pace aÇoresdocs-sraa.azores.gov.pt/portal/file__30-11-2017_11-00-45...complementar ao pace-açores,...

16
Direção Regional da Agricultura Direção de Serviços de Veterinária PACE AÇORES MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE COLHEITA DE AMOSTRAS NO ÂMBITO DO PACE-Açores 2017-2020

Upload: others

Post on 09-Feb-2020

10 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 2: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 2 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

Índice

Índice ................................................................................................................................................................. 2

Introdução ……………………………………………………………………………………………………………………………………………….3

2. Objetivos ………………………………………………………………………………………………………………………………………………….3

3. Referências Bibliográficas …………………………………………………………………………………………………………………………4

4. Âmbito …………………………………………………………………………………………………………………………………………………….5

5. Execução ………………………………………………………………………………………………………………………………………………….5

6. Procedimentos na Sequência de Amostras Não Conformes ……………………………………………………………………17

Page 3: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 3 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

1. Introdução

A autoridade Veterinária efetua controlos oficiais para verificar o cumprimento, pelos operadores das

empresas do sector alimentar, de diversos requisitos, nomeadamente auditorias das boas práticas de higiene

e dos procedimentos baseados no sistema de análise de perigos e controlo dos pontos críticos (HACCP). Estas

auditorias devem determinar nomeadamente se os procedimentos garantem, na medida do possível, que os

produtos de origem animal observam os critérios microbiológicos previstos na legislação comunitária.

Compete às Autoridades Veterinárias, assegurar a verificação do cumprimento da legislação relativa aos

alimentos para animais e aos géneros alimentícios garantindo assim um elevado nível de segurança dos GA.

Os controlos oficiais devem ser realizados regularmente, em função dos riscos e com uma frequência

adequada.

A nível Regional os controlos anteriormente mencionados são realizados no âmbito do PACE-Açores.

Assim de forma complementar aos controlos realizadas no âmbito deste Plano são recolhidas amostras aos

Géneros Alimentícios (GA) periodicamente e de uma forma aleatória a aproximadamente a um 10% dos

estabelecimentos da Região.

Esta colheita integra não só as pesquisas que determinam os critérios de segurança dos GA e os critérios

de higiene dos processos implícitos no Regulamento nº 2073/2005 como também integra a pesquisa de

determinadas zoonoses e agentes zoonóticos indicados no Decreto-Lei nº 193/2004.

2. Objetivos

Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação

dos requisitos em matéria de segurança alimentar.

Orientação de procedimentos de colheita, identificação, acondicionamento e

transporte de amostras de géneros alimentícios de origem animal recolhidos no

âmbito do PACE-Açores, para análise microbiológica.

Definição e uniformização de parâmetros a pesquisar conforme a matriz em questão.

Definição linhas gerais de orientação de atuação no caso de resultados não

conformes.

Vigilância de Zoonoses e agentes zoonóticos nos GA, contribuindo para uma rede de

epidemiovigilância eficaz que abrange a segurança alimentar, saúde humana e

animal.

3. Referências Bibliográficas

NP 1828:1982 Microbiologia Alimentar – colheita de amostras para análise microbiológica;

Page 4: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 4 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

ISO 17604:2003 Microbiology of food and animal feeding stuff – carcass sampling for

microbiological analysis;

NP EN ISO 707:2001 Leite e produtos lácteos – linhas gerais para a amostragem (ISO

707:1997);

NF ISO 7218:2001 Microbiologia dos alimentos – recomendações gerais para análises

microbiológicas;

ISO 17604:2003 - Microbiology of food and animal feeding stuffs -- Carcass sampling for

microbiological analysis;

Regulamento (CE) nº 2073/2005 da Comissão de 15 de Novembro de 2005 - Relativo a

critérios microbiológicos aplicáveis aos géneros alimentícios, alterado pelo Regulamento nº

1441/2007 da Comissão de 5 de Dezembro de 2007;

