhete magnético e cartão eletrônico.
lxii. Sistema de VLT: serviço público de transporte metro-ferroviário de
passageiros por VLT no Eixo Anhanguera, de maneira integrada à RMTC, na
forma e nos termos previstos neste Edital e no Contrato.
lxiii. Subsídio Tarifário: o desconto de 50% (cinquenta por cento) no valor da
tarifa, que é concedido aos passageiros embarcados em um dos cinco
Terminais de Integração ou em uma das dezenove estações de embarque
existentes ao longo do Eixo Anhanguera, cujo valor é suprido por meio de
subsídio mensal compensatório realizado pelo Estado de Goiás em proveito da
Metrobus – Transporte Coletivo S.A., nos termos da Lei nº 15.047, de 29 de
dezembro de 2004, conforme alterada.
lxiv. Tarifa: valor pago pelos usuários do Serviço, fixado pela CDTC para toda a
RMTC, na forma da regulamentação aplicável, a qual, na data do Edital, é
de R$ 2,70 (dois reais e setenta centavos).
lxv. Termo de Registro de Ocorrências (TRO): documento utilizado pelo Poder
Concedente, na forma da regulamentação vigente, para registrar ocorrências
relacionadas ao cumprimento do Contrato, especificando as faltas e os defeitos
verificados, atraso ou inexecução das intervenções devidas e o não
atendimento dos Parâmetros de Desempenho e especificações técnicas
mínimas estabelecidas no Anexo 8 do Contrato – Quadro de Indicadores de
Desempenho.
lxvi. Termo de Vistoria Final: documento emitido pelo Poder Concedente após a
Vistoria Final.
lxvii. Valor Estimado do Contrato: R$3.782.000.000,00 (três bilhões, setecentos e
oitenta e dois milhões de reais), corresponde ao somatório das receitas
tarifárias totais projetadas provenientes da exploração da Concessão, a preços
constantes, e das Contraprestações Públicas de Amortização Variável.
lxviii. Valor Estimado do Investimento Total: R$1.300.000.000,00 (hum bilhão e
trezentos milhões de reais), que representa o somatório do Aporte Público e do
investimento da Concessionária.
lxix. Verificador Independente: pessoa física ou jurídica escolhida de comum
acordo entre as partes, com a função de acompanhar a fase de Operação do
Sistema de VLT e, eventualmente, dirimir possíveis controvérsias.
lxx. Vistoria Final: a vistoria realizada pelo Poder Concedente durante o Período
de Testes para fins de emissão do Termo de Vistoria Final.
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lxxi. VLT (VLT Goiânia): o sistema de transporte metroferroviário de passageiros, a
ser implantado, operado e mantido no Eixo Anhanguera, de forma integrada à
RMTC, composto por todas as instalações, obras de arte, infraestrutura,
superestrutura, material rodante, sistemas, estações de passageiros e demais
bens que sejam necessários à plena prestação do Serviço, nos termos e
condições deste Contrato e do Edital.
1.2 Interpretação
1.2.1 Exceto quando o contexto não permitir tal interpretação:
(i) as definições do Contrato serão igualmente aplicadas em suas formas
singular e plural; e
(ii) referências ao Contrato ou a qualquer outro documento devem incluir
eventuais alterações e aditivos que venham a ser celebrados entre as
Partes.
1.2.2 Os títulos dos capítulos e das cláusulas do Contrato e dos Anexos
não devem ser usados na sua aplicação ou interpretação.
1.2.3 No caso de divergência entre o Contrato e os Anexos, prevalecerá o
disposto no Contrato.
1.2.4 No caso de divergência entre os Anexos, prevalecerão aqueles
emitidos pelo Poder Concedente.
1.2.5 No caso de divergência entre os Anexos emitidos pelo Poder
Concedente, prevalecerá aquele de data mais recente.
1.3 Anexos
1.3.1 Integram o Contrato, para todos os efeitos legais e contratuais, os
Anexos e respectivos Apêndices relacionados nesta cláusula:
(i) Anexo 1: Proposta Econômica da Concessionária;
(ii) Anexo 2: Plano de Negócios da Concessionária;
(iii) Anexo 3: Plano de Trabalho da Concessionária;
(iv) Anexo 4: Fonte de Recursos para Aportes Públicos;
(v) Anexo 5: Marcos Contratuais para o desembolso dos Aportes Públicos;
(vi) Anexo 6: Reajustes e Cálculos das Contraprestações Públicas Mensais
de Amortização Fixa e Variável e Penalidades;
(vii) Anexo 7: Modelo do Contrato de Administração de Recursos;
(viii) Anexo 8: Quadro de Indicadores de Desempenho;
(ix) Anexo 9: Licença Ambiental Prévia;
(x) Anexo 10: Edital de Licitação e seus Anexos.
15
2 Objeto do Contrato
2.1 O objeto do presente Contrato é a concessão patrocinada da prestação
dos Serviços, incluindo a implantação, operação e manutenção do
Sistema de VLT (“Concessão”), de maneira integrada com a RMTC, no
prazo e nas condições estabelecidos neste Contrato, com a seguinte
divisão:
FASE 1: realização dos Investimentos de Implantação, com duração máxima
prevista para 24 (vinte e quatro) meses contados da Data da Assunção, até a
emissão do Termo de Vistoria Final, observados os termos e condições do
Contrato durante o qual o Poder Concedente estará obrigado a repassar
integralmente os Aportes Públicos.
FASE 2: início da Operação Comercial do Sistema de VLT e operação
simultânea de ônibus pela Concessionária, até a integral substituição do sistema
de BRT no Eixo Anhanguera. A partir da FASE 2, a Concessionária fará jus,
além do recebimento das Tarifas do VLT e dos ônibus por ela operados, à
Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa e à Contraprestação
Pública Mensal de Amortização Variável, em seus valores integrais, observados
os termos da subcláusula 8.2.
2.2 A Concessionária será remunerada por meio das Tarifas, da
Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa, da
Contraprestação Pública Mensal de Amortização Variável e por Receitas
Extraordinárias.
3 Operação Integrada com a RMTC
3.1 A execução dos Serviços será subordinada às disposições: (i) da Lei
Complementar nº 27, de 30 de dezembro de 1999 e suas alterações; (ii)
do Plano Diretor de Transporte Coletivo da Grande Goiânia, aprovado
pela Deliberação CDTC nº 057, de 4 de maio de 2007; (iii) no que couber,
da Deliberação nº 058 da CDTC, de 24 de julho de 2007; (iv) do ROT; (v)
do Edital e seus Anexos; (vi) deste Contrato; e (vii) e dos demais atos
normativos, instruções e ordens de serviços expedidos pelo Poder
Concedente e/ou pela CDTC e/ou pela CMTC, e compreenderá:
3.1.1 a prestação adequada dos Serviços, por meio de oferta de viagens
do Sistema de VLT no Eixo Anhanguera, abrangendo o serviço
regular integrado, conforme classificação do ROT;
3.1.2 o planejamento operacional dos Serviços em observância às
diretrizes, aos parâmetros e às especificações da CMTC, visando,
16
entre outros, à melhoria contínua do atendimento à população e à
otimização dos Serviços;
3.1.3 provimento, gestão, manutenção e operação dos Bens Reversíveis
do Sistema de VLT a serem utilizados na execução dos Serviços
após o início da Operação Comercial;
3.1.4 provimento, manutenção e operação de central de controle
operacional (CCO) e de serviço de informação aos usuários (SIU);
3.1.5 administração, operação, manutenção, conservação, limpeza e
segurança dos terminais de integração e das estações de embarque
e desembarque do Sistema de VLT.
3.2 Os objetos definidos nas subcláusulas 3.1.4 e 3.1.5 poderão ser
realizados coletivamente pela Concessionária e demais concessionárias
da RMTC, com compartilhamento de custos e benefícios, mediante a
celebração de acordo operacional específico, observada prévia anuência
da CMTC.
3.3 A Concessionária terá exclusividade na operação dos serviços de
transporte coletivo realizado no âmbito e limites do Eixo Anhanguera,
após o início das Operações Comerciais, inclusive no período de
substituição gradual do sistema de ônibus pelo Sistema de VLT.
3.4 Durante a vigência da Concessão a operação estará sujeita às regras e
especificações do sistema de integração físico-tarifária definidas para a
RMTC, não havendo hipótese de constituição de qualquer outro regime.
3.5 A Concessionária deverá observar o sistema de gestão da qualidade dos
serviços preparado pela CMTC e pelas demais concessionárias da
RMTC, com o objetivo primordial da busca contínua e permanente da
melhoria da qualidade dos serviços disponibilizados à comunidade.
3.6 Caberá à Concessionária, na conformidade do seu Plano de Trabalho,
implantar e manter em perfeitas condições de funcionamento pátios e
instalações compatíveis com o porte e as características da operação
dos Serviços.
3.7 O objeto deste Contrato constitui serviço público essencial à permanente
disposição dos usuários, devendo ser prestado sem descontinuidade e
com observância das condições de regularidade, continuidade, eficiência,
segurança, atualidade, generalidade, cortesia e modicidade das tarifas,
nos termos da legislação aplicável e deste Contrato.
3.8 As características e especificações operacionais dos Serviços, tais como
frequências, horários e frota, conforme assentadas pela Concessionária
no seu Plano de Trabalho, serão registradas no Cadastro Geral da
Operação da RMTC, titularizado pela CMTC.
3.8.1 Ao longo do prazo da Concessão, as especificações operacionais
dos Serviços (frequência, horários e frota) serão ajustadas às
necessidades de melhor atendimento da população, do
17
desenvolvimento urbano, da racionalidade operacional e do
equilíbrio econômico-financeiro do Contrato, por iniciativa da CMTC,
ou da Concessionária.
3.8.2 Sempre que ajustes nas especificações operacionais dos Serviços
tiverem impacto nas receitas, nos custos e nas despesas de
operação, de forma a alterar a remuneração da Concessionária,
afetando para mais ou para menos o valor da Contraprestação
Pública Mensal de Amortização Variável, tais ajustes de
especificações operacionais do Sistema de VLT deverão ser prévia e
expressamente aprovados por escrito pelo Estado de Goiás, na sua
qualidade de Poder Concedente, sendo certo que a falta de tal
aprovação ensejará a não aplicabilidade dos ajustes mencionados.
4 Execução Integrada dos Serviços
4.1 A Concessionária obriga-se a colocar permanentemente à disposição dos
usuários, mediante pagamento da Tarifa, os Serviços concedidos, na
forma, preços, percursos, horários e demais condições determinadas
pela CMTC, conforme dispõe o ROT, este Contrato e, ainda, as normas e
os procedimentos pertinentes.
4.2 Sem prejuízo do contido na Cláusula 3, subcláusula 3.5 e seguintes
deste instrumento, a CMTC, ao longo da execução deste Contrato,
realizará o planejamento dos serviços de transporte de acordo com o
interesse público e de forma articulada com as concessionárias da
RMTC, observando, para tanto, as Diretrizes para o Transporte Coletivo
de Passageiros e as disposições do ROT.
4.2.1 A Concessionária poderá, sempre com anuência prévia da CMTC,
promover, por sua iniciativa, alterações em tabelas de horários, e
apresentar estudos de redimensionamento de oferta, buscando
ajustes operacionais e respeitando a oferta de viagens em
quantidade suficiente para o atendimento da demanda.
4.3 A Concessionária utilizará pessoal devidamente selecionado, habilitado e
qualificado para o exercício de suas funções, em conformidade com o
estabelecido no ROT.
4.4 A Concessionária responderá por seus empregados e prepostos, nos termos da
lei, por todos os danos e prejuízos que, na execução dos serviços, venham
provocar ou causar direta e comprovadamente aos usuários e ao Poder
Concedente.
18
5 Prazo da Concessão
5.1 O prazo da Concessão é de 35 (trinta e cinco) anos contados a partir da
ocorrência das Condições de Eficácia do Contrato (“Prazo da
Concessão”).
6 Bens da Concessão
6.1 Composição
6.1.1 Integram a Concessão os seguintes bens (“Bens da Concessão”),
cuja posse, uso, guarda, manutenção e vigilância são de
responsabilidade da Concessionária:
(i) o Sistema de VLT, conforme adquirido e implantado durante o Prazo da
Concessão, de acordo com os termos deste Contrato;
(ii) todos os bens móveis e imóveis vinculados à operação e manutenção
dos Serviços transferidos à Concessionária, conforme arrolados na
Data de Assunção, no estado em que estiverem, não respondendo a
Concessionária por quaisquer vícios ou passivos anteriores a referida
data;
(iii) todos os bens vinculados à operação e manutenção do Sistema de
VLT que sejam indispensáveis à prestação dos Serviços e que forem
transferidos à Concessionária, no estado em que estiverem, não
respondendo a Concessionária por quaisquer vícios ou passivos
anteriores a referida data; e
(iv) os bens adquiridos, arrendados ou locados pela Concessionária, ao
longo do Prazo da Concessão, que sejam utilizados na execução dos
Serviços.
6.1.2 Não integram os Bens da Concessão aqueles pertencentes à
Concessionária, de qualquer valor, mas que não são utilizados para
a prestação dos Serviços.
6.2 A Concessionária declara que tem conhecimento da natureza e das
condições dos Bens da Concessão que lhe serão transferidos pelo Poder
Concedente, na Data de Assunção, bem como daqueles que serão pela
Concessionária adquiridos ao longo do Prazo da Concessão e que
estarão sujeitos a todos os termos e condições deste Contrato.
6.3 Restrições à Alienação e à Aquisição
6.3.1 A Concessionária não poderá alienar ou transferir a posse dos Bens
da Concessão mencionados na subcláusula 6.1.1 acima sem a
prévia, expressa e escrita autorização do Poder Concedente, exceto
com relação a alienações de Bens da Concessão que venham a se
deteriorar pelo seu uso na prestação dos Serviços e que por isso
19
tenham que ser substituídos, ou Bens da Concessão que a
Concessionária venha a substituir por outros de igual ou melhor
qualidade de acordo com sua autonomia empresarial, desde que não
haja prejuízo à prestação dos Serviços.
6.3.2 Todos os Bens da Concessão ou investimentos neles realizados
deverão ser integralmente depreciados e amortizados pela
Concessionária no Prazo da Concessão, de acordo com os termos
da legislação vigente, não cabendo qualquer pleito de recomposição
do equilíbrio econômico-financeiro no advento do termo contratual.
7 Sistemas Operacionais Integrados e Obrigações com os Equipamentos Públicos de
Apoio à Operação
7.1 Com base no permissivo contido na subcláusula 3.2, a Concessionária
poderá negociar e celebrar acordo operacional com as demais
concessionárias de serviços da RMTC para: (i) compartilhamento da
central de controle operacional, de forma a controlar a operação de
campo, atuar sobre a regularidade das viagens, atender ocorrências e
servir de elemento de segurança para passageiros e condutores dos
veículos, em consonância com as diretrizes contidas no Anexo 3.2 do
Edital - Especificações dos Serviços; e (ii) compartilhamento do serviço
de informações aos usuários, neste caso por meio da inclusão, de forma
sistemática, de todas as informações relevantes sobre o serviço por meio
do Sistema de VLT.
7.2 A Concessionária assumirá a administração, operação, manutenção,
conservação, limpeza e segurança patrimonial dos terminais de
integração e estações de embarque e desembarque ao longo do Eixo
Anhanguera, podendo exercer essas obrigações de forma conjunta com
as demais concessionárias, neste caso mediante a celebração de acordo
operacional com previsão de compartilhamento proporcional de custos e
benefícios a ser submetido à apreciação do Poder Concedente e à
posterior anuência da CMTC.
7.2.1 Se, no decorrer da vigência deste Contrato, vierem a ser
implantados novos terminais de integração, estações de conexão ou
corredores de transporte que afetem a operação do Sistema de VLT,
a assunção das atividades relacionadas nesta subcláusula, relativas
a estes equipamentos, será objeto de ajuste entre o Poder
Concedente, a CMTC e a Concessionária, avaliando-se o equilíbrio
econômico-financeiro do Contrato e o eventual impacto nas
Contraprestações Públicas Mensais.
20
8 Assunção do Serviço de Transporte Viário de Passageiros
8.1 A partir da Data de Assunção, a Concessionária iniciará a realização dos
investimentos necessários à implantação do Sistema de VLT, momento em que terá
início o Período de Transição e a Metrobus prosseguirá operando o BRT do Eixo
Anhanguera.
8.2 Após o término do Período de Transição, cessar-se-ão no Eixo Anhanguera as
atividades da Metrobus, quando então a Concessionária assumirá o controle
integral da operação do Eixo Anhanguera, ficando esta última responsável,
inclusive, pela substituição gradual do serviço por ônibus pelo serviço por meio do
VLT, incluindo eventual utilização de ônibus, por um período máximo de 12 (doze)
meses, de forma complementar até a operação da integralidade do Sistema de VLT.
8.2.1. A Concessionária poderá prestar os Serviços por meio da operação
conjunta de ônibus e o Sistema de VLT, por um período máximo de 12 (doze)
meses, até o recebimento da totalidade do material rodante adquirido de
acordo com o exigido por este Contrato e pelo Edital, e neste caso, os
passageiros dos ônibus pagarão suas passagens com o mesmo subsídio
existente anteriormente no Eixo Anhanguera, nos termos da Lei 15.047 de 29
de dezembro de 2004, sendo, portanto, o restante da tarifa custeado pelo
Poder concedente.
