parÂmetros para estimativa de necessidade de … · tecnológicas e de modelo de atenção que...

43
PARÂMETROS PARA ESTIMATIVA DE NECESSIDADE DE LEITOS E INTERNAÇÕES HOSPITALARES MANUAL DE OPERACIONALIZAÇÃO 1. INTRODUÇÃO A programação de leitos hospitalares tem sido pautada pelos parâmetros estabelecidos na Portaria 1101/2002, elaborados com base em parâmetros internacionais, estatísticas de atendimento prestado aos usuários do SUS, estudos realizados pelo Ministério da Saúde, pareceres de especialistas e parâmetros assistenciais desenvolvidos e praticados em vários estados, entre outros. As recomendações desta portaria refletem a realidade assistencial da época em que a norma foi editada. A partir de então, houve significativas mudanças tecnológicas e de modelo de atenção que impactaram na demanda e nos critérios de internação hospitalar e, consequentemente, na necessidade de disponibilidade de leitos. Assim, tornou-se necessária uma revisão destas recomendações de forma a refletir a necessidade de leitos atual e incorporar novas abordagens metodológicas disponíveis que tornam mais acurado o cálculo desta necessidade. Uma nova proposta de parâmetros de leitos hospitalares destina-se a orientar os gestores dos três níveis de governo no aperfeiçoamento do SUS, oferecendo subsídios para: a) estimar necessidades de oferta de serviços assistenciais à população, no que diz respeito aos leitos de internação; b) Auxiliar o planejamento, programação e na elaboração do PGASS; c) Auxiliar monitoramento, avaliação, controle e regulação dos serviços de saúde prestados no âmbito do SUS. Os parâmetros originados nessa proposta constituem-se referências, podendo sofrer adequações no nível dos estados e regiões de saúde, de acordo com as realidades epidemiológicas e disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros. Foram definidos com base na combinação dos seguintes enfoques metodológicos: (i) análise de evidências científicas, protocolos clínicos e terapêuticos que definem linhas de cuidado e modelos de organização de redes de atenção, selecionados a partir de revisão de literatura nacional e internacional; (ii) análise da estrutura e seu rendimento, com base dos dados disponíveis no Brasil sobre capacidade instalada de hospitais e leitos e da produção nacional de internações hospitalares; (iii) comparação com situações “ideais” /consolidadas/ reconhecidas / desejadas

Upload: vuongquynh

Post on 03-Nov-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

PARÂMETROS PARA ESTIMATIVA DE NECESSIDADE DE LEITOS E INTERNAÇÕES

HOSPITALARES

MANUAL DE OPERACIONALIZAÇÃO

1. INTRODUÇÃO

A programação de leitos hospitalares tem sido pautada pelos parâmetros estabelecidos na

Portaria 1101/2002, elaborados com base em parâmetros internacionais, estatísticas de

atendimento prestado aos usuários do SUS, estudos realizados pelo Ministério da Saúde,

pareceres de especialistas e parâmetros assistenciais desenvolvidos e praticados em vários

estados, entre outros. As recomendações desta portaria refletem a realidade assistencial da

época em que a norma foi editada. A partir de então, houve significativas mudanças

tecnológicas e de modelo de atenção que impactaram na demanda e nos critérios de

internação hospitalar e, consequentemente, na necessidade de disponibilidade de leitos.

Assim, tornou-se necessária uma revisão destas recomendações de forma a refletir a

necessidade de leitos atual e incorporar novas abordagens metodológicas disponíveis que

tornam mais acurado o cálculo desta necessidade.

Uma nova proposta de parâmetros de leitos hospitalares destina-se a orientar os gestores dos

três níveis de governo no aperfeiçoamento do SUS, oferecendo subsídios para:

a) estimar necessidades de oferta de serviços assistenciais à população, no que diz

respeito aos leitos de internação;

b) Auxiliar o planejamento, programação e na elaboração do PGASS;

c) Auxiliar monitoramento, avaliação, controle e regulação dos serviços de saúde

prestados no âmbito do SUS.

Os parâmetros originados nessa proposta constituem-se referências, podendo sofrer

adequações no nível dos estados e regiões de saúde, de acordo com as realidades

epidemiológicas e disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros. Foram definidos

com base na combinação dos seguintes enfoques metodológicos: (i) análise de evidências

científicas, protocolos clínicos e terapêuticos que definem linhas de cuidado e modelos de

organização de redes de atenção, selecionados a partir de revisão de literatura nacional e

internacional; (ii) análise da estrutura e seu rendimento, com base dos dados disponíveis no

Brasil sobre capacidade instalada de hospitais e leitos e da produção nacional de internações

hospitalares; (iii) comparação com situações “ideais” /consolidadas/ reconhecidas / desejadas

(padrão atendimento Curitiba, SP, BH e outras), com algum ajuste para balizar a proposta

(benchmarking) dos parâmetros a serem utilizados na estimativa dos leitos; (iv) aplicação de

modelo de simulação através do qual se estimou parâmetros sobre taxas de ocupação por

porte hospitalar.

Com o objetivo de expor de forma facilmente aplicável o produto desta construção – os

parâmetros para leitos e internações hospitalares – apresenta-se este Manual.

2. EQUAÇÃO PARA ESTIMAR O NÚMERO DE LEITOS NECESSÁRIOS PARA INTERNAÇÕES DE

DETERMINADO TIPO/ESPECIALIDADE

Como explicitado na Nota Técnica1, o número de leitos necessários para internações de

determinado tipo-especialidade (NLe) é obtido através da seguinte equação:

𝐍𝐋𝐞 =NIe. TMPe

365.ρ𝑒∗𝐷𝐹𝑒 𝐹𝑛𝑟𝑒 (eq. 1)

No caso dos leitos gerais, o número de internações esperadas de determinado tipo-

especialidade é dado por:

𝑵𝑰𝒆 = 𝑃𝑜𝑝𝑒 ∗ 𝑇𝐼𝑒 ∗ 𝐹𝑅𝑒 (eq.2),

Assim sendo, a equação a ser utilizada para a estimação do número de leitos necessários para

aquela especialidade passa a ser a seguinte:

𝐍𝐋𝐞 =(𝑃𝑜𝑝𝑒∗𝑇𝐼𝑒∗𝐹𝑅𝑒). TMPe

365.ρ𝑒∗𝐷𝐹𝑒 𝐹𝑛𝑟𝑒 (eq. 3)

onde:

Pope é a população de referência para aquele tipo de leito/especialidade, que se encontra especificada no Quadro 1;

TIe é a taxa de internação esperada para aquele tipo de leito/especialidade, selecionada pela comparação das taxas vigentes no local (que devem ser calculadas conforme definido na Quadro 3) com os valores apresentados na Tabela 1;

FRe é o fator de ajuste para a taxa de recusa esperada para aquele tipo de leito/especialidade, com base na experiência local considerando o comportamento das filas e taxas de recusa obtidos pela análise dos dados das Centrais de Regulação.

TMPe = tempo médio de internação esperado para aquele tipo de leito/especialidade, definido confrontando-se o TMP do local objeto da programação (forma de cálculo apresentada no Quadro 4) com os valores de referência apresentados na Tabela 2;

1 Nota Técnica Seção A – Atenção hospitalar (leitos e internações), Consulta Pública SAS nº 6, de 12 de março de 2014 – Parâmetros assistenciais do SUS.

