paradigmas inovadores na gestÃo da sociedade: crime ... · 25.11.2013 · desenvolveu ao longo do...
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VI FÓRUM CIENTÍFICO DA FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE
PARADIGMAS INOVADORES NA GESTÃO DA SOCIEDADE: CRIME, VIOLÊNCIA E (IN)SEGURANÇA PÚBLICA
ANAIS
ARAGUAÍNA/TO
2014
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DOM ORIONE
VI Fórum Científico da Faculdade Católica Dom Orione
Anais
Tema: “PARADIGMAS INOVADORES NA GESTÃO DA SOCIEDADE: CRIME,
VIOLÊNCIA E (IN)SEGURANÇA PÚBLICA”
ISBN: 1982-2308
20, 21 e 22 de novembro de 2014 – Faculdade Católica Dom Orione
Araguaína - TO
FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE
Diretoria Geral: Pe. Josumar dos Santos
Diretoria Acadêmica: - Pe. Eduardo Seccatto Caliman
Coordenação do Núcleo de Pesquisa e Extensão - NUPEX: Edison Fernando
Pompermayer
COMITÊ ORGANIZADOR DO VI FÓRUM CIENTÍFICO
Deusamara Dias Barros Vaz
Edison Fernando Pompermayer
Elisangela Silva de Sousa Moura
Geraldo Alves Lima
Maria das Graças Aires de Medeiro Andrade
Maicon Rodrigo Tauchert
Nilsandra Martins de Castro
COMISSÃO AVALIADORA DE TRABALHOS
Edison Fernando Pompermayer
Nilsandra Martins de Castro
Organizadores Responsáveis pelos Anais do VI Fórum Científico: Edison Fernando
Pompermayer e Nilsandra Martins de Castro.
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Eduardo Ferreira da Silva CRB-2/1257
F692
Fórum Científico da Faculdade Católica Dom Orione, 6., Araguaína, TO, 2014. Anais do VI Fórum Científico da Faculdade Católica Dom Orione / Faculdade Católica Dom Orione, 20 a 22 de novembro de 2014 / organizado Edson Fernando Pompermayer; Nilsandra Martins de Castro -- Araguaína: FACDO, 2014. Tema: Paradigmas inovadores na gestão da sociedade: crime, violência e (in)segurança pública ISBN: 1982-2308
1. Direito 2. Sociedade 3. Violência 4. (In)segurança pública 5. Crime I. Pompermayer, E.F. II. Castro, N.M. III. Título IV. Anais do VI Fórum Científico da Faculdade Católica Dom Orione
CDD 342.085
APRESENTAÇÃO
O VI Fórum Científico da Faculdade católica Dom Orione é um evento
tradicionalmente organizado pela Coordenação do Núcleo de Pesquisa e Extensão
da Católica – NUPEX, que visa problematizar questões ligadas aos Cursos de
Administração e Direito da referida Instituição de Ensino Superior. O Fórum em
questão ocorreu nos dias 20, 21 e 22 de novembro de 2014, sediado na Faculdade
católica Dom Orione - FACDO.
O VI Fórum Científico da FACDO reuniu conferências, mesas-redondas,
apresentações de comunicações de acadêmicos e pesquisadores nas áreas de
direito e administração. Entendemos que este evento é um meio de refletirmos e
debatermos sobre o cenário social geral, de modo a propor alternativas que propicie
e impacte na realidade em que estamos inseridos. Atrelando-se a isto, a busca de
imprimir em nosso alunado uma maior responsabilidade ética e social que só pode
advir através da pesquisa.
Edison Fernando Pompermayer
Nilsandra Martins de Castro
DISCURSO DE ABERTURA DO EVENTO
Sejam bem vindos ao VI Fórum Científico da Faculdade Católica Dom
Orione, onde o Tema deste ano é PARADIGMAS INOVADORES NA GESTÃO DA
SOCIEDADE: Crime, Violência e (in)Segurança Pública.
Cumprimento a mesa diretiva na pessoa do Diretor Acadêmico da Faculdade
Católica Dom Orione Reverendíssimo Padre Eduardo Seccatto Caliman.
Prezadas autoridades, docentes, pesquisadores, acadêmicos e profissionais
das mais diversas áreas do Direito e da Administração.
Justifica-se o Fórum Científico pela importância de discussão acadêmica,
integração e socialização das pesquisas desenvolvidas por esta Instituição de
Ensino Superior por meio do Núcleo de Pesquisa e Extensão - NUPEX, numa
abordagem dos estudos sobre Direito e Administração.
O evento mostra-se importante em função da integração propiciada entre os
diversos públicos que se relacionam com a área do Direito e Administração, que
buscam o seu desenvolvimento harmônico e sustentável da sociedade. Os estudos
socializados e as discussões realizadas serão de grande importância para a
aplicação prática neste mercado, assim como a oportunidade da participação de
palestrantes renomados, que trarão seus conhecimentos para os participantes, bem
como levarão experiências, num processo de transferência de conhecimento e
vivência teórico-prática.
O tema é uma grande oportunidade para vincular a produção científica aos
desafios sociais que vivemos hoje em todas as áreas da sociedade brasileira. A
temática visa estimular inclusão, transformação social e desenvolvimento humano.
O presente Fórum Científico irá oportunizar e provocar questionamentos e
mudanças de paradigmas com a vinculação entre ciência, economia e sociedade
digna e justa.
Temos uma responsabilidade com nosso próprio futuro, que não mais
podemos transferir para outros ou para as próximas gerações, e devemos enfrentar
tal responsabilidade inadiável.
De toda forma, quero agradecer a todos os departamentos, gestores,
técnicos administrativos, docentes, pesquisadores e acadêmicos que se dispuseram
a fazer parte e que dedicaram o seu tempo na parceira junto ao NUPEX no
empenho da concretização do VI Fórum Científico da Faculdade Católica Dom
Orione. Sintam-se, por favor, contemplados nos agradecimentos.
Quero desejar a cada umdos presentes um ótimo Fórum Científico. Tenho
certeza que este encontro irá contribuir de forma significativa para a formação
acadêmica e profissional de cada um de nós.
Obrigado!
Edison Fernando Pompermayer
Coordenador do NUPEX
CONFERÊNCIA DE ABERTURA
20.11.14
A conferência de abertura do VI Fórum Científico foi “Estado direito e Crise
econômica”, esta foi realizada pelo Pós-doutorando Silvio Luiz de Almeida do
departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo (USP). Doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito
pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Mestre e Bacharel
em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Graduado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da
Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Professor de Ciência Política da
Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie e de Filosofia do
Direito e Introdução ao Estudo do Direito da Universidade São Judas Tadeu (SP).
Presidente do Instituto Luiz Gama (SP). Advogado em São Paulo.
A conferência se deu no dia 20 de novembro de 2013 às 19:30 no auditório
Pe. Remiggio Corazza, na FACDO. Segue resumo da conferência.
ESTADO, DIREITO E CRISE ECONÔMICA
Silvio Luiz de Almeida
As recentes crises econômicas de 2008 e 2011 trouxeram de volta uma velha
discussão acerca dos limites da intervenção estatal e da possibilidade de imposição
de limites jurídicos ao poder econômico. Neste sentido, é sempre importante lembrar
que a “crise”, em sentido específico, é o esgotamento de uma determinada etapa de
organização social do capitalismo. Se após a segunda grande guerra o capitalismo
seguiu os padrões produtivos do chamado fordismo e, na política, predominou o
Estado de Bem Estar Social (Welfare State), a crise sistêmica dos anos 70/80 fez
com que surgisse um distinto modelo de organização da produção, e por
conseqüência, um novo modelo de atuação estatal e de intervenção jurídica: o pós-
fordismo e o Estado neoliberal. É essencial compreender o papel regulador do
Estado nas crises, pois estas mostram sua face mais perversa no campo político,
vez que os arranjos institucionais necessários para combater seus efeitos e
estabilizar o ambiente econômico, na maior parte dos casos, acabam por acirrar
conflitos sociais. A estabilização cobra um alto preço: no plano ideológico temos a
criação de novos códigos para a compreensão e valoração do mundo (contestação
de padrões morais vigentes, novos padrões de beleza e de consumo, novas formas
discursivas etc.) e uma reorientação do desejo, a fim de adaptar os “sujeitos” à
organização da produção; no campo repressivo, a violência dos Estados contra
minorias continua em marcha progressiva, mas agora com o auxílio de uma forte
vigilância tecnológica. Assim, o racismo e a xenofobia que desde o segundo pós-
guerra permaneciam nos subterrâneos da vida social, hoje emergem com toda a
força, na Europa, nos EUA e até no Brasil. Nota-se que o debate sobre as tragédias
da etapa pós-fordista da sociedade são frequentemente reduzidas a questões éticas
ou jurídico-políticas, sem que o aspecto econômico (e suas implicações
necessariamente extra-econômicas) seja relevado. E há aqueles que defendem uma
“volta ao keynesianismo e ao Estado de Bem Estar Social”, como se sob o fordismo
e o Estado de Bem Estar Social não tivesse havido tragédias sociais, como foi o
racismo estatal nos EUA. Portanto, não se trata de escolher entre um Estado
intervencionista e um não intervencionista, vez que qualquer debate sobre
desigualdades sociais torna-se irrelevante quando se esquece que o Estado e o
direito, seja qual for o modelo adotado, resultam dos conflitos e dos antagonismos
sociais e da relação entre o regime de acumulação e o modo de regulação de uma
determinada etapa do capitalismo.
I CONFERÊNCIA – 21.11.14
A primeira conferência da noite foi proferida pelo Administrador Roberto
Souza de Morais que é graduado em Engenharia Mecânica pela UNESP-SP e pós-
graduado em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
Atuou como agente de inspeção veicular, credenciado pelo INMETRO em
São Paulo, como Diretor de Tecnologia no SENAI, no estado do Tocantins e como
professor universitário na Faculdade de Administração Dom Orione, também no
Estado do Tocantins.
Atualmente é consultor nas áreas de gestão e responsabilidade social, tendo
como principais clientes empresas privadas e instituições como SENAI, SEBRAE,
SENAR, Federações de Indústrias e o Instituto Votorantim. Realiza palestras e
workshops em escolas e empresas, abordando temas como atendimento, vendas,
empreendedorismo, ética empresarial e estratégias aplicadas a pequenos negócios.
Atua ainda como instrutor do seminário EMPRETEC, um programa mundial
da Organização das Nações Unidas – ONU - com foco no desenvolvimento do
empreendedorismo, realizado no Brasil pelo SEBRAE.
A palestra com o tema “O Empreendedorismo como Instrumento de
Transformação Social” foi estruturada a partir do conteúdo do livro “O Profissional do
Futuro – Uma Visão Empreendedora”, de autoria do próprio palestrante; a palestra
trata dos novos desafios para o profissional contemporâneo, sob a perspectiva do
empreendedorismo, das inovações tecnológicas e dos desdobramentos da
globalização; Além disso, procura trazer uma reflexão sobre os desdobramentos do
fenômeno do empreendedorismo como instrumento de transformação social.
A palestra faz uma análise da história da tecnologia mostrando como ela se
desenvolveu ao longo do tempo e como suas transformações impactaram
o ambiente do trabalho ao longo dos anos, desde a idade antiga até os dias atuais.
Aborda o cenário atual de extrema tecnologia e propõe um novo perfil para o
trabalhador moderno, visando sua melhor inserção neste mercado seletivo e hiper-
competitivo. A palestra propõe como novo perfil profissional um conjunto de
características de comportamentos empreendedores e a valorização de valores
humanos fundamentais como a solidariedade, a disciplina e a ética, entre outros.
O livro discute temas como emprego, trabalho, tecnologia, globalização,
história da indústria, empreendedorismo, inovação, atitudes e comportamentos. A
partir da pesquisa, o autor descobriu diversos livros que tratam do assunto, contudo
a abordagem da obra “O Profissional do Futuro – Uma Visão Empreendedora” é
menos acadêmica e mais prática, escrita a partir da vivência de 12 anos do autor
como consultor de pequenas e médias empresas nacionais e de atividades como
instrutor em programas gerenciais de diversas instituições brasileiras, como o
SEBRAE e o SENAI, entre outras.
Outro ponto que diferencia a obra e a palestra são os exemplos utilizados
para ilustrar os comportamentos que compõem o novo perfil do profissional do
futuro. São simples, curiosos, lúdicos e totalmente extraídos de situações reais
vivenciadas pelo autor na sua trajetória profissional por diversos estados do Brasil.
Na palestra, procurou-se trazer uma abordagem predominantemente social
da ciência do empreendedorismo, de forma a sensibilizar o público para a
importância dos novos negócios como instrumento de transformação social; ou seja,
o fomento empreendedor está intimamente ligado à geração de emprego e renda, e
não apenas relacionado ao estímulo capitalista de acúmulo de capital e fomento ao
consumo.
RESUMO DA OBRA QUE FUNDAMENTOU A PALESTRA
Roberto Souza de Morais (relato do autor)1
Entre os anos de 2001 e 2006 tive a oportunidade de trabalhar como Diretor
de Tecnologia do SENAI – o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - no
Estado do Tocantins, e freqüentemente viajava a diferentes regiões do Brasil,
participando de programas de capacitação profissional da instituição.
