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Página 2Sexta-feira, 23 de julhodej^

O GLOBO SPORTIVO

«y. ¦O QUE O BRASIL PODE FAZER jgj LONDRES

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E' boa a nossa representação da iatismo capitão Eloy Menezes£1

Alfredo é um dos integrantes da equi-

pe de basketball'¦' y,, ¦

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¦ ¦ Ét4ik!»_>t__dm_________-I JBW| ^^Tv]^T^^^^^g^M|^B« ^ ^^^^^^^^^^ wiy^BMM^. _8^ll_______@%___¥^_%^___» •''^^WWBWWMpP^

jeraldo de Olireira é um dos candi-datos à conquista de um título ol»m-

pico. Mas terá de melhorar a suamarca de lamll

, , , ,_. «ncono nos-ibilidades em Londres: não vamos correr pra in-Uma coisa de antemão posso afirmar latoado «b«g

^ ffiSSS o mundo numa olimpíada, sobretudo to-glês ver. Na verdade, seria muita presunção de nossa parte ^e õ nQS antcriores certames. Os eternos detratoresmando-se como base o papel desempenhado por nossMi™*^&*yamos trazer vitorias da Inglaterra, vamos então

SrS'.í_inda eauioe brasileira, o Sr. Arnaldo Guinle, na qualidadeQuando ioram iniciados os preparativos para ^/^ |ntre?iÃa em que afirmava o seguinte: "O Comitê Olímpico

de presidente do Comitê Olímpico Brasileiro J^u-me

u^ ento^ em qw .amos para cstrear n0não pagará passeios a Londrer'* ^^^^P^ef%^^f^^^« íumpriu sua palavra: não há um só dosgrande cotejo internacional, podemos verificai

^« ° P^r16^^8^ foram estabelecidos índices técnicos rigorosos e

atletas selecionados que posa merecer a, ?ec_aade JjPJ». _ v^SSoátS_gldo pelo Brasil no setor erportivo.os que vão têm possibilidades ^.^J^^SSsEDE 1948? . iQ9n jm

Em t0da a Mstoria dn ^o^^S^^S ^^f^^^íSk^ ÍS£S S iS_ =

_s_ajni__uk.u i_ívjl rinrnlrin dp Oliveira em São Paulo. Seu resultadoHouve um certo exagero nas noticias com que glosaram ^^^^^SSSbte últimos anos". Hélio Dias

de 15m41 foi, efetivamente, excepcional, mas nao o melhor resultado üo munev" delegação brasileira de atletis-íereira, com sua autoridade de presidente do Coalho Tecmeo da C^ B.

^«^g^aSgSSR 15m71. Há ainda um

SSfi .^^T^r.^^a^lo^SSn^Para tanto, basta que o atleta patricio conserve, em Londres, a forma

que ostenta" no momento.O MILAGRE DA "FIBRA"

E temos Piedade Coutinho da Silva Tavàrer. que apesar de seus tre-ze anos de atividade nas piscinas (com 28 anos é a veterana da equipebrasileira) está melhor do que nunca como provam seus fabulosos re-cords" Não sei se foi o casamento, o filho- que e um cios seus grandesestímulos ou se apenas o produto de uma orientação técnica »ají^íir-me- o certo é que "Filhinha" está no apogeu de sua car ven a. Colocou-se êm quinto lugar em Berlim — quando tinha apenas 16 anos - c ago-ra doze anos depois, irá dirputar o primeiro lugar em Londres. Estoua t>ar dos tempos das nadadoras dinamarquesas, suecas, americanas eholandesas. Nos 100 metros há muita gente em igualdade de condições.A nadadora brasileira está no pareô e nes-as condições sua grande ex-oe-iencia e sua classe excepcional ajudarão muito. Mas no que eu con-flSénS fibra. Numa chegada de resultado duvidoso, PiedadenuncaV- deixa passar para trás. Nos 400 metros são menores ruas pos-sibSidaVe- man considero certa a sua inclusão entre as seis primeirascolocadas"' E há ahida o revezamento feminino de 4x100, em que o Bra-

rtl deVerá classificar-se, também, nas finais, pelo menos com um sexto1Ug£Ei.tre

os homens, conto apenas com o nosso "relay" de 4x200 me-tros, nado livre. q ..MENINO_pRODIGIO"

Quanto ao basket, iatismo, esgrima, box e ™™U?^m^^&°£deria fazer um estudo definitivo de nossas possibilidades. Em atletis-mo e nateção o procesro é mais fácil, porque há tempos e marcas paraum confronto. Nos esportes coleüvos ^^tG^\Z ^eTLs^mo-tercambio Pelo que estou informado, cm bola ao cesto talvez possamofSSriSo se cairmos na chave dos europeus; em iatismo levamos umaequipe lomo SSnca se formou outra igual no Brasil. Acredite.que er;

taremos entre os dez primeiros; em esgrima, ^™da

podemos fa».remflorete mas levamos uma turma boa em espada; no box minhas esperaíças se concentram em Ralph Zumbano, que é campeão sul-amenca-no, Tno3 remo6 acho que nãQP poderíamos estar «g^^^^ÊUO "doir" gaúcho tem classe internacional. Nao fará ma figura diant,dos "ases" do remo mundial.

Confio ainda em Allan Sooocinski, o prodígio de 17 anos. Nas eh-minatorias de São Paulo igualou um "record" do mundo e aqui no Rio,em 60 siluetas perdeu apenas uma. Nada mau, hein?

MAIS ALGUMA COISA DO QUE EXPERIÊNCIAQuando os argentinos realizaram de passagem para Londres um

treino na pista do Fluminense, ouvi da boca do técnico Mura palavrasmuito senratas: "Vamos para a Olimpíada, num clima sul-americano.Se os resultados forem bons para a América do Sul, ficaremos satisfei-tos" Faço minhas as palavras do técnico que deu à Argentina a recon-quista da supremacia no atletismo continental. Ganharemos algo maisdo que experiência, pois os rerultados a serem obtidos em Londres ser-virão para fixar a nossa posição no cenário esportivo continental e lan-çarão maravilhosas perspectivas a um desenvolvimento mais amplo eracional de todas as modalidades esportivas em que estaremos repre-sentados na XIV Olimpíada.

^f^^siÍE»^ͧ_-____.

^^bhwB^__-sHhhBB^BctP__B_____BBI *_BBb____B_________B___B8»w^ *

Piedade Coutinho, tm dos pontos altos

GLOBO SPORTIVODiretores: Roberto Marinho e Mario RodriguctFilho. Gerente: Henrique Tavares. Secretario.Uicarèo Serran. Redação, administração e ©nci-nas: Rua Bethencourl da Silva, 11. 1." andar. Riode Janeiro. Preço do número avulso para w° *Brasil: Cr$ 0,80. Assinaturas: anual, Cr_« *o,vv.

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O O&O&O SPOUfWO 3*3&a4*haf 38 dW folho ém W48

MARIO FILHO_____JIJ,utjj>MMMiBMMniii«iiiiiiiiiiiiiii i ai iriiiiriMWWMnBm» n ——

10 POETA E 0 PASSAD

Í Augusto Fredericc Schmidt cruzou as mãos so-bre a barriga, um Buda de paletó na tribuna

de honra. E se ele ganhasse a aposta? A bola an-dava de um lado para o outro, um passarinho veio,não se sabe de onde, pousou no campo, bem defron-te da gente. Era um passarinho preto, talvez uma

graúna. Augusto Frederico Schmidt viu o passari-nho, o passarinho catava comida na grama, indi-ferente a tudo. O Flamengo e o Vasco se matandoem campo e o passarinho nada. Augusto FredericoSchmidt imaginou logo uma historia. O passari-nho fugira de uma gaiola, estava acostumado à pri-Bãò por que ele não voava, não fugia dali? Eraverdade que aquele verde devia lembrar-lhe ascampinas sem fim. Se não fossem os jogadores, vin-te e dois homens de calções curtos, de chuteiras,correndo feito loucos atrás de uma bola. o pass:>-rinho dificilmente encontraria um lugar que lhedesse tamanha sensação de paz, de liberdade. A

grama muito verde, o sol manso, uma brisa quemal agitava as bandeiras do Botafogo. "O pass.i-rinho está tonto — Augusto Frederico Schmidt, co-mo poeta do Pássaro Cego, sentia-se moralmenteobrigado a olhar para o passarinho, a esquecer-se,até, que era dia de jogo, que tinha cem cruzeirosapostados no Flamengo — Veja como cie voa".

—j s

u m

O passarinho voava baixo, não subia quassnada, em um debater de asas assustadas. Era

jogador do Flamengo ou do Vasco que vinha

correndo atrás da bola. Para ele o passarinho não

existia. Para Augusto Frederico Schmidt, porem, o

passarinho existia. E eu, sentado junto de AugustoFrederico Schmidt, também tinha de me esquecer,

por alguns momentos, do placard de General Se-

veriano. O passarinho não estava tonto? Estava.Talvez, e eu apontei para as grades que cercavam

o campo do Botafogo, o passarinho pensasse que acerca do Botafogo era a grade de um viveiro. Pa-recia: uma cerca de arame separando o campo dasarquibancadas, da tribuna de honra. Augusto Fre-derico Schmidt olhava o passarinha semi-cerrandoos olhos. E depois diziam que não havia poesianum campo de football.

* » *

5 Havia poeàia em tudo. Bastava olhar para a»

coisas com olhos de pceta. E Augusto Frcde-rÍ3o Schmidt olhava. Tinha de olhar, mesmo quenão quisesse. Quem não sabia que Augusto Fre-derico Schmidt escrevera o Pássaro Cego? LuizAranha estava longe. Logo que viu o passarinholembrou-se do Schmidt, largou o match, veio paraa tribuna de honra. "Schmidt, olhe o passarinho".Augusto Frederico Schmidt não fazia outra coica:olhava o passarinho. Dona Madalena também nãcBe conteve. Avalie se o Schmidt não tivesse visteo passarinho. E eis Augusto Frederico Schmidtsem poder fazer mais nada. Os leitores de AugustoFrederico Schmidt, os admiradores dele, o Lulú.a Madalena, todes exigiam que ele olhasse o pas-sarinho. Aquilo não daria um poema? AugustoFrederico Schmidt chamou Zé Lins para ver tam-bem o passarinho. "Seu S:hmidt — Zé Lins cioRego olhou rapidamente para o passarinho, do-pois voltou para o jogo — eu não sou poeta, souromancista".

* * *A E ali nem isso: torcedor apenas. Quando co-* meçava o jogo Zé Lins esquecia-se de que era

rc mancisia. Ou, por outra, não precisava esque-ecr-se. Havia lugar para o romancista num campode footbni!. O romancista aproximava-se da mui-tidão, via-a entregue ao delirio das paixões huma-nas. Se havia lugar para o romancista, havia tam-bem para o poeta. Era isso o que Augusto Fredc-rico Schmidt queria dizer. Zé Lins, porem, não es-cutaria Augusto Frederico Schmidt. O Schmidt es-perasse um pouco. Acabado o halí-íime o poeta eo romancista poderiam aproximar-se um do outro.E não faltava muito. Augusto Frederico Sshmidttomou um susto. A bola quase pegara o passari-nho. O passarinho sacudiu as asas, voou baixo,rente ao chão. Augusto Frederico Schmidt soltouum suspiro. Graças a Deus.

* » *

5Aca'.aia o meio tempo. O apito do juiz

como uma varinha de condão, transformou to-dj mundo em poeta. "Olhe o passarinho!"

"Que

ar.iorzinho!" —- era uma voz feminina. "Ah! se eufosse pintor!" — eu me virei para ver quem la-montava não ser pintor. Não vi ninguém suspeitopor perto. Agora Zé Lins do Rego podia olhar pa-ra o passarinho à vontade. O passarinho ia fazê-loesquecer, por alguns momentos, que o jogo nãoacabara ainda. O passorinha passeava pelo cam-po vazio. Durante dez minutos aquela grama todaseria dele. Era a paz que descia sobre o mundo

•do passarinho. "Eu acho — disse Zé Lins — que6 uma graúna". Havia muita gente que confundia

DA PRIMEIRA FILA

graúna com meiro. Augusto Frederico Schmidtnão respondia. Meiro ou graúna, pouco importa-va. O que importava era o passarinho, a gramamuito verde, o céu multo azul.

# * **% "Seu Schmidt — Arnaldo Costa debruçara so-O bre a cadeira do Schmidt — você já ganhoucincoenta cruzeiros". Via-se logo que ArnaldoCosta não era poeta, não tinha nenhum senso poe-tico. Com aquela simples frase, "seu' Schmidt, você

já ganhou cincoenta cruzeiros", Arnaldo Costa pu-xará o cartão de visita, a carteira do Ministério do

Trabalho. Um bancário, um correntista, com umamáquina registradora na cabeça. O silencio glacialde Augusto Frederico Schmidt cavou um abismoentre ele e Arnaldo Costa, entre o poeta e o homemde banco. Se Arnaldo Costa quisesse falar em ne-

gocios, que o procurasse no escritório, não o inter-rompesse agora. Arnaldo Costa sentou-se, um

pouco sem jeito, como alguém que, numa igreja,interrompe o sermão do padre com um espirro.Má hora ele escolhera para falar em dinheiro;.Também ele nem vira o passarinho.