Pe = taxa de ocupação hospitalar para aquele tipo de leito-especialidade, selecionada Tabela 3, segundo porte hospitalar daquele tipo de leito e a taxa de recusa que se admite ter;

DFe = percentual de leitos daquela especialidade que estão efetivamente disponíveis, com base na experiência local;

Fnre = fator de ajuste para internações de não residentes em determinado tipo-especialidade, calculado como o inverso da proporção de internações de residentes no mesmo tipo de leito-especialidade.

No caso dos leitos de UTI, sendo o número de internações esperadas de determinado tipo-

especialidade:

𝑵𝑰𝑼𝑻𝑰𝒆 = (�̅�𝐼𝑒 ∗ 𝑝𝑈𝑇𝐼𝑒 ) (eq.4),

a equação a ser utilizada para a estimação do número de leitos necessários para aquela

especialidade passa a ser a seguinte:

𝐍𝐋𝐔𝐓𝐈𝐞 = (�̅�𝐼𝑒∗𝑝𝑈𝑇𝐼

𝑒 ) ). TMPUTIe

365.ρ𝑒∗𝐷𝐹𝑒 𝐹𝑛𝑟𝑒 (eq. 3)

sendo:

�̅�𝑰𝒆 é o número de internações esperadas em leitos gerais (estimado na etapa anterior pela eq. 2) das especialidade que correspondem àquele tipo de UTI, (neonatologia, no caso da UTI neonatal; pediatria clínica e pediatria cirúrgica, no caso da UTI pediátrica; e internações nos demais leitos gerais, no caso da UTI adulto);

𝒑𝑼𝑻𝑰𝒆 é a proporção esperada de internação com UTI em determinada especialidade

(𝐼𝑈𝑇𝐼𝑒 ) em relação ao número total das internações na mesma especialidade (𝐼𝑒). Esta

proporção deve ser selecionada confrontando-se os valores do local para o qual se faz a programação com os valores de referência apresentados na Tabela 4.

FRe é o fator de ajuste para a taxa de recusa esperada para aquele tipo de leito/especialidade, com base na experiência local considerando o comportamento das filas e taxas de recusa obtidos pela análise dos dados das Centrais de Regulação.

TMPUTIe = tempo médio de internação esperado em UTI para aquele tipo de leito/especialidade é definido confrontando-se o TMP do local objeto da programação (quociente entre o número de diárias de UTI e o número de internações com UTI) com os valores de referência apresentados na Tabela 5;

Pe = taxa de ocupação hospitalar para aquele tipo de leito-especialidade, selecionada Tabela 3, segundo porte hospitalar daquele tipo de leito e a taxa de recusa que se admite ter;

DFe = percentual de leitos daquela especialidade que estão efetivamente disponíveis, com base na experiência local;

Fnre = fator de ajuste para internações de não residentes em determinado tipo-especialidade, calculado como o inverso da proporção de internações de residentes no mesmo tipo de leito-especialidade.

Quadro 1 – População de referência para as internações em leitos gerais, por tipo-especialidade.

Tipo-especialidade População de referência

Obstetrícia No estimado de gestantes SUS = No de nascidos vivos SINASC por residência da mãe * Fator de Correção do sub-registro * proporção mulheres 15-49 sem plano de saúde com cobertura de obstetrícia

Neonatologia No de nascidos vivos SUS = No de nascidos vivos SINASC * Fator de Correção do sub-registro * proporção de menores de 1 ano sem plano de saúde

Pediatria

Pediatria clínica População < 15 anos SUS = População < 15 anos * proporção < 15 anos sem plano de saúde

Pediatria cirúrgica População < 15 anos População < 15 anos * proporção < 15 anos sem plano de saúde

Adulto

Clínica - 15 a 59 anos População 15 a 59 anos * proporção 15 a 59 anos sem plano de saúde

Clínica - 60 anos e mais População 15 a 59 anos * proporção 15 a 59 anos sem plano de saúde

Cirurgia - 15 a 59 anos População 60 anos e mais * proporção 60 anos e mais sem plano de saúde

Cirurgia - 60 anos e mais

População 60 anos e mais * proporção 60 anos e mais sem plano de saúde

Psiquiatria População 15 anos e +mais * proporção 15 anos e mais sem plano de saúde

Quadro 2 – Definição das internações em leitos gerais, por tipo-especialidade.

Tipo-especialidade Definição

Obstetrícia

Internaçãoes por parto, qual seja, pelos seguintes Proced obst [2008+): 0310010039 PARTO NORMAL, 0310010047 PARTO NORMAL EM GESTACAO DE ALTO RISCO, 0411010026 PARTO CESARIANO EM GESTACAO ALTO RISCO|0411010034 PARTO CESARIANO, 0411010042 PARTO CESARIANO C/ LAQUEADURA TUBARIA

Neonatologia Internações da população residente com idade de 0 a 27 dias

Pediatria Pediatria clínica Internações da população residente < 15 anos em leitos pediátricos e clínicos

Pediatria cirúrgica Internações da população residente < 15 anos em leitos cirúrgicos

Adulto Clínica - 15 a 59 anos Internações da população residente de 15-59 anos em leitos clínicos

Clínica - 60 anos e mais Internações da população residente de 60 anos ou mais em leitos clínicos

Cirurgia - 15 a 59 anos Internações da população residente de 15- 59 a em leitos cirúrgicos

Cirurgia - 60 anos e mais Internações da população residente de 60 anos e + em leitos cirúrgicos

Psiquiatria Internações da população residente de 15 anos e + em leitos psiquiátricos

Quadro 3 – Forma de cálculo das taxas de internações em leitos gerais, por especialidade.

Tipo-especialidade Taxa de internação

Obstetrícia TIObst = 1,0

Neonatologia TI Neonat = No de internações da população residente com idade de 0 a 27 dias / No de nascidos vivos SUS por local de residência da mãe

Pediatria

Pediatria clínica TI Pediat Clínica = No de internações da população residente < 15 anos em leitos pediátricos e clínicos/População SUS < 15 a

Pediatria cirúrgica TI Pediat Clírurgica = No de internações da população residente < 15 anos em leitos cirúrgicos / População SUS < 15 anos

Adulto

Clínica - 15 a 59 anos TI Clínica – 15 a 59 anos = No de internações da população residente de 15-59 anos em leitos clínicos / População SUS 15- 59 anos

Clínica - 60 anos e mais TI Clínica – 60 e + anos = No de internações da população residente de 60 anos ou mais em leitos clínicos / População SUS de 60 anos ou mais

Cirurgia - 15 a 59 anos TI Cirúrgica – 15 a 59 anos = No de internações da população residente de 15- 59 a em leitos cirúrgicos / População SUS 15 a 59 anos

Cirurgia - 60 anos e mais TI Cirúrgica – 60 e + anos = No de internações da população residente de 60 anos e + em leitos cirúrgicos / População SUS 60 e + anos

Psiquiatria TI Psiquiatria = No de internações da população residente de 15 anos e + em leitos psiquiátricos / População SUS 15 anos e +

Tabela 1 - Intervalo de variação para as taxas de internação esperadas, por tipo de internação.

