paranhos, o fundista · 2018-04-26 · de 8" • diferencial traseiro blocante e assistência...

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Falou & disse Editorial Paranhos, o fundista Ritmo do prefeito expõe olheiras na cara da equipe Berté, Lange e Zuchi. Este último, insone, morando em um apartamento à 100 me- tros do Paço, vinha fazendo o ritmo 6h30/ meia-noite diariamente, e ainda dedicando algumas horas da madrugada para responder ataques que o prefeito recebe na rede social. Zuchi alegou razões de ordem familiar para deixar a Secretaria de Comunicação. Outro afastado, sob a condição do anoni- mato, se queixou do ritmo e do estilo duro e desconfiado do prefeito. “Ele não confia em ninguém”, relatou ao Pitoco, pedindo anonimato. Não é verdade. Paranhos confia muito em alguns nomes: Alcione da Fundetec, Pelissaro da Cettrans, Diego e Dessireé do gabinete e Gruber do IPMC. “Ele gosta dos submissos, dos mansos que aguentam tudo”, alfinetou o ex-secretário. De toda forma, acompanhar o ritmo do prefeito desconfiado e workaholic não é coisa para atleta de 100 metros rasos. Paranhos é pulsante, instável, maratonista com pulmão de queniano. Para os próximos 60 dias, es- tipulou 152 ações para o secretariado. “Aqui ninguém é insubstituível, nem eu”, disparou. 23h45 de um dia qualquer. Toca o telefo- ne do secretário. Sonso pelo efeito Morfeu, mal acordado, o cambaleante vivente tateia o criado mudo no escuro para localizar o celular. Ao tocar no botão verde, ouve aquela voz bem familiar: “Aqui é o Paranhos. Aquela ação que pedi para você, ficou pronta?”. Paranhos liga a qualquer hora de qual- quer dia cobrando ações. O ritmo dele vai de 6h30 até meia-noite, diariamente, incluindo sagrados sábados, domingos e feriados. “Se- parei 1.860 dias de minha vida para dedicar ao município de Cascavel. O farei todos os dias e todas as noites”, disse o prefeito ao Pitoco, na manhã do último domingo. Dali mesmo, da Feira do Teatro, ele já ha- via feito seis ligações telefônicas dominicais cobrando ações. Estava incomodado com os moradores de rua abordando famílias na feirinha da Praça Wilson Joffre. “Já cobrei isso 15 vezes, aí reclamam se me altero, tem que ter uma viatura lá”, disse, irritado ao interlocutor. Depois implicou com o descuido das floreiras, na frente do Centro Cultural. Mais cedo, vistoriou as obras da Tito Mu- ffato e ligou para um dos sacos de pancada Vai o convite: Convidamos aquela turma de deputados e senadores que está atrapalhando o expediente da PF em Curitiba, com onerosas viagens, de todo o Brasil, arcadas pelos pagadores de impostos, que visitem a agência do Trabalhador da capital paranaense, subam em um banco transformado em palanque, e digam: “queremos pedir perdão em público por termos assaltado a Nação e lançado vocês na humilhante rua da amargura do desemprego”. Um pouco de vergonha na cara, através de um mea culpa, não faria mal a esta parcela desocupada e perdulária do parlamento brasileiro. preferido, o Pedrinho Silvério, cobrando sinalização no local. “Serviço público é doação completa”, disse o prefeito entre uma ligação e outra. “Se você não quer se incomodar, não seja candidato, não aceite função pública. Não quer se incomodar, monta uma loja, fecha às 18 horas e desliga o celular”, disse. Questionado se a pressão excessiva sobre a equipe está na raiz das recentes deserções, “Mais vale acender uma luz do que amaldiçoar a escuridão”. (Frase repeƟda a exaustão em templos maçônicos) Atacado O comandante do Paço tem um desenho na cabeça: o centro de distribuição da Prefei- tura, concentrando a recepção e armazena- mento de tudo que é comprado será no bar- racão que hoje abriga o Centro de Eventos. O local para receber grandes eventos passa a ser o prédio do Atacado Liderança (em recu- peração judicial), na 277. E o Terminal Oeste – o atual, hoje em operação – se transforma no Mercado Municipal. Ambicioso, o rapaz... Chapéu no Paço Confirmado, Agassiz Linhares pediu o chapéu de fazendeiro, e vai sair. Diante de um apelo do prefeito, ele irá concluir o pro- jeto de readequação de 100 quilômetros de estradas, prometidos por Itaipu. O quase ex-secretário terá que assumir algumas das atribuições nos negócios da família, que es- tavam a cargo do cunhado Ildo Rebelatto, falecido na semana passada. “Paranhos é pulsante, instável, maratonista com pulmão de queniano.” quando meia dúzia de comissários pediram o chapéu ou foram convidados a se retirar, Paranhos não se abate. “Olhe aqui as mensa- gens no meu celular. As pessoas me cobram. E eu cobro da equipe. Eu não tenho o direito de desligar o celular em momento nenhum. Eu assumi responsabilidades e preciso dar conta disso”. Por razões diferentes e já divulgadas, quatro secretários deixaram extenuados a equipe full time do prefeito: Dillemburg,

