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CAMPO VAI À CNA Lideranças mineiras em Brasília ANO 5 . Número 58 . Maio de 2010 SINDICATOS FORTALECIDOS Objetivo é aumentar eficiência na prestação de serviços e na representatividade da classe. PáGINA 11 GQS aprimora gestão NãO ÀS INVASõES Produtores rurais fazem manifestação em Brasília pelo direito de propriedade. PáGINA 3 CNA lidera campanha Liderada pelo presidente da FAEMG, Roberto Simões, uma comitiva formada por 160 dirigentes sindicais rurais mi- neiros participou do programa Campo vai à CNA, em Brasília. Uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o programa tem o objetivo de aproximar os lideres do Sistema Sindical Rural da CNA. Foram discutidos os prin- cipais temas que geram reflexos sobre o setor rural brasileiro, as ações desen- volvidas pela CNA e pelo SENAR e os mecanismos propostos para fortalecer a atuação dos Sindicatos Rurais. A programação contou com apre- sentação dos resultados de pesquisa de opinião sobre a imagem do setor agropecuário e as ações do Sistema Sindical Rural, em palestra do jornalista Heraldo Pereira, da TV Globo. Também foram apresentados os projetos priori- tários do Sistema CNA, em palestras do secretário-executivo do Instituto CNA, Marcelo Garcia; do secretário-executi- vo do SENAR, Omar Hennemann; do superintendente geral da CNA, Daniel Carrara; e do superintendente técnico, Moisés Gomes. A presidente da CNA e do Conselho Deliberativo do SENAR, senadora Kátia Abreu, fez um relato das ações execu- tadas. “Vamos mostrar que somos a agropecuária mais eficiente do plane- ta. Somos líderes na produção e temos 56% de cobertura vegetal preservada, na frente de países que nos criticam, mas que praticamente acabaram com suas vegetações nativas.” Cada um dos dirigentes sindicais recebeu da CNA um smartphone BlackBerry, para fo- mentar a comunicação entre as lide- ranças rurais e o Sistema Sindical. Dirigentes sindicais de Minas Gerais lotaram o auditório da CNA WENDERSON ARAúJO

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Informativo Maio 2010

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Page 1: FAEMG SENAR 58

CAMPO VAI À CNA

Lideranças mineiras em Brasília

ANO 5 . Número 58 . Maio de 2010

SINDICATOS FORTALECIDOS

Objetivo é aumentar eficiência na prestação de serviços e na representatividade da classe. PágINA 11

GQS aprimora gestãoNãO ÀS INVASõES

Produtores rurais fazem manifestação em Brasília pelo direito de propriedade. PágINA 3

CNA lidera campanha

Liderada pelo presidente da FAEMG, Roberto Simões, uma comitiva formada por 160 dirigentes sindicais rurais mi-neiros participou do programa Campo vai à CNA, em Brasília. Uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o programa tem o objetivo de aproximar os lideres do Sistema Sindical Rural da CNA. Foram discutidos os prin-cipais temas que geram reflexos sobre o setor rural brasileiro, as ações desen-volvidas pela CNA e pelo SENAR e os mecanismos propostos para fortalecer a atuação dos Sindicatos Rurais.

A programação contou com apre-sentação dos resultados de pesquisa de opinião sobre a imagem do setor agropecuário e as ações do Sistema Sindical Rural, em palestra do jornalista Heraldo Pereira, da TV Globo. Também foram apresentados os projetos priori-tários do Sistema CNA, em palestras do secretário-executivo do Instituto CNA, Marcelo Garcia; do secretário-executi-vo do SENAR, Omar Hennemann; do superintendente geral da CNA, Daniel Carrara; e do superintendente técnico, Moisés Gomes.

A presidente da CNA e do Conselho Deliberativo do SENAR, senadora Kátia Abreu, fez um relato das ações execu-tadas. “Vamos mostrar que somos a agropecuária mais eficiente do plane-ta. Somos líderes na produção e temos 56% de cobertura vegetal preservada, na frente de países que nos criticam, mas que praticamente acabaram com suas vegetações nativas.” Cada um dos dirigentes sindicais recebeu da CNA um smartphone BlackBerry, para fo-mentar a comunicação entre as lide-ranças rurais e o Sistema Sindical.

Dirigentes sindicais de Minas gerais lotaram o auditório da CNA

WENDERSON ARAújO

Page 2: FAEMG SENAR 58

2 I Maio de 2010 I INFORMATIVO FAEMG/SENAR

A classe rural aguarda com ansiedade o novo Código Florestal. Os produtores rurais têm expectativas otimistas no processo de alteração das regras ambientais. Acredi-tam que as aberrações da atual legislação sejam elimina-das de vez. Também têm pressa na definição legal, exata-mente para planejar os seus empreendimentos.