* * ¦:¦¦

7 Não vira o passarinho, esquecera-se de queAugusto Frederico Schmidt era poeta. Ali em

•volta ninguém ignorava isso. Zé Lins acnava na-tural que o Schmidt ficasse olhando o passarinho,esquecido de tudo, escravo da poesia. Sem poderver mais nada. Todo mundo rindo, o Schmidt se-rio. Se olhasse ia estragar tudo, tinha de largar o

passarinho, rir também. Era um cachorro — aliásuma cachorra, depois a gente se certificou — umacachorra que não tinha vergonha de quinze mil

pessoas. O passarinho parecia saido de um cromo,de um livro de poesia. A cachorra parecia saida deUlisses, de James Joyce. "James Joyce — eu melembrei — escreveu dez páginas sobre uma coi-sa assim". Era a poesia e a realidade. A realidadechegava, com a cachorra, com Jucá, com os joga-dores do Vasco e do Flamengo. "Fique com o seu

passarinho, Schmidt — avisou Zé Lins — Eu vouficar com o meu football". Os teams estavam for-mados, Jucá apitou baixinho, quase ninguém es-cuteu, a beia começou a ser chutada a torto e adireito. "O Flamengo não pode fazer nada" —- ZéLins falava sozinho. Quer dizer: o Flamengo já fi-zera muito, dera um susto no Vasco. Eu reparassea torcida do Vasco. Ela não dava um pio. Torcidadesconfiada. Vendo o placard Flamengo um, Vascozero, ela se encolhia, não queria saber de tirar acarteira, de gritar Vasco. Enquanto o Flamengoestivesse vencendo não haveria vascainos em Ge-neral Severiano. * * *O* Augusto Frederico Schmidt nem viu quando

<3 Biguá se machucou. Zé Lins, porem, gritouque

"agora não adiantava mais nada". E AugustoFrederico Schmidt foi obrigado a largar o passa-rinho, interessar-se um momento por Biguá, quesaía de campo carregado. "Com Biguá a coisa se-ria outra" — Zé Lins descobrira um consolo nasaida de Biguá. "Mas o Biguá vai voltar, Zê Lins".Voltaria, talvez voltasse, mas como? Machucado.Augusto Frederico Schmidt quis ver se o passari-nho eslava no mesmo lugar. Estava. A bola an-dava ionge, lá na goal do Flamengo. Palmas. Bi-

guá voltara. Augusto Frederico Schmidt não se

preocupou mais com Zé Lins. Era bom que a bolaestivesse longe, do outro lado. Assim ele e o pas-sarinho podiam ficar sozirihçs, Foi ai que Zé Linssoltou um "eu não dizia?" O Vasco tinha marcadoum goal.

Página 3

O ESTRANHO CASO DE PRIMO CARNERA.

A conps

9 Biguá quisera pular, se estivesse bom Biguá

pularia mais alço do que qualquer outro, Bi-

guá era uma bola de borracha. Mas com o torno-zelo inchado Biguá não podia firmar o pé. Por issoo Vasco marcara o goal. Agora tudo se acabara. Aamargura de Zé Lins afastou o Schmidt do passa-rinho. "Você não deve desanimar, Zé Lins. Aindafalta muito". "Pois eu estou desanimado porquefalta muito. Na guerra o tempo era aliado. Ali, nocampo, era vascaino. Quanto mais tempo faltasse,melhor para o Vasco. "Vamos ver se o Flamengomarca outro goal, Zé Lins". Vevé estava com abola, passara por Zago, quis chutar logo, pensoumelhor, não chutou, hesitou ainda, acabou meten-do o pé na bola, de leve. Yustrich tocou na bola.não a segurou, a bola foi para o fundo das, redes.Zé Lins levantou-se, soltou uma gargalhada, outra

gargalhada, mais outra.

1 fí Agora o Flamengo podia até perder, não 1a--* v Zja mal. E talvez o Flamengo não perdesseAh, se o Flamengo não perdesse! Zé Lins af.**.ou-re ainda mais de Augusto Frederico Schmidt: ficoucom o jogo. Agora mesmo, com o Flamengo dando

(Conclue na página 10)

No sexto "round", durante uma troca confusa demurros ineficientes, Sharkey mergulha na lona comose tivesse sido atingido por Mm vigoroso "punch" deDempsey.

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Carnera, campeão, carrega admiradoras. J

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Primo ao subir ao ring naquela noite, não denotava,como c comum nos pretendentes ao titulo máximo, entu-SVSnca e ansiedade. Pelo contrario, seu aspectoem de uma miserável criatura nervosa, desconfiada, malnerc-bendo, absorto»como estava, o que lhe ia em volta.Jack Sharkey não era por certo um grande boxeur, maspoderia sem grande esforço, liquidar Carnera em quatro"rounds" Cerca de um ano e meio antes, sem se empre-car muito, infligira um impiedoso castigo ao italiano, tri-turando-o com socos durante 15 longos "rounds Agora,nesta luta, nos 5 primeiros "rounds", marcava ponto atrasde ponto, administrando "hopks" esquerdos no gigantescoalvo que dànsava na sua frente. Mas seus rotos, encretan-to eram lerdos e frouxos como se mui cos quilos de emun-bo o impedissem de maior ligeireza e violência. E entãoo epílogo surpreendente: no sexto 'Tound", depois de umitroca confusa de murros ineficientes, Sliirkey mergulhana lona, como se tivesse sido atingia;) por um potent*-»•punch"'de Dempsey. O juiz contou de 1 a 10.

O "manager" de Sharkey, que já antes do encontr»se mostrara estranhamente inquiro, pulou para o ring *»com gestos de pantomima laneou-ce ao '-corner do italiano, exigindo que fosse feito um exame nas luvas doCarnera, ''pois deviam encobrir um pedaço de ferro ..Enquanto esta farça era executada, Carnera manteve-stfapaiermadô na sua banqueta, submisso a tudo. Digamossinceramente, de toda a cena exumava um odor de cois*.podre de indignidade humana, capaz de causar náuseaAssim foi que Primo Carnera se tornou campeão mundialde todos os pesos.

A noite deve ter sido memorável para as jogadas. Asapostas eram na proporção de 5 a 4 a favor de Sharkey.E os parasitas que vinham sugando Carnera através de80 lutas fartaram-se desta vez com uma suculenta soma,elevando os "lucros" a mais de dois milhões de dólares. «¦o gigante italiano? No dlír seguinte ao da luta em que"conquistou" o título de campeão do mundo, tinha 360 do-lares em seu nome — nada mais.

E um mês depois o perplexo gigante preenchia umformulário que mal entendia, requerendo falência. Por ou-tro lado, os tribunais de Justiça chamavam-no a prestarconta por quebra de promessa de casamento movidO(poruma esoerta garconette que se lamentava de ter sido "im-

piedosamente iludida" pelo campeão. Primo escapou paraa Itália e entre o seu próprio povo, na pequena vila de Se-quais, desfrutou por alguns meses de tranqüilidade oe es-pírito.

(Continua no próximo número)

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Página 4 SP6L *P °Hln! 9P gg 'DW-Dtx** O GLOBO SPORTIVO

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i^0 m nmundo

12-15 e 15-13).

RESISTÊNCIA, Chaco, o corredor Eusébio MarsUla.venceu a P ova ^^

tica denominada "Volta do <3^^^$^^\£*^% U horas, ICminutos, 57 segundos e 2/5 Marsdla vence u a cai rena n

^P em*"Aor°Í,

5 Slotz»6 ^.^«tiUo lu8ar chago. Dai,™, Ep-anich.

EM REIMS, foi a. seguinte cl^'ff^lístico de França*. Primeiro lugar.- "^s Jean

^ ^ qi,. os"Alfa Romeo", que percorreu a P st» com " ma uiou segUndos é cinco décimos-.

Ascari, usando uma "Talbot .

EM BUENOS AIRES, os quitados

d- ^éci™ ^^tÜ^es^ÉÉt

EM NOVA YORK, a ex-campea do mundo deçtjnage^ artística^ ^Heinie.

suas ferias* em Cannes. Durante sua.ermanencia na França, pretendeconcluir um acordo com o Paláciodos Esportes a fim de apresentar, em•evereiro próximo, sua "troupe ' depatinadores em Paris, e depois emLondres.

Efü m^JÊ fp||

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ri vri ppl\ \^^%\ l r ^^Wi »|r^p GaíÁ_CiliaQP H\ \\f g§

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I—.

Para mim, ele es- I jf i í -¦ w Ml Vtá blefando! Ajt K-«^ fl^ JtPara mim, ele es

blefando!

Esta seção acha-se a disposição dos leitores

que, como praticantes ou simples assistentes, de-

sejem conhecer os regulamentos de qualquer sport.

Vamos iniciá-la com as regras do "caich-as-catch-

can" (agarre como puder) visando facilitar o me-

lhor entendimento de um sport que alcança aqui

considerável popularidade.As divulgações serão em serie, não só le-

"vando em conta a falta de espaço coMno tambem

o propósito de não saturar o "Quadro Negro" com

longas "lições", que de maneira nenhuma auxi-

liam a retenção.

REGRAS DE "CATCH-AS-CATCH-CAN-

Um arbitro,

EM SANTIAGO, toda atividadedesportiva ficou suspensa no domin--•o em conseqüência do mau temponesta capital. As primeiras horas datarde voltou a nevar, enquanto quena região da cordilheira. segundo•níormações oficiais, desabou violen-to temporal de vento e neve, inter-nmpendo todas as comunicações.

—oOo—BERNA — Num torneio de pre.-

paracão olímpica, os franceses tri-unfaram por 92 pontos e 84, e, cmBruxelas, foram os belgas derrota-dos por 10 pontos a 65. Esses re-sultados são notáveis, principal-mente se levarmos em conta queos elementos que participaramdesses torneios não eram, absolvi-tamente, os maiores ases de quea Franca pode dispor, em matériade atletismo. Um desses, o popu-lar Mareei Hansenne, um dos fa-voritos dos Jogos Olímpicos naprova de 800 metros, está atuai-mente na Suécia, onde deverá semedir com os melhores atletasnórdicos.

São autoridades do encontro,dois jurados e um cronometrista.

A decisão será dada pelos jurados e om caso

de empate o árbitro intervém com a sua.Não corresponde aos jurados determinar um

encostamento na luta, mas os dois.deverão dar

conta por escrito dos pontos marcados pelos com-

petidores. Quando não houver encostamento, o

combate será decidido segundo as notas forneci-das pelos jurados.

A decisão sobre uma queda ou encostamento

que faça finalizar o encontro somente pode ser

dada pelo árbitro.O controle absoluto do encontro é da com-

petencia do árbitro, cuja decisão será final, sem

apelação. Alem disso, o árbitro tem pleno poder

para resolver qualquer questão que possa surgir

no curso do combate, e que rrão se encontre de-terminada no presente regulamento.

Os jurados anotaram pontos para cada com-

petidor baseados nos golpes bem definidos quepraticarem e que resultem em vantagem.

No caso de que nenhum dos competidores de-monstrem uma superioridade evidente sobre seuadversário, a decisão deverá inclinar-se a favordaquele que tiver demonstrado maior combativi-dade no ataque.

As regras de desclassificação devem ser apli-cadas o mais rigorosamente possivel ao adversa-rio que aplique constantemente recursos proibidos.

Proibe-se ao árbitro e aos jurados, enquantodurar o assalto, falar com qualquer pessoa estra-nha aos elementos da arbitragem.

Toda associação promotora do encontro ouorganizadora de um torneio deverá ser responsa-vel pela competência das pessoas que funcionemcomo árbitros e juizes. (Continua).

LONDRES — O presidente daFederação Internacional de Nata-Bretanha, admite a possibilidadecão Fina), Sr. H. I. Fern, da Grã-de uma crise nas provas olimpi-cas de natação ao revelar que pos-sivelmenle se proibirão aos atletasa. utilização de aparelhos especiaisde respiração pouco antes de dis-pu tarem as provas.

O 46.° ANIVERSÁRIO DOFLUMINENSE F. C.

A palavra do presidente Ma-noel de Morais Barros NettoAssoclando-se hs Justas "nonu-

nasens que foram prestadas aoFluminense, pela passagem do sco.6° aniversário, o globo SPOtt-TIVO transcreve as palavras flupresidente do grande club. a pro-pósito da magna data tricolor:

— "Neste florescer do dia ?.l <UJulho de 1948, e agradável recor-dar o transcorrer da fundação donosso Fluminense. Nao podem.-mos deixar de, nesta magna datapara todos os tricolores, focalizartao grata efeméride e dizer quetemos orgulho de pertencer a oa-ta tinindo coletividade, ou me-lhor a esta grande familia. poiso Fluminense rcpresci.-..i para to-cios nós o prolongamento dos noa-sos lares na perpetuação dos nos-sos costumes e na preparação dasgerações futuras. Fundado -om opropósito de desenvolver a edu-cação física em todas as suas mo-dn lidados e de promover ativlde.-des de caráter desportivo, social,cultural e cívico, o Fluminensenunca descurou desses objetivos, equantos tiveram a Incumbência oa responsabilidade da sua ndminlstvação não pouparam esforçosnem mediram sacrifícios para ,.sua honra e as suas glorias. O pas-sar dos tempos va. cada vez maisaumentando o valor do patrlmonlo que zelamos, e, lançando umolhar para o passado, desde aque-le memorável 21, de julho de 190.2,verificamos quão promissor íoi oideal dos que lançaram o marcoInicial dessa grandiosa carrelm,num galardão de verdadeiro ui-plendor e orgulho do desporto bra-sllelro. Completando mais um anode vida. continua o Fluminense a

(Conclue na página 12)

Cl-,BVN\\I A*% áMê^W& vi

rr TEST" ESPORTIVO

Este atleta inglês aparece aqui pulando 3m99. Para ba-ter o "record" mundial, precisaria falar mais ãe...?