8.3 Durante todo o Período de Transição, a Metrobus será a responsável pela prestação
dos serviços de transporte público dos passageiros que utilizarem o Eixo
Anhanguera, devendo realizar suas atividades consoante as instruções emitidas
pela Concessionária com o objetivo de viabilizar a realização das obras e demais
intervenções necessárias para implantação do Sistema de VLT, observada a
competência do Grupo Executivo criado pela Lei nº 17.842/2012, e suas alterações,
cabendo ao Poder Concedente garantir o cumprimento destas orientações com o
fim de possibilitar tal interface entre as concessionárias.
8.3.1 A prestação dos serviços de transporte público de passageiros pela Metrobus,
sob sua responsabilidade durante o Período de Transição, poderá ocorrer ao
longo do Eixo e/ou em trajetos alternativos a ele, os quais serão fixados
conjuntamente pelo Poder Concedente e pela CMTC para atender às
premissas do cronograma de implantação dos Investimentos previstos no
Plano de Trabalho da Concessionária.
9 Responsabilidade Social e Ambiental
9.1 A Concessionária obriga-se, durante a vigência deste Contrato, a
executar e manter programas de responsabilidade social e de
responsabilidade ambiental envolvendo seus clientes, funcionários,
21
fornecedores, população em geral e a sociedade durante a vigência
deste Contrato.
9.2 Nos programas de responsabilidade ambiental a Concessionária deverá
incluir ações para o controle e tratamento dos resíduos decorrentes das
suas atividades.
10 Autorizações Governamentais
10.1 A Concessionária deverá:
10.1.1 salvo por aquelas expressamente atribuídas ao Poder Concedente,
obter todas as licenças, alvarás, permissões e autorizações
necessárias ao pleno exercício das atividades que são objeto da
Concessão, incluindo as licenças ambientais de instalação e de
operação do Sistema de VLT; e
10.1.2 adotar todas as providências exigidas pelos órgãos competentes,
nos termos da legislação vigente, para a concessão das licenças,
permissões e autorizações necessárias ao pleno exercício das
atividades que são objeto da Concessão, arcando com as despesas
e os custos correspondentes.
10.2 A demora na obtenção de licenças, alvarás, permissões e autorizações,
incluindo as licenças ambientais, ou ainda a negativa injustificada para a
sua concessão não acarretará responsabilização da Concessionária,
desde que, comprovadamente, a causa da demora não lhe puder ser
imputada.
10.2.1 A Concessionária poderá fazer jus à revisão do equilíbrio econômico-
financeiro do Contrato caso tenha efetiva e comprovadamente
experimentado prejuízos que tenham como causa direta os atrasos
na obtenção dos atos mencionados na subcláusula 10.2, com o
Estado de Goiás fazendo valer o direito de regresso contra o agente,
órgão ou entidade responsável pelo plano, nos termos do disposto
no § 6º do art. 37 da Constituição Federal.
10.3 Sem qualquer prejuízo do disposto nesta Cláusula 10, o Poder
Concedente e a CMTC obrigam-se a auxiliar a Concessionária em todos
os aspectos que possam ser necessários para a obtenção das licenças,
das permissões, autorizações e dos alvarás necessários à implantação
do Sistema de VLT, inclusive prestando todas as informações,
declarações e documentos necessários para que a Concessionária
cumpra, no menor prazo possível, a obrigação prevista na subcláusula
10.1.1 acima.
22
11 Projeto
11.1 A Concessionária deverá elaborar o Projeto Executivo em consonância
com os dados e elementos indicativos constantes do Edital e com o seu
Plano de Trabalho, podendo apresentá-lo por partes ao Poder
Concedente, em caso de solicitação neste sentido.
11.1.1 Após a apresentação final do Projeto Executivo, o Poder Concedente
deverá emitir sua aprovação ou reprovação dentro do prazo máximo
de 30 (trinta) dias, sendo certo que a inércia do Poder Concedente
dentro deste prazo será considerada como aceitação do Projeto
apresentado.
11.1.2 No caso de reprovação, a qual deverá indicar as razões e os
fundamentos para tal medida, a Concessionária deverá proceder aos
ajustes necessários no prazo de 20 (vinte) dias e reapresentar o
Projeto Executivo ao Poder Concedente, aplicando-se novamente a
sistemática da subcláusula 11.1.1.
11.2 Apenas após a aprovação do Projeto Executivo, ainda que parcial,
poderá a Concessionária dar início à realização das obras necessárias à
implementação do Sistema de VLT, sendo certo que o atraso da
Concessionária na preparação do Projeto, ou na preparação de tais
documentos em conformidade com este Contrato, será tratado conforme
a cláusula das penalidades deste Contrato.
11.3 A aceitação do Projeto Executivo pelo Poder Concedente e as respostas
às consultas feitas pela Concessionária à CMTC e ao Poder Concedente
não alterarão, de qualquer forma, a alocação de riscos prevista no
Contrato.
11.4 Sem qualquer prejuízo da subcláusula 11.3, a Concessionária fará jus à
revisão do equilíbrio econômico-financeiro e dos prazos e cronogramas
deste Contrato, caso o Poder Concedente proceda a qualquer alteração
nos Projetos, observada a repartição de riscos definida na subcláusula
26.1.15.
11.5 As Partes poderão acordar a apresentação gradual do Projeto Executivo,
de forma compatível com o andamento da Implantação da Infraestrutura,
sem qualquer risco para o Poder Concedente.
11.6 O Projeto Executivo do VLT, elaborado pela Concessionária, será por ela
implantado, sendo exclusivamente dela (a concessionária) eventuais
falhas, defeitos ou outros que, de alguma forma, venham a prejudicar a
normal operação do Sistema do VLT, com possíveis recursos financeiros
adicionais necessários para a devida correção dos defeitos ou problemas
operacionais ocasionados em face dos erros do Projeto Executivo ou de
construção da obra, não podendo, de nenhuma forma, ser objeto de
23
reequilíbrio econômico-financeiro deste contrato, sendo da inteira
responsabilidade da Concessionária
12 Desapropriações
12.1 Desapropriações
12.1.1 Caberá ao Poder Concedente editar os atos de declaração de
utilidade pública necessários às Desapropriações e instituir as
servidões administrativas necessárias à execução e conservação
das obras e serviços vinculados à Concessão e à implementação do
Sistema de VLT, assim como promover as respectivas
desapropriações, servidões administrativas, requisições, limitações
administrativas e ocupar provisoriamente bens imóveis necessários
à execução e conservação de obras e serviços vinculados à
Concessão, arcando com todos os ônus necessários para tanto,
sempre de acordo com o cronograma e a relação de bens indicados
pela Concessionária no Plano de Trabalho apresentado pela
Concessionária.
12.1.2 O início da contagem dos prazos impostos à Concessionária para a
Implantação da Infraestrutura somente poderá se dar com a emissão
da Ordem de Serviço.
12.1.3 Qualquer atraso do Poder Concedente no cumprimento de suas
obrigações constantes desta Cláusula 12 não acarretará
responsabilização da Concessionária, desde que,
comprovadamente, a causa não puder ser imputada à
Concessionária.
12.1.4 A Concessionária fará jus a uma revisão do equilíbrio econômico-
financeiro deste Contrato sempre que forem comprovados prejuízos
decorrentes de atrasos na liberação de áreas, conforme subcláusula
12.1.1, desde que, comprovadamente, a causa não puder ser
imputada à Concessionária.
12.1.5 Caberá à Concessionária, às suas expensas:
(i) a demarcação dos imóveis, terrenos e das benfeitorias que façam parte
integrante dos serviços compreendidos na implantação e operação do
Sistema de VLT, incluindo o levantamento cadastral dos imóveis junto à
Prefeitura do Município de Goiânia;
(ii) a pesquisa dominial e consulta de débitos tributários imobiliários
municipais;
(iii) a obtenção de certidão de dados cadastrais do imóvel – IPTU e de
extrato de consulta ao valor venal de referência.
24
13 Atividades Referentes à Implantação do Sistema de VLT
13.1 Diretrizes de Execução
13.1.1 É obrigação da Concessionária a realização de todos os
investimentos necessários à implantação do Sistema de VLT e à
execução do Contrato, por si ou por meio de terceiros, por sua conta
e risco, com integral atendimento aos Parâmetros de Desempenho e
demais exigências estabelecidas neste Contrato.
13.1.1.1 A Concessionária também deverá implantar, em prazo
máximo de 6 (seis) meses contados do início das Operações
Comerciais, um sistema de gestão de qualidade para todos
os serviços necessários ao cumprimento do objeto do
Contrato, com base na Norma NB-9004, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, equivalente à Norma
ISO 9004 da “International Standards Organization”, e suas
atualizações.
13.1.1.2 O sistema de gestão de qualidade a ser implantado pela
Concessionária e acompanhado permanentemente pelo
Poder Concedente e pela CMTC deverá contemplar o
“Manual de Qualidade” especificado na Norma NB-9004,
incluindo medidas que assegurem um processo continuado
de atualização técnica e tecnológica de produtos e serviços,
bem como o desenvolvimento de recursos humanos.
13.1.2 Durante a Implantação de Infraestrutura e na prestação dos
Serviços, o Poder Concedente e, a CMTC , obrigam-se a garantir à
Concessionária o atendimento a todas as premissas contempladas
no Plano de Trabalho apresentado na Licitação e no Projeto
Executivo no que se refere ao plano de trânsito, circulação viária e
semaforização da área do entorno do Eixo Anhanguera, incluindo
eventual abertura e/ou fechamento de ruas e cruzamentos, sem
prejuízo de outros elementos.
13.1.3 A Concessionária deverá realizar:
(i) suas obrigações de investimento constantes deste Contrato, e
(ii) todas as demais intervenções necessárias ao cumprimento dos
Parâmetros de Desempenho e demais especificações técnicas
mínimas estabelecidas neste Contrato.
13.1.4 A Concessionária declara e garante ao Poder Concedente que a
qualidade do Projeto, da execução e da manutenção das obras e
dos serviços objeto da Concessão é, e sempre será, suficiente e
adequada ao cumprimento do Contrato, responsabilizando-se
25
integralmente por qualquer desconformidade com os Parâmetros de
Desempenho e especificações técnicas mínimas neste Contrato.
13.1.5 Na hipótese de a Concessionária não atender aos Parâmetros de
Desempenho constantes do Anexo 8 deste Contrato - Quadro de
Indicadores de Desempenho, o Poder Concedente poderá reduzir
proporcionalmente o valor da Contraprestação Pública Mensal de
Amortização Variável, de acordo com os termos e as condições dos
Indicadores de Desempenho, sem prejuízo da aplicação da cláusula
de penalidades.
13.1.6 Na hipótese de a Concessionária atender aos Parâmetros de
Desempenho dentro dos níveis indicados no Anexo 8 deste Contrato
- Quadro de Indicadores de Desempenho, a Concessionária fará jus
a uma bonificação a ser paga por meio do aumento proporcional da
Contraprestação Mensal de Amortização Variável de acordo com os
termos e condições constantes no Anexo 6 deste Contrato -
Reajustes e Cálculos das Contraprestações Públicas Mensais de
Amortização Fixa e Variável e Penalidades.
13.2 Implantação do Sistema de VLT
13.2.1 As atividades de implantação do Sistema de VLT referentes à
Concessão, inclusive no que toca à elaboração do Projeto e
dimensionamento das estações e Investimentos Precedentes,
deverão se basear nas informações contidas nos elementos do
projeto básico descritas no Anexo 3 do Edital - Plano de Trabalho da
Concessionária, e nos valores da demanda projetada conforme o
mesmo anexo para atender aos Parâmetros de Desempenho e
deverão estar concluídas no prazo e condições estabelecidos no
Anexo 8 deste Contrato - Quadro de Indicadores de Desempenho.
13.2.2 A Concessionária obriga-se a promover junto aos órgãos
competentes todas as alterações de trânsito, circulação viária e
semaforização de vias que sejam necessárias para a realização das
intervenções da implantação do Sistema de VLT, incluindo a
obtenção das respectivas autorizações, conforme indicado e
solicitado no Plano de Transição mencionado na subcláusula 19.1,
não sendo a Concessionária responsável por demoras ou atrasos
decorrentes de atos ou fatos que não lhe sejam diretamente
imputáveis.
26
13.3 Comprovação ao Poder Concedente
13.3.1 Para o atendimento do Contrato, a Concessionária deverá
comprovar ao Poder Concedente:
(i) a conclusão de cada uma das intervenções na conformidade dos
respectivos cronogramas; e
(ii) o cumprimento dos Parâmetros de Desempenho e demais
especificações técnicas mínimas.
13.3.2 As intervenções de implantação do Sistema de VLT serão recebidas
pelo Poder Concedente, conforme Plano de Testes. E, ainda:
(i) O Poder Concedente rejeitará, no todo ou em parte, a intervenção
executada em desconformidade com as cláusulas deste Contrato, com
os Projetos, com as normas técnicas aplicáveis, de forma justificada e
fundamentada.
(ii) Com relação à aquisição do material rodante e dos sistemas
necessários à prestação dos Serviços por meio do Sistema de VLT, a
Concessionária deverá respeitar integralmente os termos e condições
do Plano de Trabalho.
13.3.3 O recebimento provisório ou final das obras, bens e serviços não
exclui a responsabilidade exclusiva da Concessionária, sobretudo
com relação a suas condições de segurança ou de qualidade, e
tampouco exime ou diminui a sua responsabilidade pelo
cumprimento das obrigações assumidas neste Contrato.
13.3.4 O Poder Concedente expedirá, no curso da Implantação da
Infraestrutura, termos de recebimento parciais, os quais atestarão o
cumprimento das obrigações da Concessionária relativas a cada
etapa da Implantação da Infraestrutura, conforme o Anexo 5 deste
Contrato - Marcos Contratuais para os Desembolsos dos Aportes
Públicos, sem prejuízo de expedição do Termo de Vistoria Final, por
ocasião da conclusão substancial de todo o Sistema de VLT.
13.3.5 A conclusão do Sistema de VLT dar-se-á com a conclusão estrutural
e operacional de referido sistema, devendo este ter sido colocado
em condições de funcionamento, solidez e segurança, excluindo-se
itens e atividades secundários que não afetem a prestação segura
dos Serviços pelo Sistema de VLT, os quais deverão ser saneados
em prazo a ser estabelecido entre as Partes.
13.3.6 Os termos de recebimento parciais serão emitidos pelo Poder
Concedente mediante provocação da Concessionária, uma vez
concluída a etapa correspondente da Implantação da Infraestrutura,
de acordo com o cronograma de desembolso dos Aportes Públicos
27
contemplados no Anexo 5 deste Contrato - Marcos Contratuais para
os Desembolsos dos Aportes Públicos.
13.3.7 Na hipótese de o Poder Concedente constatar que não há condições
de recebimento parcial, de acordo com o estabelecido no Anexo 3 do
Edital – Elementos do Projeto Básico, o Poder concedente notificará
a Concessionária, indicando as exigências a serem cumpridas e
determinando o prazo para a realização das correções.
13.3.8 Se as condições de operação não forem atingidas de maneira
satisfatória por causa imputável exclusivamente ao Poder
Concedente ou à CMTC, a Concessionária poderá solicitar a
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do Contrato,
ficando, ainda, vedada a aplicação de quaisquer penalidades por
descumprimento contratual decorrentes deste fato, observada a
alocação de riscos deste Contrato.
13.3.9 A falta de inspeção pelo Poder Concedente no prazo de 30 (trinta)
dias contados da solicitação de inspeção pela Concessionária
acarretará a aprovação automática das parcelas realizadas e o
consequente direito da Concessionária a todas as consequências
aplicáveis.
14 Declarações
14.1 A Concessionária declara que obteve, por si ou por terceiros, todas as
informações necessárias para o cumprimento de suas obrigações
contratuais.
14.2 A Concessionária não será de qualquer maneira liberada de suas
obrigações contratuais, tampouco terá direito a ser indenizada pelo Poder
Concedente, em razão de qualquer informação incorreta ou insuficiente
obtida por qualquer meio que não seja o Poder Concedente ou a CMTC,
reconhecendo que era sua a incumbência de fazer seus próprios
levantamentos para verificar a adequação e a precisão de qualquer
informação que lhe foi fornecida.
15 Garantia de Execução do Contrato
15.1 A Concessionária deverá manter, a partir da ocorrência das Condições de
Eficácia do Contrato, em favor do Poder Concedente, a fim de assegurar
o cumprimento das obrigações contratuais, garantia nos montantes
indicados na tabela abaixo (“Garantia de Execução do Contrato”):
28
Marco Valor
até o início das Operações
Comerciais
R$65.000.000,00 (sessenta e cinco milhões de
reais)
entre o início das Operações
Comerciais e até o 23º ano de
vigência do Contrato
R$25.000,000,00 (vinte e cinco milhões de reais)
entre o 24º e o 35º anos de
vigência do Contrato
R$5.000.000,00 (cinco milhões de reais)
15.1.1 Os anos do Contrato indicados na tabela acima são contados a partir
da ocorrência das Condições de Eficácia do Contrato.
15.1.2 A Garantia de Execução do Contrato será reajustada, anualmente,
nos termos do Anexo 6 do Contrato – Reajustes e Cálculos das
Contraprestações Públicas Mensais de Amortização Fixa e Variável
e Penalidades.
15.2 A Concessionária permanecerá responsável pelo cumprimento das
obrigações contratuais, incluindo o pagamento de eventuais multas e
indenizações, independentemente da utilização pelo Poder Concedente
da Garantia de Execução do Contrato.
