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Página 10 Os instrutores do Programa Leite Legal contam com a aju- da de um gadget inovador para realizar o trabalho. Uma caneta que registra eletronicamente as anotações de campo facilita a atividade dos técnicos e auxilia na gestão do programa. Quando comparecem nas propriedades beneficiadas, os profissionais utilizam o equipa- mento para anotar as respostas dos produtores a um questio- nário-padrão, sobre práticas que garantem a qualidade do leite. As informações ficam ar- mazenadas eletronicamente, juntamente com os dados de geolocalização de onde a pes- quisa foi aplicada. “Isso permi- te um melhor acompanhamento dos passos de cada instrutor”, detalha Alexandre Prado, coor- denador de projetos especiais do Senar-RS. Essa pesquisa é a base de um diagnóstico sobre as práticas de cada proprieda- de, servindo de base para as ações a serem sugeridas aos pe- cuaristas beneficiados. O Leite Legal é um progra- ma do Sistema CNA/Senar em parceria com o Sebrae. No Rio Grande do Sul, o Senar-RS já assinou termo de cooperação com três indústrias, que indica- ram pecuaristas integrados para passar pela capacitação. Tudo começa a partir da análise das amostras do produto entregue - quando se verifica que o leite de determinado produtor pode ser melhorado, os laticínios re- comendam-no para a capacita- ção. No programa, eles são ori- entados a implantar práticas que garantam um leite com padrão compatível com o exigido pela Instrução Normativa 62. Atualmente, três indústrias já assinaram termos com o Senar- RS. Os fornecedores benefici- ados passam primeiro por au- las teóricas sobre qualidade do leite e, após, recebem a visita dos técnicos, que aplicam o questionário usando a caneta eletrônica e indicam melhorias no manejo. O trabalho culmina, três meses depois, com novo teste de qualidade do produto entregue à indústria, no qual se tira a prova de que o trabalho surtiu efeito, com a melhoria do padrão do leite, ou de que no- vas adaptações se fazem neces- sárias na propriedade. Em dois anos, a meta do Leite Legal no Estado é formar 100 turmas, atendendo a 800 propriedades. A contribuição que o Senar- RS está dando para a melhoria da cadeia leiteira no Estado foi destacada pelo chefe da Divi- são Técnica da instituição, João Augusto Telles, durante sua par- ticipação no Fórum do Leite, na Expodireto, realizada no come- ço de março em Não-Me-To- que. Além do programa Leite Legal, ele chamou a atenção para outra iniciativa: o Leitec - Tecnologia na Produção de Lei- te, que aprofunda as ações de assistência técnica rural do Se- nar-RS, Esse programa, com 18 me- ses de duração, tem meta de atender a 300 produtores, or- ganizados em 30 turmas. Ao todo são 11 módulos, incluindo parte teórica e acompanhamen- Senar inova em cursos para pecuária leiteira * Obs.: os presente valores são, posto na plataforma, considerando produção de até 1.000 litros/dia. Conseleite As indústrias e os produto- res de leite, reunidos em mar- ço no Conseleite-RS, anunci- aram o valor de R$ 0,7751, como base para o leite entre- gue em fevereiro. O Conselho divulgou ainda a tendência do valor de referência para o mês de março de R$ 0,8335: um aumento de 10,3% na compa- ração com o mês anterior. De acordo com o presiden- te da Comissão do Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, o mo- tivo é uma redução nacional da oferta, devido a problemas cli- máticos em estados produtores, como Goiás e Minas Gerais. to in loco nas propriedades. “Fizemos a programação dos módulos de forma a respeitar os períodos de safra, liberando o produtor para o trabalho nes- ses períodos. É uma forma que encontramos para garantir que todos participem do começo ao fim”, afirma Telles. O Leitec se iniciou em se- tembro de 2013, e 15 turmas já iniciaram as aulas. Jovens Empresários O presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, foi homenageado pela Federação das Associações de Jovens Empreendedores do Estado (Fajers), no mês de março, durante posse da nova diretoria da entida- de. Fernando Milagre assumiu a presidência no lugar de Lucio Prado Nunes. A Fajers e a Comissão dos Joverns Empresários Rurais da Farsul, presidida por Luis Fernando Cavalheiro Pires, são parceiras. Recriar O município de Rosário do Sul recebe o projeto so- cial Recriar, promovido pelo Instituto Socioambien- tal Rural (Isar). A atividade é a primeira, após piloto desenvolvido em 2013, em São Gabriel, e deve se repetir em outros municípios neste ano. “Já houve pelo menos mais seis sindicatos rurais que manifes- taram interesse em desenvolver o projeto em suas regiões”, afirma a presidente da Comissão das Pro- dutoras Rurais da Farsul e do Isar, Zênia Aranha da Silveira. Com 19 alunos e cinco professores nesta etapa, a iniciativa oferece cursos gratuitos para qua- lificar jovens de 18 a 30 anos e incentivar a criação de negócios. Materiais e instrução são oferecidos pelo Senar-RS, instituição parceira do Recriar. Os sindicato rural e o Exército são apoiadores. Com iní- cio em 17 de março e término em 25 de abril, o cur- so ensina princípios de computação, gestão rural, pre- paração, exploração e irrigação da terra e, ainda, de empreendedorismo, explica Mimi Cáceres Gonçal- ves, presidente do comitê executivo do Isar. Informe Rural Troféu O Senar-RS ganhou o Troféu Brasil Expodireto, na categoria Prestação de Serviços. O presidente do seu Conselho Administrativo, Carlos Sperotto, rece- beu o prêmio. Foram convidados para a entrega o deputado Jerônimo Goergen e o secretário de Desen- volvimento Agropecuário do Mapa, Caio Rocha. O evento é organizado pela Cotrijal, Rede Pampa de Co- municação, Jornal O Sul, Sicredi e Icatu Seguros. Telles (E) participou do Fórum Estadual do Leite, na Expodireto Matéria-prima (l) Janeiro Fevereiro Março* Acima do padrão 0,9087 0,8914 0,9586 Padrão 0,7902 0,7751 0,8335 Abaixo do padrão 0,7112 0,6976 0,7502