(Solução na página 10)

Babe Ruth, •mais famoso io-gador de basebaiinorte-americano,reba"eu 625 bo-Ias em quatropartidas, um "re-corei" até hojenão superado.Peppcr Martin,em lí'31, rebateu

500 em sete partidas, o que foi considerado tam-bem uma façanha excepcional.

_-(o> —

O nobre esporte de esgrima tornou-se umespetáculo eletrificado. Não mais se verá tintavermelha na ponta dar armas, nem exames mi-nuciosos á procura de marcas no uniforme doadversário. O novo "épée" marca os ponto1* to-das as vezes que a ponta faz contacto através deluzes e cicarras. Quando se verificou um con-tacto duplo, por ocasião de um recente torneioem Nova York, as luzes e cigarras de ambas asarmar, acusaram-no, dando oportunidade à as-sistencia para gritar "empate!"

_(o> —

"Citation" é o menos "tempcramentaV* dosanimais que hoje fazem bela figura nos hipó-dromos norte-americanos. Por muito árdua quetenha sido a corrida ou o treino, "Citation", logo

que se vê livre do bridão, esfria rapidamente,come uma vasta refeição, refestela-se na suacoudelaria e ronca toda a noit/

— (o^ —

Tony Galento, um dos muitos peso-pesadosderrotados por Joe Louis, gostava de se vanglo-riar de nunca seguir o regime de ^ida que '.dota

todo pugilista cioso da sua boa forma. Assim é

que fazia questão de posar para os fotógrafos,durante os treinos, fumando charutos gigantes-cos e emborcando copos de cerveja. A Comissãode Box de Nova York acabou por se Irritar coma atitude cabotina de Tony, e proibiu-c de tirarfotografias dessa classe.

.—(o)—

Mareei Cerdan, que acaba de recuperar o ti-tulo de campeão europeu dos meio-pesados cmBruxelas, derrotando o belga Cyrille Delannoit,derrotou o campeão português Agostinho Gue-des, na cidade do Porto, em 2 minutos e 45 re-

gundos de luta do primeiro round. Muitos as-

sistentes retardatarios não chegaram a ver os

boxeurs em luta.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 23 de julho de 1948 Pagine* 5

CONVE DE RECOR i i»mm^

a marcha do tempo

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JOSÉ' LUIZ DA SILVA PINTO — Pois a grande vantagemdo football é essa... Todos são soberanos nas suas opiniões, cadaum diz o que bem entende, é um manancial inesgotável parabate-papos...

VARGAS NETO — O match entre o Tovino — tri-campeãeda Itália — e o Palmeiras &z São Paulo, que vai em quinto lu-gar no certame paulista, mostra o alto nivel do nosso "socer".Dizem que o grande clube italiano traz na sua equipe nada me-nos de dez jogadores do selecionado da península. Pelo menosesses dez a que nos referimos vestiram a camiseta da equipeAzzurra nos últimos internacionais.

JOSÉ' LINS DO REGO — Não sei como ainda existe foot-bali em Minas, com a péssima qualidade de céus árbitro;-. Aquiesteve um tal Fuá, que nos pareceu um fugitivo da caverna deAli Babá. E agora este tal Geraldo, homem de apito na bocia.como se fosse um instrumento de colheita de policia. Deusqueira que volte o Flamengo inteiro para o campeonato. E quenão se lembrem mais os seus dirigentes de aventuras perigosas.

GERALDO ROMÜALDO — E por falar no "refeiée", é bomacentuar que esse Sr. Silvano, do Torino, acusa os mesmos de-feitos dos nossos apitadores discutidos. Jamais deu a sensaçãode ser um profundo conhecedor das regras, guiando-s« mais aofinal, pelas reclamações de seus compatriotas, do que mesmopelo sinal dos "linesmen".

MARIO FILHO — E o empate? O que espanta é que o Flu-mineme tenha pensado que aquele joguinho descansado ia ché-?ar p'ra uma vitoria. Um joguinho que mal chegava para umempate, que quase não chegou. Chegou porque o Madureira.nnbora correndo muito, molhando a camisa, não estava em umdia feliz. Com um pouco de chance teria ganho bem, pois o quenão lhe faltou foi ocasião de aumentar o score. Um pouco dechance bastava.

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L I, II. III, IV, V, VI, VII... K. O.!

Nunca se ouviu falar deuma grande tenista de 50anos atrás, e sejam quais fo-rem as razões, a da roupaespecial que vestiam, comomostra esta gravura, háser a predominante.

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SABE?

O J ¦ JULGAD€R. BARRICK

FLUMINENSE (1) X MADUREIRA (11

Mr. Barrick teve uma arbitragem critério-sa e segura. Não se perturbou com os gestosdos jogadom: clamando por penalties, e mar-cou sempre as faltas com precisão. Advertiubem Bigode e Juvenal, fazendo ver que não ad-mitia a deslealdade. ("O Globo").

Do juiz Barrick. diremos que não se feznotar em campo, o que constitue o seu maiorelogio. Deixou o jogo correr à vontade, sendoque de uma feita houve 18 minutos corridossem uma única interrupção, mesmo quandohavia falta, pois o árbitro adotava o critériode não beneficiar o infrator. ("Diário daNoite").

Vimos Mr. Barrick pela primeira vez. E'realmente um grande juiz, e mais, um grandediretor de espetáculos. Simples como os seuscolegas, esclarece sempre as jogadas, mandaprosseguir os lances, é decisivo, não deixa dú-vidas nunca, e marca com discernimento asfaltas diferenciando-as dos golpes de cinema.Foi esplêndida a sua atuação. ("Folha Ca-rioca").

Aliás Mr. Barrick se constituiu num espe-táculo à parte, porque aplicou o elementar con-ceito de uma arbitragem, que é o de deixarcorrer, sem interrupções inoportunas e irrl-tantes. De uma feito Mr. Barrick deixou o jo-go correr, sem pausa, durante 18 minutos, oque deve ser levado à conta de "record". Mar-cou sempre com precisão. ("A Noite").

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1 Quantos clubes cariocas jádisputaram o campeonato da pri-meira divisão, desde a sua insti-tuição? 18, 29, 35. 41?

2 Dos clubes que disputamatualmente, qual deles se colocoumaior número de veaea em últi-mo lugar?

— O Fluminense já encerrouum campeonato em último lugar ?

— Qual é o campo de footballmais comprido ? Do Bangú ou doVasco ?

— Há algum com o compri-mento mínimo — 90 metros ?

(Respostas na página 10)

IRRADIAÇÃO DASOLIMPÍADAS

"O chefe do Serviço Olímpico pa-ra a América Latina será o progra-mador e locutor Frederick Mac Far-lane, e o editor dos programas para oBrasil será Wilson Veloso. conhecidojornalista brasileiro.

Sentados a suas mesas de trabalho,rodeados de secretarias e mecanógra-fas que operam os aparelhos telefôni-cos, receberão dos redatores, reporte-res e locutores, operando no Estádiode Wembley e em outros centros des-portivos, noticiários constantes sobreo desenvolvimento das competições.Reunidos todos os dados, Mac Farlaneos coordenará e Veloso redigirá a edi-ção brasileira. As irradiações para oBrasil serão diárias, com exceção dosBARBEIRO PARA 1.800 ATLETAS — Luigi Rolandi, de Malta, atualmen-

te estabelecido em Londres, foi escolhido para "barbeiro dos 14.° jogos olímpi-cos" e, sefrundo o contrato que assinou, deverá fazer a barba, cortar o cabelo domingos, quando não haverá jogos, ee aplicar "shampco" de 1.800 atletas que se reunirão na capital britânica. serão feitas das 20 às 20.30 horas".

10: Healwa-se mais um Fla-*r*iu, com a >üoria por 3x0 dos tricolores. A renda não foi alemde 23 contos. — O Botafogo derrota o Vasco por 5x2. — O Bangú continua invicto em seicampo, vencendo o São Cristóvão por 4x2. — América • Madureira empatam de lxl. — Nocampo «Io Amèrxcat com uma r*«da de mais de> 64 contos^ realiza.se um espetáculo de rodeio.

No campenalo brasileiro de basketball, os paulistas perdem de «8-38, tornando-se os cariocaspenta-campeões. — Mario Alvim, atleta, vence a "Volta de São Cristóvão". — Karol Nowina é

posto fora de combate por Pablo Adencòa, no Estádio Brasil. _ Buenos Aires ficou sem football por *a"a de policiamento.Causa: toda a policia participou de ura destile militar. — Os jogadores brasileiros, de volta do campeonato do mundo, re-cebem estrondosa manifestação de simpatia do povo. — 12: Niginho. para despraser dos "fans" de Leonidás, declara qu«Domingos foi o "crack'' brasileiro que mais impressionou «a Europa. — 13: E Hercules que o Brasil jamais será campeãodo mundo por ter perdido na Itália a única oportunidade. — u-. Anuncio: Breve, cigarro» Leonidás _ Aventa-se a lde,sde um estádio nacional, para cuja construção contribuiria a moc:idade de todos os Estados. — Walter diz estar aguardandouma proposta de mais de 100 contos, mas não afirma que acei--rá, por se sentir satisfeito no Flamongo. — 15: Gene Tun-ney prevê que Joe Louis não será derrotado nos próximos cinCo ano». — A Finlândia dá inicio aos preparativos para a»Olimpíadas em Helsinski.

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Sexta-feira, 23 de julho de 1948^O GLOBO SPORTIVO

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BILHETES DO LEITORCarlos Arêas,

AUGUSTO — o sólido zagueirodo Vasco — num desenho do leitorNorberto Valle, de Recife, Pernam-buco.

JOSE' EL1MAK DE MAGALHÃES_- CAIXA PORTAL 18 — BAIXAGUANDU — ESP. SANTO — Osendereços pedidos são estes: Vasco daGama, Avenida Rio Branco, 181 —

9.° andar, sede administrativa e ruaAbílio s. n. — estádio de São Januâ-rio; Flamengo, praia do Flamengo,66-68; Botafogo, Av. Wenceslau Braz.72: Fluminense, rua Álvaro Chaves,41; América, rua Campos Sales, 118^todos do Rio de Janeiro; São PauloF. C, rua Padre Vieira, 8; Palmei-ras, avenida Água Branca, 1705; eCorintians, Avenida Rangel Pestana.2251,5-todos de São Paulo.

—oOo—

JOÃO DE DEUS CENTENO —PORTO ALEGRE — H. G. SUL — D

flejeltado o seu desenho de Nenaporque veio à lápis comum. 2) — Náopodemos arrar.jar a fotografia pedi-da. A sede do Fluminense, é à ruaÁlvaro Chaves, 41, Laranjeiras. 3)

E' ir.uilo grande a lisla dos joga-dores gaúchos que chegaram ao se-lecionado brasileiro. Podemos citar-lhe sem procurar muito: Kuntz, Sls-sourlnha, Nena e Adãosinho e ou-tros que nos escapam no momento.

—oOo—

ALFKlüDO OTTO — NITERÓI -E. DO RIO — D — Baiano nuncajogou pelo Fluminense. Veio do Amè-rica Mineiro para o Madureira e pas-sou-se deste para o Olaria. E' ver-dade, todavia, que êle esteve em en-tendimentos com o tricolor, chegan-do mesmo a dar um treino em Al-varo Chaves. Mas ficou só nisso. 2)— Meia-bola não é goal. 3) — A 11-nha do E. C. Recife era esta: Djal-ma — Ademir — Pirombâ — Magrle Walfredo. 4) — Rejeitados os seusdesenhos de Heleno e Jair.

—oOo—

HEITOR TORRENTES — SAOPAULO — 1.°) — E' pena o senhorter perdido tanto tempo naquelas

numerosas caricaturas que nos man-dou e que nós não podemos-aprove -

tar. Alem de ruins vieram todas mta_ a lápis comum. 2) — Tim esta«mi rlube 3) — O Olaria é camisaSncrcom3) faixa horizontal azul.4 - Batatais está em Correas. 5) -

teixeirinha chama-se Nilo Teixeirade Melo. 6)- Pacaembu e o maior.

