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MINISTÉRIO DA SAÚDE
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO CENTRO, IP
AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE – PINHAL LITORAL
PLANO DE
DESEMPENHO 2014
LEIRIA, JANEIRO DE 2014
MINISTÉRIO DA SAÚDE
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO CENTRO, IP
AGRUPAMENTO CENTROS DE SAÚDE – PINHAL LITORAL
LEIRIA, FEVEREIRO DE 2014
DIRETOR EXECUTIVO
Maria Isabel Poças - Assistente Graduada de Medicina Geral e Familiar
PRESIDENTE DO CONSELHO CLÍNICO
Carlos Alberto Faria Ferreira - Assistente Graduado de Medicina Geral e Familiar
NÚCLEO DE PLANEAMENTO
Aline Oliveira Salgueiro - Técnica Superior
Rui Passadouro Fonseca - Assistente Graduado de Saúde Pública
Cristina Isabel Fernandes - Enfermeira Especialista Enf. Saúde Comunitária
Andreia Catarina Lopes - Técnica Superior Estagiária
PLANO DE
DESEMPENHO
2014
ABREVIATURAS E SIGLAS
ACES – Agrupamento de Centros de Saúde
ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde
ARS – Administração Regional de Saúde
CSD – Cuidados de Saúde Diferenciados
CSP – Cuidados de Saúde Primários
DGS – Direção Geral da Saúde
HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana
INE – Instituto Nacional de Estatística
MS – Ministério da Saúde
OMS – Organização Mundial de Saúde
PF – Planeamento Familiar
PL – Pinhal Litoral
PNV – Plano Nacional de Vacinação
ROR – Registo Oncológico Regional
SAPE – Sistema de Apoio à Prática da Enfermagem
SIARS – Sistema de Informação das Administrações Regionais de Saúde
SINUS – Sistema de Informação para Unidades de Saúde
SISS – Sistema de Informação de Serviço Social
TOD – Toma Observada Direta
UAG – Unidade de Apoio à Gestão
UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade
UCF – Unidade Coordenadora Funcional
UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados
UF – Unidade Funcional
URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados
USF – Unidade de Saúde Familiar
USP – Unidade de Saúde Pública
i
ÍNDICE
Índice de gráficos ........................................................................................................................... ii
Índice de quadros .......................................................................................................................... iii
Preâmbulo ..................................................................................................................................... 1
Missão ........................................................................................................................................... 3
Visão .............................................................................................................................................. 3
Valores ........................................................................................................................................... 3
Objetivos estratégicos ................................................................................................................... 4
1. Caracterização do ACES PL ......................................................................................................... 6
1.1. Organograma do ACES ............................................................................................................ 6
1.3. Mapa de recursos humanos ................................................................................................... 7
1.4. População Inscrita/ Utilizadora ............................................................................................... 8
1.5. Movimento assistencial ........................................................................................................ 10
2. Caracterização Geodemográfica .............................................................................................. 15
2.1. Área Geográfica ....................................................................................................... 15
2.2. Dados Demográficos ............................................................................................................. 15
2.3. Índices de dependência ........................................................................................................ 17
2.4. Índices de envelhecimento e de longevidade ....................................................................... 18
2.5 Nados-vivos e taxa de natalidade .......................................................................................... 19
3. Resultados em Saúde ............................................................................................................... 21
3.1. Óbitos e taxas de mortalidade .............................................................................................. 21
3.2 Morbilidade por doenças de declaração obrigatória ............................................................. 23
4. Plano de Atividades ................................................................................................................. 25
4.1 Programa de Prevenção de Doenças Cardiovasculares/ Prevenção e Controlo da Diabetes 25
4.2. Prevenção e controlo das doenças oncológicas ................................................................... 27
4.3. Programa das doenças transmissíveis/tuberculose/ evitáveis pela vacinação ..................... 28
4.3.1. Tuberculose .......................................................................................................... 28
4.3.2. Doenças evitáveis pela vacinação ......................................................................... 29
4.3.3. Deteção precoce do VIH/SIDA .............................................................................. 30
2.3.4 Testes rápidos na deteção precoce da infeção VIH/SIDA nas Unidades de Saúde . 30
4.4. Saúde do idoso/ cuidados continuados integrados .............................................................. 31
4.5. Programas do ciclo de vida ................................................................................................... 32
ii
4.5.1. Programa de saúde infantil e juvenil ..................................................................... 32
4.5.2. Promoção de saúde em meio escolar ................................................................... 34
4.5.3. Promoção da saúde oral ....................................................................................... 35
4.5.4. Promoção da saúde dos adolescentes e jovens .................................................... 37
4.5.5. Maus tratos em crianças e jovens/ núcleos de apoio a crianças e jovens em risco (NACJR) ........................................................................................................................... 39
4.5.6. Saúde Sexual e Reprodutiva da Mulher ................................................................ 43
4.5.6.1. Saúde Materna .................................................................................................. 43
4.5.6.2. Planeamento Familiar ........................................................................................ 44
4.6. Programa de prevenção e controlo da infeção e resistência aos antimicrobianos ............... 45
4.7. Serviço de Saúde do Trabalho/Saúde Ocupacional (SST/SO) ................................................ 47
4.8. Outros programas e projetos ................................................................................................ 48
4.8.1. Núcleo de alcoologia – problemas ligados ao álcool (P.L.A.) ................................ 48
4.8.2. Prevenção do tabagismo ....................................................................................... 48
4.8.3. DPOC - doença pulmonar obstrutiva crónica ........................................................ 48
5 - Indicadores de Desempenho .................................................................................................. 50
6. Considerações Finais................................................................................................................ 54
ANEXOS ……………………………………………………………………………………………………………………………….. 56
Índice de gráficos
Gráfico 1 – Pirâmide etária: população residente, ACES PL, CENSOS 2001 e 2011 ..................... 17
Gráfico 2 e Gráfico 3 – Índice de envelhecimento por local de residência à data dos censos ..... 18
Gráfico 4 – Evolução da taxa bruta de natalidade (%0) por local de residência, 2000-2012 ........ 20
Gráfico 5 – Evolução da taxa bruta de mortalidade por local de residência 2000-2012 ............. 21
Gráfico 6 – Evolução da taxa quinquenal de mortalidade infantil (‰), 1998 - 2012 e linha de
tendência do ACES PL .................................................................................................................. 22
iii
Índice de quadros
Quadro 1 – Recursos Humanos por Unidade de Saúde no ACES PL .............................................. 7
Quadro 2 – Ratio de utentes por profissional ................................................................................ 7
Quadro 3 – Utentes inscritos por unidade funcional em 31/12/2013 ........................................... 8
Quadro 4 – População inscrita, utilizadores e taxa de utilização do ACES PL, 2011 a 2013 .......... 9
Quadro 5 – Consultas dos anos 2012/ 2013 e variação percentual, ACES PL .............................. 10
Quadro 6 – Consultas de alcoologia e tabagismo ........................................................................ 11
Quadro 7 – Contactos de Enfermagem em Programas de Saúde ................................................ 12
Quadro 8 – Indicadores de Avaliação das Atividades de Enfermagem 2012/ 2013..................... 13
Quadro 9 – Consultas não médicas do ACES PL ........................................................................... 13
Quadro 10 – Serviço Social do ACES PL ....................................................................................... 14
Quadro 11 – População residente e discriminação por género e grupos etários-chave, censos
2001- 2011 .................................................................................................................................. 16
Quadro 12 – Índices de Dependência, 2001, 2011 e 2012 .......................................................... 18
Quadro 13 – Índice de Longevidade em 2001, 2011, 2012 ......................................................... 19
Quadro 14 – Total de nados-vivos (N.º) por Local de residência da mãe (Município); Anual ..... 19
Quadro 15 – Óbitos por local de residência 2000-2012 .............................................................. 21
Quadro 16 - Taxa de mortalidade infantil (‰), na área geográfica do Pinhal Litoral, da Região
Centro e do Continente, nos anos 2007-2012 ............................................................................. 22
Quadro 17 - Indicadores de saúde por município, 2008-2012 (‰) ............................................. 23
Quadro 18 – Evolução das doenças de declaração obrigatória, no ACES PL, 2010 a 2013 .......... 24
Quadro 19 – Indicadores de avaliação Doenças Cardiovasculares/ Prevenção e Controlo da
Diabetes ....................................................................................................................................... 26
Quadro 20 – Indicadores de avaliação ......................................................................................... 27
Quadro 21 – Indicadores de avaliação ......................................................................................... 29
Quadro 22 – Indicadores de avaliação do programa de saúde infantil e juvenil ......................... 33
iv
Quadro 23 – Metas para 2014 ..................................................................................................... 42
Quadro 24 – Indicadores de avaliação ......................................................................................... 43
Quadro 25 – Indicadores de avaliação ......................................................................................... 44
Quadro 26 – Avaliação dos indicadores de desempenho de 2013 e valores atingidos 2010 - 2013
..................................................................................................................................................... 52
Quadro 27 – Indicadores de contratualização 2013. ................................................................... 51
Quadro 28 – Lista de indicadores de acompanhamento ............................................................. 52
Quadro 29 - Indicadores de desempenho contratualizados para o ano de 2014 ........................ 53
PLANO DE DESEMPENHO 2014 ACES Pinhal Litoral
AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 1
PREÂMBULO
Os Cuidados de Saúde Primários (CSP) são considerados a base do sistema de saúde. O Plano
Nacional de Saúde (PNS) 2012-2016 recomenda a adoção de medidas que reforcem a primazia
dos CSP, como cuidados de proximidade, continuidade e transversalidade (PNS 2012-2016, 2010).
Devem ser a primeira linha no contacto entre a comunidade e o sistema de saúde, assumindo
uma importância relevante na melhoria do estado de saúde das populações, através da promoção
da saúde, prevenção da doença, prestação de cuidados e articulação com serviços para
continuação de cuidados.
A sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na atual situação de restrição orçamental,
decorrente da situação financeira do País, introduz a eficiência como variável a considerar na
gestão dos serviços. Os CSP favorecem a sustentabilidade do sistema ao permitir a utilização
racional das tecnologias hospitalares, mais dispendiosas. Por outro lado, os cidadãos de países
com um melhor desenvolvimento dos CSP tendem a ter um melhor nível de saúde (Escoval,
Ribeiro, & Matos, 2010).
A implementação das Unidades Funcionais (UF) dos ACES orientada por um plano de ação com
objetivos definidos, baseados no desempenho, proporciona uma maior responsabilização e
exigência com a negociação de metas a atingir, através da contratualização.
A contratualização define-se como “Um processo de relacionamento entre financiadores e
prestadores, assente numa filosofia contratual, envolvendo uma explicitação da ligação entre o
financiamento atribuído e os resultados esperados, baseada na autonomia e responsabilidade das
partes e sustentado num sistema de informação que permita um planeamento e uma avaliação
eficazes, considerando como objeto do contrato metas de produção, acessibilidade e qualidade”
(Escoval, 2013), ou seja, é um processo que visa garantir a acessibilidade com os melhores
padrões de qualidade.
A acessibilidade aos cuidados de saúde fica posta em causa quando no desempenho diário das
UF se depara com a escassez de recursos humanos. A realidade atual do ACES evidencia grave
perda de sustentabilidade nas áreas médica e de enfermagem, que implicam assimetrias na
gestão dos ficheiros clínicos, com assinalável impacto na qualidade dos atendimentos, dos
registos e nos níveis do desempenho, além de perspetivar um generalizado constrangimento para
a constituição das unidades funcionais, diretamente prestadoras de cuidados, designadamente
as Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), pedra de toque na reconfiguração dos
Centros de Saúde (CS).
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AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 2
Apesar de se perspetivar, no ano de 2014, o início da reabilitação de algumas infraestruturas, a
sua modernização, inovação e substituição, são tónicos indispensáveis que, induzem
repercussões fundamentais na funcionalidade das equipas, na acessibilidade e no desempenho
assistencial e económico.
Os constrangimentos da rede informática da saúde e da sua banda de circulação, assim como as
alterações das plataformas de produção com o consequente período de adaptação, que reduz a
produtividade, fragilizam a adequada utilização dos Sistema de Apoio ao Médico (SAM®) e
Sistema de Apoio à Prática da Enfermagem (SAPE®). Estas plataformas, que sustentam toda a
informação imprescindível à gestão, constituem um fator crítico de êxito tanto para os registos e
sua fiabilidade, como para a monitorização atempada dos resultados. No ano de 2013
mantiveram-se os constrangimentos identificados em anos anteriores.
O Plano de Desempenho para 2014, base do processo de contratualização externa com a
Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), permite a relativização das insuficiências e
considera que as dificuldades são típicas de um processo que procura novas oportunidades. Os
reajustamentos necessários e indispensáveis serão agilizados de forma programada, tendo em
vista assegurar as melhores condições de desempenho, para todas as UF e seus profissionais, e
reforçando as equipas médicas e de enfermagem com os profissionais indispensáveis ao
cumprimento da missão do ACES.
O Núcleo de Planeamento e Contratualização
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AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 3
MISSÃO
O ACES tem por missão garantir a prestação de melhores cuidados de saúde primários à
população da área geográfica Pinhal Litoral, desenvolvendo:
Atividades que contribuam para a melhoria do estado de saúde da população da sua área
geográfica de intervenção, com o objetivo de eleição e maximização de ganhos em saúde em
todas as faixas etárias;
Atividades de promoção da saúde e prevenção da doença;
Prestação de cuidados na doença e articulação com outros serviços garantindo a continuidade
dos cuidados;
Atividades de vigilância epidemiológica, investigação em saúde, controlo e avaliação dos
resultados e participação na formação de diversos grupos profissionais.
VISÃO
Maximizar os ganhos em saúde da população da área de abrangência do ACES através do
alinhamento e integração de esforços sustentáveis de todos os setores da sociedade local, com
foco no acesso, qualidade, políticas saudáveis e cidadania.
A solidariedade institucional e pessoal, o elevado sentido ético, é uma permanente atitude de
cidadania responsável e comprometida.
VALORES
Os valores fundamentais do Sistema de Saúde são a universalidade, o acesso a cuidados de
qualidade, a equidade e a solidariedade.
Fazem parte dos princípios e crenças do ACES:
Cooperação de todos os elementos das diferentes equipas de modo a obter a concretização
dos objetivos da acessibilidade, da globalidade e da continuidade de cuidados de saúde;
Solidariedade e trabalho de equipa;
Satisfação dos profissionais de saúde e dos cidadãos;
Qualidade dos serviços prestados;
Princípios inovadores;
Boa organização funcional e técnica excelente, de forma a cumprir o Plano de Atividades;
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Articulação entre as UF do ACES;
Efetuar parcerias com estruturas da comunidade local;
Promover avaliação contínua que, sendo objetiva e permanente, visa a adoção de medidas
corretivas dos desvios suscetíveis de colocar em causa os objetivos do desempenho e da
qualidade dos cuidados.
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
O Plano de Desempenho do ACES PL tem como objetivos estratégicos maximizar os ganhos em
saúde da população da sua área de influência, com enfoque no acesso, qualidade, políticas
saudáveis e cidadania, de acordo com o previsto no Plano Nacional de Saúde.
O plano de atividades, incluído no Plano de Desempenho, continua a ser um documento
indispensável à governação clínica do ACES. Através do cumprimento dos objetivos dos
programas prioritários, prevê-se uma modificação positiva a nível de saúde da população nas
diferentes fases do ciclo de vida.
A utilização de instrumentos adequados, a valorização das relações interpessoais e a utilização
das novas tecnologias de informação e comunicação, capacitará os serviços para a inovação. Para
tal é necessário envolver todos os profissionais motivando-os para a participação e envolvimento
na concretização deste plano e efetivação dos registos efetuados.
O ACES pretende manter as relações com a sociedade estimulando a participação dos cidadãos
através do Conselho da Comunidade. Pretende-se ainda promover uma maior articulação com o
Gabinete do Cidadão, de forma a aproveitar as reclamações dos utentes, como incentivo à
melhoria dos serviços.
Com o deferimento da criação das Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) pretendemos
contribuir para a melhoria do estado de saúde da população, especialmente às pessoas, famílias
e grupos vulneráveis.
O sistema de participação de eventos adversos detetados e notificados pelos profissionais é
fundamental para a qualidade e segurança na prestação de cuidados. As políticas de cidadania
serão um pré-requisito para o desempenho de excelência que pretendemos.
A disponibilidade de recursos humanos poderá condicionar negativamente o desenvolvimento
do presente plano.
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As necessidades da população serão critério major para a oferta de serviços. O ACES procurará
efetuar a monitorização sistemática da satisfação dos utentes relativamente aos cuidados
prestados, utilizando instrumentos validados e aferidos para a população, uma vez que a
satisfação dos utentes está associada à taxa de uso de cuidados de saúde, à efetividade das
terapêuticas e ao estado geral de saúde, sendo considerada como medida da qualidade na
prestação de cuidados de saúde.
