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Panorama Mineral do Estado do Rio de Janeiro 2012 S S i i t t u u a a ç ç ã ã o o e e P P e e r r s s p p e e c c t t i i v v a a s s

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panorama mineral 2012 brasil

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  • PanoramaMineraldoEstadodoRiodeJaneiro 2012

    SSiittuuaaooeePPeerrssppeeccttiivvaass

  • GOVERNODOESTADODORIODEJANEIRO

    GovernadorSrgioCabral

    Vicegovernador

    LuizFernandodeSouzaPezo

    SECRETARIADEESTADODEDESENVOLVIMENTOECONMICO,ENERGIA,INDSTRIAESERVIOS

    SecretrioJulioCsarCarmoBueno

    DEPARTAMENTODERECURSOSMINERAISDRMRJ

    PresidenteFlavioLuizdaCostaErthal

    DiretoradeMinerao

    DeboraTociPucciniDiretordeGeologia

    ClaudioAmaralDiretordeAdministraoeFinanas

    PauloFigueiredo

  • PanoramaMineraldoEstadodoRiodeJaneiro 2012

    SituaoePerspectivas

    Niteri,novembrode2012

  • DepartamentodeRecursosMineraisDRMRJRuaMarechalDeodoro,351CentroNiteriRJCEP:24.030060www.drm.rj.gov.br2012NormatizaoBibliogrficaDepartamentodeRecursosMineraisdoEstadodoRiodeJaneiroSecretariadeEstadodeDesenvolvimentoEconmico,Energia,IndstriaeServios.

    PanoramaMineraldoEstadodoRiodeJaneiro2012RiodeJaneiro,RJ:2012.259f.1. RecursoMineral. 2.EconomiaMineralFluminense.I.Ttulo.

  • PanoramaMineraldoEstadodoRiodeJaneiro2012

    PRODUZIDOPELADIRETORIADEMINERAODMINSUPERVISOGERALDeboraTociPucciniGelogaORGANIZADORESMarceloLyraParenteMarcusFelipeEmerikSoaresCambraRonaldodaCostaMaurcioEQUIPETCNICAASSESSORIADEMINERAOMariaMarthaGameiroEngdeMinasCOORDENADORIADEREGISTROEFISCALIZAO COORDENADORIADEHIDROGEOLOGIA Coordenador CoordenadorRonaldodaCostaMaurcioEconomista PauloVicenteGuimaresGelogo TcnicosCOORDENADORIADEECONOMIAMINERALE AdersonMarquesMartinsGelogoPETRLEO ElisadeSouzaBentoFernandesGeloga JooBatistaSantosGelogoCoordenador MarceloLyraParenteGelogoMrcioAlexandreSerroSoaresGegrafo Tcnicos COORDENADORIADEGEOLOGIAERECURSOSMINERAISCarlosEduardoD.G.deMatosEngdePetrleo MarcusFelipeEmerickSoaresCambraGegrafo CoordenadorIrisdaSilvaEstagiria RodrigoPeternelNunesGelogo TcnicosCOORDENADORIADEPROJETOSESPECIAISEMEIO GabrielLamounierdeF.FernandesGelogoAMBIENTE LeonardoFredericoPressiGelogo Coordenador PedroHugoMllerXaubetGegrafo COORDENADORIADEGEOINFORMAO Tcnicos CoordenadorHernaniHenriqueRamirezNunesGelogo NiltondeAssisCostaJniorGegrafoRicardoLuizRochaGelogo RodolfoErnestoBarronTorrezGelogo TcnicosSuelenOliveiraAlpinoRodriguesGegrafa LlianGabrielaGomesViannaGegrafa LuizFernandoZavoliGegrafo

  • CRDITODEAUTORIACONTEXTO ECONMICO DO ESTADO DO RIO DEJANEIROEAMINERAO

    ARGILA E ARGILA PARA CERMICA VERMELHA PANORAMADOSETORCERMICO

    DeboraTociPuccini PedroHugoMllerXaubet RodolfoErnestoBarronTorrezMETODOLOGIA DeboraTociPuccini ARGILAPARACIMENTO PauloVicenteGuimaresICMSRECOLHIDOPELASEMPRESASDOSETOR MINERALFLUMINENSE CALCRIOPARACIMENTO,CORREODESOLOSERonaldodaCostaMaurcio OUTROS ElisadeSouzaBentoFernandesOMERCADOPRODUTORMINERALFLUMINENSE: MarceloLyraParenteINDICADORCFEM CarlosEduardoDamascenoGomesdeMatos AREIAINDUSTRIALMrcioAlexandreSerroSoares HernaniHenriqueRamirezNunesMarcusFelipeEmerickSoaresCambra FLUORITAAGREGADOSPARAACONSTRUOCIVIL GabrielLamounierdeFreitasFernandesPauloVicenteGuimares GUAMINERALROCHAPARABRITA AdersonMarquesMartinsJooBatistaSantos ElisadeSouzaBentoFernandesLeonardoFredericoPressi RonaldodaCostaMaurcio MarceloLyraParente ROCHAORNAMENTALEPARAREVESTIMENTO MariaMarthaGameiroAREIAPARACONSTRUOCIVIL RicardoLuizSodrRochaHernaniHenriqueRamirezNunes MINERAISPARAUSOINDUSTRIALSAIBRO GabrielLamounierdeFreitasFernandesGabrielLamounierdeFreitasFernandes DIAGRAMAO REVISOFernandoRamalhoGameleiraSoares ElisadeSouzaBentoFernandes FlavioLuizdaCostaErthalFORMATAO SuelenOliveiraAlpinoRodriguesElisadeSouzaBentoFernandes SuelenOliveiraAlpinoRodrigues ELABORAODOSMAPAS LuizFernandoLeiteZavoliREVISODEGEOLOGIARodrigoPeternelNunes

    NiltondeAssisCostaJnior

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    APRESENTAO

    Como secretrio de estado de Desenvolvimento Econmico, considero de

    grande relevncia e oportunidade o lanamento do Panorama Mineral Fluminense

    edio 2012.

    O momento mpar de crescimento econmico pelo qual passa o estado do

    Rio de Janeiro, com investimentos previstos superiores a 211,5 bilhes at 2014,

    segundo os estudos da Deciso Rio, da FIRJAN, necessita de recursos minerais para

    dar suporte aos novos empreendimentos que sero, necessariamente, acompanhados

    de amplas melhorias em infraestrutura, saneamento bsico e moradia, com a

    concretizao de grandes obras pblicas e privadas, como o complexo do

    COMPERJ, o Arco Metropolitano e o Porto do Au, que esto mudando a face do

    estado.

    Assim, para atender a este desafio, precisamos dispor de informaes

    setoriais para que possamos planejar as aes de desenvolvimento no estado. O

    Panorama Mineral vem suprir uma lacuna importante e confirma a linha que

    imaginamos para o DRM-RJ, na sua funo de Servio Geolgico Estadual, de gerar

    informaes de qualidade sobre a economia mineral fluminense.

    Parabns equipe que elaborou o Panorama e tenho certeza que o estudo

    ser til queles comprometidos com o desenvolvimento de nosso estado.

    Rio de Janeiro, setembro de 2012.

    Julio Bueno

    Secretrio de Estado de Desenvolvimento Econmico, Energia, Indstria e

    Servios

    Presidente do Conselho Consultivo do DRM-RJ

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    INTRODUO

    O Servio Geolgico do Estado do Rio de Janeiro DRM-RJ tem a

    satisfao de publicar a primeira edio do Panorama Mineral do Estado do Rio de

    Janeiro, um trabalho coletivo da equipe da Diretoria de Minerao, consolidando as

    informaes disponveis sobre o setor mineral fluminense, concentrado nos

    indicadores primrios e secundrios que dispomos e tendo como fonte principal a

    base de dados do Registro Mineral Estadual e as informaes do Anurio Mineral

    Brasileiro, editado pelo Departamento Nacional da Produo Mineral, o DNPM,

    rgo gestor da minerao brasileira.

    A publicao deste Panorama Mineral faz parte de um conjunto de aes,

    constantes do nosso Planejamento Estratgico, que objetivam o desenvolvimento

    sustentvel do setor mineral fluminense, o atendimento s necessidades e

    expectativas dos nossos clientes, assim como a consolidao do Servio Geolgico

    do estado como instituio com foco na gerao e preservao do conhecimento.

    Alm disso, este Panorama Mineral vem preencher importante lacuna nas

    informaes consolidadas sobre o nosso setor mineral, em geral subestimado nas

    estatsticas disponveis, pois est concentrado nos ditos minerais de uso na

    construo civil, nas guas minerais e nas rochas ornamentais. Ou seja, longe daquela

    minerao tradicionalmente reconhecida no Pas, fundada nas commodities e nas

    grandes minas, num Brasil que tem um perfil essencialmente exportador de matrias-

    primas minerais, muitas delas in natura e para insumo da grande indstria, para as

    quais importantes so os minerais metlicos.

    Nosso perfil, como o de So Paulo, Paran e outros estados, diferenciado.

    Esta minerao (chamada de minerao social por diversos especialistas, para

    diferenci-la da minerao tradicional brasileira) tem a responsabilidade de fornecer

    bens minerais para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, da infraestrutura dos

    locais onde vivem e, consequentemente, do seu conforto e dignidade.

    Alm da estreita relao com a j dita melhoria da qualidade de vida das

    pessoas, esta minerao estritamente regional e local, at mesmo no caso das rochas

    ornamentais que, depois da crise mundial, volta-se intensamente para o mercado

    interno e tem estreita ligao com o territrio e demanda tratamento regional e local.

    Sobe de patamar, portanto, a importncia do rgo estadual de geologia e

    recursos minerais na sua gesto, em discusso que transborda os limites do estado e

    se enquadra nas grandes discusses do novo Marco Regulatrio e na necessidade,

    defendida pelos estados, de descentralizao da gesto dos recursos minerais aos

    estados e municpios. Mas esta uma outra (e importante) questo, cuja discusso

    est aberta.

    O Panorama Mineral tem duas linhas de informaes paralelas e

    complementares.

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    A primeira, trata aquelas informaes secundrias, decorrentes da anlise dos

    dados do ICMS1 e da CFEM2. A segunda, detalha informaes disponveis sobre as

    diversas substncias minerais exploradas no estado, buscando traar um perfil

    atualizado de cada uma delas, agrupadas em setores. O DRM-RJ pretende, com isso,

    difundir o estado da arte de nossa minerao e servir de fonte para os diversos

    segmentos interessados, cumprindo seu objetivo bsico de rgo gerador,

    processador e difusor de informaes. Informao, diga-se de passagem, o

    componente fundamental de nossos principais produtos, conforme identificado e

    representado em nosso macroprocesso.

    Nesta linha, vale destacar, no bloco das informaes secundrias, dois

    aspectos relativos ao ICMS e CFEM.

