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Paradigmas de Pesquisa Professor Eli Lopes da Silva Disciplina Metodologia Científica Acadêmicos Ademir Azelfredo Juçara Marcio Nathanael

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Paradigmas de Pesquisa

Professor Eli Lopes da SilvaDisciplina Metodologia Científica

AcadêmicosAdemirAzelfredo Juçara MarcioNathanael

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Positivismo

Fenomenologia

FuncionalismoEstruturalismo

Marxismo

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Positivismo

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POSITIVISMO

ONTOLÓGICO

• Conhecimento Objetivo

• É possivel aprender a realidade

EPISTEMOLÓGICO

• Conhecimento adquerido

METODOLÓGICO

• Levantamentos • Experiementos

Pressupostos

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POSITIVISMO

O paradigma positivista, repousa na ideia de que a produção do conhecimento científico começa com observação neutra, se dá por indução, é cumulativa e linear e que o conhecimento científico daí obtido é definitivo (OSTERMANN, 1996).

Paradigma positivista tem uma perspectiva empírico-analítica e de base positivista-racionalista.

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POSITIVISMO

As ideias básicas do Positivismo segundo Triviños (1987).

a) Busca a explicação dos fenômenos através das relações dos mesmo preconizando a observação dos fatos, mas necessita da existência de uma teoria para ligar os fatos;

b) Que mesmo partidário da especialização é necessário o estudo das generalidades científicas, pois o ser humano não é capaz de dissociar todas as disciplinas cientifica. Devendo existir primeiro, uma instrução fundamental sobre todas as grandes classes de fenômenos naturais.

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POSITIVISMO

As ideias básicas do Positivismo segundo Triviños (1987).

c) A distinção entre a teoria e a pratica, pois para Comte, conhecer as leis dos fenômenos é tem sua primazia com relação aos interesses industriais, prescindindo assim de toda consideração pratica;

d) Prega a submissão da imaginação à observação, preconizando assim o assim o empirismo do misticismo como citado por ele;

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POSITIVISMO

As ideias básicas do Positivismo segundo Triviños (1987).

e) O positivismo proclama que essencialmente a função da ciência é previsão. Sendo que por outro lado, o exercício das funções intelectuais exige uma combinação de estabilidade e atividade, na qual resultam as necessidades simultâneas de ordem e progresso, ou de ligação e extensão;

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POSITIVISMO

As ideias básicas do Positivismo segundo Triviños (1987).

f) Comte deflagra 5 termos que se ligam ao entendimento do positivismo:

Real – que difere do abstrato ou imaginário; Útil – ao invés de ocioso; Certeza – que distancia da indecisão; Preciso – eliminando o vago; e Positivo – contrario ao negativo.

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POSITIVISMO

As ideias básicas do Positivismo segundo Triviños (1987).

g) E a incomensurabilidade do positivismo, onde Kuhn descreve que a ideia de incomensurabilidade está relacionada ao fato de que padrões científicos e definições são diferentes para cada paradigma, e para sustentar a tese de que as diferenças entre paradigmas sucessivos são ao mesmo tempo necessária se irreconciliáveis (OSTERMANN, 1996). Ou seja, a incapacidade de conciliar princípio, e opiniões incompatíveis.

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POSITIVISMO

O lema dos positivistas é: ordem e progresso (MEKSENAS, 2002).

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POSITIVISMO

Problema de Pesquisa segundo o paradigma Positivista

• Qual o efeito da participação do governo como acionista no desempenho econômico financeiro, de mercado e na alavancagem das empresas brasileiras, listadas na BM&FBOVESPA, após a onda de privatizações da década de 90?

Positivista

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POSITIVISMO

METODOLOGIA (Estratégia de pesquisa)

Considerando a pergunta de pesquisa, adotou-se uma abordagem empírico-analítica de natureza descritiva e quantitativa (OKIMURA, 2003), instrumentada por método estatístico de regressão múltipla linear. Segundo Marconi e Lakatos (2003), esse conjunto de procedimentos significa a redução de fenômenos sociológicos, econômicos, entre outros, a termos quantitativos, permitindo a manipulação estatística para que se possam comprovar as relações dos fenômenos entre si, dadas as limitações e o contexto de abrangência, possibilitando obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou significado.

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POSITIVISMO

Operacionalização da Pesquisa

Para a operacionalização desta pesquisa, foi realizada uma divisão em três etapas. A primeira etapa foi à coleta e tabulação dos dados contábeis, de mercado e pertinentes à estrutura de propriedade. A segunda, foi a realização de uma análise descritiva quanto à estrutura de propriedade no que tange à concentração e a participação do governo como acionista. Por fim, a terceira etapa, consistiu em regressões lineares múltiplas a partir dos índices econômico financeiros e de mercado, obtidos na primeira parte da pesquisa, com o intuito de verificar a existência da relação entre a estrutura de propriedade conectada politicamente e os tipos de desempenhos apresentados.