No decorrer de 6 anos visitei centenas de indústrias de diferentes
segmentos, como fábricas de confecções, alimentos, construção civil, automotivas,
gráficas e cerâmicas entre outras. Na convivência com empresários e operários,
sempre observava o impacto das novas tecnologias no ambiente empresarial e o
quanto isto estava, de fato, mexendo com a dinâmica do mundo do trabalho. Tive a
oportunidade de vivenciar as condições e competências exigidas aos trabalhadores
contemporâneos em organizações de diferentes características.
Foi naquela época que um diretor de escola pública estadual do Estado do
Tocantins convidou-me para fazer uma palestra a um grupo de adolescentes do
ensino médio, prestes a entrar no competitivo mundo do trabalho.
A proposta do diretor era que eu falasse um pouco sobre as novas
competências exigidas pelas empresas aos novos profissionais neste início de
século. A escola procurava com aquela iniciativa fortalecer a formação dos alunos e
oportunizar aos estudantes um contato com alguém mais familiarizado com o
ambiente empresarial.
Fiquei muito feliz com o convite e comecei a preparar a primeira palestra da
minha vida, sem imaginar que ela seria o embrião do meu primeiro livro.
A apresentação mostrava um breve histórico do desenvolvimento da
tecnologia ao longo do tempo, o ambiente atual de mudanças aceleradas e algumas 1 MORAIS, Roberto Souza de. O profissional do futuro. São Paulo: Manole, 2013.
características individuais que eu definia como o “novo perfil para o profissional do
futuro”.
Satisfeito com os primeiros resultados, passei a visitar outras escolas e
gratuitamente oferecer a palestra aos diretores, tendo sempre como público alvo os
adolescentes do ensino médio. Era sempre muito bem recebido e as apresentações
pareciam surtir ótima repercussão, já que era visível o interesse dos jovens nas
reflexões sobre as novas demandas do mundo do trabalho.
Depois de algumas dezenas de palestras ministradas, surgiu a idéia de
escrever o conteúdo das apresentações e fazer uma publicação, pois julgava que
aquilo que eu estava falando poderia ser interessante para um maior número de
pessoas.
Passei a estudar mais profundamente o assunto e enriqueci o tema com
uma abordagem história mais consistente, falando inclusive sobre as origens do
trabalho, seu significado e desdobramentos. Também introduzi um pouco do
conhecimento adquirido ao longo de alguns anos como consultor do SEBRAE e
mais recentemente como instrutor do seminário EMPRETEC, que tem como foco o
desenvolvimento de características de comportamentos empreendedores nos
participantes.
Outra contribuição foi a inserção de alguns exemplos que tive a
oportunidade de testemunhar pessoalmente, o que pode ajudar na compreensão de
alguns comportamentos que descrevo.
Este livro, que nasceu espontaneamente a partir da iniciativa de colaborar
com a formação de jovens de escolas públicas de ensino médio, tornou-se agora
uma obra bem mais completa, mais abrangente e com maior cobertura de público.
Acredito que o assunto abordado no livro seja interessante não apenas aos
jovens em início de carreira, mas também a todo e qualquer trabalhador que
pretenda aprimorar-se e refletir sobre as novas competências profissionais para
estes novos tempos.
As “novas competências para o profissional do futuro” descritas no livro são
predominantemente comportamentais, mais voltadas a atitudes e iniciativas práticas,
já que os mais recentes estudos da área apontam o comportamento individual de
seus membros como um dos mais relevantes fatores de sucesso para as
organizações.
A intenção com esta obra é compartilhar com o leitor, uma breve reflexão
sobre o impacto das novas tecnologias no mundo do trabalho bem como a
necessidade de resgatar alguns valores e comportamentos essenciais aos novos
profissionais, na difícil tarefa de construir um futuro melhor para as novas gerações.
II CONFERÊNCIA - 21.11.14
A segunda conferência foi realizada pelo Doutor Tarsis Barreto Oliveira
Almeida - Doutor e Mestre em Direito pela UFBA. Professor Adjunto II de Direito
Penal da Universidade Federal do Tocantins. Coordenador e Professor do Curso de
Mestrado em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos da UFT. Coordenador e
Professor do Curso de Especialização em Ciências Criminais da UFT. Professor do
Curso de Especialização em Direito Eleitoral da UFT. Especialista em Metodologia
do Ensino Superior (Famettig/BA). Graduado em Direito pela Universidade Estadual
de Santa Cruz (UESC). Pesquisador nas áreas do Direito Penal e Direitos Humanos.
Editor Científico da Revista de Direito da Escola Superior de Magistratura
Tocantinense. Membro do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e da Câmara
de Pesquisa e Pós-Graduação da UFT. Parecerista da Revista Guia do Estudante
para cursos de Direito. Parecerista e Membro do Conselho de Consultores da
Revista Jurídica da Presidência da República. Membro da Associação Brasileira de
Professores de Ciências Penais. Linhas de pesquisa: Legislação Penal
Extravagante; Racionalidade e Funções da Pena; Direito em Habermas; Direito
Penal Econômico e Lavagem de Dinheiro; Ressocialização Criminal. Membro da
Association Internationale de Droit Pénal. Palestrante e autor de obras jurídicas.
A conferência em questão foi intitulada “Segurança Pública e o papel da
sociedade no combate à violência”, visou discutir sobre os desafios e perspectivas
para o problema da segurança pública no Brasil, com especial destaque para o
papel da sociedade no plano das políticas de combate e prevenção da criminalidade.
Além disso, explicitou-se acerca de experiências positivas de segurança pública a
serem adotadas para a diminuição e enfrentamento dos fenômenos criminosos.
APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS – 23.11.2014
Na manhã, das 8:00 às 12:00, aconteceram as apresentações de
Comunicações de trabalhos apresentados pelos acadêmicos e pesquisadores na
área de Administração e Direito.
Os trabalhos aprovados no VI Fórum Científico foram apresentados nas
modalidades de Resumos e Resumos estendidos, na forma de Banner,
Comunicação Oral, ou em ambas as formas.
Todos os trabalhos apresentados em Comunicação Oral foram distribuídos
em salas específicas e para cada trabalho foi conferido o tempo de 15 minutos de
apresentação e 10 minutos de arguição pelos professores responsáveis pela sala e
pelo público presente.
Os trabalhos apresentados em forma de Banner foram expostos próximos a
sala de vídeo, em que os autores puderam explanar sobre os temas expostos ao
público participante do evento.
RESUMOS ESTENDIDOS EM FORMA DE COMUNICAÇÃO ORAL
PROJETO PRÁTICAS RESTAURATIVAS:
O ENSINO DA MEDIAÇÃO FAMILIAR PARA CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DE PAZ
Marina de Alcântara Alencar 1
Maicon Rodrigo Tauchert 2
RESUMO
No Brasil e no mundo as técnicas de mediação vêm se mostrando eficientes no
reestabelecimento das relações familiares, especialmente no âmbito jurídico. Assim,
objetivou-se com este trabalho apresentar os resultados parciais do Projeto Práticas
Restaurativas – Mediação Familiar. O projeto de extensão surge como facilitador no
ensino de técnicas de resolução não-adversariais de conflitos, através de um curso
teórico-prático, tendo como público alvo estudantes do curso de Direito da FACDO e
profissionais com atuação na área da família. O projeto já se mostra influente em
Araguaína e já foi difundido em eventos externos. Estudantes e participantes
demonstraram-se otimistas quanto à utilização das técnicas em seu cotidiano.
Palavras-chave: Mediação. Extensão. Justiça restaurativa. Conflitos.
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, o judiciário brasileiro (quiçá mundial) passa por crises
que ferem os princípios processuais da eficácia e celeridade. O número de litígios
parados cresce a cada ano, assim como a procura das pessoas pela justiça. Tudo
isso se deve a um maior conhecimento sobre o poder judiciário que abre suas portas
à população, independente de classe social.
1 Acadêmica do curso de Direito da FACDO; Bolsista do PROCIENT.E-mail: [email protected] 2 Professor pesquisador do curso de Direito da FACDO; Orientador no PROCIENT. E-mail: Maicon [email protected]
O retrato do atraso das resoluções de litígios que são encaminhadas ao
judiciário reflete-se em reclamações e mutirões que são organizados cada vez mais
por parte do poder público, comprovando a ineficiência do poder judiciário.
Quando tratamos de conflitos familiares, esse número cresce. A família,
como base fundamental de qualquer sociedade, necessita de celeridade na
resolução de seus litígios, tendo em vista que, muitas vezes, tais litígios envolvem
menores, direitos alimentícios e principalmente a violência, seja ela física ou
psicológica. A mediação surge em tal cenário como instrumento (para muitos
autores como alternativa) do judiciário em lidar com a esfera afetiva e psíquica dos
conflitos familiares, tornando o conflito familiar uma oportunidade de mudança e
reestabelecimento das relações familiares onde não há perdedores nem
vencedores.
Como um terceiro facilitador, o mediador é capaz de ouvir e compreender as
partes antagônicas de um conflito familiar, além de gerenciar as emoções de ambas
as partes para que uma aprenda a ouvir os anseios e preocupações da outra. As
técnicas utilizadas pelo mediador são totalmente adaptáveis para todo e qualquer
tipo de conflito, o que nos leva a crer que o ensino de tais técnicas ajuda na
pacificação social.
Na cidade de Araguaína - TO o número de conflitos familiares cresce a cada
dia, e há uma infinidade de processos estagnados no poder judiciário, o que confere
a necessidade de que sejam aplicadas técnicas de mediação pelos futuros
profissionais do Direito, na tentativa de reestabelecer relações e resolver conflitos.
O Projeto Práticas Restaurativas – Mediação Familiar surge neste contexto,
visando à capacitação de estudantes de Direito para que se tornem mediadores
familiares através do ensino de técnicas adaptáveis a cada tipo de conflito familiar,
incluindo os emocionais, que tradicionalmente são ignorados no judiciário brasileiro.
2 PROJETO PRÁTICAS RESTAURATIVAS
No ano de 2012 foi criado na Faculdade Católica Dom Orione (FACDO) o
grupo de estudos em Mediação Familiar, com o objetivo de criar uma rede de
atendimento especializada em conflitos familiares na cidade de Araguaína, utilizando
a mediação como principal forma de resolução e prevenção da violência doméstica,
e também, capacitar profissionais multidisciplinares para mediação de conflitos.
Após um vasto estudo bibliográfico que nos permitiu delimitar algumas áreas
de atuação e as possíveis técnicas a serem ensinadas a alunos do curso de Direito
da FACDO e outros profissionais, surgiu no ano de 2013 o Projeto de Extensão
Práticas Restaurativas. Com diversas linhas de pesquisa, o projeto de extensão
possibilita o ensino das principais técnicas da mediação, conciliação e justiça
restaurativa; aliadas as principais áreas da nossa sociedade: escola, sistema
prisional, comunidade e família.
3 METODOLOGIA
O Projeto Práticas Restaurativas – Mediação Familiar através de seus
agentes usa como instrumento de transformação a capacitação dos alunos do curso
de Direto da FACDO e dos profissionais com atuação na área da família, por meio
de um curso teórico-prático de extensão, cujas aulas são ministradas
quinzenalmente aos sábados, das 14:00 às 17:00 horas na Faculdade Católica Dom
Orione, em Araguaína - TO. Dois instrutores qualificados são responsáveis pelo
curso Mediação Familiar, que teve início em agosto de 2014 e tem o encerramento
previsto para dezembro 2014.
A divulgação do curso ocorreu por meio da fixação de banners em locais
estratégicos e também pela na internet, através das redes sociais. Ambas as
divulgações tiveram como público alvo os alunos do curso de Direito da Faculdade
Católica Dom Orione e também profissionais da rede de proteção e amparo à
violência doméstica, Delegacia da Mulher, Secretaria de Assistência Social, Polícia
Militar, Conselho Tutelar e Centros de Referência a Assistência Social.
As inscrições foram disponibilizadas no site da faculdade com a cobrança da
taxa de R$ 60,00 (sessenta reais), com a finalidade do pagamento das despesas de
transporte, material didático e emissão dos certificados.
O planejamento do curso foi realizado em ações primeiramente coletivas, e
depois individuais, de acordo com a linha de atuação escolhida pelo participante. As
ações da linha Mediação Familiar estão dispostas no quadro abaixo:
Ação número 1 Descrição da ação: Aula Inaugural em forma de seminário, com o tema: “Tratamentos não-adversariais em Resolução de Conflitos”. Eixo transversal dos programas de extensão. Ação número 2 Descrição da ação: Aula com o tema “Comunicação não-violenta”. Eixo transversal dos programas de extensão. Ação número 3 Descrição da ação: Aula para o grupo Mediação Familiar, com o tema: A mediação familiar e os psicodramas do conflito. Ação número 4 Descrição da ação: Aula para o grupo Mediação Familiar, com o tema: Mediação Familiar e Tratamento Eficaz dos Conflitos Familiares. Ação número 5 Descrição da ação: Teste psicológico de habilidades para Mediação. Ação número 6 Descrição da Ação: Acompanhamento de audiências familiares no CEJUSC – Centro Judiciário de Solução e Conflitos.