15.3 A Garantia de Execução do Contrato, a critério da Concessionária,
poderá ser prestada em uma das seguintes modalidades:
15.3.1 caução em dinheiro, em moeda nacional (Real), depositada em
conta a ser indicada pelo Poder Concedente;
15.3.2 títulos da dívida pública, devendo estes terem sido emitidos sob a
forma escritural e regularmente registrados em sistema centralizado
de liquidação e custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e
avaliados pelos seus valores econômicos, acompanhados de
comprovante da validade atual dos respectivos títulos, quanto ao seu
valor e liquidez;
15.3.3 fiança bancária, que deverá ser emitida por instituição financeira
autorizada a funcionar no Brasil, na forma do modelo que integra o
Anexo 8 do Edital - Modelo de Carta de Fiança; ou
15.3.4 seguro-garantia, que deverá ser emitido por companhia seguradora
autorizada a funcionar no Brasil, cuja apólice deve observar, no
mínimo, o conteúdo do Anexo 7 do Edital - Modelo de Seguro
Garantia.
15.4 As cartas de fiança bancária e as apólices de seguro-garantia deverão ter
vigência mínima de 1 (um) ano a contar da data do início do Prazo da
Concessão, sendo de inteira responsabilidade da Concessionária mantê-
las em plena vigência e de forma ininterrupta durante todo o Prazo da
Concessão, devendo para tanto promover as renovações e atualizações
que forem necessárias.
29
15.4.1 Qualquer modificação no conteúdo da carta de fiança bancária ou da
apólice do seguro-garantia deve ser previamente submetida à
aprovação do Poder Concedente.
15.4.2 A Concessionária deverá encaminhar ao Poder Concedente, na
forma da regulamentação vigente, documento comprobatório de que
as cartas de fiança bancária ou apólices dos seguros-garantia foram
renovadas e tiveram seus valores reajustados na forma da
subcláusula 15.1.2.
15.5 Sem prejuízo das demais hipóteses previstas neste Contrato, a Garantia
de Execução do Contrato poderá ser utilizada nos seguintes casos:
15.5.1 quando a Concessionária injustificadamente não realizar as
obrigações de investimentos previstas neste Contrato ou as
intervenções necessárias ao atendimento dos Parâmetros de
Desempenho, ou executá-las em desconformidade com o
estabelecido, e não atender a solicitação do Poder Concedente de
executá-las ou sanear as desconformidades, conforme seja o caso,
no prazo compatível com tal obrigação;
15.5.2 quando a Concessionária não proceder ao pagamento das multas
que lhe forem aplicadas, na forma do Contrato;
15.5.3 nos casos de devolução de Bens Reversíveis em desconformidade
com as exigências estabelecidas no Contrato; ou
15.5.4 quando a Concessionária não efetuar no prazo devido o pagamento
da verba de fiscalização, conforme previsto na cláusula 18, bem
como de quaisquer outras indenizações ou obrigações pecuniárias
de responsabilidade da Concessionária, relacionadas à Concessão.
15.6 A Garantia de Execução do Contrato também poderá ser executada
sempre que a Concessionária não adotar providências para sanar
inadimplemento de obrigação legal, contratual ou regulamentar, desde
que mediante devido processo administrativo prévio, com garantia do
contraditório e da ampla defesa perante o Poder Concedente, por
possível indicação da CMTC , na forma deste Contrato.
15.7 Em qualquer caso, antes da execução da Garantia de Execução do
Contrato, o Poder Concedente notificará por escrito a Concessionária
indicando as razões e os fundamentos pelos quais tem a intenção de
iniciar o procedimento de executar a referida garantia, conferindo-lhe o
prazo de 30 (trinta) dias para providenciar a correção do fato que deu
causa à notificação.
15.8 O prazo referido na subcláusula anterior poderá, mediante solicitação por
escrito da Concessionária, ser prorrogado por uma única vez, conforme a
complexidade do evento a ser saneado.
15.9 Sempre que o Poder Concedente utilizar a Garantia de Execução do
Contrato, a Concessionária deverá proceder à reposição do seu
30
montante integral, no prazo de 10 (dez) dias úteis a contar da data de
sua utilização, sendo que, durante este prazo, a Concessionária não
estará eximida das responsabilidades que lhe são atribuídas pelo
Contrato
15.10 O capital social subscrito da Concessionária deverá ser, no mínimo,
correspondente a 5% (cinco por cento) do Valor Estimado do
Investimento Total, incluído o valor do Aporte Público, e sua
integralização deverá ser, na data da assinatura do contrato, de no
mínimo 5% (cinco por cento) em moeda corrente nacional, sendo que os
95% (noventa e cinco por cento) restantes deverão ser integralizados pari
passu com os investimentos a serem realizados, conforme definido no
Anexo 5 deste Contrato - Marcos Contratuais para os Desembolsos dos
Aportes Públicos.
15.11 A Concessionária não poderá, durante o Prazo da Concessão, reduzir o
seu capital social para valor abaixo daquele especificado na subcláusula
anterior.
15.12 O exercício social da Concessionária e o exercício financeiro do Contrato
coincidirão com o ano civil.
15.13 A Garantia de Execução Contratual deverá ser liberada após a integral
execução de todas as obrigações contratuais, comprovadas mediante o
termo de recebimento definitivo da Concessão a ser lavrado por ocasião
do término da Concessão.
16 Direitos dos Usuários
16.1 Sem prejuízo de outros direitos e obrigações previstos em lei,
regulamentos baixados pela CDTC e em outros diplomas legais e
normativos aplicáveis, são direitos dos usuários dos Serviços:
(i) obter e utilizar os Serviços relacionados à Concessão, observadas as normas
da CDTC;
(ii) receber do Poder Concedente, da CMTC e da Concessionária informações
para o uso correto do serviço prestado pela Concessionária e para a defesa de
interesses individuais ou coletivos;
(iii) levar ao conhecimento do Poder Concedente, da CMTC e da Concessionária
as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço
prestado; e
(iv) comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos ou irregularidades
praticados pela Concessionária na prestação do serviço.
16.2 Sem prejuízo do disposto na subcláusula 3.2 deste instrumento, a
Concessionária obriga-se a manter, durante todo o Prazo da Concessão,
31
em sua estrutura organizacional, um setor para cuidar exclusivamente
das relações com os usuários do Sistema de VLT.
17 Prestação de Informações
17.1 No Prazo da Concessão e sem prejuízo das demais obrigações de
prestar as informações estabelecidas no Contrato ou na legislação e
regulamentação aplicáveis, a Concessionária deverá:
17.1.1 dar conhecimento imediato ao Poder Concedente e à CMTC de todo
e qualquer fato que altere de modo relevante o normal
desenvolvimento da Concessão, apresentando, por escrito e no
prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar da ocorrência, relatório
detalhado sobre esse fato, incluindo, se for o caso, pareceres
técnicos, com as medidas tomadas para sanar o problema;
17.1.2 apresentar ao Poder Concedente, à CMTC, no prazo de até 10 (dez)
dias úteis, informações adicionais ou complementares que estes
venham formalmente a solicitar;
17.1.3 apresentar ao Poder Concedente e à CMTC , anualmente, relatório
com informações detalhadas sobre:
(i) as estatísticas de volume de passageiros transportados, atrasos
de viagens e acidentes, com análise de pontos críticos e medidas
saneadoras implementadas ou a serem implementadas;
(ii) o estado de conservação do Sistema de VLT;
(iii) relatório com o diagnóstico dos impactos gerados pelo Sistema de
VLT ao longo do Eixo Anhanguera;
(iv) o desempenho de suas atividades, especificando, dentre outros, a
prestação dos serviços relacionados ao objeto do Contrato, os
resultados da exploração do Sistema de VLT, bem como a
programação e execução financeira; e
(v) os Bens da Concessão, incluindo descrição dos seus estados e
valores;
17.1.4 apresentar à CMTC, trimestralmente, suas demonstrações
financeiras completas correspondentes ao trimestre anterior;
17.1.5 apresentar à CMTC, em até 5 (cinco) dias após a data limite para
realização da assembleia geral ordinária, as demonstrações
financeiras completas, devidamente auditadas por empresa de
auditoria independente, de acordo com as normas de contabilidade
brasileiras e/ou regulamentação da CMTC, com destaque para as
seguintes informações, relativas ao exercício encerrado em 31 de
dezembro do ano anterior:
(i) operações com Partes Relacionadas;
(ii) depreciação e amortização de ativos;
32
(iii) provisão para contingências (cíveis, trabalhistas, fiscais,
ambientais ou administrativas);
(iv) relatório da administração;
(v) parecer dos auditores externos e, se houver, do conselho fiscal;
(vi) declaração da Concessionária contendo o valor do seu capital
social integralizado e as alterações na sua composição societária.
17.1.6 manter cadastro atualizado dos responsáveis técnicos pelos
Projetos, investimentos realizados na implantação do Sistema de
VLT e os serviços prestados durante o Prazo da Concessão,
conforme aplicável, de acordo com o respectivo cronograma de
implantação do Sistema de VLT.
17.2 As vias originais dos relatórios previstos nesta Cláusula, após analisadas
e aprovadas pela CMTC e/ou pelo Poder Concedente, serão arquivadas
na sede da Concessionária, que deverá mantê-las em arquivo por um
prazo mínimo de 5 (cinco) anos.
17.3 A CMTC e o Poder Concedente deverão dar ciência um ao outro de
todas as informações, incluindo relatórios e documentos, recebidas nos
termos desta Cláusula 17.
17.4 A Concessionária deverá obedecer às boas práticas de governança
corporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras
padronizadas.
18 Fiscalização
18.1 Os poderes de fiscalização da execução do Contrato serão exercidos: (i)
pelo Poder Concedente até o início das Operações Comerciais do
Sistema de VLT; e (ii) pela CMTC, após o início das Operações
Comerciais, a qual terá, no exercício de suas atribuições, livre acesso,
em qualquer época, aos dados relativos à administração, à contabilidade
e aos recursos técnicos, econômicos e financeiros da Concessionária,
assim como aos Bens da Concessão, nos termos deste Contrato.
18.2 Os órgãos de fiscalização e controle da CMTC são responsáveis pela
supervisão, pela inspeção e pela auditoria do Contrato, bem como pela
avaliação do desempenho da Concessionária, que poderão ser
realizadas a qualquer tempo, inclusive por solicitação do Poder
Concedente, desde que previamente informado à Concessionária.
18.3 As determinações que vierem a ser emitidas no âmbito das fiscalizações
previstas serão aplicáveis e vincularão a Concessionária, após o
esgotamento de todos os recursos cabíveis.
18.4 A fiscalização da CMTC anotará em termo próprio para o registro as
ocorrências apuradas nas fiscalizações, encaminhando-o formalmente à
Concessionária para regularização das faltas ou dos defeitos verificados.
33
18.4.1 A não regularização das faltas ou dos defeitos indicados no termo
próprio para o registro de ocorrências, nos prazos regulamentares,
configura infração contratual e ensejará a lavratura de auto de
infração, que será enviado para ciência do Poder Concedente, sem
prejuízo da possível redução da Contraprestação Pública Mensal de
Amortização Variável eventualmente devida em razão do
descumprimento dos indicadores, avaliados na forma do Anexo 08
do Contrato – Quadro de Indicadores de Desempenho.
18.4.2 A violação pela Concessionária de preceito legal, contratual ou de
determinação da CMTC implicará na lavratura do auto de infração,
na forma regulamentar, devendo o mesmo ser, formalmente, levado
a conhecimento do Poder Concedente.
18.5 A Concessionária será obrigada a reparar, corrigir, remover, reconstruir
ou substituir, às suas expensas, intervenções e serviços pertinentes à
Concessão em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções
resultantes de falhas de execução ou de deficiência de materiais
empregados em relação ao disposto no Projeto, no prazo que for
razoavelmente fixado pelo Poder Concedente de acordo com a
complexidade do tema.
18.5.1 O Poder Concedente, através do Grupo Executivo, poderá exigir que
a Concessionária apresente um plano de ação visando reparar,
corrigir, remover, reconstruir ou substituir qualquer obra ou serviço
prestado de maneira viciada, defeituosa ou incorreta pertinente à
Concessão, em prazo a ser estabelecido pelo Grupo Executivo.
18.6 A CMTC e AGR em conjunto realizarão, até 1 (um) ano antes do
encerramento do Prazo da Concessão, uma fiscalização detalhada e
específica para:
18.6.1 avaliar a condição dos Bens Reversíveis, inclusive em relação ao
cumprimento dos Parâmetros de Desempenho, os quais deverão,
desde que mantido o plano de manutenção aplicável, estar em
condições adequadas de conservação e funcionamento que
permitam a continuidade da operação do Sistema de VLT, pelo prazo
mínimo adicional de 02 (dois) anos, salvo os casos de desgaste
normal decorrente de uso ou em que as respectivas vidas úteis
sejam menores; e
18.7 avaliar a condição do Sistema de VLT, a fim de determinar se os
Parâmetros de Desempenho permanecerão mantidos após o término da
Concessão, conforme subcláusula 18.6.1 acima. Recebidas as
notificações expedidas pela CMTC, a Concessionária poderá exercer o
direito de defesa e contraditório na forma da regulamentação vigente.
34
18.8 A Concessionária deverá recolher à CMTC, ao longo de todo o Prazo da
Concessão, a denominada Parcela do Poder Concedente – PPC, para o
custeio, dentre outros, dos serviços de fiscalização.
18.8.1 O valor mensal da Parcela do Poder Concedente - PPC será 1% (um
por cento), tendo como data base Abril/2012.
18.8.2 Não serão considerados, para efeito do cálculo mensal do valor da
PPC, os valores recebidos pela Concessionária a título de
Contraprestação Pública Mensal de Amortização Variável, de
Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa ou de Receitas
Extraordinárias.
18.8.3 A PPC deverá se recolhida à conta da CMTC, mensalmente, até o
quinto (5º) dia útil do mês subsequente ao vencido.
18.8.4 É vedada, ao longo de todo o período do Contrato, a utilização da
PPC para qualquer tipo de compensação em reajustes ou revisões
do Contrato sem a prévia e expressa autorização do Poder
Concedente.
19 Vistoria dos Trabalhos, Período de Testes e Início das Operações Comerciais
19.1 Após a Data de Assunção, com periodicidade trimestral e em momento
prévia e formalmente acordado com a Concessionária, o Poder
Concedente e a CMTC realizarão vistorias nos canteiros e instalações
nas quais sejam desenvolvidas as intervenções de Implantação da
Infraestrutura, com a finalidade de conferir a consistência do andamento
dos referidos trabalhos com os cronogramas constantes deste Contrato.
19.2 Concluídos os Investimentos de Implantação, a Concessionária deverá
encaminhar ao Poder Concedente e à CMTC solicitação de autorização
para início do Período de Testes e posterior início da Operação
Comercial.
19.2.1 O Período de Testes terá duração mínima de 15 (quinze) e máxima
de 45 (quarenta e cinco) dias, lapso temporal durante o qual ocorrerá
a Operação Branca, que deverá comprovar a capacidade do Sistema
de VLT de iniciar as Operações Comerciais, conforme Plano de
Testes.
19.2.2 Em até 30 dias a contar da data de recebimento da solicitação de
autorização prevista na cláusula 19.2, o Poder Concedente e a
CMTC deverão realizar a Vistoria Final dos Investimentos de
Implantação para fins de emissão do Termo de Vistoria Final.
19.2.3 No caso de o resultado da Vistoria Final indicar que a fase foi
concluída de acordo com o estabelecido neste Contrato e o
montante do Capital Social referido na subcláusula 15.10 ter sido
totalmente integralizado, a CMTC expedirá, com anuência do Poder
35
Concedente, o Termo de Vistoria Final e a autorização para o início
da Operação Comercial, evento que demarcará a aceitação do
Sistema de VLT pelo Poder Concedente.
19.2.4 Na hipótese de a vistoria indicar que a fase não foi concluída de
acordo com o estabelecido neste Contrato e/ou apresentou vícios,
defeitos ou incorreções que impeçam a operação segura do Sistema
de VLT, a CMTC notificará a Concessionária, indicando as
exigências a serem cumpridas, sem prejuízo do disposto na
subcláusula 25.2.
19.2.5 Se as condições para emissão do Termo de Vistoria Final não forem
atingidas por causa imputável direta e exclusivamente ao Poder
Concedente ou qualquer Autoridade Governamental ou a realização
dos testes não for efetuada no prazo máximo previsto acima por
motivos não imputáveis à Concessionária, esta poderá requerer
reequilíbrio econômico financeiro do Contrato, observada a alocação
de riscos deste Contrato.
19.3 O início das Operações Comerciais deverá ocorrer em até 24 (vinte e
quatro) meses contados da Data de Assunção, podendo ser antecipado
pela Concessionária mediante aprovação da CMTC, com anuência
expressa e por escrito do Poder Concedente, e marcará o início da
substituição gradual do Serviço de Transporte Viário de Passageiros pelo
Sistema de VLT até que a totalidade do material rodante adquirido pela
Concessionária tenha sido devidamente entregue.
19.4 A emissão do Termo de Vistoria Final não poderá ser injustificadamente
negada ou atrasada. A autorização formal para início da Operação
Comercial equivalerá, para todos os fins de direito, à emissão do Termo
de Vistoria Final do Sistema de VLT.
20 Valor do Contrato, Aportes Públicos e Remuneração
20.1 Valor do Contrato
20.1.1 O Valor Estimado do Contrato é de R$3.782.000.000,00 (três
bilhões, setecentos e oitenta e dois milhões de reais), tendo como
referência a data de entrega da Proposta Econômica, que
corresponde ao somatório das receitas tarifárias totais projetadas
provenientes da exploração da Concessão, a preços constantes, e
das Contraprestações Públicas de Amortização Variável.
20.1.2 O valor contemplado na subcláusula acima tem efeito meramente
indicativo, não podendo ser utilizado por nenhuma das Partes para
36
pleitear a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do
Contrato.