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Falou & disse

Editorial

Paranhos, o fundistaRitmo do prefeito expõe olheiras na cara da equipe

Berté, Lange e Zuchi. Este último, insone, morando em um apartamento à 100 me-tros do Paço, vinha fazendo o ritmo 6h30/meia-noite diariamente, e ainda dedicando algumas horas da madrugada para responder ataques que o prefeito recebe na rede social.

Zuchi alegou razões de ordem familiar para deixar a Secretaria de Comunicação. Outro afastado, sob a condição do anoni-mato, se queixou do ritmo e do estilo duro e desconfi ado do prefeito. “Ele não confi a em ninguém”, relatou ao Pitoco, pedindo anonimato.

Não é verdade. Paranhos confi a muito em alguns nomes: Alcione da Fundetec, Pelissaro da Cettrans, Diego e Dessireé do gabinete e Gruber do IPMC. “Ele gosta dos submissos, dos mansos que aguentam tudo”, alfi netou o ex-secretário.

De toda forma, acompanhar o ritmo do prefeito desconfi ado e workaholic não é coisa para atleta de 100 metros rasos. Paranhos é pulsante, instável, maratonista com pulmão de queniano. Para os próximos 60 dias, es-tipulou 152 ações para o secretariado. “Aqui ninguém é insubstituível, nem eu”, disparou.

23h45 de um dia qualquer. Toca o telefo-ne do secretário. Sonso pelo efeito Morfeu, mal acordado, o cambaleante vivente tateia o criado mudo no escuro para localizar o celular. Ao tocar no botão verde, ouve aquela voz bem familiar: “Aqui é o Paranhos. Aquela ação que pedi para você, fi cou pronta?”.

Paranhos liga a qualquer hora de qual-quer dia cobrando ações. O ritmo dele vai de 6h30 até meia-noite, diariamente, incluindo sagrados sábados, domingos e feriados. “Se-parei 1.860 dias de minha vida para dedicar ao município de Cascavel. O farei todos os dias e todas as noites”, disse o prefeito ao Pitoco, na manhã do último domingo.

Dali mesmo, da Feira do Teatro, ele já ha-via feito seis ligações telefônicas dominicais cobrando ações. Estava incomodado com os moradores de rua abordando famílias na feirinha da Praça Wilson Joffre. “Já cobrei isso 15 vezes, aí reclamam se me altero, tem que ter uma viatura lá”, disse, irritado ao interlocutor. Depois implicou com o descuido das fl oreiras, na frente do Centro Cultural. Mais cedo, vistoriou as obras da Tito Mu-ffato e ligou para um dos sacos de pancada

Vai o convite: Convidamos aquela turma de deputados e senadores

que está atrapalhando o expediente da PF em Curitiba, com onerosas viagens, de todo o Brasil, arcadas pelos pagadores de impostos, que

visitem a agência do Trabalhador da capital paranaense, subam em um

banco transformado em palanque, e digam: “queremos pedir perdão em

público por termos assaltado a Nação e lançado vocês na humilhante rua da amargura do desemprego”. Um pouco

de vergonha na cara, através de um mea culpa, não faria mal a esta parcela desocupada e perdulária do

parlamento brasileiro.

preferido, o Pedrinho Silvério, cobrando sinalização no local.