5.1 Coleta de dadosPara melhor estratificar os dados para a análise, a população considerada foram todas as companhias negociadas na BM&FBOVESPA entre os anos de 1999 a 2010. A primeira amostra utilizada para a análise descritiva, compreende todas as empresas negociadas na BM&FBOVESPA com dados disponíveis referente à estrutura de propriedade por ano. Para a obtenção dos dados, foram utilizadas fontes de dados secundários extraídos da base de dados Economática®, da base de dados da INFOinvest®, e de informações dos Relatórios de Informações Anuais (IAN), disponíveis na Comissão de Valores Imobiliários (CVM) e na Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (BM&FBOVESPA). Os dados da amostra foram compostos pelas firmas listadas no período de 1999 a 2010. O ano de 1999 é um marco importante na consolidação do processo de privatização de setores como mineração e telecomunicação. O ano de 2010 representa o termo final do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, este lapso temporal, ou seja, de 1999 a 2010, contêm 3 (três) mandatos presidenciais, com alternância de poder e partidária. Mendez (2009) advoga a favor da importância de um maior período de análise, pois um pequeno horizonte temporal, pode não demonstrar a relação da estrutura de propriedade com o desempenho, fortalecendo a hipótese de endogeneidade da estrutura de propriedade.

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POSITIVISMO

Coleta de dados

Para melhor estratificar os dados para a análise, a população considerada foram todas as companhias negociadas na BM&FBOVESPA entre os anos de 1999 a 2010. A primeira amostra utilizada para a análise descritiva, compreende todas as empresas negociadas na BM&FBOVESPA com dados disponíveis referente à estrutura de propriedade por ano. Para a obtenção dos dados, foram utilizadas fontes de dados secundários extraídos da base de dados Economática®, da base de dados da INFOinvest®, e de informações dos Relatórios de Informações Anuais (IAN), disponíveis na Comissão de Valores Imobiliários (CVM) e na Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (BM&FBOVESPA).

Os dados da amostra foram compostos pelas firmas listadas no período de 1999 a 2010. O ano de 1999 é um marco importante na consolidação do processo de privatização de setores como mineração e telecomunicação. O ano de 2010 representa o termo final do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, este lapso temporal, ou seja, de 1999 a 2010, contêm 3 (três) mandatos presidenciais, com alternância de poder e partidária. Mendez (2009) advoga a favor da importância de um maior período de análise, pois um pequeno horizonte temporal, pode não demonstrar a relação da estrutura de propriedade com o desempenho, fortalecendo a hipótese de endogeneidade da estrutura de propriedade.

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POSITIVISMO

Coleta de dados

Os dados da amostra foram compostos pelas firmas listadas no período de 1999 a 2010. O ano de 1999 é um marco importante na consolidação do processo de privatização de setores como mineração e telecomunicação. O ano de 2010 representa o termo final do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, este lapso temporal, ou seja, de 1999 a 2010, contêm 3 (três) mandatos presidenciais, com alternância de poder e partidária. Mendez (2009) advoga a favor da importância de um maior período de análise, pois um pequeno horizonte temporal, pode não demonstrar a relação da estrutura de propriedade com o desempenho, fortalecendo a hipótese de endogeneidade da estrutura de propriedade.

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Fenomenologia

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FENOMENOLOGIA

A palavra fenomenologia possui duas raízes gregas: phainesthai, que significa aquilo que se mostra; e logos, que é estudo.

Sendo assim, Fenomenologia é o estudo da

essência das coisas.

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FENOMENOLOGIA

No paradigma da Fenomenologia, os fenômenos do mundo deveriam ser pensados pela óptica das percepções mentais de cada indivíduo, daí a importância de se estudar a essência das coisas.

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FENOMENOLOGIA

Um exemplo simplista de como funciona a fenomenologia de Husserl é dado por ele usando a figura geométrica retângulo.

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FENOMENOLOGIA

Um retângulo é um retângulo mesmo que as linhas paralelas sejam alteradas, não importando se são aumentadas ou diminuídas, desde que ainda se mantenham as proporções que façam-no ser um retângulo.

Está aí a essência do retângulo na mente do indivíduo.

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FENOMENOLOGIA

Assim, a forma do retângulo sempre será preservada funcionando como um elemento

imutável.

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A fenomenologia busca, portanto, descontaminar o mundo-da-vida dos resultados científicos, os quais implantaram uma pré-concepção básica em todos nós: a ideia de que tudo pode ser explicado cientificamente.