20.2 Remuneração e Repartição de Tarifas
20.2.1 A Concessionária será remunerada mediante:
(i) cobrança da Tarifa;
(ii) recebimento da Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa;
(iii) recebimento da Contraprestação Pública Mensal de Amortização Variável;
e
(iv) outras fontes de receitas, nos termos deste Contrato.
20.2.2 As principais receitas da Concessionária advirão do recebimento da
Tarifa, da Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa e da
Contraprestação Pública Mensal de Amortização Variável, sendo, no
entanto, facultado à Concessionária explorar outras fontes de
Receitas Extraordinárias, nos termos estabelecidos neste Contrato e
na regulamentação do Poder Concedente, exceto aquelas advindas
de ganhos ambientais ou comercialização de crédito de carbono ou
Redução Certificada de Emissões - RCE.
20.2.3 A Tarifa obedecerá aos valores determinados pela CDTC para todos
os serviços de transporte público coletivo de passageiros da Região
Metropolitana de Goiânia, inclusive no que se refere aos
mecanismos de reajuste e revisão.
20.2.3.1 Tendo-se em conta que os custos operacionais do VLT são
distintos dos custos operacionais do sistema de ônibus das demais
linhas da RMTC, em caso de revisão ou reajuste das tarifas
aplicáveis à RMTC, deverá ser mantido o equilíbrio econômico-
financeiro do Contrato através da contrapartida pecuniária paga pelo
Estado, para mais ou para menos, conforme planilhas tarifárias
específicas para o Sistema de VLT, aprovadas pela CMTC e AGR
em conjunto.
20.2.4 Dada a característica de linha tronco exercida pela linha Eixo
Anhanguera, e em face da integração físico-tarifária no Eixo
Anhanguera de dezenas de linhas alimentadoras, inclusive linhas
semiurbanas, a repartição de tarifas entre a Concessionária e as
demais concessionárias da RMTC observará as regras atualmente
estabelecidas, conforme descrição a seguir, por tipo de situação de
embarque dos passageiros.
(i) Passageiros que embarcam nas estações de embarque e
desembarque do Eixo Anhanguera e que são registrados nos
validadores e catracas dessas estações: será considerada a
37
totalidade da arrecadação tarifária dessas estações para a
composição das receitas da Concessionária.
(ii) Passageiros que embarcam no Eixo Anhanguera por meio dos
terminais de integração dessa linha, provenientes de outras
linhas, e que não são registrados em validadores e catracas
desses terminais: esses passageiros não serão considerados na
composição das receitas tarifárias da Concessionária.
(iii) Passageiros que embarcam nos terminais de integração do Eixo
Anhanguera e que acessam o terminal mediante passagem
pelos validadores e catracas de solo desses terminais: será
considerada na composição da receita da Concessionária a
quota-parte de 50% (cinquenta por cento) da arrecadação
tarifária de cada um desses terminais.
(iv) Passageiros de linhas semiurbanas, de municípios não conurbados
a Goiânia, que se utilizam do Eixo Anhanguera mediante
integração física nos terminais de integração: não serão
considerados na composição da arrecadação tarifária da
Concessionária, em observância aos termos da Lei nº 15.047, de
29 de dezembro de 2004 em seu texto atual, que disciplina essa
modalidade de integração de linhas e repartição de tarifas.
20.3 Início da Cobrança
20.3.1 Com o início das Operações Comerciais, a Concessionária fará jus à
totalidade da Remuneração da Concessionária.
20.4 Aportes Públicos
20.4.1 Os Aportes Públicos devidos pelo Poder Concedente serão pagos de
acordo com o cronograma do Anexo 5 do Contrato – Marcos
Contratuais para Desembolsos dos Aportes Públicos.
20.4.2 Em caso de controvérsia acerca da realização dos marcos fixados
para desembolso das parcelas dos Aportes Públicos, deverão as
partes se submeter à decisão do Perito Independente, de acordo
com a subcláusula 41.1, a qual deverá ser expressa dentro do prazo
máximo de 30 (trinta) dias contados da convocação do Perito
Independente.
20.4.3 O atraso ou a falta de desembolso dos valores referentes aos
Aportes Públicos por prazo superior a 90 (noventa) dias, de acordo
com o cronograma previsto neste Contrato, ensejará a faculdade da
Concessionária de suspender as atividades de Implantação da
Infraestrutura.
38
20.4.4 No caso de descumprimento, pelo Poder Concedente, da obrigação
de realizar os desembolsos das parcelas dos Aportes Públicos, a
Concessionária fará jus a uma revisão do equilíbrio econômico-
financeiro do Contrato, de acordo com os impactos decorrentes do
descumprimento em questão, assim como ao valor do débito será
acrescido de multa não compensatória de 2% (dois por cento) sobre
o montante inadimplido e mais juros segundo a taxa SELIC -
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, em vigor.
20.5 Fonte de Recursos para pagamento dos Aportes Públicos
20.5.1 Os recursos necessários para o pagamento dos Aportes Públicos
serão provenientes das fontes descritas no Anexo 4 do Contrato–
Fontes de Recursos para Aportes Públicos e serão desembolsados
de acordo com a sistemática lá prevista.
20.6 Contraprestações Públicas Mensais
20.6.1 A Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa será paga
pelo Poder Concedente em 240 (duzentas e quarenta) prestações
mensais e sucessivas, a partir do início das Operações Comerciais,
com valor de R$....... (.............)________.
20.6.1.1 A Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa
destina-se à amortização dos recursos investidos pela
Concessionária na implantação do Sistema de VLT e na
prestação dos Serviços, sendo devida em qualquer caso e não
sendo passível de reduções pelo Poder Concedente em função
do desempenho da Concessionária no cumprimento de suas
obrigações previstas neste Contrato.
(i) Os valores da Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa
serão reajustados anualmente pelo IPCA do IBGE e de acordo com os
parâmetros fixados no Anexo 6 - Reajustes e Cálculos das
Contraprestações Públicas Mensais de Amortização Fixa e Variável e
Penalidades.
20.6.2 A Contraprestação Pública Mensal de Amortização Variável será
paga pelo Poder Concedente em prestações mensais e sucessivas a
partir do início das Operações Comerciais até o término da vigência
deste Contrato, com valor básico de R$417.000,00 (quatrocentos e
dezessete mil reais).
20.6.2.1 Os valores da Contraprestação Pública Mensal de Amortização
Variável variarão e serão reajustados de acordo com a
metodologia constante do Anexo 6 - Reajustes e Cálculos das
39
Contraprestações Públicas Mensais de Amortização Fixa e
Variável e Penalidades.
20.6.3 Os valores reajustados das Contraprestações Públicas Mensais
poderão ser aplicados diretamente pela Concessionária, sem a
necessidade de homologação pelo Poder Concedente, ou pela
CDTC, ou por qualquer outro órgão ou entidade.
20.6.4 No caso de inadimplemento do pagamento da Contraprestação
Pública Mensal de Amortização Fixa ou da Contraprestação Pública
Mensal de Amortização Variável à Concessionária, será aplicável o
seguinte:
(i) o débito será acrescido de multa não compensatória de 2% (dois
por cento) sobre o montante inadimplido e juros segundo a taxa
em vigor para a mora de pagamento de impostos devidos à
Fazenda Estadual; e
(ii) no caso de atraso superior a 90 (noventa) dias, será conferida à
Concessionária a faculdade de executar a Garantia prestada pelo
Poder Concedente na forma deste Contrato, sem prejuízo do
direito à rescisão do Contrato.
20.6.5 Em conformidade com o disposto no inciso II do § 2º do artigo 5º da
Lei 11.079/2004, o Poder Concedente poderá emitir empenhos de
despesa e realizar o pagamento da Contraprestação Pública Mensal
de Amortização Fixa diretamente aos Financiadores, no caso de
recebimento de notificação destes determinando a alteração da
conta bancária à qual deverá ser creditado o valor da
Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa.
20.7 Revisão Ordinária das Contraprestações Públicas Mensais
20.7.1 A revisão da Contraprestação Pública Mensal de Amortização
Variável será realizada ordinariamente a cada 4 (quatro) anos
contados do início das Operações Comerciais, com o objetivo de
aferir a preservação do equilíbrio econômico-financeiro do Contrato.
21 Tarifa e Política Tarifária Integrada com a RMTC
21.1 Para os fins e efeitos deste Contrato, a Tarifa corresponde ao preço que
os usuários devem pagar para custear parcela dos serviços de transporte
público e terem acesso ao uso da RMTC.
21.1.1 As receitas provenientes do pagamento das Tarifas serão
arrecadadas diretamente pela Concessionária, observada a política
tarifária definida pela CDTC.
40
21.2 O valor da Tarifa é aquele fixado pela CDTC para todos os serviços da
RMTC, inclusive no que se refere a reajuste e revisão, observado o
disposto na subcláusula 20.2.3 deste Contrato.
21.2.1 Estendem-se para este Contrato, sem emendas ou ressalvas, as
regras e condições de reajuste e revisão da Tarifa consignadas nos
contratos de concessão celebrados pela CMTC com das demais
concessionárias da RMTC na data de 25 de março de 2008.
21.3 Todas as questões relacionadas à definição, ao reajuste e à revisão do
valor da Tarifa estão descritas no Anexo 6 deste Contrato - Reajustes e
Cálculos das Contraprestações Públicas Mensais de Amortização Fixa e
Variável e Penalidades.
22 Sistema de Arrecadação de Tarifas Integrado com a RMTC
22.1 A cobrança das tarifas na RMTC, na qual será incluído o Sistema de VLT,
é realizada de modo automatizado e universalizado, na forma do Sistema
de Bilhetagem Eletrônica existente, descrito no Anexo 3.7 do Edital –
Sistema de Bilhetagem Eletrônica.
22.2 Os procedimentos de provimento, manutenção e conservação, o custeio
e todos os demais aspectos relacionados com a gestão do Sistema de
Bilhetagem Eletrônica serão objeto de livre ajuste entre a Concessionária
e o sindicato que representa a categoria econômica das concessionárias
da RMTC, observada anuência da CMTC.
22.3 Compete ao gestor do Sistema de Bilhetagem Eletrônica:
22.3.1 emitir, distribuir e comercializar nas bilheterias existentes em todas
as instalações nos terminais de integração e estações de embarque
e desembarque ao longo do Eixo Anhanguera, os créditos de
viagens, nas mídias “bilhete magnético” e “cartão eletrônico”, ou
outro meio que vier a substituí-los;
22.3.2 conservar, manter e dar suporte técnico a todo o parque de
equipamentos e a todo o conjunto de sistemas que integram o
Sistema de Bilhetagem Eletrônica, abrangendo os componentes que
equipam os acessos aos terminais de integração, estações de
embarque e desembarque, e, quando for o caso, aos veículos;
22.3.3 operar e manter o back-office do sistema, que abrange toda a
infraestrutura de informática, telecomunicações, processamento,
armazenamento e segurança de dados do sistema.
22.4 A Concessionária, em relação ao Sistema de Bilhetagem Eletrônica,
responsabilizar-se-á por:
22.4.1 prover os equipamentos (“hardware”), exceto os validadores de
bilhetes e cartões, e sistemas (“software”) que equipam o material
41
rodante, o pátio, os terminais de integração e as estações de
embarque e desembarque;
22.4.2 prover os bloqueios e/ou as catracas eletromecânicas necessárias
aos locais de acesso dos passageiros ao material rodante, aos
terminais de integração e estações de embarque e desembarque do
Eixo Anhanguera, para interligação destes bloqueios e/ou catracas
com os equipamentos validadores de bilhetes e cartões, observadas
as especificações técnicas do Sistema de Bilhetagem Eletrônica
descritas no Anexo 3.7 do Edital – Sistema de Bilhetagem Eletrônica;
22.4.3 controlar o acesso dos passageiros no material rodante, terminais de
integração e estações de embarque e desembarque do Eixo
Anhanguera;
22.4.4 realizar a descarga diária dos dados armazenados nos validadores
de bilhetes e cartões, e a transmissão diária e automática destes
dados para o clearing do Sistema de Bilhetagem Eletrônica e para a
central de dados da CMTC, que ficará disponível a qualquer
interessado;
22.4.5 emitir e apresentar a Fatura Diária de Serviços ao sindicato que
representa a categoria econômica das concessionárias para fins de
liquidação e recebimento;
22.4.6 contribuir, da mesma forma e nas mesmas condições adotadas para
as demais concessionárias da RMTC, para o custeio do Sistema de
Bilhetagem Eletrônica, na forma do Anexo 3.7 do Edital –Sistema de
Bilhetagem Eletrônica.
22.5 A remissão dos créditos de viagens (Tarifas), em proveito da
Concessionária, relativos aos passageiros por ela transportados, será
feita diariamente pelo sindicato que representa a categoria econômica
das concessionárias da RMTC, por meio da liquidação e pagamento das
Faturas Diárias de Serviços emitidas pela Concessionária através do
clearing do Sistema de Bilhetagem Eletrônica.
22.5.1. Na remissão diária dos créditos para a Concessionária será observado
o modelo de repartição de tarifas consignado na subcláusula 20.2.4
deste Contrato.
22.5.2. O prazo de pagamento das Faturas Diárias de Serviços é de “D+1”, ou
seja, a data de apresentação da fatura perante a tesouraria do sindicato
acrescida de 1 (um) dia útil.
22.6 O controle público sobre a receita tarifária de todas as concessionárias é
feito por meio da central de dados da CMTC, que é alimentada pelo
clearing do Sistema de Bilhetagem Eletrônica e concentradores de dados
das concessionárias da RMTC.
42
23 Receitas Extraordinárias
23.1 A exploração de Receitas Extraordinárias pela Concessionária deverá ser
por esta previamente comunicada por escrito ao Poder Concedente e
também à CMTC.
23.2 A exploração de Receitas Extraordinárias que não demande qualquer
investimento por parte da Concessionária deverá ser explorada
diretamente pela Concessionária sendo o faturamento bruto específico
resultante exclusivamente destas atividades empresariais, compartilhado
com o Poder Concedente na proporção de 10% (dez por cento) para
este, o que poderá ocorrer por meio de reduções das Contraprestações
Públicas.
23.3 Nas hipóteses em que a Concessionária venha a identificar a
possibilidade de explorar projetos associados e/ou outras atividades que
possam gerar Receitas Extraordinárias e demandem investimentos da
Concessionária ou de parceiros estratégicos da Concessionária, esta
deverá constituir uma nova empresa na forma de sua subsidiária integral
para explorar cada um dos referidos projetos e atividades.
23.4 O faturamento bruto auferido, individualmente, pelas sociedades
constituídas nos termos da subcláusula 23.3 acima serão compartilhados
com o Poder Concedente na proporção de 1% (um por cento) para este,
por meio da redução da Contraprestação Pública Mensal de Amortização
Variável na forma do Anexo 06 deste Contrato - Reajustes e Cálculos das
Contraprestações Públicas Mensais de Amortização Fixa e Variável e
Penalidades..
23.5 Sem qualquer prejuízo do disposto neste Contrato e observada a
sistemática da Cláusula 23.3, fica a Concessionária previamente
autorizada a explorar, da forma que melhor lhe convier, desde que em
condições comercialmente aceitáveis e vigentes no mercado, as Receitas
Extraordinárias advindas da exploração imobiliária das áreas das
Estações e Terminais do Sistema de VLT para fins de construção de
empreendimentos imobiliários, bem como da exploração dos espaços de
sua infraestrutura móvel e imóvel para fins publicitários, da exploração
comercial de postos de combustível, estacionamentos, desenvolvimento
imobiliário e incorporação de ativos como shoppings centers, hotéis,
salas comerciais e outros, desenvolvimento de comércio e lojas nas
Estações e Terminais do VLT, exploração de publicidade como outdoors,
painéis eletrônicos, cartazes e envelopamento dos trens, naming rights,
aluguel de espaços para eventos em geral, exploração ou aluguel de
mobiliário urbano nas Estações e Terminais de Integração do VLT,
43
instalação e/ou locação de espaço para serviços de telecomunicações,
antenas, fibra óptica e dutos de um modo geral.
23.5.1 Para fins de exploração das receitas a que se refere o item 23.5, a
Concessionária não poderá solicitar a desapropriação das referidas
áreas.
23.5.2 A exploração imobiliária das áreas das estações e terminais do
Sistema de VLT para fins comerciais dependerá da conformidade de
referidas instalações com os Projetos, sendo que qualquer alteração
a ser realizada pela Concessionária para melhor adequação a
finalidades comerciais dependerá de prévia e expressa aprovação
do Poder Concedente, sendo vedada a realização de
desapropriação para fins de exploração de receitas acessórias.
23.5.3 Quando da extinção da Concessão, o Poder Concedente se sub-
rogará nos direitos da Concessionária decorrentes de todos os
contratos de exploração imobiliária das áreas das estações do
Sistema de VLT para fins comerciais que estejam vigentes.
24 Garantia do Poder Concedente
24.1 Como garantia do integral e pontual pagamento de todos os valores devidos a
título de Contraprestações Públicas Mensais, indenizações e demais obrigações
pecuniárias nos termos deste Contrato, o Poder Concedente, por este ato,
outorga à Concessionária como garantia a vinculação de recursos auferidos pelo
Estado de Goiás a título de royalties pela exploração de potenciais de energia
elétrica, nos termos da Lei nº. 7.990, de 28 de dezembro de 1989, em
conformidade com o disposto na Lei nº 17.842/2012, conforme alterada.
24.2 A vinculação de receitas mencionada na subcláusula 24.1 será efetivada de
acordo com o Contrato de Administração de Recursos celebrado entre o Poder
Concedente, a Concessionária, a Goiás Parcerias e o Agente de Pagamentos,
na forma do Anexo 7 do Contrato – Modelo de Contrato de Administração de
Recursos. O Contrato de Administração de Recursos não poderá ser alterado ou
extinto, em parte ou no todo, salvo conforme seus termos e condições ou por
meio de acordo expresso e escrito entre o Poder Concedente, a Goiás Parcerias
e a Concessionária.