O trabalho ocupa um lugar importante na sociedade e nele passamos grande parte da vida. A
satisfação e a motivação com que o encaramos têm repercussão direta na vida de cada cidadão
e pode tornar agradável ou não uma rotina diária que repete durante a idade ativa. A avaliação
da satisfação profissional, no setor da saúde, está prevista na lei de bases da saúde desde 1990,
passando a ser um dos critérios de avaliação do SNS a par da satisfação dos utentes, da qualidade
dos cuidados e da eficiente utilização (Lei n.º 48/90, 24/8/1990).
Em suma, o ACES PL pretende que o presente plano seja efetivo, criando para tal mecanismos de
monitorização e atualização, promovendo um diálogo intersectorial.
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1. CARACTERIZAÇÃO DO ACES PL
No capítulo da caracterização do ACES pretende-se apresentar o modelo organizacional do
mesmo, bem como efetuar um pequeno diagnóstico da situação de saúde, identificando a
população em risco, incluindo as características da mesma que predispõem a uma maior
necessidade de cuidados de saúde e às necessidades efetivas de saúde, de forma a concretizar o
processo de contratualização.
1.1. ORGANOGRAMA DO ACES
A principal missão do ACES é garantir a prestação de CSP à população da área geográfica Pinhal
Litoral. Integra os centros de saúde da Batalha, Leiria (Dr. Arnaldo Sampaio e Dr. Gorjão
Henriques), Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós e respetivas Extensões de saúde.
Com a reorganização dos CSP, prevista no DL 28/2008, iniciou-se a implementação das diferentes
unidades funcionais cuja estrutura formal se encontra representada pela figura 1.
No organograma faz-se referência a 6 novas unidades de cuidados de saúde personalizados
(UCSP) e 1 UCC, que se encontram homologadas, perspetivando-se o seu início das funções ainda
no decorrer do presente ano (Figura 1).
Figura 1 – Diagrama Organizacional do ACES PL
Fonte: ACES, 2014
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1.2. MAPA DE RECURSOS HUMANOS
Quadro 1 – Recursos Humanos por Unidade de Saúde no ACES PL
Unidade Funcional /Centro Custo
Local
CARREIRA/CATEGORIA PROFISSIONAL
Médicos
Enf. Assist.
Tec Assist. Oper.
TDT Téc. Sup. Saúde Téc. Superior
Informática TOTAL
P/ LOCAL MGF SP TSA Fisiot. Dietista H. Oral Radiologia Ortóptica Farmácia Nutrição Psicolog. Serv. Social Regime Geral
CS Batalha Batalha a) 2 2
USF Condestável Batalha 9 9 8 26
CS Dr. Arnaldo Sampaio Leiria 24 a) 26 21 13 84
USF Santiago CS A.S. 6 5 3 1 15
CS Dr. Gorjão Henriques Leiria 18 22 18 14 72
USF D. Diniz CS G.H. 6 6 5 17
USF Cidade do Liz CS G.H. 5 6 4 15
CS Marinha Grande Marinha Grande
18 a) 26 10 7 61
CS Pombal Pombal 12 a) 13 19 6 50
UCSP Marquês Pombal 6 5 4 15
UCSP Pombal Oeste Pombal 5 6 6 17
UCSP S. Martinho Pombal / Guia 6 6 2 1 15
CS Porto de Mós P. Mós 12 a) 17 13 7 48
UAG 16 8 6 1 31
URAP 4 0 2 2 1 1 2 3 3 18
USP 10 3 7 10 30
Diretor Executivo UAG 1 1
Total p/ Categoria 128 10 150 136 58 10 4 0 2 2 1 1 2 3 3 6 1 517
Fonte: ACES PL – Recursos Humanos a 3/02/2014 Nota: a) incluídos na USP (1 Batalha; 4 CS AS; 2 CS MG; 2 CS Pombal; 1 CS PM)
Quadro 2 – Ratio de utentes por profissional
Ano População inscrita
Médicos Enfermeiros Assistentes técnicos O ratio de profissionais por utente cresceu do ano de 2012 para 2013, apesar da redução de utentes por ficheiro, relacionado com a diminuição do número de profissionais, em todos os setores. Esta situação constitui um constrangimento óbvio no cumprimento dos objetivos do ACES PL.
Nº Ratio Nº Ratio Nº Ratio
2013 266426 131 1/2033 150 1/1776 114 1/2337
2012 285696 145 1/1970 153 1/1867 118 1/2421
Fonte: ACES PL – Recursos Humanos a 31/12
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1.4. POPULAÇÃO INSCRITA/ UTILIZADORA
Da análise do Quadro 3 constatamos que a 31 de dezembro de 2013 o total de utentes inscritos
no ACES PL era de 266485, dos quais 45144 (16,94%) não possuem médico de família.
A média de utentes por médico, no ACES PL, é de 2034. Quando se retiram os utentes sem médico
esse ratio é de 1689, a que corresponde 45144 utentes sem médico de família (Quadro 3).
Quadro 3 – Utentes inscritos por unidade funcional em 31/12/2013
Unidade funcional Nº total de utentes
inscritos frequentadores
Nº de utentes s/ MF (em espera) MF c/
ficheiro
Média utentes/ médico
Nº de utentes
% incluindo utentes s/
MF
excluindo utentes s/
MF
Batalha - USF Condestável 15670 21 0,1 9 1741 1739
CS Arnaldo Sampaio s/ USF 53000 10989 20,7 25 2120 1677
USF Santiago 11035 101 0,9 6 1839 1822
CS Gorjão Henriques s/ USF 43865 14584 33,2 18 2437 1627
USF D. Diniz 11543 14 0,1 6 1924 1922
USF Cidade do Liz 11253 0 0 6 1876 1876
CS Marinha Grande 38507 8848 23 18 2139 1648
CS Pombal 55706 6910 12,4 30 1857 1627
CS Porto de Mós 25906 3677 14,2 13 1993 1710
TOTAL 266485 45144 16,94 131 2034 1689
Fonte: RNU, 2014
Da análise do Quadro 4 podemos constar que houve um decréscimo de utentes inscritos no ACES
PL de 2011 para 2013, justificado pela revisão de ficheiros de utentes não utilizadores. A taxa de
utilização teve uma diminuição de 63,99% para 62,37%, de 2011 para 2012. No ano de 2013 essa
taxa subiu para 67,53%.
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Quadro 4 – População inscrita, utilizadores e taxa de utilização do ACES PL, 2011 a 2013
Anos/ACES Nº INSCRITOS
(em 31/12) Nº INSCRITOS SNS (só CRSS)
Nº INSCRITOS INCLUEM TRANSF. E
ÓBITOS
Nº UTILIZADORES
Nº UTILIZADORES
SNS
TAXA DE UTILIZAÇÃO
2011 - PL 286.897 272.152 293.117 187.579 177.371 63,99
2012 - PL 285.696 272.128 291.849 182.017 171.493 62,37
2013 - PL 266.426 220.622 291.392 179.911 168.504 67,53
Fonte: SIARS, 2014
Da análise das pirâmides etárias da população inscrita no ACES PL, de 2008 e 2013, (Figura 2),
verifica-se um estreitamento da base e um alargamento do topo, o que traduz um
envelhecimento da população. Salienta-se o grupo etário 25-29 anos, onde se verifica uma
diminuição acentuada da população inscrita.
Figura 2 – Pirâmide etária: população inscrita, ACES PL, a 31/12 de 2008 e 2013
2008 2013
Fonte: SIARS, 2013
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1.5. MOVIMENTO ASSISTENCIAL
Da análise do Quadro 5, verificamos que durante o ano de 2013 foram efetuadas 741280
consultas no ACES Pinhal Litoral, a que corresponde um decréscimo de 2,1% relativamente a
2012.
As consultas per capita efetuadas na área geodemográfica do ACES PL foram em 2012 de 2,9 (o
cálculo foi realizado com base na população residente dos censos 2011).
Quadro 5 – Consultas dos anos 2012/ 2013 e variação percentual, ACES PL
ACES Pinhal Litoral
CONSULTAS Anual Desvio
2012/2013 Cresc.
2011 2012 2013 (%)
1. AMBULATÓRIO
1.1. S. ADULTOS +18ANOS
19-44 anos 143209 123000 121192 -1808 -1,5
45-64 anos 229169 214576 214223 -353 -0,2
+64 anos 286673 268371 260523 -7848 -2,9
SUBTOTAL S. ADULTOS 659051 605947 595938 -10009 -1,7
1.2. S. INFANTOJUVENIL (0-18 ANOS)
S.INFANTIL (0-23meses) - VIGILÂNCIA 13567 13455 12566 -889 -6,6
S.INFANTIL (2-13anos) - VIGILÂNCIA 11842 11766 11312 -454 -3,9
S.INFANTIL (0-23meses) - DOENÇA 4445 4402 3988 -414 -9,4
S:INFANTIL (2-13anos) - DOENÇA 22229 21213 20712 -501 -2,4
S.JUVENIL (14-18anos) - VIGILÂNCIA 1823 1524 1640 116 7,6
S.JUVENIL (14-18 anos) - DOENÇA 11852 10644 10529 -115 -1,1
SUBTOTAL S. INFANTOJUVENIL 65758 63004 60747 -2257 -3,6
1.3. SAÚDE DA MULHER
S.MATERNA - (inclui Rev. Puerp.) 7611 8111 8040 -71 -0,9
P.FAMILIAR + RASTREIO COLO ÚTERO 29530 26694 26439 -255 -1,0
SUBTOTAL (S. da MULHER) 37141 34805 34479 -326 -0,9
1.4. DOMICÍLIOS 2074 2144 2262 118 5,5
TOTAL DE CONSULTAS MGF incluindo Domicílios
764024 705900 693426 -12474 -1,8
SAP (Marinha Grande; Porto de Mós) 72353 51277 47854 -3423 -6,7
TOTAL GERAL DE CONSULTAS = MGF (incluindo Cons. Aberta) + SAP
836377 757177 741280 -15897 -2,1
CONSULTA ABERTA (A. Sampaio; G. Henriques; P. Mós) (valores incluídos nas Consultas MGF)
28129 26468 37863 11395 43,1
Fonte: SINUS, 2014
As consultas de Dependências/ Consultas de Desabituação desenvolvem-se no Centro de
Diagnóstico Pneumológico, nas USF D. Diniz e Santiago e no CS Pombal. O número de consultas
de desabituação do álcool tem vindo a diminuir desde 2011 (Quadro 6). No ano de 2012 foram
efetuadas 986 consultas e em 2013 um total de 892. Relativamente às consultas de desabituação
PLANO DE DESEMPENHO 2014 ACES Pinhal Litoral
AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 11
do tabaco, depois de uma diminuição em 2012, assistiu-se em 2013 a um aumento de doentes
assistidos, que atingiu 559 utentes, valor superior ao de 2011 e 2012.
Quadro 6 – Consultas de alcoologia e tabagismo
Anos 2011 2012 2013
Local da Consulta ÁLCOOL TABACO ÁLCOOL TABACO ÁLCOOL TABACO
CDP 793 321 747 283 718 326
USF D. Diniz 129 130 119
USF Santiago 106 84 96
CS Pombal 110 104 109 99 55 137
TOTAL 1032 531 986 466 892 559
Fonte: SIARS; SINUS
Ao analisar o Quadro 7 observamos que durante o ano de 2013 foram efetuados um total de
719322 contactos de enfermagem, apresentados por programa de saúde e de acordo com a
informação recolhida no SIARS. Este número representa um crescimento de 12,5% no total de
contactos de enfermagem realizados, tendo-se verificado uma tendência positiva em todos os
programas com exceção do Grupo de risco de diabetes.
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AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 12
Quadro 7 – Contactos de Enfermagem em Programas de Saúde
Total ACES Pinhal Litoral
CONTACTOS DE ENFERMAGEM Anual
DESVIO CRESC.
2012 2013 (%)
1. PROGRAMAS DE SAÚDE
S. Adultos +18anos 94639 109079 14440 15,3
S. Infantil 61052 63795 2743 4,5
S. Adolescentes 1225 1365 140 11,4
S. Juvenil 3189 3583 394 12,4
Saúde da mulher
S. Materna 7525 7935 410 5,4
Puerpério 3508 4185 677 19,3
S. Reprodutiva e P. Familiar 47607 49168 1561 3,3
Rastreio cancro do colo útero 26513 30452 3939 14,9
Saúde do idoso 75103 96156 21053 28,0
Saúde da família 15 95 80 533,3
Grupo de risco hipertensão 59119 59636 517 0,9
Grupo de risco diabetes 57077 56465 -612 -1,1
Grupo de risco cardiovascular 10295 12190 1895 18,4
Tratamento Feridas/ Ulceras 138872 162571 23699 17,1
Hipocoagulados 4594 7943 3349 72,9
Programa de narcóticos de substituição 1640 2780 1140 69,5
Ação contra o alcoolismo 767 810 43 5,6
Acompanhamento de doentes c/ tuberculose 347 410 63 18,2
Dependentes 8440 11041 2601 30,8
Ostomizados 441 541 100 22,7
Podologia 4106 4410 304 7,4
2. DOMICÍLIOS 33281 34712 1431 4,3
Total 639355 719322 79967 12,5
Fonte: SIARS, 2014
No Quadro 8 apresentamos os indicadores de avaliação de enfermagem nos anos de 2012 e 2013.
Mesmo não fazendo parte da metodologia de contratualização, a avaliação destes indicadores
possibilitam a monitorização e acompanhamento do desempenho dos profissionais na área de
enfermagem, contribuindo para um processo de melhoria contínua da qualidade.
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AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 13
Quadro 8 – Indicadores de Avaliação das Atividades de Enfermagem 2012/ 2013
Indicador
Mês 2012 2013
Dezembro Dezembro
Métrica VALOR ACES
NUMERADOR ACES
DENOMINADOR ACES
VALOR ACES
2013.005.V1 Proporção de consultas realizadas pelo EF 54,35 111.375 180.791 61,60
2013.008.V1 Taxa de utilização de consultas de PF (méd./enf.) 28,12 19.444 62.702 31,01
2013.009.V1 Taxa de utilização de consultas de PF (enf.) 24,36 16.816 62.702 26,82
2013.012.V1 Proporção grávidas c/ 6+ cons. vigil. enferm. 33,90 512 1.216 42,11
2013.013.V1 Proporção de puérperas com domicílio de enfermagem
11,90 136 1.273 10,68
2013.015.V1 Proporção RN c/ domicílio enf. até 15º dia de vida 10,93 164 1.666 9,84
2013.018.V1 Proporção de hipertensos com IMC (12 meses) 42,10 23.706 50.319 47,11
2013.019.V1 Proporção de hipertensos com PA em cada semestre 40,63 19.497 47.821 40,77
2013.024.V1 Proporção hipertensos, c/ cons. enf. e gestão RT 0,03 48 50.319 0,10
2013.028.V1 Proporção crianças 7A, c/ PNV cumprido até 7A 92,89 2.585 2.712 95,32
2013.029.V1 Proporção jovens 14A, c/ PNV cumprido até 14A 80,24 2.547 3.005 84,76
2013.031.V1 Proporção crianças 7A, c/ peso e altura [5; 7[A 58,17 1.885 2.712 69,51
2013.032.V1 Proporção jovens 14A, c/ peso e altura [11; 14[A 40,49 1.423 3.005 47,35
2013.033.V1 Proporção inscritos > 14A, c/ IMC últimos 3 anos 26,07 75.586 230.957 32,73
2013.035.V1 Proporção DM com exame pés último ano 51,33 8.873 17.930 49,49
2013.036.V1 Proporção DM c/ cons. enf. e gestão RT último ano 0,11 50 17.930 0,28
2013.057.V1 % diagn. precoces (THSPKU) até 6 dia recém-nasc. 90,46 1.585 1.741 91,04
2013.092.V1 Proporção hipocoagulados controlados na unidade 18,48 302 1.883 16,04
2013.098.V1 Proporção utentes >= 25A, c/ vacina tétano 76,04 163.800 199.609 82,06
2013.099.V1 Taxa utilização consultas de enfermagem - 3 anos 51,89 181.692 266.426 68,20
Fonte: SIARS, 2014
No Quadro 9 observamos que o número de consultas não médicas realizadas pelos técnicos de
saúde diminuiu de 2012 para 2013, sobretudo nos domínios da psicologia e nutrição.
