painel de gesso plaster panel -...
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PAINEL DE GESSO
PLASTER PANEL
REQUIERI, Felipe Pavaneti dos Santos 1
PAZINI, Carlos Henrique Zanon2 MOREIRA, Gianni Ferreira Alves3
Curso de Graduação em Engenharia Civil
Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo-2017
RESUMO
A formação deste trabalho apresenta as características e métodos de construção
para paredes, forros e revestimentos feitos pelo sistema de Drywall. Que é
basicamente um meio de construção feita ao seco, que pode substituir facilmente
outros tipos de execução, como por exemplo, a alvenaria comum. Sem perca de
qualidade.
As suas chapas e demais componentes são todos industrializados, chegando ao
canteiro de obras pronto, para sua montagem sua final. Isso diminui o tempo,
gastos e facilita a execução do projeto. Tornando também a obra mais limpa,
sendo assim benéfica ao meio ambiente, e de excelente qualidade para o
acabamento.
As informações que serão abordadas estão representando as pesquisas com
conceitos de uso e normas adotadas no Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Drywall, gesso acartonado, construção.
Palavras-chave: Artigo Científico; Metodologia; Normas.
ABSTRACT
1 Graduanda do Curso de ENGENHARIA CÍVIL do Centro Universitário são Camilo-ES,
2 Graduando do Curso de ENGENHARIA CÍVIL do Centro Universitário são Camilo-ES,
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The formation of this work presents the features and methods of construction for
walls, ceilings and coverings made of Drywall. Which is basically a means of
construction made to dry, which can easily replace other types of execution, e.g.
common masonry. Without loss of quality.
Your plates and other components are all industrialized, arriving at the jobsite
ready for your final assembly. This reduces the time, costs and facilitates the
execution of the project. Making the work more cleanly, thus being beneficial to the
environment, and of excellent quality to the finish.
The information which will be addressed are representing the research with usage
concepts and norms adopted in Brazil.
KEYWORDS: Drywall, plasterboard, construction.
1. INTRODUÇÃO
A construção civil vem sofrendo diversas mudanças segundo Mário Castro, (2007)
desde inicio dos anos 90, mudando seus métodos até os seus materiais e
ferramentas. Isso acontece, porque é necessário melhorar, para atender as
necessidades, da geração tecnológica existente. Onde o tempo vale muito, e por
isso todos os dias novos avanços são idealizados, para acelerar as construções,
sem perca de sua qualidade.
O Brasil é um país que passa por esses avanços, em suas obras. Este resultado é
gerado devido o crescimento do país, e a melhoria financeira da população. Isso
trouxe a responsabilidade, em adequar seus métodos na execução nas obras.
Os materiais são um dos principais aliados, não apenas atender as características
do projeto desejado, mas também para definir o tempo de execução. E dentre eles
o Drywall já se destaca, segundo Cláudio Mitidieri, (2009), a primeira fabricada
desse material foi fundada em 1970, porém somente em 1990 se difundiu pelo
país, são mais de 30 anos presente nas construções brasileiras. Tornou-se um
grande aliado nas obras, devido aos benefícios que proporciona.
É conhecido popularmente como gesso acartonado. Basicamente é formado por
chapas feitas de gesso comum, encapadas por cartão duplex, estruturadas por
perfis metálicos. Sua fabricação é feita por meio de máquinas, onde é elaborada
uma mistura de água, gesso e aditivos, e a mesma é cilindrada, definido assim a
sua forma, após esses processos a chapa é cortada e secada, ficando pronta para
ser armazenada, e depois encaminhada para uso. Encontra-se em diversas
espessuras, e seu peso é bem inferior com relação às estruturas de alvenaria
comum.
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Exerce também diversas funções, como: Parede, forro, acabamento, isolamento
térmico e acústico, entre outras. Além disso, sua colocação nas obras não gera
muita sujeira, e utilizam-se poucas ferramentas de simples manuseio. Essas
facilidades e qualidades fazem com que aumente cada dia mais a sua utilização
nas construções.
2. DESENVOLVIMENTO
Este artigo foi elaborado, através dos estudos existentes sobre o material da
construção civil, Drywall. As informações citadas aqui foram pesquisadas em
artigos e livros.