Tipo-especialidade Taxa de internação (por mil) esperada*

Mínima Máxima

Neonatologia 82,4 168,0 Pediatria clínica 27,8 48,8 Pediatria cirúrgica 8,4 19,4 Clínica 15 a 59 anos 13,8 24,6 Clínica 60 anos ou mais 72,4 116,8 Cirúrgica 15 a 59 anos 44,9 72,6 Cirúrgica 60 anos ou mais 21,8 35,7 Psiquiátrico 15 anos ou mais 1,7 8,7

Nota: * Intervalo de variação das taxas de internações esperadas definido pelo critério de benchmarking estabelecidas com base na análise da situação recente nas UF e Capitais, ajustadas, sempre que possível, por evidencias da literatura.

Quadro 4 – Forma de cálculo do tempo médio internação em leitos gerais, por especialidade.

Tipo-especialidade Tempo médio de internação

Obstetrícia TMIObst = Permanência nas internações por parto* / No de internações por parto

Neonatologia TMI Neonat = Permanência nas internações da população residente com idade de 0 a 27 dias / No de internações da população residente com idade de 0 a 27 dias

Pediatria

Pediatria clínica TMI Pediat Clínica = Permanência nas internações da população residente < 15 anos em leitos pediátricos e clínicos / No de internações da população residente < 15 anos em leitos pediátricos e clínicos

Pediatria cirúrgica TMI Pediat Clírurgica = No de internações da população residente < 15 anos em leitos cirúrgicos / No de internações da população residente < 15 anos em leitos cirúrgicos

Adulto

Clínica - 15 a 59 anos TMI Clínica – 15 a 59 anos = Permanência nas internações da população residente de 15-59 anos em leitos clínicos / No de internações da população residente de 15-59 anos em leitos clínicos

Clínica - 60 anos e mais TMI Clínica – 60 e + anos = Permanência nas internações da população residente de 60 anos ou mais em leitos clínicos / No de internações da população residente de 60 anos ou mais em leitos clínicos

Cirurgia - 15 a 59 anos TMI Cirúrgica – 15 a 59 anos = Permanência nas internações da população residente de 15- 59 a em leitos cirúrgicos / No de internações da população residente de 15- 59 a em leitos cirúrgicos

Cirurgia - 60 anos e mais TMI Cirúrgica – 60 e + anos = Permanência nas internações da população residente de 60 anos e + em leitos cirúrgicos / No de internações da população residente de 60 anos e + em leitos cirúrgicos

Psiquiatria TMI Psiquiatria = Permanência nas internações da população residente de 15 anos e + em leitos psiquiátricos / No de internações da população residente de 15 anos e + em leitos psiquiátricos

Nota: Considera as internações pelos seguintes Proced obst [2008+): 0310010039 PARTO NORMAL, 0310010047 PARTO NORMAL EM GESTACAO DE ALTO RISCO, 0411010026 PARTO CESARIANO EM GESTACAO ALTO RISCO|0411010034 PARTO CESARIANO, 0411010042 PARTO CESARIANO C/ LAQUEADURA TUBARIA

Tabela 2 – Intervalo de variação esperada para o tempo médio de permanência nas internações em leitos gerais, por tipo.

Tipo-especialidade Tempo médio de permanência (dias)

Limite inferior Limite superior

Obstetrícia 2,4 3,1 Neonatologia 6,5 8,2 Pediatria clínica 4,6 5,7 Pediatria cirúrgica 2,4 3,9 Clínica 15 a 59 anos 6,5 8,5 Clínica 60 anos ou mais 7,4 9,5 Cirúrgica 15 a 59 anos 4,6 6,5 Cirúrgica 60 anos ou mais 3,6 4,3 Psiquiatria 16,3 21,1

Nota: Intervalo de variação definido por percentil 25 e 75 das capitais

Tabela 3 - Taxas de ocupação recomendada, segundo o número de leitos e taxa de recusa admitida.

Porte hospitalar Taxas de recusa admitida

(número de leitos) 0,1% 1% 3% 5% 10% 20%

10 a 20 39,5 52,0 61,0 65,5 71,1 82,3 21 a 30 52,0 63,5 71,3 75,3 79,6 88,3 31 a 40 58,5 69,5 76,5 80,3 83,8 91,0 41 a 50 63,0 73,5 79,8 83,3 86,4 92,8 51 a 60 66,5 76,3 82,3 85,3 88,2 94,0 61 a 70 69,0 78,5 84,3 86,8 89,4 94,8 71 a 80 71,0 80,3 85,5 88,3 90,6 95,3 81 a 09 73,0 81,5 86,5 89,5 91,6 95,8 91 a 100 74,5 82,5 87,5 90,3 92,3 96,3 101 a 200 79,0 86,0 90,3 92,3 93,9 97,3 201 a 300 84,5 90,5 93,5 95,0 96,2 98,5 Acima de 300 86,0 92,0 94,5 96,0 97,0 99,0 Média Ponderada 62,0 71,9 78,2 81,5 84,8 91,5

Fonte: Jones (2011)

Tabela 4- Intervalo de variação esperada para proporção de internações com UTI, por tipo de internação e de UTI.

Tipo de internação Tipo de UTI Proporção de internações com UTI

Limite inferior Limite superior

Neonatologia UTI Neonatal 23,54% 39,79% Pediatria clínica UTI Pediátrica 2,34% 5,04% Pediatria cirúrgica UTI Pediátrica 3,10% 5,61% Obstetrícia UTI Adulto 0,05% 0,66% Clínica 15 a 59 anos UTI Adulto 4,62% 6,24% Clínica 60 anos e mais UTI Adulto 6,51% 9,85% Cirúrgica 60 anos ou mais UTI Adulto 4,06% 6,25% Cirúrgica 15 a 59 anos UTI Adulto 9,92% 18,46%

Nota: Intervalo de variação definido por percentil 25 e 75 das capitais definidos com base na análise dos dados do SIH.

Tabela 5 – Intervalo de variação esperado para o tempo médio de permanência esperado em

UTI, por tipo de UTI, segundo o tipo de internação em leito geral.

Tipo de internação Tipo de UTI Faixa de variação do TMP em UTI (dias)

Limite inferior Limite superior

Neonatologia UTI Neonatal 8,8 11,9 Pediatria clínica UTI Pediátrica 7,78 14,10 Pediatria cirúrgica UTI Pediátrica 5,97 8,36 Obstetrícia UTI Adulto 2,87 4,59 Clínica 15 a 59 anos UTI Adulto 6,79 9,08 Clínica 60 anos e mais UTI Adulto 7,39 9,52 Cirúrgica 60 anos ou mais UTI Adulto 4,64 6,24 Cirúrgica 15 a 59 anos UTI Adulto 4,48 5,92

Nota: Intervalo de variação definido por percentil 25 e 75 das capitais.