Regulamento (CE) nº 882/2004 de 28 de Maio, relativo aos controlos oficiais realizados para

assegurar a verificação do cumprimento da legislação relativa aos alimentos para animais e

aos géneros alimentícios e das normas relativas à saúde e ao bem-estar dos animais;

Diretiva nº 2003/99/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 17 de Novembro de 2003

relativa à vigilância das zoonoses e dos agentes zoonóticos, que altera a Decisão 90/424/CEE

do Conselho e revoga a Diretiva 92/117/CEE do Conselho;

Decreto-Lei nº 193/2004 de 17 de Agosto de 2004 que transpõe a Diretiva 2003/99/CE do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de Novembro de 2003, relativo à vigilância de

zoonoses e dos agentes zoonóticos, que altera a Decisão 90/424/CEE do Conselho e revoga

a Diretiva 92/117/CEE do Conselho;

Decisão da Comissão de 8 de Junho de 2001 que estabelece regras para os controlos

regulares à higiene efetuados pelos operadores aos estabelecimentos de acordo com a

Diretiva 64/433/CEE relativa às condições de produção e de colocação de carnes frescas no

mercado e com a Diretiva 71/118/CEE relativa a problemas sanitários em matéria de

comércio de carnes frescas de aves de capoeira (revogado);

Plano de Inspeção dos Géneros Alimentícios da DGAV/DSSA/DSP e os seus anexos.

4. Âmbito

A colheita de amostras deve ser efetuada ao produto final de cada estabelecimento. As

pesquisas solicitadas são as seguintes:

Pesquisas enumeradas no Regulamento nº 2073/2005 (devem ser solicitadas de

acordo com a matriz em questão conforme o Regulamento)

Agentes Zoonóticos (DL nº 193/2004) – Campylobacter, E. coli Verotoxigénica e

Brucella.

Page 5: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 5 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

5. Execução

5.1. Amostragem

A amostragem deve ser efetuada de acordo com o plano de colheita de amostras

previamente estabelecido no início de cada ano, entre a Divisão de Higiene Publica Veterinária e os

diversos Serviços de Desenvolvimento Agrário (SDA) de cada ilha.

Este Plano de Colheita integra não só o número de amostras por Ilha como o tipo de matriz

a selecionar. Na escolha do estabelecimento a amostrar deve-se ter em conta o Grau de Risco deste

estabelecimento e histórico de amostragens (tentar selecionar estabelecimentos diferentes nas

distintas amostragens).

Cada SDA deve efetuar o número mínimo de amostras definidas no Plano de Amostragem,

este número apenas deve ser ultrapassado em casos específicos (exemplo: resultados positivos,

suspeitas).

As colheitas devem respeitar a calendarização enviada ao LRV e em caso de não cumprimento

da mesma o LRV deve ser alertado com pelo menos três dias de antecedência de forma a poder gerir

os recursos existentes.

5.2. Colheita da amostra

Regras gerais para a colheita de amostras para análise microbiológica tendo em conta a Norma

Portuguesa 1828:1982:

A colheita das amostras deve ser efetuada com os devidos cuidados de assepsia:

a) Deve efetuar-se em ambiente calmo, sem correntes de ar e limpo, dentro da medida do pos-

sível.

b) A roupa dos intervenientes deve estar limpa, preferencialmente protegida por bata descar-

tável.

c) As mãos devem estar limpas e devem ser utilizadas luvas descartáveis esterilizadas. Na sua

ausência as mãos deverão ser desinfetadas.

d) Os utensílios (bisturis, pinças, colheres, recipientes de colheita, entre outros) que vão con-

tactar com o género alimentício a ser amostrado devem estar esterilizados e só contactar

com aquele, nunca devendo ser colocados sobre mesas ou bancadas.

e) As mãos não devem tocar os alimentos a analisar nem as zonas dos utensílios que irão con-

tactar com o género alimentício.

f) O recipiente para onde é colhida a amostra (saco ou frasco) deve estar esterilizado e deve

ser aberto o menos possível e fechado imediatamente após a colheita.