24.3 A Garantia outorgada pelo Poder Concedente nos termos desta Cláusula 24
permanecerá em vigor durante todo o prazo de vigência deste Contrato, inclusive
independentemente de eventual extinção do Contrato, até a quitação de todas as
obrigações pecuniárias devidas pelo Poder Concedente, e não poderá ser
alterada ou extinta, em parte ou no todo, salvo se por meio de mútuo acordo
expresso e escrito entre o Poder Concedente e a Concessionária, com a
expressa aprovação dos Financiadores.
44
24.4 As Partes desde já concordam que a Concessionária poderá ceder em favor dos
Financiadores todos os seus direitos decorrentes da Garantia do Poder
Concedente instituída nos termos desta Cláusula 24, conforme negócio jurídico
mais apropriado e respeitadas as condições de eficácia e validade previstas na
legislação aplicável.
24.5 O Poder Concedente obriga-se a substituir a Garantia constituída nos termos
desta Cláusula 24, em comum acordo expresso e escrito com a Concessionária
e desde que aceito pelos Financiadores, em caso de advento de qualquer
alteração legislativa ou outro evento que impeça, limite ou de qualquer forma
inviabilize a Garantia e/ou a estrutura contemplada nesta Cláusula e no Contrato
de Administração de Recursos.
25 Penalidades
25.1 O não cumprimento das cláusulas deste Contrato e seus Anexos, por fato
atribuível à Concessionária, ressalvados os casos de caso fortuito, força maior ou
fato do príncipe, o sistema de alocação de riscos contemplado neste Contrato, e
demais fatores excludentes de responsabilidade, ensejará, de acordo com a
gravidade do fato, e, sem prejuízo das responsabilidades civil e penal, a
aplicação das penalidades previstas neste Contrato.
25.2 No caso de inadimplemento parcial ou total das obrigações deste Contrato pela
Concessionária, o Poder Concedente poderá aplicar as penalidades indicadas
nas subcláusulas seguintes, nos termos da lei, sem prejuízo das consequências
de natureza civil e penal.
25.3 Se as condições para emissão do Termo de Vistoria Final não forem atingidas ou
a realização dos testes não for concluído por causa imputável à Concessionária,
o Poder Concedente, por indicação da CMTC , poderá cobrar compensação
financeira, por dia de atraso, no valor de R$100.000,00 (cem mil reais) entre o 1º
(primeiro) e o 30º (trigésimo) dia de atraso, e R$200.000,00 (duzentos mil reais)
a partir do 31º (trigésimo primeiro) dia de atraso, em qualquer caso até o valor
limite de R$65.000.000,00 (sessenta e cinco milhões de reais).
25.4 Pela inexecução parcial ou total deste Contrato ou desrespeito às normas
aplicáveis ao VLT Goiânia, após o início das Operações Comerciais, o Poder
Concedente poderá, garantidos o contraditório e a ampla defesa em sede de
processo administrativo próprio, aplicar à Concessionária as seguintes sanções:
(i) advertência, no caso de infrações leves;
(ii) multa pecuniária, por infração, nos valores de: (a) o valor equivalente a
até 0,02% (dois centésimos de percentual) da receita anual decorrente
das Tarifas, para o caso de infrações de média gravidade; (b) o valor
equivalente a até 0,2 % (dois décimos de percentual) da receita anual
decorrente das Tarifas, para o caso de infrações graves; e (c) o valor
45
equivalente a até 1% (um por cento)da receita anual decorrente das
Tarifas, para o caso de infrações gravíssimas;
(iii) caducidade da Concessão Patrocinada;
(iv) suspensão temporária do direito de participação em licitações e
impedimento de contratar com a Administração Pública Estadual;
(v) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração
Pública, enquanto perdurarem os motivos determinantes desta punição e
até que seja promovida sua reabilitação perante a Administração Pública
Estadual, que será concedida sempre que a Concessionária ressarcir a
Administração pelos prejuízos resultantes;
(vi) rescisão contratual, na forma prevista neste Contrato.
25.5 Para garantir a razoabilidade e a proporcionalidade na aplicação das sanções, o
Poder Concedente observará:
25.5.1 a natureza e a gravidade da infração, sobretudo quanto à extensão
dos prejuízos causados pela Concessionária à prestação dos
serviços ora concedidos ou aos usuários destes;
25.5.2 as vantagens auferidas pela Concessionária em decorrência da
infração;
25.5.3 as circunstâncias atenuantes e agravantes;
25.5.4 a situação econômica e financeira da Concessionária, em especial a
sua capacidade de honrar compromissos financeiros, gerar receitas
e manter a execução do Contrato;
25.5.5 os antecedentes da Concessionária, inclusive eventuais
reincidências;
25.5.6 a proibição ao bis in idem, por meio da qual fica vedada a aplicação
conjunta de mais de uma penalidade ou compensação financeira em
relação a um mesmo fato.
25.6 A gradação das penalidades observará as seguintes escalas:
25.6.1 a infração será considerada leve quando decorrer de condutas
involuntárias, perfeitamente remediáveis ou escusáveis e que não
produzam qualquer benefício à Concessionária;
25.6.2 a infração terá gravidade média quando decorrer de conduta
voluntária, mas remediável, ou ainda efetuada pela primeira vez pela
Concessionária, sem a ela trazer qualquer benefício ou proveito.
25.6.3 a infração será considerada grave quando o Poder Concedente
constatar a presença de um dos seguintes fatores:
(i) ter a Concessionária agido com má-fé;
(ii) da infração decorrer benefício direto ou indireto para a Concessionária;
(iii) a Concessionária for reincidente na infração de gravidade média;
(iv) ter a Concessionária prejudicado, sem possibilidade de remediação, a
prestação dos Serviços; ou
46
(v) ter a Concessionária causado prejuízo econômico significativo para o
Poder Concedente.
25.6.4 a infração será considerada gravíssima quando:
(i) o Poder Concedente constatar, diante das circunstâncias do serviço e do
ato praticado pela Concessionária, que seu comportamento reveste-se de
grande lesividade ao interesse público, por prejudicar a vida ou a
incolumidade física dos usuários, a saúde pública, o meio ambiente, o
erário público ou a continuidade dos serviços concedidos nos termos
deste Contrato; ou
(ii) a Concessionária não contratar ou não manter em vigor a Garantia de
Execução do Contrato ou os seguros exigidos no Contrato.
25.7 A aplicação das multas aludidas nas subcláusulas anteriores não impede que o
Poder Concedente declare a intervenção ou caducidade do Contrato,
observados os procedimentos nele previstos, ou aplique outras medidas nele
estabelecidas.
25.8 Após o encerramento definitivo do processo administrativo instaurado para tanto,
o Poder Concedente emitirá o documento de cobrança correspondente contra a
Concessionária, que deverá pagá-lo no prazo de até 15 (quinze) dias úteis
contados da data do recebimento da notificação.
25.8.1 Caso a Concessionária não pague o valor da multa no prazo
estabelecido na subcláusula 25.8, o Poder Concedente poderá
utilizar a Garantia de Execução do Contrato ou descontar o valor da
multa da Contraprestação Pública devida no mês imediatamente
posterior ao do vencimento daquele prazo.
25.8.2 A falta de pagamento da multa no prazo estabelecido na subcláusula
25.8 importará em (i) correção monetária pela variação do IPCA e
(iii) incidência de juros, segundo a taxa em vigor para a mora do
pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública Estadual.
25.9 O processo administrativo de aplicação de penalidades observará o disposto na
legislação vigente, incluindo as normas do Poder Concedente.
26 Alocação de Riscos
26.1 À exceção daqueles riscos que resultem expressamente deste Contrato, a
Concessionária é integral e exclusivamente responsável por todos os riscos
relacionados à Concessão, inclusive, mas sem limitação, pelos seguintes riscos:
26.1.1 com exceção da licença ambiental prévia emitida nos termos do
Anexo 10 do Edital, a Concessionária será responsável pela
obtenção das demais licenças, permissões e autorizações relativas à
Concessão;
26.1.2 custos excedentes relacionados às intervenções de implantação do
Sistema de VLT e aos Serviços objeto da Concessão;
47
26.1.3 atraso no cumprimento dos cronogramas previstos neste Contrato ou
de outros prazos estabelecidos entre as Partes ao longo da vigência
do Contrato;
26.1.4 tecnologia empregada nas intervenções de implantação do Sistema
de VLT, bens e Serviços da Concessão;
26.1.5 perecimento, destruição, roubo, furto, perda ou quaisquer outros
tipos de danos causados aos Bens da Concessão, responsabilidade
que não é reduzida ou excluída em virtude da fiscalização da CMTC
e do Poder Concedente;
26.1.6 atraso na execução das intervenções da Implantação da
Infraestrutura ou interrupção na prestação dos Serviços decorrentes
de manifestações sociais e/ou públicas que perdurem pelo prazo de:
(i) até 5 (cinco) dias, sucessivos ou não, a cada período de 12
(doze) meses contados a partir da Data de Assunção, caso os
custos decorrentes de tais eventos não sejam objeto de
cobertura de seguros à época de sua ocorrência ou de sua
renovação, independentemente de a Concessionária tê-los
contratado; e
(ii) até 30(trinta) dias, sucessivos ou não, a cada período de 12
(doze) meses contados a partir da Data de Assunção, se os
custos decorrentes de tais eventos possam ser objeto de
seguros à época de sua ocorrência ou de sua renovação,
independentemente de a Concessionária tê-los contratado.
26.1.7 aumento do custo de capital, inclusive os resultantes de aumentos
das taxas de juros;
26.1.8 modificações na legislação de Imposto sobre a Renda;
26.1.9 fatores imprevisíveis, fatores previsíveis de consequências
incalculáveis, ou ainda caso fortuito ou força maior, que, em
condições de mercado, possam ser objeto de cobertura de seguros
oferecidos no Brasil à época da contratação e respectiva
periodicidade de renovação em condições razoáveis de mercado;
26.1.10 recuperação, prevenção ou remediação de danos ambientais
causados pela Concessionária durante a Implantação da
Infraestrutura ou durante a Operação Comercial;
26.1.11 responsabilidade civil, administrativa e criminal por danos ambientais
decorrentes da operação defeituosa, negligente ou imprudente do
Sistema de VLT;
26.1.12 prejuízos causados a terceiros, pela Concessionária ou seus
administradores, empregados, prepostos ou prestadores de serviços,
no exercício defeituoso, negligente ou imprudente das atividades da
Concessão sob sua responsabilidade;
48
26.1.13 interferências identificadas no Edital nas localidades da Implantação
da Infraestrutura que deverão ser removidas ou realocadas;
26.1.14 vícios ocultos dos Bens da Concessão por ela construídos ou
adquiridos após a Data de Assunção, arrendados ou locados para
operação e manutenção do Sistema de VLT ao longo do Prazo da
Concessão;
26.1.15 custos excedentes relacionados às intervenções de implantação do
Sistema de VLT e aos Serviços objeto da Concessão, nos casos de
omissão, inconsistência ou falha verificada nas informações, nos
estudos, nas pesquisas, nas investigações, nos levantamentos, nos
projetos, nas planilhas e nos demais documentos ou dados
relacionados aos bens e serviços que integram a presente
Concessão, salvo se de outra forma previsto neste Contrato.
26.2 Sem prejuízo de outros riscos que não sejam de responsabilidade da
Concessionária, nos termos deste Contrato e seus Anexos, a Concessionária
não é responsável pelos seguintes riscos relacionados à Concessão:
26.2.1 reduções do número de passageiros transportados no Eixo
Anhanguera, cujas Tarifas são de titularidade, total ou parcial, da
Concessionária nos termos das subcláusulas 20.2.4(i) e 20.2.4(iii)
deste Contrato, decorrentes de alterações em outras linhas da
RMTC ou outros modais que criem concorrência ao Sistema de VLT,
ou, por qualquer outra forma, possam reduzir a demanda pelos
Serviços, incluindo o caso de alteração dos valores das tarifas
praticadas nestas outras linhas ou modais de modo a acarretar
queda na demanda projetada;
26.2.2 implementação e/ou alteração do plano de trânsito, circulação viária
e semaforização de vias da área do entorno do Eixo Anhanguera,
incluindo, sem limitação, eventuais aberturas e fechamentos de ruas
e cruzamentos, conforme proposto pela Concessionária em seu
Plano de Trabalho;
26.2.3 demandas relativas a danos de qualquer natureza, incluindo
eventuais lucros cessantes, apresentadas por terceiros em
decorrência da eventual interrupção do acesso de pessoas e
veículos a áreas no entorno dos locais das intervenções para a
Implantação do Sistema de VLT, abrangendo o acesso a
estabelecimentos comerciais e a garagens de edificações;
26.2.4 atraso na execução da Implantação da Infraestrutura ou interrupção
na prestação dos Serviços decorrentes de manifestações sociais
e/ou públicas, quando tais eventos excederem os períodos
estabelecidos na subcláusula 26.1.6 acima, hipótese na qual a
responsabilidade do Poder Concedente se resume ao período
excedente aos prazos referidos na aludida subcláusula, ou, ainda,
49
quaisquer danos, destruição ou perecimento de materiais e/ou
equipamentos e instalações não cobertos por seguros decorrentes
de manifestações sociais ou públicas, independentemente do
período em que ocorrerem;
26.2.5 decisão arbitral, judicial ou administrativa que afete a execução do
Contrato pela Concessionária, que não possa ser atribuída direta e
originariamente a Concessionária, incluindo, dentre outras, que: (i)
dificulte, atrase, impeça, interrompa ou impossibilite a
Concessionária de cobrar a Tarifa ou receber as Contraprestações
Mensais ou Aportes Públicos de acordo com o estabelecido no
Contrato, incluindo seus reajustes e revisões; (ii) impeça ou
impossibilite, no todo ou em parte, a Concessionária de executar a
Implantação da Infraestrutura ou a prestação dos Serviços; (iii)
dificulte ou impeça a constituição ou pleno funcionamento do sistema
de Garantia da Concessão;
26.2.6 realização de todas as desapropriações, nos termos da Cláusula 12
deste Contrato;
26.2.7 descumprimento, pelo Poder Concedente ou Autoridades
Governamentais, de suas obrigações contratuais ou regulamentares,
incluindo, mas não se limitando, ao descumprimento de prazos
aplicáveis ao Poder Concedente previstos neste Contrato e/ou na
legislação vigente;
26.2.8 incidência de tributos federais sobre o valor dos Aportes Públicos,
observada as exceções previstas em lei;
26.2.9 caso fortuito ou força maior que não sejam objeto de cobertura de
seguros contratados nos termos deste Contrato, ou caso estejam
cobertos por seguros e o evento supere seu montante de cobertura,
ou, ainda, fato do príncipe ou fato da administração;
26.2.10 reajustes e revisões do valor da Tarifa pela CDTC, na forma do
Anexo 06 deste Contrato - Reajustes e Cálculos das
Contraprestações Públicas Mensais de Amortização Fixa e Variável
e Penalidades;
26.2.11 alterações na legislação e regulamentação, inclusive acerca de
criação, alteração ou extinção de tributos ou encargos, que alterem a
composição econômico-financeira da Concessionária, excetuada a
legislação dos impostos sobre a renda;
26.2.12 cancelamento, redução ou qualquer outro mecanismo que afete a
isenção do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação
de Serviços Interestaduais (ICMS) relacionada à aquisição ou à
importação, direta ou indireta, de bens e serviços necessários à
implantação do Sistema de VLT;
26.2.13 vícios ocultos dos Bens da Concessão transferidos à Concessionária
na Data de Assunção;
50
26.2.14 qualquer prejuízo às atividades de implantação do Sistema de VLT,
ou delas decorrente, de caráter financeiro ou não, causado por ação
ou omissão na execução do Plano de Transição e que sejam
atribuíveis à Metrobus ou ao Poder Concedente;
26.2.15 variações cambiais iguais ou superiores a 3% (três por cento) na
cotação do Euro, para mais ou para menos, no período
compreendido entre a apresentação da Proposta Econômica e a
data de emissão da Ordem de Serviço, calculada com base no valor
declarado na célula B18 do Quadro 5 (Investimentos) do Anexo 6.3
do Edital - Quadro do Plano de Negócios;
26.2.16 constatação superveniente de limitações operacionais, tais como,
sem se limitar a, restrição à mobilização de equipamentos ou ao
tráfego de cargas, horário de operação e limites de ruídos, que não
estejam previstas na legislação vigente quando da publicação do
Edital não alcance, de maneira satisfatória, dos Parâmetros de
Desempenho por causa imputável ao Poder Concedente ou a
qualquer Autoridade Governamental;
26.2.17 vestígios arqueológicos que impeçam ou retardem a Implantação da
Infraestrutura;
26.2.18 Interferências não identificadas no Edital nas localidades da
Implantação da Infraestrutura que deverão ser removidas ou
realocadas;
26.2.19 falha ou insuficiência no fornecimento de energia elétrica para o
Sistema de VLT, que não decorra de ação ou omissão da
Concessionária na implantação ou manutenção de suas instalações;
26.2.20 responsabilidade por passivos ambientais cujo fato gerador seja
anterior à Data de Assunção;
26.2.21 conjunto de atividades e compensações ambientais que superem o
valor de R$10.000.000,00 (dez milhões de reais), que venham a ser
exigidas pelas Autoridades Governamentais ambientais para
emissão do conjunto das licenças ambientais de instalação e de
operação;
26.2.22 superveniência de fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de
consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da
execução do ajustado, configurando álea econômica extraordinária e
extracontratual;
26.2.23 custos excedentes relacionados às intervenções de implantação do
Sistema de VLT e aos Serviços objeto da Concessão, nos casos
decorrentes de alterações no escopo determinadas, solicitadas ou
impostas pelo Poder Concedente ou pela CDTC, ressalvada a
hipótese descrita na subcláusula 26.1.15.