    No caso do ICMS, feita a anlise do peso do setor mineral nesse imposto, o

    que chamamos ICMS Mineral, que chega a um valor em torno de 290 milhes de

    reais em 2011 (1,2%), para um total arrecadado pelo estado em torno de 24 bilhes

    de reais. Parece pouco, mas no , pois o setor de base, fornecedor de insumos

    essenciais e com uma ampla cadeia produtiva frente. Por exemplo, se o ICMS no

    estado cresceu 87% entre 2005 e 2011, o ICMS pago pela indstria mineral cresceu

    132% no mesmo perodo, refletindo o incremento do setor, que constitudo,

    majoritariamente, de micro, pequenas e mdias empresas, que tm tratamento

    diferenciado no imposto (reduzindo sua base de clculo e valor recolhido), mas so

    fortes geradoras de emprego e renda, eis pois que constituem cinco importantes

    Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral.

    No caso da CFEM, o dado absoluto de nossa participao pequeno mas, se

    retirarmos os grandes exportadores de commodities, que so Minas Gerais e Par, nossa

    posio relativa cresce a nvel nacional. No cmputo geral, somos responsveis por

    cerca de 0,85% da CFEM recolhida. Mas se excluirmos os metlicos e commodities

    desta conta, nossa participao neste grupo, no mbito nacional, passa a 12%, atrs

    de So Paulo, com 54%, o que se torna muito expressivo.

    Por estes nmeros, no nosso entendimento, preciso contextualizar o papel

    desses minerais fundamentais para a melhoria de qualidade de vida da populao e

    para o processo de desenvolvimento econmico pelo qual passamos, sua capacidade

    de gerao de emprego e, mais ainda, a necessidade de produzi-los o mais prximo

    possvel do centro consumidor. Isto num momento no qual se discute intensamente

    a alterao de alquotas e bases de clculo da CFEM, alm de taxas estaduais

    especficas sobre a explorao dos bens minerais, criadas nos estados produtores de

    commodities minerais. preciso relembrar sempre a importncia da minerao voltada

    para o mercado interno e a importncia da micro, pequena e mdia minerao em

    nosso Pas.

    No caso das informaes primrias, nunca demais relembrar de onde viro

    os insumos e matrias-primas minerais para suportar a onda de crescimento

    econmico pelo qual passamos, com investimentos previstos de 216 bilhes de reais

    1ICMS - Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao. 2CFEM Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Minerais (royalty mineral).

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    at 2014, conforme atestam os estudos da FIRJAN3. Areia, brita, argila para cermica

    vermelha, calcrio para cimento, rochas de revestimento e ornamentais. Tornam-se

    relevantes questes relacionadas ao ordenamento territorial, disponibilidade de

    reas prprias para minerao e a relao sustentvel com o meio ambiente. Nossa

    demanda de agregados crescente e o espao disponvel em nosso territrio, cada

    vez mais limitado. Importamos cerca de 30% do cimento necessrio construo

    civil e obras pblicas e temos reservas estimadas em 2 bilhes de toneladas, das quais

    700 milhes lavrveis, suficientes para centenas de anos de produo. Importamos

    cerca de 40% da gua mineral que consumimos, principalmente aquelas envasadas

    em embalagens descartveis, num estado com 55 fontes produzindo e 41 fontes

    aptas a entrar no mercado. Temos expressivas reservas de rochas ornamentais e de

    revestimento e o mercado fluminense essencialmente importador de produtos

    manufaturados. O Panorama traz informaes atualizadas e pode contribuir para

    Polticas Pblicas para reverso deste quadro.

    Estamos lanando o Panorama, que traz este raio-X da nossa minerao, para

    que possamos ter base de discusso mostrando sua importncia, desconhecida

    mesmo em nosso governo. H no muito tempo, discutindo o papel da minerao

    no estado, na eterna misso de garantir mais recursos para os nossos projetos, veio a

    assertiva definitiva de uma autoridade da rea de planejamento: Mas isso no com

    o governo federal? Para que precisamos nos meter nisso?. A custa de muito trabalho

    e insistncia, esta mentalidade est mudando e o Panorama pode contribuir para isto,

    pois traz luz a informao, at agora restrita aos nossos arquivos e ao nosso meio.

    A edio 2012 ainda uma primeira verso, que ser continuamente

    aprimorada, em especial aps o retorno daqueles que analisarem o Panorama. No

    temos o conjunto de informaes fechada, mas entendemos ser importante coloc-

    las publicamente. Os dados, em alguns casos, vo precisar de mais aprimoramento,

    tanto aqueles disponibilizados pelo DNPM, em suas publicaes, como aqueles

    constantes do Cadastro de Atividades Minerais, apresentado anualmente ao DRM-RJ

    pelo setor produtivo. Mas refletem o estgio de conhecimento atual e, mais ainda,

    indicaro ao DRM-RJ quais os Planos de Ao devem ser priorizados, em seu

    Planejamento Estratgico.

    O Panorama Mineral, da forma que est apresentado, s foi possvel com a

    recomposio do quadro tcnico, aps a chegada do novo grupo de profissionais, em

    agosto de 2011, graas sensibilidade do governador Srgio Cabral, a partir de

    demanda do secretrio Julio Bueno, que acreditou no DRM-RJ. Estes profissionais,

    que se juntaram ao experiente grupo j existente, conduzido pela Diretoria de

    Minerao, responsvel pela produo do Panorama. Optamos por cada tema ser

    de responsabilidade de um tcnico, sinalizando o que pretendemos aprimorar: ter

    especialistas em cada rea, inteiramente debruados na ampliao do conhecimento

    sobre o setor e gerando informao de qualidade que atenda nossos clientes.

    Por este motivo, o Panorama pode parecer desigual no contedo e no

    tratamento dos assuntos. Pois foi proposital e um exerccio importante para o grupo,

    3Deciso Rio estudo produzido pela Federao das Indstrias do Estado do Rio de Janeiro, 2012-2014.

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    que espera, com as observaes e sugestes que receberemos, aprimorar

    continuamente o produto.

    A este grupo dedicado deve ser creditado o Panorama Mineral Fluminense.

    Esperamos que o Panorama Mineral Fluminense seja til a voc que o l e

    interessado na economia do estado. E pedimos que envie suas sugestes,

    comentrios e crticas. Sero muito bem vindas!

    Boa leitura!

    Rio de Janeiro, setembro de 2012

    Flavio Erthal

    Presidente

    Servio Geolgico do Estado do Rio de Janeiro - DRM-RJ

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    SUMRIO

    SUMRIO 11 NDICEDEFIGURAS,TABELAS,QUADROSEGRFICOS 12CONTEXTOECONMICODOESTADODORIODEJANEIROEAMINERAO 22METODOLOGIA 25PARTEI INDICADORESSECUNDRIOSDOSETORMINERALFLUMINENSE

    1. ICMSRECOLHIDOPELASEMPRESASDOSETORMINERALFLUMINENSE 312. OMERCADOPRODUTORMINERALFLUMINENSE:INDICADORCFEM 36

    PARTEII INDICADORESPRIMRIOSDOSETORMINERALFLUMINENSE

    1. RECURSOSMINERAISNOMETLICOS 64 1.1. ROCHASEMINERAISPARAUSONACONSTRUOCIVIL 64 a. AgregadosparaConstruoCivil 64 a.1 RochaparaBrita 68 a.2 AreiaparaConstruoCivil 81 b. Saibro 104 c. Argila 121 d. ArgilaparaCermicaVermelha PanoramadoSetorCermico 125 e. Argilaparacimento 153 1.2. MINERAISPARAUSODACONSTRUOCIVILEDOAGRONEGCIO 155 a. CalcrioparaCimento,CorreodeSoloseOutros 155

    1.3 MINERAISPARAUSOINDUSTRIAL 167 a. AreiaIndustrial 167 b. Fluorita 176

    1.4 GUAMINERAL 188 1.5 ROCHAORNAMENTALEPARAREVESTIMENTO 2122. RECURSOSMINERAISMETLICOS 237

    2.1 MINERAISPARAUSOINDUSTRIAL 237 a. Monazita/Zirconita/Ilmenita/Rutilo 237

    REFERNCIASBIBLIOGRFICAS 246

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    NDICEDEFIGURAS,TABELAS,QUADROSEGRFICOS

    CONTEXTOECONMICODOESTADODORIODEJANEIROEAMINERAOFIGURA1 22 ContextodoestadodoRiodeJaneironoBrasil FIGURA2 24 GrandesempreendimentosemcursonoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:

    2012a2014

    TABELA1 23 InvestimentosrelacionadosCopadoMundoesOlimpadas,embilhesdeReais.

    GRFICO1 23 Distribuiodos investimentosprevistosparaoestadodoRiode Janeiroat

    2014.

    PARTEI INDICADORESSECUNDRIOSDOSETORMINERALFLUMINENSE 1.ICMSRECOLHIDOPELASEMPRESASDOSETORMINERALFLUMINENSE FIGURA1 31 DiagramacomasetapasdelevantamentodosdadosdaSEF/RJ TABELA1 32 Arrecadaodo ICMSTotalna comparao como ICMSMineral.Perodo:

    2005a2011

    TABELA2 33 Crescimentoacumuladodearrecadao.Perodo:2005a2010 TABELA3 35 Participao (%)daarrecadaodo ICMSMineralporclassificaoCNAEem

    2011

    GRFICO1 32 Taxade crescimentoanualdovalorarrecadadode ICMSMineraleTotalnoestadodoRiodeJaneiro

    GRFICO2 35 Participao(%)dossetoresnaarrecadaodoICMSMineralem2011 2.OMERCADOPRODUTORMINERALFLUMINENSE:INDICADORCFEM FIGURA1 44 Comparativo entreos estadosdemaiores arrecadaesdaCFEM2011 com

    perfissemelhantesdeminerao:metlicosenometlicos

    FIGURA2 46 Comparativo entreos estadosdemaiores arrecadaesdaCFEM2011 comperfildemineraodenometlicos.Destaqueparaasarrecadaesobtidaspelaextraodasrochasemineraisdestinadosaousonaconstruocivil.