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Os instrutores do ProgramaLeite Legal contam com a aju-da de um gadget inovador pararealizar o trabalho. Uma canetaque registra eletronicamente asanotações de campo facilita aatividade dos técnicos e auxiliana gestão do programa.

Quando comparecem naspropriedades beneficiadas, osprofissionais utilizam o equipa-mento para anotar as respostasdos produtores a um questio-nário-padrão, sobre práticasque garantem a qualidade doleite. As informações ficam ar-mazenadas eletronicamente,juntamente com os dados degeolocalização de onde a pes-quisa foi aplicada. “Isso permi-te um melhor acompanhamentodos passos de cada instrutor”,detalha Alexandre Prado, coor-denador de projetos especiaisdo Senar-RS. Essa pesquisa éa base de um diagnóstico sobreas práticas de cada proprieda-de, servindo de base para asações a serem sugeridas aos pe-cuaristas beneficiados.

O Leite Legal é um progra-ma do Sistema CNA/Senar emparceria com o Sebrae. No RioGrande do Sul, o Senar-RS jáassinou termo de cooperaçãocom três indústrias, que indica-ram pecuaristas integrados parapassar pela capacitação. Tudocomeça a partir da análise dasamostras do produto entregue

- quando se verifica que o leitede determinado produtor podeser melhorado, os laticínios re-comendam-no para a capacita-ção. No programa, eles são ori-entados a implantar práticas quegarantam um leite com padrãocompatível com o exigido pelaInstrução Normativa 62.

Atualmente, três indústrias jáassinaram termos com o Senar-RS. Os fornecedores benefici-ados passam primeiro por au-las teóricas sobre qualidade doleite e, após, recebem a visitados técnicos, que aplicam oquestionário usando a canetaeletrônica e indicam melhoriasno manejo. O trabalho culmina,três meses depois, com novoteste de qualidade do produtoentregue à indústria, no qual setira a prova de que o trabalhosurtiu efeito, com a melhoria dopadrão do leite, ou de que no-vas adaptações se fazem neces-

sárias na propriedade. Em doisanos, a meta do Leite Legal noEstado é formar 100 turmas,atendendo a 800 propriedades.