A amostra deve ser representativa do género alimentício em estudo:

Page 6: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 6 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

a) Quando o género alimentício a analisar estiver contido em embalagem própria, a amostra

deve ser constituída pela embalagem intacta, se tal for exequível.

b) Se o género alimentício for líquido, este deve ser convenientemente homogeneizado com

material esterilizado/desinfetado antes da colheita.

c) Se for pastoso e de difícil mistura deve colher-se pequenas porções em diversos pontos até

perfazer a quantidade necessária de amostra para a determinação.

d) Se for sólido deve verificar-se se a camada externa deve fazer parte da amostra, se for pro-

vável o seu consumo. Se não, deverá ser retirada com material esterilizado que não deve ser

utilizado na restante colheita.

e) Se for heterogéneo a amostra deve comportar quantidades proporcionais das diferentes zo-

nas ou porções.

Se a amostra for colhida de uma torneira, esta deve ser previamente limpa, desinfetada por den-

tro e por fora e chamejada. O líquido deve escorrer alguns segundos antes de se colher a amostra.

Quando o produto se encontrar congelado deve-se evitar proceder à sua descongelação para a

colheita da amostra.

Quando se proceder a análises de superfícies de carcaças deverá ter-se em conta as determina-

ções da ISO 17604:2003, que reflete o constante no Reg. (CE) n.º 2073/2005.

Quando a colheita ocorre no decurso de uma visita a um estabelecimento, na sequência de

um controlo oficial do tipo auditoria, controlo de verificação, controlo de acompanhamento ou

controlo de vigilância, esta deve ser efetuada no final, uma vez que, para os alimentos perecíveis, a

análise deverá realizar-se até 24h após a colheita.

Amostra Global (com exceção de carcaças):

Do mesmo lote devem ser colhidas 5 subunidades com 100g cada uma, em triplicado para as diferentes

entidades:

LRV

Entidade Fiscalizadora

Operador económico detentor do estabelecimento (contra-análise)

A única exceção verifica-se quando o operador refere no auto de amostragem, que prescinde

das suas 5 subunidades e desta forma da contra análise.

Colheita de amostras em carcaças (Matadouros):

Na Decisão da Comissão de 8 de Junho de 2001, encontravam-se descritas as regras para a

recolha, processamento e apresentação dos resultados das amostras colhidas a carcaças em

Page 7: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 7 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

matadouro. A mesma foi revogada com efeitos a partir de 1 janeiro 2006 pelo que as mesmas foram

incorporadas no Reg. (CE) 2073/2005.

o Métodos de amostragem

No caso da amostragem para análise bacteriológica, devem colher-se amostras de quatro pontos de

cada carcaça:

Bovinos: pescoço, peito alto, aba e alcatra;

Suínos: lombo, queixada (ou goela), membro traseiro médio (pá) e barriga

Ovinos e caprinos: aba, tórax lateral, peito alto e fralda

A colheita das amostras para pesquisa dos parâmetros: Enterobacteriaceae, número de colónias

aérobias e Campylobacter deve ocorrer mediante o método destrutivo onde são colhidas 4 amostras de

tecido, representando um total de 20 cm2. Na recolha de amostras para análise de Salmonella, deve utilizar-

se o método de amostragem com esponja abrasiva. A área de amostragem deve abranger pelo menos 100

cm2 por ponto de amostragem selecionado.

5.3. Auto de Colheita

É obrigatório preencher corretamente o Auto de Colheita, este deve ser em duplicado, o

original é entregue ao operador económico detentor do estabelecimento controlado e o duplicado

deve ser arquivado na entidade fiscalizadora no processo do estabelecimento.

Deve-se evidenciar de forma inequívoca se o operador económico prescinde ou não das suas

amostras, e assim da contra análise.

5.4. Acondicionamento e Identificação da amostra

Cada subunidade deve ser acondicionada individualmente, colocar as subunidades

acondicionadas num outro saco de plástico transparente, selar e etiquetar como amostra única.