Quadro 9 – Consultas não médicas do ACES PL
2012 2013
LOCAL Higiene Oral Psicologia Nutrição Higiene Oral Psicologia Nutrição
CAD 313 580
CAJ 387 362 416 320
Leiria - Arnaldo Sampaio 2073 1728
Leiria - Gorjão Henriques 594 1102 518 595 723 847
Marinha Grande 238 445 430 674 361
Pombal 1072 654 340 1038 487
TOTAL 832 3319 4037 935 2851 3743
9108 7529
Fonte: ACES PL, 2014
No Quadro 10 apresentamos de uma forma descritiva os dados referentes ao Serviço Social,
contudo não é possível efetuar comparações, uma vez que a forma de colheita de dados e o
período de tempo não é coincidente para todos os serviços.
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AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 14
Em 2012, nos CS Dr. Gorjão Henriques e Dr. Arnaldo Sampaio a colheita de dados foi efetuada
manualmente e só em 2013 começaram a utilizar o Sistema de Informação do Serviço Social
(SISS), plataforma utilizada desde 2012 no CS Pombal.
Quadro 10 – Serviço Social do ACES PL
2012 2013
LOCAL CS Arnaldo
Sampaio
CS Gorjão
Henriques CS Pombal
CS Arnaldo Sampaio
CS Gorjão
Henriques CS Pombal
Atendimentos 157 427 389 446 339 313
Visitas domiciliárias 96 30 23 142 28 29
Contactos telefónicos 172 67 28 52 89 40
Articulação com outros serviços
168 99 134 190 275 138
Informações sociais 72 41 33 49 38 48
Outros 228 179 337 102 253 270
TOTAL 893 843 944* 981 1022 838**
(* 23/01/2012 a 3/08/2012 - ** 11/02/2013 a 31/12/2013) Fonte: SISS/ACES PL, 2014
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2. CARACTERIZAÇÃO GEODEMOGRÁFICA
2.1. Área Geográfica
Neste capítulo pretende-se caracterizar a área geográfica, a população, incluindo as
características da mesma que predispõem a uma maior adequação de cuidados de saúde às
necessidades efetivas de saúde.
O ACES PL insere-se no Distrito de Leiria e abrange a área geográfica dos concelhos da Batalha,
Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós (Figura 3).
Esta área geográfica apresenta-se com grande influência socioeconómica e fortemente
representativa do distrito de Leiria, junta à agricultura e à pecuária tradicionais, as indústrias de
moldes, alimentos compostos para animais, moagem, serração de madeiras, resinagem,
cimentos, metais, serração de mármores, construção civil, o comércio e, mais recentemente, o
turismo.
Figura 3 – Área geográfica do ACES Pinhal Litoral
Fonte: Comunidade Intermunicipal do Pinhal Litoral, 2013 [link]
2.2. DADOS DEMOGRÁFICOS
A caracterização demográfica de uma população permite analisar a sua tendência, isto é, o seu
crescimento, envelhecimento e mobilidade, quando efetuada em simultâneo com os indicadores
demográficos permite avaliar as necessidades em saúde de uma população possibilitando
comparações individuais e coletivas de forma a tomar decisões e a planear intervenções
adequadas.
O ACES PL integra os concelhos da Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós com
uma população residente de 260.942 indivíduos, segundo os Censos de 2011 (Quadro 11). Cerca
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de metade dos habitantes estão concentrados no município de Leiria. Se se considerar o eixo
Pombal-Leiria-Marinha Grande esta proporção atinge os 84% da população residente nesta área.
Os municípios Porto de Mós e Batalha são os menos populosos, com valores respetivos de 9% e
6% da população total da NUT III.
Quadro 11 – População residente e discriminação por género e grupos etários-chave, censos 2001- 2011
2001 2011
Local de residência
Sexo
Grupo etário
Total 0 - 14 anos
15 - 24 anos
25 - 64 anos
65 e mais anos
Total 0 - 14 anos
15 - 24 anos
25 - 64 anos
65 e mais anos
N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Pinhal Litoral
HM 252498 41622 34795 135271 40810 260942 38975 28419 143161 50387
H 123136 21470 17615 66314 17737 125876 19967 14613 69363 21933
M 129362 20152 17180 68957 23073 135066 19008 13806 73798 28454
Batalha
HM 15102 2543 2070 7950 2539 15805 2470 1705 8669 2961
H 7387 1295 1048 3926 1118 7648 1241 864 4230 1313
M 7715 1248 1022 4024 1421 8157 1229 841 4439 1648
Leiria
HM 120756 20846 17097 65735 17078 126897 19317 14558 70986 22036
H 58941 10701 8695 32212 7333 61319 9921 7470 34296 9632
M 61815 10145 8402 33523 9745 65578 9396 7088 36690 12404
Marinha Grande
HM 35953 5420 4644 20302 5587 38681 5802 3747 21972 7160
H 17531 2807 2327 9978 2419 18623 2934 1934 10645 3110
M 18422 2613 2317 10324 3168 20058 2868 1813 11327 4050
Pombal
HM 56394 8854 7641 28568 11331 55217 7728 5862 28457 13170
H 27382 4611 3891 13902 4978 26422 3955 3040 13761 5666
M 29012 4243 3750 14666 6353 28795 3773 2822 14696 7504
Porto de Mós
HM 24293 3959 3343 12716 4275 24342 3658 2547 13077 5060
H 11895 2056 1654 6296 1889 11864 1916 1305 6431 2212
M 12398 1903 1689 6420 2386 12478 1742 1242 6646 2848
Fonte: INE, 2013
A pirâmide etária da população residente, segundo os censos de 2001 e 2011, na área de
abrangência do ACES Pinhal Litoral, demonstra um estreitamento da base e um alargamento do
centro e do topo, refletindo o envelhecimento da população (Gráfico 1). A diminuição da
população jovem é mais elevada nos grupos etários dos 10 aos 29 anos.
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AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 17
Gráfico 1 – Pirâmide etária: população residente, ACES PL, CENSOS 2001 e 2011
Fonte: INE, CENSOS 2001 e 2011
2.3. ÍNDICES DE DEPENDÊNCIA
O Índice De Dependência Total traduz a relação em percentagem, entre o somatório da
população jovem e idosa (≥ 65 anos) e a população em idade ativa (15-64 anos). Corresponde à
soma do índice de dependência de jovens e do índice de dependência de idosos.
Índice de Dependência de Jovens é a relação entre o número de jovens com idades consideradas
inativas do ponto de vista económico (menores de 15 anos) e o número de pessoas em idade
ativa (dos 15 aos 64 anos).
Índice de Dependência de Idosos é a relação entre o número de pessoas que atingem uma idade
em que estão geralmente inativas do ponto de vista económico (65 e mais anos) e o número de
pessoas em idade ativa (dos 15 aos 64 anos) (Eurostat, 2013).
Da análise do Quadro 12, verificamos que o Índice de Dependência Total nas áreas geográficas
que compõem o ACES PL apresenta valores inferiores quando comparado com os valores da
Região Centro e Continente, com exceção do concelho de Pombal, tendência que se manteve
semelhante nos Censos 2001 e 2011. Os concelhos de Pombal e Leiria continuam com o maior e
menor valor respetivamente, no entanto, verifica-se um aumento do índice de dependência total
em todas as unidades territoriais entre 2001 e 2011, fruto do aumento do índice de dependência
de idosos.
PLANO DE DESEMPENHO 2014 ACES Pinhal Litoral
AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 18
Quadro 12 – Índices de Dependência, 2001, 2011 e 2012
Local de residência
Índice de dependência de jovens por Local de residência; Anual
Índice de dependência de idosos por Local de residência; Anual
Índice de dependência total por local de residência; Anual
Período de referência dos dados
2001 2011 2012 2001 2011 2012 2001 2011 2012
N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Continente 23,7 22,5 22,4 24,8 29,3 30 48 52 52,3
Centro 23,2 21,3 21 30,3 34,2 34,6 53 57 55,6
Pinhal Litoral 24,5 22,5 22,1 24 28,8 29,4 48 52 51,4
Batalha 25,4 23,4 23 25,3 28 28,3 50 53 51,3
Leiria 25,2 22,5 22 20,6 25,4 26 45 49 48
Marinha Grande 21,7 22,6 22,5 22,4 28,1 29,2 43 51 51,6
Pombal 24,5 21,9 21,5 31,3 36,6 37 54 61 58,5
Porto de Mós 24,7 22,9 22,5 26,6 31,4 32,2 51 56 54,7
Fonte: INE, 2013 [link]
2.4. ÍNDICES DE ENVELHECIMENTO E DE LONGEVIDADE
Da análise efetuada aos Gráfico 2 e 3 constatamos que houve um aumento do Índice de
Envelhecimento em todos os locais de residência ou áreas geográficas na última década. Nos
locais que compõem a área de abrangência do ACES PL, este índice apresenta valores inferiores
quando comparado com a área de abrangência pela ARSC, tendência que se manteve semelhante
nos valores dos censos de 2001 e 2011. O concelho de Pombal é o que apresenta a maior taxa de
envelhecimento e o concelho de Leiria o que apresenta a menor taxa de envelhecimento.
Gráfico 2 e Gráfico 3 – Índice de envelhecimento por local de residência à data dos censos
Fonte: INE, 2012
O Índice de Longevidade representa a relação entre a população mais idosa e a população idosa,
definida como o quociente entre o número de pessoas com 75 ou mais anos e o número de
pessoas com 65 ou mais anos (expressa habitualmente por 100 pessoas com 65 ou mais anos).
Quando este índice é calculado para cidadãos com 80 e mais anos sobre 65 e mais anos, passa a
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AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 19
27,2 para Portugal, 30,6 em Espanha, 32,1 em França, 26,2 na Alemanha e 23,9 na Irlanda
(Eurostat).
Pela análise do Quadro 13 verificamos que o índice de longevidade aumentou de 2001 até 2012,
em todas as unidades geográficas apresentadas, em consequência do aumento da esperança de
vida.
Quadro 13 – Índice de Longevidade em 2001, 2011, 2012
Local de Residência
Índice de longevidade (N.º) por Local de residência
2001 2011 2012
N.º N.º N.º
Portugal 42,2 48,6 48,9
Continente 42,2 48,7 49
Centro 44,2 51,3 51,7
Pinhal Litoral 41,1 47,9 48,4
Batalha 42,5 49,8 50,2
Leiria 41,5 46 46,3
Marinha Grande 38 45,1 45,5
Pombal 41,4 51,5 52,1
Porto de Mós 41,4 50,3 51,5
Fonte: INE, 2013 [link]
2.5 NADOS-VIVOS E TAXA DE NATALIDADE
O número de nados-vivos decresceu em todos os municípios do Pinhal Litoral. No período em
análise o decréscimo de nascimento na área do Pinhal Litoral foi de 464 nados-vivos (Quadro 14).
Quadro 14 – Total de nados-vivos (N.º) por Local de residência da mãe (Município); Anual Ano Local de residência da mãe
2008 2009 2010 2011 2012 ∆ 2012-2008
Continente 99057 94324 96133 91701 85306 - 13.751
Centro 20156 18934 19127 18342 17195 - 2.961
Pinhal Litoral 2472 2381 2339 2300 2008 - 464
Batalha 160 143 151 146 134 - 26
Leiria 1229 1200 1153 1211 1026 - 203
Marinha Grande 365 375 382 328 306 - 59
Pombal 492 448 437 405 360 - 132
Porto de Mós 226 215 216 210 182 - 44
Fonte: INE, 2013 [link]
Perante a análise do Gráfico 4, verificamos que a taxa bruta de natalidade teve um decréscimo
em todas as unidades geográficas, no período de 2006 a 2012, sendo o concelho de Pombal o
que apresenta a menor taxa, 6,6%0.
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AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 20
Gráfico 4 – Evolução da taxa bruta de natalidade (%0) por local de residência, 2000-2012
Fonte: INE, 2013 [link]
11,5
11
10,710,8
10,5 10,510,4
9,79,5
9,19
8,8
7,7
10,510,7
9,5
9,8
9,4
9,9 9,8
8,7 8,8
8 7,9
7,3
6,6
6
7
8
9
10
11
12
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Centro Pinhal Litoral Batalha Leiria Marinha Grande Pombal Porto de Mós
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AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 21
3. RESULTADOS EM SAÚDE
Na elaboração deste plano de desempenho elegeram-se indicadores que traduzem a relação
entre as atividades desenvolvidas, resultados específicos e população em risco. Iremos analisar
de forma descritiva alguns indicadores clássicos de saúde, que medem as alterações verificadas
nos problemas de saúde da população da área de abrangência do ACES PL comparando-os com
os valores obtidos para a área de abrangência da ARSC e do Continente.
3.1. ÓBITOS E TAXAS DE MORTALIDADE
Quadro 15 – Óbitos por local de residência 2000-2012
Ano Continente Centro Pinhal Litoral
Batalha Leiria Marinha Grande
Pombal Porto de
Mós
2000 100021 27253 2233 124 882 344 623 260
2001 99706 27146 2276 140 925 311 622 278
2002 100880 27787 2355 127 987 299 712 230
2003 103321 28462 2424 148 1012 345 660 259
2004 96946 26368 2285 145 936 327 640 237
2005 102323 27700 2486 161 990 360 705 270
2006 97038 26206 2323 130 1012 348 606 227
2007 98668 26896 2404 111 1022 347 646 278
2008 99401 27072 2478 146 1066 362 668 236
2009 99335 26725 2475 150 1073 356 656 240
2010 100837 27080 2405 131 1025 345 676 228
2011 97968 26356 2345 140 998 342 617 248
2012 102821 28108 2523 133 1094 383 663 250
Fonte: INE, 2014 [link]
Gráfico 5 – Evolução da taxa bruta de mortalidade por local de residência 2000-2012
Fonte: INE, 2014 [link]
A taxa de mortalidade infantil representa o número de óbitos de crianças com menos de 1 ano
de idade, em relação ao número de nados vivos do mesmo período (habitualmente expressa em
7
8
9
10
11
12
13
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Centro Pinhal Litoral Batalha
Leiria Marinha Grande Pombal
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número de óbitos de crianças com menos de 1 ano por 1000 (10³) nados vivos (DGS, 2009).
Verificamos da análise do Quadro 16 que esta taxa não apresenta valores constantes para a
mesma unidade territorial ou ano em estudo. Destacando-se o valor relativo ao ano de 2008 na
área de abrangência do ACES PL, por ser bastante elevado quando comparado com os restantes
valores. O ano de 2012 foi especialmente preocupante, com uma taxa de mortalidade infantil de
5,0‰, a que corresponde um número de 10 óbitos. Desses óbitos, 9 ocorreram no período
neonatal e 4 no período neonatal precoce.
Quadro 16 - Taxa de mortalidade infantil (‰), na área geográfica do Pinhal Litoral, da Região Centro e do Continente, nos anos 2007-2012
Ano Área Geográfica
2007 2008 2009 2010 2011 2012
PL (NUTS III) 1,6 5,3 1,7 1,3 1,3 5,0
Região Centro (NUTS II) 3,2 3,6 2,4 1,8 2,9 3,8
Continente (NUTS I) 3,4 3,3 3,6 2,5 3,1 3,3
Fonte: INE, 2013 [link]
A taxa quinquenal de mortalidade infantil reflete o número de óbitos de crianças com menos de
1 ano de idade observado no período relativo aos últimos cinco anos, referido ao número de
nados-vivos do mesmo período. Utiliza-se nas situações em que o numerador traduz uma
realidade com poucos indivíduos e por isso sujeito a grandes variações percentuais, com pequena
variação em número absoluto. Verifica-se uma tendência de descida na área geodemográfica do
ACES PL. O município de Leiria apresenta a taxa mais reduzida, 2,2‰, e Porto de Mós e Batalha
os mais elevados com 3,8‰ e 8,2‰, respetivamente (Gráfico 6).
Gráfico 6 – Evolução da taxa quinquenal de mortalidade infantil (‰), 1998 - 2012 e linha de tendência do ACES PL
Fonte: INE, 2014 [link]
1
2
3
4
5
6
7
8
1998 -2002
1999 -2003
2000 -2004
2001 -2005
2002 -2006
2003 -2007
2004 -2008
2005 -2009
2006 -2010
2007 -2011
2008 -2012
Continente Centro Pinhal Litoral
Batalha Leiria Marinha Grande
Pombal Porto de Mós Linear (Pinhal Litoral)
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A taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório foi de 2,6‰ no ACES PL. O concelho
de Leiria apresenta a taxa mais baixa (2,2 ‰) e Pombal e Porto de Mós são as mais elevadas (3,3
‰) (Quadro 17).
A taxa de incidência de doença de declaração obrigatória foi de 0,2 ‰, o que traduz uma
importante subnotificação (Quadro 17).