“Serviço público é doação completa”, disse o prefeito entre uma ligação e outra. “Se você não quer se incomodar, não seja candidato, não aceite função pública. Não quer se incomodar, monta uma loja, fecha às 18 horas e desliga o celular”, disse.

Questionado se a pressão excessiva sobre a equipe está na raiz das recentes deserções,

“Mais vale acender uma luz do que amaldiçoar a escuridão”.

(Frase repe da a exaustão em templos maçônicos)

AtacadoO comandante do Paço tem um desenho na cabeça: o centro de distribuição da Prefei-tura, concentrando a recepção e armazena-mento de tudo que é comprado será no bar-racão que hoje abriga o Centro de Eventos. O local para receber grandes eventos passa a ser o prédio do Atacado Liderança (em recu-peração judicial), na 277. E o Terminal Oeste – o atual, hoje em operação – se transforma no Mercado Municipal. Ambicioso, o rapaz...

Chapéu no PaçoConfi rmado, Agassiz Linhares pediu o chapéu de fazendeiro, e vai sair. Diante de um apelo do prefeito, ele irá concluir o pro-jeto de readequação de 100 quilômetros de estradas, prometidos por Itaipu. O quase ex-secretário terá que assumir algumas das atribuições nos negócios da família, que es-tavam a cargo do cunhado Ildo Rebelatto, falecido na semana passada.

“Paranhos é pulsante, instável, maratonista com

pulmão de queniano.”

quando meia dúzia de comissários pediram o chapéu ou foram convidados a se retirar, Paranhos não se abate. “Olhe aqui as mensa-gens no meu celular. As pessoas me cobram. E eu cobro da equipe. Eu não tenho o direito de desligar o celular em momento nenhum. Eu assumi responsabilidades e preciso dar conta disso”.

Por razões diferentes e já divulgadas, quatro secretários deixaram extenuados a equipe full time do prefeito: Dillemburg,

02 | [email protected]

Fotos: Jairo Eduardo

Até o fechamento desta edição, a Secretaria de Meio Ambiente não tinha ainda o resultado dos exames toxicológicos nos pombos mortos na Avenida Brasil, perto da confl uência com a rua Castro Alves.

A matança ocorreu 40 dias atrás e desconfi a-se que o arsenal utilizado foi o carbamato, mais conhecido como “chumbinho”. Trata-se de um herbicida também usado para eliminar gatos, cães e ratos. Então foi sim, um ataque químico.

Na Síria os ataques químicos costumam ser respondidos com mísseis advindos de rasantes da força aérea americana, francesa e inglesa.

Aqui, de momento, aguarda--se um laudo e a identifi cação dos autores do crime ambiental. A presença de pombos na Brasil remonta os anos 1970. Inicial-mente elas faziam suas ninhadas no Cine Delfi m, hoje templo do Edir Macedo, na esquina com 7

“MÍSSIL” NA BRASIL

de Setembro.

Os obreiros do Edir promove-ram uma desinfestação ali, e os pombos migraram suas ninhadas para o edifício do fi nado banco Mercantil de São Paulo. Deta-lhe: o símbolo da Universal é um pombo.

Vamos aos personagens huma-nos desta batalha que faz voar pena para todo lado, literalmente. Alimentados pelo taxista Valter Evangelista, o Pastel, os pom-bos se proliferaram e aparente-mente a população saiu de con-trole.

Pastel chamou a imprensa para mostrar os pombos mortos. E chorou copiosamente. Ele não é uma fi gura muito popular entre os comerciantes da região.

A encrenca ali é longeva, tem anos de bate-boca. E já houve até vias de fato. Neste caso, a arma utilizada foi o milenar punho fe-chado, também conhecido como soco.

Uso de “arma química” no centro de Cascavel força in-tervenção do Paço em confl ito de vizinhos

Chumbo nos pombos

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27 de abril de 2018 | 03

O que diz a lei Segundo a legislação, ma-

tar pássaros, seja com um trivial estilingue, seja a tiros, e mais ainda, com químicos, é expressamente proibido. A lei preconiza uma ação bem mais, digamos, fofa: o contro-le biológico através da coleta de ovos, associada com o uso de arapucas. Esse papel deve-ria ser feito pela Prefeitura.