O recipiente de colheita, que contém a amostra, depois de codificado, deve ser devidamente

acondicionado, por exemplo em caixa de poliestireno (esferovite) ou caixa térmica, quando se coloca

mais do que uma amostra por caixa, deve garantir-se que não há contaminação cruzada e falhas de

rastreabilidade.

Page 8: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 8 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

Deve proceder-se à identificação da amostra com a seguinte informação:

Código da amostra – deverá ser o mesmo para as 5 sub-unidades e deve obedecer ao

seguinte:

o Deve começar pela sigla PIGA09

o Identificação do SDA (X)

o Deve ser seguido da data (ddmmaa)

o Número sequencial (3 dígitos)

Exemplo de uma amostra colhida pelo SDAFC a 1 de Janeiro de 2015: PIGA09FC010115001

Matriz analisada;

Lote amostrado;

Espécie animal;

Data e hora da colheita;

Etiqueta tipo:

SDA

Código da amostra

Matriz analisada

Espécie animal

Data e hora de colheita

5.5. Conservação e transporte

As amostras devem ser conservadas de forma e temperatura adequadas ao produto amos-

trado, de forma a, tanto quanto possível, diminuir a possibilidade de desenvolvimento microbioló-

gico.

Temperaturas recomendadas de acordo com a ISO 7218:2001:

Alimentos estáveis (conservas): à temperatura ambiente

Alimentos refrigerados (alimentos não estáveis- produtos frescos, refrigerados,

pasteurizados e similares): 1 a 8 C̊

Alimentos muito perecíveis: 0 a 2 C̊

Alimentos congelados: -15C̊ a - 18C̊

As amostras devem chegar o mais rapidamente possível ao laboratório, no máximo 24 horas após a

colheita.

5.6. Folha de requisição de amostras

Page 9: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 9 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

Para o envio das amostras deve ser preenchida a folha de requisição de análises, que deverá

acompanhar a amostra que é enviada ao LRV. A amostra deverá ser cega para o LRV (não indicar

quem é o operador económico, nem o estabelecimento de proveniência). Na folha de requisição a

descrição do tipo de material colhido deve ser o mais detalhada possível, como por exemplo:

Espécie do animal (carne de bovino, suíno, mistura de bovino e suíno, aves…ou leite de vaca,

cabra, ovelha, mistura…);

Refrigerado ou Congelado;

Se o produto é destinado a ser consumido cru ou cozinhado;

Nos preparados de carne indicar se é cozido/PC ou cru e o tipo de preparado (fiambre,

salsicha, morcela, etc..);

Queijos: duro, pasta mole ou semi-mole; feito com leite cru ou pasteurizado;

Leite: cru ou pasteurizado, se é para ser transformado, se sim é transformado cru ou

pasteurizado…

Pescado: cozido, cru, salgado, marinado, fumado ou associado a um elevado teor de

histidina;

Ovos/ovoproduto: líquidos, desidratado, cru

Existe um modelo de folha de requisição de análises para cada setor que podem ser

consultadas no Painel da SRAA, no separador “Formulários”, ou na base de dados regional. SDA deve

arquivar uma cópia da folha de requisição enviada ao LRV.

5.7. Critérios microbiológicos para a avaliação da segurança dos Alimentos de

Origem Animal e da Higiene dos processos fabris

A interpretação é feita com base no regulamento 2073/2005 de 15 de Novembro de 2005

(versão consolidada 2011-12-01 alterado por Regulamento (CE) n.º 1441/2007 da Comissão de 5 de

Dezembro de 2007; Regulamento (EU) n.º 365/2010 da Comissão de 28 de Abril de 2010;

Regulamento (EU) n.º 1086/2011 da Comissão de 27 de Outubro de 2011).

Os resultados, incluindo os negativos, devem ser comunicados ao operador económico

detentor do estabelecimento alvo de controlo, sendo arquivado um exemplar dos mesmos no

respetivo processo do estabelecimento.