Quadro 17 - Indicadores de saúde por município, 2008-2012 (‰)
Taxa quinquenal de mortalidade
infantil (2008/2012)
Taxa quinquenal de mortalidade
neonatal (2008/2012)
Taxa de mortalidade por
doenças do aparelho
circulatório (2012)
Taxa de mortalidade por
tumores malignos (2012)
Taxa de incidência de casos notificados de
doenças de declaração obrigatória
(2010)
Pinhal Litoral 2,9 2,2 2,6 2,3 0,2
Batalha 8,2 5,4 2,3 1,9 x
Leiria 2,2 1,7 2,2 1,9 x
Marinha Grande 2,3 1,7 2,4 2,7 x
Pombal 2,8 1,9 3,3 2,8 x
Porto de Mós 3,8 3,8 3,3 2,3 x
Fonte: INE, 2014 [link]
3.2 MORBILIDADE POR DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA
As doenças infeciosas têm vindo a reassumir relevância crescente a nível europeu e mundial. O
aparecimento de novas doenças transmissíveis e o ressurgimento de outras que se presumiam
controladas apresenta-se como um desafio para a saúde pública. O sistema de notificação das
Doenças de Declaração Obrigatória (DDO) é um dos principais sistemas de vigilância
epidemiológica usado pelos serviços de saúde pública para monitorizar propensões, dimensionar
problemas e tomar decisões sobre estratégias de intervenção.
Apesar do número de notificações de DDO ter aumentado de 16% de 2011 para 2012, e de
20,75% de 2012 para 2013, num total de 66 notificações para uma população residente de
260942 habitantes, segundo os censos de 2011, (taxa de incidência aproximada 25,2%000),
considera-se que estes valores representam ainda uma subnotificação considerável.
Em relação à tuberculose respiratória, depois do decréscimo de 2012, em 2013 foram notificados
19 casos (Quadro 18).
Voltamos a referenciar que a plataforma informática SINAVE, que se encontra em fase de
implementação, irá introduzir o rigor que se deseja num capítulo essencial que é o conhecimento
das doenças transmissíveis.
PLANO DE DESEMPENHO 2014 ACES Pinhal Litoral
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Quadro 18 – Evolução das doenças de declaração obrigatória, no ACES PL, 2010 a 2013
Có
dig
o
Designação Doença
2010 2011 2012 2013
Bat
alh
a
Leir
ia
Mar
inh
a G
ran
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Po
rto
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Mó
s
Tota
l
Bat
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Leir
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Mar
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ran
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Po
rto
de
Mó
s
Po
mb
al
Tota
l
A15 Tuberculose respiratória 1 6 1 2 10 2 11 1 3 17 1 8 2 11 13 3 3 19
A16 T. Respiratória não confirmada 0 1 2 3 7 7
A19 Tuberculose miliar 7 3 0 1 1 0
A771 Febre escaro-nodular 10 7 7 4 2 6 1 6 1 3 11
A01 Febres tifoide e paratifoide 0 0 0
B15 Hepatite A 2 2
B171 Hepatite aguda C 0 1 1 4 1 5 1 1 1 3
A78 Febre Q 3 1 4 2 1 3 1 1 1 1 4 1 1 2
B50 Malária 2 2 0 1 1 1 1
B16 Hepatite aguda B 1 1 2 1 3 2 1 3 3 1 4
B26 Parotidite epidémica 0 1 1 0 5 1 6
A39.0 Meningite meningocócica 2 2 1 1 2 2 1 1
A39 Infeção meningocócica 0 0 2 2 1 1
A50 Sífilis Congénita 1 1 0 0 0
A51 Sífilis precoce 1 1 3 3 4 2 1 7 2 1 2 5
A23 Brucelose 0 0 3 2 2 2
A02 Outras salmoneloses 0 2 2 0 2 2
A481 Doença dos legionários 0 0 0
A27 Leptospirose 1 1 1 1 0 1 1 1 3
A54 Infeções gonocócicas 1 1 0
A37 Tosse convulsa 3 3 3 1 4
TOTAL 1 25 1 6 33 4 30 3 6 43 2 41 7 4 53 2 44 8 1 11 66
Fonte: USP, 2014
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4. PLANO DE ATIVIDADES
A elaboração de um Plano de Atividades funciona como instrumento fundamental de apoio à
gestão e como quadro de referências que permite objetivar e acompanhar o conjunto das
atividades baseadas no diagnóstico das necessidades, que de forma participada e consensual,
sejam definidas por cada unidade de saúde e adaptadas às realidades locais.
O presente capítulo apresenta-se de uma forma sintética e foi elaborado com base no documento
Plano de Atividades executado pelo Núcleo de Planeamento e Contratualização para o triénio
2014-2016.
4.1 Programa de Prevenção de Doenças Cardiovasculares/ Prevenção e Controlo da Diabetes
FINALIDADES – Reduzir a incidência de enfarte agudo do miocárdio e AVC, nos indivíduos com
menos de 65 anos de idade;
Gerir de forma integrada a diabetes, reduzindo a prevalência da doença, atrasando tanto quanto
possível as complicações major.
POPULAÇÃO-ALVO – Toda a população da área de abrangência do ACES PL. Pessoas com diabetes,
com e sem complicações, mulheres grávidas e população com risco acrescido de
desenvolvimento de diabetes.
OBJETIVOS
Aumentar a % de hipertensos e diabéticos diagnosticados e controlados;
Efetuar prevenção 1ª, 2ª, 3ª e 4ª da doença cardiovascular (DCV) e diabetes;
Reduzir a prevalência da hipertensão arterial e da diabetes;
Uniformizar as práticas profissionais em prol de uma efetiva qualidade clínica.
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INDICADORES
Quadro 19 – Indicadores de avaliação Doenças Cardiovasculares/ Prevenção e Controlo da Diabetes
INDICADORES Valor Atingido
Meta Contratualizada
Meta Proposta
2012 2013 2013 2014
2013.018.01 Proporção de hipertensos com registo IMC (12 Meses) 46,26 47,11 -
2013.019.01 Proporção de hipertensos com registo PA em cada semestre 42,53 40,77 -
2013.020.01 Proporção de hipert. < 65 anos c/ PA < 150/90 mmHg 33,35 33,97 45,35 (NA)
2013.021.01 Proporção de hipert c/ prescrição de tiazidas 21,91 21,37 -
2013.022.01 Proporção de hipert s/ DM c/prescrição ARA II 27,36 26,10 -
2013.023.01 Proporção de hipert c/ risco CV (últimos 3 A) 2,06 7,69 -
2013.024.01 Proporção de hipert c/ cons. enferm. e gestão RT 0,03 0,10 -
GDH Taxa de internamentos p/doença CV entre residentes < 65 A 7,89 - 7,59
2013.035.01 Proporção diabéticos com exame pés registado no último ano 51,33 49,49 -
2013.036.01 Proporção diabéticos c/ cons enferm. e gestão RT último ano 0,11 0,28 -
2013.039.01 Proporção diabéticos c/última HgbA<= 8,0 % 46,73 48,74 -
2013.040.01 Proporção diabéticos c/exame oftalmológico/referenciação, último ano
13,81 15,31 -
2013.041.01 Proporção utentes DM2 em terapêutica c/ insulina 4,04 3,96 -
2013.042.01 Proporção utentes DM2 em terapêutica c/ metformina 45,38 46,69 -
2013.091.01 Proporção DM < 65 A c/ HgbA1c <= 6,5% 23,87 24,27 -
2013.097.01 Proporção DM c/ microalbum. último ano 43,03 43,94 -
GDH Incidência de amputações major de membro inferior em utentes com diabetes, entre utentes residentes
0,87 - -
Fonte: SIARS, 2014 NA: não atingido
ESTRATÉGIAS
Melhorar o diagnóstico e tratamento das DCV e Diabetes;
Promover a avaliação da qualidade clínica do seguimento da pessoa com diabetes e DCV;
Monitorizar a avaliação periódica do registo e utilização do Guia da Pessoa com Diabetes;
Monitorizar a implementação de rastreio sistémico e tratamento das complicações da
diabetes e das DCV;
Valorizar a execução de registos objetivos das intervenções, para avaliação de parâmetros
comuns.
ATIVIDADES
Ações de formação para Médicos e Enfermeiros;
Sessões de Educação para a Saúde, com distribuição de material bibliográfico à população da
área de abrangência dos ACES;
Registos corretos e sistemáticos dos atos médicos e de enfermagem nos sistemas
informáticos;
Rastreio da retinopatia à população diabética da área de abrangência do ACES;
Implementação da consulta de pé diabético nas unidades de saúde.
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4.2. PREVENÇÃO E CONTROLO DAS DOENÇAS ONCOLÓGICAS
FINALIDADE – Reduzir a morbilidade e mortalidade das doenças oncológicas através da prevenção
primária e diagnóstico precoce.
POPULAÇÃO-ALVO – Toda a população da área de abrangência do ACES PL.
OBJETIVOS
Efetivar a prevenção primária e incentivar boas práticas de diagnóstico em Oncologia;
Intensificar os programas de rastreio oncológico já organizados: Colo do Útero, Mama;
Implementar o programa de rastreio oncológico do Cólon/Recto;
Dinamizar a vigilância epidemiológica através do Registo Oncológico Regional.
INDICADORES
Quadro 20 – Indicadores de avaliação
INDICADORES
Valor Atingido
Meta
Contratualizada
Meta Proposta
2012 2013 2013 2014
2013.44.01 Proporção de mulheres 50-69 A mamog. reg últimos 2 anos
46,13 48,11 -
2013.45.01 Proporção de mulheres 25-59 anos c/ colpocit.actualiz. (3 anos)
26,04 32,37 37,50 (NA)
2013.46.01 Proporção de inscr. 50-74anos c/rastreio/CR efetuado (*C/ PSOF (2 anos) ou retosigmoidoscopia (5
anos) ou colonoscopia (10 anos) 19,14 25,13 -
Fonte: SIARS, 2014 NA: não atingido
ESTRATÉGIAS
Efetuar o rastreio organizado do cancro da mama, com mamografia a cada 2 anos nas
mulheres dos 50 aos 69 anos de idade;
Efetuar o rastreio organizado do cancro do colo do útero, com citologia a cada 3 anos nas
mulheres dos 25 aos 64 anos de idade;
Implementar localmente o rastreio do cólon retal em homens e mulheres, dos 50 aos 74 anos;
Valorizar a execução de registos objetivos das intervenções.
ATIVIDADES
Reuniões com os profissionais das Unidades de Saúde tendo em vista a aplicação dos
protocolos;
Registos corretos dos atos médicos e de enfermagem nos sistemas informáticos, cumprindo
os objetivos do ROR.
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4.3. PROGRAMA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS/TUBERCULOSE/ EVITÁVEIS PELA VACINAÇÃO
4.3.1. Tuberculose
FINALIDADE – Reduzir a incidência da tuberculose.
POPULAÇÃO-ALVO – Toda a população da área de abrangência do ACES PL.
OBJETIVOS
Diagnosticar e referenciar precocemente os casos suspeitos/ confirmados ao Centro de
Diagnóstico Pneumológico e implementar o seu adequado tratamento;
Implementar a estratégia DOTS (directly observed therapy short-course) nos casos
indicados;
Efetuar quimioprofilaxia nos casos clinicamente justificados;
Tratar os casos de Tuberculose Latente diagnosticados.
INDICADORES
INDICADORES Valor Atingido
Meta Contratualizada
Meta Proposta
2012 2013 2013 2014
CDP N.º de novos casos de tuberculose 26 30 N.A
CDP Taxa total de incidência de recidivas em doentes dados como curados
6% 6,7% N.A 3%
CDP
N.º de casos por tipos de tuberculose:
T. Pulmonar
T. Linfática
T. Pleural
T. Infeção (T. Latente)
18 2 0 7
21 3 1
33
N.A
CDP Taxa de abandono ou interrupção da terapêutica 0 6,7% N.A 0%
CDP Taxa de cumprimento tratamento T. Latente 100% 100% N.A 100%
CDP Taxa de cumprimento tratamento de tuberculose 100% 96,6% N.A 100%
Fonte: SIARS 2014; ACES
ESTRATÉGIAS
Contatar com os colegas do Serviço Hospitalar e CSP de forma a melhorar os canais de
comunicação;
Monitorizar regularmente os casos identificados;
Valorizar a execução de registos objetivos das intervenções.
ATIVIDADES
Acompanhamento do cumprimento dos protocolos;
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Rastreio ativo de contactos;
Colocação em TOD dos casos justificados;
Vacinação dos recém-nascidos.
4.3.2. Doenças evitáveis pela vacinação
FINALIDADE – Controlar as doenças abrangidas pelo Plano Nacional de Vacinação (PNV).
POPULAÇÃO-ALVO – Toda a população da área de abrangência do ACES PL.
OBJETIVOS
Cumprir o PNV.
INDICADORES
Quadro 21 – Indicadores de avaliação
INDICADORES Valor Atingido
Meta Contratualizada
Meta Proposta
2012 2013 2013 2014
2013.027.01 Proporção de crianças c/ 2Anos c/ PNV totalmente cumprido (na data do 2º aniversário)
93,16 93,16 98,00
2013.028.01 Proporção de crianças c/ 7Anos c/ PNV totalmente cumprido (na data do 7º aniversário)
92,89 95,32 -
2013.029.01 Proporção de crianças c/ 14Anos c/ PNV totalmente cumprido (na data do 14º aniversário)
80,24 84,76 -
2013.098.01 Proporção de utentes >= 25A c/ vacina tétano atual 76,04 82,06 -
USP Proporção de raparigas c/ vacina HPV atualizada (nascidas em 1997 c/ as 3 doses)
93,24 N/D -
Fonte: SIARS, 2014
ESTRATÉGIAS
Aproveitar todas as oportunidades para sensibilizar os utentes para a importância da
vacinação e convocar os que não cumpriram o PNV;
Sensibilizar os médicos de Medicina do Trabalho para a vacinação Antitetânica;
Sensibilizar os Conselhos Diretivos das escolas para a verificação do cumprimento do PNV no
ato da matrícula;
Valorizar a execução de registos objetivos das intervenções.
ATIVIDADES
Vacinação diária nas Unidades de Saúde;
Identificação e regularização de todos os casos em que o PNV não tenha sido cumprido.
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4.3.3. Deteção precoce do VIH/SIDA
FINALIDADE – Detetar precocemente a infeção pelo VIH e diagnóstico precoce de SIDA.
POPULAÇÃO-ALVO – Toda a população da área de abrangência do ACES PL.
OBJETIVOS
Prevenir o risco de transmissão da infeção pelo VIH;
Dinamizar medidas que contribuam para melhorar a precocidade do diagnóstico;
Detetar precocemente a infeção pelo VIH (Vírus de Imunodeficiência Humana);
Orientar para os cuidados de saúde adequados;
Permitir suporte psicológico quando indicado.
ATIVIDADES
Promoção de ações de informação/ sensibilização junto da comunidade;
Promoção de rastreios na comunidade;
Realização do teste de forma gratuita, anónima e confidencial;
Valorização da execução de registos objetivos das intervenções.
2.3.4 Testes rápidos na deteção precoce da infeção VIH/SIDA nas Unidades de Saúde
FINALIDADE E OBJETIVOS GERAIS
Contribuir para um mais precoce conhecimento do estado serológico dos utentes,
aproveitando como oportunidades os inúmeros contactos dos mesmos com os serviços de
saúde;
Disponibilizar alternativas de resposta mais facilitadas e acessíveis, aos utentes diferentes
unidades de saúde através da realização do teste rápido VIH/SIDA, voluntário e gratuito, com
aconselhamento pré e pós teste e referenciação adequada quando necessário;
Consolidar o funcionamento dos espaços ADR (Aconselhamento, Deteção com testes rápidos
e Referenciação) já implementados em unidades de saúde com resposta de abrangência
concelhia;
Implementar mais um novo espaço ADR numa unidade de saúde de acordo com a realidade
local.
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INDICADORES DE AVALIAÇÃO E METAS
Indicador Metas 2014
N.º unidades de saúde com realização dos testes rápidos Pelo menos 1 por concelho
Evolução do n.º de testes realizados em % Aumento de 5%
% de testes reativos com pedido de confirmação 100%
% de resultados positivos confirmados adequadamente referenciados
100%
ESTRATÉGIAS
Continuar a formação dos profissionais de saúde;
Articular CAD/ Laboratório de Saúde Pública de Leiria no apoio técnico e referenciação;
Implementar de um espaço ADR num serviço de saúde de resposta concelhio.
ATIVIDADES
Realização de testes rápidos com equipa com formação, aconselhamento pré e pós teste,
confirmação e referenciação quando necessário;
Continuidade do processo de formação dos profissionais;
Reuniões de avaliação com os responsáveis concelhios do projeto;
Divulgação do relatório de avaliação pelos profissionais das diferentes unidades de saúde.
4.4. SAÚDE DO IDOSO/ CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
FINALIDADE – Desenvolver estratégias de intervenção para população idosa/ dependente da área
de abrangência do ACES PL e seus cuidadores formais ou informais.
POPULAÇÃO-ALVO
População residente na área de abrangência do ACES PL com mais de 65 anos de idade e
população que, independentemente da idade, se encontre em situação de dependência e
cuidadores formais e informais.