Em resumo, a aplicação da equação de estimação dos leitos envolve a utilização direta de

dados do local objeto da programação e a utilização de parâmetros do modelo que são

escolhidos com base na comparação da situação atual do local objeto da programação com os

valores mínimos e máximos recomendados, ou seja:

Dados do local objeto da programação:

Pop – estimativas de referência

FR – estimativa sobre a proporção de pacientes que não conseguem internação

DF – estimativa sobre a proporção de leitos que estão efetivamente disponíveis

Fnr – proporção de internações de residentes

Parâmetros do modelo

TI – Taxa esperada de internação (teórica)

𝒑𝑼𝑻𝑰𝒆 - proporção esperada de

internação com UTI em determinada especialidade (teórica)

TMP – Tempo médio de internação (teórico)

p - Taxa de ocupação hospitalar (teórica)

Selecionados com base na comparação a situação atual do local objeto da programação com os valores mínimos e máximos recomendados

Desta forma, para a operacionalização é necessário coletar dados do local objeto da

programação e calcular de indicadores que permitam analisar a situação atual vigente no que

diz respeito às taxas de internação, tempos médios de permanência e taxas de ocupação,

segundo leito-especialidade, a partir do que serão selecionadas as variáveis correspondentes

que entrarão na equação de estimação dos leitos.

3. ETAPAS DO PROCESSO DE ESTIMAÇÃO DOS LEITOS

3.1 Análise da situação atual do local objeto da programação

Nesta etapa consta do levantamento, processamento e análise dos dados do local objeto da

programação de leitos

3.1.1. Levantamento de dados

A relação dos dados necessários, suas fontes, os sites onde são disponibilizados e as

ferramentas através dos quais são processados encontram-se no Quadro 5.

Quadro 5 – Dados necessários, fontes e forma de obtenção

Dado Fonte Site Processa através de:

a) Número total de internações ocorridas no período recente no local objeto da programação, por tipo de leito-especialidade,

SIH, arquivos "rdUFaamm.dbc"

http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0901&item=1&acao=25

TABWIN

b) Número total de internações com UTI ocorridas no período recente no local objeto da programação, por tipo de leito-especialidade,

c) Número de internações ocorridas no período recente no local objeto da programação, de residentes no próprio local, por tipo de leito-especialidade,

d) Número de internações com UTI ocorridas no período recente no local objeto da programação, de residentes no próprio local, por tipo de leito-especialidade

e) Tempo de permanência do total de internações ocorridas no período recente no local objeto da programação, por tipo de leito-especialidade,

f) Número de diárias de UTI no total de internações com UTI ocorridas no período recente no local objeto da programação, por tipo de leito-especialidade

g) Tempo de permanência das internações de residentes ocorridas no período recente no local objeto da programação, por tipo de leito-especialidade

h) Número de diárias de UTI nas internações com UTI ocorridas no período recente no local objeto da programação, de residentes no próprio local, por tipo de leito-especialidade,

1. Nascidos vivos SINASC de mães residentes no local objeto da programação, no período recente,

SINASC

http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205&VObj=http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nv

TABNET

2. Fator de correção do sub-registro dos nascidos vivos informados ao SINASC, RIPSA http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/a17b.htm

3. População residente por faixa etária e sexo, IBGE

http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0206&VObj=http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?popestim/cnv/pop

4. Beneficiários de planos de saúde por idade, sexo e segmentação do plano, ANS

http://www.ans.gov.br/materiais-para-pesquisas/perfil-do-setor/dados-e-indicadores-do-setor

5. Número de leitos cadastrados no CNES por tipo-especialidade CNES

http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0204&id=11665&VObj=http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?cnes/cnv/leiint

A forma como se executa no TABWIN e no TABNET as tabulações que permitem obter os

dados citados acima citados e seus resultados são apresentados nas figuras a seguir. Foi

utilizada, a título de exemplo, a coleta de dados para o município de Diamantina-MG.

3.1.1.1 Levantamento de dados SOBRE INTERNAÇÕES (TABWIN)

a.1. Número total de internações OCORRIDAS em Diamantina, em 2012, por tipo de leito-especialidade.

Que tem a seguinte saída:

continua ....

continuação ....

continua .....

b.1. Número total de internações COM UTI OCORRIDAS em Diamantina, em 2012 , por tipo de leito-especialidade,

O que gera os seguintes dados:

Etc .... continua ... até 130 anos..

c.1. Número total de INTERNAÇÕES DE RESIDENTES em Diamantina ocorridas neste mesmo local, em 2012, por tipo de leito-especialidade:

O que gera a seguinte tabela:

Etc .... continua ... até 130 anos..

d.1. Número de INTERNAÇÕES COM UTI DE RESIDENTES em Diamantina ocorridas neste mesmo local, em 2012, por tipo de leito-especialidade:

O que gera a seguinte tabela:

Etc .... continua ... até 130 anos..

Vale notar que as internações obstétricas por parto não são definidas pela variável

“Leito/Espec” e sim pelos procedimentos obstétricos relativos ao parto, razão pela qual é

necessário também executar as tabulações a seguir:

a.2. Número total de INTERNAÇÕES POR PARTO OCORRIDAS em Diamantina, em 2012 b.2. Número total de INTERNAÇÕES POR PARTO COM UTI ocorridas em Diamantina, em 2012

O que gera a seguinte tabela:

c.2. Número total de INTERNAÇÕES POR PARTO, DE RESIDENTES em Diamantina ocorridas neste mesmo local, em 2012 d.2. Número de INTERNAÇÕES POR PARTO COM UTI, DE RESIDENTES em Diamantina, ocorridas neste mesmo local, em 2012:

O que gera a seguinte tabela:

16

Resumo das definições das tabulações em TABWIN para levantamento de dados sobre INTERNAÇÕES. Internações em leitos de todos os tipo-especialidade, exceto obstétricos

ITEM INCREMENTO

LINHA COLUNA SELEÇÕES Outras especificações

Número de internações ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina, por tipo de leito/especialidade

Freqüência idade detalhada

Leito\Espec [2008+

Município int: 312160 Diamantina; Município res: 312160 Diamantina

SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;

Número de internações ocorridas em Diamantina, por tipo de leito/especialidade

Freqüência idade detalhada

Leito\Espec [2008+

Município int: 312160 Diamantina

SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;

Número de internações com UTI, ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina, por tipo de leito/especialidade

Freqüência idade detalhada

Leito\Espec [2008+

Município int: 312160 Diamantina; Município res: 312160 Diamantina; Teve diárias UTI: Sim

SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;

Número de internações com UTI ocorridas em Diamantina, por tipo de leito/especialidade

Freqüência idade detalhada

Leito\Espec [2008+

Município int: 312160 Diamantina; Teve diárias UTI: Sim

SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;

17

Internações em leitos de todos os tipo-especialidade, exceto obstétricos

ITEM INCREME

NTO LINHA COLUNA SELEÇÕES

Outras especificações

Número de internações PARA PARTO ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina

Freqüência

Municipio de

residência

Teve diárias

UTI

Município int: 312160 Diamantina; Proced

obst [2008+: 0310010039 PARTO

NORMAL, 0310010047 PARTO

NORMAL EM GESTACAO DE ALTO RISCO, 0411010026 PARTO CESARIANO

EM GESTACAO ALTO RISCO|0411010034 PARTO CESARIANO, 0411010042 PARTO

CESARIANO C/ LAQUEADURA

TUBARIA

SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false;

SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true;

NÃO_CLASSIFICADOS=0;

Número de internações PARA PARTO ocorridas em Diamantina (residentes e não residentes)

Número de internações PARA PARTO com UTI, ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina

Número de internações PARA PARTO com UTI ocorridas em Diamantina (residentes e não residentes)

18

3.1.1.2 . Levantamento de dados SOBRE TEMPO DE PERMANÊNCIA (TABWIN)

e.1 Tempo de permanência do TOTAL DE INTERNAÇÕES OCORRIDAS em Diamantina, em 2012, por tipo de leito-especialidade:

O que gera a seguinte tabela:

19

f.1. Diárias de UTI no total de internações com UTI ocorridas em Diamantina, em 2012, por tipo de leito-especialidade:

O que gera a seguinte tabela:

20

g.1. Tempo de permanência das internações DE RESIDENTES em Diamantina, ocorridas neste mesmo local, em 2012, por tipo de leito-especialidade.