O projeto encontra-se em andamento na sua ação número 6. Os dados e
respostas obtidas ainda estão sendo coletadas. Para o presente trabalho foram
utilizados os registros do curso e respostas oriundas da comunicação pessoal com
os participantes.
4 RESULTADOS PARCIAIS
Já é possível perceber que o posicionamento das partes relativamente à
justiça sugere uma fraca autodeterminação, sendo que, na gestão do conflito, a
lógica ganhar-perder adquire uma maior evidência, conforme já observado por
Medina (2004). Quanto à mediação familiar, a interpretação do feed-back dos
participantes do curso sugere opiniões favoráveis dos profissionais e alunos
envolvidos, e uma tendência a adotar as técnicas de solução de conflitos adaptadas
à particularidade das situações que estes presenciam no cotidiano, o que se mostra
bem parecido com o que descreve Warat (2001).
Na Figura 1, pode-se observar que apesar dos convites enviados à diversas
entidades ligadas a área da família, o maior número de cursistas são alunos da
FACDO. Possivelmente tal resultado seja impulsionado pela falta de motivação dos
profissionais em assistir um curso aos sábados, o que evidencia a necessidade de
ações e políticas de incentivo por parte das entidades em que estão lotados, para
que estes possam realizar cursos de atualização profissional ou de aperfeiçoamento.
Por outro lado, podemos notar que há uma preocupação de um número reduzido de
profissionais quanto a melhoria no atendimento às famílias em conflito.
Figura 1 – Perfil dos participantes do curso de Mediação Familiar do Projeto Práticas Restaurativas do Grupo Restaurar da Faculdade Católica Dom Orione, Araguaína – TO.
O projeto já se mostra influente dentro do contexto local da cidade de
Araguaína, principalmente no ensino de Comunicação Não-Violenta, que também foi
difundida em eventos externos no contexto da saúde e da gestão de pessoas, onde
estudantes e participantes demonstraram-se otimistas quanto à utilização das
técnicas em seu cotidiano. Assim, espera-se que com a repercussão gerada pelo
alcance de novos públicos o Projeto Práticas Restaurativas – Mediação Familiar
tome novas dimensões e mais alianças, podendo contribuir de forma decisiva para a
redução do número conflitos familiares e processos no judiciário envolvendo
famílias.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pela repercussão do projeto, podemos observar que todas as áreas da
sociedade precisam de uma visão positiva do conflito. Se por um lado as técnicas de
mediação se mostram fáceis e compreensíveis, por outro devemos lembrar que o
conflito vai além do direito material posto em litígio.
Os resultados parciais da pesquisa tem nos mostrado que não adianta
ensinar as técnicas de mediação e propor resultados, se essas técnicas não forem
adaptadas à realidade do contexto social e local de cada estudante e profissional
envolvido no curso.
Em tempos de cultura de paz e combate a violência doméstica, o uso da
mediação na resolução dos conflitos familiares exigirá do participante muito mais do
que técnica e habilidade, mas a certeza de ter em mãos um instrumento de
transformação sociocultural.
REFERÊNCIAS
BARRAL, Welber. Metodologia da pesquisa jurídica. 3. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2007. MEDINA, E. B. de M. Meios alternativos de solução de conflitos. Porto alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2004. WARAT, Luís Alberto. O ofício do mediador. Florianópolis: Editora Habitus, 2001. 278 p.
PRÁTICAS RESTAURATIVAS: JUSTIÇA RESTAURATIVA ESCOLAR
Nefertite Cunha Amanajás1
Maicon Rodrigo (Or.) Tauchert2
RESUMO
O presente estudo trata de que forma os meios consensuais são eficazes para
resolução de conflitos nas principais escolas Estaduais e Municipais de Araguaína.
Os objetivos que visamos alcançar são: identificação dos principais conflitos
existentes; capacitação de funcionários, professores, diretores e os alunos a serem
mediadores em círculos restaurativos escolares; desenvolver a cultura da paz,
amenizando os conflitos dentro das escolas e na sociedade; produção de artigo
científico para difusão de ideias e os resultados. Para o alcance da discussão
faremos uso principalmente de artigos produzidos por projetos-piloto, como o projeto
“Justiça 21” em Porto Alegre- RS e o da CECIP (Centro de Criação de Imagem
Popular) do Rio de Janeiro, que tratam sobre a importância e de que forma
implantaram a Justiça Restaurativa Escolar na região, e, norteados por estes
projetos, faremos as adaptações para a aplicação desse tratamento não-adversarial
em resolução de conflito na cidade de Araguaína.
Palavras-chave: Justiça Restaurativa. Pacificação. Conflitos. Escola. Círculos
Restaurativos.
1 INTRODUÇÃO
Um dos pilares principais da sociedade, assim como a família, são as
escolas, pois é neste lugar que o individuo torna-se cidadão, aprende o
conhecimento técnico e o conhecimento para a vida, a como conviver em sociedade.
Deste modo, é natural que ocorram os conflitos, porém, os conflitos que vivenciam 1Acadêmica pesquisadora PROCIENT da Faculdade Católica Dom Orione; [email protected] 2 Docente Pesquisador da Faculdade Católica Dom Orione. Graduado, Especialista e Mestre em Direito; [email protected]
as escolas hodiernamente são cada vez mais violentos, com indícios de armas
brancas, armas de fogo, violência sexual, bullying, tornando o âmbito escolar, um
local de terror.
Pensando em resolver os conflitos nas escolas de forma eficaz, rompendo
com o paradigma das punições severas, e restaurar os diálogos que eram violentos,
o meio alternativo de resolução escolhido foi a Justiça Restaurativa, que através de
círculos restaurativos entre os alunos e funcionários da escola, constrói uma cultura
de paz que se difunda na sociedade.
2 DESENVOLVIMENTO
A metodologia desenvolvida se baseou na abordagem qualitativa, a qual sua
natureza é de pesquisa aplicada com uso do método dialético. A pesquisa deu-se de
forma empírica e a coleta de dados será de estudo de casos concretos. A análise
dos dados será de conteúdo e seu procedimento será pesquisa-ação.
A Justiça Restaurativa está intimamente ligada à mediação e conciliação,
desta forma, permite a restauração da situação anterior ao conflito. Como eixo
transversal de todo tratamento não-adversarial em resolução de conflito
encontramos a Comunicação Não-Violenta, muito bem definida por Rosenberg
(2006):
[...]é baseada nos princípios da não-violência – o estado natural de compaixão quando a não-violência está presente no coração. CNV começa por assumir que somos todos compassivo por natureza e que estratégias violentas – se verbais ou físicas – são aprendidas ensinadas e apoiadas pela cultura dominante. CNV também assume que todos compartilham o mesmo, necessidades humanas básicas, e que cada uma de nossas ações são uma estratégia para atender a uma ou mais dessas necessidades.
Os conflitos nas escolas são uma questão histórica, “resolvidos” com a
penalização de punições severas e afastamento do aluno agressor da escola.
Partindo deste ponto, a justiça restaurativa escolar rompe com o método de punição
severa por parte dos educadores, e possibilita que o aluno seja um agente de paz.
Os professores e funcionários devem ser bem capacitados e atuarem como
mediadores nesse processo, sem uso de métodos severos de punição, mas de
facilitação do diálogo.
Nas escolas de Araguaína, a violência escolar cresceu muito nos últimos
anos, relatando o envolvimento de armas brancas e armas de fogo nas brigas dentro
e fora da escola. A diferença de situações que são encontradas nas escolas é de
suma importância para que saibamos o tratamento não-violento que a criança e/ou
adolescente deva receber, uma vez que há vítimas de drogas (tanto como usuário
quanto distribuidor), bullying, sexual, física, psicológica, além de vários casos de
furtos e conflitos com os professores como ameaças e violências corporais. Dados
informados pelos diretores das cinco escolas envolvidas no projeto (Escola CAIC;
Escola Estadual Adolfo Bezerra de Menezes; CEM José Aluísio; CEM Castelo
Branco; Escola Estadual Vila Nova).
O projeto “Práticas Restaurativas – Justiça Restaurativa Escolar” visa a
criação de um ambiente em que professores e alunos sejam os próprios mediadores
e conciliadores, além da implementação de círculos restaurativos dentro das
escolas, a divulgação da comunicação não-violenta, criando, assim, uma cultura de
paz no âmbito escolar que se difunda na sociedade.
Os círculos restaurativos são círculos feitos com alunos e funcionários, os
quais poderão expor seus sentimentos e necessidades, para que todos encontrem,
juntos, uma solução para cada conflito. A exposição de sentimentos e necessidades
são os fundamentos básicos da comunicação não-violenta. Desta forma, o uso de
círculos restaurativos tem por objetivo, a construção de paz para desenvolver a
inteligência emocional, promover a cura e construir relacionamentos saudáveis.
Nesse contexto, o “Guia de Práticas Circulares - No Coração da Esperança”
criado pelo projeto “Justiça 21” afirma:
[...]Isso porque, quanto mais fizerem uso das práticas circulares, mais nossas instituições e comunidades poderão, progressivamente, amadurecer um autêntico modelo de democracia interna, promovendo experiências dialógicas valiosas por si sós, mas também propícias à fertilização do ambiente comunitário e à formação de um quadro de colaboradores aptos a facilitarem as práticas restaurativas, quando se tornem oportunas e necessárias.
Ou seja, fomentar práticas que visem a consciência de paz é essencial para
as mudanças nas diversas sociedades.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nas cinco escolas envolvidas no projeto “Práticas Restaurativas – Justiça
Restaurativa Escolar” que envolvem cerca de 6.000 alunos diretamente e 24.000
pessoas indiretamente, o tratamento não-adversarial em resolução de conflito
escolhido foi a Justiça Restaurativa, uma vez que possibilita a restauração do
diálogo anterior existente com a presença não somente dos envolvidos diretamente,
mas também de toda a comunidade, como no âmbito escolar, os colegas de classe,
professores, diretores, coordenadores, demais funcionários e familiares.
Existem diversos fatores que desencadeiam os conflitos nas escolas que
serão analisados nos casos concretos, mas que surgem geralmente no âmbito
familiar, o qual muitas crianças/adolescentes têm acesso aos vários tipos de
violências, e acabam transmitindo para o seio escolar tudo o que estão sofrendo
psicologicamente.
Os funcionários são capacitados em aulas especificas , como o Curso de
Extensão em Práticas Restaurativas oferecido pela Faculdade Católica Dom Orione
juntamente com o Grupo Restaurar, que conta com a presença de funcionários e
acadêmicos da FACDO, que atuarão na dimensão prática, possibilitando que os
círculos restaurativos tenham sua máxima eficácia e que difunda uma cultura de paz
nas escolas.
REFERÊNCIAS
BOYES-WATSON, Carolyn; PRANIS, Kay. No coração da esperança: guia de práticas circulares: o uso de círculos da construção da paz para desenvolver a inteligência emocional, promover a cura e construir relacionamentos saudáveis. Tradução: Fátima de Bastiani. Porto Alegre: Departamento de Artes Gráficas do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, 2011. MANGINI, Rosana Cathya Ragazzoni. Justiça restaurativa no cotidiano escolar: uma alternativa no para a solução de conflitos. 2010. 119 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade de Sorocaba, Sorocaba, São Paulo, 2010. ROSENBERG, Marshall. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Ágora, 2006.
COMPENSAÇÕES FINANCEIRAS ÀS CIDADES COM PRESÍDIOS NO INTERIOR
DE SÃO PAULO
May Neres Prado1
Sandro Dias2
1 INTRODUÇÃO
Dados do Ministério da Justiça (MJ) mostram o ritmo crescente da
população carcerária no Brasil. Entre janeiro de 1992 e junho de 2013, o número de
pessoas presas aumentou 403%. A nova população carcerária brasileira é de
711.463 presos. Os números foram apresentados em junho de 2014 pelo Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), levam em conta as 147.937 pessoas em prisão
domiciliar.
Para realizar o levantamento inédito, o CNJ consultou os juízes
responsáveis pelo monitoramento do sistema carcerário dos 26 estados e do Distrito
Federal. De acordo com os dados anteriores do CNJ, que não contabilizavam
prisões domiciliares, em maio deste ano a população carcerária era de 563.526.
Dentre os estados brasileiros, o estado de São Paulo lidera com o maior número de
apenados, totalizando uma população carcerária de 190.818 mil presos, e
apresentando uma taxa de 462,56 por cada 100 mil habitantes (considerada a
população de 41.252.160 habitantes), sendo assim, São Paulo possui 35% dos
presos de todo o país.
Ademais, os dados colhidos pelo censo carcerário, elaborado pela
Secretaria de Assuntos Penitenciários do Estado de São Paulo (SAP), revelam que
apesar das 150 penitenciárias e 171 cadeias públicas e delegacias de polícia
existentes no Estado, seria necessário construir imediatamente mais 93
penitenciárias, para “desafogar” o sistema prisional.