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Husserl acreditava que era preciso uma teoria do conhecimento, uma elucidação do conhecer.

Era preciso ir à busca dos fundamentos deste conhecimento a fim de permitir-nos compreender a pretensão do conhecimento objetivo (Kelkel & Schérer, 1982), que ainda não havia sido esclarecido efetivamente naquela época.

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A fenomenologia, assim compreendida, significava um novo método na constituição da essência do conhecimento (Galeffi, 2000).

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Depraz et al. (2006) concluem que não basta explicitar os passos da redução fenomenológica: é preciso compreender o que significa viver fenomenologicamente.

Isto não significa que a descrição do método não seja importante, mas o método é apenas um caminho que desemboca em um fim.

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Vídeo

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Marxismo

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Marxismo

Meksenas (2002) cita que:“Em Marx encontramos uma concepção filosófica que define a ciência e tecnologia como produtos da história, assim criticando a ideia da ciência pura, acima das relações sociais, que por ser desvinculada da politica e da economia seria capaz de orientar o desenvolvimento a sociedade”.

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Marxismo

Como exemplo:A educação emerge como questão a ser examinada num momento específico e torna-se objeto de uma ciência e apenas a pesquisaremos de modo efetivo ao percebermos que ela é um fato histórico e não apenas uma questão cognitiva. Devemos examinar a educação dentro do contexto balizado pelas relações de classe, pela economia, pela política e que decorrem de determinado modo da organização social (MEKSENAS, 2002).

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Marxismo

Konder (1995) afirma que:

O método dialético do materialismo histórico desenvolvido por Marx consiste em reconhecer essa situação e procurar extrair as consequências dela.

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Marxismo

Esta concepção conduziu Marx ao estudo da economia burguesa não para legitima-la, mas sim para por a prova.

Para isso realizou a leitura das obras de Adam Smith e David Ricardo do qual ambos abordaram Hegel.

A filosofia Hegeliana e idealista elabora-se distante do mundo material, os burgueses por sua vez reduzem sua ciência ao domínio exclusivo dos cálculos racionais para o “se dar bem” na sociedade em que se vive (MEKSENAS, 2002).

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Marxismo

Marx (1980) preleciona:

“Com o desenvolvimento da burguesia, isto é, do capital, desenvolve-se também o proletariado, a classe dos operários modernos, que só podem viver se encontrarem trabalho e que só o encontram na medida em que este aumenta o capital. Estes operários constrangidos a vender-se diariamente são mercadoria, artigos de comércio como qualquer outro e em consequência estão sujeitos a todas as vicissitudes da concorrência a todas as flutuações do mercado... (MARX, 1980).”

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Marxismo

Para Marx (1980), ao se converter força de trabalho em mercadorias as relações sociais de produção capitalista criaram uma sociedade na qual:1. As interações entre as pessoas assumem sempre uma

forma de troca, oferecendo algo e esperando que algo seja oferecido em troca.

2. Convertido em mercadorias, o poder de decisão esta na mão de poucos e a maioria é obrigada a aceitar as condições impostas.

3. O trabalho passa a representar um fardo e perde a sua dimensão lúdica, de criação e realização pessoal.

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Marxismo

O que pode existir além das mercadorias? Que relações sociais elas escondem?

Antes mesmo das mercadorias e das relações de troca encontramos a produção, definindo assim as classes sociais básicas: os proprietários dos meios de produção e os proprietários da força de trabalho.

Que nesta relação, os detentores da força de trabalho vendem-se por um valor manifesto no salário, assim tornando também em mercadoria a capacidade de trabalho (MEKSENAS, 2002).

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Marxismo

Os detentores dos meios de produção sabem que ao comprar a força de trabalho adquirem uma mercadoria peculiar, a única, presente na natureza capaz de produzir mais que o necessário para sua recomposição.

Ou seja, o que produz o lucro. Todo excedente econômico fica com o capitalista, que quanto mais trabalho compra, mais enriquece.

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Marxismo

O método de Marx concebe os fenômenos em análise como sendo históricos, dotados de materialidade e movidos pela contradição: afirmação-negação-nova afirmação.

Desse método resulta a tese que concebe o conhecimento como um movimento que se dá no marco da luta de classes e, assim, a ciência e a pesquisa afirmam-se como fenômenos que contribuem para a manutenção da atual sociedade capitalista (MEKSENAS, 2002).

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O Problema de Pesquisa

A concepção de que o indivíduo faz e é feito pela sociedade permite valorizar a práxis individual além da práxis de classe. Ou seja, minha ação pessoal é tão importante como a ação de classe (MEKSENAS, 2002).

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O Problema de Pesquisa

Assim, para nós professores, temos que ter consciência de que a aula que estamos ministrando pode vir a ser uma intervenção social capaz de contribuir ou reproduzir a sociedade.

