panorama 2012 revsite
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panorama mineral 2012 brasilTRANSCRIPT
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PanoramaMineraldoEstadodoRiodeJaneiro 2012
SSiittuuaaooeePPeerrssppeeccttiivvaass
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GOVERNODOESTADODORIODEJANEIRO
GovernadorSrgioCabral
Vicegovernador
LuizFernandodeSouzaPezo
SECRETARIADEESTADODEDESENVOLVIMENTOECONMICO,ENERGIA,INDSTRIAESERVIOS
SecretrioJulioCsarCarmoBueno
DEPARTAMENTODERECURSOSMINERAISDRMRJ
PresidenteFlavioLuizdaCostaErthal
DiretoradeMinerao
DeboraTociPucciniDiretordeGeologia
ClaudioAmaralDiretordeAdministraoeFinanas
PauloFigueiredo
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PanoramaMineraldoEstadodoRiodeJaneiro 2012
SituaoePerspectivas
Niteri,novembrode2012
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DepartamentodeRecursosMineraisDRMRJRuaMarechalDeodoro,351CentroNiteriRJCEP:24.030060www.drm.rj.gov.br2012NormatizaoBibliogrficaDepartamentodeRecursosMineraisdoEstadodoRiodeJaneiroSecretariadeEstadodeDesenvolvimentoEconmico,Energia,IndstriaeServios.
PanoramaMineraldoEstadodoRiodeJaneiro2012RiodeJaneiro,RJ:2012.259f.1. RecursoMineral. 2.EconomiaMineralFluminense.I.Ttulo.
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PanoramaMineraldoEstadodoRiodeJaneiro2012
PRODUZIDOPELADIRETORIADEMINERAODMINSUPERVISOGERALDeboraTociPucciniGelogaORGANIZADORESMarceloLyraParenteMarcusFelipeEmerikSoaresCambraRonaldodaCostaMaurcioEQUIPETCNICAASSESSORIADEMINERAOMariaMarthaGameiroEngdeMinasCOORDENADORIADEREGISTROEFISCALIZAO COORDENADORIADEHIDROGEOLOGIA Coordenador CoordenadorRonaldodaCostaMaurcioEconomista PauloVicenteGuimaresGelogo TcnicosCOORDENADORIADEECONOMIAMINERALE AdersonMarquesMartinsGelogoPETRLEO ElisadeSouzaBentoFernandesGeloga JooBatistaSantosGelogoCoordenador MarceloLyraParenteGelogoMrcioAlexandreSerroSoaresGegrafo Tcnicos COORDENADORIADEGEOLOGIAERECURSOSMINERAISCarlosEduardoD.G.deMatosEngdePetrleo MarcusFelipeEmerickSoaresCambraGegrafo CoordenadorIrisdaSilvaEstagiria RodrigoPeternelNunesGelogo TcnicosCOORDENADORIADEPROJETOSESPECIAISEMEIO GabrielLamounierdeF.FernandesGelogoAMBIENTE LeonardoFredericoPressiGelogo Coordenador PedroHugoMllerXaubetGegrafo COORDENADORIADEGEOINFORMAO Tcnicos CoordenadorHernaniHenriqueRamirezNunesGelogo NiltondeAssisCostaJniorGegrafoRicardoLuizRochaGelogo RodolfoErnestoBarronTorrezGelogo TcnicosSuelenOliveiraAlpinoRodriguesGegrafa LlianGabrielaGomesViannaGegrafa LuizFernandoZavoliGegrafo
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CRDITODEAUTORIACONTEXTO ECONMICO DO ESTADO DO RIO DEJANEIROEAMINERAO
ARGILA E ARGILA PARA CERMICA VERMELHA PANORAMADOSETORCERMICO
DeboraTociPuccini PedroHugoMllerXaubet RodolfoErnestoBarronTorrezMETODOLOGIA DeboraTociPuccini ARGILAPARACIMENTO PauloVicenteGuimaresICMSRECOLHIDOPELASEMPRESASDOSETOR MINERALFLUMINENSE CALCRIOPARACIMENTO,CORREODESOLOSERonaldodaCostaMaurcio OUTROS ElisadeSouzaBentoFernandesOMERCADOPRODUTORMINERALFLUMINENSE: MarceloLyraParenteINDICADORCFEM CarlosEduardoDamascenoGomesdeMatos AREIAINDUSTRIALMrcioAlexandreSerroSoares HernaniHenriqueRamirezNunesMarcusFelipeEmerickSoaresCambra FLUORITAAGREGADOSPARAACONSTRUOCIVIL GabrielLamounierdeFreitasFernandesPauloVicenteGuimares GUAMINERALROCHAPARABRITA AdersonMarquesMartinsJooBatistaSantos ElisadeSouzaBentoFernandesLeonardoFredericoPressi RonaldodaCostaMaurcio MarceloLyraParente ROCHAORNAMENTALEPARAREVESTIMENTO MariaMarthaGameiroAREIAPARACONSTRUOCIVIL RicardoLuizSodrRochaHernaniHenriqueRamirezNunes MINERAISPARAUSOINDUSTRIALSAIBRO GabrielLamounierdeFreitasFernandesGabrielLamounierdeFreitasFernandes DIAGRAMAO REVISOFernandoRamalhoGameleiraSoares ElisadeSouzaBentoFernandes FlavioLuizdaCostaErthalFORMATAO SuelenOliveiraAlpinoRodriguesElisadeSouzaBentoFernandes SuelenOliveiraAlpinoRodrigues ELABORAODOSMAPAS LuizFernandoLeiteZavoliREVISODEGEOLOGIARodrigoPeternelNunes
NiltondeAssisCostaJnior
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APRESENTAO
Como secretrio de estado de Desenvolvimento Econmico, considero de
grande relevncia e oportunidade o lanamento do Panorama Mineral Fluminense
edio 2012.
O momento mpar de crescimento econmico pelo qual passa o estado do
Rio de Janeiro, com investimentos previstos superiores a 211,5 bilhes at 2014,
segundo os estudos da Deciso Rio, da FIRJAN, necessita de recursos minerais para
dar suporte aos novos empreendimentos que sero, necessariamente, acompanhados
de amplas melhorias em infraestrutura, saneamento bsico e moradia, com a
concretizao de grandes obras pblicas e privadas, como o complexo do
COMPERJ, o Arco Metropolitano e o Porto do Au, que esto mudando a face do
estado.
Assim, para atender a este desafio, precisamos dispor de informaes
setoriais para que possamos planejar as aes de desenvolvimento no estado. O
Panorama Mineral vem suprir uma lacuna importante e confirma a linha que
imaginamos para o DRM-RJ, na sua funo de Servio Geolgico Estadual, de gerar
informaes de qualidade sobre a economia mineral fluminense.
Parabns equipe que elaborou o Panorama e tenho certeza que o estudo
ser til queles comprometidos com o desenvolvimento de nosso estado.
Rio de Janeiro, setembro de 2012.
Julio Bueno
Secretrio de Estado de Desenvolvimento Econmico, Energia, Indstria e
Servios
Presidente do Conselho Consultivo do DRM-RJ
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INTRODUO
O Servio Geolgico do Estado do Rio de Janeiro DRM-RJ tem a
satisfao de publicar a primeira edio do Panorama Mineral do Estado do Rio de
Janeiro, um trabalho coletivo da equipe da Diretoria de Minerao, consolidando as
informaes disponveis sobre o setor mineral fluminense, concentrado nos
indicadores primrios e secundrios que dispomos e tendo como fonte principal a
base de dados do Registro Mineral Estadual e as informaes do Anurio Mineral
Brasileiro, editado pelo Departamento Nacional da Produo Mineral, o DNPM,
rgo gestor da minerao brasileira.
A publicao deste Panorama Mineral faz parte de um conjunto de aes,
constantes do nosso Planejamento Estratgico, que objetivam o desenvolvimento
sustentvel do setor mineral fluminense, o atendimento s necessidades e
expectativas dos nossos clientes, assim como a consolidao do Servio Geolgico
do estado como instituio com foco na gerao e preservao do conhecimento.
Alm disso, este Panorama Mineral vem preencher importante lacuna nas
informaes consolidadas sobre o nosso setor mineral, em geral subestimado nas
estatsticas disponveis, pois est concentrado nos ditos minerais de uso na
construo civil, nas guas minerais e nas rochas ornamentais. Ou seja, longe daquela
minerao tradicionalmente reconhecida no Pas, fundada nas commodities e nas
grandes minas, num Brasil que tem um perfil essencialmente exportador de matrias-
primas minerais, muitas delas in natura e para insumo da grande indstria, para as
quais importantes so os minerais metlicos.
Nosso perfil, como o de So Paulo, Paran e outros estados, diferenciado.
Esta minerao (chamada de minerao social por diversos especialistas, para
diferenci-la da minerao tradicional brasileira) tem a responsabilidade de fornecer
bens minerais para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, da infraestrutura dos
locais onde vivem e, consequentemente, do seu conforto e dignidade.
Alm da estreita relao com a j dita melhoria da qualidade de vida das
pessoas, esta minerao estritamente regional e local, at mesmo no caso das rochas
ornamentais que, depois da crise mundial, volta-se intensamente para o mercado
interno e tem estreita ligao com o territrio e demanda tratamento regional e local.
Sobe de patamar, portanto, a importncia do rgo estadual de geologia e
recursos minerais na sua gesto, em discusso que transborda os limites do estado e
se enquadra nas grandes discusses do novo Marco Regulatrio e na necessidade,
defendida pelos estados, de descentralizao da gesto dos recursos minerais aos
estados e municpios. Mas esta uma outra (e importante) questo, cuja discusso
est aberta.
O Panorama Mineral tem duas linhas de informaes paralelas e
complementares.
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A primeira, trata aquelas informaes secundrias, decorrentes da anlise dos
dados do ICMS1 e da CFEM2. A segunda, detalha informaes disponveis sobre as
diversas substncias minerais exploradas no estado, buscando traar um perfil
atualizado de cada uma delas, agrupadas em setores. O DRM-RJ pretende, com isso,
difundir o estado da arte de nossa minerao e servir de fonte para os diversos
segmentos interessados, cumprindo seu objetivo bsico de rgo gerador,
processador e difusor de informaes. Informao, diga-se de passagem, o
componente fundamental de nossos principais produtos, conforme identificado e
representado em nosso macroprocesso.
Nesta linha, vale destacar, no bloco das informaes secundrias, dois
aspectos relativos ao ICMS e CFEM.