—oo°—

A CUNHA - RIO DE JANEIRO— O São Cristóvão venceu o Hu-minense por 6 a 1. no segundo.turnodo campeonato de MiZ^JfSg^de r,lell:\ precisamente rio dia 28 OeJunho. Os marcadores dos goals ío-rani Caxãnibü (de b.cicleta) n0 P"-meiro tempo e Maneai, Nestor Ca-sambú (três seguidos) e ^stor n°segundo tempo. Os teams ioramestes: Bi CRISTÓVÃO: Joel - Mun-Hinho e Aususto - Gualtcr - Pa-

peli e Castanheira - Santo. Cristo —

Alfredo - Caxambú - Nestor c Ma-iraihães FLUMINENSE: Batatais. -~

Norivaíe Kenganesehi - Vicentmi— Spinelli e Afonso — Maracai —

Magnones — Russo — Tim c Car-

—oOo—

PAULO G. DE CARVALHO -

SANTOS -EST. S. PAULO - D —

Aqueles teams que o senhor citou, lo-ram do campeonato de 1942 2) - Nósnão t-mos números atrasados nem aoSroprio O GLOBO ESPORTIVO quan-to mais de "El Gráfico» e da Can-J£à™ 3) _ ivson e Wallace estãonos teams cie aspirantes e reservasdo Fluminense e os demais estãoigualmente entre os aspirantes _e re-servas do Bangú, com exceção deMaurício e Ayala que já "andaram .

—oOo—

NELIO SILVA _ VAZ LOBO —

Rio — 1) — Não senhor. O backRubens, do Corintians, é de São Pau-lo O Rurens que jogou pelo Vasco,continua vinculado ao Botafogo em-bora nãr tenha jogado por este. ulti-mamente. 2) — Os nomes dos cracksdo Madureira são estes: Milton Bar-reto e Adolfo Baronti Júnior (Nenem)keeners; Danillo Maúrman e Godo-fredo Doria dos Sanl»s, *>jueiw»;Araty Pedro Viana. Hcrmimo Alvesdo Amaral e Pericles de Almeida(Mineiro), halfs; Lupercio Gonçal-ves Ferreira, Pedro Menezes Nunes.Olincio Rocha (Bidon), Éunapiq Gou-veia de Queiroz, WalSir Pereira (Buli)Adalberto Garcia (Reíihho), Benjja?min Boamorte. (Beijinho) c A^.ir Ro-drigues d" S":*A'R. fy** ''"

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Teixeirinha, cada quaA pior que ooutro. 2) - O endereço e o mesmociue o senhor mandou, tento assimque os bonecos chegaram ás nossas

—oOo—

PEREQUÊ PINTO - NATAL —

R G. NORTE - D - He,e»° í0'

úrvenil do. Botafogo, juvenil c ama-dor do Fluminense e amauor c pro-fissional do Botafogo, até sair para o

Boca. 2) _ O nome de Maneca. doVasco é Manoel Marinho Alves e ode Maneco, do América, é Maneei

: a~ «iivn i\ TesourmhaAnselmo da buva. á) *¦chama-se Osmar Fortes Barcelos eAdãosinho chama-se Adão Dorncles.Ia Silva 4) - O Vasco disputou o

primeiro campeonato de lootball em191C.

—oOo—

RUI MARTINHO GONÇALVES —

MANAUS - AMAZONAS - Rejei-tado o seu desenho de Pirilo.

—oOo—

LUIZ CARLOS BRAGA RIBEIRO_ CACHOEIRO OF. ITAPEMERIM— ESP SANTO — 11 — Mnito bomo seu de?énho de Pirilo, que seráanroveitado. O de Chico, porem, foireieitado. 2) - O Botafogo foi cam-Zío „os anos de 1910. 15)30, 1932, 1933.1934 e 1935 estes três últimos anosvm plena cisão. O Bangú, em 33. oVasco cm 34 e o America em 1935foram os campeões da outra cntiaa-de então existente 3) — Peracio jadeixou o Flamengo. Está preso ape-nas pelo passe, cujo preço é de 40.00-cruzeiro-.

LUCAS — ponteiro direito doC A Mineiro — num desenho deAçijaide Carvalho, de Uberaba,Minas.

—oOo—

HELTO A. LEMOS — RIO DEJANEIRO — 1) — Rejeitados os seus

desenhas de Danilo, Beracochéia e

GRINGO — o center-forwardrubro-negro — num desenho doleitor Geraldo Bahia, do Grajau,Rio.

C P SANTOS — JUIZ DE FORA_ MINAS — 1) — Alcides está noAmérica de forma definitiva. Nao setrata de empréstimo. 2) — Itim dei-xou de jogar, nos teams oficiais, mascontinua por Campos Salles,

—oOo—

MANOEL CALDONAZZI DA SIL-VA — VITORIA — E. SANTO — D— Os endereços dos clubes cariocassão estes: C. R. Flamengo — Praiado Flamengo 66 e 68; Fluminense F.C. — rua Álvaro Chaves 42, Laran-jeiras; América F. C. — rua CamposSalles, 118; Botafogo F. R. — ave-nida Wenceslau Braz, 72; S. Cristo-vão F. R. — rua Figueira de Mello.200; C. R. Vasco da Gama — avenl-da Rio Branco, 181 — 9.° andar; Ola-ria A. C. — rua Bariri. 251; BangüA. C. avenida Conego Vasconcellos,549; Madureira A. C. — rua Carvalho

c Souza, 257; Bonsucesso F. C —avenida Teixeira de Castro, 54; eCanto do Rio F. C. — rua Viscondedo Rio Branco. 693 — Niterói. 2) —Os endereços dos clubes paulistas sãoestes: S. C. Corintians Paulista —avenida Rangel Peshvna, 2.251; S. K.

Palmeiras — avenida Água Branca,1.705; São Paulo F. C. — rua,PadreVieira, 8; C A. Ipiranga — rua Bompastor. 2.»98. C. A. Juventus — ruaJavasi, 11?; Associação Portuguesa deDesportos — Largo de São Bento, 25

jo andar; Comercial F. C. — rua11 de Agosto, 120; Nacional F. C. -avenida Rangel Pestana, 2.060; San-tos F C. rua Itororó, 21; PortuguesaSantista — avenida Pinheiro Macha-do, 240; e Jabaquara A. C. — ruaGeneral Câmara, 8.

—oOo—HÉLIO DOS SANTOS PEREIRA

_ RIO NOVO — MINAS — Rej?lta-do o seu desenho de Danilo.

AOS LEITORES EM GERAL — OSr Aguinaldo Cruz — End. I. A. P. -n» 4fl_ Goiânia, 410 a 490, que estadisposto a negociar. Cartas paraaquele endereço.

—oOo—

MARIO SCARTEZINI _ GOIÂNIA D Não podemos atender a pe-

did s de números atrasados, porquenão os lemos 2) — Não temos do-vidas porem em divulgar aos demaisleitores o seu interesse em adquirir oanúmeros 500 a 506. O endereço doSr Mario Scartezini é rua 29 — n.*24 — Goiânia — Estado de Goiaz.

—oOo—

GUILHERME HENRIQUE DOSSANTOS — RIO — 1) — Não enten-cit mos o seu bilhete. O senhor, a.llnalde contas quer perguntar coisas quenão sabe ou quer informar coisasque nós Já estamos cansados ue sa-ber? Porque tudo aquilo que o senhornumerou como perguntas são respos-tas já conhecidas: o Fluminensecontratou o meia Maneco que foi doOlaria- o Flamengo contratou o pon-tenho

'maranhvnse Bodinho; o Vascofoi campeão do Initium; e o Flumi-i.ense cedeu o puiu«.«a»o £*nheg~5 aoSantos. 2) — Rejeitados os seus de-senhas dè Em)do. 109 e Orlam.j por-que alem de ruins, estão feitos alápis comum.

—oOo—

ÁLVARO GOMES DA SILVA -

MANAUS - AMAZONAS - 1» -

Nãu temos números atrasados paralornecer-lhe. _i - Nau atenderfioatambém a pedidos de fotografias. Seo senhor quiser consultar o Jaime üeCarvalho sobre o assunto veja oanuncio na página ao lado. 3) — OFluminense é o mais antigo clubecarioca de íootbajl, tendo sido funda-do em 21 de julho de 1902. A seçãode footbail do Flamengo nasceu _euma cisão do Fluminense em 1911.3) _ O tricolor disputa os campeo-natos da cidade desde o primeiro, ouseja desde 1906. enquanto o rOamen-go só entrou no campeonato em 1912.4) o Fluminense tem quatorze ti-ulos de campeão da cidade, conquis-lados nos anos de 1906. 1908. 1909,1911 1917 1918. 1919, 1924, 1936. 1937.1938* 1940, 1941 e 1946. 5> — O Fia-mengo tem dez campeonatos, nos«nos de 1914, 1915. 1920, 1921, 1925,1927 1939. 1942. 1943 e 1944.

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^PnulloPIRILO — que vem de reepa-

recer no Botafogo — num desenhodo leitor E.F.G. desta capital.

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O GJLOBO SPORT/VO Sexfa-feíro, 23 de /uí/io de 7948

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Pagina 7

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A represa/ia dos romanos, ao serem acusados de pro-

fissionais. — Jóias de mu/fieres beías para os ven-

cedores. — Jim Thorpe, o maior afíera de todos os

tempos, íeve que devo/ver as medalhas. — Elea-

nor Ho/m e a champanha.

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Olhem para Aram Curtis;-, ainda queela não seja a campeã.

Neste mês, em Lon-dres. depois de tre-menda guerra. pelaprimeira vez em dozeanos, teremos de novoos jogos olímpicos. Aprimeira Graa.de Guer-ra imoediu a realiza-cão da Olimpíada de1916, e a smgundaGrande Guerra can-celou as de 1940 e1944. A paz — esta-mos mesmo em paz?— permite o seu rei-nicio mas — outrainterrogação — asolimoiadas, como sem-Dre ouvimos dizer emtom solene, promovema paz? O bom enten-dimento, a simpatiaentre os povos? Nu-ma partida de hockeyno gelo. entre o Ca-nada e a Suécia, nes-te ano. os punhos etacos zuniram no arcom Intenções dasmais agressivas e des-truitivas. quando umplayer canadense es-quentou-se, apesar dogelo, e deu um violen-to empurrão no ad-versário sueco, provo-

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Os preparativos paru os jogos de londres. A inauguração da nica auto-estrada para o es-tadio de Wemberg

Atualmente, as mulheres tomam parte saliente nas Olimpíadas mas, por muito estranho quepareça, ainda ríão houve uma complicação de im portancia em que uma delas fosse o motivo cen-trai. Sonja Henie, a jovem dos cabelos de our o, consagrou-se por três vezes camne" de patins,na classe de fantasia. Ela agora é toda do cinema, e embora continue patinar. J t prodigiosa-incute bem, destaca-se mais pelo seu tino comercial, evidenciado na oganização de "shows", donue pela leveza e graça de muitos anos atrás... Babe Didrickson, a "super-women" americana,legenda que aceita com bom humor, ganhou em 1932 a corrida de 80 metros com barreiras e olançamento do dardo. Negaram-lhe uma vitoria legítima no pulo de altura, algo que por certonão' agradou aos seus coestaduanos e muito me nos a ela. Nesse mesmo ano Eleanor Holm, queainda hoje provoca sinceros assobios quando pas Sa, sagrou-se campeã olímpica de nado de costa,mas quatro anos mais tarde, em Berlim, foi excluída da representação náutica americana porque,cm vez de se limitar a agua mineral e a agua d a piscina dos treinos, mostrou forte predileção

cando-lhe uma queda. O conflito estabeleceu-se, a pancadaria domi-nou e no fim, quando a partida já findara, os ânimos continuavamexaltados, com espectadores, juizes e jogadores ainda numa troca na-da cordial de argumentos e desaforos.

Pior ainda foi no tempo dos romanos, que intrometeram-se a for-

ça nos puros e disciplinados torneios atléticos gregos. Estes acusaramos romanos de profissionais e os romanos, sabe-se lá se com razão ounão, numa fogosa represália, incendiaram o estádio onde transcorriamas provas. Para coroar tudo. o imperador romano Theodosius resolveuentender que as olimpíadas eram um tormento público, algo que umaboa sociedade não devia permitir — e proibiu-as no ano 392 D. C. AsOlimpíadas tinham tido inicio no ano 720 A. C.

Naqueles velhos tempos, os campeões olímpicos eram os verdadei-ros heróis da Grécia. Quando Louses, um camponio, venceu a primei-ra maratona, as mulheres, belas e feias, lançaram-lhe as jóias que |possuíam aos pés. A história não regista se o pobre mas invencívelcamponio colheu-as do chão. Tudo indica que sim. êle deveria ser des-te mundo, apesar de ter praticamente asas nos pés; mas se o fez, jánão poderia participar das olimpíadas de hoje, porquanto seria con-siderado profissional.