    TABELA1 36 AlquotaparaclculodaCFEMportiposdesubstnciasminerais TABELA2 37 Distribuio da arrecadao da CFEM entre entes federativos e rgos da

    administraodaUnio

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    TABELA3 41 Tabelada variaodopreomensaldominriode ferro E.U. dlaresportoneladamtricaparaosanosde2008e2009

    TABELA4 41 ndicemensaldepreosdemetaisparaosanosde2008e2009 TABELA5 Agrupamentodas substnciasquegeraramarrecadaoCFEMnoestadodo

    RiodeJaneiroem2011,conformeosusoseconmicosassociados48

    TABELA6 ArrecadaoCFEMnoestadodoRiodeJaneiroem2011dogrupodasrochasemineraisutilizadosnaproduoindustrial

    49

    TABELA7 54 Ranking dostrintaecincomunicpiosdoestadodoRiodeJaneirocommaiorarrecadaodaCFEM2011

    TABELA8 61 TiposdeinvestimentosprevistosnoestadodoRiodeJaneiro,osseusvalores

    esetoresaseremaplicadosdurante.Perodo:2012a2014

    GRFICO1 38 Srie histrica da arrecadao da CFEM nacional e no estado do Rio deJaneiro.Perodo:2005a2011

    GRFICO2 39 ComportamentoanualdastaxasdevariaodaarrecadaodaCFEMnacional

    enoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2005a2011

    GRFICO3 42 PercentualdaarrecadaodaCFEMdoestadodoRiode Janeiroemrelaoaototalnacional.Perodo:2005a2011

    GRFICO4 44 AsquinzemaioresarrecadaesporestadosdaCFEM(%)nocenrionacional

    em2011

    GRFICO5 49 Arrecadao CFEM no estado do Rio de Janeiro referente aos recursosmineraisclassificadoscomonometlicosemetlicos,em2011

    GRFICO6 50 Arrecadao CFEM no estado do Rio de Janeiro referente aos recursos

    minerais conforme o seu aproveitamento econmico para construo civil,agronegcios,indstriaseguamineral,em2011

    GRFICO7 51 ArrecadaoCFEMnoestadodoRiodeJaneiro,porsubstncias,conformeoseuaproveitamentoeconmicoparaconstruocivil,agronegcios,indstriaseguamineral,em2011

    GRFICO8 52 ArrecadaoCFEM2011noestadodoRiodeJaneiroreferenteextraodecalcrioconformeoseuaproveitamentoeconmicoparaousonaconstruocivilenoagronegcio

    GRFICO9 55 Ranking dosdezmunicpiosdemaiorarrecadaoCFEM2011noestadodoRiodeJaneiroreferenteextraodebrita

    GRFICO10 56 Ranking dosdezmunicpiosdemaiorarrecadaoCFEM2011noestadodo

    RiodeJaneiroreferenteextraodeareia

    GRFICO11 57 Ranking dosdezmunicpiosdemaiorarrecadaoCFEM2011noestadodoRiodeJaneiroreferenteextraodeargila

    GRFICO12 57 Ranking dosdezmunicpiosdemaiorarrecadaoCFEM2011noestadodo

    RiodeJaneiroreferenteextraodesaibro

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    GRFICO13 58 Ranking dos dez municpios de maior arrecadao CFEM2011 no ERJreferenteexploraodeguamineral

    PARTEII INDICADORESPRIMRIOSDOSETORMINERALFLUMINENSE 1.RECURSOSMINERAISNOMETLICOS a.1 Rocha para Brita FIGURA1 70 MapadoestadodoRiodeJaneirocomasocorrnciasderochascompotencial

    parabritaereasoneradasparaestetipodeminerao.

    FIGURA2 72 Esquemamostrandoarelaopedreiracidadecomaexpansourbana FIGURA3 73 EquipetcnicadoDRMRJemvistoriademineraodebritanonoroestedo

    estadodoRiodeJaneiroem2012

    TABELA1 76 Relao entre nmero de funcionrios e nmero de empresas no setor debritaecustomdiodatoneladaem2011

    TABELA2 79 DadosdeProduodeBritanoEstadodoRiodeJaneiro.Perodo:1996a2010 GRFICO1 74 PortedasempresasdosetordebritanoestadodoRiodeJaneiro GRFICO2 74 Relaoentreonmerodeempregadoseproduodeacordocomoporte

    dosempreendimentos

    GRFICO3 75 ProduodeclaradadebritaportoneladaparaasdiferentesregiesdoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO4 76 Nmero de empresas, mo de obra e preo mdio da tonelada de rocha

    britadaparaasdiferentesregiesdoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO5 78 Dadosde investimentosnamineraode rochas (britadas).Perodo:1997a2010

    GRFICO6 80 EvoluodaProduodeRochasBritadas(britas).Perodo:1996a2011 GRFICO7 80 EvoluodoValordaProduoMineral (VPM beneficiada).Perodo:1996a

    2011

    a.2 Areia para Construo Civil FIGURA1 85 Caractersticasprpriasdaminerao FIGURA2 85 Nossacasavemdaminerao nfasenosagregados FIGURA3 86 Exemploilustrativodosprincipaisagregadosdaconstruocivil FIGURA4 87 Extrao de areia em rio. Em (a) observase draga em um rio de pequeno

    porte.Em (b)observaseadragagemno rioParabado Sul, consideradodegrandeporte

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    FIGURA5 88 Extrao de areia em cava. Em (a) observase um processo incipiente deextraodeareiaemcava,emplanciealuvionar.Na figura (b)observaseaextrao de areia em cava em um processo mais avanado, em planciealuvionar

    FIGURA6 93 Mapadelocalizaodosdepsitosdeareiaparaaconstruocivil FIGURA7 95 MapadelocalizaodosareaisnomunicpiodeSeropdica 2008 FIGURA8 96 Areais situados ao redor da reta de Piranema,municpios de Seropdica e

    Itagua

    TABELA1 81 Classificaodossolosdeacordocomsuagranulometria TABELA2 86 Distribuiodoconsumodeagregadosparaaconstruocivil GRFICO1 92 Produodeclaradadeareia(%)noestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a

    2011

    GRFICO2 92 Produodeclaradadeareia(t)nosmunicpioscommaior produodeareianoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO3 94 Distribuiodonmerodeempresas,nmerodeempregosevalormdiode

    areiaporRegioPrograma.Perodo:2010a2011

    GRFICO4 94 Produodeclaradadeareia (%)daRegioMetropolitanadoRiode Janeiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO5 97 Produodeclaradadeareia(%)daRegioSerranadoRiodeJaneiro.Perodo:

    2010a2011

    GRFICO6 98 Produodeclaradadeareia(%)daRegioNortedoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO7 99 Produo declarada de areia (%) da Regio Noroeste do Rio de Janeiro.

    Perodo:2010a2011

    GRFICO8 100 Produodeclaradadeareia(%)daRegiodoMdioParabadoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO9 101 Produodeclaradadeareia (%)daRegioCentroSulFluminensedoestado

    doRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO10 102 Produodeclaradadeareia(%)daRegiodasBaixadasLitorneasdoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    b. Saibro

    FIGURA1 104 PerfildealteraodeondeextradoosaibronomunicpiodeMagRJ FIGURA2 105 Utilizaodosaibrocomosubbaseemobrasrodovirias FIGURA3 106 Mapa geocronolgico simplificado, realando a relao de rochas pr

    cambrianascristalinaserochassedimentaresCenozoicas

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    FIGURA4 108 Mapa mostrando a delimitao e abrangncia das Regies Programa doestadodoRiodeJaneiro

    FIGURA5 111 Mapa das reas oneradas para a minerao de saibro em relao s

    ocorrnciasderochascristalinasnoestadodoRiodeJaneiro

    FIGURA6 114 MapadadistribuiodaspoligonaisdoDNPMnasfasesdeconcessodelavra,licenciamentoerequerimentodelavranaRegioMetropolitana

    FIGURA7 116 Mapa de ttulos minerrios por substncias na Regio Norte Fluminense

    2012

    FIGURA8 118 Mapa da distribuio das unidades de conservao estaduais e federais naRegiodasBaixadasLitorneas

    TABELA1 107 Total dos dados do CAM/DRMRJ, divididos em Regies Programa, das

    empresasregistradasprodutorasdesaibronoestadodoRiodeJaneiro

    GRFICO1 109 Produodeclaradadesaibro(m)noestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO2 110 Relao de nmero de empresas, mo de obra e preo mdio por Regio

    Programa

    GRFICO3 112 Produo declarada de saibro (m) da Regio Metropolitana produoconcentradaemdoispolos,osmunicpiosdoRiode JaneiroeBelfordRoxo,destacandoseaindaomunicpiodeMaric

    GRFICO4 115 Produo declarada de saibro (%) da Regio Norte do estado do Rio deJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO5 119 Produodeclaradadesaibro(%)daRegiodasBaixadasLitorneasdoestado

    doRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO6 120 Municpiosdemaiorproduodeclarada (m)desaibronoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    c. Argila

    TABELA1 122 ReservasmedidasdeargilasnoestadodoRiodeJaneiroem2010 TABELA2 123 QuantidadeevalordaproduodeargilacomercializadanoestadodoRiode

    Janeiroem2009

    GRFICO1 123 DistribuiosetorialporusosdaquantidadeconsumidadeargilanoestadodoRiodeJaneiroem2009

    GRFICO2 124 Quantitativodemodeobraempregadanamineraodas substnciasno

    metlicasnoestadodoRiodeJaneiroem2009,emdestaqueasargilas

    d. Argila para Cermica Vermelha - Panorama do Setor Cermico

    FIGURA1 126 Tiposdeartefatoscermicos

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    FIGURA2 127 Extrusoradeproduosemicontnua,aptaparaaindstriacermicaemuitoutilizadaparaaproduode tijolosvazados

    FIGURA3 131 Processosdeextraodaargila:(a)extraodeargilaemcava,matriaprima

    paracermicavermelha;(b)nabasedotaludedacavaaargilaforteparaamisturadamassa,argilaorgnicacinzaescura,tambmchamadatabatinga;(c) equipamento moto mecnico operando o preenchimento da cava deextrao;(d)cavadeextraorecuperadaepreparadaparaoplantiodecanadeacar

    FIGURA4 134 Cartaimagemdasindstriasdeartefatoscermicosedereasdeextraodeargilas para cermica vermelha nomunicpio de Campos dosGoytacazes ArranjoProdutivoLocalAPLMineral(2011)

    FIGURA5 137 Fornos utilizados na fabricao de cermicas. O forno tipo Hoffmann (a)utilizado pelos fabricantes de blocos, de fcil manuseio, econmico, boaprodutividade e baixo consumo de energia.O forno abbada (b) um dosmelhores para a queima de telhas. Caracterizase por ser econmico, poradaptarseaqualquercombustveleporserdefciloperao

    FIGURA6 140 Indstria cermica (a) e jazidas de argila (b) nos sedimentos tercirios daFormaoBarreiras(c)nopolodeItabora

    FIGURA7 141 JazidasdeargilaparacermicaemRioBonito,polodeItabora,comdestaque

    para depsitos tercirios, a argila fraca (a) e depsitos quaternrios devrzea,aargilaforte(b),cinzaescura

    FIGURA8 143 MapadoPoloCermicodeItabora RJ FIGURA9 145 ExpansourbanasobreasjazidasdeargilanopolodeItabora FIGURA10 147

    Argilacoluvial (a), ricaemquartzo,menosplstica.Argiladevrzea (b),altaplasticidade,granulometriafina

    FIGURA11 149

    LocalizaodasreasdeextraodeargilanaRegiodoMdioValedo rioParabadoSuleCentroSulFluminensevisitadaspeloDRMRJem2008

    TABELA1 128 Dadoscomparativosdosegmentocermico TABELA2 136 ValoragregadodosprincipaisprodutosproduzidosnaRegiodeCampos/RJ TABELA3 144 ValoragregadodosprincipaisprodutosproduzidosnaRegiodeItabora/RJ TABELA4 150 ValoragregadodosprincipaisprodutosproduzidosnaRegiodoMdioVale

    dorioParabadoSul

    GRFICO1 128 ComparativodaquantidadedeempresasedemodeobraalocadanoBrasile

    noestadodoRiodeJaneiroem2008

    GRFICO2 129 Comparativo entre o nmero de empresas e mo de obra dos polosprodutoresdecermicavermelhadoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