No caso do ICMS, feita a anlise do peso do setor mineral nesse imposto, o
que chamamos ICMS Mineral, que chega a um valor em torno de 290 milhes de
reais em 2011 (1,2%), para um total arrecadado pelo estado em torno de 24 bilhes
de reais. Parece pouco, mas no , pois o setor de base, fornecedor de insumos
essenciais e com uma ampla cadeia produtiva frente. Por exemplo, se o ICMS no
estado cresceu 87% entre 2005 e 2011, o ICMS pago pela indstria mineral cresceu
132% no mesmo perodo, refletindo o incremento do setor, que constitudo,
majoritariamente, de micro, pequenas e mdias empresas, que tm tratamento
diferenciado no imposto (reduzindo sua base de clculo e valor recolhido), mas so
fortes geradoras de emprego e renda, eis pois que constituem cinco importantes
Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral.
No caso da CFEM, o dado absoluto de nossa participao pequeno mas, se
retirarmos os grandes exportadores de commodities, que so Minas Gerais e Par, nossa
posio relativa cresce a nvel nacional. No cmputo geral, somos responsveis por
cerca de 0,85% da CFEM recolhida. Mas se excluirmos os metlicos e commodities
desta conta, nossa participao neste grupo, no mbito nacional, passa a 12%, atrs
de So Paulo, com 54%, o que se torna muito expressivo.
Por estes nmeros, no nosso entendimento, preciso contextualizar o papel
desses minerais fundamentais para a melhoria de qualidade de vida da populao e
para o processo de desenvolvimento econmico pelo qual passamos, sua capacidade
de gerao de emprego e, mais ainda, a necessidade de produzi-los o mais prximo
possvel do centro consumidor. Isto num momento no qual se discute intensamente
a alterao de alquotas e bases de clculo da CFEM, alm de taxas estaduais
especficas sobre a explorao dos bens minerais, criadas nos estados produtores de
commodities minerais. preciso relembrar sempre a importncia da minerao voltada
para o mercado interno e a importncia da micro, pequena e mdia minerao em
nosso Pas.
No caso das informaes primrias, nunca demais relembrar de onde viro
os insumos e matrias-primas minerais para suportar a onda de crescimento
econmico pelo qual passamos, com investimentos previstos de 216 bilhes de reais
1ICMS - Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao. 2CFEM Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Minerais (royalty mineral).
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at 2014, conforme atestam os estudos da FIRJAN3. Areia, brita, argila para cermica
vermelha, calcrio para cimento, rochas de revestimento e ornamentais. Tornam-se
relevantes questes relacionadas ao ordenamento territorial, disponibilidade de
reas prprias para minerao e a relao sustentvel com o meio ambiente. Nossa
demanda de agregados crescente e o espao disponvel em nosso territrio, cada
vez mais limitado. Importamos cerca de 30% do cimento necessrio construo
civil e obras pblicas e temos reservas estimadas em 2 bilhes de toneladas, das quais
700 milhes lavrveis, suficientes para centenas de anos de produo. Importamos
cerca de 40% da gua mineral que consumimos, principalmente aquelas envasadas
em embalagens descartveis, num estado com 55 fontes produzindo e 41 fontes
aptas a entrar no mercado. Temos expressivas reservas de rochas ornamentais e de
revestimento e o mercado fluminense essencialmente importador de produtos
manufaturados. O Panorama traz informaes atualizadas e pode contribuir para
Polticas Pblicas para reverso deste quadro.
Estamos lanando o Panorama, que traz este raio-X da nossa minerao, para
que possamos ter base de discusso mostrando sua importncia, desconhecida
mesmo em nosso governo. H no muito tempo, discutindo o papel da minerao
no estado, na eterna misso de garantir mais recursos para os nossos projetos, veio a
assertiva definitiva de uma autoridade da rea de planejamento: Mas isso no com
o governo federal? Para que precisamos nos meter nisso?. A custa de muito trabalho
e insistncia, esta mentalidade est mudando e o Panorama pode contribuir para isto,
pois traz luz a informao, at agora restrita aos nossos arquivos e ao nosso meio.
A edio 2012 ainda uma primeira verso, que ser continuamente
aprimorada, em especial aps o retorno daqueles que analisarem o Panorama. No
temos o conjunto de informaes fechada, mas entendemos ser importante coloc-
las publicamente. Os dados, em alguns casos, vo precisar de mais aprimoramento,
tanto aqueles disponibilizados pelo DNPM, em suas publicaes, como aqueles
constantes do Cadastro de Atividades Minerais, apresentado anualmente ao DRM-RJ
pelo setor produtivo. Mas refletem o estgio de conhecimento atual e, mais ainda,
indicaro ao DRM-RJ quais os Planos de Ao devem ser priorizados, em seu
Planejamento Estratgico.
O Panorama Mineral, da forma que est apresentado, s foi possvel com a
recomposio do quadro tcnico, aps a chegada do novo grupo de profissionais, em
agosto de 2011, graas sensibilidade do governador Srgio Cabral, a partir de
demanda do secretrio Julio Bueno, que acreditou no DRM-RJ. Estes profissionais,
que se juntaram ao experiente grupo j existente, conduzido pela Diretoria de
Minerao, responsvel pela produo do Panorama. Optamos por cada tema ser
de responsabilidade de um tcnico, sinalizando o que pretendemos aprimorar: ter
especialistas em cada rea, inteiramente debruados na ampliao do conhecimento
sobre o setor e gerando informao de qualidade que atenda nossos clientes.
Por este motivo, o Panorama pode parecer desigual no contedo e no
tratamento dos assuntos. Pois foi proposital e um exerccio importante para o grupo,
3Deciso Rio estudo produzido pela Federao das Indstrias do Estado do Rio de Janeiro, 2012-2014.
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que espera, com as observaes e sugestes que receberemos, aprimorar
continuamente o produto.
A este grupo dedicado deve ser creditado o Panorama Mineral Fluminense.
Esperamos que o Panorama Mineral Fluminense seja til a voc que o l e
interessado na economia do estado. E pedimos que envie suas sugestes,
comentrios e crticas. Sero muito bem vindas!
Boa leitura!
Rio de Janeiro, setembro de 2012
Flavio Erthal
Presidente
Servio Geolgico do Estado do Rio de Janeiro - DRM-RJ
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SUMRIO
SUMRIO 11 NDICEDEFIGURAS,TABELAS,QUADROSEGRFICOS 12CONTEXTOECONMICODOESTADODORIODEJANEIROEAMINERAO 22METODOLOGIA 25PARTEI INDICADORESSECUNDRIOSDOSETORMINERALFLUMINENSE
1. ICMSRECOLHIDOPELASEMPRESASDOSETORMINERALFLUMINENSE 312. OMERCADOPRODUTORMINERALFLUMINENSE:INDICADORCFEM 36
PARTEII INDICADORESPRIMRIOSDOSETORMINERALFLUMINENSE
1. RECURSOSMINERAISNOMETLICOS 64 1.1. ROCHASEMINERAISPARAUSONACONSTRUOCIVIL 64 a. AgregadosparaConstruoCivil 64 a.1 RochaparaBrita 68 a.2 AreiaparaConstruoCivil 81 b. Saibro 104 c. Argila 121 d. ArgilaparaCermicaVermelha PanoramadoSetorCermico 125 e. Argilaparacimento 153 1.2. MINERAISPARAUSODACONSTRUOCIVILEDOAGRONEGCIO 155 a. CalcrioparaCimento,CorreodeSoloseOutros 155
1.3 MINERAISPARAUSOINDUSTRIAL 167 a. AreiaIndustrial 167 b. Fluorita 176
1.4 GUAMINERAL 188 1.5 ROCHAORNAMENTALEPARAREVESTIMENTO 2122. RECURSOSMINERAISMETLICOS 237
2.1 MINERAISPARAUSOINDUSTRIAL 237 a. Monazita/Zirconita/Ilmenita/Rutilo 237
REFERNCIASBIBLIOGRFICAS 246
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NDICEDEFIGURAS,TABELAS,QUADROSEGRFICOS
CONTEXTOECONMICODOESTADODORIODEJANEIROEAMINERAOFIGURA1 22 ContextodoestadodoRiodeJaneironoBrasil FIGURA2 24 GrandesempreendimentosemcursonoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:
2012a2014
TABELA1 23 InvestimentosrelacionadosCopadoMundoesOlimpadas,embilhesdeReais.
GRFICO1 23 Distribuiodos investimentosprevistosparaoestadodoRiode Janeiroat
2014.
PARTEI INDICADORESSECUNDRIOSDOSETORMINERALFLUMINENSE 1.ICMSRECOLHIDOPELASEMPRESASDOSETORMINERALFLUMINENSE FIGURA1 31 DiagramacomasetapasdelevantamentodosdadosdaSEF/RJ TABELA1 32 Arrecadaodo ICMSTotalna comparao como ICMSMineral.Perodo:
2005a2011
TABELA2 33 Crescimentoacumuladodearrecadao.Perodo:2005a2010 TABELA3 35 Participao (%)daarrecadaodo ICMSMineralporclassificaoCNAEem
2011
GRFICO1 32 Taxade crescimentoanualdovalorarrecadadode ICMSMineraleTotalnoestadodoRiodeJaneiro
GRFICO2 35 Participao(%)dossetoresnaarrecadaodoICMSMineralem2011 2.OMERCADOPRODUTORMINERALFLUMINENSE:INDICADORCFEM FIGURA1 44 Comparativo entreos estadosdemaiores arrecadaesdaCFEM2011 com
perfissemelhantesdeminerao:metlicosenometlicos
FIGURA2 46 Comparativo entreos estadosdemaiores arrecadaesdaCFEM2011 comperfildemineraodenometlicos.Destaqueparaasarrecadaesobtidaspelaextraodasrochasemineraisdestinadosaousonaconstruocivil.