O maior atleta de todos os tempos, Jim Thorpe, passou por dissa-

bores amargos com a questão de amadorismo. O indú de Carlisle, queera bom em tudo, venceu o decathlon e o pentathlon — uma dificili-ma combinação de quinze provas atléticas. Foi em 1912; era a pri-meira e última vez que um atleta realizaria a façanha de vencer am-bas as provas. Mas pouco depois, descobriu-se, com verdadeiro e:plrito

da onça, que êle, numa ocasião muito obscura, tinha integrado um

team de baseball numa liga secundaria como profissional. Resultado:o inexcedivel Jim Thorpe teve que devolver as medalhas e passarama borracha no livro das vitórias olínr

E há casos também de enganos que prejudicam os competidore*e provocam animosidade entre os seus compatriotas. Volnari Iso Kollo,

da Finlândia, correu nas olimpíadas de 1932 o "steeplechase" de 3.000

metros, mas para seu azar, os controladores do percurso confundiram-se a respeito* do número de saltos. A solução foi obrigar Volnari a

correr mais 450 metros oara ter direito ao título de vencedor.

por champanha.Um pecado queninguém da dele-g a ç ã o perdoou,nem mesmo a be-Ia Eleanor, queainda hoje, en-quanto exibe asua bela plásticanos espetáculos deBilly Rose, recor-da o episódio comremorso. Mas ain-da hoje continuabebendo champa-nha.

Muito mudaramas coisas: na Gre-cia antiga, as mu-lheres não tinhampermissão par. aparticipar nem pa-ra assistir os jo-gos olímpicos. Amorte muitas ve-zes era o casti-go.

Neste ano, en-tretanto, elas r/e-rão parte impor-tante no grandetorneio. Prestematenção em AnnCurtis, por exem-pio, de São Fran-

cisco cia Califórnia. Olhem-na bem, pois deverá ser a ven-cedora da prova de natação om nado livre. Se for derro-tada, não terão perdido tempo, porque ela é daquelas quesempre vale a pena olhar, mesmo que não fosse uma na-dadora.

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5.0020,0065,0090,00

25.0030,00

Eleanor Holm ainda gosta dechampagne.

AS NADADORAS FRANCESAS, sempre em preparaçãopara os jogos olímpicos, venceram suas adversárias belgas,por 23 pontos contra 17." As francesas deram provas de ex-celentes condições físicas. A Sra. Josette Arene-Delmnsganhou a prova de 100 metros, nado **crawl", no tempo deum minuto, zero segundos e seis décimos; a Sra. Berliouxcobriu os mesmos 100 metros, desta vez em nado de costas,em um minuto, 20 segundos e dois décimos. Tal foi umagrande apresentação, se levarmos em conta que a campeãfrancesa está convalescendo de uma longa enfermidade.

A campeã belga, senhorita Van de Kerchkove, venceua prova de 200 metros, em braçada, com um tempo de trêsminutos, zero segundo e oito décimos.

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O juiz Ermano Silvano, da delegação do Torino, não convenceu

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O aoa> t5e empate do Palmeiras, feito por Lula, nos minutos finais do 1*

SÃO PAULO, julho (De Geraldo Romualdo da Silva, especial para O GLOBU

l< SPORTIVO) — Afora os títulos de gloria que naturalmente apresenta, o Torino

se fazia simpático, antes da estréia, por uma serie de outros detalhes, um dos

quais pelo fato dc haver sido, na época da importação, daqueles que mais jogadoresbrasileiros abrigaram em suas fileiras. Não foi um Laz7.io, que só de uma feita con-

trator dez nacionais, mas durante anos seguidos sempre fez questão de ter pelo me-

nos um representante de nosso "soecer" em sua equipe melhor classificada. A exem-

pio do que sucedeu com Fernando Giudicelli, Demostenes Magalhães, Benedito Me-

nezes e Heitor Canali.

O PRIMEIRO SUL-AMERICANO A JOGAR NA PENÍNSULA

Pode-se mesmo afirmar que foi o Torino o clube peninsular que primeiro apre-

sentou italo-arnericanos no "cálcio". Começou com Baloncieri, jogador de origem

argentina, apenas radicado na Europa desde criança. E Baloncieri chegou a impres-

sionar tanto, pela técnica e pela disciplina, que acabou recebendo o título de "il ca-

valieri". classificação que saiu do povo para a oficialização. Ainda hoje, embora

encanecido, embora afastado das canchas, Baloncieri é, por toda gente, conhecido

como "il cavalieri" do football.

Leiam

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Intervenção do arqueiro italiano. Vê-se a segurança com que Bacigalupodefende.

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ERA PROFISSIONALISTA

a era profissionalista. A bemò" não se enquadrava no regimeio correspondia às exigências doaido, "por baixo", desprestigiadojuando Pozzo aventou a possibi-•ei técnico ser melhorado com ocracks sul-americanos. Então, oniscar Libonatti na Argentina,iter-forvvard, um extraordináriofoi. viu e venceu. No fim acabouiNo fim foi feito, tal como suce-alieri dei cálcio". Com Libonatti

Jo fantástico, não tendo havido,ionta do Prata, um único scratch

ssfalcado de quatro, cinco e até

ÍTICAS SUL-AMERICANAS

ie passaram sem que o "torcedor"seus próprios olhos — o "torce-3o Continente, é claro — até ques assimilaram as qualidades dccano. A bem dizer, nem os cam-38, que os inscreveram completa-, convenceram aos que, como nósm nas folhas-noticias desses jo-as passados, temos o Torino frente

como os nossos players, de cal-; curtos, de tornozeleiras à mos-leias "soquete" e íiligranosos no

O ataque do Torino em ação. Mazzolocarrega, mas Túlio faz a barreira. Cai-eira. Turcao e Gabbeto esperam o des-

fecho do lance

domínio do balão. Embora jogando com o center-half* enfiado entre os zagueiros, como um terceirozagueiro, sabe desenvolver boa velocidade, e nãopoucas vezes prefere os "ruchs" individuais a uma"jogada de parceria", bonita e também mais se-guia, porem muito mais demorada em seu obje-tivo de alcançar o caminho do ar.

E' verdade que o Torino de 48 se serve decaracterísticas sul-americanas em vários aspectosOnde realmente ficou foi na marcação, não obs-ttante procure sempre desdobrá-la, conservando o"pivot" onde está, mas recuando um dos meias epermitindo a que tanto o half-back direito como oesquerdo ataquem, de maneira que o ataque possaprocessar-se por esse ou por aquele setor.

UM TEAM DE GRANDES "ESTRELAS"

Vimo-lo, domingo, em encontro de estréia, e,como estreante, dandose-lhe os naturais descontos,não se saiu mal. Sua força maior é a harmoniadas linhas, o entendimento que ressalta desde oarco à ponta esquerda. E tem suas "estrelas" demagnífico fulgor, a exemplo do arqueiro Baciga-lupo, admirável na colocação, arrojado e precisocomo aqueles de nossas melhores eras; Ballarm, ozagueiro direito; Rigamonti, o "pivot", verdadeiroleão dentro da área; o ponteiro Menti, muito pra-tico nos centros e veloz; Gabetto, elegante e ma-licioso; sem parar muito em Mzazola, que, na rea-lidade, esteve muito longe da propaganda feita emtorno de seu nome, principalmente nesse matehde "debut". (Conclue na página 11)

YÂS,\J ir«__rff t_#i li-i as* «TES E JUVís os resultados nas duas rodadas já cumpridas pelos campeonatos de reservas,tvenís da F. M. F.: . . _ t,-„„,. o. iri,irnir.í>nc.P 7 xReservas: - Flamengo 5 x Olaria 0; America 3 x_ Bangu 2, Fluminense 7 x

' Vasco 5 x Bonsucesso 2; e Botafogo 2 x Sao Cristóvão i.V - Flamengo 2 x 1; América 3 x 0; Vasco 9 x V^rSSoL 4 x'lFlamengo 3 x 0; América 3 x 0; Bonsucesso 4 x 3 e'Botafogo 4 x 1-

»A — RESERVAS: — Fluminense 1 x Madureira 0; Vasco 3; xi Bangu 1, OlariaCristóvão 4 x Bonsucesso 1, e Canto do Rio 2 x BojJtfOgo l- 3

x 3* e São3: - Fluminense — Madureira 3x3; Vasco 7x1; Olana-Aménca 3 x _, e &ao

Fluminense 2 x 0; Bangú 2 x 1; Olarla-Amérlca 3 x 3; e Bonsucesso S x 2.

A SITUAÇÃO DOS CERTAMESluencia a situação atual dos clubes nesses certames e a segu«J»j

2o_FLA-.: _ i.o _ FLUMINSENSE x VASCO com 4 ponto** ganhos e 0 P^g^ e s>i j pontos ganhos e 0 perdido; 3« -^^^^^o^^o .2 per-' 2 pontos ganhos e 2 perdidos; 4.° — maduk jti» *V" . F

3ANGU' e BONSUCESSO - com 0 ponto ganho e 4 P^iüos. flamengoTES: _ i.o _ VASCO - com 4 pontos ganhos e 0 pertido 2. *£^ e

com 2 pontos ganhos e 0 perdido; 3.° — jmful^J\. n « V nerdido- 5o — S.FLUMINENSE e MADUREIRA - com 1 ponto ganho e 1 perdido, s.

BÁG.GALÜtO, A ES.iícUvO arqueiro do Torino é, sem favor, o principal elemento do team. As suas in*

tervencões foram realmente sensacionais.

CRISTÓVÃO — com 2 pontos ganhos e 2 perdidos; 6.° — OLARIA — com 1ponto ganho e 3 perdidos; 7-° — BONSUCESSO e BANGU — com 0 pontoganho e 4 perdidos.

JUVENIS: — l.° — BONSUCESSO — com 4 pontos ganhos e 0 perdido;2.° — FLAMENGO. FLUMINENSE e BOTAFOGO — com 2 pontos Banhos eOperdido; 3-° — AMÉRICA — com 3 pontos ganhos e 1 perdido; 4.° — BANGU— com 2 pontos ganhos e 2 perdidos; 5o — MADUREIRA — com 0 ponto ga-nho e 2 perdidos; 6.° — OLARIA — com 1 ponto ganho e 3 perdido** i. —,VASCO e S- CRISTÓVÃO — com 0 ponto ganho e 4 perdidos.

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Página 10 Sexta-feira, 23 de julho de 1948 O GLOBO SPORTIVO.. ~~ ~~~"* ilfiS

•^ su .»,. ...I i„A nota curiosa: a grande aprecnsão tle armas cm poder dos

torcedores

3

A pesar dos pesares, apesar de o 5Palmeiras ter jogado muito aquéafdo que dele seria licito esperar-se,ftanto mais que se trata de um carr

peão. e também se se levar em conta que!p Torino não fez jús, integralmente, ao]que dele se disse( o resultado, o empate]foi justo. O Que não parece ter coníor.mado aos entendidos e interessados na!•receita foi a arrecadação. Eles esperavam!e anunciaram mais de uni milhão de cru-i/.eiros na estréia, mos esse um milhão e Ipico ficaram reduzidos a só 806.771,50,oue aqui em São Paulo se assegura se""record", mas não de público, pois se ape»nas cerca de 60 mil pessoas andaram aver o Torino na estréia, em 42 c 46 o Pa-çaembú abrigou perto de 71 mil e5pecta.fnres.

O match, como os nossos leitores Já]tiveram noticia, terminou sem vencedor.!Um tento de Gabctto, assinalado na caragde Oberdan, colocou os italianos em van.|tagem no "marcador", do 29° minuto da|primeira fase ao 42°, que foi quando Lu-ía conquistou o empate, em posição duvi»dos->. di-ía-r-o de prrs^piin.

1

O 4ó.° ANIVERSÁRIO DOFLUMINENSE F. C.

(Conclusão da página 4)

crllhar a mesma estrada gloriosado seu destino em busca de ou-tros louros e vitorUs. Nesta d:it»de alegria para todos os quo seabrigam sob o seu pavilhão, suü-damos aos seus atletas de rodasas épocas — razão primordial dasua Indiscutível e consagrada sran-deza — saudámos a todos os quoderam multo do seu esforço, doseu trabalho e do seu tempo paruque ele seja mais respeitado o en-grandecido, c, saudámos, enfim, atoda esta plêlade de admiradoresanônimos que o ele ligada pelos la-cos de simpatia não se cansam deIncentivá-lo a matores triunfos. —SALVE TRICOLORES! HONRA EGLORIA AO FLUMINENSE!"

Os dois "captains' Oberdan c Mazzolo, com a original bola do match, com as cores ver-de e branca, do uniforme do Falmeiras

UM ARBITRO COMO QUALQUER OUTRO

4E o Palmeiras, mesmo irreconhecível eir.

relação a campanha realizada o ano pa->sado, teria triunfado se o árbitro Her-

mano Silvano não houvesse transformado umestupendo goal de Lima em "toque" de mãodesse jogador.

E por falar no árbitro, vale acrescentarque esse senhor Silvano, a não ser o uniformo,que é realmente aparatoso, nada tem que nospossa fazer lambem suspirar de inveja do>-"referées" italianos. Está ao nivel dos nos-o*mais discutidos apitadores.

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t:m menos de100 metros.