OBJETIVOS
Caracterizar a população idosa do ACES PL;
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Promover a prestação integrada de cuidados de saúde e de apoio social no domicílio, ao idoso/
dependente da área de abrangência do ACES PL;
Introduzir medidas que promovam a melhoria qualitativa na gestão dos recursos de saúde e
no acesso à consulta de medicina geral familiar.
INDICADORES
ATIVIDADES
Prestação de cuidados de saúde integrados e de apoio social no domicílio, ao idoso e/ou
dependente;
Divulgação e formação específica para profissionais e comunidade;
Valorização da execução de registos objetivos das intervenções.
4.5. PROGRAMAS DO CICLO DE VIDA
4.5.1. Programa de saúde infantil e juvenil
FINALIDADE – Promover o cumprimento do programa de Saúde Infantil e Juvenil da Direção Geral
da Saúde.
OBJETIVOS
Promover a qualidade das consultas de vigilância em saúde infantil;
Contribuir para o melhor estado de saúde e bem-estar das crianças e suas famílias;
Manter uma eficaz interligação entre os CSP e CSD através das UCF.
Indicador Metas 2014
% de idosos caracterizados por Unidades de Saúde 50%
N.º de Unidades de Saúde com equipa de Cuidados Continuados Integrados
3
% de idosos com intervenção de enfermagem no domicílio 80%
% de utentes referenciados que são encaminhados para a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
90%
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INDICADORES
Quadro 22 – Indicadores de avaliação do programa de saúde infantil e juvenil
INDICADORES Valor Atingido
Meta Contratualizada
Meta Proposta
2012 2013 2013 2014
2013.014.01 Proporção de RN c/ 1ª cons.vigil. feita até 28º dia 79,29 82,30 82,70
2013.015.01 Proporção de RN c/ domicílio enferm até 15º dia de vida
10,93 9,84
2013.057.01 Proporção RN c/diagn. precoce (THSPKU) realizado até sexto dia vida
92,14 91,04
2013.016.01 Proporção de crianças c/ 6 ou + cons. méd. vigil. 1º ano de vida
24,70 30,70
2013.017.01 Proporção de crianças c/ 3 ou + cons. méd. vigil. 2º ano de vida
40,09 46,32
2013.027.01 Proporção de crianças c/ 2Anos c/PNV totalmente cumprido (na data do 2º aniversário)
93,16 93,16 98,00
2013.028.01 Proporção de crianças c/ 7Anos c/PNV totalmente cumprido (na data do 7º aniversário)
92,89 95,32
2013.029.01 Proporção de crianças c/ 14Anos c/PNV totalmente cumprido (na data do 14º aniversário)
80,24 84,76
2013.031.01 Proporção de crianças c/ 7Anos c/registo peso e altura [5; 7[ anos
58,17 69,51
2013.032.01 Proporção de crianças c/ 14 Anos c/registo peso e altura [11; 14[ anos
40,49 47,35
2013.064.01 Proporção de jovens c/14 A c/ cons. médica vigil. realizada no intervalo [11;14[ anos e PNV totalmente cumprido
34,02 41,16 42,00
Fonte: SIARS, 2014
ESTRATÉGIAS
Introduzir medidas que promovam melhoria qualitativa na gestão dos recursos de saúde e no
acesso à consulta médica e de enfermagem de vigilância de saúde infantil;
Promover a prestação integrada de cuidados de saúde às crianças e jovens dos 0-18 anos na
área de abrangência do ACES PL;
Valorizar a execução de registos objetivos das intervenções médicas e de enfermagem
nos respetivos sistemas informáticos.
ATIVIDADES
Realização da consulta de acordo com as normas técnicas da DGS;
Reuniões com as equipas das unidades;
Divulgação de documentação específica;
Formação dos profissionais de saúde;
Registos objetivos das intervenções.
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4.5.2. Promoção de saúde em meio escolar
FINALIDADE E OBJETIVO GERAL
Promover e proteger a saúde e prevenir a doença na comunidade educativa (docentes,
discentes, auxiliares de ação educativa e outros profissionais da escola, pais/ encarregados de
educação) visando o bem-estar e o sucesso educativo (e pessoal) das crianças e jovens
escolarizados (do jardim de infância ao ensino secundário).
(Obrigatórios de acordo c/ DGS, Orientação nº 014/2013 de 28/10/2013)
INDICADORES DE AVALIAÇÃO E METAS
INDICADORES METAS
Taxa de cobertura dos alunos pelo PNSE, segundo o nível de educação e ensino: Pré-Escolar 1.º Ciclo de Ensino Básico (CEB) 2.º CEB 3.º CEB Ensino Secundário
48% 86% 61% 56% 40%
Taxa de cobertura do pessoal docente pelo PNSE, segundo o nível de educação e ensino: Pré-Escolar 1.º Ciclo de Ensino Básico (CEB) 2.º CEB 3.º CEB Ensino Secundário
45% 75% 30%, 30% 18%
Percentagem de alunos com PNV cumprido, no 1.º ano do 1.º CEB 98%
Percentagem de alunos que realizam a higiene oral Pré-escolar 1.º CEB
25% 13%
ESTRATÉGIAS
Esclarecer o “modus operandus” para a obtenção de determinados indicadores
obrigatórios junto da Coordenação Regional de Saúde Escolar;
Articular e cooperar entre Programas Nacionais (SIJ, PNV, PNPSO, Prevenção acidentes,
entre outros);
Conhecer os planos da promoção e educação para a saúde (PES) das escolas/
agrupamentos, a serem solicitados pelas equipas locais aos professores coordenadores da
PES, de forma a apoiar/complementar currículos, debater acontecimentos/ determinantes
de saúde relevantes, com acções dirigidas para as práticas da escola e dos alunos e para as
suas necessidades, de acordo com os princípios das escolas promotoras de saúde.
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ATIVIDADES
Monitorização do EGS e do PNV aos 6 e 13 anos, detetando e referenciando os
incumprimentos com vista à sua regularização;
Apoio à inclusão escolar de crianças com Necessidades de Saúde Especiais, propondo
recomendações de saúde, sempre que necessário, em PSI ou PEI, assim como reforçando
as competências da comunidade educativa;
Avaliação das condições de segurança, higiene e saúde das escolas;
Monitorização de acidentes escolares;
Cumprimento da legislação de evicção escolar;
Continuidade do programa de saúde oral em meio escolar, c/ a emissão do 1º cheque-
dentista das idades-chave (7, 10 e 13 anos);
Desenvolvimento/ cooperação em projetos específicos de promoção da saúde, de iniciativa
da escola e/ou da saúde, nomeadamente dos projetos regionais “+ contigo” (saúde
mental/prevenção do suicídio), “in-dependências” (prevenção de consumos), “conta, peso
e medida” (alimentação saudável/ atividade física/ prevenção excesso peso e obesidade)
e/ou outros a nível local, regional ou nacional.
4.5.3. Promoção da saúde oral
FINALIDADE E OBJETIVO GERAL
Promover uma boca saudável ao longo do ciclo de vida, condição essencial para a saúde em
geral, bem-estar e qualidade de vida.
Prevenir e tratar doenças orais em crianças e jovens até aos 16 anos, grávidas, idosos, e pessoas
com o VIH/SIDA.
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INDICADORES DE AVALIAÇÃO E METAS
Indicador Metas 2014
Taxa de emissão do cheque-dentista na gravidez - SOG 70%
Taxa de utilização do cheque-dentista na gravidez-SOG 60%
Taxa de utilização do cheque-dentista saúde infantil - SOSI 68%
Taxa de utilização do cheque-dentista aos 7, 10 e 13 anos - SOCJ 60%
Taxa de alunos rastreados por HO aos 7 e 10 anos - SOCJ 16%
Taxa de utilização do documento de referenciação para a HO 81%
% Alunos a fazer escovagem na escola (JI e 1ºCEB) 20%
% Alunos a fazer bochecho quinzenal no 1º ciclo 68%
Taxa de utilização do cheque-dentista aos 8,9/ 11,12/ e 14/15 anos - SOCJII 75%
Taxa de utilização do cheque-dentista na pessoa idosa - SOPI 80%
Taxa de utilização do cheque-dentista aos 15 anos completos 75%
ESTRATÉGIAS
Trabalhar em equipa (médicos, enfermeiros, higienistas orais, nutricionistas e outros
profissionais de saúde, professores, prestadores de cuidados a idosos, serviços
comunitários, famílias, empresas e autarquias);
Maior envolvimento das famílias, pais/ encarregados de educação;
Reforçar para o desenvolvimento do Plano B (orientação DGS nº7 de 25/03/2011).
ATIVIDADES
Divulgação da saúde oral na promoção da saúde materna: higiene oral, alimentação e
emissão de cheque-dentista na gravidez (SOG);
Divulgação da saúde oral na promoção da saúde infantil: higiene oral, alimentação, exame
oral em consulta de saúde infantil + suplementos de flúor em crianças de alto risco à cárie
dentária, divulgação do cheque-dentista em saúde infantil (SOSI < 7 anos);
Mobilização das escolas/ agrupamentos, pelas equipas de saúde escolar/ saúde oral, para
a dinamização de atividades lúdico-pedagógicas para reforço das práticas de escovagem
dentária, do bochecho quinzenal (nas escolas do 1º ciclo), de alimentação saudável, da
relação da saúde oral com a auto-imagem/ auto-estima, com a sexualidade na
adolescência, com a estética…
Emissão dos cheques-dentista aos 7, 10 e 13 anos, pelas equipas de saúde escolar;
Inerentes às técnicas de saúde oral existentes em 2 concelhos (Leiria_GH e Pombal);
Emissão dos cheques-dentista aos 8,9 anos/ 11,12 anos/ 14,15 anos pelo médico de família
(SOCJII) e aos 15 anos completos (< 16 anos);
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Divulgação da saúde oral na promoção da saúde da pessoa idosa: higiene oral, alimentação,
e emissão de cheque-dentista pelo médico de família se o utente é beneficiário do
Complemento Solidário do Idoso (SOPI);
Divulgação da saúde oral na promoção da saúde da pessoa portadora do VIH/SIDA: higiene
oral, alimentação e emissão de cheque-dentista pelo médico de família.
4.5.4. Promoção da saúde dos adolescentes e jovens
FINALIDADE E OBJETIVOS GERAIS
Consolidar as respostas do CAJ “Janelas Verdes” Espaço Próprio avaliado como “Espaço
Amigo dos Adolescentes” – atendimento aberto e referenciação;
Promover conhecimentos, atitudes e competências nos adolescentes e jovens que
contribuam para o bem estar, a autonomia e facilitem a adoção de estilos de vida saudáveis,
contribuir para a redução de comportamentos de risco e gravidezes não desejadas e
contribuir para melhorar a informação sobre as ISTs e a redução das mesmas;
Disponibilizar respostas diversificadas às necessidades de saúde dos Adolescentes e Jovens,
através de um atendimento personalizado, acessível, gratuito, desburocratizado, com
garantia de confidencialidade, flexibilidade de horários e respostas diversificadas;
Disponibilizar atendimentos de Referência através de protocolos específicos (Médicos de
família, Escola/ Saúde Escolar e outros);
Contribuir para a formação dos profissionais de saúde, integrado no projeto da CRSMCA da
ARS Centro de forma a promover a vigilância longitudinal dos adolescentes nas Unidades
de Saúde;
Contribuir para a definição de critérios de qualidade nos atendimentos a adolescentes com
as estruturas de referência nos adolescentes.
INDICADORES DE AVALIAÇÃO E METAS
Evolução do número de atendimentos;
Garantir que pelo menos 90% de situações atendidas no CAJ tenham possibilidade de
resposta e resolução dentro dos recursos do mesmo;
Caraterização dos atendimentos segundo tipologia, grupo etário, referenciação e origem;
Resposta aos pedidos e tempos médios de espera para essas respostas;
% de referenciações ao CAJ;
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100% de resposta imediata nas situações de CE e suspeita de gravidez, com disponibilização
da CE e do teste de gravidez no CAJ, respetivamente;
Capacidade de resposta instalada (adequação das respostas às necessidades identificadas);
Número de solicitações externas (escolas e outros serviços);
Percentagem de situações cuja resolução foi possível dentro dos recursos do CAJ.
ESTRATÉGIAS
Criar um espaço individualizado de atendimento/ CAJ, respostas diversificadas, com
atendimento personalizado, acessível, gratuito, desburocratizado, garantia de
confidencialidade e flexibilidade de horários;
Articular com as Unidades de Saúde na complementaridade de respostas aos adolescentes/
jovens, enquanto espaço de referenciação;
Articular com os Cuidados Diferenciados, através da UCF, Vertente do Adolescente,
divulgação dos protocolos e dos critérios de referenciação às Consultas de Adolescência
(ex. pedopsiquiatria e ginecologia do Hospital, SICAD);
Dotar o CAJ com recursos humanos necessários à complementaridade de respostas aos
adolescentes e jovens;
Dotar o CAJ com recursos materiais necessários ao seu funcionamento (anticoncecionais
orais e contraceção de emergência, testes rápidos VIH e testes de gravidez)
Dar continuidade a um centro de recursos com materiais pedagógicos e informativos
específicos
Realizar encontros de reflexão sobre adolescência dirigido aos pais/ educadores em
articulação com as escolas.
ATIVIDADES
Atendimento diário;
Resposta global no âmbito do PF (atendimento atempado, disponibilização de
contracetivos e observação ginecológica);
Aconselhamento e Rastreio VIH/SIDA (testes rápidos) no CAJ;
Disponibilização e realização de testes de gravidez no CAJ (articulação com o Laboratório
de SP de Leiria);
Exposições temáticas mensais;
Elaboração de materiais informativos;
Avaliação de serviço através de questionários de avaliação do serviço e caixa de sugestões;
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Elaboração de protocolos de referenciação através da UCF (Consulta de adolescentes do
Hospital, Ginecologia e Pedopsiquiatria/ Psiquiatria);
Realização de um Encontro Temático enquadrado nos 25 anos do CAJ.
4.5.5. Maus tratos em crianças e jovens/ núcleos de apoio a crianças e jovens em risco (NACJR)
FINALIDADE E OBJETIVOS GERAIS
Promover a identificação precoce, a vigilância e o acompanhamento das situações de maus
tratos em crianças e jovens e de situações de risco;
Sensibilizar para a problemática das crianças e jovens em risco e contribuir para a formação
dos profissionais, prestando apoio de “consultadoria” no âmbito da sinalização,
acompanhamento e encaminhamento de situações;
Contribuir para um diagnóstico social atualizado (organização da casuística).
ESTRATÉGIAS
Divulgar a informação de carácter legal, normativo, técnico e casuística;
Promover a complementaridade de respostas através da mobilização da rede de recursos
internos do CS, a articulação com as estruturas de 1ª linha com intervenção na infância e
juventude e a CPCJ de molde a assegurar o acompanhamento dos casos;
Informar a população, sensibilizando para a problemática das crianças e jovens em risco.
INDICADORES DE AVALIAÇÃO E METAS (valor a atingir)
NACJRISCO constituídos e com atividade;
Existência de registo das sinalizações e dos respetivos processos;
Nº de situações sinalizadas;
% de situações sinalizadas em acompanhamento e/ou encaminhadas;
Nº ações realizadas/Nº ações previstas;
Elaboração de relatório anual e casuística com divulgação.
ATIVIDADES
Atendimento das crianças e jovens sinalizados e acompanhamento quando necessário;
Consultadoria/Supervisão das situações de risco sinalizadas;
Divulgação da informação de carácter legal, normativo, técnico e casuística.
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Articulação com outras entidades e com os diferentes parceiros de 1ª linha (C.S. Escolas,
Seg. Social, IRS, IPSS/ONG, etc);
Representação na CPCJ de Leiria;
Reuniões de equipa mensais e reuniões de articulação funcional com o Núcleo Hospitalar;
Ações de sensibilização dos profissionais para a problemática dos maus tratos e das
crianças e jovens em risco;
Elaboração de material informativo de sensibilização da população em geral.
4.5.6. Sistema nacional de intervenção precoce na infância (snipi)
FINALIDADE E OBJETIVO GERAL
Garantir condições de desenvolvimento das crianças entre os 0 e os 6 anos, com alterações
das funções ou estruturas do corpo que limitam o crescimento pessoal, social, e a sua
participação nas atividades típicas para a idade, bem como das crianças com risco grave de
atraso no desenvolvimento, através de um conjunto de medidas de apoio integrado centrado
na criança e na família, incluindo ações de natureza preventiva e reabilitativa, designadamente
no âmbito da educação, da saúde e da ação social.