Porém, não há concursados no Meio Ambiente para tal. Arapuca sim, tem bastante no Paço, mas não para essa fi nalidade. Como não vere-mos a Marlise da Cruz es-calando telhados na Avenida Brasil para a coleta dos ovos, será preciso encontrar outra alternativa.

Em tempo: Juarez Ber-té nega que seu desligamento do Meio Ambiente tenha re-lação com os fatos. Não faz sentido que - considerando os 98 quilos do Berté distri-buídos em 190 centímetros - o Paranhos tenha ordenado ao então secretário subir no telhado do Banco Mercantil e catar os ovos do Pastel, digo, dos pombos.

Viagem aos arquivos Quase 21 anos atrás, os pombos

frequentaram o noticiário aqui no Pitoco. Exatamente no dia 16 de julho de 1997. O então secretário de Esportes, Ladir Salvi, o “Pa-dre”, foi acusado de uma “matan-ça” de pombos no ginásio Sergio Mauro Festugatto. Os atiradores de

Pastel vê o pombo como um belo pássaro. Os vizinhos, me-nos românticos, enxergam ali não mais que um rato de asas.

Pombos podem transmitir doenças graves, como a toxo-plasmose através da clamídia, uma bactéria inclemente que ataca os pulmões. Há também a proliferação de parasitas, como os piolhos.

Moradores das vizinhanças se queixam ainda do “bombar-deio orgânico”, capaz de sujar fachadas, janelas e calçadas. Reclamam também de calhas entupidas pelos ninhos.

O Pitoco esteve ontem no local do ataque químico. Ain-da restam muitos pombos, seguramente mais de 100 in-divíduos. Isso quer dizer que o confl ito está longe de um ces-sar fogo.

Em tempo: Corujas e ga-viões são predadores de pom-bos. Como nenhum deles anda disponível no centro, um mo-rador afetado decidiu instalar um gavião de cimento com as asas abertas sobre o telhado. É a solução pacífi ca encontrada em alternativa ao ataque quí-mico e as vias de fato.

É como diz o refrão daquela música: “Isso tudo

acontecendo e eu aqui na praça, dando chumbo

aos pombos...”

Cascavel: Av. Brasil, 1748 - (45) 3220-8200 • Toledo: Av. Parigot de Souza, 1215 - (45) 3379-7600Assis Chateaubriand: Av. Tupassi, 1500 - (44) 3528-8950 • Palotina: Av. Pres. Kennedy, 1761 - (44) 3649-0000

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Controle Automático em Descidas

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elite teriam utilizado espingardas de pressão para tal fi nalidade. “Eu quero proteger o patrimônio públi-co, pois a gente acabava de pintar e os bichos cagavam em cima”, dis-se o Padre na época. A íntegra desta edição está no www.pitoco.com.br (seção Viagem aos Arquivos).

04 | [email protected]

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Jesus Cristo nasceu aquiUma revelação surpreendente

da biografi a desautorizada do rei. A canção “Jesus Cristo”, sucesso lançado em 1970, foi inspirada no pôr de sol de um típico sábado do verão cascavelense, em 1969.

A informação está no livro “Ro-berto Carlos em Detalhes”, do es-critor Paulo Cesar de Araújo. A primeira estrofe da música foi redigida no hotel em que Roberto estava hospedado em Cascavel. O restante da canção foi então ela-borado semanas mais tarde em conjunto com Erasmo Carlos.

“Foi numa tarde de sábado, no verão de 1969, que Roberto Carlos começou a compor Jesus Cristo, faixa do seu álbum lança-do no ano seguinte”, relata Araú-jo. Para em seguida emendar: “O cantor estava na cidade de Cas-cavel, interior do Paraná, onde à noite faria uma apresentação”.

O biógrafo relata que havia um grande movimento de pessoas na principal praça da cidade, aguar-dando talvez um aceno do rei. Então o cantor abriu a janela e “sob o impacto daquele belo cre-púsculo”, recebeu a inspiração

Canção de Roberto Carlos foi inspirada no pôr de sol e no povo de Cascavel, diz biógrafo

da nova canção.

Naquele momento, segundo o livro, Roberto Carlos criou a primeira estrofe: “Olho pro céu e vejo uma nuvem branca que vai passando/ olho na terra e vejo uma multidão que vai caminhan-do...”.