1 Acadêmico do 8º Período do Curso de Direito da Faculdade Católica Dom Orione. 2 Docente do Curso de Graduação de Direito da Faculdade Católica Dom Orione. Delegado de Polícia Civil do Estado do Tocantins. Mestrando em Direito pela Unimar - SP
Assim, diante desse crescimento acelerado da população carcerária, novas
unidades prisionais estão sendo construídas e fazem parte do Plano de Expansão
Penitenciário do Governo do Estado de São Paulo, o qual tem como pano de fundo
uma política penitenciária de interiorização das unidades prisionais.
Todavia, a SAP (Secretaria de Assuntos Penitenciários do Estado de São
Paulo) não divulga os critérios econômicos, as razões políticas e as estratégias
institucionais adotadas para a implantação de penitenciárias no interior paulista.
Logo, com fulcro nessa problemática, e objetivando contribuir com a reflexão
relacionada aos aspectos econômicos gerados pela implantação de presídios no
interior de São Paulo, pretende – se por meio do presente resumo expandido
abordar alguns aspectos relacionados à implantação de presídios, tendo como foco
o interior paulista. Quanto à metodologia adotada, utilizou-se o método dedutivo,
apoiando-se na pesquisa bibliográfica nacional e estrangeira, compondo um estudo
interdisciplinar.
2 IMPACTOS GERADOS POR PRESÍDIOS
No Brasil ainda não existem estudos aprofundados sob a temática impactos
econômicos e compensação financeiras as cidades com presídios. No ano de 2013,
no interior de São Paulo, ocorreram vários debates e audiências públicas a respeito
da temática: impactos gerados por presídios em pequenas comunidades do interior.
Do ponto de vista legislativo tem se o Projeto 556-2007 de São Paulo, o qual
dispõe sobre compensações às cidades a que abrigam ou venham a abrigar
unidades prisionais, levando em conta a necessidade de manutenção da qualidade
de vida dessas comunidades.
Com relação ao Projeto 556-2007 que visa compensar financeiramente as
cidades por presídios no interior de São Paulo, o mesmo prevê a obrigatoriedade da
execução, pelo Estado de ações compensadoras e de minimização dos efeitos
negativos gerados por unidades prisionais nos municípios onde são instalados, bem
como a elaboração de estudos prévios de seus impactos. Além disso, o projeto
elenca que a construção, instalação e funcionamento das unidades prisionais
dependem de licenciamento ambiental, elaboração de Estudos Prévio de Impacto
Ambiental e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) e a
transferência de recursos estaduais específicos para ampliar os serviços municipais.
Outro fato que o Estado deixa de analisar ao instalar um presídio está nos
impactos de vizinhança que são aqueles gerados pela unidade prisional na área
urbana e que afetam o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e a
realização, pelo Município, das diretrizes gerais da política urbana, estabelecidas
pela Lei Federal nº 10.2571, de 10 de julho de 2001, que regulamenta os artigos 182
e 183 da Constituição Federal, o qual estabelece diretrizes gerais de política urbana
e dá outras providências.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em vários estados da nação tem se efetivado a ideologia de compensar
financeiramente os municípios com presídios. Por exemplo, a Lei 18.030 do Estado
de Minas Gerais, conhecida como Lei Robin Hood, prevê uma distribuição mais
equânime, mais justa, da receita do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) para esses municípios.
Entretanto, na maioria dos estados brasileiros não vislumbram se projeto de
lei ou discussões a respeito da implantação de presídios em municípios do interior. A
pesquisa teve como conclusão que a construção de penitenciárias são
empreendimentos estatais que podem trazer desenvolvimento econômico nas
cidades impactadas. Por exemplo, muitos Estados Americanos aproveitaram as
construções de presídios em áreas rurais de cidades pequenas, para estimular a
econômica local por meio da geração de empregos. Ademais, o trabalho apontou
que é possível pela melhoria das estradas de acesso e o no processo de construção
dos presídios dar oportunidades para a comunidade local utilizando se da mão de
obra. Fornecimento da alimentação e vestuários dos presos pelo comércio local.
REFERÊNCIAS
DIAS, Camila Caldeiras Nunes. PCC: hegemonia nas prisões e monopólio da violência. São Paulo:Saraiva, 2013, p.137.
1Lei Federal nº 6.938/1981. Política Nacional do Meio Ambiente; Lei Federal nº 10.257/2001 – Estatuto das Cidades; Lei Federal nº 9.955/2000 – Compensações ambientais; Lei nº 9.509/1997 – Política Estadual do Meio Ambiente;
ENGBRUCH, Werner; MORAIS, Bruno. A evolução histórica do sistema prisional e a Penitenciária do Estado de São Paulo. Revista Liberdades, São Paulo, n. 11, p. 7, dez. 2012.
REINSERÇÃO SOCIAL DE EX – PRESIDIÁRIOS AO MERCADO DE TRABALHO
POR MEIO DE INICIATIVA PÚBLICA E EMPRESARIAL
Sandro Dias (Or.)1
Josiele Carvalho Dantas 2
RESUMO
Dados do Ministério da Justiça (MJ) relatam que entre janeiro de 1992 e junho de
2013, a massa carcerária brasileira aumentou 403,5%, enquanto a população
cresceu 36%. Atualmente, são aproximadamente 574 mil pessoas presasque vão
enfrentar obstáculos ao voltarem para suas comunidades, pois devido ao estigma
negativo do passado criminal, não encontram trabalho facilmente. Ademais, observa
se que a ideologia da responsabilidade social não faz parte do cotidiano da maioria
das empresas, quando a questão é dar oportunidade de trabalho para um ex-
detento. Neste contexto, procurou se através do presente estudo construir uma
analise da responsabilidade empresarial com relação à problemática social “trabalho
para ex-infratores” e as parcerias público-privada em torno da oferta de trabalho
para apenados nas construções de infraestrutura das obras relacionadas à Copa do
Mundo de 2014. Palavras-Chaves: Empresa. Ex-Presidiários. Copa do Mundo de 2014.
1 INTRODUÇÃO
O crescente aumento da população carcerária no Brasil nos últimos anos
cria um novo desafio para a sociedade contemporânea: a reintegração dos milhares
de presos que saem diariamente das prisões brasileiras e querem uma oportunidade
de emprego para recomeçar a vida.
1Graduado em Letras pela Universidade Estadual de Londrina, Graduado em Direito pela UEPG/PR,mestrando em Direito - Empreendimentos Econômicos, Desenvolvimento e Mudança Social pela UNIMAR/Marília/SP, Delegado de Polícia Civil do Estado do Tocantins, [email protected]. 2 Acadêmica do 9º Período do Curso de Direito da Faculdade Católica Dom Orione.
A classe empresarial que pode participar na solução da problemática, tem
uma grande resistência em reabsorver a mão de obra daquele que acabara de sair
da prisão, pois presidiários geralmente são definidos como pessoas más, perigosas,
que devem ser evitadas.
É fato que nem todo ex-infrator que deixa a prisão, aceita trabalhar e mudar
seu comportamento criminoso. Alguns jamais se arrependem do delito praticado.
Outros fazem do crime um estilo de vida.
Entretanto, alguns presos utilizam – se do tempo na prisão de forma
produtiva, participando de programas educacionais, profissionais e de
desenvolvimento pessoal, na expectativa de sair da prisão e arrumar um emprego
digno e sair da criminalidade3.
Focado nessa problemática nacional, o presente trabalho pretende estimular
o debate a cerca da temática: Quais são as políticas públicas que o Estado está
desenvolvendo para os egressos que saem diariamente da prisão e que
efetivamente desejam reintegrar à sociedade por meio do trabalho?
O artigo utiliza a “reintegração social” para analisar as mudanças que a
sociedade terá enfrentar na era do encarceramento em massa que passa o país.
Reintegração é um processo de deixar a prisão e voltar para a sociedade4.
Adotou-se o método dedutivo, com pesquisas bibliográficas sobre o tema, de
forma multidisciplinar.
2 A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA EMPRESA NA REINSERÇÃO DE EX-
PRESIDIÁRIOS NO MERCADO DE TRABALHO
A falta de capacidade e de credibilidade do governo na busca de soluções
para os problemas sociais que afligem a sociedade brasileira faz surgir a “cidadania
empresarial”, a qual compreende que o papel da empresa não é apenas pagar
impostos e criar empregos, mas desenvolver ações para a implementação de uma
sociedade mais justa e solidária.
3 Travis, Jeremy and Visher Christy. Prisioner reentry and crime. In America.Cambridge University Press, 2005.p.16. 4 TRAVIS, Jeremy. But they all come back: facing the challegens of prisioner reentry. 2002, p.xxi.³ARNOLDI, Paulo Roberto; RIBEIRO, Ademar. A revolução do empresariado. Revista de Direito Privado, São Paulo, v. 9, p.217.
Desse modo, a partir do envolvimento das empresas com os problemas
sociais, surge o termo “responsabilidade empresarial”, a qual corresponde a uma
recente etapa de maior conscientização do empresário no que diz respeito às
desigualdades sociais e ao seu potencial papel na resolução das mesmas,
principalmente em virtude da crescente falta de capacidade e de credibilidade do
Estado na busca da eliminação daqueles.
Importante salientar, que até recente, o empresário brasileiro entendia que o
seu papel era apenas pagar impostos e criar empregos, e que seu papel era
apenas pagar impostos e criar empregos, e que seria responsabilidade do Estado
resolver os problemas sociais5. (Complementar)
Assim, dar oportunidade de trabalho para um ex-presidiário, trata se de uma
forma da empresa contemporânea colaborar com o Estado na busca da justiça
social, ao invés de ficar esperando somente pelo poder público.
3 A CONTRATAÇÃO DE EX-PRESIDIÁRIOS PELO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL - COPA DO MUNDO DE 2014
A construção civil e a indústria são os setores que mais absorvem
trabalhadores egressos do sistema penal. A quantidade de prédios, casas e
estradas em construção no Brasil favorece o emprego de ex-detentos pela
construção civil.
Nesse sentido, devido à realização da Copa do Mundo de 2014, o governo
incentivou os empresários a contratar apenados, para trabalhar na construção de
aeroportos e estágios de futebol. Desse modo, com fulcro no projeto “Começar de Novo” do CNJ, foi
desenvolvido um programa em que as empresas vencedoras das licitações das
obras de infraestrutura e serviços são obrigadas a disponibilizar um percentual de
5% (cinco por cento) das vagas àqueles participantes do projeto que trabalharão nos
canteiros de obras das construções.
Segundo o Termo de Acordo de Cooperação Técnica n. 1, realizado entre o
CNJ e a FIFA, os presidiários que integrarem o programa receberão uma Bolsa 5 REALE JÚNIOR, Miguel. Novos rumos do sistema criminal. Rio de Janeiro: Forense, 1983, p.88.
Ressocialização, cujo valor aproximado corresponde a um salário mínimo, além de
auxílios para alimentação e transporte.
Por isso, nos editais de licitação das obras e serviços, e respectivos
contratos, a exigência estará prevista. Os editais de reforma e ampliação de estádios
já contemplam cláusula com a obrigatoriedade.
O fundamento do programa não está somente na redução da reincidência
penal, mas na erradicação da marginalização e a promoção do bem de ex-detentos,
fundamentos constitucionais da República.
Assim, enfatiza Reale Júnior: “[...] A maneira de a sociedade se defender da
reincidência é acolher o condenado, não mais como autor de um delito, mas na sua
condição inafastável de pessoa humana.”6
Portanto, é possível por meio do futebol, sensibilizar os empresários quanto
a importância de reintegrar ex-presidiários na sociedade e no mundo do trabalho.
Ademais, a eficácia do programa do CNJ é devidamente comprovada pelas 688
contratações de ex-detentos até o momento nas obras da Copa do Mundo.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
É imprescindível acreditar na viabilidade da reintegração social daqueles que
após a passagem pelo sistema prisional desejam voltar ao mercado de trabalho.
Nesse contexto, as empresas não devem somente buscar aferir lucros, dentro de um
capitalismo sem precedentes, pelo contrário, as organizações empresariais devem
participar nas soluções dos problemas sociais. A efetivação da ideologia
responsabilidade empresarial, pode ser construída pela oferta de trabalho digno ao
ex-presidiário, restabelecendo um ambiente de inclusão social.
Um resultado que está dando certo, é a parceira União e Empresa, no que
se refere à construção e reformas de estágios para a Copa do Mundo de 2014, onde
a mão de obra de ex-presidiários está sendo empregada, como requisito para a
participação nas licitações.
6REALE JÚNIOR, Miguel. Novos rumos do sistema criminal. Rio de Janeiro: Forense, 1983, p.88.
Tais parcerias público-privado é uma alternativa para aqueles que deixam os
presídios diariamente, e querem mudar de estilo de vida, mantendo a distância das
influências negativas e das oportunidades para comportamentos criminosos.
Logo, é possível aumentar as chances de recuperação e reintegração social
do preso por meio do trabalho, a partir de integração entre Estado e empresa.