O que gera a seguinte tabela:

21

22

h.1. Diárias de UTI no total de internações com UTI de residentes em Diamantina, ocorridas neste mesmo local, em 2012, por tipo de leito-especialidade:

O que gera a seguinte tabela:

e.2 Tempo de permanência, em 2012, do total de internações POR PARTO OCORRIDAS em Diamantina:

23

g.2 Tempo de permanência do total de internações POR PARTO DE RESIDENTES EM DIAMANTINA, OCORRIDAS em Diamantina, em 2012:

O que gera a seguinte tabela:

24

f.2. Diárias de UTI nas internações ‘’POR PARTO com UTI OCORRIDAS em Diamantina, em 2012. h.2. Diárias de UTI nas internações POR PARTO com UTI DE RESIDENTES em Diamantina, ocorridas neste mesmo local, em 2012.

O que gera a seguinte tabela:

Pois não houve internação com UTI nos partos ocorridos em Diamantina (ver tabulação c.2, d.2).

25

Resumo das definições das tabulações em TABWIN para levantamento de dados sobre PERMANÊNCIAS. Tempo de permanência nas internações em leitos de todos os tipo-especialidade, exceto obstétricos

ITEM INCREMENTO

LINHA COLUNA SELEÇÕES Outras especificações

Tempo de permanência das internações ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina, por tipo de leito/especialidade

Permanência idade detalhada

Leito\Espec [2008+

Município int: 312160 Diamantina; Município res: 312160 Diamantina

SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;

Tempo de permanência das internações ocorridas em Diamantina, por tipo de leito/especialidade

Permanência idade detalhada

Leito\Espec [2008+

Município int: 312160 Diamantina

SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;

Tempo de permanência em UTI das internações com UTI, ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina, por tipo de leito/especialidade

Diárias de UTI idade detalhada

Leito\Espec [2008+

Município int: 312160 Diamantina; Município res: 312160 Diamantina; Teve diárias UTI: Sim

SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;

Tempo de permanência em UTI das internações com UTI ocorridas em Diamantina, por tipo de leito/especialidade

Diárias de UTI idade detalhada

Leito\Espec [2008+

Município int: 312160 Diamantina; Teve diárias UTI: Sim

SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;

26

Tempo de permanência nas internações em leitos obstétricos

ITEM INCREMENTO

LINHA COLUNA

SELEÇÕES Outras especificações

Tempo de permanência em leitos gerais nas internações PARA PARTO ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina

Permanência

Municipio de residência

não ativa

Município int: 312160 Diamantina; Proced obst [2008+: 0310010039 PARTO NORMAL, 0310010047 PARTO NORMAL EM GESTACAO DE ALTO RISCO, 0411010026 PARTO CESARIANO EM GESTACAO ALTO RISCO|0411010034 PARTO CESARIANO, 0411010042 PARTO CESARIANO C/ LAQUEADURA TUBARIA

SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=true; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=false; NÃO_CLASSIFICADOS=0;

Tempo de permanência em leitos gerais internações PARA PARTO ocorridas em Diamantina

Tempo de UTI nas internações PARA PARTO com UTI, ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina

Diárias de UTI

Municipio de residência

não ativa

Município int: 312160 Diamantina; Proced obst [2008+: 0310010039 PARTO NORMAL, 0310010047 PARTO NORMAL EM GESTACAO DE ALTO RISCO, 0411010026 PARTO CESARIANO EM GESTACAO ALTO RISCO|0411010034 PARTO CESARIANO, 0411010042 PARTO CESARIANO C/ LAQUEADURA TUBARIA

SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=true; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=false; NÃO_CLASSIFICADOS=0;

Tempo de UTI nas internações PARA PARTO com UTI ocorridas em Diamantina (residentes e não residentes)

27

3.1.1.3. Levantamento de dados sobre as POPULAÇÕES DE REFERÊNCIA e LEITOS EXISTENTES (TABNET)

a. Nascidos vivos SINASC ocorridas em Diamantina de mães residentes neste mesmo local, em 2012:

Com o que se obtém a seguinte tabela:

28

b. Fator de correção do sub-registro dos nascidos vivos informados ao SINASC:

Correspondem à razão entre nascidos vivos informados e estimados disponibilizados pela RIPSA, para as

Unidades da Federação. Não existem estimativas para os municípios. Para capitais, considerar cobertura de

100% e para demais municípios, utilizar as estimativas da UF correspondente. Clicando no link:

http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205&VObj=http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nv, se obtém a

seguinte tabela:

29

c. População residente por faixa etária e sexo:

Com o que se obtém a seguinte tabela:

30

d. Beneficiários de planos de saúde:

No site da ANS são disponibilizados dados sobre cobertura dos planos de saúde para apenas para UF, capital,

interior, região metropolitana. Para analisar a cobertura dos planos de saúde nos municípios é necessário

fazer os cálculos a partir dos dados sobre beneficiários e população. Para fazer cobertura dos leitos gerais,

tabular os dados sobre beneficiários por idade, da seguinte forma:

Com esta definição se obtém a seguinte tabela:

31

Para fazer a cobertura da obstetrícia, é necessário tabular os dados de mulheres em idade reprodutiva

(selecionando beneficiários de 15 a 49 anos do sexo feminino) e segmentação do plano (planos com

cobertura para obstetrícia). PERIODO: junho/ano da programação.

Com esta definição se obtém a seguinte tabela:

32

e. Número de leitos cadastrados no CNES por tipo-especialidade:

Com esta definição se obtém a seguinte tabela:

33

Tabela resumo da forma de obter no TABNET as tabulações dos dados sobre as populações de referência e

leitos existentes

ITEM O dado está em: observação

Nascidos vivos http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nvmg.def

dados da ultima atualização. TABULAÇÃO: LINHA = local para onde se faz a programação . COLUNA= não ativa. CONTEUDO=nascim p/resid mãe

Fator de correção do sub-registro dos nascidos vivos informados ao SINASC

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/a17b.htm

Correspondem á razão entre nascidos vivos informados e estimados disponibilizados pela RIPSA. Para os municipios utilizar as estimativas da UF correspondente. No caso das capitais considerar a cobertura = 100%

População residente por faixa etária e sexo

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?popestim/cnv/popmg.def

TABULAÇÃO: LINHA=faixa etária; COLUNA= sexo; CONTEÚDO=população residente. SELEÇÃO= local para onde se faz a programação.