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    GRFICO3 129 Comparativodaquantidadedeproduodepeascermicas (%)noBrasilenoestadodoRiodeJaneiroem2008

    GRFICO4 130 Comparativodaproduodeargila(%)noBrasilenoestadodoRiodeJaneiro

    paraproduodepeascermicasem2008

    GRFICO5 130 Produo de peas cermicas nos polos produtores do estado do Rio deJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO6 133 Extraodeargila(%)paracermicavermelhanopolodeCamposdoestado

    doRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO7 135 PrincipaisprodutoscermicosdopolodeCamposdosGoytacazes

    GRFICO8 141 ExtraodeArgila(%)paraCermicaVermelhanoPolodeItaboradoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO9 144

    PrincipaisprodutoscermicosdopolodeItabora GRFICO10 148

    Extraodeargila (%)paracermicavermelhanopolodoMdioValedorioParabadoSuldoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO11 151

    PrincipaisprodutoscermicosdopolodoMdioParabadoSul

    e. Argila para cimento

    GRFICO1 154 ProduodeArgila(t)paraopolocimenteirodeCantagalo(RJ).Perodo:2008a2010

    1.2. MINERAIS PARA USO DA CONSTRUO CIVIL E DO AGRONEGCIO

    a. Calcrio para Cimento, Correo de Solos e Outros FIGURA1 156

    ExtraodecalcrioemItalva(RJ)pararochasornamentaisederevestimento(a).ExtraodecalcrioemItalva(RJ)paracorretivodesolo(b)

    FIGURA2 158

    Rochas carbonticas e direitosminerrios no estado do Rio de Janeiro em2012

    FIGURA3 163

    Esquemadoefeitomultiplicadordacadeiaprodutivadocimento GRFICO1 160

    ExtraodecalcrioparaoPoloCimenteirodeCantagalo(RJ).Perodo:2008a2011

    GRFICO2 161

    Extrao de calcrio para produo de corretivos de solo em Italva (RJ).Perodo:2008a2011

    GRFICO3 161

    Distribuiodonmerodeempresas,nmerodeempregosevalormdiodatoneladadecalcrionaregiodeItalva(RJ).Perodo:2008a2011

    GRFICO4 163

    Relaoentrenmerodeempresas,nmerodeempregosevalormdiodatoneladadecalcrionaregiodeCantagalo(RJ).Perodo:2008a2011

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    GRFICO5 164 Sriehistricadovalorda produomineral(VPM)decalcrioparaaindstriacimenteira.Perodo:1996a2011

    GRFICO6 165

    Investimentos na minerao de calcrios no estado do Rio de Janeiro emmilhesdereais

    GRFICO7 165

    Evoluo da minerao de calcrios no estado do Rio de Janeiro, seu usopredominantenaproduodecimentoecorrelaoentreadisponibilidadeedemandaaparentedesteprodutonoestado

    1.3 MINERAIS PARA USO INDUSTRIAL

    a. Areia Industrial FIGURA1 168

    Mapadelocalizaodosdepsitosdeareiaindustrial TABELA1 170

    Participaosetorialdaareiaindustrial GRFICO1 172

    ParqueprodutordeareiaindustrialdoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO2 173

    Produo declarada de areia industrial (t) da Regio do Mdio Paraba doestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO3 174

    Produodeclaradadeareiaindustrial(t)daRegioMetropolitanadoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    b. Fluorita FIGURA1 178

    MapasimplificadodasErasGeolgicasdoestadodoRiodeJaneiro,noqualpossvelvisualizaraocorrnciadosmaciosalcalinoscenozoicos

    FIGURA2 179

    ImagemareadasocorrnciasfiloneanasdefluoritanomaciodeTangu,RJ FIGURA3 180

    Interior da Mina 1 com placa indicando a direo das galerias dos corposmineralizados

    QUADRO1 180

    EspecificaesdaFluorita GRFICO1 181

    Evoluodasreservasbasedefluorita(CaF2 contido).Perodo:1990a2008 GRFICO2 183

    EvoluodaProduodeFluorita(t)Xano.Perodo:1990a2011 GRFICO3 184

    Histricoetendnciadoaumentodovalor(R$/t)dafluoritanoestadodoRiodeJaneiro

    GRFICO4 184 Evoluodospreosdafluoritagraumetalrgico.Perodo:1995a2008

    1.4GUAMINERAL

    FIGURA1 189 Ociclohidrolgico

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    FIGURA2 200 MapageolgicosimplificadodoestadodoRiodeJaneirocomalocalizaodasfontesdeguamineral

    FIGURA3 203

    Distribuio espacial das reas requeridas e com Portarias de Lavra noterritriofluminense

    FIGURA4 208

    (a)casascomreascercadasparapreservaodasfontes.(b)Imagemdopoodecaptaocomrevestimentoeminox.

    FIGURA5 209

    (a)apsprlavagemosgalesso levadosporesteirarolantepara lavadoraautomtica. (b) A sala de envase dos gales e seus funcionrios estoprotegidos contraqualquerpossibilidadede contaminaodo ambiente. (c)envasadoradeembalagensdescartveis/reciclveis,emambientepreservado.(d)Colocaodoselodevedaoecontroledequalidade

    TABELA1 192 guasMineraisdoestadodoRiodeJaneiroesuasindicaesteraputicas

    TABELA2 200 Distribuio dos principais estados produtores de gua mineral naturalenvasadadados2010

    TABELA3 204

    Quadrodaproduo, faturamentoemoobradosetorenvasadordeguasmineraisnaturaisdoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    QUADRO1 198

    Leisenormastcnicasderegulamentaodosetordeguamineral GRFICO1 205

    Distribuio(%)daproduo envasadaporRegioProgramadoestadodoRiodeJaneiro.Perodo:2010a2011

    GRFICO2 206

    Participao(%)dosmunicpiosdaRegiodasBaixadasLitorneasdoestado GRFICO3 206

    Participao(%)dosmunicpiosdaRegioMetropolitanadoestado GRFICO4 207

    Participao(%)dosmunicpiosdaRegioSerranadoestado GRFICO5 207

    ParticipaodosmunicpiosdaRegioNoroestedoestado GRFICO6 208

    ModeobradiretageradapelosetoremcadaRegioProgramadoestado

    1.5ROCHAORNAMENTALEPARAREVESTIMENTO

    FIGURA1 218 Exportaoacumuladadosetorderochas.Perodo:2007a2011

    FIGURA2 221 Mapa de localizao das exploraes de rochas ornamentais e pararevestimentonoestadodoRiodeJaneiro

    FIGURA3 227

    MapadasocorrnciasnaRegioNoroeste TABELA1 216

    Produo,exportaoeimportaoderochasornamentais dadosmundiais.Perodo:2009a2010

    TABELA2 222

    Reservas medidas das rochas ornamentais em 2009 no estado do Rio deJaneiro

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    TABELA3 223 Quantidadedaproduobrutaebeneficiadacomercializadanoanode2009noestadodoRiodeJaneiro

    TABELA4 225

    ExportaoderochasornamentaispeloestadodoRiodeJaneiro. TABELA5 225

    Exportaoderochasornamentaisederevestimentoem2011 TABELA6 231

    CronogramadeaesnoAPLderochasornamentaisdoNoroesteFluminense TABELA7 233

    Principais nmeros do APL de rochas ornamentais da Regio NoroesteFluminense,comdestaqueparaomunicpiodeSantoAntniodePdua

    QUADRO1 214

    RelaodasprincipaisjazidasdaRegioMetropolitana QUADRO2 234

    Listadeiniciativasdedesoneraodosetorprodutivoderochasornamentaiseequiparaoapolticasdosestadosvizinhos

    GRFICO1 217

    Produo bruta de rochas ornamentais no Brasil em 2011 (distribuioregional)

    GRFICO2 217

    Perfildaproduobrasileiraportipoderochaem2011 GRFICO3 218

    Evoluodovolumefsicodasimportaesbrasileirasderochasornamentais

    2.RECURSOSMINERAISMETLICOS

    2.1MINERAISPARAUSOINDUSTRIAL

    FIGURA1 238 Foto dos grnulos dosminerais pesados extrados e concentrados da areiamonazticadaunidadedeBUENA

    FIGURA2 239

    FotoareadaunidadeINBBuenaemSoFranciscodeItabapoanaRJ.Podeseobservarnocantosuperioresquerdoafrentedelavra

    FIGURA3 240

    Processodeextraomecnicadaareiamonaztica FIGURA4 242

    ProcessodeconcentraoprimriadaareiamonazticapormeiodasEspiraisdeHumphrey(a).Em(b)observaseocontrastedecormostrandoaseparaohidrogravimtrica.

    TABELA1 241 DadosdereservaparaosmineraispesadosnoestadoRiodeJaneiro

    TABELA2 242 ProduobrutadominrionoestadoRiodeJaneiro

    TABELA3 243 ProduobeneficiadademineraispesadosnoestadodoRiodeJaneiroAMB2010

    TABELA4 244

    Quantidadeevalordaproduomineralcomercializada QUADRO1 244

    Consumidor produtos beneficiados distribuio setorial da quantidadeconsumidaporsubstncias2009

    QUADRO2 244

    Consumidor produtos beneficiados distribuio regional da quantidadeconsumidaporUF2009

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    CONTEXTO ECONMICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E A MINERAO

    DADOS ECONMICOS E POTENCIALIDADES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO:

    O estado do Rio de Janeiro est localizado na Regio Sudeste do Brasil e

    possui uma rea de 43.766 km, representando 0,52% do territrio brasileiro. A

    populao do estado corresponde a cerca de 15,56 milhes de pessoas,

    representando, aproximadamente, 8,25% da populao brasileira.

    O potencial econmico de um estado baseado no Produto Interno Bruto

    (PIB) comparado com o restante do pas. Para exemplificar a Regio Sudeste

    acumula 57% do PIB nacional, sendo que o estado do Rio de Janeiro responsvel

    por 11,3% representado em R$ 343 bilhes e com um PIB per capta de cerca de R$ 21

    mil.

    FIGURA 1

    Contexto do estado do Rio de Janeiro no Brasil

    Fonte: FIRJAN, 2012.

    O Deciso Rio um estudo coordenado pela Federao das Indstrias do

    Rio de Janeiro (Firjan) e realizado junto a investidores sobre as intenes de

    investimentos no estado do Rio de Janeiro em um perodo de trs anos refletindo

    assim as reais necessidades do mercado.

    De acordo com os dados do Deciso Rio 2012-2014, os investimentos

    direcionados ao Rio de Janeiro so da ordem de R$ 211,5 bilhes, representando, em

    relao ao perodo 2011-2013, um aumento de 16,6%. Esses investimentos tem

    origem pblica e privada, nacional e estrangeira. Do total previsto, 70,1% (R$ 148,2

    bilhes) correspondem a investimentos industriais; R$ 40,5 bilhes correspondem

    indstria de transformao; e R$107,7 bilhes correspondem aos investimentos

    relacionados Petrobrs. Alm disso, R$ 17,9 bilhes deste montante sero

    destinados aos investimentos na Copa 2014 e Olmpiadas 2016.