A contribuição que o Senar-RS está dando para a melhoriada cadeia leiteira no Estado foidestacada pelo chefe da Divi-são Técnica da instituição, JoãoAugusto Telles, durante sua par-ticipação no Fórum do Leite, naExpodireto, realizada no come-ço de março em Não-Me-To-que. Além do programa LeiteLegal, ele chamou a atençãopara outra iniciativa: o Leitec -Tecnologia na Produção de Lei-te, que aprofunda as ações deassistência técnica rural do Se-nar-RS,

Esse programa, com 18 me-ses de duração, tem meta deatender a 300 produtores, or-ganizados em 30 turmas. Aotodo são 11 módulos, incluindoparte teórica e acompanhamen-

Senar inova em cursos para pecuária leiteira

* Obs.: os presente valores são, posto na plataforma, considerandoprodução de até 1.000 litros/dia.

ConseleiteAs indústrias e os produto-

res de leite, reunidos em mar-ço no Conseleite-RS, anunci-aram o valor de R$ 0,7751,como base para o leite entre-gue em fevereiro. O Conselhodivulgou ainda a tendência dovalor de referência para o mêsde março de R$ 0,8335: um

aumento de 10,3% na compa-ração com o mês anterior.

De acordo com o presiden-te da Comissão do Leite daFarsul, Jorge Rodrigues, o mo-tivo é uma redução nacional daoferta, devido a problemas cli-máticos em estados produtores,como Goiás e Minas Gerais.

to in loco nas propriedades.“Fizemos a programação dosmódulos de forma a respeitar osperíodos de safra, liberando oprodutor para o trabalho nes-ses períodos. É uma forma que

encontramos para garantir quetodos participem do começo aofim”, afirma Telles.

O Leitec se iniciou em se-tembro de 2013, e 15 turmasjá iniciaram as aulas.

Jovens EmpresáriosO presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, foihomenageado pela Federação das Associações deJovens Empreendedores do Estado (Fajers), no mêsde março, durante posse da nova diretoria da entida-de. Fernando Milagre assumiu a presidência no lugarde Lucio Prado Nunes. A Fajers e a Comissão dosJoverns Empresários Rurais da Farsul, presidida porLuis Fernando Cavalheiro Pires, são parceiras.

RecriarO município de Rosário do Sul recebe o projeto so-cial Recriar, promovido pelo Instituto Socioambien-tal Rural (Isar). A atividade é a primeira, após pilotodesenvolvido em 2013, em São Gabriel, e deve serepetir em outros municípios neste ano. “Já houvepelo menos mais seis sindicatos rurais que manifes-taram interesse em desenvolver o projeto em suasregiões”, afirma a presidente da Comissão das Pro-dutoras Rurais da Farsul e do Isar, Zênia Aranha daSilveira. Com 19 alunos e cinco professores nestaetapa, a iniciativa oferece cursos gratuitos para qua-lificar jovens de 18 a 30 anos e incentivar a criaçãode negócios. Materiais e instrução são oferecidospelo Senar-RS, instituição parceira do Recriar. Ossindicato rural e o Exército são apoiadores. Com iní-cio em 17 de março e término em 25 de abril, o cur-so ensina princípios de computação, gestão rural, pre-paração, exploração e irrigação da terra e, ainda, deempreendedorismo, explica Mimi Cáceres Gonçal-ves, presidente do comitê executivo do Isar.

Informe RuralTroféu

O Senar-RS ganhou o Troféu Brasil Expodireto,na categoria Prestação de Serviços. O presidente doseu Conselho Administrativo, Carlos Sperotto, rece-beu o prêmio. Foram convidados para a entrega odeputado Jerônimo Goergen e o secretário de Desen-volvimento Agropecuário do Mapa, Caio Rocha. Oevento é organizado pela Cotrijal, Rede Pampa de Co-municação, Jornal O Sul, Sicredi e Icatu Seguros.

Telles (E) participou do Fórum Estadual do Leite, na Expodireto

Matéria-prima (l) Janeiro Fevereiro Março*Acima do padrão 0,9087 0,8914 0,9586

Padrão 0,7902 0,7751 0,8335Abaixo do padrão 0,7112 0,6976 0,7502