INDICADORES DE AVALIAÇÃO E METAS
Indicador Metas 2014
% Crianças < 3 anos referenciadas pelas unidades do ACES PL às ELI
75%
% ELI apoiadas/acompanhadas pelo NST com periodicidade bimensal e sempre que seja necessário
100%
ESTRATÉGIAS
Atuar em coordenação com os Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social, da Saúde e
da Educação, com envolvimento das famílias e da comunidade, com as seguintes estruturas,
na área geográfica em que está integrado o ACES Pinhal Litoral:
A nível nacional – Comissão de Coordenação do SNIPI;
A nível regional – Sub- Comissão Regional do Centro (SCRC);
A nível distrital – Núcleo de Acompanhamento e de Supervisão Técnica de Leiria_NST
sediado no ACES PL (com representantes da saúde por ACES, da educação e da
segurança social) ;
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A nível municipal / intermunicipal – 4 Equipas Locais de Intervenção Precoce (ELI):
Batalha e Porto de Mós/Leiria/Marinha Grande e Pombal, com protocolos estabelecidos
entre IPSS /Segurança Social / Educação e Saúde, entre outras entidades como
Autarquias. Está previsto a criação de uma 2ª ELI para Leiria.
ATIVIDADES
Detetação e sinalização, precocemente, para a ELI respetiva, crianças com atraso (ou risco)
de atraso global de desenvolvimento no âmbito da saúde infantil pelos médicos
/enfermeiros ou outros profissionais das USF / UCSP entre outras unidades funcionais de
saúde;
Encaminhar crianças para consultas de desenvolvimento, para efeitos de diagnóstico e
orientação especializada, que fundamente o Plano Individual de Intervenção Precoce (PIIP),
a desenvolver no âmbito da ELI;
Assegurar a continuidade nas ELI dos profissionais de saúde envolvidos, e se possível,
aumentar as horas disponíveis para a parceria;
Acolher, se possível, nas instalações do Centro de Saúde a sede da ELI;
Apoiar, supervisionar tecnicamente e acompanhar o trabalho desenvolvido pelas ELI, com
deslocações periódicas (bimensais) do NST às sedes das ELI;
Participar nas reuniões periódicas do próprio NST e nas regionais promovidas pela SCRC.
4.5.7. Promoção da não-violência doméstica
FINALIDADE E OBJETIVO GERAL
Contribuir com a intervenção em rede (conjunta e concertada entre entidades da comunidade)
para a rutura do ciclo da Violência Doméstica e a promoção da não-violência junto de crianças
e jovens, através da educação para (com) afetos e consciencialização para a igualdade de
género.
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INDICADORES DE AVALIAÇÃO E METAS
Quadro 23 – Metas para 2014
ESTRATÉGIAS
Alargar o Grupo de Intervenção em Rede contra a Violência Doméstica (constituído desde
2010) à atual área geográfica do ACES PL (incluindo profissionais do concelho de Pombal);
Manter uma relação institucional com o Grupo V!!! (Grupo Violência: Informação,
Investigação, Intervenção) de Coimbra, nomeadamente com o promotor do projeto de
Intervenção em rede 2009-2012;
Estabelecer articulação efetiva entre as várias equipas de saúde de cada unidade funcional
(NACJR, equipas de saúde familiar, de saúde escolar, de saúde pública) e com os
representantes da saúde nas equipas de intervenção precoce na infância, na CPCJ e no RSI;
Estabelecer parcerias (in)formais com entidades da comunidade que trabalham nesta área,
nomeadamente com forças de segurança, CHLP e com Gabinetes de Apoio à Vítima e com
ações de promoção/educação para a não violência (Associação das Mulheres do Séc. XXI,
APEPI, …);
Reestabelecer parceria(s) com agrupamento(s) de escolas para dar continuidade ao Projeto em meio escolar de Promoção da não Violência com formação de professores.
Indicador Metas 2014
% Sensibilizações previstas e realizadas por unidades de saúde 75%
% Formações de professores previstas e realizadas 75%
% Casos referenciados e com intervenção adequada 80%
ATIVIDADES
Sensibilização dos profissionais de saúde do ACES, nomeadamente as equipas de saúde
familiar para o problema da Violência Doméstica que afeta (in)diretamente todo o
agregado familiar, com repercussões em saúde física, mental ou comportamental, no
imediato ou no futuro;
Identificação, intervenção e/ou referenciação precoce das situações geradoras de violência
em crianças, jovens (quer sejam vítimas diretas ou indiretas), adultos e idosos;
Disponibilização e potenciação das respostas articuladas a vítimas, agressores e familiares;
Reiniciação, quando possível, face aos recursos existentes, da formação de professores do
3º ano/ 1º ciclo dos Agrupamentos de escola da Maceira e Guilherme Stephens (MG) com
reformulação do projeto para os professores do 5º-6º anos do 2º ciclo.
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4.5.6. Saúde Sexual e Reprodutiva da Mulher
O ACES Pinhal Litoral mantém em execução o programa de saúde da mulher, justificado pela
necessidade prática de integrar num único programa um conjunto de patologias específicas da
mulher, nomeadamente os relacionados com a reprodução e com os tumores malignos da mama
e do colo do útero.
4.5.6.1. Saúde Materna
FINALIDADE – Garantir a qualidade na vigilância partilhada da grávida, do recém-nascido e
lactente com igualdade de acesso. Garantir qualidade no nascimento e segurança no parto.
OBJETIVOS
Promover a gravidez planeada/ desejada;
Promover e fomentar uma adequada vigilância da mulher grávida, puérpera e do recém-
nascido;
Intervir na prevenção da gravidez na adolescência;
Manter uma eficaz interligação de cuidados entre os CSP e CD, reforçando as atividades das
UCF.
INDICADORES
Quadro 24 – Indicadores de avaliação
INDICADORES
Valor Atingido
Meta Contratualizada
Meta Proposta
2012 2013 2013 2014
2013.011.01 Proporção de Grávidas c/1ª consulta médica da gravidez no 1º Trim.
79,58 82,11 88,00
2013.012.01 Proporção de Grávidas c/ 6 ou + cons. vigil. enfermagem
33,90 42,11 -
2013.013.01 Proporção de Puérperas c/ domicílio de enfermagem
11,90 10,68 -
2013.050.01 Proporção de grávidas c/consulta revisão de puerpério efetuado
20,17 23,57 -
Fonte: SIARS, 2014
ESTRATÉGIAS
Promover a acessibilidade à consulta com especial atenção às 1.ªs consultas;
Preencher corretamente o Boletim da Grávida;
Sinalizar as grávidas de risco e referenciação precoce para os cuidados de saúde hospitalares;
Promover a revisão puerpério e início da contraceção após o parto nessa consulta;
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Sensibilizar as grávidas para a importância do Planeamento Familiar pós-parto;
Valorizar a execução de registos objetivos das intervenções médicas e de enfermagem nos
respetivos sistemas informáticos.
ATIVIDADES
Realização da consulta de acordo com as normas técnicas da DGS;
Reuniões com as equipas das unidades;
Divulgação de documentação específica;
Formação dos profissionais de saúde;
Registos objetivos das intervenções.
4.5.6.2. Planeamento Familiar
FINALIDADE – Assegurar que todas as pessoas têm acesso a informação, a métodos de
contraceção eficazes e seguros e a serviços de saúde que contribuam para a vivência da
sexualidade de forma segura e saudável.
OBJETIVOS
Promover a vivência da sexualidade de forma saudável e segura;
Contribuir para a redução da morbi-mortalidade materna, péri-natal e infantil;
Reduzir a incidência das doenças sexualmente transmissíveis, genéticas e oncológicas;
Manter uma eficaz interligação de cuidados entre os CSP e CD, reforçando as atividades das UCF.
INDICADORES
Quadro 25 – Indicadores de avaliação
INDICADORES
Valor Atingido
Meta Contratualizada
Meta Proposta
2012 2013 2013 2014
2013.08.01 Tx utilização de cons. PF (méd./enf.) 28,12 31,01 N.A
2013.09.01 Tx utilização de cons. enferm. PF 24,36 26,82 N.A
2013.10.01 Tx utilização de cons. médicas PF (MIF 15-49a) 20,27 21,18 N.A
Fonte: SIARS, 2014
ESTRATÉGIAS
Sensibilizar os médicos de família para a execução das consultas de PF;
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Monitorizar as mulheres que recorrem à contraceção de emergência;
Promover a utilização e preenchimento correto do Boletim da Saúde Reprodutiva;
Valorizar a execução de registos objetivos das intervenções médicas e de enfermagem nos
respetivos sistemas informáticos.
ATIVIDADES
Realização da consulta de acordo com as normas técnicas da DGS;
Divulgação de documentação específica e formação dos profissionais de saúde;
Registos objetivos das intervenções.
4.6. PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLO DA INFEÇÃO E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS
FINALIDADE – Implementar nas unidades de saúde uma cultura de segurança em controlo de
infeção e resistência aos antimicrobianos, contribuindo para a qualidade dos cuidados prestados.
OBJETIVOS
Reduzir a taxa de infeções associadas aos cuidados de saúde na comunidade;
Promover o uso correto dos antimicrobianos;
Reduzir a taxa de microrganismos com resistência aos antimicrobianos.
ESTRATÉGIAS
Formação/ Informação
Organizar e dinamizar sessões de formação para os profissionais das unidades de saúde do
ACES PL, sobre controlo e prevenção de infeções relacionadas com os cuidados de saúde e
sobre as resistências aos antimicrobianos;
Organizar e dinamizar de sessões de formação para os profissionais das unidades de saúde do
ACES PL, sobre o uso adequado de antibióticos em meio da comunidade;
Divulgar a campanha de sensibilização do cidadão para o uso prudente dos antibióticos e
riscos associados;
Divulgar para os membros dinamizadores do GCL-PPCIRA recomendações de prevenção e
controlo da infeção e resistência aos antimicrobianos, privilegiando a via eletrónica.
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Vigilância Epidemiológica nos Cuidados de Saúde Primários
Elaborar orientações técnicas (OT) de procedimentos na colocação e manutenção de
dispositivos e procedimentos clínicos mais relevantes;
Participar no estudo de vigilância epidemiológica das infeções da ferida crónica;
Colaborar no processo de notificação das doenças de declaração obrigatória;
Vigilância de Práticas Clínicas Seguras
Monitorizar as práticas e estruturas de prevenção e controlo da infeção (vigilância do
processo);
Promover auditorias internas, com aplicação de instrumentos de boas práticas;
Colaborar na execução do Manual Regional de Boas Práticas em Prevenção e Controlo de
Infeção e Resistência aos antimicrobianos;
Uniformizar de procedimentos nas unidades de saúde, tendo em consideração as condições
de assepsia, higienização dos dispositivos e dos espaços, segurança dos utentes e
profissionais;
Dinamizar da aplicação prática das medidas de melhoramento da higiene das mãos.
INDICADORES
ATIVIDADES
Elaboração de orientações técnicas (OT) de procedimentos na colocação e manutenção
de dispositivos e procedimentos clínicos mais relevantes;
Indicador Metas 2014 Nº de profissionais do GCLPPCIRA que fizeram formação na área da prevenção e controlo da infeção/ Nº total de profissionais que integram a CCI
90%
Nº sessões realizadas pela CCI/Nº sessões planeadas*100 70%
Nº de sessões discussão de casos/ano/projetos/ Nº de sessões planeada *100
Nº de unidades de saúde auditadas, com aplicação do instrumento de avaliação de boas práticas de higienização dos serviços de saúde/ Nº total de unidades *100
100%
Nº de unidades de saúde com planos de segurança/incêndios e condições dos locais de armazenamento dos lixos nas unidades de saúde dentro dos mínimos exigidos por lei / Nº Total de unidades de saúde *100
10%
Nº serviços que possuem infraestruturas para higiene das mãos adequadas e em locais estratégicos / Nº total de serviços *100
100%
Nº serviços que dispõem de dispensadores de solução alcoólica / Nº total de serviços *100 100%
Conhecer a prevalência das resistências aos antimicrobianos das unidades de saúde do ACES PL
N.D
Conhecer o consumo de antimicrobianos nas unidades de saúde do ACES PL N.D
PLANO DE DESEMPENHO 2014 ACES Pinhal Litoral
AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 47
Monitorização das práticas e estruturas de prevenção e controlo da infeção (vigilância do
processo);
Promover auditorias internas, com aplicação de instrumentos de boas práticas mais
relevantes na prevenção e controlo da infeção;
Promover auditorias internas, com aplicação de instrumentos de boas práticas mais
relevantes na prevenção e controlo da infeção;
Uniformizar procedimentos relativamente à higienização dos serviços em todas as
unidades de saúde;
Selecionar o assunto alvo da boa prática;
Selecionar os métodos de evidência científica;
Redigir a norma de boa prática;
Atualizar regularmente as necessidades sentidas de formação;
Organizar, efetuar e frequentar, sessões de formação.
4.7. SERVIÇO DE SAÚDE DO TRABALHO/SAÚDE OCUPACIONAL (SST/SO)
FINALIDADE E OBJETIVOS GERAIS
Prevenir os riscos profissionais e promover a vigilância da saúde dos trabalhadores.
INDICADORES DE AVALIAÇÃO E METAS
Auditar 20% das unidades de saúde do ACES Pinhal Litoral tendo como objeto a prevenção de
riscos.
ESTRATÉGIAS
Divulgar o serviço junto dos profissionais;
Controlar da incidência de doença e acidentes profissionais;
Credibilizar os serviços, encontrando soluções efetivas para resolução dos problemas
detetados.
ATIVIDADES
Elaboração e aprovação do regulamento interno e ficha de inquérito de exame médico;
Criação e dotação das instalações afetas ao serviço de Saúde do Trabalho/Saúde
Ocupacional com equipamentos adequados;
Elaboração suporte de informação com a legislação aplicável à higiene e segurança;
PLANO DE DESEMPENHO 2014 ACES Pinhal Litoral
AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 48
Elaboração de uma lista de verificação para avaliação das condições de higiene,
segurança e saúde dos locais de trabalho;
Realização de auditorias às unidades de saúde do ACES de forma a identificar os perigos
ou fatores de risco, bem como os trabalhadores expostos;
Seleção do método de avaliação dos riscos.
4.8. OUTROS PROGRAMAS E PROJETOS
4.8.1. Núcleo de alcoologia – problemas ligados ao álcool (P.L.A.)
FINALIDADE – Acompanhamento e tratamento de pessoas com abuso ou dependência do álcool
em regime de ambulatório.
4.8.2. Prevenção do tabagismo
FINALIDADE – Diminuir a 1ª causa de doenças evitáveis, com repercussões negativas na saúde das
pessoas de todas as idades, assim como proporções epidémicas.
4.8.3. DPOC - Doença pulmonar obstrutiva crónica
FINALIDADE – Inverter a tendência de crescimento da prevalência de DPCO e melhorar o estado de
saúde e a funcionalidade dos doentes com DPCO.
Estabelecer um plano de atividades exequível só é possível de ser concretizado com o
desempenho das várias Unidades Funcionais deste ACES.
Unidade de Saúde Pública (USP) – UF que funciona como observatório da saúde da área
geodemográfica do ACES, competindo-lhe elaborar informação e planos no domínio da saúde
pública, proceder à vigilância epidemiológica, gerir os programas de intervenção no âmbito da
prevenção, promoção e proteção da polução em geral e grupos específicos, bem como colaborar
com a autoridade de saúde local, com plano de atividades próprio e apresentado separadamente.
Unidades de Saúde Familiar (USF) – são UF têm autonomia funcional e técnica, que prestam
cuidados de saúde primários personalizados, num quadro de contratualização interna, com plano
de atividades próprio e apresentado separadamente.
Unidades Cuidados na Comunidade (UCC) – são UF que desenvolvem o seu trabalho no âmbito
comunitário com equipas multiprofissionais em estreita articulação com as demais do ACES.
PLANO DE DESEMPENHO 2014 ACES Pinhal Litoral
AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 49
Em 2013 entraram em funcionamentos duas UCC, pelo que apresentamos em anexo um resumo
do seu plano de atividades (Anexo 1).
Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP) – Unidade que presta serviços de
consultadoria e assistenciais às UF, com um programa de atividades cujo resumo se apresenta no
anexo 2.
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5 - INDICADORES DE DESEMPENHO
A atividade assistencial para as unidades funcionais do ACES é acordada através da
contratualização de uma carteira de serviços fracionada em grandes áreas, avaliável por
indicadores de desempenho, monitorizados continuamente e que servem de suporte à referida
metodologia de contratualização de objetivos de acessibilidade, efetividade, eficiência e
qualidade para os utentes inscritos nas unidades de saúde.
Para o presente ano mantém-se a definição de vinte indicadores de desempenho propostos para
implementar pelo ACES e distribuídos por três níveis: 14 de nível nacional, 4 selecionados de nível
regional, de acordo com as áreas que cada ARS considera como prioritárias, e 2 definidos
localmente e que são específicos do agrupamento.