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Ataque ao arco do TorinoJ;J

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O GLOBO SPORTIVO Sej:fc-.*e:rcf, *V3 ,'- A. ' A-. Í fl /! ^O CiG 17«vO Página ? I

li»

CONTRATO I DE EXCLUSIVIDADE

Andava iudo tão quieto tão poucofalado que a noticia, uma vez divul-

gada no Rio, teve sabor d# escân-dalo. Então o Palmeiras fax um con-trato de exclusividade com o Torino,só inclue nesse contraio clubes deSão Paulo separando-se assim, tris-temente, de seus colegas metropoli-tanos? E' verdade, amigos, o Palmei-ras fez isso, Mas ele responderá pelaboca de um de seus dirigentes: "Vo-

cês compreendem, as exigências eramdemasiadamente fortes. Muito dinhei-ro, muilas cláusulas! Poderíamos re_darguir: "E por que. ainda que ape-nas P°r queslão de formalidade, os

palmeirenses não tiveram a cor-lesia de discutir o assunto com oVasco, Fluminense, Botafogo ou Fia-mengo, quando se sabe que esses clu-bes estão sempre propensos a con-siderar e se sacrificar diante de taisiniciativas? Ora. amigos palmeircn-ses, nem faz muilo tempo o Bolafogotrouxe ao Rio um quadro britânico.Não veio precedido do carlaz do To-rino, mas de qualquer maneira o pro-jeto custou caro. E que fez o Bolafogo?Uma vez assentado, combinado e es-labelecido que os britânicos embarca,riam a tanto, enviou um de seus di-rigentes a São Paulo, porque não secompreenderia que São Paulo, tãogrande nos esportes, pesando lantona economia esportiva do pais, e tãorico de tradições, ficasse à margemda temporada. Assim. São Paulo ?luo Soulhampion, aplaudiu o Soulhamp-ton, deu e apanhou do Southampton.

Agora é a vez do Torino. Os clubesdo Rio desejam proporcionar ao seupúblico o espetáculo de uma exibiçãodo Torino. Mas. da Paulicèia respon-dem que não. E argumentam com umconlrato de exclusividade, valendo-se disso para demonstrar que nãoquerem viver em paz com os seus in-genuos e sempre bem intencionadosirmãos cariocas.

E' triste e é abominável tudo •**<>•Porque isso 6 separatismo".

De BOBINA

SEM COMENTÁRIO

Outro leu uma entrevista de Carli-to, na qual Carlito afirmava que estavasatisfeito com Zezé Moreira, logo não ha-via razão para se pensar e anunciar a idade Gentil Cardoso para o Botafogo.

Eis como alguém interpretou o fato:Era só o que faltava, Carlito ser

contra ele próprio.

NÃO ANDA...Isto anda mal — comentava um

rubro-negro depois do ocorrido em BeloHorizonte.

Não — respondeu outro. Não an-da mal. Andar mal requer existência demovimentos. E isto não anda.

AMISTOSIDADE E FRIEZA — O internacional, em si, transcorreu em ambiente pra lá de amistoso, quebrado ape-nas de quando em quando pela rlspidez dc Eovio, que, di_a-se tíc*pas;ra_em, não se cansou de avisar que iria à forra, vin-gando-se, assim, daquilo çue considera cie ruim. feito a ele na Iír.Ha.

Quanto ao público, apenas irio, reiiexo da exagerada amistosidaoe que ia lá pelo gramado. No fim é como disse ooutro querendo fazer "blague";

— Mas isso só dura enquanto jogar a "Filial" com a "Matriz"..."Matriz", sendo o Torino; "Filial", o Palmeiras. Donde se conclue que, aqui como em qualquer parte da terra, o "tor

cedor" é sempre o mesmo, é sempre irreverente em seus deboches.

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EQUILÍBRIO — Existe, sem dúvida (pelo menos assimdemonstram os fatos), um novo estado de coisas em nossofootball, alem das arbitragens, porque existe uma maiornivelação de valores entre as equipes que disputam o cam-peonato. As duas primeiras jornadas já nos demonstra-ram isso. E, por certo, não se trata de um começo inse-guro, senão comprova clara e segura demonstração deforça.

* * *

AS VANTAGENS TELÚRICAS — De qualquer maneiraparece dominar entre os chamados pequenos aquela féque já parecia haver passado de época. Outra vez renas-ceu entre os miúdos a confiança em si. Outro dia mesmofoi o Botafogo que perdeu de quatro em seus dominios, edomingo passado, mesmo jogando em casa, o Vasco tevede suar frio para livrar-se do Bangú.

Conquanto os exemplos não sirvam de provas conclu-dentes para o que está por vir, pelo menos até aqui pare-ce naufragar aquilo que se denominou de tradicionalvantagem telúrica...

DA DISPLICÊNCIA A PRESSA — Embora vitorioso, oVasco teve que passar da displicência à pressa para nãoperder "em casa". Essa pressa, quase aflição, expressou-senotoriamente em Ademir, que, alem do mais, voltou a fa-zer goals — goals à sua marca.

• * *

NOVO SÍMBOLO — Em São Paulo, Palmeiras e To-rino entraram quase juntos em campo. O Torino entrouprimeiro. Depois dele surgiram os "verdes", cada um tra-zendo na mão direita um pequeno balão plástico, que dei-xados ao sabor do vento, demonstraram com bastante pro->riedade que também os aplausos e as rixas voam.

EXAGEROS — Parece mentira que, para lograr umaarrecadação de 806.771 vírgula 50 centavos, tivessem ospalmeirenses de inaugurar um novo espetáculo no Pa-caembú — as cadeiras de pista.

JUIZ DE ENCOMENDA — Como se sabe, o Torino trouxe um juiz na embaixada. Nome exato docaboclo: Hermano Silvano. E ao que se sabe, apesar de estreante em partidas internacionais, o Sr.Silvana fora a revelação da última temporada italiana de football. Há, porem, um detalhe que nâo foi con-tado pelos empreendedores do giro, mas que nem por isso deve permanecer oculto: quando da assinatu-ra do contrato para a excursão, o Torino impôs como condição "sine qua". para vir, trazer um árbi-tro. Não para passear, mas para dirigir todos os matches. Frisou que só se sentiria à vontade nos jogos,sabendo que teria em campo um "referee" da terra. "Signore" Silvan,. veio e já fez das suas. Cautelosa-mente, mas fez. E continuará fazendo, porque, positivamente já deu uma mostra do que conhece, no primei-ro prelio de seu clube, ou melhor do clube de sua Pátria...

FRASESFOOTBALL BR

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M1L_1h_"O verdadeiro football paulista esconde-se atrás das vc-

lharias que os clubes paulistas insistem em manter nos seusteams." (Mario Filho).

* •

"E' preciso não esquecer que no football brasileiro só osjogadores enriquecem." (Vargas Netto).

• •"Circulou a noticia de que o antigo árbitro Oscar Perei-

ra Gomes (da célebre dinastia dos Gomes) estava propenso asolicitar inscrição no Colégio de Árbitros." (Florita Costa).

"O espírito olímpico não é o que conduz à vitoria por cimade tudo." (José Lins do Rego).

"O animal mais feroz que já deu na selva do Trapicheiroé o dinâmico saguí." (Jeep).

"O football brasileiro veste roupagens novas, cortadas portécnicos sul-americanos." (Ricardo Serran).

• * *"Toda essa agitação que anda por aí, Mane da Gávea, não

passa de birimbaus." (Pedro Nunes).

ISENTO DE COR LOCAL — A firmeza sem exageros ou sem

gestos largos com que o juiz inglês fez cobrar duas vezes o mesmo

pênalti na peleja Bangú e América, constituiu, para muita gente,um episódio intraduzivel e isento de cor local.

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REGRAS OFICIAIS

• • >

A presente tradução con-

tem também as recomenda-

ções, instruções e conselhos de

Footbali Association, da In-

glaterra, os quais têm força

de lei.

REGRA ICAMPO DE JOGO

O campo de jogo e seus detalhesobedecerão ao esquema da página se-guinte:

DIMENSÕES

O campo de jogo será retangularO comprimento máximo será de 120metros e o mínimo de 90 metros. Alargura não será maior que 90 metro-;nem menor de 45 metros. (As par*:-das internacionais serão jogadas emcampo cujo comprimento não serámaior que 110 metros, nem menor que100 metros, e cuja largura não serámaior que 75 metros nem menor que64 metros). O comprimento será sem-pre superior à largura.

MARCAÇÃO DO CAMPO

O campo de jogo será marcado, deacordo com o esquema acima, _por li-nhas bem visiveis, que não terão maisde 12 centímetros de largura e nãopor sulcos em forma de "V". As ii-nhas limítrofes de maior comprimen-to são chamadas "linhas laterais1'J

(toulhnes) e as de menor comprimen-to "linhas de fundo" (goal lines). Emcada canto será colocada uma bandei-ra cujo mastro não será ponteagudo eterá, no mínimo, lm,50 de altura. Noprolongamento da linha da metade docampo, a 1 metro, no mínimo, parafora da linha lateral, poderão ser co-locados, de cada lado, um poste e ban-deira similares aos de canto. Na me-tade do campo será traçada uma li-nha transversal de lado a lado. Ocentro do campo será assinalado poruma marca apropriada, ao redor daqual será traçado um círculo com9m,15 de raio.

ÁREA DE METAA 5m,50 dos pestes de meta, serão

traçadas em cada metade do campoduas linhas perpendiculares à linha defundo, as qua» entrarão 5m,50 pelocampo a dentro e serão ligadas poruma linha paralela à linha de fundoO espaço delimitado por essas linhase pela linha de fundo será chamadoárea dc meta.

ÁREA DE PENA MÁXIMAA 16m,50 de cada poste de meta,

serão traçadas, em cada metade do

O "SCRATCH" DE 1948jpHHQB^H^mQB^mmmHfmmiiim^ ¦—— —w—————»———»—»———— . .1.1 lim mijjaj

A Radio Globo organizou para•»

este ano, a maior equipe esportiva

da cidade, sob o comando de seu

locutor Luiz Mendes. Com o inicio da

temporada, sábado e domingo pas-sados, foi dada a

"ar-ancada deci-

siva", coroada de pM.no êxito, em

virtude da cobertura completa de to-

dos os jogos por elementos especia-

lizados. No clichê acima, colhido porocasião da transmissão do programa"Esportes no Ar", vemos a equipe

completa, composta dos radio-repór-

teres e locutores, na seguinte ordem.

da esquerda para a direita, senta-

dos: Max Gold, Wolner Camargo,

Raul Brunini, Luiz Mendes, Galhardo

Guayanaz, Geraldo Romualdo, Pom-

peu Anqelo e Francisco Marques; de

pé, Fernando Jacques e Hemílcio

Fróes. Na próxima rodada deste

campeonato, escolha o seu jogo e

ouça-o pela Radio Globo.

<D"SCR A KH"DA SEMDomingos, o crack

A segunda rodada do campeonato não foi pródiga em grandes atua-ções. O velho Domingos da Guia destacou-se como o crack da semansa,revivendo os seus bons dias. E justamente num matei! em i». o .. uteam. o Bangú, enfrentando o Vasco em São Januário, não tinha muitasprobabilidades cie aparecer. Domingos tornou-se a maior figura do cam-po e a maior da rodada. E é interessante observar que foi esse match quedeu maior jogadores para o scratch da semana, já que o encontro Ma-dureira e Fluminense, apontado como o número um da rodada, apenasforneceu um jogador: Herminio. O melhor keeper foi Barbosa que tevede se empregar a fundo na fase de reação do Bangú. Domingos e Wil-son. os dois extremos, o mais velho e o mais novo, o que foi dono daposição e o que está indicado para tomar-lhe o lugar, formam a zaga.A linha media ficou com Ely, Herminio e Amaro. No ataque Paraguaio pe-Ia segunda vez ocupou a ponta, Maneco conquistou a meia, Pirillo que rea-pareceu merece ser considerado o center-forward da semana, enquanto aala esquerda, embora sem muito destaque, reúne Lima e Chico.

DA PRIMEIRÃ FILA(Conclusão da 3.a página)

no Vasco, é que Zé Lins não ia olhar o>¦¦ - ¦ arinho. AuRUsto Frederico Schmidt eramais feliz, encontrara um refugio. Zé Linsnão tinha refucio nenhum. Binuá foi em-bora, o Flamengo ficou sem Biguá. Zé I.inssabia o que isso significava e continuougrudado na cadeira cie vime. Biguá levou atranqüilidade de Zé Lins. Foi Biguá sair,foi o Vasco tomar conta do campo. Doisa dois, três a dois, quatro a dois. Co?n osquatror a dois no placard, a torcida doVasco deu sinal de vida. soltou foguetes.Zé Lins ouvia os gritos de Vasco, Vasco, aexplosão de bombas. Augusto FredericoSchmidt parecia ouvir música, os anjos lo-cando harpa.

Não

havia mais lugar em General1 Severiano i>ara Zé Lins. "Eu vou-

— me embora, Mario Filho, não ficomais aqui". "Está acabando, Zé Lins". E'que ele tinha de pegar um lotação. Parapegar um lotação só saindo cedo, na fren-te. E para Zé Lins o que estava acabandonão era o match, era o Flamengo, o mundo."Até amanhã". O corpo de Zé Lins tapoua visão dc Augusto Frederico Schmidt. "Queê isso? Você já vai, Zé Lins?" "Já. Schmidt"."Pois eu ainda fico, Zé Lins". AugustoFrederico Schmidt podia ficar, tinha rte íi-car, como se cie estivesse assistindo ao ms-cimento dc nm novo mundo, um mundopuro, sem guerra, sem footbali. Com o ceu,a terra, ele, o passarinho e nada mais.