Cobertura plano de saúde

http://www.ans.gov.br/materiais-para-pesquisas/perfil-do-setor/dados-e-indicadores-do-setor

Para municipio não tem dado sobre cobertura na ANS. É necessário tabular os beneficiarios para PERIODO= jun/ano da programação. Para fazer cobertura dos leitos gerais tabular os beneficiários por idade, ou seja: LINHA=Faixa etária, COLUNA=não ativa; CONTEÚDO=Assistência médica; SELEÇÃO=local para onde se faz a programação . No caso da obstetrícia tabular os dados só dos beneficiários do sexo feminino, de 15 a 49 anos , com planos com cobertura para obstetricia, ou seja: LINHA=não ativa; COLUNA=não ativa; CONTEÚDO=Assistência médica. SELEÇÕES: Faixa etária: 15 a 19 anos, 20 a 24 anos, 25 a 29 anos, 30 a 34 anos, 35 a 39 anos, 40 a 44 anos, 45 a 49 anos; Segmentação: Hosp. c/ Obstetrícia + Ambulatorial + Odonto, Hosp. c/ Obstetrícia + Ambulatorial, Hosp. c/ Obstetrícia

Número leitos cadastrados no CNES

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?cnes/cnv/leiintmg.def

Levantar os dados sobre numero de leitos cadastrados no CNES (Especialidade detalhada ou Leitos complementares na LINHA) para escolher a taxa de ocupação a ser usada para estimar o numero de leitos necessarios. TABULAÇÃO: LINHA = Especialidade detalhada . COLUNA - não ativa. CONTEUDO=leitos SUS - (exibir linhas zeradas)

34

3.1.2. Agregação dos dados

O dados acima obtidos precisam ser agregados segundo a definição do tipo-especialidade do leito, para se

ter as informações que entrarão na equação de estimação dos leitos, quais sejam:

3.1.2.1. Frequência do total de internações e das internações de residentes, por tipo de leito-especialidade e

UTI, base para o cálculo das taxas de internação de residentes no local objeto da programação e dos fatores

de ajuste para internações de não residentes em leitos gerais e em leitos de UTI.

Tipo-especialidade do leito

Definição:

Número total de internações ocorridas em Diamantina

Número de internações em leitos gerais ocorridos, de residente em Diamantina

Total Teve UTI Total Teve UTI

Obstetrícia Parto cesáreo e normal 1005 0 488 0

Neonatologia 0 a 27 dias 152 64 53 19

Pediatria

Pediatria clínica < 15 anos leito clínico e pediátrico 413 85 190 21

Pediatria cirúrgica < 15 anos leito cirúrgico 305 10 87 3

Adulto

Clínica - 15 a 59 anos 15-59 a leito clínico 1017 147 508 60

Clínica - 60 anos e mais 60 + anos leito clínico 1123 137 509 59

Cirurgia - 15 a 59 anos 15-59 a leito cirúrgico 2428 142 958 22

Cirurgia - 60 anos e mais 60 + anos leito clinico 469 54 163 18

Psiquiatria 15 e + leito psiquiátrico 0 0 0 0

3.1.2.2. Tempos de permanência e diárias de UTI do total de internações e das internações de residentes,

por tipo de leito-especialidade, base para o cálculo dos tempos médios de permanência em leitos gerais e

leitos de UTI:

Tipo-especialidade do leito

Definição:

Internações ocorridas em Diamantina (RES & NÃO RES)

Internações em leitos gerais ocorridas em Diamantina, de

residentes

Permanência Diárias de UTI Permanência Diárias de UTI

Obstetrícia Parto cesáreo e normal 2136 0 988 0

Neonatologia 0 a 27 dias 1853 893 676 262

Pediatria

Pediatria clínica < 15 a em leito clínico e pediátrico 3569 1031 1504 266

Pediatria cirúrgica < 15 anos leito cirúrgico 760 39 200 6

Adulto

Clínica - 15 a 59 anos 15-59 anos em leito clínico 6091 825 2791 273

Clínica - 60 anos e mais 60 anos e + em leito clínico 7231 875 3383 435

Cirurgia - 15 a 59 anos 15-59 anos em leito cirúrgico 8876 939 2757 118

Cirurgia - 60 anos e mais 60 + anos leito clínico 2870 394 1042 93

Psiquiatria 15 e + leito psiquiátrico 0 0 0 0

35

2.3. Populações de referência para cada tipo de leito-especialidade,

Tipo-especialidade Especificação População de referência

Obstetrícia N

o de nascidos vivos * F sub-registro * % mulheres 15-49 sem plano

de saúde com cobertura de obstetrícia

664*1,05*0,906 =

632

Neonatologia N

o de nascidos vivos SUS = N

o de nascidos vivos SINASC * Fator de

Correção do sub-registro * proporção de menores de 1 ano sem plano de saúde

664*1,05*0,901 =

628

Pediatria

Pediatria clínica População < 15 anos * proporção < 15 anos sem plano de saúde

10.340*0,914 =

9.451

Pediatria cirúrgica População < 15 anos População < 15 anos * proporção < 15 anos sem plano de saúde

10.340*0,914 =

9.451

Adulto

Clínica - 15 a 59 anos População 15 a 59 anos * proporção 15 a 59 anos sem plano de saúde

27.260*0,884 =

24.098

Clínica - 60 anos e mais População 15 a 59 anos * proporção 15 a 59 anos sem plano de saúde

4.390*0,848 =

3.723

Cirurgia - 15 a 59 anos População 60 anos e mais * proporção 60 anos e mais sem plano de saúde

27.260*0,884 =

24.098

Cirurgia - 60 anos e mais População 60 anos e mais * proporção 60 anos e mais sem plano de saúde

4.390*0,848 =

3.723

Psiquiatria População 15 anos e +mais * proporção 15 anos e mais sem plano de saúde

35132*0,879 =

30.881

2.4. Número de leitos CNES por tipo de leito-especialidade.

Leitos gerais Número de leitos

Obstetrícia 12

Neonatologia 3

Pediatria Clinica 0

Pediatria Cirúrgica 18

Clínica 57

Cirúrgica 41

Psiquiátrico 1

TOTAL 132

Leitos de UTI Número de leitos

UTI neonatal 8

UTI pediátrica 2

UTI adulto 10

TOTAL 20

36

3.1.3. Cálculo de indicadores

3.1.3.1. Cálculo das taxas de internação em leitos gerais ocorridas em Diamantina, de

residentes em Diamantina, em 2012, segundo tipo-especialidade do leito

Tipo de leito-especialidade Numerador Denominador Taxa *

Obstetrícia

1,0000

Neonatologia 53 628 0,0844

Pediatria

Pediatria clínica 190 10.340 0,0184

Pediatria cirúrgica 87 10.340 0,0084

Adulto

Clínica - 15 a 59 anos 508 27.260 0,0186

Clínica - 60 anos e mais 509 4.390 0,1159

Cirurgia - 15 a 59 anos 958 27.260 0,0351

Cirurgia - 60 anos e mais 163 4.390 0,0371

Psiquiatria 0 31.650 0,0000

Nota: * Taxas calculadas como apresentado no Quadro 5.