No Erro! A origem da referência não foi encontrada. apresentamos os indicadores de desempenho
contratualizados para 2013, bem como o nível de concretização nos últimos 3 anos.
PLANO DE DESEMPENHO 2014 ACES Pinhal Litoral
AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 51
Quadro 26 – Indicadores de contratualização 2013.
CONTRATUALIZAÇÃO 2013
Eixo Nacional
Código Indicador Meta
Contratualizada 2013
Resultado ACES 2013
Resultado ACES 2012
Resultado ACES 2011
Resultado ACES 2010
2013.006.01 Taxa de utilização global de consultas médicas nos últimos 3 anos
83,00 86,65 81,10 novo novo
2013.004.01 Taxa de consultas de enfermagem no domicílio por 1.000 inscritos
125,00 119,09 114,03 96,30 50,80
2013.066.01 Proporção de embalagens de medicamentos faturados, que são genéricos
45,00 N/D 34,85 31,09 26,48
2013.047.01 Proporção de inscritos com idade igual ou superior a 14 anos, com quantificação de hábitos tabágicos nos últimos 3 anos
32,00 22,31 15,18 novo novo
2013.074.01 Proporção de consultas médicas presenciais que deram origem a pelo menos uma codificação ICPC-2
83,00 80,05 75,12 novo novo
GDH Taxa de internamentos por doença cerebrovascular, entre residentes com menos de 65 anos
7,59 - 7,89 GDH GDH
2013.052.01 Proporção de mulheres em idade fértil, com acompanhamento adequado na área do planeamento familiar
- - - - -
GDH Proporção de recém-nascidos de termo, de baixo peso
2,60 - 3,08 - -
2013.064.01
Proporção de jovens com 14 anos com consulta médica de vigilância realizada no intervalo [11; 14[ anos e PNV totalmente cumprido até ao 14º aniversário
42,00 41,16 34,02 novo novo
GDH Incidência de amputações major de membro inferior em utentes com diabetes, entre utentes residentes
0,87 - 0,57 GDH GDH
2013.056.01
Proporção de inscritos com idade igual ou superior a 65 anos, a quem não foram prescritos ansiolíticos, nem sedativos, nem hipnóticos, no período em análise
70,50 64,70 65,21 novo novo
-- Percentagem de utilizadores satisfeitos ou muito satisfeitos
- - - - -
2013.068.01 Despesa média de medicamentos faturados, por utente utilizador (baseado no PVP)
170,00 € N/D 180,86 € 200,99 € 224,72 €
2013.069.01 Despesa média de MCDT´s faturados, por utente utilizador do SNS (baseado no preço convencionado)
48,00 € N/D 51,83 € 66,65 € 74,49 €
Eixo Regional
2013.011.01 Proporção de grávidas com 1ª consulta médica de vigilância da gravidez, realizada no 1º trimestre
88,00 82,11 79,58 79,40 78,66
2013.020.01 Proporção de utentes com hipertensão arterial, com idade inferior a 65 anos, com pressão arterial inferior a 150/90 mmHg
45,35 33,97 33,35 novo novo
2013.027.01 Proporção de crianças com 2 anos, com PNV totalmente cumprido até ao 2º aniversário
98,00 93,16 93,16 92,20 92,75
2013.045.01 Proporção de mulheres entre [25; 60[ anos, com colpocitologia nos últimos 3 anos
37,50 32,37 26,04 20,52 13,44
Eixo Local
2013.003.01 Taxa de consultas médicas no domicílio por 1.000 inscritos
13,00 7,74 7,33 5,31 3,35
2013.014.01 Proporção de recém-nascidos com pelo menos uma consulta médica de vigilância realizada até aos 28 dias de vida
82,70 82,30 79,29 73,67 64,82
Fonte: SIARS, 2014
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Quadro 27 - Avaliação dos indicadores de desempenho de 2013 e valores atingidos 2010 - 2013
ACES Indicador Mês
2012 2013
dezembro dezembro
Métrica VALOR NUMERADOR DENOMINADOR VALOR
Pin
hal
Lit
ora
l
2013.001.V1 Proporção de consultas realizadas pelo MF 81,11 393.366 483.935 81,28 2013.003.V1 Taxa de domicílios médicos por 1.000 inscritos 7,33 2.254 291.392 7,74 2013.005.V1 Proporção de consultas realizadas pelo EF 54,35 111.375 180.791 61,60 2013.007.V1 Proporção utiliz. referenciados p/ consulta hosp. 1,81 3.737 182.411 2,05 2013.008.V1 Taxa de utilização de consultas de PF (méd./enf.) 28,12 19.444 62.702 31,01 2013.009.V1 Taxa de utilização de consultas de PF (enf.) 24,36 16.816 62.702 26,82 2013.012.V1 Proporção grávidas c/ 6+ cons. vigil. enferm. 33,90 512 1.216 42,11 2013.013.V1 Proporção de puérperas com domicílio de
enfermagem 11,90 136 1.273 10,68
2013.014.V1 Proporção RN c/ cons. méd. vigil. até 28 dias vida 79,29 1.432 1.740 82,30 2013.015.V1 Proporção RN c/ domicílio enf. até 15º dia de vida 10,93 164 1.666 9,84 2013.016.V1 Proporção crianças c/ 6+ cons. méd. vigil. 1º ano 24,70 582 1.896 30,70 2013.017.V1 Proporção crianças c/ 3+ cons. méd. vigil. 2º ano 40,09 1.046 2.231 46,88 2013.018.V1 Proporção de hipertensos com IMC (12 meses) 42,10 23.706 50.319 47,11 2013.019.V1 Proporção de hipertensos com PA em cada
semestre 40,63 19.076 47.821 39,89
2013.021.V1 Proporção hipertensos, c/ prescrição de tiazidas 21,91 10.752 50.319 21,37 2013.022.V1 Proporção hipertensos sem DM c/ prescrição ARA
II 27,36 9.967 38.192 26,10
2013.023.V1 Proporção hipertensos com risco CV (3 A) 2,06 2.667 34.669 7,69 2013.024.V1 Proporção hipertensos, c/ cons. enf. e gestão RT 0,03 48 50.319 0,10 2013.028.V1 Proporção crianças 7A, c/ PNV cumprido até 7A 92,89 2.585 2.712 95,32 2013.029.V1 Proporção jovens 14A, c/ PNV cumprido até 14A 80,24 2.547 3.005 84,76 2013.030.V1 Proporção inscritos com diabetes ou doença
crónica ou doença cardíaca crónica com idade >65 com vacina da gripe prescrita ou efetuada nos últimos 12 meses
N/D
2013.031.V1 Proporção crianças 7A, c/ peso e altura [5; 7[A 58,17 1.885 2.712 69,51 2013.032.V1 Proporção jovens 14A, c/ peso e altura [11; 14[A 40,49 1.423 3.005 47,35 2013.033.V1 Proporção inscritos > 14A, c/ IMC últimos 3 anos 26,07 75.586 230.957 32,73 2013.034.V1 Proporção obesos > 14A, c/ cons. vigil. obesid. 2A 39,71 4.248 10.463 40,60 2013.035.V1 Proporção DM com exame pés último ano 51,33 8.873 17.930 49,49 2013.036.V1 Proporção DM c/ cons. enf. e gestão RT último ano 0,11 50 17.930 0,28 2013.038.V1 Proporção DM c/ 1 HgbA1c por semestre 42,56 7.501 17.022 44,07 2013.039.V1 Proporção DM c/ última HgbA1c <= 8,0 % 46,73 8.739 17.930 48,74 2013.040.V1 Proporção DM c/ exame oftalmológico último ano 13,81 2.745 17.930 15,31 2013.041.V1 Proporção DM2 em terapêut. c/ insulina 4,04 634 16.012 3,96 2013.042.V1 Proporção DM2 em terapêut. c/ metformina 45,38 7.476 16.012 46,69 2013.044.V1 Proporção mulheres [50; 70[ A, c/ mamogr. (2
anos) 46,13 16.706 34.721 48,11
2013.046.V1 Proporção utentes [50; 75[A, c/ rastreio cancro CR 19,14 19.937 79.327 25,13 2013.048.V1 Proporção fumadores, c/ consulta relac. tabaco 1A 23,00 963 3.933 24,49 2013.050.V1 Proporção grávidas c/ consulta RP efetuada 20,17 300 1.273 23,57 2013.053.V1 Proporção inscritos >= 14 A, c/ hábitos alcoólicos 15,02 46.115 230.957 19,97 2013.054.V1 Proporção utentes hábitos alcoól., c/ consulta 3A 68,79 1.394 2.102 66,32 2013.057.V1 % diagn. precoces (THSPKU) até 6 dia recém-nasc 90,46 1.585 1.741 91,04 2013.063.V1 Proporção crianças 7A, c/ cons. méd. vig. e PNV 58,06 1.832 2.712 67,55 2013.065.V1 Proporção utentes >= 75 A, c/ presc. cró. < 5 fár. 22,79 13.965 27.061 51,61 2013.091.V1 Proporção DM < 65 A, c/ HgbA1c <= 6,5 % 23,87 1.653 6.812 24,27 2013.092.V1 Proporção hipocoagulados controlados unidade 18,48 302 1.883 16,04 2013.096.V1 Rácio despesa faturada DPP4 e antidiabét. orais 76,31 nd 2013.097.V1 Proporção DM c/ microalbum. último ano 43,03 7.879 17.930 43,94 2013.098.V1 Proporção utentes >= 25 A, c/ vacina tétano 76,04 163.800 199.609 82,06 2013.099.V1 Taxa utilização consultas de enfermagem - 3 anos 51,89 181.692 266.426 68,20
Fonte: SIARS, 2014
PLANO DE DESEMPENHO 2014 ACES Pinhal Litoral
AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 53
No Quadro 28 apresentamos os indicadores que servirão de base ao processo de contratualização
para 2014.
Apenas se apresenta os indicadores nacionais, uma vez que os regionais e locais ainda não foram
definidos.
Quadro 28 - Indicadores de desempenho contratualizados para o ano de 2014
Objetivos Nacionais de CSP - Eixo Nacional 2014
Taxa de utilização de consultas médicas nos últimos 3 anos 87
Taxa de domicílios de enfermagem por 1000 inscritos 120
Proporção de embalagens de medicamentos faturados que são genéricos 40
Proporção de inscritos >=14 anos, c/ registo de hábitos tabágicos nos últimos 3 anos 25
Proporção de consultas médicas presenciais que deram origem a pelo menos uma codificação ICPC-2
83
Taxa de internamentos por DCV em residentes < 65 anos
Proporção MIF [15-50[ anos com acompanhamento em PF
Proporção de recém-nascidos, de termo, de baixo peso
Proporção de jovens c/ 14 anos c/ consulta médica de vigilância realizada no intervalo [11-14[ anos e PNV totalmente cumprido até ao 14º aniversário
42
Incidência de amputações major de membro inferior em utentes c/ diabetes em residentes
Proporção de idosos >= 65anos s/prescrição de ansiolíticos/ sedativos/ hipnóticos 67
Proporção de utilizadores muito satisfeitos
Despesa média de medicamentos faturados por utente utilizador 170,8 €
Despesa média de MCDT faturados por utente utilizador do SNS 48,5 €
Objetivos Regionais de CSP - Eixo Regional
Objetivos Regionais de CSP - Eixo Local
PLANO DE DESEMPENHO 2014 ACES Pinhal Litoral
AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL II 54
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de contratualização baseia-se no relacionamento entre financiadores e prestadores,
envolvendo uma ligação entre o financiamento atribuído e os resultados esperados. A autonomia
e responsabilidade são sustentadas num sistema de informação que permita um planeamento e
uma avaliação eficazes. Perante a situação de escassez vivida no ACES PL, torna-se necessário
efetuar umas breves considerações finais.
A carência de recursos humanos (médicos, enfermeiros e assistentes técnicos) continua a
interferir no desempenho do ACES, com reflexos importantes no processo de
contratualização.
Apesar dos processos de reabilitação em curso, de algumas unidades de saúde, subsistem
algumas extensões de saúde não adequadas à população e área geodemográfica que pretendem
servir
O sistema informático continua a ser fator de grande constrangimento no cumprimento dos
objetivos traçados. A largura de banda, que é manifestamente insuficiente, condiciona os
registos, comprometendo a fiabilidade dos dados e a concretização das metas propostas na
contratualização.
Para além da óbvia necessidade de melhorar os registos, é urgente tomar medidas para que os
serviços sejam pró-ativos na marcação e efetivação dos atos médicos e de enfermagem,
concretizando as consultas agendadas, registando os procedimentos efetuados e dinamizando a
visitação domiciliária, de forma a obter ganhos em saúde tendo como pressuposto a melhoria
contínua da qualidade.
PLANO DE ATIVIDADES 2014--- ACES PINHAL LITORAL
UCC D. Fuas Roupinho
POPULAÇÃO-ALVO – População de risco residente no concelho, população escolar todos os
graus de ensino e pais com recém-nascidos ou grávidas e idosos residentes
FINALIDADE – Diminuição do risco e promoção da saúde
OBJETIVOS - Acompanhar comunidades de risco e obter ganhos em saúde
INDICADORES
Valor Atingido
Meta
Contratual
izada
Meta
Proposta
2012 2013 2013 2014
UCC – 31 % de famílias com Plano Individualizado de intervenção precoce 50% 60%
UCC – 27 % de alunos da comunidade escolar com Plano Nacional de
Vacinação (PNV) actualizado aos 6 e aos 13 anos.
95% 95%
UCC – 1 Percentagem de pessoas abrangidas por cuidados de
enfermagem no programa NACJR.
20% 25%
UCC – 30
Percentagem de pais/futuros pais que frequentam o Curso de
Preparação para a Parentalidade, com a finalidade de promover
os processos de vinculação.
30% 35%
UCC – 35
Percentagem de pessoas que cumpriram o acordo de inserção
na área da saúde, no âmbito do Rendimento Social de Inserção
(RSI)
70% 75%
UCC – 1 Percentagem de idosos com avaliações de risco de acidente no
domicílio.
70% Em 1
freguesia
UCC – 1 Percentagem de reuniões participadas pela UCC no âmbito da
Rede Social
90% 92%
UCC – 1
N.º de pessoas em situação de solidão encaminhadas para a
Associação Coração Amarelo, no programa Apoio aos Idosos que
vivem sós, na UCC.
10 20
UCC – 1 Percentagem de horas de formação frequentadas. 60% 65%
UCC – 10 Percentagem de profissionais satisfeitos com a UCC 70% 75%
ATIVIDADES-
Elaborar Regulamento Interno e todos os documentos necessários em sintonia
com ACES e ERA.
Para além das atividades programadas em plano de ação, temos:
-Colaborar nas festas do concelho (S. Pedro) com stand com informação ao
público acerca da UCC;
-Participar na Semana da Educação dirigida aos JI e 1º Ciclo que se realiza em
Junho nas proximidades do Dia Mundial da Criança;
-Participar com a Rede Social no mês do Idoso.
ESTRATÉGIAS- Cumprir os programas propostos em Plano de Ação.
Comunicar com população local e promover espírito de equipa na UCC com base nos valores
éticos. Interagir com todas as Unidades Funcionais.
PLANO DE ATIVIDADES 2014 - ACES PINHAL LITORAL
NOME DO PROGRAMA/ UNIDADE FUNCIONAL
Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) Dr. Arnaldo Sampaio
Apresenta a seguinte Carteira de Serviços:
• Apoio e promoção da Parentalidade positiva
• Apoio à criança e ao jovem em risco
• Intervenção precoce
• “Saúde e escola”
• Equipa de cuidados continuados integrados (ECCI)
• Intervenção de enfermagem comunitária em saúde mental e psiquiatria
• Rede social
• Núcleo de empréstimo de tecnologias de apoio
POPULAÇÃO-ALVO
População da área de abrangência do Centro de Saúde Dr. Arnaldo Sampaio
FINALIDADE
Assumir o compromisso assistencial apresentado no plano de ação e desenvolver o trabalho a que nos
propomos em permanente articulação com as diferentes unidades funcionais do ACES PL, as parcerias
estabelecidas na comunidade e a própria comunidade em si, de forma a contribuir para o diagnóstico
de saúde desta comunidade.
OBJETIVOS
Planear e executar o nosso plano de atividades de forma a possibilitar o seu cumprimento tendo em
conta os indicadores estabelecidos e de acordo com as metas propostas no plano de ação.