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    A tabela 1, o grfico 1 e a figura 2 demonstram os volumes dos grandes

    investimentos, por setores, que esto projetados para o Rio de Janeiro no perodo

    compreendido entre 2012 e 2014.

    TABELA 1

    Investimentos relacionados Copa do Mundo e s Olimpadas, em bilhes de Reais.

    Investimentos Relacionados Copa do Mundo e s Olimpadas R$ bilhes

    Infraestrutura de Transporte 7,7

    Rede Hoteleira e outros investimentos tursticos 1,6

    Investimentos do Comit Olmpico (ainda no detalhados) 2,5

    Demais Investimentos Pblicos e Privados na Organizao dos Jogos (ainda no

    detalhados)

    6,1

    Total 17,9

    Fonte: FIRJAN, 2012.

    GRFICO 1

    Distribuio dos investimentos previstos para o estado do Rio de Janeiro at 2014.

    Fonte: FIRJAN, 2012.

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    FIGURA 2

    Grandes empreendimentos em curso no estado do Rio de Janeiro. Perodo: 2012 a 2014

    Fonte dos dados: FIRJAN, 2012. Elaborao: DRM-RJ.

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    METODOLOGIA

    Este item ir mostrar os procedimentos que foram aplicados para a realizao

    do Panorama Mineral Fluminense (PMF) 2012 . Sero relatadas as principais

    diretrizes adotadas na coleta de dados e processamento dos mesmos, passando pela

    confeco dos grficos e tabelas e das concluses dos aspectos econmicos dos

    principais recursos minerais encontrados no estado do Rio de Janeiro.

    Para a realizao de todo o tratamento e compilao dos dados, foi necessrio

    o desenvolvimento de uma metodologia para que o PMF 2012 pudesse conter o

    mximo de informaes necessrias com qualidade e uniformidade.

    PRIMEIRA FASE TRATAMENTO E QUALIFICAO DOS DADOS:

    Esta fase consistiu basicamente na verificao dos dados existentes, em escala

    estadual, dando prioridade aos dados produzidos e verificados pelo Departamento de

    Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ). Na falta ou insuficincia

    dos mesmos, optou-se pelo rgo de informaes oficiais na esfera federal, o

    Departamento Nacional da Produo Mineral (DNPM). E, de forma secundria,

    outras fontes existentes, como dados da FIRJAN, Sindicatos, Secretaria de

    Desenvolvimento Econmico, Energia, Indstria e Comrcio (SEDEIS), entre

    outros que sero apontados no decorrer deste Panorama.

    AVALIAO DOS DADOS DO CADASTRO DE ATIVIDADES MINERRIAS CAM:

    A partir das informaes disponibilizadas no CAM, at o ms de julho de

    2011, de todas as empresas cadastradas no DRM, foram coletados os dados

    econmicos mais relevantes para o estudo.

    A partir disso, foram observadas as inconsistncias e estudados os principais

    dados a serem considerados.

    Os dados foram compilados em tabelas e gerados os grficos existentes no

    documento.

    COMPATIBILIZAO DA PROPOSTA DO PANORAMA COM OS DADOS DO CAM:

    A partir do levantamento dos dados econmicos existentes nas declaraes

    do CAM, foi discutido com o Grupo de Trabalho a melhor forma de atender aos

    itens inicialmente propostos para a confeco do Panorama.

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    DEFINIO DA PROPOSTA DO PANORAMA:

    Aps a verificao dos dados foi realizada a definio da proposta do

    Panorama. Esta proposta foi focada principalmente nos dados consistentes do CAM,

    nos dados divulgados no Anurio Mineral Brasileiro de 2010 do DNPM, alm de

    trabalhos especficos j realizados pela equipe tcnica do DRM sobre cada uma das

    substncias minerais relacionadas neste Panorama.

    SEGUNDA FASE ANLISE DOS DADOS E REDAO DOS CAPTULOS:

    Esta fase a subsequente coleta dos dados brutos, e consiste basicamente

    na realizao da anlise dos dados de cada substncia mineral pela equipe

    responsvel.

    ELABORAO DO CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

    Foi elaborado um cronograma de atividades como forma de ordenar e

    nortear o andamento dos trabalhos.

    DEFINIO DOS RESPONSVEIS PELAS SUBSTNCIAS MINERAIS:

    A confeco do Panorama foi realizada de forma a retratar o contexto

    econmico de cada substncia mineral principal do estado. E, desta forma, a equipe

    foi dividida para desenvolver especificamente cada substncia mineral,

    proporcionando a melhor consistncia de cada tema.

    ELABORAO E DISTRIBUIO DOS KITSPARA O ROTEIRO DO TEXTO POR SUBSTANCIA MINERAL

    Para orientao na elaborao dos textos e harmonia de informaes, a

    equipe organizadora elaborou um roteiro contendo os principais itens a serem

    abordados nos textos.

    Para acompanhar esse roteiro, os dados econmicos trabalhados foram

    compilados em grficos especficos e entregues juntamente com o roteiro e com

    mapas complementares.

    A seguir, as perguntas que formaram o roteiro bsico para a busca e a

    insero de informaes relevantes substncia enfocada:

    Reservas minerais (DNPM)?

    Produo bruta de minrio?

    Produo beneficiada?

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    Quantidade e valor da produo mineral comercializada?

    Porte e modalidade da lavra das minas (mdia/pequena)? (DNPM)

    Porte das usinas?

    Empresas produtoras (n de empresas)?

    Investimentos na minerao (realizados e previstos)?

    Mercado consumidor produtos brutos?

    Mercado consumidor produtos beneficiados?

    Mo-de-obra utilizada na minerao?

    PROPOSTA DE ELABORAO DOS CAPTULOS

    A definio da sequncia e dos temas abordados no corpo do Panorama foi

    amplamente discutida, buscando a melhor forma de retratar todos os dados obtidos

    das substncias minerais.

    GEOINFORMAO

    A equipe da Coordenadoria de Geoinformao teve um papel fundamental

    para a realizao dos estudos e desenvolvimento dos dados, pois a mesma estava em

    sintonia com a equipe de coordenao de forma a atender aos tcnicos com

    informaes geoespaciais e mapas temticos especficos e de acordo com a demanda

    de cada um.

    Para a composio do Panorama a equipe realizou toda a uniformizao dos

    mapas existentes no texto de forma a proporcionar o melhor entendimento do

    pblico.

    TERCEIRA FASE WORKSHOP INTERNO

    Esta fase foi composta com o objetivo principal de ampliar os

    conhecimentos de toda a equipe e integrar o trabalho desenvolvido por cada um,

    fazendo com que a troca de ideias e sugestes agregasse mais qualidade aos captulos.

    Esse workshop foi dividido em trs partes bem definidas e descritas a seguir:

    Apresentao dos captulos executados pelos Tcnicos;

    Avaliao e debate sobre o contedo;

    Sugestes e comentrios da Diretoria e Presidncia.

    QUARTA FASE APRESENTAO DOS DADOS PRELIMINARES

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    Esta ltima etapa teve um carter interativo com o pblico alvo. E tambm se

    caracterizou por ser a mais importante de todas, uma vez que se tratava de avaliar o

    trabalho como um todo e unificar as informaes e dados coletados e descritos por

    cada autor de cada substncia mineral.

    APRESENTAO DOS DADOS PRELIMINARES AO PUBLICO ALVO

    O Panorama, durante toda a sua concepo, buscou ser um reflexo dos

    principais questionamentos em relao s informaes e dados que o pblico

    necessita. Assim, foi realizada uma apresentao contendo os dados econmicos

    principais para os diversos atores interessados no tema, como forma de agregar

    opinies dos futuros leitores e cobrir eventuais lacunas que no tenham sido

    retratadas.

    AVALIAO FINAL, EDITORAO E LANAMENTO

    Esta etapa consistiu na avaliao e leitura crtica do produto pela Diretoria e

    Presidncia com a finalidade de constituir o Panorama em um produto nos padres

    de qualidade do DRM-RJ.

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    PARTE I

    INDICADORES SECUNDRIOS DO SETOR MINERAL FLUMINENSE

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    Os dados e as informaes contidos neste captulo so indicadores

    representativos do comportamento do mercado produtor mineral do estado do Rio

    de Janeiro (ERJ). Isto porque abordam sobre o acerto de contas entre a Unio,

    estados e municpios referentes explorao mineral realizada por empresas.

    O primeiro indicador denominado Compensao Financeira pela

    Explorao de Recursos Minerais (CFEM) e recebida por municpios, estados e

    Unio. Refere-se a uma contribuio (preo pblico) devida pelas empresas que

    extraem, beneficiam e/ou transferem o bem mineral para seus processos industriais,

    e normatizada pelo Departamento Nacional da Produo Mineral (DNPM).

    J o segundo indicador o Imposto de Circulao de Mercadorias e Servios

    (ICMS) que recolhido pelos estados. Neste presente trabalho, o que arrecadado

    pelo ERJ de ICMS referente atividade mineradora ser denominado de ICMS

    Mineral.

    O ICMS Mineral trata-se da contribuio feita pelas empresas deste setor

    econmico, que atravs de cdigos especficos do setor mineral identificam a

    empresa contribuinte, a sua localizao e os seus respectivos valores recolhidos.

    Ambos os indicadores apresentam em suas respectivas bases de clculos

    valores da produo do setor mineral fluminense e registros de dados cadastrais das

    empresas mineradoras. Por esta razo, so representativos como indicadores

    secundrios da produo mineral no estado do Rio de Janeiro.

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    1 ICMS Recolhido pelas Empresas do Setor Mineral Fluminense

    Entre os diversos indicadores econmicos e fiscais disponveis para avaliao

    do setor mineral do estado do Rio de Janeiro, utilizamos os dados resultantes da

    tributao dos bens e servios aplicados s empresas do setor mineral do estado, que

    resultam na arrecadao do Imposto de Circulao de Mercadorias e Servios

    (ICMS).

    A metodologia adotada (figura 1) para definio do universo de contribuintes

    do ICMS do setor mineral (metlicos e no metlicos) do estado foi da identificao

    das atividades desenvolvidas pelas empresas do setor, atravs do seu Cdigo

    Nacional de Atividade Econmica (CNAE), que as classificam pelas atividades de

    extrao, beneficiamento ou transformao mineral, excludos Petrleo e Gs.

    FIGURA 1

    Diagrama com as etapas de levantamento dos dados da SEF/RJ

    A identificao das empresas do setor mineral fluminense ocorre a partir de

    consulta listagem anual do cadastro de contribuintes do ICMS da Secretaria de

    Fazenda do estado do Rio de Janeiro, e a seleo feita atravs do Cdigo Nacional de

    Atividades Econmicas (CNAE), que identifica e descreve as atividades por elas

    desenvolvidas.

    A partir da formulao de listagem com as empresas do setor mineral

    fluminense, foram elaboradas planilhas com a arrecadao do que denominamos

    ICMS Mineral-RJ que indicam a participao de cada atividade da minerao, na

    arrecadao do tributo e sua evoluo histrica.