Uma amostragem será sempre considerada NEGATIVA se o resultado da 1ª amostra for

negativo. Não há contra-análise.

Page 10: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 10 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

Resumo

Critérios de segurança dos géneros alimentícios (critério que define a aceitabilidade de um

produto ou de um lote de géneros alimentícios aplicável aos produtos colocados no mercado).

Categoria de alimentos Microorganismo/respectivas

toxinas ou metabolitos

Alimentos prontos para consumo destinados a latentes e

alimentos prontos para consumo destinados a fins medicinais

específicos

Listeria monocytogenes

Alimentos prontos para consumo suscetíveis de permitir o

crescimento de L. monocytogenes, exceto os destinados a

lactentes e a fins medicinais específicos

Listeria monocytogenes

Alimentos prontos para consumo não suscetíveis de permitir o

crescimento de L. monocytogenes, exceto os destinados a

lactentes e a fins medicinais específicos

Listeria monocytogenes

Carne picada e preparados de carne destinados a serem

consumidos crus

Salmonella

Carne picada e preparados de carne obtidos a partir de carne de

aves de capoeira destinados a serem consumidos cozinhados

Salmonella

Carne picada e preparados de carne, exceto os obtidos a partir

de carne de aves de capoeira destinados a serem consumidos

cozinhados

Salmonella

Carne separada mecanicamente Salmonella

Produtos à base de carne destinados a serem consumidos crus,

excluindo aqueles em que o processo de fabrico ou a

composição do próprio produto eliminarão o risco

relativamente à Salmonella

Salmonella

Produtos à base de carne obtidos a partir de carne de aves de

capoeira destinados a serem consumidos cozinhados

Salmonella

Gelatina e colagénio Salmonella

Queijo, manteiga e natas fabricados com leite cru ou leite que

tenha sido submetido a tratamento térmico mais fraco que a

pasteurização

Salmonella

Leite em pó e soro de leite em pó Salmonella

Sorvetes, excluindo produtos em que o processo de fabrico ou a

composição do próprio produto eliminarão o risco

Salmonella

Page 11: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 11 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

relativamente à Salmonella

Ovoprodutos, excluindo aqueles que o processo de fabrico ou a

composição do próprio produto eliminarão o risco

relativamente à Salmonella

Salmonella

Alimentos prontos para consumo que contenham ovos crus,

excluindo aqueles em que o processo de fabrico ou a

composição do próprio produto eliminarão o risco

relativamente à Salmonella

Salmonella

Crustáceos e moluscos cozidos Salmonella

Moluscos bivalves vivos e equinodermes, tunicados e

gastrópodes vivos

Salmonella

Sementes germinadas (prontas para consumo) Salmonella

Frutas e produtos horticulas pré-cortados (prontos para

consumo)

Salmonella

Sumos de frutas e de produtos hortícolas não pasteurizados

(prontos para consumo)

Salmonella

Queijo., lelite em pó e soro de leite em pó, como referidos nos

critérios relativos aos estafilococos coagulase positivos do

capítulo 2.2 do presente anexo

Enterotoxinas estafilocócicas

Fórmulas para lactentes desidratadas e alimentos dietéticos

desidratados destinados a fins medicinais especifícos para

latentes com menos de 6 meses

Salmonella

Fórmulas de transição desidratadas Salmonella

Fórmulas para latentes desidratadas e alimentos dietéticos

desidratados destinados a fins medicinais especificos para

latentes com menos de 6 meses

Cronobacter spp. (Enterobacter

sakazakii)

Moluscos bivalves vivos e equinodermes, tunicados e

gastrópodes vivos

E.Coli

Produtos da pesca de espécies de peixes associados a um

elevado teor de histidina

Histamina

Produtos de pesca que tenham sido submetidos a um

tratamento de maturação enzimática em salmoura, fabricados a

partir de espécies de peixe associados a um elevado teor de

histidina

Histamina

Carne fresca de aves de capoeira Salmonella typhimurium

Salmonella enteritidis

Page 12: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 12 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

Critérios de higiene dos processos (Critério que indica se o processo de produção funciona de modo

aceitável. Não é aplicável aos produtos colocados no mercado. Estabelece um valor de contaminação

indicativo, acima do qual se tornam necessárias medidas corretivas para preservar a higiene do processo em

conformidade com a legislação alimentar).