O projeto de lei tramita no Congresso Nacional. A matéria tem sido levada a debate aberto com toda a so-ciedade. O que a classe rural defende, permanentemen-te, é uma legislação que contemple o equilíbrio entre a produção e a preservação ambiental, sem o desprezo ao produtor e à importância estratégica da produção alimentar.

As entidades sindicais de representação do produtor

ENTREVISTA

EDITORIAL

FRASES

À espera do novo Código Florestalrural participam ativamente na construção de um novo código capaz de responder aos anseios da categoria. Não se omitem dos debates, contribuem com informações e estudos técnicos, opinam, atuam incansavelmente.

Porém, alguns agentes públicos cobram do produ-tor rural, nesta hora, o cumprimento de atos como o li-cenciamento ambiental. Por que agora, na iminência da aprovação de novo ordenamento legal? Por que, se um requisito do licenciamento é a reserva legal? Trata-se, in-discutivelmente, de ato inoportuno.

Não pode e nem deve o poder público, ante seus deveres essenciais, ocupar-se de atos que seriam muito mais próprios se guardados para quando o novo Código Florestal definir os novos nortes. Por que agora?

“O que está sendo feito neste país me deixa indignada e triste, pois não é fácil de desmanchar: estão jogando os pequenos contra os grandes produtores. Isso está acontecendo no IBGE, cujo Censo Agropecuário está cheio de informações falsas, desonestas, distorcidas

por razões puramente ideológicas.”SENADORA KáTIA ABREUPresidente da CNA, em entrevista nas páginas amarelas da Revista Veja

Leite em altaO que tem influenciado o aumento do preço do leite?O aumento ocorre anualmente na entressafra e este ano veio mais cedo, puxado pelo pre-ço do longa vida, que atende o mercado interno, mas já se estabilizou. A queda do preço dos grãos aumenta significa-tivamente o lucro, proporcio-nando aumento da produção.

Como está o mercado de leite e quais as perspectivas de preço para os próximos meses?Apesar da estabilização do longa vida, o preço do leite em pó no mercado interna-cional vem apresentando boa recuperação, o que nos leva a acreditar que teremos um bom ano, somado à redução dos custos de produção, pro-vocada pela queda dos preços dos insumos.

Quais são os reflexos do aumento do preço do

leite para a agropecuária mineira?Sendo Minas Gerais o maior produtor de leite do Brasil, o agronegócio como um todo terá impacto positivo em função da maior demanda de matérias-primas produ-zidas no campo e de mão de obra, gerando oportuni-dades de emprego e renda para todos os elos da cadeia produtiva. Com o aumento do preço e, principalmente, do lucro, a tendência é que o produtor se sinta estimulado a fazer novos investimentos.

Que medidas devem ser tomadas para que estes investimentos dêem retorno aos produtores?É de vital importância a parti-cipação dos produtores junto às nossas entidades represen-tativas, tanto no âmbito políti-co (CNA, FAEMG e Sindicatos), quanto no âmbito comercial (cooperativas).

d

v

xFAUSTO DE áVILA

Vice-presidente da FAEMG

“A onda anual de invasões do MST denominada “abril vermelho” é tratada pelo poder público como

parte do calendário nacional. Da tolerância com a ilegalidade passou-se à cumplicidade, faltando

apenas a inclusão na agenda das atrações turísticas internacionais para completar a chancela oficial.”

DORA KRAMERColunista do jornal O Estado de São Paulo

Candidatos à Presidência da República condenam MST por invasões de terra, em declarações feitas durante o

Agrishow, em Ribeirão Preto:

“Movimento social é uma coisa, movimento político é outra.

Movimento no campo com inva-sões programadas não é social, é político. Não se trata apenas

de fazer cumprir ordem judicial, mas de não alimentar a máquina política com dinheiro público.”

jOSÉ SERRA (PSDB)

“Não vou compactuar

com qualquer atividade ilegal. Não acho que a

ilegalidade deve ser premiada.”

DILMA ROUSSEFF (PT)

Page 3: FAEMG SENAR 58

INFORMATIVO FAEMG/SENAR I Maio de 2010 I 3

DIRETORIA

POLÍTICA AgRáRIA

Dois mil produtores rurais, todos trajando rou-pas brancas, de diversos pontos do Brasil – cerca de 400 de Minas Gerais –, reu-niram-se no último dia 28 de abril na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para pedir paz no campo.

Pela paz no campoAto reuniu 2 mil produtores rurais na Esplanada dos Ministérios

EVANDRO FIUzA

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“Não somos contra a refor-ma agrária. Somos contra a invasão, a baderna e o esbulho possessório”, disse a presidente da CNA (Con-federação da Agricultura e Pecuária do Brasil), senado-ra Kátia Abreu, que liderou a manifestação.