    A tabela 1 e o grfico 1 ilustram uma comparao da evoluo das receitas do

    ICMS Total do estado com os valores da arrecadao do ICMS Mineral, em uma

    srie histrica.

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    TABELA 1

    Arrecadao do ICMS Total na comparao com o ICMS Mineral. Perodo: 2005 a 2011

    Ano ICMS Total ICMS Mineral

    R$ % R$ %

    2005 13.245.359.626,00 ... 124.787.442,00 ...

    2006 14.504.302.338,00 9,5 101.108.374,00 -18,9

    2007 15.485.610.647,00 6,8 111.656.407,00 10,4

    2008 17.692.405.930,00 14,2 145.271.435,00 30,1

    2009 18.619.451.367,00 5,2 148.875.378,00 2,5

    2010 22.100.628.616,00 18,7 232.725.223,00 56,3

    2011 24.808.160.105,00 12,3 290.120.905,00 24,7

    Fonte dos dados: SEF/RJ e CAM/DRM-RJ.

    GRFICO 1

    Taxa de crescimento anual do valor arrecadado de ICMS Mineral e Total no estado do Rio de Janeiro

    -18,9

    10,4

    30,1

    2,5

    56,3

    24,7

    -20,0

    -10,0

    0,0

    10,0

    20,0

    30,0

    40,0

    50,0

    60,0

    2006 2007 2008 2009 2010 2011

    ICMS Total (%)

    ICMS Mineral (%)

    Fonte dos dados: CAM/DRM-RJ.

    Como podemos observar nos nmeros das tabelas e grfico apresentados, a

    participao do ICMS Mineral, em termos relativos, quando comparados com a

    arrecadao total do ICMS pelo estado do Rio de Janeiro pouco representativa. Se

    considerarmos os dados de 2011, a participao da minerao nos valores

    arrecadados foi de apenas 1,2% do total. Porm, em termos absolutos, para um total

    de 794 empresas contribuintes, do que denominamos ICMS Mineral, elas

    contriburam com uma arrecadao que chegou a R$ 290,1 milhes, representando

    um crescimento de quase 25%, em relao aos valores arrecadados no ano anterior.

    Se compararmos o crescimento acumulado do perodo 2005 a 2011 a

    diferena ainda maior, pois enquanto o crescimento da arrecadao total do ICMS-

    RJ neste perodo foi de 87,3%, o crescimento acumulado do ICMS Mineral foi de

    132,5% (tabela 2).

    Neste perodo, o ICMS Mineral s apresentou uma reduo nos valores

    arrecadados em 2006, representado pela queda da contribuio do setor cimenteiro,

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    que tem maior peso no conjunto de contribuintes dos setores da minerao que

    agregam mais valor aos produtos e, por conseguinte, maiores valores arrecadados.

    TABELA 2

    Crescimento acumulado de arrecadao. Perodo: 2005 a 2010

    Perodo ICMS Total ICMS Mineral

    2005 a 2011 87,30% 132,50%

    Fonte dos dados: Cadastro Contribuintes ICMS/SEF e CAM/DRM-RJ.

    O motivo da queda deve se atribuir possibilidade de ter havido maior

    transferncia em 2006 do produto cimento, vindo de unidades dos mesmos grupos

    que operam no RJ, trazidas das suas unidades localizadas em So Paulo e/ou Minas

    Gerais, priorizadas para o mercado consumidor do estado do Rio de Janeiro.

    ARRECADAO REFERENTE FABRICAO DE CIMENTO

    A maior arrecadao do ICMS Mineral provm do parque cimenteiro

    fluminense, que agrega mais valor ao produto, pois a incidncia da base de clculo

    ocorre nas trs fases da operao industrial: extrao (calcrio e argila),

    beneficiamento (britagem do calcrio) e transformao mineral (fornada para

    obteno do clinquer).

    ARRECADAO REFERENTE AREIA PARA CONSTRUO

    As empresas que somente extraem o bem mineral recebem classificao no

    CNAE como minerais no metlicos, acrescido de um dgito verificador para cada

    substncia mineral. A extrao de areia para construo representa 90% dos valores

    declarados para os no metlicos, ou seja, R$ 4,2 milhes, pois o processo extrativo

    no agrega valor ao produto comercializado.

    ARRECADAO REFERENTE BRITA

    No caso das pedreiras de brita, o processo separa o produto por tipos de

    malhas, gerando britagem de diversos tamanhos e agregando valor ao produto que

    comercializado com preos diferenciados. Este setor arrecadou no ano o equivalente

    a R$ 43,2 milhes de receita tributria para o estado.

    ARRECADAO REFERENTE AO SETOR DE APARELHAMENTO DE PEDRAS E PLACAS

    Os setores de rocha ornamental e de revestimento no RJ apresentam

    caractersticas prprias.

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    Pela crescente ocupao urbana no entorno das reas de explorao mineral

    no municpio do Rio de Janeiro, as restries ambientais ficaram maiores e, por

    consequncia, queda na oferta de material bruto para as serrarias de rochas.

    Com a falta de material local, o setor passou a importar a rocha bruta de

    estados vizinhos como o Espirito Santo, aumentando seu custo de produo e

    consequente reduo na rentabilidade e na gerao de tributos pelo setor. Novas

    reas esto sendo mapeados pelo DRM-RJ na Regio Norte e Noroeste do estado,

    gerando mais expectativas na possibilidade de implantao de um novo polo

    extrativo de rocha para fins ornamentais naquelas regies.

    A segunda caracterstica est na regio do parque extrator (pedreiras) e o

    parque de beneficiamento atravs das serrarias de rochas de revestimento.

    O valor de comercializao dos produtos rsticos como laje e lajinhas, entre

    outros, agregam pouco valor ao produto da regio. As empresas desse setor so

    constitudas, em sua quase totalidade, por micros empresrios que optam pelo

    Simples Nacional, que desonera os encargos sobre a produo, resultando em baixa

    arrecadao de tributos, incluindo o ICMS.

    ARRECADAO REFERENTE AO ENVASAMENTO DE GUAS MINERAIS

    O parque envasador de guas minerais naturais um setor de grande tradio

    na economia fluminense e contribuinte participativo da arrecadao de ICMS. Em

    1996 existiam vinte duas empresas envasadoras de guas minerais em operao no

    estado e, atualmente, so cinquenta e cinco, contribuindo com 5,30% do arrecadado

    de ICMS Mineral.

    Todas essas atividades representam segmentos produtivos importantes da

    economia fluminense, com foco no fornecimento de matria prima e produtos

    minerais para a indstria da construo civil, que sero fatores determinantes na

    participao de forma intensiva no processo de desenvolvimento econmico pelo

    qual passa o estado, incluindo os eventos esportivos previstos at 2016, e projetando,

    assim, um incremento substancial na demanda por esses produtos e insumos

    minerais.

    O incremento expressivo na arrecadao do ICMS do setor mineral

    fluminense um indicador consistente de que o setor mineral, em particular os

    minerais de uso na construo, participam de forma efetiva no contexto econmico

    fluminense, contribuindo na gerao de renda e empregos diretos, alm da

    participao na arrecadao de tributos para o estado.

    A tabela 3 e o grfico 2 ilustram a arrecadao de ICMS Mineral por

    classificao CNAE em 2011.

    ___________________________________________________________________________

    O Simples Nacional um regime compartilhado de arrecadao, cobrana e fiscalizao de tributos aplicvel s Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006.

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    TABELA 3

    Participao (%) da arrecadao do ICMS Mineral por classificao CNAE em 2011

    CNAE Denominao Participao (%)

    23.20-6 Fabricao de cimento /calcrio / argila 60,91

    23.91-5/01 Britamento de pedras 14,90

    23.91-5/02 Aparelhamento de pedras (revestimento) 0,01

    23.91-5/03 Aparelhamento de placas (ornamental) 1,00

    23.42-7 Fabricao de produtos cermicos / argila 8,94

    11.21-6 Envasamento de guas minerais 5,30

    08.10-0 Extrao de minerais no metlicos 1,60

    07.29-4 Extrao de minerais metlicos 0,14

    Fonte dos dados: Cadastro Contribuintes ICMS/SEF (tabela CNAE) e CAM/DRM-RJ.

    GRFICO 2

    Participao (%) dos setores na arrecadao do ICMS Mineral em 2011

    0 10 20 30 40 50 60 70

    Fabricao de cimento /calcrio / argila

    Britamento de pedras

    Fabricao de produtos cermicos (argila)

    Envasamento de guas minerais

    Extrao de minerais no metlicos

    Aparelhamento de placas (ornamental)

    Extrao de minerais metlicos

    Aparelhamento de pedras (revestimento)

    %

    Fonte dos dados: Cadastro Contribuintes ICMS/SEF (tabela CNAE) e CAM/DRM-RJ.

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    2 O Mercado Produtor Mineral Fluminense: Indicador CFEM

    A Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Minerais (CFEM),

    instituda pela Lei n 7.990/89 que regulamentou o 1 do Art. 20 da Constituio

    Federal, devida aos estados, Distrito Federal, municpios e rgos da administrao

    da Unio, como contraprestao pela utilizao econmica dos recursos minerais em

    seus respectivos territrios.

    Cabe ao DNPM baixar normas e exercer a fiscalizao sobre a arrecadao da

    CFEM (Lei n 8.876/94, Art. 3 - inciso IX), que devida por toda e qualquer pessoa

    jurdica, que explore substncias minerais para fins de aproveitamento econmico. A

    explorao de recursos minerais consiste na retirada de substncias minerais da

    jazida, mina ou outro depsito mineral, para fins de aproveitamento econmico (DNPM, 2012).

    O aproveitamento econmico destas substncias minerais ocorre pela venda

    do seu produto explorado nas reas da jazida, mina, salina ou outros depsitos

    minerais. Esse aproveitamento tambm ocorre na utilizao e na transformao

    industrial do produto mineral ou mesmo para o seu consumo por parte do

    minerador.

    O valor devido pelo minerador calculado mediante a utilizao de alquotas

    aplicadas sobre o faturamento lquido obtido por ocasio da venda do produto

    mineral, com exceo do petrleo e gs natural, que obedecem a regras de

    pagamento determinadas em legislao especfica (Lei n 9.478/97).

    O faturamento lquido obtido pelas empresas mineradoras calculado pelo

    valor da venda do produto mineral, deduzindo-se as despesas de tributos que

    incidem na sua comercializao (ICMS, PIS, COFINS), como tambm as despesas

    com transporte e seguro.

    Quando no ocorre a venda do produto mineral e sim a sua transferncia

    para consumo, transformao ou utilizao pelo prprio minerador, ento considera-

    se como valor, para efeito do clculo da CFEM, a soma das despesas diretas e

    indiretas ocorridas at o momento da utilizao do produto mineral (DNPM, 2012).

    Na tabela 1 segue a relao das alquotas aplicadas para o clculo de obteno

    da CFEM, as quais variam de acordo com a substncia mineral. No caso do mercado

    produtor mineral fluminense predomina o uso da alquota de 2% no clculo da

    CFEM, referente maioria das exploraes minerais ocorrentes em seu territrio.