Testemunhas - O ex-pre-feito Edgar Bueno, então com 21 anos de idade, se recorda do show. Ele diz que foram duas apresentações, uma no campo de

REVELAÇÃO

futebol onde hoje está o Centro Esportivo Ciro Nardi, e outra em local que não se recorda. Fran-cisco Konolsaisen diz que a se-gunda apresentação foi no Clube Comercial.

“Eu estava lá, aos 15 anos, com minha carteirinha da Aces para obter a meia entrada e provar a idade mínima”, relata Chico. Ele disse que havia 5 mil pessoas no local. Edgar, que iniciava a carreira de vendedor de discos de vinil na época, disse ter visto dois

shows do rei em Cascavel.

“Na primeira vez, lá em 1969, o Roberto estava com roupas ex-travagantes, jeans esfarrapado, sem manga, colares e pulseiras grandes, tipo boyzão mesmo. Na outra apresentação, anos depois, ele já veio de terno azul e camise-ta branca”.

Edgar recorda-se que a música “Jesus Cristo” gerou uma celeuma na igreja. “Bispos condenaram disseram que era absurdo, proi-biram de tocar, disseram que era desrespeito. Mas o tempo levou essa música a se tornar popular, inclusive dentro das igrejas”.

Qual hotel? - O mistério mes-mo, que põe em cheque trechos da biografi a desautorizado do rei, é o detalhe do hotel com sacada para o pôr do sol e para a prin-cipal praça da cidade. Onde está isso? O Copas Verdes não existia. O Lord e o Regente não dão para a praça.

Alternativa que resta é o “fi na-do” Hotel Apolo 11, na esquina da Avenida Brasil com Carlos Go-mes, onde hoje há uma farmácia.

Para os assinantes Fabricio Mafra, Cleonice Amélia Ter-ribile, Heitor Sonda, Renato Marcos Savaris, Andréa Ma-ria Rigo Lise, Ari Cameririni, Donato Santos de Souza e Paulo Moreira.

Aquele abraço

27 de abril de 2018 | 05

Trecho do livro“Jesus Cristo foi a primeira canção explicitamente religiosa

gravada por Roberto Carlos... Foi numa tarde de sábado, no ve-rão de 1969, que Roberto Carlos começou a compor Jesus Cristo, faixa do seu álbum lançado no ano seguinte. O cantor estava em Cascavel, interior do Paraná... Ele fi cou hospedado no último an-dar de um hotel em frente à praça principal da cidade... no fi m daquela tarde Roberto abriu a janela e se deparou com um lindo pôr do sol. Foi sob o impacto do belo crepúsculo que o cantor teve a inspiração... Roberto Carlos olhava o sol, as nuvens e a mul-tidão gritando seu nome. Então criou a primeira estrofe: “Olho pro céu e vejo uma nuvem branca que vai passando/ olho na terra e vejo uma multidão que vai caminhando...”

(Trecho de “Roberto Carlos em Detalhes”, obra que o cantor impediu judicialmente a venda. Mais tarde, em razão deste caso de grande repercussão, o STF criou jurisprudência impedindo a censura dos famosos nas biografi as não autorizadas, sob o argu-

mento de tal ato ferir a liberdade de expressão)

Mistérios para Jesus Cristo des-vendar...

Em tempo: A presente pauta foi sugerida pelo professor Van-der Piaia (obrigado!). Jesus que nasceu aqui é a música, o da bíblia todos sabem onde foi. Já o médi-co obstetra e o promotor aposen-tado não são nativos de Cascavel.

Em tempo 2 – Se você tem al-gum registro da visita do rei em 1969 (foto, autógrafo, depoimen-to, etc), entre em contato com a redação do Pitoco: WhatsApp (45) 99113.1313.

Uma perguntaPitoco - É verdade que a ara-

nha viúva negra mata o macho após o acasalamento?

Dra Clair: Na verdade o ma-cho insere na fêmea uma bolsa de cópula com a espicula, e ao ten-tar tirar pode romper a espicula, morrendo por hemorragia.

Pitoco: Ahh, então não é pela “qualidade”?