Carne e produtos derivados

Carcaças de bovino, ovinos, caprinos e equídeos Número de colónias aeróbicas e

Enterobacteriaceae

Carcaças de suínos Número de colónias aeróbicas e

Enterobacteriaceae

Carcaças de bovino, ovinos, caprinos e equídeos Salmonella

Carcaças de suínos Salmonella

Carcaças de frangos de carne e de perus Salmonella spp.

Carne picada Número de colónias aeróbicas e

E. coli

Carne separada mecanicamente Número de colónias aeróbicas e

E. coli

Preparados de carne E. coli

Leite e produtos lácteos

Leite pasteurizado ou outros produtos lácteos líquidos

pasteurizados

Enterobacteriaceae

Queijo fabricado com leite ou soro de leite que tenha sido

submetido a tratamento térmico

E. coli

Queijo fabricado com leite cru Estafilococcos coagulase

positivos

Queijo fabricado com leite que tenha sido submetido a

tratamento térmico mais baixo que a pasteurização e queijo

curado fabricado com leite ou soro de leite que tenha sido

submetido a pasteurização ou tratamento térmico mais

elevado

Estafilococcos coagulase

positivos

Queijo de pasta mole não curado (queijo fresco) fabricado

com leite ou soro de leite que tenha sido submetido a

pasteurização ou tratamento térmico mais elevado

Estafilococcos coagulase

positivos

Manteiga e natas fabricadas com leite cru ou leite que tenha

sido submetido a tratamento térmico mais baixo do que a

pasteurização

E.Coli

Leite em pó e soro de leite em pó Enterobacteriaceae

Page 13: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 13 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

Estafilococcos coagulase

positivos

Sorvetes e sobremesas lácteas congeladas Enterobacteriaceae

Fórmulas para lactentes desidratadas e alimentos dietéticos

desidratados destinados a fins medicinais especificos para

latentes com menos de 6 meses

Enterobacteriaceae

Fórmulas de transição desidratadas Enterobacteriaceae

Fórmulas para latentes desidratas e alimentos dietéticos

desidratados destinados a fins medicinais especificos para

latentes com menos de 6 meses

Bacillus cereus presumível

Ovoprodutos

Ovoprodutos Enterobacteriaceae

Produtos da pesca

Produtos descascados e sem concha à base de crustáceos e

moluscos cozidos

E.Coli

Estafilococcos coagulase

positivos

Produtos hortícolas, frutas e produtos derivados

Frutas e produtos hortícolas pré-cortados (prontos para

consumo)

E.Coli

Sumos de frutas e produtos hortícolas não pasteurizdos

(prontos para consumo)

E.Coli

Adicionalmente, quando se pretende verificar a eficácia da higienização das superfícies, deve

utilizar-se uma zaragatoa, a área a examinar deve ter no mínimo 100cm2.

Pesquisa de Agentes Zoonóticos

A Base Legal para a pesquisa destes agentes é o Decreto-Lei nº193/2004. Os agentes que

devem ser pesquisados de acordo com a sua matriz são:

Campylobacter: Carcaças/Carne fresca (todas as espécies), Carne Picada e

Preparados de Carne destinados a serem consumidos cozinhados (todas as espécies).

Escherichia coli Verotoxigénica: Carne Picada e Preparados de Carne destinados a

serem consumidos cozinhados (Bovino e/ou Suíno)

Brucella: Queijo fresco/requeijão (todas as espécies) – Apenas em São Miguel deve

ser solicitada a pesquisa deste agente.