51
26.3 Sem prejuízo de outros expressamente previstos neste Contrato, são riscos
compartilhados entre o Poder Concedente e a Concessionária:
26.3.1 O risco de demanda de passageiros transportados no Eixo
Anhanguera, cujas Tarifas são de titularidade total ou parcial da
Concessionária, nos termos das subcláusulas 20.2.4(i) e 20.2.4 (iii),
de acordo com o Anexo 6 deste Contrato – Reajustes e Cálculos das
Contraprestações Públicas Mensais de Amortização Fixa e Variável
e Penalidades.
26.3.2 O risco de variações cambiais, que caberá ao Poder Concedente até
o limite do valor do patrimônio alocado ao Fundo Especial de
Implantação do Programa Veículo Leve sobre Trilho - FVLT, nos
termos do contido na Lei nº. 17.930, de 27 de dezembro de 2012, e
à Concessionária com relação ao valor restante dos investimentos a
serem realizados em moeda estrangeira;
26.4 Casos Fortuitos, Força Maior e Fatos do Príncipe:
26.4.1 Fica excluída a responsabilidade da Concessionária pelo
inadimplemento total ou parcial de qualquer obrigação assumida no
Contrato, ou em qualquer de seus Anexos, nas hipóteses de caso
fortuito, de força maior ou de fato do príncipe, nos termos do
parágrafo único do artigo 393 do Código Civil Brasileiro, ou ainda por
motivos imputáveis exclusivamente do Poder Concedente.
26.4.2 Na ocorrência de caso fortuito, força maior ou fato do príncipe, cujas
consequências não sejam cobertas por Seguro, o Poder Concedente
poderá requerer a extinção do Contrato em caso de onerosidade
excessiva, hipótese na qual deverão ser aplicadas, no que couber,
as regras e os procedimentos válidos para a extinção do Contrato
por advento do termo contratual, no que for aplicável, sem prejuízo
da indenização devida à Concessionária pelos investimentos
realizados que não tenham sido amortizados.
26.4.3 As Partes comprometem-se a empregar as medidas necessárias e
razoáveis a fim de minimizar os efeitos decorrentes dos eventos de
caso fortuito e de força maior.
26.5 A Concessionária declara:
(i) ter pleno conhecimento da natureza e extensão dos riscos por ela
assumidos neste Contrato; e
(ii) ter levado tais riscos em consideração na formulação de sua Proposta.
26.6 A Concessionária não fará jus à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro
caso quaisquer dos riscos por ela assumidos no Contrato venham a se
materializar.
52
27 Recomposição do Equilíbrio Econômico-Financeiro
27.1 Cabimento da Recomposição
27.1.1 Sempre que atendidas as condições do Contrato e mantida a
alocação de riscos nele estabelecida, considera-se mantido seu
equilíbrio econômico-financeiro.
27.1.2 A Concessionária somente poderá solicitar a recomposição do
equilíbrio econômico-financeiro nas hipóteses previstas na
subcláusula 26.2 acima, desde que o evento ocorrido efetivamente
altere as condições originalmente pactuadas.
27.1.3 O Poder Concedente poderá solicitar a recomposição do equilíbrio
econômico-financeiro quando cabível, nos termos da lei e do
presente Contrato.
27.1.3.1 Na hipótese de novos investimentos ou serviços solicitados
pelo Poder Concedente e não previstos no Contrato, o
Poder Concedente poderá requerer à Concessionária,
previamente ao procedimento de recomposição do equilíbrio
econômico-financeiro, a elaboração do projeto básico dos
serviços, considerando que:
(i) o projeto básico deverá conter todos os elementos
necessários à precificação do investimento e às estimativas
do impacto dos investimentos e serviços sobre as receitas
da Concessionária, segundo as melhores práticas e critérios
de mercado, tudo de acordo com as normas técnicas e
diretivas eventualmente estabelecidas pelo Poder
Concedente;
(ii) o Poder Concedente poderá estabelecer o valor limite do
custo dos projetos e estudos a serem considerados para
efeitos de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro.
27.1.4 Todos e quaisquer procedimentos de recomposição do equilíbrio
econômico-financeiro do Contrato serão instruídos em processo
administrativo próprio autuado pelo Poder Concedente e analisados
pela AGR.
27.2 Procedimento para Pleito de Recomposição
27.2.1 A Postulante da recomposição do reequilíbrio econômico-financeiro
do contrato deverá enviar notificação de solicitação de recomposição
à Postulada no prazo de 20 dias a contar da data em que tomar
53
conhecimento da ocorrência da hipótese que deu ensejo à
recomposição.
27.2.2 Quando o pedido de recomposição do equilíbrio econômico-
financeiro for iniciado pela Concessionária, deverão ser obedecidos
os seguintes procedimentos:
(i) Ser acompanhado de relatório técnico ou laudo pericial, que
demonstre o impacto da ocorrência nas projeções do Plano de
Negócios apresentado pela Concessionária durante a fase de
licitação.
(ii) Ser acompanhado de todos os documentos necessários à
demonstração do cabimento do pleito, podendo ainda o Poder
Concedente solicitar laudos econômicos específicos, elaborados
por entidades independentes.
(iii) Todos os custos com diligências e estudos necessários à plena
instrução do pedido correrão por conta da Concessionária.
(iv) A AGR será responsável pela análise técnica do pedido de
reequilíbrio econômico-financeiro e apresentará ao Poder
Concedente manifestação favorável ou contrária ao pleito,
devidamente motivada.
27.2.3 O procedimento de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro
iniciado pelo Poder Concedente deverá ser objeto de comunicação à
Concessionária, acompanhada de cópia dos laudos e estudos
pertinentes.
27.2.4 Não havendo manifestação pela Concessionária no prazo
consignado na comunicação, que não poderá ser inferior a 30 (trinta)
dias, a omissão será considerada como concordância em relação ao
mérito da proposta do Poder Concedente para recomposição do
equilíbrio econômico-financeiro do Contrato, sem prejuízo do
mecanismo previsto na Cláusula 40.
27.2.5 O procedimento de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro
do Contrato deverá ser concluído em prazo não superior a 90
(noventa) dias, ressalvada a hipótese, devidamente justificada por
escrito, em que seja necessária a prorrogação para complementação
da instrução por mais 30 (trinta) dias, sendo certo que novas
prorrogações somente serão possíveis mediante prévio acordo entre
as Partes.
27.2.6 A recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do Contrato não
poderá importar efeito retroativo superior a 360 (trezentos e
sessenta) dias da data da apresentação do pleito ou da
54
comunicação, exceto no caso do impacto cambial na forma da
Cláusula 26.
27.2.7 A recomposição do equilíbrio econômico-financeiro será
implementada tomando-se por base os efeitos dos fatos que lhe
deram causa, nos itens respectivos do Plano de Negócios, e será
única, completa e final para todo o prazo do Contrato, relativamente
aos mesmos fatos.
27.2.8 Sempre que for efetuada a recomposição do equilíbrio econômico-
financeiro do Contrato, o Plano de Negócios será alterado para
refletir a situação resultante da recomposição.
27.3 Critérios e Princípios para a Recomposição
27.3.1 Os procedimentos de recomposição do equilíbrio econômico-
financeiro não poderão alterar a alocação de riscos originalmente
prevista no Contrato.
27.3.2 Independente dos mecanismos de manutenção do equilíbrio
econômico-financeiro, as cláusulas contratuais que disciplinem
elementos econômico-financeiros da Concessão somente poderão
ser alteradas mediante acordo expresso e escrito entre as Partes.
27.3.3 Os procedimentos de recomposição deverão prever a discussão e
negociação de boa-fé entre as Partes, inclusive para fins de escolha
do método de recomposição a ser eventualmente aplicável e
deverão sempre garantir a preservação da capacidade de
pagamento dos financiamentos e da prestação adequada dos
Serviços pela Concessionária.
27.4 Parâmetro para a Recomposição
27.4.1 A Taxa Interna de Retorno (TIR) do projeto, em termos reais,
constitui parâmetro para a discussão do equilíbrio econômico-
financeiro do Contrato, conforme Proposta Econômica e respectivo
Plano de Negócio.
27.5 Meios para a Recomposição
27.5.1 Ao final do procedimento indicado na cláusula 27.2, caso a
recomposição tenha sido julgada cabível, o Poder Concedente
deverá adotar, a seu exclusivo critério, uma ou mais formas de
55
recomposição que julgar adequadas, incluindo, mas não se limitando
a:
(i) aumento ou redução do valor das Contraprestações Públicas
Mensais inclusive para fins de compensação dos custos e das
despesas adicionais ou da perda de receita efetivamente
ocorrida em função do fato de desequilíbrio;
(ii) ressarcimento à Concessionária, pelo Poder Concedente, dos
investimentos, custos ou despesas adicionais que tenham sido
efetivamente incorridos ou do valor equivalente à perda de
receita efetivamente ocorrida;
(iii) modificação de obrigações contratuais da Concessionária, de
forma proporcional e diretamente relacionadas ao evento
provocador da recomposição, incluindo a alteração de
especificações mínimas dos serviços, dos equipamentos e
sistemas e/ou das infraestruturas, dos respectivos cronogramas;
ou
(iv) outras permitidas pela legislação, incluindo a combinação de um
ou mais dos mecanismos anteriores.
28 Contratação com Terceiros e Empregados
28.1 Sem prejuízo de suas responsabilidades, a Concessionária deverá executar as
obras e os serviços da Concessão, conforme estabelecido neste Contrato, por si
ou por meio de terceiros, por sua conta e risco.
28.2 Os terceiros contratados pela Concessionária deverão ser dotados de higidez
financeira e de competência e habilidade técnica, sendo a Concessionária direta
e indiretamente responsável perante o Poder Concedente e a por quaisquer
problemas ou prejuízos decorrentes da falta de higidez financeira, bem como da
falta de competência e habilidade técnica de terceiros por ela contratados.
28.3 Os contratos entre a Concessionária e terceiros reger-se-ão pelas normas de
direito privado, não se estabelecendo relação de qualquer natureza entre os
terceiros e o Poder Concedente.
28.4 Os contratos entre a Concessionária e terceiros deverão, ainda, prever cláusula
de cessão de posição contratual ao Poder Concedente, visando ao atendimento
do disposto na subcláusula 28.3.
28.5 A Concessionária é única e exclusivamente responsável pelos encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes do seu
funcionamento, obrigando-se a ressarcir o Poder Concedente por todos os
desembolsos decorrentes de determinações judiciais oriundas de reclamações
trabalhistas propostas por empregados ou terceiros vinculados à Concessionária.
56
28.6 O Poder Concedente poderá solicitar, a qualquer tempo, informações sobre a
contratação de terceiros para a execução dos serviços da Concessão, inclusive
para fins de comprovação das condições de capacitação técnica e financeira.
28.6.1 O conhecimento do Poder Concedente acerca de eventuais
contratos firmados com terceiros não exime a Concessionária do
cumprimento, total ou parcial, de suas obrigações decorrentes do
Contrato.
29 Transferência do Controle
29.1 A Concessionária deve comunicar ao Poder Concedente e à imediatamente, as
alterações na sua composição societária descrita no Edital e existente à época
de assinatura deste Contrato, inclusive quanto aos documentos constitutivos e
posteriores alterações, respeitadas as obrigações definidas neste Contrato
referentes à transferência do Controle.
29.2 Qualquer transferência no Controle da Concessionária deverá ser previamente
autorizada pelo Poder Concedente nos termos da lei, exceto no caso de
transferência dentro de um mesmo grupo econômico, para o que será necessário
apenas a autorização do Poder Concedente.
29.2.1 A aprovação do Poder Concedente à transferência do Controle da
Concessionária será condicionada à (i) capacidade técnica, jurídica,
financeira e fiscal do novo Controlador com relação às obrigações da
Concessionária, no momento da transferência, (ii) aceitação, por
parte dos novos Controladores, de todos os termos e condições
deste Contrato e (iii) aceitação da operação de transferência de
Controle pelos Financiadores.
30 Financiamento
30.1 A Concessionária é a única e exclusiva responsável pela seleção dos
Financiadores e pela obtenção dos financiamentos necessários à exploração da
Concessão, de modo a cumprir, cabal e tempestivamente, todas as suas
obrigações assumidas neste Contrato.
30.2 A Concessionária deverá apresentar ao Poder Concedente e à CMTC cópia
autenticada dos contratos de financiamento e de garantia que venha a celebrar e
de documentos representativos dos títulos e valores mobiliários que venha a
emitir, bem como quaisquer alterações promovidas em tais instrumentos, no
prazo de 15 (quinze) dias úteis da data de sua assinatura e/ou emissão,
conforme o caso.
30.3 A Concessionária não poderá invocar qualquer disposição, cláusula ou condição
dos contratos de financiamento, ou qualquer atraso no desembolso dos recursos
pelos Financiadores, para eximir-se, total ou parcialmente, das obrigações
assumidas neste Contrato.
57
30.4 A Concessionária poderá dar em garantia dos financiamentos contratados nos
termos desta Cláusula, os direitos emergentes da Concessão, tais como parte
das receitas futuras oriundas da exploração da Concessão, desde que não
comprometa a operacionalização e a continuidade da execução das obras e dos
Serviços objeto da Concessão, bem como as ações de emissão da
Concessionária.
30.4.1 Os direitos à percepção (i) das receitas oriundas da cobrança da
Tarifa, (ii) das Receitas Extraordinárias, (iii) das Contraprestações
Públicas Mensais e (iv) das indenizações devidas à Concessionária
em virtude do Contrato poderão ser empenhados, cedidos ou de
qualquer outra forma transferidos diretamente aos Financiadores,
atendidos os termos e os requisitos legais.
30.4.2 Desde que mantida a obrigação de reversão prevista na cláusula
33.2 e assegurada sua vinculação ao Sistema de VLT, os Bens
Reversíveis poderão ser oferecidos em garantia aos Financiadores
pela Concessionária, desde que obtida prévia e expressa
autorização, por escrito, do Poder Concedente, ouvida a CMTC.
30.5 Na forma do previsto no § 2º do artigo 5º da Lei nº 11.079/2004, o Poder
Concedente poderá, caso assim solicitado pelos Financiadores, realizar o
pagamento das Contraprestações Públicas Mensais e/ou de qualquer
indenização eventualmente devida à Concessionária nos termos deste Contrato,
diretamente aos Financiadores.
30.6 É vedado à Concessionária:
(i) conceder empréstimos ou financiamentos e/ou quaisquer outras formas
de transferência de recursos para quaisquer partes relacionadas,
exceto transferências de recursos a título de distribuição de dividendos,
pagamentos de juros sobre capital próprio e/ou pagamentos pela
realização de investimentos, serviços ou contratos de mútuo
celebrados em condições equitativas de mercado; e
(ii) prestar fiança, aval ou qualquer outra forma de garantia em favor de
suas Partes Relacionadas e/ou terceiros.
30.7 A Concessionária deverá prover o Poder Concedente e a CMTC de informações
contábeis e financeiras trimestrais, devendo ainda seguir as regras de
contabilidade da Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
31 Assunção do Controle pelos Financiadores
31.1 Os contratos de financiamento da Concessionária poderão outorgar aos
Financiadores, de acordo com as regras de direito privado aplicáveis e conforme
o instrumento considerado mais apropriado, o direito de assumir o Controle da
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Concessionária em caso de inadimplemento contratual pela Concessionária dos
referidos contratos de financiamento ou deste Contrato.
31.2 A assunção referida na subcláusula anterior poderá ocorrer no caso de
inadimplemento, pela Concessionária, de obrigações deste Contrato, nos casos
em que o inadimplemento inviabilize ou coloque em risco a Concessão.
31.3 Após a instauração regular do correspondente processo administrativo,
imediatamente após o recebimento da respectiva solicitação dos Financiadores,
o Poder Concedente, ouvida a CDTC autorizará a assunção temporária do
Controle da Concessionária por seus Financiadores com o objetivo de promover
a reestruturação financeira da Concessionária e assegurar a continuidade da
exploração da Concessão.
31.3.1 A autorização será outorgada pelo Poder Concedente mediante
comprovação por parte dos Financiadores de que atendem aos
requisitos de regularidade jurídica e fiscal previstos no Edital.
31.3.2 Os Financiadores ficarão dispensados de demonstrar idoneidade
financeira desde que estejam devidamente autorizados a atuar como
instituição financeira no Brasil, ou que sejam entidades multilaterais
de crédito formadas por meio de tratados internacionais dos quais o
Brasil seja parte signatária.
31.4 A assunção do Controle da Concessionária nos termos desta cláusula não
alterará as obrigações da Concessionária e de seus Controladores perante o
Poder Concedente. Todavia, os Financiadores não serão responsáveis pelas
obrigações que sejam de responsabilidade direta dos antigos Controladores da
Concessionária.
31.5 A responsabilidade dos Controladores e possíveis outros acionistas da
Concessionária nos termos deste Contrato é limitada, em qualquer caso, ao
montante do capital social por eles integralizado na Concessionária.
31.6 Eventual transferência posterior do Controle da Concessionária pelos
Financiadores a terceiros dependerá de autorização prévia do Poder
Concedente, ouvida a CDTC, condicionada à demonstração de que o
destinatário da transferência atende às exigências técnicas, financeiras e de
regularidade jurídica e fiscal exigidas pelo Edital, consideradas
proporcionalmente ao estágio de execução do Contrato.