TABELA1 36 AlquotaparaclculodaCFEMportiposdesubstnciasminerais TABELA2 37 Distribuio da arrecadao da CFEM entre entes federativos e rgos da
administraodaUnio
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TABELA3 41 Tabelada variaodopreomensaldominriode ferro E.U. dlaresportoneladamtricaparaosanosde2008e2009
TABELA4 41 ndicemensaldepreosdemetaisparaosanosde2008e2009 TABELA5 Agrupamentodas substnciasquegeraramarrecadaoCFEMnoestadodo
RiodeJaneiroem2011,conformeosusoseconmicosassociados48
TABELA6 ArrecadaoCFEMnoestadodoRiodeJaneiroem2011dogrupodasrochasemineraisutilizadosnaproduoindustrial
49
TABELA7 54 Ranking dostrintaecincomunicpiosdoestadodoRiodeJaneirocommaiorarrecadaodaCFEM2011
TABELA8 61 TiposdeinvestimentosprevistosnoestadodoRiodeJaneiro,osseusvalores
esetoresaseremaplicadosdurante.Perodo:2012a2014
GRFICO1 38 Srie histrica da arrecadao da CFEM nacional e no estado do Rio deJaneiro.Perodo:2005a2011
GRFICO2 39 ComportamentoanualdastaxasdevariaodaarrecadaodaCFEMnacional
enoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2005a2011
GRFICO3 42 PercentualdaarrecadaodaCFEMdoestadodoRiode Janeiroemrelaoaototalnacional.Perodo:2005a2011
GRFICO4 44 AsquinzemaioresarrecadaesporestadosdaCFEM(%)nocenrionacional
em2011
GRFICO5 49 Arrecadao CFEM no estado do Rio de Janeiro referente aos recursosmineraisclassificadoscomonometlicosemetlicos,em2011
GRFICO6 50 Arrecadao CFEM no estado do Rio de Janeiro referente aos recursos
minerais conforme o seu aproveitamento econmico para construo civil,agronegcios,indstriaseguamineral,em2011
GRFICO7 51 ArrecadaoCFEMnoestadodoRiodeJaneiro,porsubstncias,conformeoseuaproveitamentoeconmicoparaconstruocivil,agronegcios,indstriaseguamineral,em2011
GRFICO8 52 ArrecadaoCFEM2011noestadodoRiodeJaneiroreferenteextraodecalcrioconformeoseuaproveitamentoeconmicoparaousonaconstruocivilenoagronegcio
GRFICO9 55 Ranking dosdezmunicpiosdemaiorarrecadaoCFEM2011noestadodoRiodeJaneiroreferenteextraodebrita
GRFICO10 56 Ranking dosdezmunicpiosdemaiorarrecadaoCFEM2011noestadodo
RiodeJaneiroreferenteextraodeareia
GRFICO11 57 Ranking dosdezmunicpiosdemaiorarrecadaoCFEM2011noestadodoRiodeJaneiroreferenteextraodeargila
GRFICO12 57 Ranking dosdezmunicpiosdemaiorarrecadaoCFEM2011noestadodo
RiodeJaneiroreferenteextraodesaibro
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GRFICO13 58 Ranking dos dez municpios de maior arrecadao CFEM2011 no ERJreferenteexploraodeguamineral
PARTEII INDICADORESPRIMRIOSDOSETORMINERALFLUMINENSE 1.RECURSOSMINERAISNOMETLICOS a.1 Rocha para Brita FIGURA1 70 MapadoestadodoRiodeJaneirocomasocorrnciasderochascompotencial
parabritaereasoneradasparaestetipodeminerao.
FIGURA2 72 Esquemamostrandoarelaopedreiracidadecomaexpansourbana FIGURA3 73 EquipetcnicadoDRMRJemvistoriademineraodebritanonoroestedo
estadodoRiodeJaneiroem2012
TABELA1 76 Relao entre nmero de funcionrios e nmero de empresas no setor debritaecustomdiodatoneladaem2011
TABELA2 79 DadosdeProduodeBritanoEstadodoRiodeJaneiro.Perodo:1996a2010 GRFICO1 74 PortedasempresasdosetordebritanoestadodoRiodeJaneiro GRFICO2 74 Relaoentreonmerodeempregadoseproduodeacordocomoporte
dosempreendimentos
GRFICO3 75 ProduodeclaradadebritaportoneladaparaasdiferentesregiesdoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO4 76 Nmero de empresas, mo de obra e preo mdio da tonelada de rocha
britadaparaasdiferentesregiesdoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO5 78 Dadosde investimentosnamineraode rochas (britadas).Perodo:1997a2010
GRFICO6 80 EvoluodaProduodeRochasBritadas(britas).Perodo:1996a2011 GRFICO7 80 EvoluodoValordaProduoMineral (VPM beneficiada).Perodo:1996a
2011
a.2 Areia para Construo Civil FIGURA1 85 Caractersticasprpriasdaminerao FIGURA2 85 Nossacasavemdaminerao nfasenosagregados FIGURA3 86 Exemploilustrativodosprincipaisagregadosdaconstruocivil FIGURA4 87 Extrao de areia em rio. Em (a) observase draga em um rio de pequeno
porte.Em (b)observaseadragagemno rioParabado Sul, consideradodegrandeporte
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FIGURA5 88 Extrao de areia em cava. Em (a) observase um processo incipiente deextraodeareiaemcava,emplanciealuvionar.Na figura (b)observaseaextrao de areia em cava em um processo mais avanado, em planciealuvionar
FIGURA6 93 Mapadelocalizaodosdepsitosdeareiaparaaconstruocivil FIGURA7 95 MapadelocalizaodosareaisnomunicpiodeSeropdica 2008 FIGURA8 96 Areais situados ao redor da reta de Piranema,municpios de Seropdica e
Itagua
TABELA1 81 Classificaodossolosdeacordocomsuagranulometria TABELA2 86 Distribuiodoconsumodeagregadosparaaconstruocivil GRFICO1 92 Produodeclaradadeareia(%)noestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a
2011
GRFICO2 92 Produodeclaradadeareia(t)nosmunicpioscommaior produodeareianoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO3 94 Distribuiodonmerodeempresas,nmerodeempregosevalormdiode
areiaporRegioPrograma.Perodo:2010a2011
GRFICO4 94 Produodeclaradadeareia (%)daRegioMetropolitanadoRiode Janeiro.Perodo:2010a2011
GRFICO5 97 Produodeclaradadeareia(%)daRegioSerranadoRiodeJaneiro.Perodo:
2010a2011
GRFICO6 98 Produodeclaradadeareia(%)daRegioNortedoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO7 99 Produo declarada de areia (%) da Regio Noroeste do Rio de Janeiro.
Perodo:2010a2011
GRFICO8 100 Produodeclaradadeareia(%)daRegiodoMdioParabadoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO9 101 Produodeclaradadeareia (%)daRegioCentroSulFluminensedoestado
doRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO10 102 Produodeclaradadeareia(%)daRegiodasBaixadasLitorneasdoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
b. Saibro
FIGURA1 104 PerfildealteraodeondeextradoosaibronomunicpiodeMagRJ FIGURA2 105 Utilizaodosaibrocomosubbaseemobrasrodovirias FIGURA3 106 Mapa geocronolgico simplificado, realando a relao de rochas pr
cambrianascristalinaserochassedimentaresCenozoicas
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FIGURA4 108 Mapa mostrando a delimitao e abrangncia das Regies Programa doestadodoRiodeJaneiro
FIGURA5 111 Mapa das reas oneradas para a minerao de saibro em relao s
ocorrnciasderochascristalinasnoestadodoRiodeJaneiro
FIGURA6 114 MapadadistribuiodaspoligonaisdoDNPMnasfasesdeconcessodelavra,licenciamentoerequerimentodelavranaRegioMetropolitana
FIGURA7 116 Mapa de ttulos minerrios por substncias na Regio Norte Fluminense
2012
FIGURA8 118 Mapa da distribuio das unidades de conservao estaduais e federais naRegiodasBaixadasLitorneas
TABELA1 107 Total dos dados do CAM/DRMRJ, divididos em Regies Programa, das
empresasregistradasprodutorasdesaibronoestadodoRiodeJaneiro
GRFICO1 109 Produodeclaradadesaibro(m)noestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO2 110 Relao de nmero de empresas, mo de obra e preo mdio por Regio
Programa
GRFICO3 112 Produo declarada de saibro (m) da Regio Metropolitana produoconcentradaemdoispolos,osmunicpiosdoRiode JaneiroeBelfordRoxo,destacandoseaindaomunicpiodeMaric
GRFICO4 115 Produo declarada de saibro (%) da Regio Norte do estado do Rio deJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO5 119 Produodeclaradadesaibro(%)daRegiodasBaixadasLitorneasdoestado
doRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO6 120 Municpiosdemaiorproduodeclarada (m)desaibronoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
c. Argila
TABELA1 122 ReservasmedidasdeargilasnoestadodoRiodeJaneiroem2010 TABELA2 123 QuantidadeevalordaproduodeargilacomercializadanoestadodoRiode
Janeiroem2009
GRFICO1 123 DistribuiosetorialporusosdaquantidadeconsumidadeargilanoestadodoRiodeJaneiroem2009
GRFICO2 124 Quantitativodemodeobraempregadanamineraodas substnciasno
metlicasnoestadodoRiodeJaneiroem2009,emdestaqueasargilas
d. Argila para Cermica Vermelha - Panorama do Setor Cermico
FIGURA1 126 Tiposdeartefatoscermicos
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FIGURA2 127 Extrusoradeproduosemicontnua,aptaparaaindstriacermicaemuitoutilizadaparaaproduode tijolosvazados
FIGURA3 131 Processosdeextraodaargila:(a)extraodeargilaemcava,matriaprima
paracermicavermelha;(b)nabasedotaludedacavaaargilaforteparaamisturadamassa,argilaorgnicacinzaescura,tambmchamadatabatinga;(c) equipamento moto mecnico operando o preenchimento da cava deextrao;(d)cavadeextraorecuperadaepreparadaparaoplantiodecanadeacar
FIGURA4 134 Cartaimagemdasindstriasdeartefatoscermicosedereasdeextraodeargilas para cermica vermelha nomunicpio de Campos dosGoytacazes ArranjoProdutivoLocalAPLMineral(2011)
FIGURA5 137 Fornos utilizados na fabricao de cermicas. O forno tipo Hoffmann (a)utilizado pelos fabricantes de blocos, de fcil manuseio, econmico, boaprodutividade e baixo consumo de energia.O forno abbada (b) um dosmelhores para a queima de telhas. Caracterizase por ser econmico, poradaptarseaqualquercombustveleporserdefciloperao
FIGURA6 140 Indstria cermica (a) e jazidas de argila (b) nos sedimentos tercirios daFormaoBarreiras(c)nopolodeItabora
FIGURA7 141 JazidasdeargilaparacermicaemRioBonito,polodeItabora,comdestaque
para depsitos tercirios, a argila fraca (a) e depsitos quaternrios devrzea,aargilaforte(b),cinzaescura