Registo na Base de Dados Regional

Page 14: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 14 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

No registo da colheita de amostras na Base de Dados Regional devem-se efetuar os seguintes passos:

No caso da colheita de amostras não ser integrada num controlo:

o Deve-se identificar o tipo de visita na secção de “controlos” como “Outra”;

o Dentro dos controlos na secção de “identificação” deve-se indicar “colheita de

amostras” no campo “se outra qual”.

o Identificar como controlo de acompanhamento

Em ambos os casos (sendo a colheita de amostras integrada ou não num controlo):

o No parecer deve-se escolher “SIM” no campo “O Controlo Oficial integra recolha de

Amostras”;

o Incluir a Folha de Requisição preenchida e o resultado do LRV nos Anexos.

6. Procedimento na sequência de Amostras Não Conformes

Compete ao LRV:

Informar a DSV-DHPV e em simultâneo os SDA dos resultados das análises através de

correio eletrónico.

Compete aos SDA

Notificar o operador económico dos resultados e das medidas a implementar, estas

devem proporcionais ao risco identificado

Solicitar a imprescindível identificação por parte do operador económico do

problema inerente ao resultado não conforme; Alguns procedimentos devem ser de

imediato revistos e equacionadas respetivas falhas, tais como:

o Plano HACCP ou dos seus pré-requisitos;

o Manual de Boas Práticas e revisão do mesmo junto dos colaboradores

(manipulação higiénica dos produtos, temperatura de conservação dos

Page 15: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 15 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

mesmos e higiene pessoal)

o Planos de higienização e seus registos (equipamentos e instalações), ações

químicas (produtos utilizados) ações físicas (calor);

o Análises realizadas no âmbito do autocontrolo – verificar o controlo analítico

(os métodos devem ser comparáveis);

o Eventual controlo ao estabelecimento e acompanhamento das medidas

tomadas pelo operador, em função do risco, tendo em conta determinados

parâmetros (agente isolado, matriz, contaminação, consumidores de destino

e possibilidades de consumo);

Realização do inquérito epidemiológico geral e no caso de Salmonella ou Listeria

realizar também os inquéritos específicos para estes agentes. No preenchimento do

inquérito epidemiológico deve ser dada particular importância à informação

recolhida para efeitos de rastreabilidade do produto, verificando a correspondência

entre a quantidade de mercadoria/matéria-prima recebida, produzida e distribuída;

Realizar nova colheita.

Compete aos Operadores:

Os operadores das empresas do sector alimentar devem reportar à SDA, da forma

por esta requerida, toda a informação necessária ao preenchimento do inquérito

epidemiológico, nomeadamente:

o Informação dobre fornecedores e quantidade recebida;

o Quantidade produzida

o Identificação dos clientes e quantidades fornecidas

Reforço das medidas de higiene

Reforço do controlo da segurança das matérias-primas e produto final

Notificação aos clientes que receberam o lote de produto em causa

Proceder a retirada de mercado quando necessário.

Compete à DSV-DHPV:

Recolha e avaliação da informação recebida do laboratório;

Solicitação ao SDA das medidas ações tomadas e medidas implementadas pelo

operador e outras informações pertinentes;

Recebe e analisa o inquérito epidemiológico recebido do SDA;

Manutenção de registos sobre a informação recebida;

Acompanhamento das medidas implementadas pelos SDA;

Conclusão/Arquivamento dos processos.

Page 16: PACE AÇORESdocs-sraa.azores.gov.pt/Portal/file__30-11-2017_11-00-45...Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação dos requisitos em matéria

Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores

Página 16 de 16

DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05

Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg

Comunicação a outras Autoridades competentes nos casos aplicáveis.

Se após a 3ª colheita consecutiva os resultados continuarem não conformes, os

estabelecimentos devem ser alvo da adoção de outras medidas por parte do SDA como por

exemplo o embargo de produtos, suspensão da atividade ou levantamento de Auto de

Notícia.