32 Intervenção do Poder Concedente
32.1 O Poder Concedente, por indicação da CMTC, poderá, sem prejuízo das
penalidades e responsabilidades previstas neste Contrato, intervir na
Concessionária com o fim de assegurar a adequação na prestação dos Serviços,
bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais
pertinentes, nas seguintes hipóteses: (i) cessação ou interrupção, total ou
59
parcial, da execução dos serviços concedidos nos termos deste Contrato, por
culpa exclusiva da Concessionária, sem justificativa aceita pelo Poder
Concedente; (ii) deficiências graves no desenvolvimento das atividades
abrangidas pela Concessão; (iii) situações que ponham em risco o meio
ambiente e a segurança de pessoas ou bens; e (iv) descumprimento reiterado e
ostensivo das obrigações contratuais.
32.2 A intervenção far-se-á por decreto do Poder Concedente, devidamente publicado
no DOE, que conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os
limites da medida.
32.3 Decretada a intervenção, o Poder Concedente, no prazo de 30 (trinta) dias,
instaurará processo administrativo que deverá ser concluído no prazo máximo de
180 (cento e oitenta) dias, para comprovar as causas determinantes da
intervenção e apurar as respectivas responsabilidades, assegurado à
Concessionária o contraditório e amplo direito de defesa.
32.4 Cessada a intervenção, se não for extinta a Concessão, os Serviços objeto do
Contrato voltarão à responsabilidade da Concessionária.
32.5 Será inválida a intervenção caso fique comprovado que não foram observados
os pressupostos legais e regulamentares para sua decretação, caso em que a
Concessionária dará seguimento ao regular cumprimento de todas as suas
obrigações previstas neste instrumento, sem prejuízo da prestação de contas por
parte do interventor e do pagamento da indenização cabível.
32.6 A ocorrência de intervenção não desonera as obrigações assumidas pela
Concessionária junto aos seus Financiadores, devendo o Poder Concedente
observar a mesma prioridade praticada pela Concessionária no pagamento dos
financiamentos contraídos.
32.6.1 Por motivo justificado em prol do interesse público, o Poder
Concedente poderá abdicar da intervenção em favor da assunção do
Controle da Concessionária por seus Financiadores, consoante a
cláusula 31, devendo para tanto, comunicá-los da ocorrência de
fatores que ensejam a intervenção.
32.7 Durante o período em que durar a intervenção, o Poder Concedente deverá
adimplir tempestivamente com as obrigações e compromissos da
Concessionária, incluindo o pagamento dos funcionários, contratados,
fornecedores e Financiadores da Concessionária, utilizando-se, para tanto, das
receitas auferidas pela Concessionária no período, incluindo as
Contraprestações Públicas e as receitas extraordinárias.
32.8 A Concessionária obriga-se a disponibilizar, imediatamente após a decretação da
intervenção, ao Poder Concedente e à CMTC os bens utilizados na operação e
manutenção do Sistema de VLT, independentemente de terem sido transferidos
60
à Concessionária na Data da Assunção ou adquiridos, arrendados ou locados
pela Concessionária ao longo do prazo da Concessão, bem como todos os
demais recursos materiais e humanos necessários à prestação contínua e
ininterrupta do Serviço.
32.9 As receitas obtidas durante o período da intervenção serão utilizadas para a
cobertura das despesas, dos investimentos e custos necessários para
restabelecer o normal funcionamento do Sistema de VLT e da Concessionária.
32.10 Se eventualmente as receitas não forem suficientes para cobrir o valor dos
investimentos, dos custos e das despesas decorrentes da Concessão incorridas
pelo Poder Concedente, este poderá:
(i) se valer da Garantia de Execução do Contrato para cobri-las, integral ou
parcialmente; e/ou
(ii) descontar, da eventual remuneração futura representada pela Contraprestação
Pública Mensal Variável a ser recebida pela Concessionária, o valor dos
investimentos, dos custos e das despesas em que tiver que suportar.
33 Casos de Extinção
33.1 A Concessão extinguir-se-á por:
33.1.1 Advento do termo contratual;
33.1.2 Encampação;
33.1.3 Caducidade;
33.1.4 Rescisão;
33.1.5 Anulação; ou
33.1.6 Falência ou extinção da Concessionária;
33.2 Extinta a Concessão, serão revertidos ao Poder Concedente todos os Bens
Reversíveis, livres e desembaraçados de quaisquer ônus ou encargos, e
cessarão, para a Concessionária, todos os direitos emergentes do Contrato, sem
prejuízo das eventuais indenizações cabíveis à Concessionária nos termos deste
Contrato.
33.2.1 No caso de bens arrendados ou locados pela Concessionária,
necessários para a execução da Concessão, o Poder Concedente
poderá, a seu exclusivo critério, suceder a Concessionária nos
respectivos contratos de arrendamento ou locação de tais bens,
sendo certo que, nesta hipótese e na contemplada na subcláusula
33.2 o Poder Concedente deverá indicar à Concessionária sua
intenção de sucessão com, no mínimo 45 (quarenta e cinco) dias de
antecedência do termo contratual.
61
33.3 Na extinção da Concessão, haverá imediata assunção dos Serviços relacionados
à Concessão pelo Poder Concedente, que ficará autorizado a ocupar as
instalações e a utilizar todos os Bens Reversíveis.
33.4 Em até 180 (cento e oitenta) dias antes do término da Concessão, a
Concessionária elaborará relatório pormenorizado a respeito dos Bens
Reversíveis, indicando os seus quantitativos, estado e vida útil remanescente.
33.5 De acordo com os prazos e as condições estabelecidos pelo Poder Concedente,
ouvida a CMTC, terceiros serão autorizados a realizar pesquisas de campo
quando se aproximar o término do Prazo da Concessão, para fins de realização
de estudos para a promoção de novos procedimentos licitatórios e/ou realização
de novos investimentos.
34 Advento do Termo Contratual
34.1 Encerrado o Prazo da Concessão, a Concessionária será responsável pelo
encerramento de quaisquer contratos inerentes à Concessão celebrados com
terceiros, assumindo todos os encargos, responsabilidades e ônus daí
resultantes, excetuados aqueles contratos que sejam essenciais à continuidade
da prestação dos Serviços, que poderão ser assumidos pelo Poder Concedente.
34.2 A Concessionária deverá tomar todas as medidas razoáveis e cooperar
plenamente com o Poder Concedente para que os serviços objeto da Concessão
continuem a ser prestados de acordo com os Parâmetros de Desempenho sem
que haja interrupção dos serviços objeto da Concessão, bem como prevenindo e
mitigando qualquer inconveniência ou risco à saúde ou segurança dos usuários e
dos funcionários do Poder Concedente.
34.2.1 Na hipótese de advento do termo contratual, a Concessionária não
fará jus a qualquer indenização relativa a investimentos vinculados
aos Bens da Concessão em decorrência do término do Prazo da
Concessão, exceto pelo disposto na Cláusula 6.3.2.
35 Encampação
35.1 O Poder Concedente poderá, a qualquer tempo, encampar a Concessão, por
motivos de interesse público, mediante lei autorizativa específica e prévio
pagamento de indenização, a ser calculada nos termos da subcláusula 35.2
abaixo.
35.2 A indenização devida à Concessionária em caso de encampação cobrirá:
(i) as parcelas dos investimentos realizados, inclusive em obras de
manutenção, bens e instalações, ainda não amortizados ou não
depreciados, que tenham sido realizados para o cumprimento deste
Contrato, deduzidos os ônus financeiros remanescentes;
62
(ii) a desoneração da Concessionária em relação às obrigações decorrentes
de contratos de financiamentos por esta contraídos com vistas ao
cumprimento do Contrato, mediante, conforme o caso: (a) prévia
assunção, perante os Financiadores, das obrigações contratuais da
Concessionária, em especial quando a receita tarifária figurar como
garantia do financiamento ou (b) prévia indenização à Concessionária da
totalidade dos débitos remanescentes desta perante os Financiadores;
assim como, em qualquer destes casos, o valor de seus lucros cessantes,
determinados a partir dos valores que seriam auferidos pela
Concessionária até o término da Concessão de acordo com seu Plano de
Negócios apresentado na Licitação; e
(iii) todos os encargos, despesas e ônus decorrentes de multas,
desmobilizações, rescisões e indenizações que se fizerem devidas a
fornecedores, contratados e terceiros em geral, inclusive honorários
advocatícios, em decorrência do consequente rompimento dos
respectivos vínculos contratuais.
36 Caducidade
36.1 O Poder Concedente, por recomendação da CDTC poderá declarar a
caducidade da Concessão na hipótese de inexecução total ou parcial do
Contrato por parte da Concessionária, observado o disposto nas normas
regulamentares e legais pertinentes, e especialmente quando a Concessionária:
36.1.1 prestar os serviços objeto deste Contrato de forma inadequada ou
deficiente, tendo por base os Parâmetros de Desempenho, por mais
de 6 (seis) meses consecutivos;
36.1.2 descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais e
regulamentares concernentes à Concessão que coloquem em risco
a continuidade e segurança dos Serviços;
36.1.3 paralisar o serviço injustificadamente ou concorrer para tanto,
ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior
ou outras excludentes de responsabilidade previstas neste Contrato;
36.1.4 perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para
manter a adequada prestação do serviço concedido;
36.1.5 não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos
prazos;
36.1.6 não atender a intimação do Poder Concedente no sentido de
regularizar a prestação do serviço;
36.1.7 for condenada em sentença transitada em julgado por sonegação de
tributos, inclusive contribuições sociais;
63
36.2 O Poder Concedente não poderá declarar a caducidade da Concessão com
relação ao inadimplemento da Concessionária resultante dos eventos indicados
na subcláusula 26.2 acima, ou causados pela ocorrência de caso fortuito ou
força maior ou outros excludentes de responsabilidade.
36.3 A declaração de caducidade da Concessão deverá ser precedida da verificação
do inadimplemento contratual da Concessionária em processo administrativo,
assegurado o direito do contraditório e ampla defesa à Concessionária.
36.4 Não será instaurado processo administrativo de caducidade sem prévia
notificação à Concessionária, sendo-lhe dada, em cada caso, prazo para corrigir
as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento nos termos
contratuais.
36.5 Instaurado o processo administrativo e comprovado o inadimplemento, com
recomendação da CMTC e ratificação da CDTC, a caducidade será declarada
pelo Poder Concedente, independentemente de indenização prévia, calculada no
decurso do processo e de acordo com a subcláusula 36.7 abaixo.
36.6 Declarada a caducidade e paga a respectiva indenização, não resultará para o
Poder Concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos
encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados
da Concessionária.
36.7 A indenização devida à Concessionária em caso de caducidade restringir-se-á ao
valor dos investimentos vinculados aos Bens Reversíveis ainda não amortizados
ou não depreciados e deverá ocorrer em até 3 (três) meses da decretação de
caducidade.
36.8 Do montante previsto na subcláusula anterior serão descontados:
(i) os prejuízos causados pela Concessionária ao Poder Concedente;
(ii) as multas contratuais aplicadas à Concessionária que não tenham sido
pagas até a data do pagamento do montante previsto na subcláusula
36.7 acima; e
(iii) quaisquer valores recebidos pela Concessionária a título de cobertura
de seguros relacionados aos eventos ou circunstâncias que ensejaram
a declaração de caducidade.
36.9 A declaração de caducidade acarretará, ainda, a critério do Poder Concedente:
(i) a execução da Garantia de Execução do Contrato, para ressarcimento
de eventuais prejuízos causados ao Poder Concedente no montante
dos prejuízo causados; e
(ii) retenção de eventuais créditos decorrentes do Contrato, até o limite
dos prejuízos causados ao Poder Concedente.
37 Rescisão
37.1 A Concessionária deverá notificar o Poder Concedente de sua intenção de
rescindir o Contrato no caso de descumprimento das normas contratuais ou
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legais pelo Poder Concedente, mediante ação judicial ou arbitral especialmente
intentada para esse fim, nos termos previstos na legislação e nas normas
regulamentares pertinentes do Poder Concedente, em especial na eventualidade
de:
37.1.1 total ou parcial inadimplência das obrigações pecuniárias do Poder
Concedente em prazo superior a 3 (três) meses; e
37.1.2 não composição ou recomposição da Garantia, nos termos previstos
na Cláusula 24 deste Contrato.
37.2 Os serviços prestados pela Concessionária somente poderão ser interrompidos
ou paralisados após 20 (vinte) dias do trânsito em julgado da sentença judicial
que decretar a rescisão do Contrato ou após decisão cautelar.
37.3 A Concessionária estará desobrigada a realizar novos investimentos no período
compreendido entre a proposição da ação de rescisão e a sentença que decretar
a rescisão do Contrato.
37.4 A indenização devida à Concessionária no caso de rescisão será calculada de
acordo com a subcláusula 35.2 acima.
37.5 Para fins do cálculo indicado na subcláusula 37.4 acima, considerar-se-ão os
valores recebidos pela Concessionária a título de cobertura de seguros
relacionados aos eventos ou circunstâncias que ensejaram a rescisão.
38 Anulação
38.1 O Poder Concedente deverá declarar a nulidade do Contrato, impedindo os
efeitos jurídicos que ordinariamente este deveria produzir, além de desconstituir
os já produzidos, se verificar ilegalidade em sua formalização ou na Licitação,
desde que tal ilegalidade não seja passível de convalidação ou correção.
38.1.1 Na hipótese descrita na subcláusula 38.1 acima, se a ilegalidade for
imputável apenas ao próprio Poder Concedente, a Concessionária
será indenizada na forma da subcláusula 35.2.
38.2 Na hipótese de a ilegalidade se imputável à Concessionária, esta será
indenizada pelo que houver executado até a data em que a nulidade for
declarada e por outros prejuízos regulamente comprovados, descontados,
todavia, quaisquer valores recebidos pela Concessionária a título de cobertura
de seguros relacionados aos eventos ou circunstâncias que ensejaram a
declaração da nulidade.
39 Falência ou extinção da concessionária
65
39.1 Na hipótese de extinção da Concessionária por decretação de falência
fraudulenta ou dissolução judicial da Concessionária aplicar-se-ão as mesmas
disposições referentes à caducidade da Concessão.
39.2 Na hipótese de extinção da Concessionária por decretação de falência não
fraudulenta, o Contrato extinguir-se-á automaticamente e aplicar-se-ão, no que
couber, as disposições referentes ao advento do termo contratual.
39.3 Os Bens Reversíveis não integrarão, sob nenhuma hipótese, os ativos da massa
falida da Concessionária, sendo assegurada ao Poder Concedente, tão logo
decretada a falência da Concessionária, automática imissão na posse destes
bens.
40 Seguros
40.1 Durante o Prazo da Concessão, a Concessionária deverá contratar e manter em
vigor as apólices de seguro indicadas na subcláusula 40.7 abaixo, em condições
estabelecidas neste Contrato.
40.2 As apólices devem ser contratadas com seguradoras de primeira linha, assim
entendidas aquelas de força financeira em escala nacional com operações
devidamente aprovadas pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.
40.3 Nenhum investimento ou serviço poderá ter início ou prosseguir sem que a
Concessionária apresente ao Poder Concedente comprovação de que as
apólices dos seguros exigidos no Contrato se encontram em vigor e observam as
condições estabelecidas neste Contrato.
40.4 Em até 5 (cinco) dias antes do início de qualquer investimento ou serviço, a
Concessionária deverá encaminhar ao Poder Concedente o certificado das
apólices de seguro Responsabilidade Civil com Obras e seguro Risco de
Engenharia para Instalação e Montagem.
40.5 Em até 30 (trinta) dias após a data de emissão do certificado da respectiva
apólice, a Concessionária deverá apresentar ao Poder Concedente a cópia
autenticada das apólices de seguros referentes à subcláusula 40.7.
40.6 O Poder Concedente deverá figurar como um dos co-segurados em todas as
apólices de seguros referidas no Contrato, com cláusula de expressa renúncia
ao eventual exercício de sub-rogação nos direitos que as seguradoras tenham
ou venham a ter contra este.