2.1 TECNOLOGIAS DO DRYWALL
O Drywall é uma tecnologia criada nos Estados Unidos, porém foram
elaboradas algumas mudanças para se adaptar no Brasil. Com o grande
avanço de sua utilização em obras, tornou-se necessário a criação de normas
técnicas, que asseguram a sua qualidade de desempenho. Basicamente nos
dias atuais.
As normas técnicas brasileiras relativas ao sistema drywall
são as seguintes: ABNT NBR – 14.715: 2010 - Chapas de
gesso para drywall - Parte 1: Requisitos; ABNT NBR –
15.217:2009 - Perfis de aço para sistemas construtivos em
chapas de gesso para drywall – Requisitos e métodos de
ensaio; e ABNT NBR – 15.758:2009 - Sistemas
construtivos em chapas de gesso para drywall – Projeto e
procedimentos executivos para montagem – Parte 1:
Requisitos para sistemas usados como parede; Parte 2:
Requisitos para sistemas usados como forro; e Parte 3:
Requisitos para sistemas usados como revestimento.
(LUIZ ANTONIO MARTINS FILHO, 2012).
Essas leis são instruções, que quando são realizadas corretamente,
possibilitam um bom resultado final, na obra construída. Apresentam de
maneira específica as técnicas a serem trabalhadas, para cada característica
exercida pelo Drywall. Existem três tipos de placa de gesso acartonado, onde
cada uma dela apresenta uma finalidade que facilita a obra. São elas: Placa
Standard (branca) para utilização normal, a placa resistente à umidade (cor
verde) e placa com resistência ao fogo (cor vermelha). São de diferentes
espessuras e tamanhos variados, podendo conter borda rebaixada ou
quadrada, mais especificações na tabela a seguir.
Tabela 01 – tipos de placas de gesso cartonado, e suas espessuras.
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TIPO EXPESSURA
PLACA BRANCA – NORMAL 9,5; 12,5 e 15 mm
PLACA VERDE – RESISTENTE A UMIDADE 12,5 e 15 mm
PLACA VERDE – RESISTENTE AO FOGO 12,5 e 15 mm
A diversidade de funcionalidade oferecida por este material torna mais fácil o
seu uso, em diversas etapas e finalidades presentes nas construções. Como:
Paredes, forro, revestimento entre outras funções.
2.2 PAREDES DE DRYWALL
Dentre os diversos meios de uso do gesso acartonado, destaca-se
principalmente a sua utilização em paredes. No país de sua criação Estados
Unidos da América, é quase unânime a sua preferência para uso de interiores,
nas construções. No Brasil a alvenaria convencional, ainda é mais comum nas
obras, embora ele já tenha ganhado espaço, nas construções de setores
comerciais (lojas, mercados, escritórios, etc.).
As paredes feitas de Drywall são funcionais para interiores, e não são
recomendáveis para uso em áreas exteriores. Oferecem varias vantagens para
a construção civil como:
Obra limpa, com poucas sobras de resíduos e pouco material descartado.
Gerando assim menor quantia de lixo para entulho;
Mão de obra simples, com aplicação rápida, através do uso ferramentas de
fácil manuseio. Como: furadeira, parafusadeira, serrote comum, levantador de
chapa, batedor entres outras.
Resistência ao fogo, obtida conforme placa específica e sua execução feita
de forma apropriada. É recomendável a fixação de duas placas de 15 mm para
uma resistência, mais potente;
Resistência à umidade, através da utilização da placa adequada, para esta
finalidade;
Conforto acústico, que pode ser melhor do que alvenaria convencional, com
auxilio de materiais internos como a lã mineral, lã de vidro entre outros;
Maior leveza na obra;
Facilita as instalações hidráulicas e elétricas;
A sua estrutura possibilita fácil remoção. Auxiliando desta forma para
mudanças, e obras de ampliação.
É um material sustentável, pois possibilita a reciclagem de todos os seus
componentes. Como: Perfis, chapas de gesso, o aço galvanizado, massas e
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parafusos. Isso faz com que se caracterize como um material benéfico ao meio
ambiente.
Todas essas qualidades referentes ao gesso acartonado, produzem
economia para a obra. Diminuindo grande parte dos gastos, se comparado
com as obras, construídas por alvenaria convencional.