O ato começou com missa na Catedral de Brasí-lia. Em frente ao Congresso foi descerrada uma ban-deira gigante com a men-sagem Queremos paz no campo – Não às invasões, assinada por todos os pre-sentes. Os produtores rurais

posicionaram-se em volta da bandeira, simbolizando um grande abraço a todo o Congresso Nacional. “Foi uma manifestação pacífica e intensa como poucas ve-zes se viu no país”, ressaltou o presidente da FAEMG, Ro-berto Simões.

As lideranças rurais entregaram ao presiden-te do Congresso, senador José Sarney, documento pedindo apoio na cria-ção do Plano Nacional de Combate às Invasões. “Esse movimento, que pede a paz no campo, não pode ter resistência de nenhum presidente, de nenhum brasileiro”, disse Sarney. A ação faz parte da campa-nha Vamos tirar o Brasil do vermelho – Invasão é crime, da CNA, pelo Direito de Propriedade, segurança ju-rídica e paz no campo.

A intenção de estar cada vez mais presente jun-to aos produtores rurais foi reafirmada pela diretoria da FAEMG, em sua última reunião. Segundo o diretor-secretário, Marcos de Abreu e Silva, as frequentes reuni-ões em várias regiões do es-tado, paralelamente ao tra-balho da CNA, confirmam

Junto ao produtor

Diretores reafirmam trabalho transparente

a transparência da atuação da Federação em prol dos interesses da classe.

Outros assuntos tra-tados na reunião foram a campanha da CNA pela paz no campo, a última decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o Funrural e a Superagro. “Dez estados já confirma-

No Encontro Regional de Presidentes de Sindicatos dos Produtores Rurais, em Divinópolis, o presidente da FAEMg, Roberto Simões, disse que “os produtores devem se unir e votar em candidatos compromissados com o setor, pois só assim a classe rural terá força na política brasileira”. Vinte lideranças da região Centro-Oeste participaram do evento.

ram presença no evento, que tem grande diversida-de, tanto que é realizado

em dois turnos”, destacou o presidente da FAEMG, Roberto Simões.

ELEIçõES 2010

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4 I Maio de 2010 I INFORMATIVO FAEMG/SENAR

SINDICATOS

Santo Antônio do MonteCIDADANIA EM gUIRICEMA

O Sindicato dos Produ-tores Rurais e a Associação Comunitária de Guiricema promoveram, em abril, o Dia de Cidadania e Ação Social. As entidades mobi-lizaram uma grande equi-pe de voluntários para prestação de serviços à população nas áreas de educação, saúde, cultura, esporte e lazer. O presi-dente do Sindicato, José Davi Ervilha, informa que cerca de 3,5 mil pessoas participaram do evento.

INTERNET

O Sindicato Rural de Santo Antônio do Monte reformou a sede e inaugurou o Salão Nobre Fernando Antô-nio dos Santos, líder da agropecuária da região, falecido no ano passa-do. Também foi pres-tada homenagem ao presidente da FAEMG, Roberto Simões, pelo esforço em fortalecer o setor. Ele foi repre-sentado na solenidade de inauguração pelos diretores João Roberto Puliti e Marcos de Abreu, que receberam a placa com os dizeres: “A diretoria do

Uberaba

O Sindicato dos Produ-tores Rurais de João Pinhei-ro considerou um sucesso a 39ª Exposição Regional Agropecuária, 17ª Ranquea-da do Nelore e Leilão 11 Marcas. Na exposição, fo-ram julgados 143 animais de alta qualidade. O leilão reuniu 4.991 animais, to-

talizando vendas de R$ 3,9 milhões. Os eventos atraí-ram visitantes de Goiás, Es-pírito Santo e São Paulo.

O SISTEMA FAEMg SENAR lamenta o falecimento do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Conselheiro Lafaiete, Murilo Dutra Lanziotti. Conhe-cido por sua incansável luta em prol do homem do campo, foi fun-dador e presi-dente do Sindi-cato de 1984 a 2010. Também foi secretário municipal de Agricultura, Pe-cuária e Abas-tecimento de 2005 a 2008.

Novos e-mails de Sindicatos dos Produtores Rurais:

Bom Despacho [email protected]

Bom jesus da Penha [email protected] Campanha [email protected]

Caputira [email protected]

Extrema [email protected]

Sindicato agradece pela luta e empenho em prol da classe ruralista”.

Para fomentar o agrone-gócio do município, a nova sede do Sindicato Rural de Uberaba será instalada no Centro de Informações Turísticas, Qualifi-cação e Comercialização de Produtos Associados ao Turismo Rural. O presidente do Sindicato, Rivaldo Junior, disse que a obra representa fisicamente a importância política que a agricultura e a pecuária têm em Uberaba.

