Direção Regional da Agricultura
Direção de Serviços de Veterinária
PACE AÇORES
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE COLHEITA DE AMOSTRAS NO
ÂMBITO DO PACE-Açores
2017-2020
Manual de Procedimentos de Colheita de Amostras no Âmbito do PACE-Açores
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Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg
Índice
Índice ................................................................................................................................................................. 2
Introdução ……………………………………………………………………………………………………………………………………………….3
2. Objetivos ………………………………………………………………………………………………………………………………………………….3
3. Referências Bibliográficas …………………………………………………………………………………………………………………………4
4. Âmbito …………………………………………………………………………………………………………………………………………………….5
5. Execução ………………………………………………………………………………………………………………………………………………….5
6. Procedimentos na Sequência de Amostras Não Conformes ……………………………………………………………………17
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1. Introdução
A autoridade Veterinária efetua controlos oficiais para verificar o cumprimento, pelos operadores das
empresas do sector alimentar, de diversos requisitos, nomeadamente auditorias das boas práticas de higiene
e dos procedimentos baseados no sistema de análise de perigos e controlo dos pontos críticos (HACCP). Estas
auditorias devem determinar nomeadamente se os procedimentos garantem, na medida do possível, que os
produtos de origem animal observam os critérios microbiológicos previstos na legislação comunitária.
Compete às Autoridades Veterinárias, assegurar a verificação do cumprimento da legislação relativa aos
alimentos para animais e aos géneros alimentícios garantindo assim um elevado nível de segurança dos GA.
Os controlos oficiais devem ser realizados regularmente, em função dos riscos e com uma frequência
adequada.
A nível Regional os controlos anteriormente mencionados são realizados no âmbito do PACE-Açores.
Assim de forma complementar aos controlos realizadas no âmbito deste Plano são recolhidas amostras aos
Géneros Alimentícios (GA) periodicamente e de uma forma aleatória a aproximadamente a um 10% dos
estabelecimentos da Região.
Esta colheita integra não só as pesquisas que determinam os critérios de segurança dos GA e os critérios
de higiene dos processos implícitos no Regulamento nº 2073/2005 como também integra a pesquisa de
determinadas zoonoses e agentes zoonóticos indicados no Decreto-Lei nº 193/2004.
2. Objetivos
Complementar ao PACE-Açores, de forma a contribuir para a eficácia da verificação
dos requisitos em matéria de segurança alimentar.
Orientação de procedimentos de colheita, identificação, acondicionamento e
transporte de amostras de géneros alimentícios de origem animal recolhidos no
âmbito do PACE-Açores, para análise microbiológica.
Definição e uniformização de parâmetros a pesquisar conforme a matriz em questão.
Definição linhas gerais de orientação de atuação no caso de resultados não
conformes.
Vigilância de Zoonoses e agentes zoonóticos nos GA, contribuindo para uma rede de
epidemiovigilância eficaz que abrange a segurança alimentar, saúde humana e
animal.
3. Referências Bibliográficas
NP 1828:1982 Microbiologia Alimentar – colheita de amostras para análise microbiológica;
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ISO 17604:2003 Microbiology of food and animal feeding stuff – carcass sampling for
microbiological analysis;
NP EN ISO 707:2001 Leite e produtos lácteos – linhas gerais para a amostragem (ISO
707:1997);
NF ISO 7218:2001 Microbiologia dos alimentos – recomendações gerais para análises
microbiológicas;
ISO 17604:2003 - Microbiology of food and animal feeding stuffs -- Carcass sampling for
microbiological analysis;
Regulamento (CE) nº 2073/2005 da Comissão de 15 de Novembro de 2005 - Relativo a
critérios microbiológicos aplicáveis aos géneros alimentícios, alterado pelo Regulamento nº
1441/2007 da Comissão de 5 de Dezembro de 2007;
Regulamento (CE) nº 882/2004 de 28 de Maio, relativo aos controlos oficiais realizados para
assegurar a verificação do cumprimento da legislação relativa aos alimentos para animais e
aos géneros alimentícios e das normas relativas à saúde e ao bem-estar dos animais;
Diretiva nº 2003/99/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 17 de Novembro de 2003
relativa à vigilância das zoonoses e dos agentes zoonóticos, que altera a Decisão 90/424/CEE
do Conselho e revoga a Diretiva 92/117/CEE do Conselho;
Decreto-Lei nº 193/2004 de 17 de Agosto de 2004 que transpõe a Diretiva 2003/99/CE do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de Novembro de 2003, relativo à vigilância de
zoonoses e dos agentes zoonóticos, que altera a Decisão 90/424/CEE do Conselho e revoga
a Diretiva 92/117/CEE do Conselho;
Decisão da Comissão de 8 de Junho de 2001 que estabelece regras para os controlos
regulares à higiene efetuados pelos operadores aos estabelecimentos de acordo com a
Diretiva 64/433/CEE relativa às condições de produção e de colocação de carnes frescas no
mercado e com a Diretiva 71/118/CEE relativa a problemas sanitários em matéria de
comércio de carnes frescas de aves de capoeira (revogado);
Plano de Inspeção dos Géneros Alimentícios da DGAV/DSSA/DSP e os seus anexos.