Conforme a Associação Brasileira do Drywall, a parede feita por este material é
montada através de estruturas de perfis de aço galvanizado, onde são
parafusadas em ambos os lados, as chapas de gesso acartonado.
Existem formas diferenciadas de montagem, que são definidas conforme a
necessidade da obra. Para descobrir a melhor maneira, elaborado um estudo,
da acústica, mecânica e se é preciso da resistência ao fogo e umidade.
A Associação sugere uma lista de especificações, que facilitam o resultado
deste estudo. São elas:
A espessura dos perfis estruturais (48 70 ou 90 mm);
O espaçamento entre os perfis verticais ou montantes
(400 ou 600 mm, em paredes retas; em paredes
curvas, o espaçamento é menor, variando em função
do raio de curvatura); Se a estrutura é com montantes
simples ou duplos e se estes são ligados ou
separados; o tipo de chapa (Standard = ST;
Resistente à Umidade = RU; ou Resistente ao Fogo =
RF), A quantidade de chapas fixadas de cada lado
(uma duas ou três); e o uso ou não de lã mineral ou
de vidro no interior da parede.
(ASSOCIACAO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2014).
Através do resultado desta pesquisa, é definida a montagem que será elaborada
na construção da obra. A Figura 01, apresentada pela Associação de Drywall,
demonstra alguns tipos de montagens:
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Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE CHAPAS PARA
DRYWALL. Manual de projeto de Sistemas Drywall: paredes, forros e
revestimentos.
Detalhe 1: Mostra uma parede constituída por estrutura de montante simples
(com forma de U), com duas camadas de chapas de gesso acartonado, em cada
face.
Detalhe 2: É uma montagem formada por uma estrutura dupla de montante, e
uma chapa de gesso em cada limitação, contém em seu interior lã mineral.
Detalhe 4 Parede com dupla estrutura, chapa dupla, montante simples e lã
mineral.
Detalhe 6: Parede com dupla estrutura, separada, chapa tripla, montante duplo e
lã mineral.
2.3 FORROS DE DRYWALL
É comum o uso de gesso acartonado em forros, para as construções. É composto
por chapas de gesso, parafusadas em perfis de aço galvanizado ou peças
metálicas conforme a Associação Brasileira do Drywall.
Segundo a Associação Brasileira do Drywall, o forro tem variados tipos de
montagem, que estão ligados conforme as intenções funcionais que a obra
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determina. Assim como as paredes, o forro também pode auxiliar para acústica e
isolamento térmico do ambiente.
Existem quatro tipos de forro: Estruturado, perfurado, aramado e removível.
Forro estruturado
Este forro é formado pelo parafusa mento de
uma ou mais chapas de gesso para drywall
(com 1.200 mm de largura) em estruturas de
aço galvanizado. A estrutura é suspensa por
meio de pendurais. O pendural de uso mais
freqüente é composto por um tirante (que é
fixado na laje superior) e um suporte nivelador.
Há também pendurais compostos de perfis ou
fitas metálicas. O perímetro do forro pode ser
executado com cantoneira, no caso de forro
est(ASSOSSIAÇÃO BRASILEIRA DO
DRYWALL, 2014). Anque, ou tabica, no caso de
forro dilatado. Também é possível executar
outros detalhes de dilatação, conforme figura
02.
Figura 02.
Fonte: http://www.drywall.org.br/index1.php/8/forro
A Figura 03 mostra o resultado final na obra do forro estruturado.
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Forro Perfurado:
Apresenta as mesmas características do estruturado, a sua diferença está na utilização
de placa perfurada. Isso gera uma funcionalidade acústica, quando é usado juntamente
com a lã de vidro ou mineral. Na Figura 04 é possível verificar, a estética que proporciona
a obra.
Figura 04.
Fonte: http://arteestilogesso.blogspot.com.br/
Forro Aramado:
É formado pela justaposição de chapas de gesso com 600 mm de
largura, unidas por meio de junções H. É suspenso por arame de
aço galvanizado nº 18 (1,24 mm de diâmetro). A estruturação é
completada com nervuras de chapas de gesso. O perímetro do
forro aramado pode ser estanque ou dilatado. Conforme Figura 05.
(ASSOSSIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL).
Figura 05.