REFERÊNCIAS
ARNOLDI, Paulo Roberto; RIBEIRO, Ademar. A revolução do empresariado. Revista de Direito Privado, São Paulo, v. 9, p. 217. REALE JÚNIOR, Miguel. Novos rumos do sistema criminal. Rio de Janeiro: Forense, 1983, p.88. SILVA, Roberto da (Org.). O que as empresas podem fazer pela reabilitação do preso. São Paulo: Instituto Ethos, 2001. Disponível em: <www.ethos.org.br>. Acesso em: 25 nov. 2013. TRAVIS, Jeremy and VISHER Christy.Prisioner reentry and crime in America.Cambridge University Press, 2005.p.16. ______. But they all come back: facing the challegens of prisioner reentry. 2002, p.xxi.
O EGRESSO EMPREENDEDOR: INOVAÇÃO NA REINTEGRAÇÃO SOCIAL POR
MEIO DO TRABALHO
Sandro Dias1 Danillo Nunes dos Santos2
RESUMO
Dados do Ministério da Justiça (MJ) mostram o ritmo crescente da população
carcerária no Brasil. Entre janeiro de 1992 e junho de 2013, o número de pessoas
presas aumentou 403%. A nova população carcerária brasileira é de 711.463
presos. Os números foram apresentados em junho de 2014 pelo Conselho Nacional
de Justiça (CNJ), levam em conta as 147.937 pessoas em prisão domiciliar. Para
realizar o levantamento inédito, o CNJ consultou os juízes responsáveis pelo
monitoramento do sistema carcerário dos 26 estados e do Distrito Federal. De
acordo com os dados anteriores do CNJ, que não contabilizavam prisões
domiciliares, em maio deste ano a população carcerária era de 563.526. Na medida
em que avança a população carcerária, aumenta o número de pessoas que voltam
para casa. Muitos saem a procura de emprego, buscando uma vida digna. Todavia,
fatores como o preconceito em contratar um ex-detento e a “certidão de
antecedentes criminais” dificultam o acesso ao trabalho formal. Focado nessa
problemática o presente artigo buscou pesquisar novas alternativas de reintegração
social de ex-presidiários, tendo como resultado a inclusão social do ex-preso por
meio do estimulo a formação do egresso empreendedor, isto é, estimular aqueles
ex-presidiários que querem trabalhar por meio do próprio negócio, a abrir seu próprio
empreendimento após prisão. Quanto à metodologia adotada, utilizou-se o método
dedutivo, apoiando-se na pesquisa bibliográfica nacional e estrangeira, compondo
um estudo interdisciplinar.
Palavras-chave: Empreendorismo. Ex-Presidiários. Reintegração Social 1 Graduado em Letras pela Universidade Estadual de Londrina, Graduado em Direito pela UEPG/PR, mestrando em Direito - Empreendimentos Econômicos, Desenvolvimento e Mudança Social pela UNIMAR/Marília/SP, Delegado de Polícia Civil do Estado do Tocantins, [email protected]. 2 Professor de Inglês do Colégio Santa Cruz, Acadêmico do 7º Período de Direito da Faculdade Católica Dom Orione – Araguaína, [email protected].
1 INTRODUÇÃO
É fato que nem todo ex-infrator que deixa a prisão, aceita trabalhar e mudar
seu comportamento criminoso. Alguns jamais se arrependem do delito praticado.
Outros fazem do crime um estilo de vida.
Entretanto, alguns presos utilizam-se do tempo na prisão de forma produtiva,
participando de programas educacionais, profissionais e de desenvolvimento
pessoal, na expectativa de sair da prisão e arrumar um emprego digno e sair da
criminalidade.
Todavia, a omissão estatal frente às obrigações estipuladas pela Lei de
Execuções Penais de oferecer condições para que o preso se reintegre no mercado
de trabalho e a resistência das empresas em contratar um ex-preso, dificulta a
ressocialização daqueles que querem uma oportunidade de emprego.
Assim, faz necessário buscar um novo viés para a reintegração social. A
nossa realidade de “encarceramento em massa” é preocupante e demonstra que é
preciso tentar inovações com relação aos tradicionais métodos de reintegração
social.
O dinheiro investido para custear o sistema prisional não contribui na
ressocialização dos presos. As penitenciárias são verdadeiros depósitos de
marginalizados, que quando em liberdade, voltam para os mesmos becos, favelas e
sem perspectiva de trabalho, adotam novamente um estilo de vida criminoso,
dobrando o trabalho da sociedade na reabilitação.
Devido essa problemática, o presente artigo buscou estabelecer novas
estratégias direcionadas para o debate em torno da reintegração social por meio do
empreendorismo, tendo como empreendedor ex-presidiários. Uma das propostas está no termo “egressos empreendedores”, apoio por
parte da sociedade e Poder Público para aqueles presos que querem uma
oportunidade de abrir o próprio negócio.
2 DESENVOLVIMENTO
Nos últimos anos surgiram várias propostas relacionadas a reintegração
social do ex-presidiário pelo trabalho. Todavia, na prática observou se que a
sociedade em geral tem grande resistência em reabsorver a mão de obra de um ex-
apenado, pois estes são vistos como pessoas não confiáveis.
Como consequência dessa aversão. Surge o desemprego. A ausência de
trabalho não faz com que as pessoas necessariamente voltem para o mundo do
crime, mas quando um ex-detento não encontra maneiras de se alimentar e
sustentar sua família, a probabilidade de reincidir e voltar para a vida criminosa é
muito grande.
A aversão aos egressos não se restringe somente ao Brasil sendo que a
resistência também é comum em outros países. Pesquisas indicam que nos Estados
Unidos a maioria dos empregadores não tem nenhuma intenção de contratar
pessoas com passado criminal. O mesmo ocorre na Inglaterra, entre outros países.
(PASTORE, 2011).
Para vencer tais barreiras sociais tem se no Brasil alguns projetos isolados
de incentivos a contratação de egressos do sistema prisional, por exemplo, o projeto
“Começar de Novo” do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, o qual busca parcerias
entre governo e empresas na busca da reinserção social do apenado².
Mas faz se mister buscar novas alternativas de reintegração social no
mercado de trabalho, principalmente por meio da microempresa individual.
Ademais, a microempresa é um campo econômico em desenvolvimento no
país, haja vista, as políticas públicas de incentivos e desburocratização da abertura
de novas microempresas, que tem demonstrado como uma oportunidade para
aqueles que querem montar seu próprio negócio.
Some se a isso que a maioria dos ex-presidiários têm como características
ausência de escolaridade e habilidades profissionais necessárias para competir no
mercado de trabalho.
Ademais, a sociedade tem uma grande resistência em reabsorver a mão de
obra daquele que acabara de sair da prisão, pois presidiários geralmente são
definidos como pessoas más, perigosas, que devem ser evitadas.
Assim, o presente trabalho fundamenta se na necessidade de discutir novas
estratégias para a inclusão de ex-presidiarios no mercado de trabalho. O grande
número de ex-presos que voltam para casa aumenta a cada ano, por isso, a busca
por novas alternativas.
Ademais, constitucionalmente e legalmente ex-presidiários são merecedores
da atenção do Poder Publico e da sociedade, notadamente quando buscam serem
reinseridos no convívio social, por meio do trabalho, o qual vai proporcionar meios
de sobreviver, deixando a vida pretérita de crimes e desacertos.
Assim, oferecer um apoio para abertura e acompanhamento de
microempresas, isto é pequeno negócio, poderia representar o sucesso da
efetivação de direitos e a reintegração social de muitos ex-apenados que
apresentam o “sonho” de ter seu próprio pequeno empreendimento.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentre os motivos que contribuem para o aumento da população carcerária,
está na falta de interesse por parte do Estado em investir em efetivos programas de
reintegração social, no objetivo de reduzir a reincidência e a criminalidade. A
reintegração social bem sucedida reduz a tendência ao comportamento criminoso.
E segundo Jeremy Travis, pesquisadores e formuladores de políticas
entraram num consenso que os programas de reintegração podem realmente reduzir
o comportamento futuro.
Ao propor ao egresso o trabalho por meio do seu próprio empreendimento, o
Estado estará dando condições para que o ex-preso gere renda, o que facilitaria sua
reinserção sócio-econômica. No entanto, não basta somente abrir micro-empresas
para ex-presos, é preciso criar condições para que seu empreendimento mantenha-
se no mercado.
É imprescindível acreditar na viabilidade da reintegração social daqueles que
após a passagem pelo sistema prisional deseja criar seu próprio negócio.
REFERÊNCIAS
CERQUEIRA, Daniel R. C. et al. Análise dos custos e consequências da violência no Brasil: texto para Discussão, n. 1284. Brasília: IPEA, 2003 SISTEMA INTEGRADO DE INFORMAÇÕES PENITENCIÁRIAS DO DEPARTAMENTO NACIONAL PENITENCIÁRIO. Dados de 2014. Brasília: Ministério da Justiça, 2014. TRAVIS, Jeremy; VISHER, Christy. Prisioner reentry and crime In: America. Cambrige University Press. 2011.
RESUMOS - APRESENTAÇÃO EM FORMA DE COMUNICAÇÃO ORAL
UMA ANÁLISE DO CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS DA POLÍCIA MILITAR DO TOCANTINS (TURMA ARAGUAÍNA 2014): COMO FICAM OS
DIREITOS HUMANOS DOS POLICIAIS NA SUA FORMAÇÃO?1
Renata Isabel Gomes Leite2
Wilson Oliveira Cabral Júnior3
RESUMO
Este resumo trata-se de uma pesquisa científicarealizada no curso de formação dos
soldados da Polícia Militar (PM) do estado do Tocantins (Turma Araguaína-TO
2014), que aconteceu no período de fevereiro a julho de 2014. A pesquisa teve
como propósito analisar a matriz curricular, os métodos, instruções do curso
supracitado, com o objetivo de discutir se os direitos humanos são respeitados e se
a há conhecimentos necessários à formação de um policial ético e humano que
consiga eficazmente proteger os cidadãos. Para tal o curso foi acompanhado in loco,
foram realizadas entrevistas e aplicado questionários aos alunos e instrutores.
Assim, tendo como base os dados coletados, observa-se que o Estado precisa
concomitantemente fornecer mais viaturas, armamentos, um salário proporcional, e
uma formação policial cidadã, humana e científica de forma permanente. Além de
melhorar o processo de seleção e punição dos policiais envolvidos em qualquer
violação à lei.
Palavras-chave: Polícia. Formação. Segurança.
1Artigo originário do Trabalho de Conclusão de Curso, no Curso de Direito da Faculdade Católica Dom Orione. 2Graduanda em Direito pela Faculdade Católica Dom Orione. 3Graduado em Comunicação Social – Jornalismo pela UFRN, bacharel em Direito pela UERN, especialista em Segurança Pública e Direitos Humanos pela UERN/Senasp, e especialista em Segurança Pública pela UFT/Senasp.
CYBERBULLYING - UM DIAGNÓSTICO SOBRE AS MUDANÇAS SOCIAIS TRAZIDAS PELO AVANÇO DA TECNOLOGIA
Aurélia Matos Brito 1
RESUMO
Viver em sociedade é participar ativa ou passivamente de uma gama de
acontecimentos, a violência em todas as formas é um dos maiores companheiros
sociais atualmente, em especial o cyberbullying que é a pratica de ações que visam
denegrir, diminuir e ofender pessoas através de meios tecnológicos. O objetivo do
trabalho é demonstrar o avanço do cyberbullying e o quanto o mesmo é um risco
social, a fim de conscientizar sobre a importância de se tratar do tema e exigir
políticas repressoras. Será utilizada a metodologia de revisão bibliográfica para que
de forma profunda se analise vários conceitos e visões.
Palavras-chave: Violência. Cyberbulliyng. Tecnologia. Reprimir.
1 Graduanda em Direito na Faculdade Católica Dom Orione. E-mail: [email protected]
LIGA UNIVERSITÁRIA DE SOLIDARIEDADE – LUS
Geraldo Alves Lima (Or.)
Ana Beatriz Alves de Sousa
Bruna Louise Barroso Costa
Paula Fernanda Garcia Martins
Henrique Jhonata Morais Berlanda
Tatielly Rodrigues Da Silva
Victoria Sousa Leonardo Pereira
RESUMO
A Liga Universitária de Solidariedade (LUS) é um projeto idealizado pelo professor
Geraldo Alves Lima e apresentado pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão (NUPEX)
da Faculdade Católica Dom Orione. Foi criado com o propósito de incentivar os
acadêmicos da Faculdade a realizar ações de solidariedade e responsabilidade
social com o intuito de formar cidadãos ativos e conscientes. O projeto é dividido em
três etapas: cadastrar, visitar e arrecadar fundos. O cadastramento de instituições
filantrópicas é a primeira etapa, a segunda consiste em visitá-las e a terceira em
arrecadar insumos que auxiliam nas entidades. O processo é feito pelos acadêmicos
sob supervisão do referido professor. Em quase um ano de LUS o projeto possui
atualmente mais de quarenta alunos que participam ativamente das ações que
beneficiam mais de quatro instituições que apoiam crianças, adolescentes e idosos.
Nesse sentido, visamos com este trabalho demonstrar os benefícios do projeto para
a comunidade acadêmica. De modo geral, o projeto descrito tem estimulado o lado
cidadão e humanitário dos alunos, que se mostram mais conscientes acerca do
entorno social.