FIGURA8 143 MapadoPoloCermicodeItabora RJ FIGURA9 145 ExpansourbanasobreasjazidasdeargilanopolodeItabora FIGURA10 147
Argilacoluvial (a), ricaemquartzo,menosplstica.Argiladevrzea (b),altaplasticidade,granulometriafina
FIGURA11 149
LocalizaodasreasdeextraodeargilanaRegiodoMdioValedo rioParabadoSuleCentroSulFluminensevisitadaspeloDRMRJem2008
TABELA1 128 Dadoscomparativosdosegmentocermico TABELA2 136 ValoragregadodosprincipaisprodutosproduzidosnaRegiodeCampos/RJ TABELA3 144 ValoragregadodosprincipaisprodutosproduzidosnaRegiodeItabora/RJ TABELA4 150 ValoragregadodosprincipaisprodutosproduzidosnaRegiodoMdioVale
dorioParabadoSul
GRFICO1 128 ComparativodaquantidadedeempresasedemodeobraalocadanoBrasile
noestadodoRiodeJaneiroem2008
GRFICO2 129 Comparativo entre o nmero de empresas e mo de obra dos polosprodutoresdecermicavermelhadoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
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GRFICO3 129 Comparativodaquantidadedeproduodepeascermicas (%)noBrasilenoestadodoRiodeJaneiroem2008
GRFICO4 130 Comparativodaproduodeargila(%)noBrasilenoestadodoRiodeJaneiro
paraproduodepeascermicasem2008
GRFICO5 130 Produo de peas cermicas nos polos produtores do estado do Rio deJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO6 133 Extraodeargila(%)paracermicavermelhanopolodeCamposdoestado
doRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO7 135 PrincipaisprodutoscermicosdopolodeCamposdosGoytacazes
GRFICO8 141 ExtraodeArgila(%)paraCermicaVermelhanoPolodeItaboradoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO9 144
PrincipaisprodutoscermicosdopolodeItabora GRFICO10 148
Extraodeargila (%)paracermicavermelhanopolodoMdioValedorioParabadoSuldoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO11 151
PrincipaisprodutoscermicosdopolodoMdioParabadoSul
e. Argila para cimento
GRFICO1 154 ProduodeArgila(t)paraopolocimenteirodeCantagalo(RJ).Perodo:2008a2010
1.2. MINERAIS PARA USO DA CONSTRUO CIVIL E DO AGRONEGCIO
a. Calcrio para Cimento, Correo de Solos e Outros FIGURA1 156
ExtraodecalcrioemItalva(RJ)pararochasornamentaisederevestimento(a).ExtraodecalcrioemItalva(RJ)paracorretivodesolo(b)
FIGURA2 158
Rochas carbonticas e direitosminerrios no estado do Rio de Janeiro em2012
FIGURA3 163
Esquemadoefeitomultiplicadordacadeiaprodutivadocimento GRFICO1 160
ExtraodecalcrioparaoPoloCimenteirodeCantagalo(RJ).Perodo:2008a2011
GRFICO2 161
Extrao de calcrio para produo de corretivos de solo em Italva (RJ).Perodo:2008a2011
GRFICO3 161
Distribuiodonmerodeempresas,nmerodeempregosevalormdiodatoneladadecalcrionaregiodeItalva(RJ).Perodo:2008a2011
GRFICO4 163
Relaoentrenmerodeempresas,nmerodeempregosevalormdiodatoneladadecalcrionaregiodeCantagalo(RJ).Perodo:2008a2011
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GRFICO5 164 Sriehistricadovalorda produomineral(VPM)decalcrioparaaindstriacimenteira.Perodo:1996a2011
GRFICO6 165
Investimentos na minerao de calcrios no estado do Rio de Janeiro emmilhesdereais
GRFICO7 165
Evoluo da minerao de calcrios no estado do Rio de Janeiro, seu usopredominantenaproduodecimentoecorrelaoentreadisponibilidadeedemandaaparentedesteprodutonoestado
1.3 MINERAIS PARA USO INDUSTRIAL
a. Areia Industrial FIGURA1 168
Mapadelocalizaodosdepsitosdeareiaindustrial TABELA1 170
Participaosetorialdaareiaindustrial GRFICO1 172
ParqueprodutordeareiaindustrialdoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO2 173
Produo declarada de areia industrial (t) da Regio do Mdio Paraba doestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO3 174
Produodeclaradadeareiaindustrial(t)daRegioMetropolitanadoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
b. Fluorita FIGURA1 178
MapasimplificadodasErasGeolgicasdoestadodoRiodeJaneiro,noqualpossvelvisualizaraocorrnciadosmaciosalcalinoscenozoicos
FIGURA2 179
ImagemareadasocorrnciasfiloneanasdefluoritanomaciodeTangu,RJ FIGURA3 180
Interior da Mina 1 com placa indicando a direo das galerias dos corposmineralizados
QUADRO1 180
EspecificaesdaFluorita GRFICO1 181
Evoluodasreservasbasedefluorita(CaF2 contido).Perodo:1990a2008 GRFICO2 183
EvoluodaProduodeFluorita(t)Xano.Perodo:1990a2011 GRFICO3 184
Histricoetendnciadoaumentodovalor(R$/t)dafluoritanoestadodoRiodeJaneiro
GRFICO4 184 Evoluodospreosdafluoritagraumetalrgico.Perodo:1995a2008
1.4GUAMINERAL
FIGURA1 189 Ociclohidrolgico
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FIGURA2 200 MapageolgicosimplificadodoestadodoRiodeJaneirocomalocalizaodasfontesdeguamineral
FIGURA3 203
Distribuio espacial das reas requeridas e com Portarias de Lavra noterritriofluminense
FIGURA4 208
(a)casascomreascercadasparapreservaodasfontes.(b)Imagemdopoodecaptaocomrevestimentoeminox.
FIGURA5 209
(a)apsprlavagemosgalesso levadosporesteirarolantepara lavadoraautomtica. (b) A sala de envase dos gales e seus funcionrios estoprotegidos contraqualquerpossibilidadede contaminaodo ambiente. (c)envasadoradeembalagensdescartveis/reciclveis,emambientepreservado.(d)Colocaodoselodevedaoecontroledequalidade
TABELA1 192 guasMineraisdoestadodoRiodeJaneiroesuasindicaesteraputicas
TABELA2 200 Distribuio dos principais estados produtores de gua mineral naturalenvasadadados2010
TABELA3 204
Quadrodaproduo, faturamentoemoobradosetorenvasadordeguasmineraisnaturaisdoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
QUADRO1 198
Leisenormastcnicasderegulamentaodosetordeguamineral GRFICO1 205
Distribuio(%)daproduo envasadaporRegioProgramadoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011
GRFICO2 206
Participao(%)dosmunicpiosdaRegiodasBaixadasLitorneasdoestado GRFICO3 206
Participao(%)dosmunicpiosdaRegioMetropolitanadoestado GRFICO4 207
Participao(%)dosmunicpiosdaRegioSerranadoestado GRFICO5 207
ParticipaodosmunicpiosdaRegioNoroestedoestado GRFICO6 208
ModeobradiretageradapelosetoremcadaRegioProgramadoestado
1.5ROCHAORNAMENTALEPARAREVESTIMENTO
FIGURA1 218 Exportaoacumuladadosetorderochas.Perodo:2007a2011
FIGURA2 221 Mapa de localizao das exploraes de rochas ornamentais e pararevestimentonoestadodoRiodeJaneiro
FIGURA3 227
MapadasocorrnciasnaRegioNoroeste TABELA1 216
Produo,exportaoeimportaoderochasornamentais dadosmundiais.Perodo:2009a2010
TABELA2 222
Reservas medidas das rochas ornamentais em 2009 no estado do Rio deJaneiro
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TABELA3 223 Quantidadedaproduobrutaebeneficiadacomercializadanoanode2009noestadodoRiodeJaneiro
TABELA4 225
ExportaoderochasornamentaispeloestadodoRiodeJaneiro. TABELA5 225
Exportaoderochasornamentaisederevestimentoem2011 TABELA6 231
CronogramadeaesnoAPLderochasornamentaisdoNoroesteFluminense TABELA7 233
Principais nmeros do APL de rochas ornamentais da Regio NoroesteFluminense,comdestaqueparaomunicpiodeSantoAntniodePdua
QUADRO1 214
RelaodasprincipaisjazidasdaRegioMetropolitana QUADRO2 234
Listadeiniciativasdedesoneraodosetorprodutivoderochasornamentaiseequiparaoapolticasdosestadosvizinhos
GRFICO1 217
Produo bruta de rochas ornamentais no Brasil em 2011 (distribuioregional)
GRFICO2 217
Perfildaproduobrasileiraportipoderochaem2011 GRFICO3 218
Evoluodovolumefsicodasimportaesbrasileirasderochasornamentais
2.RECURSOSMINERAISMETLICOS
2.1MINERAISPARAUSOINDUSTRIAL
FIGURA1 238 Foto dos grnulos dosminerais pesados extrados e concentrados da areiamonazticadaunidadedeBUENA
FIGURA2 239
FotoareadaunidadeINBBuenaemSoFranciscodeItabapoanaRJ.Podeseobservarnocantosuperioresquerdoafrentedelavra
FIGURA3 240
Processodeextraomecnicadaareiamonaztica FIGURA4 242
ProcessodeconcentraoprimriadaareiamonazticapormeiodasEspiraisdeHumphrey(a).Em(b)observaseocontrastedecormostrandoaseparaohidrogravimtrica.
TABELA1 241 DadosdereservaparaosmineraispesadosnoestadoRiodeJaneiro
TABELA2 242 ProduobrutadominrionoestadoRiodeJaneiro
TABELA3 243 ProduobeneficiadademineraispesadosnoestadodoRiodeJaneiroAMB2010
TABELA4 244
Quantidadeevalordaproduomineralcomercializada QUADRO1 244
Consumidor produtos beneficiados distribuio setorial da quantidadeconsumidaporsubstncias2009
QUADRO2 244
Consumidor produtos beneficiados distribuio regional da quantidadeconsumidaporUF2009
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CONTEXTO ECONMICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E A MINERAO
DADOS ECONMICOS E POTENCIALIDADES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO:
O estado do Rio de Janeiro est localizado na Regio Sudeste do Brasil e
possui uma rea de 43.766 km, representando 0,52% do territrio brasileiro. A
populao do estado corresponde a cerca de 15,56 milhes de pessoas,
representando, aproximadamente, 8,25% da populao brasileira.
O potencial econmico de um estado baseado no Produto Interno Bruto
(PIB) comparado com o restante do pas. Para exemplificar a Regio Sudeste
acumula 57% do PIB nacional, sendo que o estado do Rio de Janeiro responsvel
por 11,3% representado em R$ 343 bilhes e com um PIB per capta de cerca de R$ 21
mil.
FIGURA 1
Contexto do estado do Rio de Janeiro no Brasil
Fonte: FIRJAN, 2012.
O Deciso Rio um estudo coordenado pela Federao das Indstrias do
Rio de Janeiro (Firjan) e realizado junto a investidores sobre as intenes de
investimentos no estado do Rio de Janeiro em um perodo de trs anos refletindo
assim as reais necessidades do mercado.