    TABELA 1

    Alquota para clculo da CFEM por tipos de substncias minerais

    Substncia Mineral Alquota CFEM

    Minrio de alumnio, mangans, sal-gema e potssio 3,0 %

    Ferro, fertilizantes, carvo e demais substncias 2,0 %

    Ouro 1,0 %

    Pedras preciosas, pedras coradas, carbonatos e metais nobres 0,2 %

    Fonte dos dados: DNPM, 2012.

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    A CFEM distribuda aos estados, Distrito Federal, municpios e rgos da

    administrao da Unio na seguinte proporo dos valores arrecadados, especificados

    na tabela 2:

    TABELA 2

    Distribuio da arrecadao da CFEM entre entes federativos e rgos da administrao da Unio

    Entes Federativos / rgos da Administrao da Unio Quotas

    Municpios produtores 65,0 %

    Estados de origem 23,0 %

    Unio 12,0 %

    o DNPM 9,8 %

    o IBAMA 0,2 %

    o MCT 2,0 %

    Fonte dos dados: DNPM, 2012.

    Estados de origem e municpios produtores so aqueles onde ocorre a

    extrao da substncia mineral. Caso a extrao abranja mais de um municpio,

    dever ser preenchida uma GUIA/CFEM para cada municpio, observada a

    proporcionalidade da produo efetivamente ocorrida em cada um deles (DNPM,

    2012).

    Todos os recursos obtidos pela CFEM devem ser aplicados em projetos que

    direta ou indiretamente sejam revertidos em prol da comunidade local, na forma de

    melhoria da infraestrutura, da qualidade ambiental, da sade e da educao (DNPM,

    2012).

    Em funo da arrecadao da CFEM representar um indicador secundrio da

    produo mineral fluminense, analisaremos os seus valores obtidos nos cenrios

    estaduais e nacional, considerando-se dados referentes ao ano de 2011 e a uma srie

    histrica a partir do ano de 2005, considerando os dados disponibilizados pelo

    DNPM (2012).

    Os valores da CFEM arrecadados em 2011 pelas substncias minerais

    extradas no territrio do ERJ sero analisados conforme o seu agrupamento em

    classes (metlicos e no metlicos), usos e substncias. A partir deste agrupamento

    procura-se entender o perfil de minerao do ERJ e a sua importncia no cenrio

    nacional.

    Buscamos ainda caracterizar o cenrio da minerao fluminense atravs da

    anlise das maiores arrecadaes municipais obtidas por estas substncias agrupadas.

    Desta maneira, este captulo pretende realizar um panorama do mercado produtor

    mineral fluminense, indicando os municpios e regies de maiores arrecadaes da

    CFEM-2011 pelas suas respectivas substncias (rochas e minerais).

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    A ARRECADAO DA CFEM NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO EM RELAO ARRECADAO NACIONAL. PERODO: 2005 A 2011

    A importncia da anlise da CFEM gerada pelo ERJ, em relao

    arrecadao nacional, considerada para se entender o comportamento do mercado

    da atividade do setor mineral fluminense frente ao comportamento deste setor na

    economia nacional, destacando-se os principais estados com produo mineral no

    Brasil.

    O grfico 1 apresenta os valores absolutos, em milhes de reais (R$), gerados

    pelo ERJ e o total nacional. E a partir dele, possvel realizar uma anlise da

    representatividade do ERJ na participao nacional e acompanhar, ao longo desse

    perodo, a evoluo de ambos.

    GRFICO 1

    Srie histrica da arrecadao da CFEM nacional e no estado do Rio de Janeiro. Perodo: 2005 a 2011.

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    14,00

    0,00

    200,00

    400,00

    600,00

    800,00

    1.000,00

    1.200,00

    1.400,00

    1.600,00

    1.800,00

    2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011M

    ilh

    e

    s d

    e R

    $

    Mil

    h

    es

    de

    R$

    Nacional

    Rio deJaneiro

    Fonte dos dados: DNPM, 2012. Elaborao: DRM-RJ.

    A parte em vermelho do grfico mostra a srie histrica, no universo de

    tempo de 2005 at 2011, dos valores referentes ao total nacional. possvel observar

    que ela vem numa crescente desde o ano de 2005, com exceo do ano de 2009,

    onde ocorreu uma queda no valor desta arrecadao. Passado este ponto atpico,

    retomado o crescimento nos anos seguintes.

    Os valores em reais (R$) gerados como total nacional esto distribudos da

    seguinte forma ao longo do perodo em anlise: em 2005 a quantia foi de R$

    405.527.613,53; em 2006 aumentou para R$ 465.095.741,85; j em 2007 chegou a R$

    547.037.788,64; elevou-se para R$ 857.697.001,90 em 2008; sofreu uma queda em

    2009 para o valor de R$ 742.526.230,81; voltou a subir nos anos posteriores

    alcanando os valores de R$ 1.083.142.391,67 e R$ 1.544.749.140,35,

    respectivamente, nos anos de 2010 e 2011.

    J a parte em azul no grfico informa as quantias geradas pela minerao no

    ERJ no mesmo intervalo temporal, que se mostram em um crescimento anual

    contnuo. Em 2005, a minerao no ERJ gerou um montante de R$ 3.448.237,97,

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    continuando a crescer nos anos seguintes, at que em 2008 alcanou o patamar de R$

    6.574.445,88; em 2009 avanou para R$ 9.141.673,05; em 2010 chegou a R$

    10.835.403,13; e saltou para R$ 13.112.478,95 em 2011.

    Um ponto interessante a variao no comportamento das taxas de

    crescimento da CFEM do ERJ (grfico 2), j que em 2005 e 2006 eram relativamente

    baixas; em 2007, 2010 e 2011 subiram em mdia 20,7% e nos anos de 2008 e 2009

    aconteceram as maiores elevaes, correspondentes a uma mdia de 38,7%. Vale

    lembrar que taxas de crescimentos menores no implicam em reduo na

    arrecadao e sim que ocorreu um crescimento menor do que em outros perodos.

    Quanto s taxas de crescimento da arrecadao nacional, possvel observar

    uma flutuao elevada na srie histrica. Os valores da arrecadao nacional

    apresentam um comportamento aleatrio em relao ao crescimento. Por exemplo,

    os anos de 2005, 2008, 2010 e 2011 apresentaram crescimentos superiores a 35%, j

    o restante dos anos possui taxas de crescimento inferiores a 18%.

    Neste cenrio vale uma anlise dos anos de 2008 e 2009, quando ocorreu,

    respectivamente, um crescimento de 56,79% e uma queda de 13,43% da arrecadao

    nacional (destacado em vermelho no grfico 2). Tais comportamentos se refletem

    nos valores obtidos pelos dois estados (Minas Gerais e Par) de maior arrecadao da

    CFEM, os quais ditam o ritmo da arrecadao nacional.

    GRFICO 2

    Comportamento anual das taxas de variao da arrecadao da CFEM nacional e no estado do Rio de Janeiro. Perodo: 2005 a 2011

    Fonte dos dados: DNPM, 2012. Elaborao: DRM-RJ.

    Em 2008, Minas Gerais e Par apresentaram um crescimento em suas

    arrecadaes de 69,34% e 59,43%, respectivamente. Porm, em 2009, o estado de

    Minas Gerais obteve uma queda de 28,83% na sua arrecadao da CFEM. Estes dois

    estados apresentam perfis semelhantes de minerao voltada para a produo de

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    bens minerais metlicos, especialmente a de minrio de ferro, conforme ser

    abordado no tpico seguinte.

    As arrecadaes dos estados com o perfil de minerao do grupo dos

    minerais metlicos so fortemente influenciadas pelo ritmo da demanda provida pela

    produo industrial mundial, j que se tornam fornecedores de matrias primas

    industriais. Especialmente aqueles estados que extraem o minrio de ferro (Minas

    Gerais e Par) utilizado na produo siderrgica do ao e de outras ligas metlicas

    existentes. Seu consumo s aumenta ou diminui se os produtos com ferro em suas

    composio so mais ou menos demandados pelo mercado internacional

    (commodities1).

    Segundo a informao de Castello Branco (INTELOG, 2010), diretor de

    Relaes com Investidores da Vale, estima-se que a produo industrial global tenha

    crescido 10% ao ano no segundo semestre de 2009, aps profunda contrao no

    ltimo trimestre de 2008 e no primeiro semestre do ano de 2009.

    O mesmo ainda afirma que esta retomada do crescimento aps a recesso

    global de 2008/2009, uma das mais profundas dos ltimos 140 anos, ocorreu de

    forma bem mais rpida e vigorosa do que o esperado.

    O ndice Commodities Research Bureau (CRB), principal termmetro dos

    preos das matrias-primas, subiu 44% entre fevereiro de 2009, quando atingiu o

    nvel mais baixo, e o ms de janeiro de 2010. Boa parte do salto (16,6%) ocorreu no

    ltimo trimestre do ano de 2009, quando as economias americana e europeia

    comearam a se recuperar.

    Este panorama da variao das commodities tambm pode ser visto pelos dados

    de preo mensal do minrio de ferro e do ndice de preo mensal de metais para os

    anos de 2008 e 2009 (tabelas 3 e 4). Segundo a descrio do International Monetary

    Fund (2012) so considerados os seguintes minerais no ndice mensal de preos de

    metais: cobre, alumnio, minrio de ferro, estanho, nquel, zinco, chumbo e urnio.

    As tabelas 3 e 4 contm as variaes do preo mensal do minrio de ferro e

    do ndice mensal dos preos de metais nos anos de 2008 e 2009, cujos valores

    encontram-se destacados nas cores verde, laranja e vermelho. Em verde, as taxas de

    crescimento significativo; em laranja, a sua estabilizao e; em vermelho, as suas

    quedas durante o perodo amostral.

    1 Commodity um termo de lngua inglesa que, como o seu plural commodities, significa literalmente mercadoria, utilizado para designar bens para o quais existe procura sem atender diferenciao de qualidade do produto no conjunto dos mercados e entre vrios fornecedores ou marcas. As commodities so habitualmente substncias extradas da terra e que mantm at certo ponto um preo universal, existindo os seguintes tipos: agrcola, mineral, financeira, ambiental, recursos energticos e qumica. Uma das caractersticas das commodities que o seu preo determinado como uma funo do seu mercado no todo.