Maquete da obra

Ipiaçu [email protected]

janaúba [email protected]

Muriaé [email protected]

Rio Verde [email protected]

São joão Nepomuceno [email protected]

Silvianópolis [email protected]

Viçosa [email protected]

EVENTOS EM jOãO PINhEIRO

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joão Roberto Puliti e Marcos de Abreu (FAEMg) e Cléber de Minas Monteiro e juarez Faustino Couto

(Sindicato de Santo Antônio do Monte)

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INFORMATIVO FAEMG/SENAR I Maio de 2010 I 5

SUPERAgRO

Lançamento na FAEMG

a

Mais informações: www.superagro2010.com.br

A Superagro 2010 deve movimentar mais de R$ 36 milhões. É o que esperam os organizado-res da mostra, que será de 26 de maio a 6 de ju-nho, no Expominas, em Belo Horizonte. Com oito eventos, a Superagro terá

50ª Exposição Estadual Agropecuária

13ª Expocachaça

II Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária

Expovet – Feira de Negócios, Serviços e Produtos Pet e Veterinários

Feira de Softwares Agrotic

Ciclo de Aulas Técnicas

Avicultor 2010

Encontro de Apicultura

Encontro de Fruticultura

Café da manhã reuniu cerca de 120 pessoas

uma das mais diversifica-das edições. “É muito gra-tificante perceber que o evento está consolidado e que atende aos mais variados segmentos do agronegócio”, ressaltou o presidente da FAEMG, Roberto Simões, no lan-

çamento oficial do even-to, na sede da Federação. A Superagro é uma realização do governo estadual, por meio da Secretaria de Agri-cultura e IMA, da FAEMG e do Sebrae-MG.

NOVAS LIDERANçAS

Trinta e dois produtores e dirigentes Sindicais do Triângulo concluíram o Curso de Formação de Novas Lideranças Rurais, promovido pelo SISTEMA FAEMG SENAR em Uberlândia. O encerramento contou com a presença do presidente do Sindicato Rural, Paulo Ferolla; do vice-presidente da FAEMG, Paulo Roberto Cunha; e do presidente da Calu (Cooperativa Agrope-cuária Ltda. de Uberlândia), Eduardo Dessimoni.

A FAEMg promoveu mais um curso de capacitação para 56 novos secretários executivos de Sindicatos Rurais. Também mostrou aos participantes como é o funcionamento do Sistema Sindical.

De volta à presidência da Minas Sul (Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha), Osvaldo Henrique Paiva Ribeiro visitou a FAEMG junto com o ex-presidente, Marcelo Martins, que integra a diretoria administrativa, para reafirmar parcerias em prol dos interesses e avan-ços do produtor rural. “A FAEMG e a CNA são elementos-chave na defesa dos interesses do produtor e na busca de soluções para o agronegócio brasileiro”, disse Osvaldo Henrique, que está na cooperativa desde 1981.

joão Roberto Puliti (FAEMg), Osvaldo henrique e Marcelo Martins (Minas Sul) e Breno Mesquita (CNA)

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EVANDRO FIUzA

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6 I Maio de 2010 I INFORMATIVO FAEMG/SENAR

CANA-DE-AçúCAR

PECUáRIA DE CORTE

CAFEICULTURA

CNA discute regulação do setor

Sisbov em análise

Produtor quer renda

Estabelecer um marco regulatório para o setor su-croalcooleiro foi a decisão da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA, em reunião em Brasília. A Comissão também propôs a realização de seminário técnico sobre o Consecana (Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool), com o objetivo de revisar o modelo de produ-ção e adequá-lo às caracte-rísticas do estado produtor. Participaram o assessor técnico da FAEMG, Caetano Berlatto, e o presidente da Comissão Técnica de Cana-de-Açúcar da FAEMG, Ma Tien Min.

Ao centro, o diretor do Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Ministério, Alexandre Strapasson, e

o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues

Lideranças discutem propostas para 2010

Altino Rodrigues Neto (IMA) e josé geraldo Pedra Sá e Affonso Damasio (FAEMg) conduziram a reunião

O feijão está perdendo espaço na mesa do brasi-leiro. O alimento, que já foi tema de música e títu-lo de novela, não é mais tão “maravilha” como em tempos atrás. Segundo a Conab (Companhia Na-cional de Abastecimen-to), enquanto na década de 70 o brasileiro comia, em média, 27 quilos de feijão por ano, hoje come apenas 15 quilos – queda de 45,5%. “A mudança de hábito deve-se prin-cipalmente à entrada da mulher no mercado de trabalho”, explica João Fi-gueiredo Ruas, técnico da Conab.

Novas usinasA região do Triângulo terá duas novas usinas de ca-

na-de-açúcar. Em maio, serão iniciadas as atividades na Companhia Energética de Açúcar e Álcool Vale do Tiju-co, em Uberaba. No mês de agosto, será inaugurada a Usina Bioenergética Aroeira Ltda., em Tupaciguara.