3.1.3.2. Cálculo da proporção de internações COM UTI, ocorridas em Diamantina, de

residentes em Diamantina, em 2012, segundo tipo-especialidade do leito,

Tipo de leito-especialidade Numerador Denominador Proporção de

internações com UTI

Obstetrícia 0 488 0,0000

Neonatologia 19 53 0,3585

Pediatria

Pediatria clínica 21 190 0,1105

Pediatria cirúrgica 3 87 0,0345

Adulto

Clínica - 15 a 59 anos 60 508 0,1181

Clínica - 60 anos e mais 59 509 0,1159

Cirurgia - 15 a 59 anos 22 958 0,0230

Cirurgia - 60 anos e mais 18 163 0,1104

Psiquiatria 0 0

3.1.3.3. Cálculo do tempo médio de permanência em leitos gerais, nas internações ocorridas

em Diamantina, de residentes em Diamantina, em 2012, segundo tipo-especialidade do leito

Tipo de leito-especialidade Numerador

(permanência) Denominador (número

internações) Tempo médio de

permanência

Obstetrícia 988 488 2,0

Neonatologia 676 53 12,8

Pediatria clínica 1504 190 7,9

Pediatria cirúrgica 200 87 2,3

Clínica - 15 a 59 anos 2791 508 5,5

Clínica - 60 anos e mais 3383 509 6,6

Cirurgia - 15 a 59 anos 2757 958 2,9

Cirurgia - 60 anos e mais 1.042 163 6,4

Psiquiatria 0 0 -

37

3.1.3.4. Cálculo do tempo médio de permanência em leitos de UTI das internações com UTI,

em Diamantina, em 2012, segundo tipo-especialidade do leito

Tipo de leito Geral Tipo de UTI Numerador

(diárias de UTI) Denominador (numero

de internações com UTI) Tempo médio

de permanência

Neonatologia UTI Neonatal 262 19 13,8

Pediatria clínica UTI Pediátrica

266 21 12,7

Pediatria cirúrgica 6 3 2,0

Obstetrícia

UTI Adulto

0 0 -

Clínica 15 a 59 naos 273 60 4,6

Clínica 60 anos e mais 435 59 7,4

Cirúrgica 15 a 59 anos 118 22 5,4

Cirurgia - 60 anos e mais 93 18 5,2

Psiquiatria 0 0 -

3.1.3.5. Cálculo do fator de ajuste para internações de não residentes em leitos gerais,

segundo tipo-especialidade do leito. Diamantina, 2012

Tipo de leito/especialidade Todas as internações Internações residentes FATOR AJUSTE

Obstetrícia 1005 488 2,06

Neonatologia 152 53 2,87

Pediatria 0 Pediatria clínica 413 190 2,17

Pediatria cirúrgica 305 87 3,51

Adulto 0 0 Clínica - 15 a 59 anos 1017 508 2,00

Clínica - 60 anos e mais 1123 509 2,21

Cirurgia - 15 a 59 anos 2428 958 2,53

Cirurgia - 60 anos e mais 469 163 2,88

Psiquiatria 0 0

3.1.3.6. Cálculo do fator de ajuste para internações de não residentes em leitos de UTI,

Diamantina, 2012

Tipo de UTI Todas as internações

COM UTI Internações residentes

COM UTI FATOR AJUSTE

UTI Neonatal 64 19 3,37

UTI Pediátrica 95 24 3,96

Pediatria Clinica 85 21

Pediatria Cirúrgica 10 3

UTI ADULTO 480 159 3,02

Obstetrícia (parto) 0 0

clínica 15 a 59 anos 147 60

Clínica 60 anos ou mais 137 59

Cirúrgica 15 a 59 anos 142 22

Cirúrgica 60 anos ou mais 54 18

38

3.1.3.7. Definição das taxas de ocupação a ser utilizada na estimação número de leitos

gerais, Diamantina, 2012

Tipo-especialidade dos leitos gerais Número de leitos

cadastrados no CNES Taxa de ocupação para

fila de 1% Taxa de ocupação para

fila de 5%

Obstetrícia 12 0,520 0,655

Neonatologia 3 0,520 0,655

Pediatria Clinica - 0,520 0,655

Pediatria Cirúrgica 18 0,520 0,753

Clínica 57 0,763 0,853

Cirúrgica 41 0,735 0,833

Psiquiátrico 15 anos ou mais 1 0,520 0,655

3.1.3.8. Definição das taxas de ocupação a ser utilizada na estimação número de leitos de

UTI, Diamantina, 2012

Tipo de UTI Número de leitos

cadastrados no CNES Taxa de ocupação para

fila de 1% Taxa de ocupação para

fila de 5%

UTI neonatal 8 0,520 0,655

UTI pediátrica 2 0,520 0,655

UTI adulto 10 0,520 0,655

3.2. Desenho de cenários e escolha dos parâmetros

3.2.1. Cenários extremos:

Nestes cenários a programação se dá a partir dos valores mínimo e máximo dos parâmetros

propostos.

CENÁRIO 1 Valor mínimo recomendado para

taxas de internação e tempo médio de permanência e

TOH para fila 5%

CENÁRIO 2 Valor mínimo recomendado para

taxas de internação e tempo médio de permanência e

TOH para fila 1%

CENÁRIO 3 Valor máximo recomendado para

taxas de internação e tempo médio de permanência e

TOH para fila 5%

CENÁRIO 4 Valor máximo recomendado para taxas de

internação e tempo médio de permanência e TOH para

fila 1%

39

3.2.2. Cenário “intencional”:

Neste cenário são escolhidos parâmetros de entrada no modelo com base na comparação da

situação atual do local com os valores mínimo e máximo dos parâmetros propostos para taxa e

tempo médio de internação, o que é apresentado nos quadros abaixo.

Tipo-especialidade Leito Geral

Taxa de internação recomendada Situação observada

Mínima Máxima

Obstetrícia (parto) 1,000 1,000 1,000

Neonatologia 0,082 0,168 0,084

Pediatria Clinica 0,028 0,049 0,018

Pediatria cirúrgica 0,008 0,019 0,008

Clínica 15 a 59 anos 0,014 0,025 0,019

Clínica 60 anos ou mais 0,072 0,117 0,116

Cirúrgica 15 a 59 anos 0,022 0,036 0,035

Cirúrgica 60 anos ou mais 0,044 0,073 0,037

Psiquiátrico 15 anos ou mais 0,002 0,009 0,000

Tipo de leito Geral Tempo de permanência (dias) recomendado

Situação observada Mínima Máxima

Obstetrícia 2,4 3,1 2,0

Neonatologia 6,5 8,2 12,8

Pediatria Clinica 4,6 5,7 7,9

pediatria cirúrgica 2,4 3,9 2,3

Clínica 15 a 59 anos 6,5 8,5 5,5

Clínica 60 anos ou mais 7,4 9,7 6,7

Cirúrgica 15 a 59 anos 3,6 4,4 2,9

Cirúrgica 60 anos ou mais 4,6 6,5 6,4

Psiquiátrico 15 anos ou mais 16,3 21,1 0,0

Verifica-se que a taxa de internação, em Diamantina, em 2012, se encontrava abaixo ou

próxima à taxa mínima recomendada no caso dos leitos de neonatalogia, pediatria cínica,

pediatria cirúrgica e cirurgia de idosos; apresentava um valor intermediário no caso as

internações clínicas da população de 15 a 59 anos; aproximando-se do máximo

recomendando nas internações clínicas de idosos e internações cirúrgicas da população de 15

a 59 anos.

Os tempos de internação observados eram menores ou próximos aos valores mínimos nas

internações por parto, clínica em todas as idades, cirúrgicas de 15 a 59 anos, situando-se em

torno do máximo nas internações neonatais e cirúrgicas de idosos.

Analisada a situação local e verificado seus determinantes, o gestor dos leitos deve julgar a

necessidade e possibilidade e sua modificação, e com base nisto, selecionar valores de taxas e

tempo médio de permanência a serem utilizar na equação de estimação dos leitos.