Palavras-chave: LUS. Solidariedade. FACDO. Humanitarismo.
A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA AOS CRIMINOSOS REINCIDENTES A LUZ DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Sandro Dias (Or.)
Lívia Cardoso Rosa
RESUMO
O artigo em tela tem como meta principal, constatar jurisprudências vigentes
relacionadas ao Princípio da Insignificância. Ademais, é necessário devanear
a da incidência do crime de bagatela aos criminosos reincidentes, presos
diariamente por furto de bens de ínfimo valor a vítima e a
sociedade. Outrossim, deve-se analisar as condições pessoais do criminoso para
reconhecimento de tal princípio. De mais a mais, reconhecer que condutas
de criminosos reincidentes não possuem relevância penal, aplicando o princípio da
insignificância, seria o mesmo que fixar nos indivíduos a concepção de abono a
prática de crimes e desvio de condutas, abrindo precedente e incentivando a prática
de pequenos delitos. Diante desta problemática e utilizando a pesquisa bibliográfica
chegamos a conclusão que para a aplicação do Princípio da Insignificância, a
jurisprudência, vem, cada vez mais, trabalhando com critérios subjetivos, havendo
que se analisar o fato do criminoso ser reincidente.
Palavras-chave: Princípio. Insignificância. Reincidência
PORNOGRAFIA DA REVANCHE: NOVAS PERSPECTIVAS DE CRIMES
VIRTUAIS CONTRA HONRA
Sandro Dias (Or.)¹
Rafael Araújo Silva²
RESUMO
Ultimamente a internet se tornou uma das ferramentas mais essenciais na vida de
toda a população mundial, utilizada para incontáveis atividades, empresas, bancos,
o Estado, estudos, ramos profissionais e principalmente na vida pessoal de uma
abrangente parte de indivíduos, que geralmente usam a rede para se comunicar e
conhecer novas pessoas, e até mesmo manter contato com a família e amigos,
porém, a internet trouxe consigo alguns malefícios, como a exposição da intimidade
de algumas pessoas. Ou seja, com a socialização das pessoas em meio virtual,
como relacionamentos abertos, namoros e até mesmo de pessoas casadas, surgiu o
compartilhamento de imagens e vídeos íntimos, que embasados no principio da boa
fé e confiança, são trocadas entre si na maioria das vezes para provar seu
sentimento, como presentes em datas especiais pelo casal e até mesmo pelo
prazer. No entanto, pelo fato do término do relacionamento, e, em muitos casos, por
uma das partes não aceitar de modo algum o fim, um dos envolvidos na relação
posta na rede, sem autorização, o material intimo em sua posse, com o intuito de
humilhar e se vingar da (o) ex-parceira (o). Que devido à circulação das fotos acaba
sendo difamada (o) e injuriada (o) pela maioria da população, e, consequentemente,
a parte exposta, cai em depressão e até pior, cometendo suicídio. Nesse sentido,
desejamos analisar as possibilidades de criminalizar tais práticas com a possível
aprovação da lei 6630/2013. A presente pesquisa utilizará o método bibliográfico e
documental. De modo geral, a situação descrita se espalha de forma surpreendente
na internet, principalmente com aliados como facebook e whatsapp. Por um bom
tempo a lei não irá conseguir competir com a internet, que é mais ampla e poderosa,
porém nossos legisladores estão formulando leis especificas para esses tipos de
crime, fortificando assim a punibilidade para crimes virtuais e forçando o Estado a
intervir e punir de forma adequada o infrator.
Palavras-chave: Crimes de internet. Direito. Dignidade da pessoa humana.
BULLYING: AUSENTE NA NORMA, PRESENTE NA VIDA
Patrícia Silva 1 Uallace Carlos Leal Santos 2
RESUMO
O corrente estudo indaga as consequências que podem ser ocasionadas através da
prática do bullying, e a necessidade deste ser tipificado e impelido no Ordenamento
Jurídico. Inicialmente é explanado o conceito deste fenômeno, bem como os
elementos necessários para a compreensão do mesmo. Prosseguindo com
observações jurídicas cíveis e penais, demonstrado os danos e a lacuna existente
no Direito que causa a impunidade aos praticantes deste fato, ainda demonstrando
formas que o Estado precisa se manifestar para oprimir a prática de bullying. Como
fundamentação foi utilizado a Magna Legislação brasileira, bem como a mais
contemporânea doutrina, jurisprudência e exemplos de fatos já ocorridos. Por fim,
trata-seda demonstração ampla deste fenômeno social, dos seus danos, a
necessidade de ser adotado uma norma que o coíba com a procura da proteção
assídua dos direitos humanos e a prevenção de maiores delitos.
Palavras-chave: Bullying. Ordenamento Jurídico. Direitos Humanos. Direito.
Legislação.
1 Professora da Faculdade Católica Dom Orione. E-mail: 2Estudante do Curso de Direito da Faculdade Católica Dom Orione – FACDO. E-mail:[email protected]
APLICAÇÃO DO MODELO DE NEGÓCIOS PELO MÉTODO CANVAS, NO SEGMENTO DA BELEZA E BEM- ESTAR, EM PEQUENOS EMPREENDIMENTOS
NO MUNICÍPIO DE ARAGUAÍNA
Cyro Gurgel (Or.)1 Diogo Dias2
RESUMO
A ferramenta Canvas é um modelo de negócio que possibilita ao empreendedor a
visualização de uma lógica inovadora dentro da organização ou da ideia do negócio.
Essa ferramenta mensura a efetividade de forma ampla e consistente e define o
valor agregado que ela propõe aos seus clientes. O objetivo é aplicar a ferramenta
para os stakeholders e assim, conhecer a real necessidade de inovação da
empresa. Para aplicar a ferramenta, o método utilizado é a visualização do todo em
uma cartilha específica do Canvas, preenchendo nove blocos que irão auxiliar nas
tomadas de decisões e verificar a gestão em todos os departamentos da
organização. Os resultados da aplicação é ter uma visão sistêmica, inovadora e
significante. A conclusão é uma análise geral, precisa, para que o empreendimento
possa garantir as práticas de gestão e bem-estar dos clientes.
Palavras-chave: Canvas. Inovação. Bem-estar.
1 Consultor do SEBRAE e Professor da Faculdade Católica Dom Orione 2 Acadêmico do Curso de Administração da Faculdade Católica Dom Orione
O PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
Vinnicius Ricelli Martins Medeiros1
Edison Fernando Pompermayer2
RESUMO
O processo judicial é um instrumento de acesso à justiça, sendo certo que ao
jurisdicionado não basta que se lhe assegure a prerrogativa de demandar e de
pleitear a tutela jurisdicional, mas que lhe assegure uma tutela judicial célere. Com a
digitalização do processo somente foi normatizada em nosso sistema com a
publicação da Lei nº 11.419/2006, objetiva-se neste trabalho analisar a Lei citada,
que implementou a informatização Judicial, bem como avaliar, descrever e explicar o
E-PROC sistema de processo eletrônico do judiciário tocantinense na perspectiva de
sua aplicabilidade e no âmbito da celeridade processual. Para tanto, realizar-se-á
um estudo teórico doutrinário e documental acerca da digitalização do processo. De
modo geral, o processo eletrônico além de ser um método inovador e revolucionário
para a prestação jurisdicional e ao acesso à justiça, tem a finalidade de assegurar o
princípio da celeridade processual e da razoável duração do processo. Palavras-chave: Processo eletrônico. Informatização Judicial. E-PROC. Celeridade.
1Acadêmico do curso de Direito da Faculdade Católica Dom Orione. E-mail: [email protected] 2 Docente da Faculdade Católica Dom Orione. E-mail: [email protected]
PORNOGRAFIA DA REVANCHE: NOVAS PERSPECTIVAS DE CRIMES VIRTUAIS CONTRA HONRA
Sandro Dias (Or.)1
Rafael Araújo Silva2
RESUMO
Ultimamente a internet se tornou uma das ferramentas mais essenciais na vida de
toda a população mundial, utilizada para incontáveis atividades, empresas, bancos,
o Estado, estudos, ramos profissionais e principalmente na vida pessoal de uma
abrangente parte de indivíduos, que geralmente usam a rede para se comunicar e
conhecer novas pessoas, e até mesmo manter contato com a família e amigos,
porém, a internet trouxe consigo alguns malefícios, como a exposição da intimidade
de algumas pessoas. Ou seja, com a socialização das pessoas em meio virtual,
como relacionamentos abertos, namoros e até mesmo de pessoas casadas, surgiu o
compartilhamento de imagens e vídeos íntimos, que embasados no principio da boa
fé e confiança, são trocadas entre si na maioria das vezes para provar seu
sentimento, como presentes em datas especiais pelo casal e até mesmo pelo
prazer. No entanto, pelo fato do término do relacionamento, e, em muitos casos, por
uma das partes não aceitar de modo algum o fim, um dos envolvidos na relação
posta na rede, sem autorização, o material intimo em sua posse, com o intuito de
humilhar e se vingar da (o) ex-parceira (o). Que devido à circulação das fotos acaba
sendo difamada (o) e injuriada (o) pela maioria da população, e, consequentemente,
a parte exposta, cai em depressão e até pior, cometendo suicídio. Nesse sentido,
desejamos analisar as possibilidades de criminalizar tais práticas com a possível
aprovação da lei 6630/2013. A presente pesquisa utilizará o método bibliográfico e
documental. De modo geral, a situação descrita se espalha de forma surpreendente
na internet, principalmente com aliados como facebook e whatsapp. Por um bom 1 Graduado em Letras pela Universidade Estadual de Londrina, Graduado em Direito pela UEPG/PR,mestrando em Direito - Empreendimentos Econômicos, Desenvolvimento e Mudança Social pela UNIMAR/Marília/SP, Delegado de Polícia Civil do Estado do Tocantins, [email protected]. 2 Acadêmico do Curso de Direito da Faculdade Católica Dom Orione
tempo a lei não irá conseguir competir com a internet, que é mais ampla e poderosa,
porém nossos legisladores estão formulando leis especificas para esses tipos de
crime, fortificando assim a punibilidade para crimes virtuais e forçando o Estado a
intervir e punir de forma adequada o infrator.
Palavras-chave: Crimes de internet. Direito. Dignidade da pessoa humana.
CONTEXTUALIZAÇÃO CULTURAL DE FILMES NA FORMAÇÃO ACADÊMICA
DO DISCENTE
Geraldo Alves Lima (Or.)1
Thiago Pinheiro2
RESUMO
Acreditamos que o ensino com o uso de filmes ajuda no desenvolvimento e
desempenho dos acadêmicos. Nesse sentido, essa prática de aprendizagem no
ensino superior tem encontrado terreno fértil, devido à receptividade dos discentes,
especificamente, na Faculdade Católica Dom Orione através do Projeto CINE –
FACDO, que busca reconhecer a validade institucional do ensino por meio de outras
mídias como forma de aprimorar o conhecimento e elevar o nível cultural e
intelectual do acadêmico. Tendo em vista estas afirmativas, visamos analisar de
modo empírico as apropriações de saberes construídos pelos discentes por meio
desse projeto. Para tanto, faremos uso da metodologia bibliográfica e documental,
pois observaremos o andamento e desempenho dos alunos por meio de registros
acerca do andamento do referido projeto. De modo geral, acreditamos que essa
prática de utilizar outras formas de ensinar, que não a convencional – professor na
sala de aula – contribui com o crescimento do discente e propicia o desenvolvimento
crítico do aluno.
Palavras-chave: CINE-FACDO. Cultura. Ensino.
1 Mestre em filosofia. Professor e pesquisador na Faculdade Católica Dom Orione (FACDO). Email: [email protected] 2 Acadêmico da Faculdade Católica Dom Orione (FACDO).
REMISSÃO DE PENA PELA LEITURA: UMA NOVA PESPECTIVA PARA AS
MULHERES RECLUSAS DA CADEIA PÚBLICA DE BABAÇULANDIA-TO
Sandro Dias (Or.)1
Rosevane Alves 2
Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), a população carcerária
feminina aumentou 256% nos últimos doze anos. Atualmente, as mulheres
representam cerca de 7% da população carcerária brasileira, o que corresponde
aproximadamente 36 mil presas. A cadeia Pública de Babaçulândia no norte do
Estado do Tocantins tem aproximadamente 36 presas, sendo que a maioria delas
tem como característica educacional o analfabetismo, e não existe na cadeia
qualquer programa direcionado para leitura ou educação daquelas que desejam uma
segunda chance. Focado nessa problemática o presente trabalho tem como objetivo
identificar a dificuldade educacional de cada reeducanda e dialogar na possibilidade
da remição pela leitura, ainda é importante no intuito de aumentar suas chances de
ressociabilazação ao adquirir sua liberdade, bem como maiores oportunidades
profissionais no mercado de trabalho. Conforme estabelece o artigo 126 da Lei nº
7.210, de 11 de julho de 1984, alterado pela Lei 12.433/2011, de 29 de junho de
2011. Quanto à metodologia de estudo adotada, utilizou – se o método dedutivo e
empírico, apoiando se na pesquisa bibliográfica de obras nacionais e estrangeiras.