INDICADORES Valor Atingido
Meta Contratualizada
Meta Proposta
2012 2013 2013 2014
1 Percentagem de pessoas abrangidas por cuidados de
enfermagem por programa / projeto - - 20% 30%
3 Percentagem de pessoas abrangidas pelo serviço social
por programa /projeto. - - 100% 100%
9 Percentagem de utilizadores da UCC satisfeitos com os
serviços prestados por esta unidade - - 40% 50%
19
Percentagem de crianças e jovens por nível de ensino,
que foram alvo de intervenção no Programa Nacional de
Saúde Escolar
- - 50% 60%
23 Percentagem de elementos da comunidade educativa
com intervenção por tema, no PNSE - - 10% 15%
34 Taxa de resolução do Papel Parental Inadequado por
programa - - 20% 25%
ESTRATÉGIAS
Monitorizar a evolução das atividades, utilizando instrumentos de avaliação para cada
projeto;
Promover a execução de registos objetivos das intervenções realizadas no aplicativo
informático disponível (SAPE)
Promover a articulação com as outras unidades funcionais ACES PL e comunidade
da área da abrangência.
ATIVIDADES
Planear/executar/avaliar o curso para pais “Somos Pais. E agora?”;
Planear/executar/avaliar sessões individuais ou em grupo no cantinho da
amamentação;
Participação nas reuniões da Equipa Intervenção Precoce e articular com as diferentes
unidades funcionais;
Planear/executar/avaliar as sessões de educação para a saúde de acordo com as
necessidades identificadas na comunidade escolar;
Planear/executar/avaliar sessões psicoeducativas /psicoterapêuticas/ socioterapêuticas
/psicossocial à pessoa/família com perturbação mental grave;
Proceder ao planeamento e implementação da Equipa de Cuidados Continuados
Integrados.
1. INTRODUÇÃO
Este documento, elaborado em resposta à solicitação do Núcleo de Planeamento do ACES Pinhal
Litoral formulada num contato estabelecido em 10 de Janeiro de 2014, pretende apresentar o
contributo da Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados Pinhal Litoral (URAP PL) ao Plano de
Atividades de 2014 do Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal Litoral (ACES PL).
A Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados Pinhal Litoral integra profissionais de diversas
áreas científicas, englobando atualmente a área de Dietética e Nutrição, Fisioterapia, Higiene
Oral, Ortóptica, Psicologia, Radiologia e Serviço Social.
Os elementos da URAP PL encontram-se geograficamente localizados no Centro de Saúde de
Pombal, Centro de Saúde Dr. Arnaldo Sampaio em Leiria, Centro de Saúde Dr. Gorjão Henriques
em Leiria, Centro de Diagnóstico Pneumológico de Leiria (CDP) e Centro de Saúde da Marinha
Grande.
A URAP Pinhal Litoral foi constituída formalmente em Abril de 2013 com a nomeação do seu
coordenador em Nota Informativa Nº 4/DE de 5 de Abril de 2013. Esta Unidade Funcional
constitui-se como uma estrutura transversal e única no Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal
Litoral.
Atualmente o ACES Pinhal Litoral dispõe de um dietista, duas nutricionistas, quatro
fisioterapeutas, duas higienistas orais, uma ortoptista, três psicólogos, dois técnicos de radiologia
e três técnicas superiores de serviço social. O rácio existente do número de profissionais por
habitantes é de 1 técnico de dietética/nutrição por 87.000 habitantes, 1 fisioterapeuta por
aproximadamente 65.000 habitantes, 1 higienista oral por 130.000 habitantes, 1 psicólogo por
87.000 habitantes, 1 técnico de radiologia por 130.000 habitantes e 1 técnica superior de serviço
social por 87.000 habitantes. Estes números revelam que os recursos são insuficientes para dar
uma resposta efetiva às necessidades da população. Consequentemente, a estratégia de
planeamento das atividades da URAP PL será condicionada pelo fator dos recursos humanos
existentes ao invés das necessidades de saúde da população.
Finalidade
Na sua missão, a URAP Pinhal Litoral presta serviços de consultoria e assistenciais às Unidades do
ACES, e procura operacionalizar ligações funcionais com equipas e estruturas internas e externas
do ACES PL. No seu curto período de existência tem procurado criar condições para vir a
contratualizar os seus serviços com outras Unidades Funcionais o que torna o seu âmbito de
intervenção abrangente a todo o ACES.
2. OBJETIVOS
Os serviços prestados pela URAP Pinhal Litoral visam contribuir para a melhoria do estado de
saúde e da qualidade de vida da população que serve, numa oferta diversificada de intervenções
consonantes com uma visão abrangente e integrada do conceito de saúde.
A carteira de serviços da URAP Pinhal Litoral está suportada nas orientações estratégicas de saúde
de âmbito nacional, regional e local. O seu enquadramento nos vários programas nacionais prevê
a implementação de respostas adequadas às necessidades de saúde locais, compatibilizadas com
os recursos existentes.
A carteira de serviços da URAP Pinhal Litoral integra-se no Plano de Atividades contratualizado
pelo ACES Pinhal Litoral, em estreita articulação com as outras unidades funcionais e entidades
parceiras, sendo estabelecida em sintonia com as orientações técnicas definidas pelo Conselho
Clínico e de Saúde.
3. INDICADORES DA URAP PL
Ainda sem histórico, e condicionado por vários constrangimentos, destacando-se entre outros a
limitação dos recursos humanos e a inexistência de sistemas integrados de registo eletrónico de
atividade, propõe-se, contudo, iniciar um processo de construção de experiência que venha a
constituir-se como suporte para um processo de melhoria contínua da qualidade dos seus
serviços. Como primeiro passo neste sentido, e conforme recomendação do Núcleo de
Planeamento do ACES Pinhal Litoral, são selecionados os seguintes indicadores que procuram
retratar o volume do movimento assistencial:
1- Taxa de resposta às referenciações
2- Número de consultas/domicílios
3- Número médio de consultas/domicílios por utilizador
4- Tempo médio de espera para concretização de uma consulta/domicílio
1 - Taxa de resposta às referenciações
Indicador que nos informa da capacidade de resposta aos pedidos de intervenção. O cálculo
corresponde à razão entre o número de primeiras consultas realizadas e o número de
referenciações x 100). O valor é apresentado em percentagem. São excluídas deste cálculo as
consultas programadas mas não realizadas por falta do utente.
2 - Número de consultas/domicílios
Indicador que nos informa do volume do movimento assistencial. Corresponde ao total de
consultas/domicílios realizados.
3 - Número médio de consultas/domicílios por utilizador
Indicador que nos informa do volume do movimento assistencial por utilizador. Este valor diz
respeito a cada episódio que motivou o contato. Corresponde ao valor médio do número de
intervenções realizadas ao utilizador por episódio.
4 - Tempo médio de espera para concretização de uma consulta/domicílio
Este indicador fornece-nos informação sobre o tempo de espera que medeia a receção do pedido
de intervenção e a consulta/domicílio. Corresponde ao tempo médio de espera, em dias, para
concretização de uma consulta/domicílio.
4. METAS
A ausência de um histórico, a fase ainda muito incipiente de contratualização com as Unidades
Funcionais e a, ainda limitada, consolidação das Unidades de Saúde Familiares, Unidades de
Cuidados de Saúde Personalizados e das Unidades de Cuidados na Comunidade, criam limitações
a uma estimativa rigorosa e estável da maior parte dos indicadores das atividades de natureza
assistencial que a URAP PL pode prestar. Prefiguram-se desafios importantes na esfera da
governação clínica e de saúde relacionados com a articulação funcional entre as várias unidades
e os procedimentos de referenciação a desenvolver, incluindo o, não menos importante, critério
de referenciação. Queremos acreditar que dentro de um ano, e com a experiência entretanto
recolhida, se possa apresentar um quadro de metas mais consistente e realista. Os números que
se avançam são estimativas, eventualmente grosseiras, mas que permitirão servir de orientação
para as atividades a desenvolver.
Indicador Metas
Histórico 2014
1 - Taxa de resposta às referenciações (razão entre o nº de consultas realizadas e o nº de
referenciações x 100) (valor em percentagem)
1.1 – Dietética/Nutrição s/d
Em m
on
ito
riza
ção
1.2 – Fisioterapia s/d
1.3 – Higiene Oral s/d
1.4 – Ortóptica s/d
1.5 – Psicologia s/d
1.6 – Radiologia s/d
1.7 – Serviço Social s/d
2 - Número de consultas/domicílios (total de consultas/domicílios realizados)
2.1 – Dietética/Nutrição s/d
Em
mo
nit
ori
zaçã
o
2.2 – Fisioterapia s/d
2.3 – Higiene Oral s/d
2.4 – Ortópt 3.450
2.5 – Psicologia s/d
2.6 – Radiologia 250
2.7 – Serviço Social s/d
3 - Número médio de consultas/domicílios por utilizador (respeitante ao episódio de contacto)
3.1 – Dietética/Nutrição s/d
Em m
on
ito
riza
ção
3.2 – Fisioterapia s/d
3.3 – Higiene Oral s/d
3.4 – Ortóptica s/d
3.5 – Psicologia s/d
3.6 – Radiologia s/d
3.7 – Serviço Social s/d
5. ATIVIDADES
A URAP Pinhal Litoral na prestação dos seus serviços de consultoria, assistenciais e articulação
funcional com outras Unidades, desenvolve um conjunto de atividades genéricas transversais
mas contextualizadas às diversas áreas funcionais que a integram. Estas atividades incluem mas
não se limitam a:
- Atividade de suporte logístico;
- Consulta (primeira e seguintes);
- Consultoria;
- Formação;
- Participação em projeto;
- Programas de saúde;
- Preparação e realização das sessões de promoção/educação para a saúde;
- Produção de conteúdos;
- Reunião de trabalho;
- Treino de competências;
Indicador Metas
Histórico 2014
4 - Tempo médio de espera em dias para concretização de uma consulta/domicílio
4.1 – Dietética/Nutrição s/d
Em m
on
ito
riza
ção
4.2 – Fisioterapia s/d
4.3 – Higiene Oral s/d
4.4 – Ortóptica* s/d
4.5 – Psicologia s/d
4.6 – Radiologia s/d
4.7 – Serviço Social s/d
* Atividade itinerante de rastreio de retinopatia diabética realizada mediante marcação
- Triagem/rastreio;
- Visita domiciliária;
- Ligações funcionais com hospitais e parcerias com instituições da comunidade.
Identificam-se ainda algumas atividades que, pela sua natureza, são específicas a determinadas
áreas funcionais. Estas incluem, mas não se limitam a:
- Emissão e entrega de Cheques Dentista/Referenciação Higienista Oral e Distribuição de
Flúor, na área da Higiene Oral;
- Retinografia, na área de Ortóptica;
- Atividade no Centro de Atendimento a Jovens (CAJ), Atividade no Centro de
Aconselhamento e Deteção Precoce do VIH/SIDA (CAD) na área da Nutrição e da Psicologia;
- Exame radiológico, na área da Radiologia;
- Atividade de Referenciação para Rede Nacional de Cuidados Continuados; Atividade de
Gabinete do Cidadão; Atividade de Representação do ACES Pinhal Litoral na Rede Social, no
Núcleo Local de Inserção de Leiria, na Unidade Coordenadora Funcional e na Comissão de
Proteção de Crianças e Jovens de Pombal; e Atividade no âmbito da Equipa de Apoio
Domiciliário ao Idoso do Centro de Saúde Dr. Arnaldo Sampaio;
- Atividade no Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco (NACJR), na área da Psicologia e
do Serviço social;
- Atividade de Núcleo de Gestão de Tecnologia de Apoio, na área da Fisioterapia e do Serviço
Social;
- Atividade na Equipa de Cuidados Continuados Integrados, prestação de serviços à Rede
Nacional de Cuidados Continuados Integrados envolvendo os recursos do Serviço Social,
Psicologia, Nutrição e Fisioterapia.
6. NOTA FINAL
A coordenação da URAP Pinhal Litoral agradece o contributo e colaboração do Núcleo de
Planeamento do ACES PL na elaboração deste documento.
Leiria, 28 de Janeiro de 2014
José Emanuel Nunes Vital
Coordenador da URAP Pinhal Litoral
1. TAXA DE RESPOSTA ÀS REFERENCIAÇÕES
Indicador que informa sobre a capacidade de providenciar o serviço solicitado.
N.º Indicador URAPPL_001
Designação Taxa de resposta às referenciações
Tipo de Indicador Acessibilidade Período Aplicável Ano
Frequência Aplicável Anual
Objetivo Informar sobre a capacidade de providenciar as consultas solicitadas
Descrição do
Indicador
O indicador expressa a percentagem dos utentes que foram
consultados no universo das consultas marcadas
Responsável pela
Monitorização
O profissional da área responsável pelo atendimento ou, quando
devidamente instalada a rotina, o assistente técnico responsável pelo
agendamento no SINUS
Fórmula (nº consultas realizadas / nº de
refe-renciações) X 100
Unidade de
Medida
Percentagem de
utentes
Fonte de Informação Área funcional da URAP PL ou, quando devidamente instalada a rotina,
o SINUS
Definições Referenciação: ação de indicar ou encaminhar o utente para um
serviço ou profissional
Observações
Utentes referenciados: consideram-se todos os utentes que se dirigem
àquele serviço apresentando uma referenciação explícita para consulta
da respectiva área.
2. NÚMERO DE CONSULTAS/DOMICÍLIOS
Indicador que informa sobre o total de consultas e domicílios.
N.º Indicador URAPPL_002
Designação Número de consultas e domicílios
Tipo de Indicador Produção Período Aplicável Ano
Frequência Aplicável Anual
Objetivo Informar sobre o volume da atividade assistencial no âmbito da
consulta e domicílio
Descrição do
Indicador
O indicador expressa o valor total de consultas e de domicílios
realizados
Responsável pela
Monitorização O profissional da área responsável atividade assistencial
Fórmula Total de consultas e domicílios Unidade de
Medida
Número de
consultas e
domicílios
Fonte de Informação Área funcional da URAP PL ou, quando devidamente instalada a rotina,
o SINUS
Definições
Consulta: contato presencial com o utente em que são realizados
procedimentos técnicos específicos a cada área profissional que
podem incluir mas não se limitam a recolha de dados subjetivos e
objetivos, exames, diagnóstico da condição, negociação de objetivos
de intervenção, planeamento de intervenção, intervenção,
reavaliação, alta ou referenciação para outro serviço interno ou
externo ao ACES Pinhal Litoral.
Domicílio: o mesmo que “Consulta”, mas realizado no domicílio do
utente.
Observações
3. NÚMERO MÉDIO DE CONSULTAS/DOMICÍLIOS
POR UTILIZADOR
Indicador que nos informa do volume do movimento assistencial por utilizador. Corresponde
ao valor médio do número de intervenções realizadas ao utilizador por episódio que motivou
o contato.
N.º Indicador URAPPL_003
Designação Média de consultas/domicílios por utilizador
Tipo de Indicador Produção Período Aplicável Ano
Frequência Aplicável Anual
Objetivo
Informar sobre o volume da atividade assistencial no âmbito da
consulta e domicílio, ponderada por utilizador. Permite estabelecer um
referencial para análise económica ulterior.
Descrição do
Indicador
O indicador expressa, em valor médio, o número de
consultas/domicílios realizados ao utente por episódio de contato.
Responsável pela
Monitorização
O profissional da área responsável pelo atendimento ou, quando
devidamente instalada a rotina, o assistente técnico responsável pelo
agendamento no SINUS
Fórmula
somatório das consultas e
domicíllios / contagem dos
utentes por episódio de contato
Unidade de
Medida Número racional
Fonte de Informação Área funcional da URAP PL ou, quando devidamente instalada a rotina,
o SINUS
Definições
Episódio de contato: Período que decorre desde a primeira
consulta/domicílio ao utente devido a um problema de saúde, até à
realização da última consulta/domicílio respeitante a esse mesmo
problema
Observações O utente, ao longo do ano, pode ter vários episódios de contato.
4. TEMPO MÉDIO DE ESPERA EM DIAS PARA
CONCRETIZAÇÃO DE UMA CONSULTA/DOMICÍLIO
Este indicador fornece-nos informação sobre o tempo de espera que medeia a receção do
pedido de intervenção e a consulta/domicílio. Corresponde ao tempo médio de espera, em
dias, para concretização de uma consulta/domicílio.
N.º Indicador URAPPL_004
Designação Tempo de espera
Tipo de Indicador Acessibilidade
Período Aplicável Ano
Frequência Aplicável Anual
Objetivo
Informar sobre a facilidade de acesso ao profissional com referência ao
tempo de espera em dias entre a receção do pedido de intervenção e
a consulta/domicílio.
Descrição do
Indicador
O indicador expressa, em valor médio, o número de dias que medeia
entre a receção do pedido de intervenção e a consulta/domicílio.
Responsável pela
Monitorização
O profissional da área responsável pelo atendimento ou, quando
devidamente instalada a rotina, o assistente técnico responsável pelo
agendamento no SINUS
Fórmula
somatório dos dias de espera /
contagem dos utentes por
episódio de contato
Unidade de
Medida Número racional
Fonte de Informação Área funcional da URAP PL ou, quando devidamente instalada a rotina,
o SINUS
Definições
Observações