Dra Clair: Não. Estamos fa-lando apenas de viúva negra e não de certos homo sapiens.

O condutorConduzindo com maestria e fi r-

meza seu Hyundai I30, na manhã do último domingo, o octogenário Beto Pompeu foi questionado a quantas décadas está habilitado para tal função. “60 anos”, res-pondeu.

Ocultou, por humildade certa-mente, um detalhe importante. Em seis décadas ao volante, ja-mais recebeu uma multa de trân-sito. É tópico para o livro dos re-cordes e uma medalha do Detran.

Puro sangueNo leilão de cavalos de raça rea-

lizado no último dia 21, no Jockey de Sorocaba, chamou a atenção o duelo de lances milionários entre dois personagens de peso: Fernando Mantovani, de Cas-cavel, e Duda Mendonça, ex--marqueteiro do Lula. A carreira foi disputadíssima, com vitórias de ambos os contendores.

É nesta sexta-feira a 25ª Lam-barizada do Rotary Club Harmo-nia. Será a partir de 19h30, no Galetto´s Restaurante.

Agenda

PitocasElencado da seleta lista de es-

portes da mente, categoria que fi -gura o xadrez, o Poker deu repu-tação nacional para Cascavel. São três os campeões paranaenses: Marcos Piaia (2013), Marcelo Zarowski (2015) e Leocir Car-neiro (2017).

É de Cascavel a empresa lau-reada pelo Prêmio Syngenta de Pesquisa. Trata-se da BrioLimp, da dupla Nelson Pagno Morei-ra e Clair Viecelli. A honraria será entregue no próximo dia 15.

O episódio que culminou com a indenização no caso chinelão e a responsabilização do juiz do trabalho que o constrangeu, pro-duziu efusivos cumprimentos ao ex-vereador Marcelo Picoli. Ele foi o advogado da vítima, em caso de ampla repercussão nacional.

The endPor mais que os candidatos

se ocupem de instalar placas de campanha eleitoral com nome e número nas residências de Casca-vel, difi cilmente conseguirão su-perar os líderes disparados neste quesito: as placas de vende-se e aluga-se. O mercado imobiliário está uma pasmaceira só...

Safanão no reitorA Adunioeste, o Sindicato dos

Docentes da Unioeste, emitiu nota contestando a carta de um acadêmico publicada aqui.

“Cabe informar que o trabalho dos professores universitários não se resume apenas a minis-trar aulas nos cursos de gradua-ção”, diz a nota. E prossegue: “O artigo 207 da Constituição Fede-ral determina que as universida-des obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”.

O informativo sindical aprovei-ta a ocasião para dar mais um sa-fanão do reitor Cascá, que como informamos, mudou de lado. Leia a íntegra da carta da Adunioeste no www.pitoco.com.br

Pensata“Preste atenção a seus pen-

samentos. Eles vão se tornar atos. Preste atenção a seus atos. Eles vão se tornar hábi-tos. Preste atenção a seus hábi-tos. Eles vão moldar seu cará-ter. Ele construirá seu destino”

(Margaret Thatcher, em leitura recomendável para

aqueles que confundem político preso com preso político)

A licitação de 101 mil marmitas para secretaria de Saúde (UPAs) e Cultura (eventos), obteve um belo desconto, porém é exatamente aí que pode virar dor de cabeça para o Paço.

A empresa vencedora, consti-tuída dias antes da licitação, arre-matou oito lotes por preços tidos como impraticáveis. O preço de custo de uma marmita pequena ronda os R$ 7. A vencedora ofere-ceu o produto por menos de R$ 5. Qual é o milagre?

Começam a ser instalados os novos parquímetros. São 110 equipamentos dotados de inova-ções tecnológicas, como a alimen-tação por energia solar.

O Ministério Público pede que o ex-governador Beto Richa (PSDB) devolva aos cofres públi-cos o valor que ele gastou durante viagem a Paris em 2015, estima-do em R$ 24 mil. Os promotores entendem que não havia agenda ofi cial na capital francesa que jus-tifi casse empurrar a delícias do poder para o povo pagar.

É pelas mãos do advogado Joa-quim Pereira Alves Junior e sócios que chega a Cascavel um dos mais reputados escritórios do Brasil, o Marins Bertoldi Advo-gados Associados.