O GLOBO 5PORTIVQ

campo, duas linhas perpendiculares àlinha de fundo, e as quais entrarão16m,50 pelo campo a dentro e serãoligadas por uma linha paralela à li-nha de fundo. O espaço delimitado poressas linhas e pela linha de fundo seráchamado área de pena máxima. Den-tro de cada área de pena máxima seráfeita uma marca conveniente, a 11 me-tros do ponto central da linha de fun-do, distancia que será medida sobreuma linha imaginaria'em ângulo retocom a linha de fundo. Essa será amarca do tiro de pena máxima. Decada marca de tiro de pena máximaserá traçado, fora da área de pena má-/ima, um arco de círculo tendo 9m,15de raio.

SETORES DE CANTO

De cada poste das bandeiras de cau-to será traçado, dentro do campo, umquarto de circulo tendo 1 metro deraio.

METAS

As metas serão colocadas no centrode cada linha de fundo e serão for-madas por dois postes verticais equl-distantes das bandeiras de canto, &7ms,32 um do outro (medida por den-tro) ligados por um travessão hon-

zontal, cuja face inferior ficará a2ms,44 do chão; A largura e espes.su-ra dos postes e do travessão não ex-cederão de 12 centímetros. Poderãoser colocadas redes nos postes, traves-são e solo, atrás das metas. Deverãoestar convenientemente sustentadas ecolocadas de tal modo a permitir ii-vre espaço ao arqueiro,

RECOMENDAÇÕES AOS JUIZES

Visite o campo antes do jogo, a fimde verificar se tudo está em ordem.Se, por motivo de mau tempo ou denegligencia, ns condições do campooferecem perigo aos jogadores, recuseatuar a partida. Se as linhas não es-tiverem propriamente marcadas, pro-videricie, se houver tempo, para que osejam, antes do jogo. Exija que ospostes das bandeiras tenham lm,50, nomínimo. Altura menor seria perigosa.

Não consinta nunca que seja empre-gada fita ou qualquer outro materialnão rígido em substituição da barratransversal. Os postes da meta devemser pintados de branco. Examine asredes antes do jogo, verificando se elaòestão firmemente presas e se existemrasgões.

RECOMENDAÇÕES AOS JOGADORES

Estude as regras cuidadosamenteSó dessa maneira se pode vir a ser umbem jogador e apreciar devidamenteuma partida de footbali. Se todos osjogadores tivessem pleno conhecimen-to das regras e, particularmente, esti-vessem bem a par dos poderes confe-ridos ao juiz, verifiear-se-iam menosreclamações, que tantas vezes resul-tam na advertência aos jogadores.

Os arqueiros, às vezes, no esforço deevitar um tiro ou deter a bola, segu-ram a viga transversal e a puxam parabaixo. Tal procedimento é conside-rado incorreto.

REGRA IIA BOLA

A bola será esférica. O envólucroserá de couro e na sua confecção naopoderá ser empregado qualquer outromaterial que possa tornar-se perigosopara os jogadores. A circunferência oabola não terá mais de 71 centímetrosnem menos de 68 centímetros. O pe*0da bola, no começo da partida, náo se-rá maior que 453 gramas nem menorde 396 gramas.

(Continua no próximo número)

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O GlOBO SPORTIVO Sexfo-feím, 23 de julho de 1948 Página 13

/'.__. __-_ (O Mil?iM "ES"!"**». ) ___d_-^" ___SU"«C_BK_l.,?_ií It;1'"1"" _¦__¦V ™&Íto 5_ÜMO (COMBJDO A < jf Í^^HSEIHS

/WIRítlEM SEMPRE FO» MIRIMMIRIM, ALI AS, MO CASO DELE.,NEM ERA NOME DE GEMTE ESIM DE UMA PELADA,UM CAM-PINHO DE NADA OMDE ELE

JOGAVA.

Doando começoua 30gar no manü-fatura a torcidado subúrbio 3a'sabia o nomeDELE .-E* O MIRIM

OQm dia um torcedorco flumiwemse.o dr»costa filho, foí pro-CURA-LO EM CASA AS 5HORAS DA MADRUGADAMIRIM.MIRIM ESTAVADORMINDO, O DR.COSTAPILHO TRATOU DE DORMIRNO CARRO ENQUANTOAMANHECIA DE VEZ

_-~___________________

^Ve°arrÍpe^aT^ Q/ií^} | ri. *P? l^'«^^ jB^^te5 "tô>,, Wff^\

I ^__1——-— W^ -í? % W ^ CY&Y(% ^^ "«1* I ? VOO MAf2CAR OM -^-TX^^^ > MAIS VOLTAREI... H KJt*\mm .-'-nfmMMl********''*'" av* t '-^ 1— tqv/.r .. ^~\X^Y> c _/ j

[m.IRIM SE ASSUSTOU COM O CONVITE?NUNCA LHE PASSOU PELA CABEÇA QUEUM DIA JOGARIA PELO FLUMINENSE.COAJS>DERAVA-SE. UM 30CSADOR MUITOPEQUENO PARA UM CLUBE TAO GRANDE

«MAS ACABOU INDO.»

[pARA SE TER A IDÉIA DO QUE ELEPEMSAVA DELE MESMO . TODA VEZOUE IA MARCAR TOVAR TREMIA DE

MEPO - •

IIpEZAR DISSO QUANDO O FLUMINENSEO EMPRESTOU AO BONSUCESSO MIRIM jCHOROU PENSANDO QUE NAO VOLTA-

RIA MAIS A ÁLVARO CHAVES

1,^TTTr""»TTTfWÍ

WO 6QWSUCESSO, REALMENTE,SE SENTIUOUTRO. LARGOU A HUMILDADE, O ME-DO, DEO RARA 0O6AR FOOT-BALL,CRESCENDO EM CAMPO _______

*«*.*

Í$em queria voltar -^^PAf^o ROJFMINENSE - MO BONSUCESSO EEA O

MIRIM FALADO, O DOMO DO TEAM ,NOFLUMINEMSE TALVEZ VOLTASSE A SERO SOGADOR QUE TREMIA QUANDO

IA MARCAR TOVAR

__ ________ —— j^—

P OI PRECISO QUE OMDIMO O COM VEMCESSE. QUE O FLUMINENSE AlAO ERAGRAMDEDEMAIS PARA UM BOM JO-

GApOR

E DE REPENTE ELE VIU QUE PO-DiA 30GAR NO FLUMINENSE, Qt-ENO FLUMINENSE. p^Ç^S^^cMIRIM. COM A VANTAGEM* D£ *£*£«O MIRIM DO FLUMIMEWSEJE NAO

O MlRlM DO BONSUCESSO£

ItÂO TREMEU NEM DE ANTEDE DANILO, PELO CONTRA-RIO, 3A TlNHA TANTA COM-FlANCA EM SI MESMO QUEQUIZ MOSTRAR QÜE 5°6-"VA M_J*S QUE DANILO •••

íEM _23 ANOS,QUER Fl-CAR CADA VEZ MELHORPARA NAC» TER Qí-IE. VOL-TAR PARA UMA FABRl-CA E PEGAR WO PESA-

DO/

KoR ISSO esta: COM oOLHO NO CAMPEOMATO DOMUNDO- PENSAJüDO í. YATET LA O DANILO D£VEESTAR VELHINHO •«••L_~ J

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Página 14 Sexta-feira, 23 de julho de 194S O GLOBO SPORTIVO

..

u— De RICARDO SERRAN

Talvez seja confiançaadquirida com a vinda dosjuizes ingleses, certo que ospequenos clubes andam fa-sendo sucesso nestas duasprimeiras rodadas do certa-me. Há. mesmo, .entre elesum que parece disposto . aexercer muita influencia nodesenrolar do campeonato.Trata-se do São Cristóvão,este semestre bem diferentedo São Cr stovão de 47 e 48inclusive. Sem aviso prévio,os alvos tomaram o lugarque era tido como do Olaria.este já com duas derrotas.Discretamente, esqueci-dos por todos, foram até Ge-herj""! Severiano e surpreèn-dsrám o Botafogo, impondo-lhe uma contagem convin-cante: quatro a zero. Muicagente acreditou que a culpafosse dos alvi-negros, quevoltavam a cumprir a suasina nos desastres inespera-tíos. Mas no domingo se-guinte o Botafogo jogou emNiterói e venceu bem o Can-to do Rio, enquanto o SãoCristóvão acabava com o car-taz conquistado pelo Bonsu-cesso contra o Vasco. E osalvos passaram a ser consi-deradós como azar viável,para a colocação entre osprimeiros no final do cam-peonato. O Olaria, o trunfomaior dos pequenos, depoisde ceder o lugar ao São Cris-tovão, já encontrou outroclube para ficar à sua frente.O Madureira, descansandona primeira rodada, não seespantou com o Fluminensena tarde de domingo e sus-tentou o empate com o tri-color da cidade. Foi uraponto bem precioso que ocampeão do Municipal per-deu, já que não poderia estar

,p nos cálculos de seus dirigen-tes. Duas surpresas em duasrodadas, mostrando que ocertame ainda poderá ofere-cer muitas alterações nos cál-culos dos entendidos.

MjSieirorick. 'fredo -

jjJBpn —

Flagrante do match dos tricolores, vcnlo-se a defesa do Fluminense cm ação.

O franco favorito, o Vasco, já atravessou dois obstáculos. A principio di-zia-se que Bo.-isuccsso e Bangú eram presentes de festas para os campeões,mas em Teixeira de Castro os rubro-anis custaram a entregar os pontos, sen-do derrotados nos segundos finais do encontro. Na segunda rodada, os alvi-rubros chegaram a estar perdendo por 3x1, mas reagiram e depois de diminuira contagem ameaçaram seriamente o escore de 3x2 favorável aos locais.O Vasco, porem, deve saber que terá de enfrentar dez adversários iguais, nasdezoitos pelejas que lhe faltam. Não há pequenos e grandes, quando se tratade jogar contra o campeão da temporada anterior, tanto mais com o novotítulo obtido no estrangeiro. Uma vitoria sobre o favorito é como a conquistado certame, dada a repercussão que por certo alcançara. Bonsucesso e Bangujá tentaram c não estiveram muito longe de consegui-lo.

O segundo, na ordem de prováveis, é o Fluminense. Com o primeiro postodo torneio inaugural de 48, poderia falar até em novas vitorias sobre o Vasco.Mas o primeiro tropeço surgiu em Conselheiro Galvão. Há outros percalços nocaminho a percorrer

"e também e-oAtra os tricolores existe o desejo de V^pria

-——— _____ 0

NOVO ESTJÍDW PM.EM CJZMPINMS,

IvkãqucTe üo estádio que será cons ruido pelo Gua.aui **'. C, de Campinas, e que terá capacidadepara vinte * nove mil pessoas. A praça de esport ;s terá como local a Vila Paraíso ,em Cam^iuas,

abrangendo uma arsa de cincoenta mil uu t*os quadrados.

dos adversários. Mas o que vem conspirando contra oteam, sem a menor dúvida, é o academismo de algunsdos seus astros. Campeões do Municipal, por força decircunstancias que talvez não se repitam, determina-dos elementos fizeram -auto-descoberta sobre suas qua-lidades. As filigranas, as jogadas para o público, pas-saram a ser mais utilizadas do que a ação em conjunto.Lá nos subúrbios, pensaram em liquidar o Madureira.que vinha de um Municipal sem brilho. Um empatefoi o que restou da aventura exibicionista. Que sirvaa lição.

O Flamengo, pelo match de estréia, merece tam-bem ser um dos candidatos ao titulo. Os cinco a :erodo Olaria foram o anuncio de suas pretensões. Defolga na segunda rodada, foi até Belo Horizonte paraganhar duas ou mais dezenas de milhares de cruzeiros.Esteve inclusive ganhando o jogo, mas um jub mi-neiro fez a sugestão aos paredros locais sobre a neces-sidade de mandar buscar árbitros ingleses para Mi-nas... Menos, naturalmente, norque sejam ingleses,mas porque sejam imparciais. Na quarta rodada, da-quí a dois domingos, os rubro-negros vão enfrentar oVasco, na Gávea. Será que estarão em condições deapresentar as suas verdadeiras possibilidades ao título?

• • »Mostrando os pretendentes aos "placês", não se

deve esquecer do América, caso queira realmentemostrar que não parou em Bogotá como escreveu onosso colega José Luiz da Silva Pinto, de ''O Globo".Contra o Bangú, quatro a zero; contra o Olaria, quatroa dois. Para começo nada mal, mas falta muito parafazer. O "plantei" dos rubros não permite muitas mo-dificações no team e para um campeonato poderá nãobastar. Esse tem sido o maior defeito do América nasúltimas temporadas e é provável que volte a influirna resistência do quadro.