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    TABELAS 3 e 4

    Tabelas da variao do preo mensal do minrio de ferro - E.U. dlares por tonelada mtrica (tabela 3) e do ndice mensal de preos de metais (tabela 4), para os anos de 2008 e 2009

    Minrio de Ferro - Preo Mensal - E.U. Dlares por Tonelada Mtrica

    ndice de Preos de Metais - Preo Mensal - ndice

    Ms Preo Taxa de Variao Ms Preo Taxa de Variao

    jan/08 60,80 65,98% jan/08 178,40 9,74%

    fev/08 60,80 0,00% fev/08 190,83 6,97%

    mar/08 60,80 0,00% mar/08 201,07 5,37%

    abr/08 60,80 0,00% abr/08 198,95 -1,05%

    mai/08 60,80 0,00% mai/08 190,46 -4,27%

    jun/08 60,80 0,00% jun/08 186,27 -2,20%

    jul/08 60,80 0,00% jul/08 187,96 0,91%

    ago/08 60,80 0,00% ago/08 174,99 -6,90%

    set/08 60,80 0,00% set/08 164,10 -6,22%

    out/08 60,80 0,00% out/08 131,48 -19,88%

    nov/08 60,80 0,00% nov/08 116,14 -11,67%

    dez/08 69,98 15,10% dez/08 107,51 -7,43%

    jan/09 72,51 3,62% jan/09 109,66 2,00%

    fev/09 75,59 4,25% fev/09 107,85 -1,65%

    mar/09 64,07 -15,24% mar/09 105,54 -2,14%

    abr/09 59,78 -6,70% abr/09 112,36 6,46%

    mai/09 62,69 4,87% mai/09 118,55 5,51%

    jun/09 71,66 14,31% jun/09 130,89 10,41%

    jul/09 83,95 17,15% jul/09 140,02 6,98%

    ago/09 97,67 16,34% ago/09 161,31 15,20%

    set/09 80,71 -17,36% set/09 151,27 -6,22%

    out/09 86,79 7,53% out/09 157,47 4,10%

    nov/09 99,26 14,37% nov/09 166,65 5,83%

    dez/09 105,25 6,03% dez/09 176,78 6,08%

    Fonte dos dados: International Monetary Fund, 2012.

    Nota-se um crescimento significativo dos preos de minrio de ferro e metais

    no ms de janeiro de 2008. No entanto, de fevereiro a dezembro estes valores se

    estabilizaram no caso do minrio de ferro ou apresentaram taxas discretas de

    crescimento e quedas de preos, no caso dos metais.

    No primeiro trimestre do ano de 2009, constata-se o reflexo da crise

    econmica desencadeada no ltimo trimestre de 2008 atravs da queda no ndice de

    preos dos metais. Neste caso, verificam-se as maiores taxas de queda destes ndices

    nos meses de outubro e novembro de 2008, as quais obtiveram menor reduo nos

    meses de dezembro, fevereiro e maro de 2009.

    Em abril e maio de 2009, os ndices de preos dos metais voltaram a

    apresentar taxas de crescimento pouco significativas, as quais tenderam aumentar a

    partir do segundo semestre do referido ano. Exceto o ms de setembro, quando

    ocorreu uma pequena queda destes ndices, assim como o preo do minrio de ferro

    tambm obteve a sua maior queda registrada neste ms.

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    No caso especfico da variao dos preos do minrio de ferro, observa-se

    um menor impacto da crise na cotao de preo deste produto. Em 2008, quando a

    crise foi deflagrada em seu ltimo trimestre, os preos se mantiveram estveis de

    fevereiro a novembro, tendo em dezembro um crescimento significativo. A queda

    dos preos ocorreu somente nos meses de maro e abril, j na fase final da crise

    econmica mundial.

    A partir do segundo semestre de 2009, ocorre de fato a retomada do

    crescimento da produo industrial global, e por consequncia, o aumento da

    demanda pelo minrio de ferro e dos demais minerais metlicos industriais. Tanto

    que os preos destes bens minerais obtiveram as suas maiores taxas de crescimento

    nos meses de junho, julho e agosto de 2009.

    Castello Branco, diretor da Vale, ainda afirma que a recuperao da crise

    econmica mundial 2008/2009 foi liderada pelas economias emergentes da sia,

    Brasil e Rssia. Estas economias emergentes so consumidoras mais intensivas de

    minrios e metais, o que explicado pelo processo de industrializao e pelos

    investimentos mais significativos em habitao e infraestrutura.

    No cenrio nacional, a produo mineral de Minas Gerais e Par est voltada

    para o abastecimento da demanda industrial gerada pelos pases emergentes,

    particularmente, a China. Por conseguinte, a queda da arrecadao da CFEM

    nacional em 2009 acompanhou a tendncia da crise econmica mundial deflagrada

    no ltimo trimestre de 2008 at o primeiro de 2009, quando as commodities e a cotao

    dos preos dos minerais metlicos sofreram quedas.

    Por outro lado, a manuteno de uma elevada taxa de crescimento da

    arrecadao CFEM no ERJ em 2009 (grfico 2) mostra que o mercado produtor do

    setor mineral fluminense no foi atingido, mesmo no perodo de queda da CFEM

    nacional que acompanhou a crise econmica mundial. Neste ano de 2009, a CFEM

    do ERJ atinge a sua maior participao na arrecadao nacional (grfico 3).

    GRFICO 3

    Percentual da arrecadao da CFEM do estado do Rio de Janeiro em relao ao total nacional. Perodo: 2005 a 2011

    Fonte dos dados: DNPM, 2012. Elaborao: DRM-RJ.

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    Tal fato se deve ao perfil de minerao do ERJ voltado extrao de rochas e

    minerais para o uso na construo civil. Estes, por sua vez, no so considerados

    commodities, pois atendem somente ao mercado interno; com exceo das rochas de

    revestimento que apesar de serem produtos de exportao do ERJ2, no so

    consideradas commodities.

    As grandes obras no ERJ elevaram a demanda por rochas e minerais para o

    uso na construo civil, resultando no aquecimento do mercado produtor mineral

    fluminense caracterizado por este perfil. Este caso representa um ajuste do mercado

    interno aos grandes empreendimentos previstos para o ERJ durante o perodo de

    2012 a 2016, conforme ser abordado ainda neste captulo.

    O COMPARATIVO DA CFEM DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COM OS OUTROS ESTADOS DE MAIOR ARRECADAO NACIONAL 2011

    Atravs da anlise comparativa entre o que foi arrecadado pela CFEM em

    2011 no ERJ com as quinze maiores arrecadaes estaduais no cenrio nacional, se

    compreende a importncia do mercado produtor mineral fluminense frente aos

    demais mercados produtores dos estados de maiores arrecadaes nacionais.

    Entretanto, se faz necessria uma anlise mais minuciosa em relao ao perfil

    de minerao destes estados de maiores arrecadaes, pois no so todos que se

    assemelham minerao do ERJ. Deste modo, estes estados com maiores

    arrecadaes foram divididos em dois grupos com perfis distintos de minerao:

    metlicos e no metlicos, conforme as suas respectivas arrecadaes por

    substncias.

    O grfico 4 mostra os quinze estados com os maiores valores arrecadados da

    CFEM-2011. possvel perceber que dois estados em especial dominam esta

    arrecadao: Minas Gerais e Par. Suas arrecadaes somadas correspondem a

    80,18% da arrecadao nacional, enquanto as dos outros treze estados representam

    18,29%, restando apenas 1,53% aos demais que arrecadaram CFEM em 2011. As

    arrecadaes somadas dos quinze estados elencados correspondem a 98,47% da

    arrecadao nacional.

    Estes dados demonstram como Minas Gerais e Par ditam o ritmo do

    mercado nacional de produo mineral, como tambm o posicionamento em nono

    lugar do mercado produtor fluminense no ranking da arrecadao nacional da CFEM

    em 2011. Vale ainda ressaltar a arrecadao do estado de So Paulo (4,05%), que

    possui um perfil de minerao muito semelhante ao do ERJ, se posicionando na

    terceira colocao deste ranking. Essa arrecadao supera as obtidas nos outros

    estados com perfil de minerao de minerais metlicos (Gois, Bahia, Mato Grosso

    do Sul e Amap).

    Segundo os dados da Secretaria de Comrcio Exterior (SECEX) foram exportados do municpio de Santo Antnio de Pdua na regio noroeste do ERJ, entre janeiro e junho de 2012, os seguintes produtos de rochas e minerais: granito cortado em blocos ou placas; pedra para calcetar meio-fio e placa para pavimentao de pedra natural; granito talhado ou serrado de superfcie plana ou lisa (SECEX, 2012).

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    GRFICO 4

    As quinze maiores arrecadaes por estados da CFEM (%) no cenrio nacional em 2011

    Fonte dos dados: DNPM, 2012. Elaborao: DRM-RJ.

    A partir desta constatao, cabe identificarmos os perfis de minerao destes

    quinze estados, de modo a compar-los dentro dos grupos metlicos e no metlicos,

    conforme a anlise da figura 1.

    FIGURA 1

    Comparativo entre os estados de maiores arrecadaes da CFEM-2011 com perfis semelhantes de minerao: metlicos e no metlicos

    Perfil Metlico (%) Perfil No Metlico (%)

    MG PA GO BA MS AP SP SE RJ SC MT PE ES PR RS

    Metlicos 95,06 98,12 62,82 73,12 88,35 87,02 1,34 0,00 0,83 0,47 39,83 0,00 0,00 2,71 0,00

    No metlicos

    4,93 1,89 37,1 25,71 11,65 12,98 98,57 100 99,17 58,81 60,13 100 99,85 95,71 62,40

    Gemas e Diamantes

    0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00

    Energticos 0,00 0,00 0,00 1,17 0,00 0,00 0,09 0,00 0,00 40,71 0,00 0,00 0,15 1,58 37,60

    0,00

    100,00

    200,00

    300,00

    400,00

    500,00

    600,00

    700,00

    800,00

    MG PA GO BA MS AP

    Mil

    h

    es

    R$

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    SP SE RJ RS SC PR ES MT PE

    Mil

    h

    es

    R$

    Fonte dos dados: DNPM, 2012. Elaborao: DRM-RJ.

    O grupo dos estados com perfil de minerao de minerais metlicos

    composto, em ordem decrescente de arrecadao da CFEM-2011, por Minas Gerais,

    Par, Gois, Bahia, Mato Grosso do Sul e Amap. Enquanto na mesma ordem

    decrescente, So Paulo, Sergipe, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso,

    Pernambuco, Esprito Santo, Paran e Rio Grande do Sul compem o grupo dos no

    metlicos.

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    Nota-se, ento, que dos quinze estados de maior arrecadao CFEM-2011,

    seis pertencem ao grupo dos minerais metlicos e nove ao dos no metlicos. Em

    nvel de comparao com o ranking nacional da arrecadao CFEM-2011, todos os

    estados com perfil de minerao de minerais metlicos ocupam as primeiras

    posies, com destaque para Minas Gerais e Par.

    J que a minerao de minerais metlicos est voltada para a exportao de

    matrias primas para o uso industrial, conforme visto anteriormente, faz sentido os

    estados com este perfil se situarem nas primeiras colocaes no ranking dos maiores

    arrecadadores da CFEM.

    O ERJ, por sua vez, quando enquadrado no grupo da minerao dos no

    metlicos, muda o seu grau de importncia no cenrio da minerao nacional. Passa

    da 9 colocao no ranking dos quinze estados de maiores arrecadaes da CFEM-

    2011 no Brasil para a 3 posio no ranking dos maiores arrecadadores, somente pelos

    produtos minerais no metlicos. Neste ranking, o ERJ superado apenas por Sergipe

    (2) e So Paulo (1).

    Com a exce