FEIjãO

Consumo em queda

A Comissão Técnica de Pecuária de Corte da FAEMG se reuniu para analisar as alterações que serão feitas no Sisbov (Sistema de Identificação e Certificação de Bovi-nos e Bubalinos), entre elas: integrar os sistemas produtivos, identificar os animais pelo cadastro das propriedades, reformular

o BND (Banco Nacional de Dados) para facilitar o uso autônomo do produtor e cancelar a obrigatoriedade da contratação de certifi-cadora. As novas regras vi-sam atender as exigências dos mercados importado-res de segurança na pro-dução e também dos pro-dutores rurais, que querem redução dos custos.

O presidente das Co-missões de Café da CNA e FAEMG, Breno Mesquita, apresentou na última reu-nião da Comissão Técnica de Café da FAEMG a pro-posta para a safra 2010, enviada aos Ministérios da Agricultura e da Fazenda. A Comissão Nacional de Café da CNA solicita a li-

beração de recursos para estocagem, com seguro contra a queda dos preços, e implantação de política de renda. Segundo Breno Mesquita, a ideia é que o café não seja comerciali-zado no período de cota-ções baixas, possibilitando o aumento de preço pela redução de oferta.

WENDERSON ARAújO

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INFORMATIVO FAEMG/SENAR I Maio de 2010 I 7

EXPOzEBU

A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, em companhia do presiden-te da FAEMG, Roberto Simões, entregou o docu-mento O que esperamos do próximo Presidente ao pré-candidato do PSDB à Presi-dência da República, José Serra, e à candidata do PT à Presidência, Dilma Rous-seff. A entrega ocorreu du-rante a abertura oficial da 76ª ExpoZebu, no Parque Fernando Costa, em Ube-raba. O documento reúne as propostas do setor rural que serão entregues a to-dos os candidatos ao Palá-cio do Planalto nas eleições de 3 de outubro.

O vice-presidente José Alencar, que re-presentou o presidente Lula na abertura da Ex-poZebu 2010, assinou o abaixo-assinado a favor da implantação do Plano Nacional de Combate às

CNA entrega propostas a Dilma e Serra

Kátia Abreu com josé Serra e Dilma Rousseff

Maquete do Projeto Biomas, atração do estande

Alencar assina abaixo-assinado contra invasões

Sistema Sindical presente

Invasões de Terras. A cria-ção desse plano foi pro-posta pela senadora Kátia Abreu, em documentação encaminhada ao ministro da Justiça, Luiz Paulo Bar-reto, no início de abril. A presidente da CNA argu-

mentou que o Brasil já contou com ações espe-cíficas para combater o tráfico de drogas, de ani-mais silvestres e de seres humanos e que é neces-sária também uma ação específica para defender

o direito de propriedade e impedir as invasões de terras no campo. Alencar afirmou que é favorável ao cumprimento das leis. José Serra também assi-nou o documento; Dilma Rousseff, não.

O estande do Sistema Sindical Rural – integrado pela CNA, FAEMG, SENAR e Sindicato dos Produto-res Rurais de Uberaba – foi uma das atrações da maior mostra de zebuínos do mundo, a ExpoZebu, re-alizada no período de 28 de abril a 9 de maio, em Uberaba. O destaque foi a apresentação da maquete do Projeto Biomas, inicia-

tiva da CNA em parceria com a Embrapa. A propos-ta é desenvolver pesquisas científicas nos seis biomas brasileiros para encontrar formas que aliem a pro-dução e a preservação ambiental. Os visitantes puderam conhecer com mais detalhes o projeto, além de outras ações do Sistema Sindical em defesa do produtor rural.

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8 I Maio de 2010 I INFORMATIVO FAEMG/SENAR

CAFÉ

DESFOLhADEIRA

Cursos aprimoram terrereiros para

safra 2010No período em que

as fazendas cafeeiras ini-ciam a colheita, o SENAR MINAS qualifica mão de obra com o curso de Colheita e Preparo do Café pós-Colheita, como ocorreu em Piumhi, em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais. O instrutor Ataualpa de Andrade Neto informou que o treinamento vai melhorar a qualificação do trabalhador que vai atuar como terrereiro – funcionário responsável pela movimentação do café no terreiro para se-cagem do grão ao sol. A época de colheita co-meça em abril e vai até setembro.

“O curso visa melho-rar a qualidade do café. Os participantes apren-dem a trabalhar com o

Durante o curso do SENAR MINAS de Ope-ração e Manutenção de Roçadora, realizado no município de Martins So-ares, em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Manhumirim, o aluno Odair Vilela apre-sentou aos colegas uma

Técnica inadequada compromete qualidade da bebida

grão desde a colheita, passando pela lavagem, descasque e rodagem no terreiro. Se não tiver uma técnica adequada, compromete a qualida-de do café e da bebida”, contou o instrutor, que atua há mais de 20 anos na área.

O presidente do Sin-dicato dos Produtores Rurais de Piumhi, Rafael Alves Tomé, destacou a importância do curso no município. “A economia gira em torno da agri-cultura e o café é um dos carros-chefe. Por isso, precisamos de mão de obra qualificada. Conta-mos muito com o SENAR e nossa expectativa é que só aumentem esses cursos”.