1Graduado em Letras pela Universidade Estadual de Londrina, Graduado em Direito pela UEPG/PR,mestrando em Direito - Empreendimentos Econômicos, Desenvolvimento e Mudança Social pela UNIMAR/Marília/SP, Delegado de Polícia Civil do Estado do Tocantins, [email protected]. 2 Acadêmica de direito da Faculdade Católica Dom Orione. Email: [email protected]
A DISCIPLINA DE DIREITOS HUMANOS NO CURSO DE FORMAÇÃO DAS
ACADEMIAS DE POLICIA CIVIL DOS ESTADOS DO TOCANTINS E RIO DE JANEIRO: ESTUDO COMPARATIVO
Luis Fernando Azevedo Leite¹
Wilson Oliveira Cabral Junior (Or.)²
RESUMO
Este estudo analisa a Disciplina de Direitos Humanos no Curso de Formação dos
Policiais Civis dos Estados do Tocantins e Rio de Janeiro. O objetivo é compreender
a importância da Disciplina de Direitos Humanos no Curso de Formação dos
Policiais Civis e analisar como a mencionada disciplina é ministrada, em relação à
carga horária e métodos de ensino, nas respectivas Academias de Policia dos
Estados comparados. O estudo foi desenvolvido com base em pesquisa Bibliográfica
e Exploratória, fundamentalmente, na documentação relativa aos currículos dos
Cursos de Formação. Notou-se que na Academia de Polícia Civil do Tocantins a
carga horária é superior no ensino da disciplina referida, em relação à do Rio de
Janeiro, porém, no que se refere às aulas práticas esta se sobressai. Foi possível
perceber que a disciplina em foco ainda não recebe o tratamento adequado e
necessário que merece, não obstante sua importância.
Palavras-chave: Polícia. Formação. Direitos humanos.
A DEFINIÇÃO DE CASA-LAR E FAMÍLIA ACOLHEDORA: COMO AS CRIANÇAS
E ADOLESCENTES INGRESSAM NESSAS INSTITUIÇÕES E AS DIFICULDADES A SEREM ENFRENTADAS NAS CASAS-LAR E FAMÍLIA ACOLHEDORA
Geraldo Alves Lima (Or.)1
Siro Fogaça 2
RESUMO
O presente trabalho consiste na tentativa de definição do conceito de Casa-lar e
Família Acolhedora. Analisaremos as razões que levam crianças e adolescentes
para essas instituições; os desafios encontrados nessas formas de abrigo
inconstitucional pelos menores de idades, pelos profissionais da justiça, pelos
trabalhadores da casa-lar e as famílias acolhedoras e ainda como se dá o
envolvimento dos familiares e voluntários que se dispõe a ajudar no trato com esses
menores. A metodologia utilizada é a bibliográfica e a pesquisa de campo, sendo
esta última organizada através de observações e entrevistas aos sujeitos supra
mencionados. A fundamentação teórica se baseará no Estatuto da Criança e
Adolescente (ECA), as orientações e observações proferidas pelo Conselho
Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA entre outros. A
conclusão ainda não é possível, pois o trabalho está em andamento.
Palavras-chave: Família-acolhedora. Casa-lar. Crianças e Adolescentes.
1 Mestre em filosofia. Professor e pesquisador na Faculdade Católica Dom Orione (FACDO). Email: [email protected] 2 Acadêmico da Faculdade Católica Dom Orione (FACDO).Email: [email protected]
CONTEXTUALIZAÇÃO CULTURAL DE FILMES NA FORMAÇÃO ACADÊMICA
DO DISCENTE
Geraldo Alves Lima (Or.)1
Thiago Pinheiro2
RESUMO
Acreditamos que o ensino com o uso de filmes ajuda no desenvolvimento e
desempenho dos acadêmicos. Nesse sentido, essa prática de aprendizagem no
ensino superior tem encontrado terreno fértil, devido à receptividade dos discentes,
especificamente, na Faculdade Católica Dom Orione através do Projeto CINE –
FACDO, que busca reconhecer a validade institucional do ensino por meio de outras
mídias como forma de aprimorar o conhecimento e elevar o nível cultural e
intelectual do acadêmico. Tendo em vista estas afirmativas, visamos analisar de
modo empírico as apropriações de saberes construídos pelos discentes por meio
desse projeto. Para tanto, faremos uso da metodologia bibliográfica e documental,
pois observaremos o andamento e desempenho dos alunos por meio de registros
acerca do andamento do referido projeto. De modo geral, acreditamos que essa
prática de utilizar outras formas de ensinar, que não a convencional – professor na
sala de aula – contribui com o crescimento do discente e propicia o desenvolvimento
crítico do aluno.
Palavras-chave: CINE-FACDO. Cultura. Ensino. 1 Mestre em filosofia. Professor e pesquisador na Faculdade Católica Dom Orione (FACDO). Email: [email protected] 2 Acadêmico da Faculdade Católica Dom Orione (FACDO).
REFLEXÕES SOBRE CULTURA E MEMÓRIA DO ENSINO SUPERIOR EM
ARAGUAÍNA
Geraldo Alves Lima (Or.)1;
Glenda Carvalho de Sousa 2;
Laisa Lopes3;
Karimy Emmily4.
RESUMO
O presente trabalho desenvolve sua problemática em torno da cultura e memória do
ensino superior em Araguaína, uma vez que esta tem recebido ao longo do tempo o
titulo de “pólo universitário”, cabe verificar a veracidade desta especulação. Este
estudo tem por objetivo a construção de um Fórum permanente de debate sobre o
ensino superior. Para alcançar à constatação final a pesquisa usará os métodos
dedutivos, indutivos, comparativo, e analise de documentos. Têm como base teórica
as autoras Ecléa Bosi, Agnes Heller, Marilena Chaui entre outros que discutem
acerca dos conceitos de memória, cultura e sociedade. Ao analisar o ensino superior
de Araguaína foi possível visualizar que a cidade não tem estrutura de pólo
universitário se comparada com outras cidades como Montes claros e Campinas.
Palavras-chave: Pólo Universitário. Ensino Superior. Cultura. Memória
1Professor mestre vinculado a Faculdade Católica Dom Orione (FACDO) leciona nos cursos de Administração e Direito e é pesquisador no Núcleo de Pesquisa e Extensão (NUPEX). 2Acadêmica de Direito na Faculdade Católica Dom Orione (FACDO) e pesquisadora PROCIENT. 3Acadêmica de Direito na Faculdade Católica Dom Orione (FACDO) e pesquisadora PROCIENT. 4Acadêmica de Direito na Faculdade Católica Dom Orione (FACDO) e pesquisadora PROCIENT.
REMISSÃO DE PENA PELA LEITURA: UMA NOVA PESPECTIVA PARA AS
MULHERES RECLUSAS DA CADEIA PÚBLICA DE BABAÇULANDIA-TO
Sandro Dias (Or.)1
Rosevane Alves2
RESUMO
Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), a população carcerária
feminina aumentou 256% nos últimos doze anos. Atualmente, as mulheres
representam cerca de 7% da população carcerária brasileira, o que corresponde
aproximadamente 36 mil presas. A cadeia Pública de Babaçulândia no norte do
Estado do Tocantins tem aproximadamente 36 presas, sendo que a maioria delas
tem como característica educacional o analfabetismo, e não existe na cadeia
qualquer programa direcionado para leitura ou educação daquelas que desejam uma
segunda chance. Focado nessa problemática o presente trabalho tem como objetivo
identificar a dificuldade educacional de cada reeducanda e dialogar na possibilidade
da remição pela leitura, ainda é importante no intuito de aumentar suas chances de
ressociabilazação ao adquirir sua liberdade, bem como maiores oportunidades
profissionais no mercado de trabalho. Conforme estabelece o artigo 126 da Lei nº
7.210, de 11 de julho de 1984, alterado pela Lei 12.433/2011, de 29 de junho de
2011. Quanto à metodologia de estudo adotada, utilizou – se o método dedutivo e
empírico, apoiando se na pesquisa bibliográfica de obras nacionais e estrangeiras.
Palavras-chave: Remissão de Pena. Ressocialização. Liberdade.
1 Delegado de polícia civil do estado do Tocantins. Especialista em ciências criminais. Mestrando em direito pela UNIMAR – SP. Professor de criminologia da Faculdade Dom Orione de Araguaína – to. 2 Acadêmica de direito da Faculdade Católica Dom Orione.
IMPACTOS ECONÔMICOS NAS CIDADES SEDE DE PRESÍDIOS NO INTERIOR
DE SÃO PAULO
Sandro Dias (Or.)1
May Neres Prado 2
RESUMO
Dentre os estados brasileiros, o Estado de São Paulo se destaca pelo quantum de
sua população carcerária, hoje, lidera com o maior número de apenados, chegando
aos incríveis 35% dos presos de todo o país. Tendo assim uma grande batalhar para
suportar o déficit, os dados colhidos pelo censo "carcerário" elaborado pela
Secretaria de Assuntos Penitenciários do Estado de São Paulo, revelaram que
apesar das 150 penitenciarias e 171 cadeias publicas e delegacias de policia
existentes no estado, seria necessário construir imediatamente mais 93
penitenciarias para "desafogar" o sistema prisional. A metodologia adota será a
bibliográfica. Assim, com fulcro nessa problemática, observa-se as razões políticas e
as estratégias institucionais adotadas para a implantação dos presídios e os estudos
relacionados com os impactos econômicos decorrentes das novas unidades
funcionais em áreas rurais de municípios interioranos de São Paulo.
Palavras-chaves: Presos. Penitenciarias. Impacto econômico. Municípios
Interioranos.
1Docente do Curso de Graduação de Direito da Faculdade Católica Dom Orione. Delegado de Polícia Civil do Estado do Tocantins. Mestrando em Direito pela Unimar - SP. E-mail: [email protected] 2Acadêmico do 8º Período do Curso de Direito da Faculdade Católica Dom Orione. E-mail: [email protected]
DEPOIMENTO COM REDUÇÃO DE DANOS: UMA FORMA DE MINIMIZAR A
REVITIMIZAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL EM ARAGUAÍNA
Karla Beatriz Hortolani Rodrigues 1.
José Roberto Carneiro Alves 2.
RESUMO
Este trabalho expõe de forma conceitual o projeto depoimento com redução de
danos. Com o objetivo de analisar a temática, realizou-se um estudo teórico com
revisão bibliográfica e entrevistas informais com alguns atores da persecução
penal.Foram abordados conceitos importantes eo histórico do assunto. Visa também
demonstrar que é possível proteger psicologicamente crianças e adolescentes
vitimizadas sexualmente, evitando a repetição desnecessária de oitivas e a
vitimização secundária. Para maior compreensão do tema, demonstrou-seo atual
modo como são inquiridas as crianças e adolescentes, atentando-se para a
necessidade da presença de uma equipe multidisciplinar nas delegacias, nas
promotorias e juizados da infância e juventude. Traz posicionamentos defendidos
por alguns autores cujos estudos contribuem para uma compreensão mais ampla e
aprofundada dos diferentes níveis e processos em que a revitimização ocorre, os
entraves à implantação do projeto e as consequências deste para os princípios do
contraditório e ampla defesa. Fez-se um comentário sucinto sobre o depoimento
sem dano em Araguaína. Conclui-se que aqui, ainda não há, efetivamente, uma
preocupação com a política criminal de redução de danos em favor das acrianças e
adolescentes vítimas de violência sexual. Portanto, o depoimento com redução de
danos mostra-se como uma alternativa ao ultrapassado modelo vigente de inquirir
crianças e adolescentes violentados sexualmente.
1 Graduada em Direito pela Faculdade de Direito de Presidente Prudente. Especialista em Direito Civil. Professora da Faculdade Católica Dom Orione. 2 Bel. em Administração de Empresas. Bel. em Segurança Pública. Especialista em Direitos Humanos pela UNITINS. Estudante universitário, cursando o 10º período do Curso de Direito pela Faculdade Católica Dom Orione. E-mail: [email protected].
Palavras-chave: Depoimento sem Dano. Criança. Adolescente. Violência.
Revitimização.
RELAÇÕES DE SENTIDO ESTABELECIDAS PELO USO DOS CONECTIVOS NO
GÊNERO PETIÇÃO INICIAL
Ludimila Rodrigues Brito Araújo1
Nilsandra Martins de Castro2
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo pesquisar quais as maiores dificuldades dos
acadêmicos da Faculdade Católica Dom Orione – FACDO, em fazer petição inicial,
trazendo a reflexão crítica a respeito dos efeitos de sentidos estabelecidos pelos
conectivos no gênero em questão. A abordagem do tema surgiu pela necessidade
de apreciação quanto à organização e significados instituídos por meio dos
conectivos para a compreensão do texto jurídico, especialmente a petição inicial.
Observamos nitidamente que na maioria das vezes podemos fazer alteração de
palavras que provocariam no leitor o melhor entendimento, menos obscuridade,
atraindo o leitor para dentro do conflito explanado na petição. A metodologia
utilizada é a documental, pois nos baseamos, para a análise, em petições do Núcleo
de Prática Jurídica da FACDO – NUPJUR. Embora a pesquisa ainda esteja em
andamento, já pudemos notar que os estudos dos conectivos a exemplo de
elementos de coesão e coerência são de grande importância para a melhoria da
qualidade na produção de peças processuais.