Fonte: http://www.drywall.org.br/index1.php/8/forro
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A Figura 06 mostra o resultado final na obra de forro aramado
Figura 06.
Fonte: http://arteestilogesso.blogspot.com.br/
Forro Removível:
Este forro é Formado pela sobreposição de
chapas de gesso em perfis do tipo T. A dimensão
das chapas varia de acordo com a modulação da
estrutura. O forro é composto por uma só camada
de chapas, que podem ser removidas para
acesso às instalações do plenum. Conforme
figura07.
Figura 07.
Fonte: http://www.drywall.org.br/index1.php/8/forro
A Figura 08 mostra o resultado final na obra do forro removível.
Figura 08.
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Fonte: http://arteestilogesso.blogspot.com.br/
2.4 REVESTIMENTOS DE DRYWALL
Outro meio possível de uso, através do Drywall é revestimento. Que pode ser feito de
duas formas Estruturado e Colado
Esse método estruturado atende de forma ampla varias necessidades encontradas nas
construções. Auxiliando em projetos que precisam de configuração sonora, instalações
hidráulicas e elétricas, resistência à umidade ou ao fogo, entre outras exigências
encontradas nas obras. Sua qualidade se estende da funcional, e incorpora também
detalhes estéticos. Podendo conter formas orgânicas, com curvas e com nichos para
destaque de componentes de iluminação, pintura entres outros. Desta forma facilita ao
arquiteto, a elaboração livre de detalhamento arquitetônico na construção. A associação
Brasileira do Dryawall recomenda e tipo de montagem, para revestimento de paredes com
pré- moldados, locais que necessitam de elementos estruturais (instalação hidráulica ou
elétrica), e em casos de desnível (mínimo 25 mm) para vigas e pilares. A Figura 09
demonstra um exemplo de revestimento estruturado em construção.
Figura 09.
Fonte: http://www.placocenterrj.com.br/novo/revestimentos/
O colado consiste em um sistema de montagem, onde as chapas de gesso são fixadas
sobre a parede já existente, que comumente são de alvenaria. A sua fixação é feita por
meio de argamassas colantes, ou seja, ele serve como acabamento interno, de
construções feitas de alvenaria.
A Associação Brasileira do Drywall ressalta que para ser obter uma colagem de
qualidade, a parede existente tem que ter uma superfície lisa, com a menor ondulação
possível. Não é recomendável colar as chapas, em paredes que apresentam chapisco. É
recomendada sua execução em paredes de alvenaria, em vigas e pilares, todos de
acabamento linear. A Figura 10 mostra a montagem, para revestimento colado de Drywall.
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Figura 10.
Fonte: http://www.metalica.com.br/artigos-tecnicos/manual-fixac-o-manutenc-o-e-
acabamento-de-drywall
3. CONCLUSÃO
A pesquisa feita sobre o material de Drywall apresentou as suas principais
características, revelando um grande potencial de qualidade para construção civil.
É um material versátil que traz inovação e atende varias necessidades
arquitetônicas. Apresentando um bom desempenho, de custo e beneficio.
Podendo substituir matérias mais caros, e de difícil manutenção como principal
exemplo a alvenaria convencional. Possibilitando métodos simples para
construção e modificação se necessário. Sendo de exclusivo uso interno.
Desempenha também um importante papel para meio ambiente, pois é totalmente
reciclável, desde placas até os demais componentes que é constituído para sua
montagem na obra.
Essas vantagens proporcionadas fazem com que o seu uso, cresça cada dia mais.
No exterior é seu espaço é maior do que no Brasil. Isso acontece porque existe
certo receio, e falta de informação quanto a qualidade estrutural em paredes
internas. Embora no setor comercial ele seja bastante utilizado, falta ainda ganhar
espaço no setor de construção residencial.
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE CHAPAS PARA
DRYWALL. Manual de projeto de Sistemas Drywall: paredes, forros e
revestimentos. – São Paulo: Pini, 2006.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL. Disponível em: , acesso 21 setembro
2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL. Disponível em: , acesso em: 21
setembro 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL. Disponível em: , acesso em: 21
setembro 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL. Disponível em: , acesso em: 21
setembro 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL. Disponível em: , acesso em: 21
setembro 2014.
ARTE E ESTILO GESSO. Disponível em: , acesso em: 21 setembro 2014.