KEULY VIANNEY, DE PASSOS

Cuidados pós-colheita garantem qualidade

Os treinamentos do SENAR oferecem aulas te-óricas e práticas com ênfa-se nas técnicas usadas para secagem do café por via seca e úmida. Dessa forma, o participante aprende a determinar a espessura da camada do grão e até o nú-mero de vezes ideal para rodagem do café. Confor-me Ataualpa, essa seca-gem ao sol demora de 15 a 20 dias, mas atualmente muitas fazendas usam se-cador, o qual reduz o tem-po para apenas dois dias.

“Muitas pessoas come-tem erros primários, como mistura de grãos de umi-

dade diferentes, camadas grossas que dificultam o movimento e contribuem para fermentar o café no terreiro. No curso, os par-ticipantes entendem os porquês de tudo isso, que podem interferir na quali-dade final da bebida”, ex-plicou o instrutor.

No final do programa, os participantes ainda re-cebem informações para identificar e separar os defeitos do café. “Mas falta um gerenciamento desses trabalhadores por parte das fazendas para plane-jar melhor esse trabalho”, orientou Ataualpa.

Ajuda na limpezanova forma de limpar o café antes da secagem. Há três anos, após várias tentativas, ele inventou a desfolhadeira, uma lâmi-na que pode ser acoplada à roçadora.

Odair disse que prati-camente todas as fazenda de café de Martins Soares

utilizam a desfolhadeira. “Antes a limpeza do café era feita com vassouras, mais demorada. Após a invenção, foram comer-cializadas cerca de 700 peças, cada uma com preço final de R$ 35,00. A desfolhadeira tem outras utilidades como retirar sujeiras indesejadas de jardins”, informou.

PATRÍCIA CASTANhEIRA, DE VIçOSA

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INFORMATIVO FAEMG/SENAR I Maio de 2010 I 9

NECESSIDADES ESPECIAIS

Instrutores aprendem técnicas para a inclusão

Trinta e sete instruto-res de Promoção Social (PS) participaram do trei-namento sobre o Apoena – Programa de Inclusão de Pessoas com Necessida-des Especiais nos Eventos do SENAR. De acordo com a coordenadora de PS do SENAR MINAS, Vânia Fer-reira de Mello, o objetivo

DEFICIêNCIA vISUAL LIDErA

rANkING

do curso é fornecer sub-sídios aos instrutores para atuar em turmas em que há alunos portadores de necessidades especiais.

Segundo a assessora técnica do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social do Se-nar Nacional, Deimiluce Lopes Fontes, responsável

pelo treinamento, o curso trabalha a atitude do ins-trutor. “Não temos como fornecer uma receita de bolo, trabalhamos para acabar com as barreiras atitudinais”. Segundo ela, o instrutor não deve ne-gar a existência do por-tador de necessidades especiais e nem querer

fazer as atividades por ele. Na educação, explica, o trabalho é sempre di-recionado para deixar os alunos mais autônomos e independentes.

A assessora informou que os portadores de ne-cessidades especiais do meio rural sofrem mais preconceitos que no meio urbano e têm mais dificul-dades de se sentirem in-cluídos na sociedade. “Eles são mais rotulados e ficam mais ‘escondidos’ por uma questão cultural. As pes-soas são classificadas pela ‘falta’ e não pelo que ela é.”

O maior índice está entre os portadores

de deficiência visual parcial

1.474 pessoas

Auditiva total 16Ortopédica 71Intelectual 70Visual total 74Múltipla 11

Aprendizado constanteOs instrutores que

participaram do treina-mento já tiveram expe-riência com alunos por-tadores de necessidades especiais e, confessaram, tiveram dúvidas como agir. Maria Alice Pereira Assunção, da área de Saú-de e Alimentação, disse que ao ministrar um cur-so para terceira idade, se

viu diante de duas alunas com deficiência visual to-tal e teve que adaptar o material para atendê-las. “Fiz isso no dia seguinte e correu tudo bem. Com o curso, espero aprender a lidar com as várias ne-cessidades. O meu olhar já mudou. O importante é saber que eles são ca-pazes e levar os outros

alunos a entender essas diferenças”.