40.7 Além dos seguros exigíveis pela legislação aplicável, a Concessionária deverá
comprovar a contratação, com seguradoras que operem no Brasil, as coberturas
de seguros estabelecidas nos itens seguintes, e mantê-las em vigor durante todo
o Prazo da Concessão:
40.7.1 Seguro de Riscos Operacionais, incluindo, no mínimo, as seguintes
coberturas: danos materiais, danos elétricos, roubo de valores,
equipamentos eletrônicos e perda de receita. Ainda:
66
(i) o valor em risco deverá ser igual ou superior ao valor total dos Bens
Reversíveis;
(ii) a cobertura de perda de receita deve considerar a Receita Bruta estimada
para os 12 (doze) primeiros meses de operação da Concessão, sendo
que o período indenitário deve ser de no mínimo equivalente a 6 (seis)
meses;
40.7.2 seguro de responsabilidade civil com operações, cobrindo a
Concessionária e o Poder Concedente, bem como seus
administradores, empregados, funcionários, subcontratados,
prepostos ou delegados, pelos montantes com que possam ser
responsabilizados a título de danos materiais, pessoais e morais,
custas processuais e quaisquer outros encargos relacionados a
danos materiais, pessoais ou morais, decorrentes das atividades
abrangidas pela Concessão, inclusive, mas não se limitando, a
danos involuntários pessoais, mortes, danos materiais causados a
terceiros e seus veículos, devendo tal seguro ser contratado com
limites de indenização compatíveis com os riscos assumidos para
danos a terceiros com limite mínimo de R$15.000.000,00 (quinze
milhões de reais);
40.7.3 seguro de responsabilidade civil com obras, sempre que houver
obras, com vigência equivalente ao prazo da obra, cobrindo a
Concessionária e o Poder Concedente, bem como seus
administradores, empregados, funcionários, subcontratados,
prepostos ou delegados, pelos montantes com que possam ser
responsabilizados a título de danos materiais, pessoais e morais,
custas processuais e quaisquer outros encargos relacionados a
danos materiais, pessoais ou morais, decorrentes das atividades
abrangidas pela Concessão, inclusive, mas não se limitando, a
danos involuntários pessoais, mortes, danos materiais causados a
terceiros e seus veículos, devendo tal seguro ser contratado com
limites de indenização compatíveis com os riscos assumidos para
danos a terceiros com limite mínimo de R$10.000.000,00 (dez
milhões de reais) e com as seguintes coberturas adicionais:
(i) Responsabilidade Civil com Fundações;
(ii) Responsabilidade Civil Cruzada;
(iii) Erro de Projeto;
(iv) Poluição Súbita/Acidental;
(v) Danos Morais Decorrentes da Básica;
(vi) Responsabilidade Civil Empregador;
(vii) Danos Morais Decorrentes de Empregador;
40.7.4 seguro de riscos de engenharia, sempre que houver obras, com
vigência equivalente do prazo da obra, cobrindo a Concessionária
67
por danos materiais à obra. O seguro de risco de engenharia deverá
ser no valor de 100% (cem por cento) do valor dos investimentos e
deverá contemplar as seguintes coberturas adicionais:
(i) erro de Projeto / Risco do Fabricante;
(ii) manutenção Ampla;
(iii) despesas Extraordinárias;
(iv) despesas de Desentulho;
(v) honorários de Peritos;
(vi) despesas de Salvamento e Contenção de
Sinistros.
40.8 A Concessionária é responsável pelo pagamento integral da franquia, em caso
de utilização de qualquer seguro previsto no Contrato, exceto naquelas hipóteses
em que o sinistro for causado pelo próprio Poder Concedente.
40.9 Nas apólices de seguros deverá constar a obrigação de as seguradoras
informarem, imediatamente, à Concessionária e ao Poder Concedente, as
alterações nos contratos de seguros, principalmente as que impliquem o
cancelamento total ou parcial do(s) seguro(s) contratado(s) ou redução das
importâncias seguradas.
40.10 Os seguros para operação da Concessão descritos nas subcláusulas 40.7.1 e
40.7.2 acima deverão ter vigência anual e deverão estar vigentes durante todo o
prazo do Contrato, à exceção dos seguros das obras que deverão ter vigência
idêntica à das obras seguradas.
40.11 A Concessionária deverá encaminhar ao Poder Concedente, com antecedência
mínima de 10 (dez) dias de seu vencimento, documento comprobatório de que
as apólices dos seguros foram renovadas ou serão automática e
incondicionalmente renovadas imediatamente após seu vencimento.
40.12 Caso a Concessionária não encaminhe os documentos comprobatórios da
renovação dos seguros no prazo previsto, o Poder Concedente poderá contratar
os seguros e cobrar da Concessionária o valor total do seu prêmio a qualquer
tempo ou considerá-lo para fins de recomposição do reequilíbrio econômico do
Contrato, sem eximir a Concessionária das penalidades previstas no Contrato.
40.13 A Concessionária, com autorização prévia do Poder Concedente, poderá alterar
coberturas ou outras condições das apólices de seguro, visando a adequá-las às
novas situações que ocorram durante a vigência do Contrato.
40.14 A Concessionária deverá encaminhar anualmente ao Poder Concedente cópia
autenticada das apólices dos seguros contratados e renovados.
40.15 O limite de cobertura contratada para danos materiais deverá basear-se nos
custos de reposição.
40.16 A cobertura de seguros deverá incluir cobertura de danos por motivos de força
maior, sempre que forem seguráveis em condições razoáveis de mercado, na
época de contratação ou renovação das apólices de seguro.
68
40.17 Na ocorrência de sinistros ou indenizações que superem os valores de limite de
cobertura contratada, conforme exigido no Contrato, por razões não imputáveis à
Concessionária, caberá revisão do equilíbrio econômico-financeiro.
40.18 Os recursos provenientes da indenização deverão ser utilizados para garantir a
continuidade da operação, exceto nos casos em que: (i) o evento segurado
resulte em caducidade da Concessão; e (ii) quando o Poder Concedente vier a
responder pelo sinistro, hipótese em que as apólices de seguros deverão prever
a sua indenização direta.
41 Resolução de Controvérsias
41.1 Perito Independente
41.1.1 Em caso de controvérsias acerca de questões técnicas de
engenharia, manifestadas durante a fase de Implantação da
Infraestrutura, inclusive acerca da ocorrência de eventos de
desembolso dos Aportes Públicos, deverão as Partes nomear, antes
da data de emissão da Ordem de Serviço e como condição para
esta, um Perito Independente.
41.1.2 O Perito Independente deverá acompanhar toda a realização das
atividades inerentes à Implantação da Infraestrutura, com a
finalidade de ter condições de solucionar, com rapidez e eficiência,
possíveis divergências entre as partes.
41.1.3 O Perito Independente será nomeado de comum acordo entre as
Partes e seus honorários serão divididos de forma igualitária entre a
Concessionária e o Poder Concedente.
41.1.4 Em caso de controvérsia acerca de uma decisão emitida pelo Perito
Independente, poderá a parte interessada suscitar arbitragem nos
termos da subcláusula 41.3 abaixo.
(i) Independente do início de uma arbitragem para
discussão de uma decisão do Perito
Independente, esta decisão deverá produzir
efeitos imediatos, com a liberação dos recursos
das parcelas dos Aportes Públicos retidos ou o
cumprimento da respectiva atividade, conforme o
caso.
41.2 Verificador Independente
69
41.2.1 Em caso de controvérsias acerca de questões da operação do VLT,
inclusive acerca da ocorrência de eventos de desembolso das
Contraprestações Mensais, após o início da Operação Comercial,
deverão as Partes nomear, antes da data de emissão da Ordem de
Serviço e como condição para esta, um Verificador Independente.
41.2.2 O Verificador Independente deverá acompanhar toda a realização
das atividades inerentes à Operação Comercial do VLT com a
finalidade de ter condições de solucionar, com rapidez e eficiência,
possíveis divergências entre as partes.
41.2.3 O Verificador Independente será nomeado de comum acordo entre
as Partes e seus honorários serão divididos de forma igualitária entre
a Concessionária e o Poder Concedente.
41.2.4 Em caso de controvérsia acerca de uma decisão emitida pelo
Verificador Independente, poderá a parte interessada suscitar
arbitragem nos termos da subcláusula 41.3 abaixo.
(i) Independente do início de uma arbitragem para
discussão de uma decisão do Verificador
Independente, esta decisão deverá produzir
efeitos imediatos, com a liberação dos recursos
das parcelas das Contraprestações Mensias
retidas ou o cumprimento da respectiva
atividade, conforme o caso.
41.3 Arbitragem
41.3.1 As Partes obrigam-se a resolver por meio de arbitragem toda e
qualquer controvérsia e/ou disputa entre as Partes oriunda ou
relacionada ao Contrato e/ou a quaisquer contratos, documentos,
anexos ou acordos a ele relacionados, que não possam ser
resolvidas de forma amigável por meio de negociações de boa-fé
conduzidas entre as Partes.
41.3.2 A arbitragem será administrada pela CCI, segundo as regras
previstas no seu regulamento vigente na data em que a arbitragem
for iniciada.
41.3.3 A arbitragem será conduzida em Goiânia, Goiás, Brasil, utilizando-se
a língua portuguesa como idioma oficial para a prática de todo e
qualquer ato.
41.3.4 A lei substantiva a ser aplicável ao mérito da arbitragem será a lei
brasileira.
41.3.5 O tribunal arbitral será composto por 3 (três) árbitros, cabendo a
cada Parte indicar um árbitro. O terceiro árbitro será escolhido de
comum acordo pelos árbitros indicados pelas Partes. A presidência
70
do tribunal arbitral caberá ao terceiro árbitro. Na hipótese de a
arbitragem envolver mais de 2 (duas) partes, seja no polo ativo, seja
no polo passivo, a escolha dos árbitros deverá seguir o previsto na
cláusula 10 do regulamento de arbitragem da CCI.
41.3.6 Não havendo consenso entre os árbitros escolhidos por cada Parte,
o terceiro árbitro será indicado pela CCI, observados os termos e as
condições aplicáveis previstos no seu regulamento de arbitragem.
41.3.7 Caso seja necessária a obtenção das medidas coercitivas,
cautelares ou de urgência antes da constituição do tribunal arbitral,
ou mesmo durante o procedimento de mediação, as Partes poderão
requerê-las diretamente ao competente órgão do Poder Judiciário.
Caso tais medidas se façam necessárias após a constituição do
tribunal arbitral, deverão ser requeridas e apreciadas pelo tribunal
arbitral que, por sua vez, poderá solicitá-las ao competente órgão do
Poder Judiciário, se entender necessário.
41.3.8 As decisões e a sentença do tribunal arbitral serão definitivas e
vincularão as Partes e seus sucessores.
41.3.9 A Parte vencida no procedimento de arbitragem arcará com todas as
custas do procedimento, incluindo os honorários dos árbitros.
42 Disposições Diversas
42.1 Condições de Eficácia do Contrato
42.1.1 A eficácia dos termos e condições deste Contrato está sujeita à
verificação das seguintes Condições de Eficácia do Contrato: (i)
determinação legislativa da extinção do subsídio tarifário pago pelo
Poder Concedente à Metrobus pelo transporte de passageiros do
Eixo Anhanguera, nos termos da Lei nº. 15.047, de 29 de dezembro
de 2004, conforme alterada; (ii) celebração do Contrato de
Administração de Recursos e plena eficácia da Garantia do Poder
Concedente; (iii) aceitação da Garantia do Poder Concedente pelos
Financiadores; (iv) liberação de recursos do Orçamento Geral da
União destinados à contribuição dos Aportes Públicos e contratação
com instituições financeiras de financiamentos ao Poder Concedente
destinado aos Aportes Públicos e (vi) materialização e transferência
de recursos ao Fundo Especial de Implantação do Programa Veículo
Leve sobre Trilhos - FVLT, constituído nos termos da Lei nº. 17.930
de 27 de dezembro de 2012, destinado aos Aportes Públicos do
Poder Concedente; (vii) apresentação pela Concessionária de
compromisso firme, irrevogável e irretratável, válido por, no mínimo,
4 (quatro) anos, de contratação do fornecimento de material rodante
71
e sistemas tecnológicos necessários à operação com empresa ou
consórcio de empresas de comprovada experiência.
42.1.2 Caso alguma das Condições de Eficácia do Contrato dispostas na
subcláusula 42.1.1 acima não seja cumprida no prazo de 18
(dezoito) meses contados da assinatura do Contrato, a
Concessionária terá o direito de requerer o reequilíbrio econômico-
financeiro do Contrato ou, alternativamente, requerer a rescisão do
Contrato, devendo ser ressarcida pelos prejuízos comprovadamente
incorridos.
42.2 Normas do Poder Concedente e da CDTC
42.2.1 A Concessionária deverá observar e respeitar todas as resoluções e
demais regras do Poder Concedente e da CDTC, observadas, no
entanto, as peculiaridades e especificidades inerentes às normas e
regulamentação aplicáveis às concessões e respeitando os termos
do presente Contrato.
42.2.1.1 As resoluções e demais regras a cargo do Poder
Concedente serão editadas pela AGR que ouvirá, para tanto, o
próprio Poder Concedente, a Concessionária e os usuários do VLT,
levando em conta o impacto das suas resoluções sobre estes atores
constitucionais.
42.3 Exercício de Direitos
42.3.1 O não exercício, ou o exercício tardio ou parcial, de qualquer direito
que assista a qualquer das Partes pelo Contrato, não importa em
renúncia, nem impede o seu exercício posterior a qualquer tempo,
nem constitui novação da respectiva obrigação ou precedente.
42.4 Invalidade Parcial
42.4.1 Se qualquer disposição do Contrato for considerada ou declarada
nula, inválida, ilegal ou inexequível em qualquer aspecto, a validade,
a legalidade e a exequibilidade das demais disposições contidas no
Contrato não serão, de qualquer forma, afetadas ou restringidas por
tal fato.
42.4.2 As Partes negociarão, de boa-fé, a substituição das disposições
inválidas, ilegais ou inexequíveis por disposições válidas, legais e
exequíveis, cujo efeito econômico seja o mais próximo possível ao
72
efeito econômico das disposições consideradas inválidas, ilegais ou
inexequíveis.
42.4.3 Cada declaração e garantia feita pelas Partes no presente Contrato
deverá ser tratada como uma declaração e garantia independente, e
a responsabilidade por qualquer falha será apenas daquele que a
realizou e não será alterada ou modificada pelo seu conhecimento
por qualquer das Partes.
42.5 Lei Aplicável
42.5.1 O Contrato será regido e interpretado de acordo com as leis da
República Federativa do Brasil.
42.5.2 A Concessão será regida pela Lei n° 11.079, de 30 de dezembro de
2004; Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; Lei 13.569 de 27 de
dezembro de 1999 e pela Lei nº 14.910, de 11 de agosto de 2004,
sem prejuízo de outras normas aplicáveis.
(i) As siglas CDTC, CMTC e AGR e as atribuições que elas possuem neste
contrato de concessão patrocinada poderão ser objeto de substituições
e/ou mudanças caso o Estado de Goiás resolva editar uma nova Lei
Complementar para a Região Metropolitana de Goiânia objetivando
adaptar os órgãos e entidades metropolitanas atualmente existentes à
decisão do Supremo Tribunal Federal, tomada em sua sessão de
28/12/2013, quando do julgamento da Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 1842 que definiu os serviços públicos comuns de
regiões metropolitanas, como saneamento básico e transportes, devem
ser geridos por um conselho integrado pelo Estado e pelos Municípios
envolvidos, sem exceção, e/ou por uma autarquia multissetorial, ambos
metropolitanos,
42.6 Foro
42.6.1 Fica desde já eleito o Foro da Seção Judiciária de Goiânia, capital do
Estado de Goiás, para a finalidade exclusiva de obter medidas
coercitivas e cautelares antes da instauração da arbitragem, sem
que a presente cláusula implique em aceitação da via judicial como
alternativa à arbitragem, ou de executar a sentença final exarada
pelo tribunal arbitral.
73
42.7 Comunicações
42.7.1 As comunicações e as notificações entre as Partes serão efetuadas
por escrito e remetidas: (i) em mãos, desde que comprovadas por
protocolo; (ii) por fax, desde que comprovada a recepção; ou (iii) por
correio registrado, com aviso de recebimento.
42.7.2 Consideram-se, para os efeitos de remessa das comunicações, na
forma desta cláusula, os endereços indicados no preâmbulo.
42.7.3 Qualquer das Partes poderá modificar o seu endereço e número de
fax, mediante simples comunicação à outra Parte.
42.8 Contagem dos Prazos
42.8.1 Os prazos estabelecidos em dias, no Contrato, contar-se-ão em dias
corridos, salvo se estiver expressamente feita referência a dias úteis.
42.9 Idioma
42.9.1 Todos os documentos relacionados ao Contrato e à Concessão
deverão ser redigidos em língua portuguesa, ou para ela traduzidos,
em se tratando de documentos estrangeiros. Em caso de qualquer
conflito ou inconsistência, a versão em língua portuguesa deverá
prevalecer.
E, por estarem justas e contratadas, as Partes assinam o Contrato em 4 (quatro) vias de igual teor e
forma, considerada cada uma delas um original.
Goiânia - Goiás, [●] de [●] de 20[●].
____________________________________________________________
SECRETARIA DE ESTADO DA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA
_____________________________________________
[CONCESSIONÁRIA]
____________________________________________________________
COMPANHIA METROPOLITANA DE TRANSPORTES COLETIVOS – CMTC
____________________________________________________________
COMPANHIA DE INVESTIMENTOS E PARCERIAS DO ESTADO DE GOIÁS
74
ANEXO 1 DO CONTRATO
PROPOSTA ECONÔMICA DA CONCESSIONÁRIA
(fornecido em meio eletrônico)
75
ANEXO 2 DO CONTRATO
PLANO DE NEGÓCIOS DA CONCESSIONÁRIA
(fornecido em meio eletrônico)
76
ANEXO 3 DO CONTRATO
PLANO DE TRABALHO DA CONCESSIONÁRIA
(fornecido em meio eletrônico)
77
ANEXO 4 DO CONTRATO
FONTES DE RECURSOS PARA APORTES PÚBLICOS
(fornecido em meio eletrônico)
78
ANEXO 5
MARCOS CONTRATUAIS PARA OS DESEMBOLSOS DOS APORTES PÚBLICOS
79
ANEXO 6 DO CONTRATO
REAJUSTE E CÁLCULOS DAS CONTRAPRESTAÇÕES PÚBLICAS MENSAIS DE
AMORTIZAÇÃO FIXA E VARIÁVEL E PENALIDADES
(fornecido em meio eletrônico)
80
ANEXO 7 DO CONTRATO
MODELO DE CONTRATO DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS
(fornecido em meio eletrônico)
81
ANEXO 8 DO CONTRATO
QUADRO DE INDICADORES DE DESEMPENHO
(fornecido em meio eletrônico)
82
ANEXO 9 DO CONTRATO
LICENÇA AMBIENTAL PRÉVIA
83
ANEXO 10 DO CONTRATO
EDITAL DE LICITAÇÃO E SEUS ANEXOS