40

41

4. RESULTADOS:

4.1. LEITOS GERAIS ESTIMADOS para Diamantina

CENÁRIO 1: Estimativa mínima de leito necessários: com base no valor mínimo recomendado para taxas de internação e tempo médio de permanência e taxa de ocupação hospitalar para fila 5%

Tipo de leito/especialidade

Proporção SEM

PLANO DE SAUDE

População de referência

Taxa de internação MINIMO

"recomendado"

Ajuste para taxa de

recusa

Número de internações

estimada população residente sem plano de saúde

(NI)

Tempo médio de internação (TA) MINIMO

"recomendado"

Pacientes-dia

(NI*TA) residentes

Fator de ajuste para internações

de NÃO RESIDENTES

(NI*TA) total

internações (res & não

res)

Fator ajuste para

internações obstétricas

TOH "recomendada"

(p) DF

Número de leitos estimados

= (NI*TA) / (365*p*DF)

Total Sem

plano de saúde

OBSTETRICIA (parto)

0,906 697 632 1,0000 1,0 632 2,4 1.516 2,06 3.122 1,21 0,655 1 16

NEONATOLOGIA 0,901 697 628 0,0824 1,0 52 6,5 336 2,87 965 nsa 0,655 1 4

PEDIATRIA

Pediatria Clinica 0,914 10.340 9.450 0,0278 1,0 263 4,6 1.208 2,17 2.627 nsa 0,655 1 11

Pediatria cirúrgica 0,914 10.340 9.450 0,0084 1,0 79 2,4 191 3,51 668 nsa 0,753 1 2

ADULTO CLINICO

0

10.084 nsa 0,868 1 32

Clínica 15 a 59 anos

0,884 30.832 27.260 0,0138 1,0 376 6,5 2.445 2,00 4.895

Clínica 60 anos ou mais

0,848 5.179 4.390 0,0724 1,0 318 7,4 2.352 2,21 5.189

ADULTO CIRURGICO

7.904 nsa 0,833 1 26

Cirúrgica 15 a 59 anos

0,884 30.832 27.260 0,0215 1,0 586 3,6 2.110 2,53 5.347

Cirúrgica 60 anos ou mais

0,848 5.179 4.390 0,0440 1,0 193 4,6 889 2,88 2.557

PSIQUIATRICO 15 anos ou mais

0,879 36011 31.650 0,0017 1,0 54 16,3 877 1,00 877 nsa 0,655 1 4

42

CENÁRIO 4: Estimativa mínima de leito necessários: com base no valor máximo recomendado para taxas de internação e tempo médio de permanência e taxa de ocupação hospitalar para fila 1% Número mínimo de leitos necessários

Tipo de leito/especialidade

Proporção SEM

PLANO DE SAUDE

População de referência

Taxa de internação MINIMO

"recomendado"

Ajuste para taxa de

recusa

Número de internações

estimada população residente sem plano de saúde

(NI)

Tempo médio de internação (TA) MINIMO

"recomendado"

Pacientes-dia

(NI*TA) residentes

Fator de ajuste para internações

de NÃO RESIDENTES

(NI*TA) total

internações (res & não

res)

Fator ajuste para internações obstétricas

TOH "recomendada"

(p) DF

Número de leitos estimados =

(NI*TA) / (365*p*DF)

Total

Sem plano

de saúde

OBSTETRICIA (parto) 0,906 697 632 1,0000 1,0 632 3,1 1.958 2,06 4.032 1,21 0,520 1 26

NEONATOLOGIA 0,901 697 628 0,1680 1,0 106 8,2 865 2,87 2.482 nsa 0,520 1 13

PEDIATRIA

Pediatria Clinica 0,914 10.340 9.450 0,0488 1,0 461 5,7 2.629 2,17 5.714 nsa 0,520 1 30

Pediatria cirúrgica 0,914 10.340 9.450 0,0194 1,0 183 3,9 715 3,51 2.507 nsa 0,520 1

ADULTO CLINICO

22.385 nsa 0,763 1 80

Clínica 15 a 59 anos 0,884 30.832 27.260 0,0246 1,0 671 8,5 5.700 2,00 11.411

Clínica 60 anos ou mais

0,848 5.179 4.390 0,1168 1,0 513 9,7 4.974 2,21 10.973

ADULTO CIRURGICO 16.813 nsa 0,735 1 63

Cirúrgica 15 a 59 anos

0,884 30.832 27.260 0,0357 1,0 973 4,4 4.282 2,53 10.853

Cirúrgica 60 anos ou mais

0,848 5.179 4.390 0,0726 1,0 319 6,5 2.072 2,88 5.961

PSIQUIATRICO 15 anos ou mais

0,879 36011 31.650 0,0087 1,0 275 21,1 5.810 1,00 5.810 nsa 0,520 1 31

43

Resumo das estimativas de leito

Cenário 1:

estimativa mínima Cenário 4:

estimativa máxima

Número estimado de Leitos

Leitos gerais 95 243

Leitos UTI 7 33

UTI Neonatal 1 8

UTI Pediátrica 1 5

UTI Adulto 5 20

Leitos de UTI / leitos gerais 7% 14%

Leitos por 1000

Leitos gerais por 1000 habitantes 2,1 5,2

Total UTI por 1000 habitantes 0,1 0,7

UTI Neonatal por 1000 nascidos vivos 1,8 10,8

UTI Pediátrica por 1000 habitantes de 0 a 14 anos 0,1 0,5

UTI Adulto por 1000 habitantes 15 anos e mais 0,1 0,6

Leitos cadastrado no CNES 2012 / Leitos estimado

Leitos gerais 1,4 0,5

Total Leitos de UTI 3,0 0,6

UTI Neonatal 6,2 1,1

UTI Pediátrica 3,1 0,4

UTI Adulto 2,1 0,5

Comentários:

Segundo estimativas do IBGE, Diamantina tinha em 2012 46.351 habitantes, dos quais 10.340

tinham de 0 a 14 anos de idade e 36.011, 15 anos ou mais. O número de nascidos vivos de

mães residentes na cidade, supondo-se um sub-registro de 5%, foi de 697 neste mesmo ano. O

CNES tinha cadastrados 132 leitos hospitalares gerias e 20 de UTI, sendo 8 de UTI neonatal, 2

de UTI pediátrica e 10 de UTI de adultos, o que perfaz 2,8 leitos hospitalares gerais por 1.000

habitantes e 15,2 leitos de UTI por 100 leitos hospitalares.

O número de leitos estimados de acordo com os cenários considerados, varia entre um

mínimo de 95 e máximo de 243, o que representa uma relação leito:1.000 habitantes igual 2,1

e 5,2, respectivamente. O número total de leitos de UTI estima é de 7 no cenário com taxa de

internação e média de permanência no limite mínimo recomendado e 33, para os parâmetros

no intervalo superior recomendado, correspondendo a 6% dos leitos gerais no primeiro caso e

cerca de um terço dos leitos de UTI cadastrados no CNES e 14% e 60% dos leitos CNES, na

variante máxima da estimação.

Vale notar que o parâmetro atual de programação de leitos é de 2,5 a 3 leitos hospitalares por

1.000 habitantes e que o número de leitos de UTI representem o mínimo 4% e no máximo 10%

dos leitos gerais.