Palavras-chave: Petição. Conectivos. Coesão. Semântica.
1Acadêmica do 8º período de Direito Católica Dom Orione. O presente trabalho foi desenvolvido por meio do Programa de Iniciação Científica PROCIENT da Faculdade Católica Dom Orione. Email: [email protected] 2 Professora Mestre docente da Faculdade Católica Dom Orione. Doutoranda Pela UFT – Universidade Federal do Tocantins pelo Programa de Ensino e Literatura da UFT.
O DISCURSO DOS ACADÊMICOS DE DIREITO DA FACDO NO GÊNERO PETIÇÃO
Eliana dos Santos Andrade1
Nilsandra Martins de Castro2
RESUMO
A linguagem, o discurso são elementos essenciais à profissão de Direito. É através
do uso da linguagem e do discurso que o advogado vai persuadir, dissuadir, discutir,
representar os seus clientes, enfim, se posicionar frente às demandas judiciais
pertinentes às suas atividades jurídicas, em especial nas petições iniciais. A
utilização de gêneros textuais no direito mostra sua significância ao “idealizar” um
modelo coerente com as suas necessidades comunicativas, neste caso, a petição.
Desta forma, dentro de um discurso quotidiano e familiar a bacharéis, advogados e
estudantes, a petição se configura como parte essencial do universo jurídico.
Considerando então esse gênero do discurso, intentamos neste trabalho analisar (o
dito e o não dito) as vozes, polifonia, que surgem na redação de uma petição,
somadas a estratégias de linguagem, como o calar de ideias, a força excessiva na
exposição de alguns posicionamentos, bem como o automatismo da linguagem que
faz com que o aluno em suas primeiras petições faça uso de termos que são alheios
a seu cotidiano. Desse modo, de modo geral, objetivamos perceber como
acadêmicos do curso de Direito da Faculdade Católica Dom Orione – FACDO, fazem
uso da prática de citações no gênero petição inicial. Ainda compreender de que
maneira essa prática de citações caracterizam o gênero em questão. Quanto ao
método, este trabalho é de base documental, pois nossas fontes de dados advêm de
petições iniciais produzidas por acadêmicos da FACDO. Ainda a pesquisa
bibliográfica, pois nos embasamos em livros, revistas, artigos de internet para melhor
compreender e discutir o tema. A reflexão sobre o uso da polifonia nas petições é
relevante ao estudante do Direito, uma vez que este além de entender as leis é
1 Acadêmica do 4º período de Direito. Trabalho produzido através do Programa de Iniciação Científica da Faculdade Católica Dom Orione – PROCIENT sob orientação da Professora Nilsandra M. de Castro. 2 Professora Me. Docente da Faculdade Católica Dom Orione. E-mail: [email protected]
necessário saber também sobre os efeitos de sentido que são produzidos nos textos
do gênero petição.
Palavras-chave: Análise do Discurso. Petição. Termos Jurídicos.
A IDEOLOGIA NOS DISCURSOS JURÍDICOS
Rodrigo Moreira Barreto1
Nilsandra Martins de Castro2
RESUMO
A pesquisa sobre a análise do discurso jurídico em tribunais do júri visa aprimorar o
ambiente jurídico, avaliando os aspectos positivos e negativos da linguagem
utilizada neste meio. Dessa forma, nos ajudará na compreensão do discurso e de
suas variantes. Nesse sentido, visamos analisar o que seria ideologia, hegemonia e
sujeito no discurso conforme a AD francesa. Ainda, relacionar como os elementos
linguísticos reportam a ideia de poder no contexto de um tribunal de júri. A
metodologia utilizada será a bibliográfica em que faremos pesquisas em diversos
materiais como livros, revistas, jornais entre outros que forem necessários para a
fundamentação. De modo geral, podemos dizer que o poder é inerente a linguagem,
em assim sendo, devemos entendê-lo para que possamos interagir com mais
consciência e domínio nos territórios das relações interpessoais.
Palavras-chave: Linguagem. Tribunal de Júri. Análise do Discurso.
1 Acadêmico do 9º período de Direito. Trabalho produzido através do Programa de Iniciação Científica da Faculdade Católica Dom Orione – PROCIENT sob orientação da Professora Nilsandra M. de Castro. 2 Professora Me. Docente da Faculdade Católica Dom Orione. E-mail: [email protected]
ÉTICA E CORRUPÇÃO NA GESTÃO PÚBLICA
Lita Raimunda Ferreira Barros de Sousa1
Edison Fernando Pompermayer2
RESUMO
O presente trabalho aborda sobre a ética e corrupção na Gestão Pública, visando
fazer uma análise do contexto atual. Parte-se do conceito sobre ética até as possíveis
conseqüências advindas de sua ausência. Ou seja, os valores essenciais do ser
humano, necessários para garantir uma vida em coletividade. Também foram
analisados aspectos consoantes a legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência. A metodologia utilizada foi à bibliográfica e documental,
devido pautarmos a presente pesquisa em doutrinas e obras pertinentes ao tema.
Acreditamos que é imprescindível a permissão dos conceitos éticos na Gestão
Pública e que estes conceitos devem ser implantados na justiça criminal, para
possível adequação a tutela dos direitos individuais.
Palavras-chave: Gestão Pública. Legalidade. Impessoalidade. Moralidade.
Eficiência.
1Acadêmica do 10º período do Curso de Direito da Faculdade Católica Dom Orione. E-mail: [email protected] 2Professor Mestre da Faculdade Católica Dom Orione. E-mail: [email protected]
RESUMO EM FORMATO DE BANNER
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS, CÂMBIO, AÇÕES E POUPANÇA: UM ESTUDO
COMPARATIVO, DE JANEIRO DE 2010 A DEZEMBRO DE 2013
Flávio Rafael Bonamigo (Or.)1
Paulo Augusto Morais Negres2
RESUMO
O presente trabalho consiste em uma análise de investimentos da poupança, ações
e câmbio, considerando o dólar americano, entre Janeiro de 2010 e Dezembro de
2013, visa responder quais dos investimentos estudados apresentaram maior
rendimento no período, para tanto, objetiva-se especificamente expor através dos
métodos de investigação, a análise e comparação do retorno das aplicações dos
referidos investimentos. A metodologia utilizada consiste na coleta, análise,
tabulação, descrição e interpretação de dados bibliográficos e documentais, usando
cálculos matemáticos. Os resultados definiram que o câmbio foi a aplicação de
maior rendimento, seguida pela poupança; as ações apresentaram prejuízo,
evidenciados pelos resultados. Conclui-se que o mais vantajoso no período foi o
câmbio e, nota-se que investir é tarefa que exige tempo e conhecimento, e que os
métodos de investimentos explanados, com exceção da poupança, exigem maiores
conhecimentos dos investidores.
Palavras-chave: Análise de investimentos. Câmbio.Ações. Poupança.
1 Graduado em economia e mestre em Agroenergia pela Universidade Federal do Tocantins, atualmente professor da FACDO. E-mail. [email protected] 2 Acadêmico do oitavo período do curso de Administração da Faculdade Católica Dom Orione. E-mail. [email protected]
CYBERBULLYING - UM DIAGNÓSTICO SOBRE AS MUDANÇAS SOCIAIS
TRAZIDAS PELO AVANÇO DA TECNOLOGIA
Aurélia Matos Brito1
RESUMO
Viver em sociedade é participar ativa ou passivamente de uma gama de
acontecimentos, a violência em todas as formas é um dos maiores companheiros
sociais atualmente, em especial o cyberbullying que é a pratica de ações que visam
denegrir, diminuir e ofender pessoas através de meios tecnológicos. O objetivo do
trabalho é demonstrar o avanço do cyberbullying e o quanto o mesmo é um risco
social, a fim de conscientizar sobre a importância de se tratar do tema e exigir
políticas repressoras. Será utilizada a metodologia de revisão bibliográfica para que
de forma profunda se analise vários conceitos e visões.
Palavras-chave: Violência. Cyberbulliyng. Tecnologia. Reprimir.
1Bacharelanda em Direito na Faculdade Católica Dom Orione. E-mail: [email protected]
SUSTENTABILIDADE: O PAPEL DO GESTOR PÚBLICO
Hellencassia Santos da Costa 1
Edison Fernando Pompermayer 2
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo analisar a importância da atuação do gestor público
no desenvolvimento e na implementação de projetos e políticas públicas em acordo
com as necessidades da sociedade, trazendo a reflexão crítica do papel do gestor
público para uma cidade sustentável. A abordagem do tema surgiu com a
preocupação do crescimento desordenado das cidades e com o futuro das
presentes e futuras gerações. Observar-se a necessidade de uma atuação presente
e constante do representante da administração pública e da sociedade para que se
possa obter um desenvolvimento pleno e consciente. A metodologia a ser utilizada é
a documental e doutrinária. Não obstante a finalização desta pesquisa, observa-se
que o papel do gestor público é desenvolver e implementar projetos sustentáveis,
que tornem as cidades desenvolvidas economicamente, socialmente e
ecologicamente.
Palavras-chave: Cidades. Projetos públicos. Sustentabilidade.
1Acadêmica do 10º período de Direito Católica Dom Orione.. Email: [email protected] 2Professor Mestre da Faculdade Católica Dom Orione. Email: [email protected]
O PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
Vinnicius Ricelli Martins Medeiros1
Edison Fernando Pompermayer2
RESUMO
O processo judicial é um instrumento de acesso à justiça, sendo certo que ao
jurisdicionado não basta que se lhe assegure a prerrogativa de demandar e de
pleitear a tutela jurisdicional, mas que lhe assegure uma tutela judicial célere. Com a
digitalização do processo somente foi normatizada em nosso sistema com a
publicação da Lei nº 11.419/2006, objetiva-se neste trabalho analisar a Lei citada,
que implementou a informatização Judicial, bem como avaliar, descrever e explicar o
E-PROC sistema de processo eletrônico do judiciário tocantinense na perspectiva de
sua aplicabilidade e no âmbito da celeridade processual. Para tanto, realizar-se-á
um estudo teórico doutrinário e documental acerca da digitalização do processo. De
modo geral, o processo eletrônico além de ser um método inovador e revolucionário
para a prestação jurisdicional e ao acesso à justiça, tem a finalidade de assegurar o
princípio da celeridade processual e da razoável duração do processo.
Palavras-chave: Processo eletrônico. Informatização Judicial. E-PROC. Celeridade.
1Acadêmico do curso de Direito da Faculdade Católica Dom Orione. E-mail: [email protected] 2 Docente da Faculdade Católica Dom Orione. E-mail: [email protected]
PORNOGRAFIA DA REVANCHE: NOVAS PERSPECTIVAS DE CRIMES
VIRTUAIS CONTRA HONRA
Rafael Araújo Silva1
RESUMO
Ultimamente a internet se tornou uma das ferramentas mais essenciais na vida de
toda a população mundial, utilizada para incontáveis atividades, empresas, bancos,
o Estado, estudos, ramos profissionais e principalmente na vida pessoal de uma
abrangente parte de indivíduos, que geralmente usam a rede para se comunicar e
conhecer novas pessoas, e até mesmo manter contato com a família e amigos,
porém, a internet trouxe consigo alguns malefícios, como a exposição da intimidade
de algumas pessoas. Ou seja, com a socialização das pessoas em meio virtual,
como relacionamentos abertos, namoros e até mesmo de pessoas casadas, surgiu o
compartilhamento de imagens e vídeos íntimos, que embasados no principio da boa
fé e confiança, são trocadas entre si na maioria das vezes para provar seu
sentimento, como presentes em datas especiais pelo casal e até mesmo pelo
prazer. No entanto, pelo fato do término do relacionamento, e, em muitos casos, por
uma das partes não aceitar de modo algum o fim, um dos envolvidos na relação
posta na rede, sem autorização, o material intimo em sua posse, com o intuito de
humilhar e se vingar da (o) ex-parceira (o). Que devido à circulação das fotos acaba
sendo difamada (o) e injuriada (o) pela maioria da população, e, consequentemente,
a parte exposta, cai em depressão e até pior, cometendo suicídio. Nesse sentido,
desejamos analisar as possibilidades de criminalizar tais práticas. A presente
pesquisa utilizará o método bibliográfico e documental. De modo geral, a situação
descrita se espalha de forma surpreendente na internet, principalmente com aliados
como facebook, whatsapp e um novo programa que entrou no Brasil chamado
Secret, que permite postar mensagens e imagens anonimamente que quase sempre
utilizadas por pessoas de má fé a fim de denegrir a honra e imagem de alguém. Por
um bom tempo a lei não ira conseguir competir com a internet, que é mais ampla e
poderosa, porém nossos legisladores estão formulando leis especificas para esses
1 Acadêmico do curso de direito da Faculdade Católica Dom Orione.
tipos de crime, fortificando assim a punibilidade para crimes virtuais e forçando o
Estado a intervir e punir de forma adequada o infrator.
Palavras-chave: Crimes de internet. Direito. Dignidade da pessoa humana.