O dentista Aprígio Swerts pensa da mesma forma. Já teve alunos ca-deirantes, deficientes vi-suais e também auditivos. “O curso vai nos ajudar a mudar a abordagem e es-timular para que haja mais participação dessas pes-soas nos treinamentos”.

grupo mais preparado para lidar com as diferenças

Em 2009, dos 23.227 alunos de Promoção Social do

SENAR MINAS,

1.827 eram portadores de necessidades

especiais

CONFIRA OS DEMAIS:

Nº de alunosDeficiência

Page 10: FAEMG SENAR 58

10 I Maio de 2010 I INFORMATIVO FAEMG/SENAR

CERICITA

Município colhe frutos depois de cursos do SENAr

Produção de derivados do leite ganha qualidade

SAúDE

Aproveitamento de alimentos melhora nutrição

As potencialidades nutritivas dos alimentos não são aproveitadas in-tegralmente pela maioria dos consumidores. Mui-tas vezes, sementes, cas-cas e talos são descartados, enquanto poderiam fazer parte dos ingredientes de várias receitas. Para que as famílias rurais possam mu-dar os hábitos alimentares, o SENAR MINAS oferece em várias comunidades o curso de Planejamento de Cardápios com Apro-

Os cursos do SENAR MINAS, em parceria com o Sindicato dos Pro-dutores Rurais de Sericita, apresen-tam bons resulta-dos no município. De acordo com a mobilizadora Eloíza Saraiva pode-se notar um cons-tante crescimento da produção de artesanatos e de-rivados do leite.

Silvina Marques Neta Ribeiro participou do cur-so de Derivados do Leite em fevereiro e obteve bons resultados em sua produ-ção. “Fazia queijo, mas de maneira diferente. Apren-

di novas técnicas que dão qualidade ao produto e o fazem render. Com o soro estou produzindo ricota e bebida láctea achocolata-da e de morango”.

Maria Aparecida Soa-res participou, em 2009,

do curso de Pintura em Tecidos. Foi a primeira vez que pintou e hoje vende panos de prato, jogos de cozinha, toalhas e outras peças encomendadas. Ira-cema de Oliveira Queiroz também iniciou a produ-

ção de jogos para banheiro, cozinha e quadros, após o cur-so do SENAR de Pin-tura em Tecidos.

De acordo com a mobilizadora, em virtude da credibili-dade do trabalho do SENAR, as pessoas do campo estão va-lorizando cada vez mais a capacitação, querem ampliar o

mercado de trabalho e au-mentar a produção. “Em todos os lugares encon-tramos alguém que traz no rosto a satisfação com as oportunidades ofereci-das pelo SENAR”.

PATRÍCIA CASTANhEIRA, DE VIçOSA

veitamento de Alimentos, como ocorreu em Mar de Espanha, realizado em par-ceria com o Sindicato dos Produtores Rurais.

Para que as famílias possam planejar o cardá-pio, aproveitando os ali-mentos, a instrutora Rita Maria de Oliveira ensina a verificar a safra. Depois, le-var em consideração o or-çamento familiar, a dispo-nibilidade de tempo e os utensílios necessários para preparar as refeições. A

instrutora destaca ainda a questão da higiene. “A falta de higiene na preparação do alimento pode colocar a saúde em risco.”

Como alimentos que podem ser aproveitados integralmente, Rita cita a abóbora e o maracujá. A semente de abóbora, por exemplo, pode ser torrada e consumida pura ou mistura-da aos alimentos. Já a casca do maracujá pode virar um doce. “A maioria das frutas, dos legumes e dos vegetais

podem ser aproveitados e as famílias rurais têm acesso a estes alimentos.”

A participante Eliane Kátia Ferreira aprovou a capacitação e disse que pretende mudar os hábi-tos alimentares em casa. “O curso mostrou como apro-veitar os alimentos e tam-bém como conservá-los. Dessa forma, vou fazer mais economia, já que evitarei o desperdício.”

DANIELE gRUPPI, DE jUIz DE FORA

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INFORMATIVO FAEMG/SENAR I Maio de 2010 I 11

gQS

Sindicatos buscam melhorias na gestão

José Botelho Neto, presidente do Sindicato de São Francisco, está entu-siasmado. Segundo ele, sempre houve a vontade de organizar melhor a en-tidade, só que não sabia por onde co-meçar. “Agora sabemos como começar e terminar”, brinca. A primeira iniciativa foi envolver mais a diretoria que passou a se reunir uma vez por mês, melhoran-do a comunicação entre os membros. “Agora estamos trabalhando com os as-sociados, queremos atrair um número cada vez maior de produtores”.

Mesmo sentimento teve o presidente do Sindicato de Bocaiúva, Mário Caldeira Brant. “O GQS arejou a nossa cabeça e está nos ajudando a sair da mesmice. Ele é tão avançado que ajuda não só a admi-nistrar o Sindicato, mas a nossa própria vida”, entusiasma. O Sindicato já come-çou a recuperar a história da entidade e a implantar um sistema de comunicação direta com o associado. Além disso, está programando os cursos do SENAR com mais critério para que haja ganhos para os produtores e para o município.

COLABOROU CECÍLIA OLIVEIRA, DE MONTES CLAROS

A p r i m o r a r ações que forta-leçam o trabalho dos Sindicatos dos Produtores Rurais, aumen-tando a sua efici-ência na presta-ção de serviços e na representati-vidade da classe. Esse foi o desejo revelado pelas lideranças rurais du-rante o Programa Novos Rumos e implementado pelo SENAR MINAS em 2007, através do GQS (Ges-

tão com Qualidade no Sindicato). Desde então sindicatos do Sul de Minas, Vale do Mucuri, Zona da Mata, Triângulo e Norte já participa-ram do Programa e colhem resultados desse aprendizado.