De acordo com os dados do Deciso Rio 2012-2014, os investimentos
direcionados ao Rio de Janeiro so da ordem de R$ 211,5 bilhes, representando, em
relao ao perodo 2011-2013, um aumento de 16,6%. Esses investimentos tem
origem pblica e privada, nacional e estrangeira. Do total previsto, 70,1% (R$ 148,2
bilhes) correspondem a investimentos industriais; R$ 40,5 bilhes correspondem
indstria de transformao; e R$107,7 bilhes correspondem aos investimentos
relacionados Petrobrs. Alm disso, R$ 17,9 bilhes deste montante sero
destinados aos investimentos na Copa 2014 e Olmpiadas 2016.
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A tabela 1, o grfico 1 e a figura 2 demonstram os volumes dos grandes
investimentos, por setores, que esto projetados para o Rio de Janeiro no perodo
compreendido entre 2012 e 2014.
TABELA 1
Investimentos relacionados Copa do Mundo e s Olimpadas, em bilhes de Reais.
Investimentos Relacionados Copa do Mundo e s Olimpadas R$ bilhes
Infraestrutura de Transporte 7,7
Rede Hoteleira e outros investimentos tursticos 1,6
Investimentos do Comit Olmpico (ainda no detalhados) 2,5
Demais Investimentos Pblicos e Privados na Organizao dos Jogos (ainda no
detalhados)
6,1
Total 17,9
Fonte: FIRJAN, 2012.
GRFICO 1
Distribuio dos investimentos previstos para o estado do Rio de Janeiro at 2014.
Fonte: FIRJAN, 2012.
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FIGURA 2
Grandes empreendimentos em curso no estado do Rio de Janeiro. Perodo: 2012 a 2014
Fonte dos dados: FIRJAN, 2012. Elaborao: DRM-RJ.
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METODOLOGIA
Este item ir mostrar os procedimentos que foram aplicados para a realizao
do Panorama Mineral Fluminense (PMF) 2012 . Sero relatadas as principais
diretrizes adotadas na coleta de dados e processamento dos mesmos, passando pela
confeco dos grficos e tabelas e das concluses dos aspectos econmicos dos
principais recursos minerais encontrados no estado do Rio de Janeiro.
Para a realizao de todo o tratamento e compilao dos dados, foi necessrio
o desenvolvimento de uma metodologia para que o PMF 2012 pudesse conter o
mximo de informaes necessrias com qualidade e uniformidade.
PRIMEIRA FASE TRATAMENTO E QUALIFICAO DOS DADOS:
Esta fase consistiu basicamente na verificao dos dados existentes, em escala
estadual, dando prioridade aos dados produzidos e verificados pelo Departamento de
Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ). Na falta ou insuficincia
dos mesmos, optou-se pelo rgo de informaes oficiais na esfera federal, o
Departamento Nacional da Produo Mineral (DNPM). E, de forma secundria,
outras fontes existentes, como dados da FIRJAN, Sindicatos, Secretaria de
Desenvolvimento Econmico, Energia, Indstria e Comrcio (SEDEIS), entre
outros que sero apontados no decorrer deste Panorama.
AVALIAO DOS DADOS DO CADASTRO DE ATIVIDADES MINERRIAS CAM:
A partir das informaes disponibilizadas no CAM, at o ms de julho de
2011, de todas as empresas cadastradas no DRM, foram coletados os dados
econmicos mais relevantes para o estudo.
A partir disso, foram observadas as inconsistncias e estudados os principais
dados a serem considerados.
Os dados foram compilados em tabelas e gerados os grficos existentes no
documento.
COMPATIBILIZAO DA PROPOSTA DO PANORAMA COM OS DADOS DO CAM:
A partir do levantamento dos dados econmicos existentes nas declaraes
do CAM, foi discutido com o Grupo de Trabalho a melhor forma de atender aos
itens inicialmente propostos para a confeco do Panorama.
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DEFINIO DA PROPOSTA DO PANORAMA:
Aps a verificao dos dados foi realizada a definio da proposta do
Panorama. Esta proposta foi focada principalmente nos dados consistentes do CAM,
nos dados divulgados no Anurio Mineral Brasileiro de 2010 do DNPM, alm de
trabalhos especficos j realizados pela equipe tcnica do DRM sobre cada uma das
substncias minerais relacionadas neste Panorama.
SEGUNDA FASE ANLISE DOS DADOS E REDAO DOS CAPTULOS:
Esta fase a subsequente coleta dos dados brutos, e consiste basicamente
na realizao da anlise dos dados de cada substncia mineral pela equipe
responsvel.
ELABORAO DO CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:
Foi elaborado um cronograma de atividades como forma de ordenar e
nortear o andamento dos trabalhos.
DEFINIO DOS RESPONSVEIS PELAS SUBSTNCIAS MINERAIS:
A confeco do Panorama foi realizada de forma a retratar o contexto
econmico de cada substncia mineral principal do estado. E, desta forma, a equipe
foi dividida para desenvolver especificamente cada substncia mineral,
proporcionando a melhor consistncia de cada tema.
ELABORAO E DISTRIBUIO DOS KITSPARA O ROTEIRO DO TEXTO POR SUBSTANCIA MINERAL
Para orientao na elaborao dos textos e harmonia de informaes, a
equipe organizadora elaborou um roteiro contendo os principais itens a serem
abordados nos textos.
Para acompanhar esse roteiro, os dados econmicos trabalhados foram
compilados em grficos especficos e entregues juntamente com o roteiro e com
mapas complementares.
A seguir, as perguntas que formaram o roteiro bsico para a busca e a
insero de informaes relevantes substncia enfocada:
Reservas minerais (DNPM)?
Produo bruta de minrio?
Produo beneficiada?
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Quantidade e valor da produo mineral comercializada?
Porte e modalidade da lavra das minas (mdia/pequena)? (DNPM)
Porte das usinas?
Empresas produtoras (n de empresas)?
Investimentos na minerao (realizados e previstos)?
Mercado consumidor produtos brutos?
Mercado consumidor produtos beneficiados?
Mo-de-obra utilizada na minerao?
PROPOSTA DE ELABORAO DOS CAPTULOS
A definio da sequncia e dos temas abordados no corpo do Panorama foi
amplamente discutida, buscando a melhor forma de retratar todos os dados obtidos
das substncias minerais.
GEOINFORMAO
A equipe da Coordenadoria de Geoinformao teve um papel fundamental
para a realizao dos estudos e desenvolvimento dos dados, pois a mesma estava em
sintonia com a equipe de coordenao de forma a atender aos tcnicos com
informaes geoespaciais e mapas temticos especficos e de acordo com a demanda
de cada um.
Para a composio do Panorama a equipe realizou toda a uniformizao dos
mapas existentes no texto de forma a proporcionar o melhor entendimento do
pblico.
TERCEIRA FASE WORKSHOP INTERNO
Esta fase foi composta com o objetivo principal de ampliar os
conhecimentos de toda a equipe e integrar o trabalho desenvolvido por cada um,
fazendo com que a troca de ideias e sugestes agregasse mais qualidade aos captulos.
Esse workshop foi dividido em trs partes bem definidas e descritas a seguir:
Apresentao dos captulos executados pelos Tcnicos;
Avaliao e debate sobre o contedo;
Sugestes e comentrios da Diretoria e Presidncia.
QUARTA FASE APRESENTAO DOS DADOS PRELIMINARES
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Esta ltima etapa teve um carter interativo com o pblico alvo. E tambm se
caracterizou por ser a mais importante de todas, uma vez que se tratava de avaliar o
trabalho como um todo e unificar as informaes e dados coletados e descritos por
cada autor de cada substncia mineral.
APRESENTAO DOS DADOS PRELIMINARES AO PUBLICO ALVO
O Panorama, durante toda a sua concepo, buscou ser um reflexo dos
principais questionamentos em relao s informaes e dados que o pblico
necessita. Assim, foi realizada uma apresentao contendo os dados econmicos
principais para os diversos atores interessados no tema, como forma de agregar
opinies dos futuros leitores e cobrir eventuais lacunas que no tenham sido
retratadas.
AVALIAO FINAL, EDITORAO E LANAMENTO
Esta etapa consistiu na avaliao e leitura crtica do produto pela Diretoria e
Presidncia com a finalidade de constituir o Panorama em um produto nos padres
de qualidade do DRM-RJ.
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PARTE I
INDICADORES SECUNDRIOS DO SETOR MINERAL FLUMINENSE
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Os dados e as informaes contidos neste captulo so indicadores
representativos do comportamento do mercado produtor mineral do estado do Rio
de Janeiro (ERJ). Isto porque abordam sobre o acerto de contas entre a Unio,
estados e municpios referentes explorao mineral realizada por empresas.
O primeiro indicador denominado Compensao Financeira pela
Explorao de Recursos Minerais (CFEM) e recebida por municpios, estados e
Unio. Refere-se a uma contribuio (preo pblico) devida pelas empresas que
extraem, beneficiam e/ou transferem o bem mineral para seus processos industriais,
e normatizada pelo Departamento Nacional da Produo Mineral (DNPM).
J o segundo indicador o Imposto de Circulao de Mercadorias e Servios
(ICMS) que recolhido pelos estados. Neste presente trabalho, o que arrecadado
pelo ERJ de ICMS referente atividade mineradora ser denominado de ICMS
Mineral.
O ICMS Mineral trata-se da contribuio feita pelas empresas deste setor
econmico, que atravs de cdigos especficos do setor mineral identificam a
empresa contribuinte, a sua localizao e os seus respectivos valores recolhidos.
Ambos os indicadores apresentam em suas respectivas bases de clculos
valores da produo do setor mineral fluminense e registros de dados cadastrais das
empresas mineradoras. Por esta razo, so representativos como indicadores
secundrios da produo mineral no estado do Rio de Janeiro.
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1 ICMS Recolhido pelas Empresas do Setor Mineral Fluminense
Entre os diversos indicadores econmicos e fiscais disponveis para avaliao
do setor mineral do estado do Rio de Janeiro, utilizamos os dados resultantes da
tributao dos bens e servios aplicados s empresas do setor mineral do estado, que
resultam na arrecadao do Imposto de Circulao de Mercadorias e Servios
(ICMS).
A metodologia adotada (figura 1) para definio do universo de contribuintes
do ICMS do setor mineral (metlicos e no metlicos) do estado foi da identificao
das atividades desenvolvidas pelas empresas do setor, atravs do seu Cdigo
Nacional de Atividade Econmica (CNAE), que as classificam pelas atividades de
extrao, beneficiamento ou transformao mineral, excludos Petrleo e Gs.
FIGURA 1
Diagrama com as etapas de levantamento dos dados da SEF/RJ
A identificao das empresas do setor mineral fluminense ocorre a partir de
consulta listagem anual do cadastro de contribuintes do ICMS da Secretaria de
Fazenda do estado do Rio de Janeiro, e a seleo feita atravs do Cdigo Nacional de
Atividades Econmicas (CNAE), que identifica e descreve as atividades por elas
desenvolvidas.