• * •Vasco, Fluminense, Flamengo. América e São Cris-

tovão. Cinco bons candidatos, mas e o Botafogo-Poucos entendem o Botafogo. Olhando para os ele-mentos com que contam, a conclusão é à única pos-si vel: — um team perigoso. Conínua, porem, a serperigoso apenas em teoria. Na prática acontecem - assurpresas e com muito esforço os alvi-negros chegamao vice-campeonato. E' o mistério do football carioca,a desafiar os advinhos que abundam pelo nosso es-porte. . ? .

Citamos os que prometem e agora vamos aos quejá representam o papel de todos os anos. O Madurei apode ser dado como incógnita, devido a boa estroia-Òs tricolores suburbanos, contudo, não irão mui.olonge. O Olaria, por certo, estragará a carreira de ai-gúro. candidato real e fará reviver a legenda de "íe^~ror de Bariris", mas o seu lrtgar está marcado doquinto posto para baixo. Bonsucesso, P^ngú e Cantodo Rio farão a luta para fugir da lar.V ã. Essas saoas impressões colhidas nas duas primeiras rodada-*»do certame. Muita coisa poderá acontecer, mas úiy-cilmente andará longe das previsões lógicas que f°-ram ditadas pelo conhecimento da força dos concor-rentes.

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O GLOBO SPORT/VO

síntese da rodadaMADUREIRA 1 x FLUMINENSE 1. Local: Conse-

«hPiro Galvão. Renda: Cr$ 72.018,00. Juiz: Mr. Bar-¦% Teams- MADUREIRA: MUton — Danilo e Godo-Ü^n — Arati — Herminio e Mineiro — Lupercio — Bi-En — Eunapio — Didi e Betinho. FLUMINENSE: —Pn st ilh o — Fé de Valsa e Helvio — índio — Mirim e«,>nde __ -109"' — Simões — Juvenal — Orlando e Ro-Bigode"UriRues.

\ Goals de EunapioBgundo.

no primeiro tempo, e "109", no

VASCO 3 x BANGU' 2. — Local: São Januário.-Mentia' CrS 57.296,00. Juiz: Mario Vianna. Teams: —VASCO: — Barbosa — Augusto e Wilson — Ely — Da-

_____ e Aedo — Nestor — Ademir — Friaça — Tuta e Chico.B&NGtT- — Orlando — Domingos e Nogueira — Gual-B — Irany e Pinguela — Tião . Amaral — Moacir —Benezes e Zezinho.

Goals de Ademir, Zezanho e Friaça, no primeiro tem-e Ademir e Amaral, no segundo.

AMERICA 4 x OLARIA 2. Local: Rua Bariri. Ren-_• Cr$ 33.266,00. Juiz: Mr. Lowe. Teams: AMERICA:Osny — Alcides e Joel — Gambá — Gilberto e AmaroA-i Maneco — César — Lima e Esquerdinha. —

_ARIA: — Sandro — Leleco e Lamparina — WalterCláudio e Ananias — Alcino — Ubaldo — Cidinho —noeiro e Esquerdinha.

Goals de Maneco, no primeiro tempo, e EsquerdinhaIo Olaria), dois; Ari, Esquerdinha (do América), e Ma-Eco, no segundo.

BOTAFOGO 4 x CANTO DO RIO 2. Local: Caiofarüns (Niterói). Juiz: Mr. Ford. Renda: Cr$ 28.108,00..anis: BOTAFOGO: — Oswaldo — Gerson e Santos —jbinho — Ávila e Juvenal — Paraguaio — Geninho —rülo — Octavio e Braguinha. — CANTO DO RIO: —jair — Borracha e Manoclzinho — Vicentini — Edi-io e Zarey — Heitor — Waldemar — Geraldino — Ca-ipo e Raimundo.

Goals de Carango, no primeiro tempo e Octavio, Pi-Ho, Octavio (de penalty, foul de Vicentini em Bragui-ia), Carango (de penalty. foul de Rubinho em Geral-no), e Octavio, no segundo.

S. CRISTÓVÃO 5 x BONSUCESSO 2. Local: Fi-íeira de Melo. Renda: Cr$ 23.190,00. Juiz: Mr. Devine.|ams: S. CRISTÓVÃO: — Jocl — Mundinho e Lino

Richard — Geraldo e Souza — Wilton — PaulinhoMical — João Menta e Magalhães. — BONSUCESSO:Alvarez — Nanatti e Miguel — Vitor — Agostinho e

íto — Zé Luiz — Cola — João Pinto — Enguiça ebnpihha.| Goals de Souza, penalidade fora da área; João Pinto,leal (dois), no primeiro tempo, e João Menta, Joãopto e Souza (de penalty). no segundo.

O São Cristóvão perdeu ainda um penalty, que Mi-atirou mal para Alvarez defender.... '

RENDASCABELG5 BRANCOS

TTT-

|U5A- SE COriD LOCA.

PENALTIESQuatro penalidades máximas ha-jn sido assinaladas na primeira ro-ia e mais quatro foram consignadasbingo último. Deátas últimas, duasam registadas no jogo Canto doi x Botafogo, apitado por Mr. Ford,aram convertidas em tentos por Oc-io e Carango. Os outros dois penal-> foram consignados no match Sãostovão x Bonsucesso, por Mr. De-e, tendo um sido convertido em

|1 por Souza e o outro sido esperdi-Io por Mical, que atirou para Al-tez defender. Assim, a estatísticaI penalties oferece estes números:linalados 8. Aproveitados 6. Esper-iidos 2. Desses oito penais, cincoam marcados por Mr. Ford, dois

Mr. Devine e um por Mr. Lowe.

JUIZES EM AÇÃOjogos do campeonato da cidade

mi dirigidos até agora pelos se-Ucs juizes: Mr. Ford. Mr. Barrick,

Devine e Mr. Lowe, dois jogosIa um; e Gama Malcher e Mariojima, um jogo, cada um.

Ainda que. umpouco menorque o da etapainaugural —cerca de quinzemil cruzeirosapenas — foirazoa velmentesatisfatóriaa arrecadaçãototal da segun-da rodada doc a m p e o n a-to. Convenha-mos dizer quemais uma veznão foi ofereci-do ao públiconenhum dosseus jogos maisatraentes e âuio se poder con-siderar anima-dora a arreca-dação geral dedomingo. Cri213.878.00 foi ototal das ren-das nos cincojogos efetuados,o que elevou omontante docertame à cifrade Cr$ 442.068,00. — Arenda maior,por jogo, conti-tinuou a ser ado match Bon-sucesso x Vas-co com CrS ...86.846,00 e •menor continuoua ser tambéma do prelio Bo-tafogo x SãoCristóvão, comCr$ 20.906,00.ambas verifica-das na primei-ra rodada.

Sexta-feira, 23 de julho de 1948 __ Página 15 |

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A segunda etapa do certame oficial da cidade, _voltou a cercar-se de algum interesse. O São Cris-tovão, o América e o Vasco confirmaram o arrancoinicial, marcando a segunda vitoria. Os alvos e osrubros em condições firmes, e os cruzmaltinos maisuma vez lutando com dificuldade para se impor aum "pequeno", que foi agora o Bangú, "duro" co-mo fora o Bonsucesso na rodada inaugural. O Flu-minense sofreu, porem, um "tropeço" que não es-

perava, deixando ficar cm Madureira um pontinhoprecioso. O Botafogo conseguiu melhorar a sua si-tuação, vencendo o Canto do Rio, em Niterói, en-

quanto o Olaria, adiou a sua esperada rchabilita-ção. O Bonsucesso, que tão bela figura fizera con-tra o Vasco, caiu de 5x2 ante o São Cristóvão, eo Bangú e o Canto do Rio voltaram a amargaruma derrota. Com os resultados da segunda ro-dada, em que folgou o Flamengo, a "fila" do eam-

peonato ficou assim:

1°: _ s. CRISTÓVÃO — 2 jogos; 2 vitorias;4 pontos ganhos; 0 perdido; 9 goals pró; 3 contra.Saldo: 7.

1<> _ AMERICA — 2 jogos; 2 vitorias; 4 pon-tos ganhos; 0 perdido; 8 goals pró; 2 contra.Saldo: 6.

1» — VASCO DA GAMA — 2 jogos; 2 vitorias;4 pontos ganhos; 0 perdido; 5 goals pró; 3 con-tra. Saldo: 2.

2"— FLAMENGO — 1 jogo; 1 vitoria; 2 pontosçanhos; 0 perdido; 5 goals pró; 0 contra; Saldo: 5.

3» — FLUMINENSE — 2 jogos; 1 vitoria; 1empate; 3 pontos ganhos; 1 perdido; 7 goals pro;4 contra. Saldo: 3. .

4U — MADUREIRA — 1 jogo; 1 empate; 1ponto ganho; 1 perdido; 1 goal pró; 1 contra.

5» _ BOTAFOGO — 2 jogos; 1 vitoria; 1 der-rota; 2 pontos ganhos; 2 perdidos; 4 goals pro;6 contra. Déficit: 2.

6« _ BONSUCESSO — 2 jogos; 2 derrotas;0 ponto ganho; 4 perdidos; 3 goals pro; 7 contra.Déficit: 4.

6o _ CANTO DO RIO — 2 jogos; 2 derrotas;0 ponto ganno; 4 perdidos; 5 goals pró; 10 con-tra. Déficit: 5.

6o — BANGU' — 2 jogos; 2 derrotas; 0 pontoganho; 4 perdidos; 2 goals pro; 7 contra; Déficit: 5.

6o — OLARIA — 2 jogos; 2 derrotas; 0 pontoganho; 4 perdidos; 2 goals pró; 9 contra. Déficit: 7.

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As Bronquites (Asmáticas, Crõ-nicas ou Agudas) e as suas ma-nifestações (Tosses, Rouquidão,Catarros, etc), assim como asGRIPES, são moléstias que ata-eam o aparelho respiratório e de-vem ser tratadas com um medi-camento enérgico que combata omal, evitando complicações gra-ves. O SATOSIN contendo cie-mentos antisséticos, peitorais, tô-nicos, recalcificantcs c modifica-dores do organismo é o remédio ;indicado. Procure hoje o sen vi- }lro de SATOSIN nas boas far- :macias e drogarias.

Continua va-zia esta coluna.Os nossos tem-peramentais jo-gadores têm an-dado com osnervos contro-lados, nessasduas rodadasiniciais do eam-peonato da ei-dade. Se até ofim do certameeles não tive-rem aprendidoo inglês, ou osjuizes inglesesnâo tiveremaprendido oportuguês,é possível quea coisa perma-neça assim. Masserá mesmo?

OS ARTILHEIROS

a artilharia do São Cristóvão é que está com maior nume-

^X0Âdr°eiaçãrc0ampMÍC do. goleadores do certame é a se-

^ SAO CRISTÓVÃO - 9 goals - Souza 3, Mical 3, Maga-

lhfes 1 Wilton 1 e João Menta 1. .AMÉRICA — 8 goals — Ma-®

neco 4, Esquerdinha 2, Amaro1 e Ary 1. _

FLUMINENSE — 7 goals —Rodrigues 3, Orlando 2 e 109 2,

FLAMENGO — 5 goals —Luizinho, Zizinho, Durval, Jaire Vevé, 1 cada.

CANTO DO RIO — 5 goals— Geraldino 2, Carango 2, eZarey 1.

VASCO — 5 goals — Mane-ca 2, Ademir 2 e Friaça 1.

BOTAFOGO — 4 goals —Otávio 3 e Pirilo 1.

BONSUCESSO — 3 goals —João Pinto 2 e Zé Luiz 1.

OLARIA — 2 goals — Esquer-dinha 2.

BANGU' — 2 goals — Zczi-nho e Amaral.

MADUREIRA — 1 goal —Eunapio.

Bolas nas redesOdair, do Canto do Rio, con-

tinua como o arqueiro mais va-zado do certame, agora com* umtotal de dez bolas nas redes. Arelação integral dos Jteepersvencidos c a seguinte: — Odair(Canto do Rio), com 10 goals;Orlando (Bangú) e Alvarez(Bonsucesso) com 7 goals: Os-waldo (Botafogo) com 6 goals;Zczinho (Olaria) com 5 qoals,Sandro (Olaria) com 4 goals;Castilho (Fluminense) com 4goals; Barbosa (Vasco) com 3goals; Osny (América) com 2goals; Joel (São Cristóvão) com2 goals; e Aíi/íon (Madureira)com 1 goal. Luiz, do Flamen-go, tem um jogo sem ter sidovazado.

A PRÓXIMA RODADADOMINGO, 25 — América x

Flamengo, em São Januário;Botafogo x Madureira, em Ge-neral Severiano; Olaria x Vas-co, na rua Bariri; Bonsucessox Canto do Rio, em Teixeira deCastro; e Bangú x São Cristo-vão, em Moça Bonita.

DOMINGO, 1 de agosto --Fluminense x Botafogo, em Al-varo Chaves; Flamengo x Vas-co ia Gávea; Madureira xB ô « s u c e s s o. em ConselheiroGalvão; São Cristóvão x Ola-ria. em Figueira de Mello; eCanto do Rio x Bangú, cm Ni-terói.

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Page 16: Página 2 O QUE O BRASIL PODE FAZER jgj LONDRESmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1948_00513.pdf · Para tanto, basta que o atleta patricio conserve, em Londres, a forma que ostenta"

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