Em fevereiro, a turma do Norte de Minas – formada por presidentes de sindicatos e secretários executivos dos municípios de Bocaiúva, São Francisco, Januária, São João da Ponte,

Segundo o presidente do Sin-dicato dos Produtores Rurais de Montes Claros, Ricardo Laygton, antes do GQS a missão e os tra-balhos do Sindicato não estavam bem definidos. “Depois do GQS passamos a elaborar planeja-mentos de curto, médio e longo prazos, com grandes melhorias no controle interno do Sindicato. Implantamos uma estrutura orga-nizacional mais definida, que faci-lita e direciona melhor os serviços que prestamos. Com isso, esta-mos conseguindo alcançar nosso maior objetivo que é a defesa dos interesses dos associados”.

Para o presidente do Sindica-to dos Produtores Rurais de Co-ração de Jesus, José Maria Lafetá Prates, as perspectiva mudaram após o GQS. “A expectativa é co-locar em prática o que aprende-mos, buscando a valorização do

Presidentes animados com

resultados

cliente. Já implantamos o serviço de auditoria e projetos agrope-cuários e estamos implantando também um serviço eficiente de arrecadação, a fim de poder sa-nar nossas dificuldades financei-ras para oferecer mais serviços aos associados”.

Entidades mais preparadas

Francisco Sá, Montes Claros e Coração de Jesus – termi-naram mais um GQS. O cur-so levou a estes dirigentes orientações sobre adminis-tração. O levantamento dos registros permitiu ao instru-tor Edson Fontes construir com os participantes uma análise da situação atual dos sindicatos e orientá-los no planejamento para oti-mizar os resultados preten-didos.

“A administração inade-quada pode causar vários problemas e prejuízos e, o

que é pior, a evasão dos as-sociados que, insatisfeitos com o apoio recebido, dei-xam de buscar os serviços da entidade”, explica Fon-tes. O diferencial do GQS é adequar a linguagem à realidade das entidades sindicais, tornando-o um instrumento eficaz e de fá-cil execução. O objetivo do Programa é melhorar os re-sultados apresentados nas administrações dos sindi-catos, dando qualidade ao trabalho e aprimorando os serviços prestados.

“Com serviços eficientes, alcançamos nosso maior objetivo que é a defesa dos interesses dos associados”, diz

Ricardo Laygton

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12 I Maio de 2010 I INFORMATIVO FAEMG/SENAR

Em Bambuí, trabalha-dores da Usina Agroin-dústria Total Cana e pro-dutores do município participaram do curso de Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas, mi-nistrado pelo instrutor

CANA LIMPA

trabalhadores de Guaranésia são capacitados na colheita da cana

O Programa Cana Lim-pa vai atender em maio 800 trabalhadores da Usina Alvorada Bebedouro, em Guaranésa. Os seminários ocorrem com turmas diá-rias de 40 trabalhadores, que recebem informações gerais sobre o corte da ca-na-de-açúcar e a postura profissional na atividade, totalizando 8 horas aula. O instrutor Humberto Anto-nio Cavalari Perez dá aulas teóricas e práticas, com de-monstrações do trabalho e visita à lavoura.

Os principais temas do seminário são: siste-mas de colheita, corte manual da cana quei-mada, importância do profissional de corte, uso

correto das ferramentas de trabalho, modalida-des e qualidade no corte da cana, bem como car-regamento e transporte.

Além disso, os partici-pantes recebem orienta-ções de planejamento e

organização do trabalho a fim de garantir maior pro-dutividade. Outros assun-tos abordados no curso do SENAR são autoestima, cidadania, saúde, ginásti-ca laboral, segurança no trabalho, cuidados com

o meio ambiente, impor-tância da cultura da cana-de-açúcar, histórico e suas características. Os semi-nários são realizados em parceria com o Sindicato dos produtores Rurais de Guaranésia.

Parceria permite atendimento à demandaRonaldo Goulart Magno Júnior, que repassou aos alunos informações de como operar trator agrí-cola de pneus (TAP) aco-plado a implementos agrí-colas.

Conforme a mobiliza-

dora do Sindicato de Bam-buí, Eva Julieta de Melo, a parceria com a usina está permitindo atender às demandas de mais cur-sos solicitados ao SENAR. Para este ano, foram soli-citados os treinamentos

de irrigação no sistema autopropelido, prevenção de acidentes, aplicação de agrotóxicos, colhedora de cana, além de outros cur-sos de máquinas agrícolas.

KEULY VIANNEY, DE PASSOS

Trabalhadores são capacitados através de seminários e recebem informações sobre sistemas de colheita, segurança no trabalho, postura etc

Carla Medeiros, Lucila Alves Guimarães e Silvana Matos