A partir da formulao de listagem com as empresas do setor mineral
fluminense, foram elaboradas planilhas com a arrecadao do que denominamos
ICMS Mineral-RJ que indicam a participao de cada atividade da minerao, na
arrecadao do tributo e sua evoluo histrica.
A tabela 1 e o grfico 1 ilustram uma comparao da evoluo das receitas do
ICMS Total do estado com os valores da arrecadao do ICMS Mineral, em uma
srie histrica.
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TABELA 1
Arrecadao do ICMS Total na comparao com o ICMS Mineral. Perodo: 2005 a 2011
Ano ICMS Total ICMS Mineral
R$ % R$ %
2005 13.245.359.626,00 ... 124.787.442,00 ...
2006 14.504.302.338,00 9,5 101.108.374,00 -18,9
2007 15.485.610.647,00 6,8 111.656.407,00 10,4
2008 17.692.405.930,00 14,2 145.271.435,00 30,1
2009 18.619.451.367,00 5,2 148.875.378,00 2,5
2010 22.100.628.616,00 18,7 232.725.223,00 56,3
2011 24.808.160.105,00 12,3 290.120.905,00 24,7
Fonte dos dados: SEF/RJ e CAM/DRM-RJ.
GRFICO 1
Taxa de crescimento anual do valor arrecadado de ICMS Mineral e Total no estado do Rio de Janeiro
-18,9
10,4
30,1
2,5
56,3
24,7
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
2006 2007 2008 2009 2010 2011
ICMS Total (%)
ICMS Mineral (%)
Fonte dos dados: CAM/DRM-RJ.
Como podemos observar nos nmeros das tabelas e grfico apresentados, a
participao do ICMS Mineral, em termos relativos, quando comparados com a
arrecadao total do ICMS pelo estado do Rio de Janeiro pouco representativa. Se
considerarmos os dados de 2011, a participao da minerao nos valores
arrecadados foi de apenas 1,2% do total. Porm, em termos absolutos, para um total
de 794 empresas contribuintes, do que denominamos ICMS Mineral, elas
contriburam com uma arrecadao que chegou a R$ 290,1 milhes, representando
um crescimento de quase 25%, em relao aos valores arrecadados no ano anterior.
Se compararmos o crescimento acumulado do perodo 2005 a 2011 a
diferena ainda maior, pois enquanto o crescimento da arrecadao total do ICMS-
RJ neste perodo foi de 87,3%, o crescimento acumulado do ICMS Mineral foi de
132,5% (tabela 2).
Neste perodo, o ICMS Mineral s apresentou uma reduo nos valores
arrecadados em 2006, representado pela queda da contribuio do setor cimenteiro,
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que tem maior peso no conjunto de contribuintes dos setores da minerao que
agregam mais valor aos produtos e, por conseguinte, maiores valores arrecadados.
TABELA 2
Crescimento acumulado de arrecadao. Perodo: 2005 a 2010
Perodo ICMS Total ICMS Mineral
2005 a 2011 87,30% 132,50%
Fonte dos dados: Cadastro Contribuintes ICMS/SEF e CAM/DRM-RJ.
O motivo da queda deve se atribuir possibilidade de ter havido maior
transferncia em 2006 do produto cimento, vindo de unidades dos mesmos grupos
que operam no RJ, trazidas das suas unidades localizadas em So Paulo e/ou Minas
Gerais, priorizadas para o mercado consumidor do estado do Rio de Janeiro.
ARRECADAO REFERENTE FABRICAO DE CIMENTO
A maior arrecadao do ICMS Mineral provm do parque cimenteiro
fluminense, que agrega mais valor ao produto, pois a incidncia da base de clculo
ocorre nas trs fases da operao industrial: extrao (calcrio e argila),
beneficiamento (britagem do calcrio) e transformao mineral (fornada para
obteno do clinquer).
ARRECADAO REFERENTE AREIA PARA CONSTRUO
As empresas que somente extraem o bem mineral recebem classificao no
CNAE como minerais no metlicos, acrescido de um dgito verificador para cada
substncia mineral. A extrao de areia para construo representa 90% dos valores
declarados para os no metlicos, ou seja, R$ 4,2 milhes, pois o processo extrativo
no agrega valor ao produto comercializado.
ARRECADAO REFERENTE BRITA
No caso das pedreiras de brita, o processo separa o produto por tipos de
malhas, gerando britagem de diversos tamanhos e agregando valor ao produto que
comercializado com preos diferenciados. Este setor arrecadou no ano o equivalente
a R$ 43,2 milhes de receita tributria para o estado.
ARRECADAO REFERENTE AO SETOR DE APARELHAMENTO DE PEDRAS E PLACAS
Os setores de rocha ornamental e de revestimento no RJ apresentam
caractersticas prprias.
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Pela crescente ocupao urbana no entorno das reas de explorao mineral
no municpio do Rio de Janeiro, as restries ambientais ficaram maiores e, por
consequncia, queda na oferta de material bruto para as serrarias de rochas.
Com a falta de material local, o setor passou a importar a rocha bruta de
estados vizinhos como o Espirito Santo, aumentando seu custo de produo e
consequente reduo na rentabilidade e na gerao de tributos pelo setor. Novas
reas esto sendo mapeados pelo DRM-RJ na Regio Norte e Noroeste do estado,
gerando mais expectativas na possibilidade de implantao de um novo polo
extrativo de rocha para fins ornamentais naquelas regies.
A segunda caracterstica est na regio do parque extrator (pedreiras) e o
parque de beneficiamento atravs das serrarias de rochas de revestimento.
O valor de comercializao dos produtos rsticos como laje e lajinhas, entre
outros, agregam pouco valor ao produto da regio. As empresas desse setor so
constitudas, em sua quase totalidade, por micros empresrios que optam pelo
Simples Nacional, que desonera os encargos sobre a produo, resultando em baixa
arrecadao de tributos, incluindo o ICMS.
ARRECADAO REFERENTE AO ENVASAMENTO DE GUAS MINERAIS
O parque envasador de guas minerais naturais um setor de grande tradio
na economia fluminense e contribuinte participativo da arrecadao de ICMS. Em
1996 existiam vinte duas empresas envasadoras de guas minerais em operao no
estado e, atualmente, so cinquenta e cinco, contribuindo com 5,30% do arrecadado
de ICMS Mineral.
Todas essas atividades representam segmentos produtivos importantes da
economia fluminense, com foco no fornecimento de matria prima e produtos
minerais para a indstria da construo civil, que sero fatores determinantes na
participao de forma intensiva no processo de desenvolvimento econmico pelo
qual passa o estado, incluindo os eventos esportivos previstos at 2016, e projetando,
assim, um incremento substancial na demanda por esses produtos e insumos
minerais.
O incremento expressivo na arrecadao do ICMS do setor mineral
fluminense um indicador consistente de que o setor mineral, em particular os
minerais de uso na construo, participam de forma efetiva no contexto econmico
fluminense, contribuindo na gerao de renda e empregos diretos, alm da
participao na arrecadao de tributos para o estado.
A tabela 3 e o grfico 2 ilustram a arrecadao de ICMS Mineral por
classificao CNAE em 2011.
___________________________________________________________________________
O Simples Nacional um regime compartilhado de arrecadao, cobrana e fiscalizao de tributos aplicvel s Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006.
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TABELA 3
Participao (%) da arrecadao do ICMS Mineral por classificao CNAE em 2011
CNAE Denominao Participao (%)
23.20-6 Fabricao de cimento /calcrio / argila 60,91
23.91-5/01 Britamento de pedras 14,90
23.91-5/02 Aparelhamento de pedras (revestimento) 0,01
23.91-5/03 Aparelhamento de placas (ornamental) 1,00
23.42-7 Fabricao de produtos cermicos / argila 8,94
11.21-6 Envasamento de guas minerais 5,30
08.10-0 Extrao de minerais no metlicos 1,60
07.29-4 Extrao de minerais metlicos 0,14
Fonte dos dados: Cadastro Contribuintes ICMS/SEF (tabela CNAE) e CAM/DRM-RJ.
GRFICO 2
Participao (%) dos setores na arrecadao do ICMS Mineral em 2011
0 10 20 30 40 50 60 70
Fabricao de cimento /calcrio / argila
Britamento de pedras
Fabricao de produtos cermicos (argila)
Envasamento de guas minerais
Extrao de minerais no metlicos
Aparelhamento de placas (ornamental)
Extrao de minerais metlicos
Aparelhamento de pedras (revestimento)
%
Fonte dos dados: Cadastro Contribuintes ICMS/SEF (tabela CNAE) e CAM/DRM-RJ.
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2 O Mercado Produtor Mineral Fluminense: Indicador CFEM
A Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Minerais (CFEM),
instituda pela Lei n 7.990/89 que regulamentou o 1 do Art. 20 da Constituio
Federal, devida aos estados, Distrito Federal, municpios e rgos da administrao
da Unio, como contraprestao pela utilizao econmica dos recursos minerais em
seus respectivos territrios.
Cabe ao DNPM baixar normas e exercer a fiscalizao sobre a arrecadao da
CFEM (Lei n 8.876/94, Art. 3 - inciso IX), que devida por toda e qualquer pessoa
jurdica, que explore substncias minerais para fins de aproveitamento econmico. A
explorao de recursos minerais consiste na retirada de substncias minerais da
jazida, mina ou outro depsito mineral, para fins de aproveitamento econmico (DNPM, 2012).
O aproveitamento econmico destas substncias minerais ocorre pela venda
do seu produto explorado nas reas da jazida, mina, salina ou outros depsitos
minerais. Esse aproveitamento tambm ocorre na utilizao e na transformao
industrial do produto mineral ou mesmo para o seu consumo por parte do
minerador.
O valor devido pelo minerador calculado mediante a utilizao de alquotas
aplicadas sobre o faturamento lquido obtido por ocasio da venda do produto
mineral, com exceo do petrleo e gs natural, que obedecem a regras de
pagamento determinadas em legislao especfica (Lei n 9.478/97).
O faturamento lquido obtido pelas empresas mineradoras calculado pelo
valor da venda do produto mineral, deduzindo-se as despesas de tributos que
incidem na sua comercializao (ICMS, PIS, COFINS), como tambm as despesas
com transporte e seguro.
Quando no ocorre a venda do produto mineral e sim a sua transferncia
para consumo, transformao ou utilizao pelo prprio minerador, ento considera-
se como valor, para efeito do clculo da CFEM, a soma das despesas diretas e
indiretas ocorridas at o momento da utilizao do produto mineral (DNPM, 2012).