Na mesa linha de raciocínio um pesquisador precisa entender que sua pesquisa pode vir a ser uma intervenção social, capaz de contribuir para transformar ou reproduzir a vida social.

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O Problema de Pesquisa

A partir do momento que uma ação individual assemelha-se a outra, e mais outra, tornam-se múltiplas na reprodução ou transformação da vida social: constituem-se ações de grupos e depois em ações de classes.

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Estruturalismo

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Os primeiros Teóricos:• Ferdinand de Saussure (1857-1913)

• Claude Lévi-Strauss (1908-2009)

Estruturalismo

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As estruturas:

• A ideia central do estruturalismo é a de que a estrutura é o conjunto de relações, ela é o determinante na explicação.

É possível realizar uma síntese da caracterização do estruturalismo, sob a condição expressa de considerar dois aspectos: “[...] existe um ideal comum da intencionalidade que alcançam ou investigam todos os ‘estruturalistas’, ao passo que suas intenções críticas são infinitamente invariáveis.” Em vista disso, caso se deseje definir o estruturalismo em oposição à outras ideias, serão encontradas diversidades e contradições de todas as naturezas. (MARTINS e THEÓPHILO, 2009, p.43)

Estruturalismo

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As estruturas:

• As estruturas servem para organizar essa união do conhecimento abstrato com o conhecimento empírico gerando o embasamento teórico através dos chamados modelos.

Segundo Lévi-Strauss, citado por Martins e Theóphilo (2009, p. 44) “Uma questão importante é determinar em que nível se situa a estrutura a ser estudada[...]a estrutura visada pela pesquisa atinge-se por meio da elaboração de modelos: Os modelos são o objeto próprio das análises estruturais”

Estruturalismo

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As estruturas:

• Surgem os modelos que se transformam em um conjunto de normas e regras especificas que vão depois dar a validade teórica do modelo.

• Este modelo será considerado estruturado se atender às seguintes condições:

• Deve oferecer características de sistema – a modificação em um dos elementos deve produzir modificações nos outros.

• Deve pertencer a um grupo de transformações – a variação combinada dps elementos deve levar a uma transformação do modelo.

• Deve ser possível prever as reações do modelo às modificações verificadas em seus elementos.

• O modelo deve explicar todos os casos observados em relação aos seus elementos.

Estruturalismo

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Modelo de Pesquisa:

Para esclarecer sobre o processo de modelização do estruturalismo podemos propor o estudo do fechamento das empresas nos primeiros 5 anos de existência. Em um primeiro nível observacional, ele podemos tomar o fechamento sob perspectiva dos casos individuais considerando a empresa, o meio, etc. Em um segundo nível, podemos verificar a partir do conjunto (estatística). Considera a frequência dos fechamentos em diferentes sociedades, em diferentes épocas, etc. Dessas relações extrai os modelos das várias formas de fechamentos, do fechamento em sociedades diferentes, da relação entre o fechamento e outros fenômenos sociais, políticos, etc. A análise estrutural compara os modelos entre si, procurando encontrar propriedades formais (leis, lógicas) que encerrem estruturas explicativas do fenômeno do fechamento das empresas em geral.

Estruturalismo

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Funcionalismo

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Funcionalismo

• Funções dos elementos X impacto para o todo.

• Análise comparativa e analogias.• O pesquisador tem papel fundamental da

definição das funções sendo identificadas; e não somente a visão dos atores envolvidos (limitando-se às necessidades, interesses e objetivos destes atores).

• Explica as funções e seus impactos para o sistema. Busca equilíbrio do todo.

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REFERÊNCIAS

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REFERÊNCIAS

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REFERÊNCIAS

SILVA, E. L. Metodologia Científica. Material de aula de 30/11/2013, Senac Florianópolis, 2013.MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M; Fundamentos de metodologia científica. Ed. Atlas, 5ª ed., 311p. São Paulo, 2003.MARTINS, G. D. A.; THEÓPHILO, C. R. Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.MEKSENAS, P. Pesquisa social e ação pedagógica: conceitos, métodos e praticas. São Paulo: Edições Loyola, 2002.OKIMURA, R. T. Estrutura de propriedade, governança corporativa, valor e desempenho das empresas no Brasil. 2003, 132p. Dissertação de Mestrado , São Paulo, FEA/USP, 2003.

OSTERMANN, F. A epistemologia de Kuhn. Cad. Cat. Ens. Fis. Vol. 13, n. 3, 1996.SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia. Ed. Martins Fontes, 9ª ed.; São Paulo, 412p; 1999. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.VERGARA,S. C. Métodos de coleta de dados no campo. São Paulo: Atlas, 2009.

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