Na tabela 1 segue a relao das alquotas aplicadas para o clculo de obteno
da CFEM, as quais variam de acordo com a substncia mineral. No caso do mercado
produtor mineral fluminense predomina o uso da alquota de 2% no clculo da
CFEM, referente maioria das exploraes minerais ocorrentes em seu territrio.
TABELA 1
Alquota para clculo da CFEM por tipos de substncias minerais
Substncia Mineral Alquota CFEM
Minrio de alumnio, mangans, sal-gema e potssio 3,0 %
Ferro, fertilizantes, carvo e demais substncias 2,0 %
Ouro 1,0 %
Pedras preciosas, pedras coradas, carbonatos e metais nobres 0,2 %
Fonte dos dados: DNPM, 2012.
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A CFEM distribuda aos estados, Distrito Federal, municpios e rgos da
administrao da Unio na seguinte proporo dos valores arrecadados, especificados
na tabela 2:
TABELA 2
Distribuio da arrecadao da CFEM entre entes federativos e rgos da administrao da Unio
Entes Federativos / rgos da Administrao da Unio Quotas
Municpios produtores 65,0 %
Estados de origem 23,0 %
Unio 12,0 %
o DNPM 9,8 %
o IBAMA 0,2 %
o MCT 2,0 %
Fonte dos dados: DNPM, 2012.
Estados de origem e municpios produtores so aqueles onde ocorre a
extrao da substncia mineral. Caso a extrao abranja mais de um municpio,
dever ser preenchida uma GUIA/CFEM para cada municpio, observada a
proporcionalidade da produo efetivamente ocorrida em cada um deles (DNPM,
2012).
Todos os recursos obtidos pela CFEM devem ser aplicados em projetos que
direta ou indiretamente sejam revertidos em prol da comunidade local, na forma de
melhoria da infraestrutura, da qualidade ambiental, da sade e da educao (DNPM,
2012).
Em funo da arrecadao da CFEM representar um indicador secundrio da
produo mineral fluminense, analisaremos os seus valores obtidos nos cenrios
estaduais e nacional, considerando-se dados referentes ao ano de 2011 e a uma srie
histrica a partir do ano de 2005, considerando os dados disponibilizados pelo
DNPM (2012).
Os valores da CFEM arrecadados em 2011 pelas substncias minerais
extradas no territrio do ERJ sero analisados conforme o seu agrupamento em
classes (metlicos e no metlicos), usos e substncias. A partir deste agrupamento
procura-se entender o perfil de minerao do ERJ e a sua importncia no cenrio
nacional.
Buscamos ainda caracterizar o cenrio da minerao fluminense atravs da
anlise das maiores arrecadaes municipais obtidas por estas substncias agrupadas.
Desta maneira, este captulo pretende realizar um panorama do mercado produtor
mineral fluminense, indicando os municpios e regies de maiores arrecadaes da
CFEM-2011 pelas suas respectivas substncias (rochas e minerais).
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A ARRECADAO DA CFEM NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO EM RELAO ARRECADAO NACIONAL. PERODO: 2005 A 2011
A importncia da anlise da CFEM gerada pelo ERJ, em relao
arrecadao nacional, considerada para se entender o comportamento do mercado
da atividade do setor mineral fluminense frente ao comportamento deste setor na
economia nacional, destacando-se os principais estados com produo mineral no
Brasil.
O grfico 1 apresenta os valores absolutos, em milhes de reais (R$), gerados
pelo ERJ e o total nacional. E a partir dele, possvel realizar uma anlise da
representatividade do ERJ na participao nacional e acompanhar, ao longo desse
perodo, a evoluo de ambos.
GRFICO 1
Srie histrica da arrecadao da CFEM nacional e no estado do Rio de Janeiro. Perodo: 2005 a 2011.
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
0,00
200,00
400,00
600,00
800,00
1.000,00
1.200,00
1.400,00
1.600,00
1.800,00
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011M
ilh
e
s d
e R
$
Mil
h
es
de
R$
Nacional
Rio deJaneiro
Fonte dos dados: DNPM, 2012. Elaborao: DRM-RJ.
A parte em vermelho do grfico mostra a srie histrica, no universo de
tempo de 2005 at 2011, dos valores referentes ao total nacional. possvel observar
que ela vem numa crescente desde o ano de 2005, com exceo do ano de 2009,
onde ocorreu uma queda no valor desta arrecadao. Passado este ponto atpico,
retomado o crescimento nos anos seguintes.
Os valores em reais (R$) gerados como total nacional esto distribudos da
seguinte forma ao longo do perodo em anlise: em 2005 a quantia foi de R$
405.527.613,53; em 2006 aumentou para R$ 465.095.741,85; j em 2007 chegou a R$
547.037.788,64; elevou-se para R$ 857.697.001,90 em 2008; sofreu uma queda em
2009 para o valor de R$ 742.526.230,81; voltou a subir nos anos posteriores
alcanando os valores de R$ 1.083.142.391,67 e R$ 1.544.749.140,35,
respectivamente, nos anos de 2010 e 2011.
J a parte em azul no grfico informa as quantias geradas pela minerao no
ERJ no mesmo intervalo temporal, que se mostram em um crescimento anual
contnuo. Em 2005, a minerao no ERJ gerou um montante de R$ 3.448.237,97,
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continuando a crescer nos anos seguintes, at que em 2008 alcanou o patamar de R$
6.574.445,88; em 2009 avanou para R$ 9.141.673,05; em 2010 chegou a R$
10.835.403,13; e saltou para R$ 13.112.478,95 em 2011.
Um ponto interessante a variao no comportamento das taxas de
crescimento da CFEM do ERJ (grfico 2), j que em 2005 e 2006 eram relativamente
baixas; em 2007, 2010 e 2011 subiram em mdia 20,7% e nos anos de 2008 e 2009
aconteceram as maiores elevaes, correspondentes a uma mdia de 38,7%. Vale
lembrar que taxas de crescimentos menores no implicam em reduo na
arrecadao e sim que ocorreu um crescimento menor do que em outros perodos.
Quanto s taxas de crescimento da arrecadao nacional, possvel observar
uma flutuao elevada na srie histrica. Os valores da arrecadao nacional
apresentam um comportamento aleatrio em relao ao crescimento. Por exemplo,
os anos de 2005, 2008, 2010 e 2011 apresentaram crescimentos superiores a 35%, j
o restante dos anos possui taxas de crescimento inferiores a 18%.
Neste cenrio vale uma anlise dos anos de 2008 e 2009, quando ocorreu,
respectivamente, um crescimento de 56,79% e uma queda de 13,43% da arrecadao
nacional (destacado em vermelho no grfico 2). Tais comportamentos se refletem
nos valores obtidos pelos dois estados (Minas Gerais e Par) de maior arrecadao da
CFEM, os quais ditam o ritmo da arrecadao nacional.
GRFICO 2
Comportamento anual das taxas de variao da arrecadao da CFEM nacional e no estado do Rio de Janeiro. Perodo: 2005 a 2011
Fonte dos dados: DNPM, 2012. Elaborao: DRM-RJ.
Em 2008, Minas Gerais e Par apresentaram um crescimento em suas
arrecadaes de 69,34% e 59,43%, respectivamente. Porm, em 2009, o estado de
Minas Gerais obteve uma queda de 28,83% na sua arrecadao da CFEM. Estes dois
estados apresentam perfis semelhantes de minerao voltada para a produo de
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bens minerais metlicos, especialmente a de minrio de ferro, conforme ser
abordado no tpico seguinte.
As arrecadaes dos estados com o perfil de minerao do grupo dos
minerais metlicos so fortemente influenciadas pelo ritmo da demanda provida pela
produo industrial mundial, j que se tornam fornecedores de matrias primas
industriais. Especialmente aqueles estados que extraem o minrio de ferro (Minas
Gerais e Par) utilizado na produo siderrgica do ao e de outras ligas metlicas
existentes. Seu consumo s aumenta ou diminui se os produtos com ferro em suas
composio so mais ou menos demandados pelo mercado internacional
(commodities1).
Segundo a informao de Castello Branco (INTELOG, 2010), diretor de
Relaes com Investidores da Vale, estima-se que a produo industrial global tenha
crescido 10% ao ano no segundo semestre de 2009, aps profunda contrao no
ltimo trimestre de 2008 e no primeiro semestre do ano de 2009.
O mesmo ainda afirma que esta retomada do crescimento aps a recesso
global de 2008/2009, uma das mais profundas dos ltimos 140 anos, ocorreu de
forma bem mais rpida e vigorosa do que o esperado.
O ndice Commodities Research Bureau (CRB), principal termmetro dos
preos das matrias-primas, subiu 44% entre fevereiro de 2009, quando atingiu o
nvel mais baixo, e o ms de janeiro de 2010. Boa parte do salto (16,6%) ocorreu no
ltimo trimestre do ano de 2009, quando as economias americana e europeia
comearam a se recuperar.
Este panorama da variao das commodities tambm pode ser visto pelos dados
de preo mensal do minrio de ferro e do ndice de preo mensal de metais para os
anos de 2008 e 2009 (tabelas 3 e 4). Segundo a descrio do International Monetary
Fund (2012) so considerados os seguintes minerais no ndice mensal de preos de
metais: cobre, alumnio, minrio de ferro, estanho, nquel, zinco, chumbo e urnio.
As tabelas 3 e 4 contm as variaes do preo mensal do minrio de ferro e
do ndice mensal dos preos de metais nos anos de 2008 e 2009, cujos valores
encontram-se destacados nas cores verde, laranja e vermelho. Em verde, as taxas de
crescimento significativo; em laranja, a sua estabilizao e; em vermelho, as suas
quedas durante o perodo amostral.
1 Commodity um termo de lngua inglesa que, como o seu plural commodities, significa literalmente mercadoria, utilizado para designar bens para o quais existe procura sem atender diferenciao de qualidade do produto no conjunto dos mercados e entre vrios fornecedores ou marcas. As commodities so habitualmente substncias extradas da terra e que mantm at certo ponto um preo universal, existindo os seguintes tipos: agrcola, mineral, financeira, ambiental, recursos energticos e qumica. Uma das caractersticas das commodities que o seu preo determinado como uma funo do seu mercado no todo.
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TABELAS 3 e 4
Tabelas da variao do preo mensal do minrio de ferro - E.U. dlares por tonelada mtrica (tabela 3) e do ndice mensal de preos de metais (tabela 4), para os anos de 2008 e 2009
Minrio de Ferro - Preo Mensal - E.U. Dlares por Tonelada Mtrica
ndice de Preos de Metais - Preo Mensal - ndice
Ms Preo Taxa de Variao Ms Preo Taxa de Variao
jan/08 60,80 65,98% jan/08 178,40 9,74%
fev/08 60,80 0,00% fev/08 190,83 6,97%
mar/08 60,80 0,00% mar/08 201,07 5,37%
abr/08 60,80 0,00% abr/08 198,95 -1,05%
mai/08 60,80 0,00% mai/08 190,46 -4,27%
jun/08 60,80 0,00% jun/08 186,27 -2,20%
jul/08 60,80 0,00% jul/08 187,96 0,91%
ago/08 60,80 0,00% ago/08 174,99 -6,90%
set/08 60,80 0,00% set/08 164,10 -6,22%
out/08 60,80 0,00% out/08 131,48 -19,88%
nov/08 60,80 0,00% nov/08 116,14 -11,67%
dez/08 69,98 15,10% dez/08 107,51 -7,43%
jan/09 72,51 3,62% jan/09 109,66 2,00%
fev/09 75,59 4,25% fev/09 107,85 -1,65%
mar/09 64,07 -15,24% mar/09 105,54 -2,14%
abr/09 59,78 -6,70% abr/09 112,36 6,46%
mai/09 62,69 4,87% mai/09 118,55 5,51%
jun/09 71,66 14,31% jun/09 130,89 10,41%
jul/09 83,95 17,15% jul/09 140,02 6,98%
ago/09 97,67 16,34% ago/09 161,31 15,20%
set/09 80,71 -17,36% set/09 151,27 -6,22%
out/09 86,79 7,53% out/09 157,47 4,10%
nov/09 99,26 14,37% nov/09 166,65 5,83%
dez/09 105,25 6,03% dez/09 176,78 6,08%
Fonte dos dados: International Monetary Fund, 2012.
Nota-se um crescimento significativo dos preos de minrio de ferro e metais
no ms de janeiro de 2008. No entanto, de fevereiro a dezembro estes valores se
estabilizaram no caso do minrio de ferro ou apresentaram taxas discretas de
crescimento e quedas de preos, no caso dos metais.
No primeiro trimestre do ano de 2009, constata-se o reflexo da crise
econmica desencadeada no ltimo trimestre de 2008 atravs da queda no ndice de
preos dos metais. Neste caso, verificam-se as maiores taxas de queda destes ndices
nos meses de outubro e novembro de 2008, as quais obtiveram menor reduo nos
meses de dezembro, fevereiro e maro de 2009.
Em abril e maio de 2009, os ndices de preos dos metais voltaram a
apresentar taxas de crescimento pouco significativas, as quais tenderam aumentar a
partir do segundo semestre do referido ano. Exceto o ms de setembro, quando
ocorreu uma pequena queda destes ndices, assim como o preo do minrio de ferro
tambm obteve a sua maior queda registrada neste ms.
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No caso especfico da variao dos preos do minrio de ferro, observa-se
um menor impacto da crise na cotao de preo deste produto. Em 2008, quando a
crise foi deflagrada em seu ltimo trimestre, os preos se mantiveram estveis de
fevereiro a novembro, tendo em dezembro um crescimento significativo. A queda
dos preos ocorreu somente nos meses de maro e abril, j na fase final da crise
econmica mundial.
A partir do segundo semestre de 2009, ocorre de fato a retomada do
crescimento da produo industrial global, e por consequncia, o aumento da
demanda pelo minrio de ferro e dos demais minerais metlicos industriais. Tanto
que os preos destes bens minerais obtiveram as suas maiores taxas de crescimento
nos meses de junho, julho e agosto de 2009.
Castello Branco, diretor da Vale, ainda afirma que a recuperao da crise
econmica mundial 2008/2009 foi liderada pelas economias emergentes da sia,
Brasil e Rssia. Estas economias emergentes so consumidoras mais intensivas de
minrios e metais, o que explicado pelo processo de industrializao e pelos
investimentos mais significativos em habitao e infraestrutura.
No cenrio nacional, a produo mineral de Minas Gerais e Par est voltada
para o abastecimento da demanda industrial gerada pelos pases emergentes,
particularmente, a China. Por conseguinte, a queda da arrecadao da CFEM
nacional em 2009 acompanhou a tendncia da crise econmica mundial deflagrada
no ltimo trimestre de 2008 at o primeiro de 2009, quando as commodities e a cotao
dos preos dos minerais metlicos sofreram quedas.
Por outro lado, a manuteno de uma elevada taxa de crescimento da
arrecadao CFEM no ERJ em 2009 (grfico 2) mostra que o mercado produtor do
setor mineral fluminense no foi atingido, mesmo no perodo de queda da CFEM
nacional que acompanhou a crise econmica mundial. Neste ano de 2009, a CFEM
do ERJ atinge a sua maior participao na arrecadao nacional (grfico 3).
GRFICO 3
Percentual da arrecadao da CFEM do estado do Rio de Janeiro em relao ao total nacional. Perodo: 2005 a 2011
Fonte dos dados: DNPM, 2012. Elaborao: DRM-RJ.
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Tal fato se deve ao perfil de minerao do ERJ voltado extrao de rochas e
minerais para o uso na construo civil. Estes, por sua vez, no so considerados
commodities, pois atendem somente ao mercado interno; com exceo das rochas de
revestimento que apesar de serem produtos de exportao do ERJ2, no so
consideradas commodities.
As grandes obras no ERJ elevaram a demanda por rochas e minerais para o
uso na construo civil, resultando no aquecimento do mercado produtor mineral
fluminense caracterizado por este perfil. Este caso representa um ajuste do mercado
interno aos grandes empreendimentos previstos para o ERJ durante o perodo de
2012 a 2016, conforme ser abordado ainda neste captulo.
O COMPARATIVO DA CFEM DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COM OS OUTROS ESTADOS DE MAIOR ARRECADAO NACIONAL 2011
Atravs da anlise comparativa entre o que foi arrecadado pela CFEM em
2011 no ERJ com as quinze maiores arrecadaes estaduais no cenrio nacional, se
compreende a importncia do mercado produtor mineral fluminense frente aos
demais mercados produtores dos estados de maiores arrecadaes nacionais.
Entretanto, se faz necessria uma anlise mais minuciosa em relao ao perfil
de minerao destes estados de maiores arrecadaes, pois no so todos que se
assemelham minerao do ERJ. Deste modo, estes estados com maiores
arrecadaes foram divididos em dois grupos com perfis distintos de minerao:
metlicos e no metlicos, conforme as suas respectivas arrecadaes por
substncias.
O grfico 4 mostra os quinze estados com os maiores valores arrecadados da
CFEM-2011. possvel perceber que dois estados em especial dominam esta
arrecadao: Minas Gerais e Par. Suas arrecadaes somadas correspondem a
80,18% da arrecadao nacional, enquanto as dos outros treze estados representam
18,29%, restando apenas 1,53% aos demais que arrecadaram CFEM em 2011. As
arrecadaes somadas dos quinze estados elencados correspondem a 98,47% da
arrecadao nacional.
Estes dados demonstram como Minas Gerais e Par ditam o ritmo do
mercado nacional de produo mineral, como tambm o posicionamento em nono
lugar do mercado produtor fluminense no ranking da arrecadao nacional da CFEM
em 2011. Vale ainda ressaltar a arrecadao do estado de So Paulo (4,05%), que
possui um perfil de minerao muito semelhante ao do ERJ, se posicionando na
terceira colocao deste ranking. Essa arrecadao supera as obtidas nos outros
estados com perfil de minerao de minerais metlicos (Gois, Bahia, Mato Grosso
do Sul e Amap).
Segundo os dados da Secretaria de Comrcio Exterior (SECEX) foram exportados do municpio de Santo Antnio de Pdua na regio noroeste do ERJ, entre janeiro e junho de 2012, os seguintes produtos de rochas e minerais: granito cortado em blocos ou placas; pedra para calcetar meio-fio e placa para pavimentao de pedra natural; granito talhado ou serrado de superfcie plana ou lisa (SECEX, 2012).
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GRFICO 4
As quinze maiores arrecadaes por estados da CFEM (%) no cenrio nacional em 2011
Fonte dos dados: DNPM, 2012. Elaborao: DRM-RJ.
A partir desta constatao, cabe identificarmos os perfis de minerao destes
quinze estados, de modo a compar-los dentro dos grupos metlicos e no metlicos,
conforme a anlise da figura 1.
FIGURA 1
Comparativo entre os estados de maiores arrecadaes da CFEM-2011 com perfis semelhantes de minerao: metlicos e no metlicos
Perfil Metlico (%) Perfil No Metlico (%)
MG PA GO BA MS AP SP SE RJ SC MT PE ES PR RS
Metlicos 95,06 98,12 62,82 73,12 88,35 87,02 1,34 0,00 0,83 0,47 39,83 0,00 0,00 2,71 0,00
No metlicos
4,93 1,89 37,1 25,71 11,65 12,98 98,57 100 99,17 58,81 60,13 100 99,85 95,71 62,40
Gemas e Diamantes
0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00
Energticos 0,00 0,00 0,00 1,17 0,00 0,00 0,09 0,00 0,00 40,71 0,00 0,00 0,15 1,58 37,60
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
700,00
800,00
MG PA GO BA MS AP
Mil
h
es
R$
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
SP SE RJ RS SC PR ES MT PE
Mil
h
es
R$
Fonte dos dados: DNPM, 2012. Elaborao: DRM-RJ.
O grupo dos estados com perfil de minerao de minerais metlicos
composto, em ordem decrescente de arrecadao da CFEM-2011, por Minas Gerais,
Par, Gois, Bahia, Mato Grosso do Sul e Amap. Enquanto na mesma ordem
decrescente, So Paulo, Sergipe, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso,
Pernambuco, Esprito Santo, Paran e Rio Grande do Sul compem o grupo dos no
metlicos.
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Nota-se, ento, que dos quinze estados de maior arrecadao CFEM-2011,
seis pertencem ao grupo dos minerais metlicos e nove ao dos no metlicos. Em
nvel de comparao com o ranking nacional da arrecadao CFEM-2011, todos os
estados com perfil de minerao de minerais metlicos ocupam as primeiras
posies, com destaque para Minas Gerais e Par.
J que a minerao de minerais metlicos est voltada para a exportao de
matrias primas para o uso industrial, conforme visto anteriormente, faz sentido os
estados com este perfil se situarem nas primeiras colocaes no ranking dos maiores
arrecadadores da CFEM.
O ERJ, por sua vez, quando enquadrado no grupo da minerao dos no
metlicos, muda o seu grau de importncia no cenrio da minerao nacional. Passa
da 9 colocao no ranking dos quinze estados de maiores arrecadaes da CFEM-
2011 no Brasil para a 3 posio no ranking dos maiores arrecadadores, somente pelos
produtos minerais no metlicos. Neste ranking, o ERJ superado apenas por Sergipe
(2) e So Paulo (1).
Com a exce