4. Âmbito
A colheita de amostras deve ser efetuada ao produto final de cada estabelecimento. As
pesquisas solicitadas são as seguintes:
Pesquisas enumeradas no Regulamento nº 2073/2005 (devem ser solicitadas de
acordo com a matriz em questão conforme o Regulamento)
Agentes Zoonóticos (DL nº 193/2004) – Campylobacter, E. coli Verotoxigénica e
Brucella.
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5. Execução
5.1. Amostragem
A amostragem deve ser efetuada de acordo com o plano de colheita de amostras
previamente estabelecido no início de cada ano, entre a Divisão de Higiene Publica Veterinária e os
diversos Serviços de Desenvolvimento Agrário (SDA) de cada ilha.
Este Plano de Colheita integra não só o número de amostras por Ilha como o tipo de matriz
a selecionar. Na escolha do estabelecimento a amostrar deve-se ter em conta o Grau de Risco deste
estabelecimento e histórico de amostragens (tentar selecionar estabelecimentos diferentes nas
distintas amostragens).
Cada SDA deve efetuar o número mínimo de amostras definidas no Plano de Amostragem,
este número apenas deve ser ultrapassado em casos específicos (exemplo: resultados positivos,
suspeitas).
As colheitas devem respeitar a calendarização enviada ao LRV e em caso de não cumprimento
da mesma o LRV deve ser alertado com pelo menos três dias de antecedência de forma a poder gerir
os recursos existentes.
5.2. Colheita da amostra
Regras gerais para a colheita de amostras para análise microbiológica tendo em conta a Norma
Portuguesa 1828:1982:
A colheita das amostras deve ser efetuada com os devidos cuidados de assepsia:
a) Deve efetuar-se em ambiente calmo, sem correntes de ar e limpo, dentro da medida do pos-
sível.
b) A roupa dos intervenientes deve estar limpa, preferencialmente protegida por bata descar-
tável.
c) As mãos devem estar limpas e devem ser utilizadas luvas descartáveis esterilizadas. Na sua
ausência as mãos deverão ser desinfetadas.
d) Os utensílios (bisturis, pinças, colheres, recipientes de colheita, entre outros) que vão con-
tactar com o género alimentício a ser amostrado devem estar esterilizados e só contactar
com aquele, nunca devendo ser colocados sobre mesas ou bancadas.
e) As mãos não devem tocar os alimentos a analisar nem as zonas dos utensílios que irão con-
tactar com o género alimentício.
f) O recipiente para onde é colhida a amostra (saco ou frasco) deve estar esterilizado e deve
ser aberto o menos possível e fechado imediatamente após a colheita.
A amostra deve ser representativa do género alimentício em estudo:
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a) Quando o género alimentício a analisar estiver contido em embalagem própria, a amostra
deve ser constituída pela embalagem intacta, se tal for exequível.
b) Se o género alimentício for líquido, este deve ser convenientemente homogeneizado com
material esterilizado/desinfetado antes da colheita.
c) Se for pastoso e de difícil mistura deve colher-se pequenas porções em diversos pontos até
perfazer a quantidade necessária de amostra para a determinação.
d) Se for sólido deve verificar-se se a camada externa deve fazer parte da amostra, se for pro-
vável o seu consumo. Se não, deverá ser retirada com material esterilizado que não deve ser
utilizado na restante colheita.
e) Se for heterogéneo a amostra deve comportar quantidades proporcionais das diferentes zo-
nas ou porções.
Se a amostra for colhida de uma torneira, esta deve ser previamente limpa, desinfetada por den-
tro e por fora e chamejada. O líquido deve escorrer alguns segundos antes de se colher a amostra.
Quando o produto se encontrar congelado deve-se evitar proceder à sua descongelação para a
colheita da amostra.
Quando se proceder a análises de superfícies de carcaças deverá ter-se em conta as determina-
ções da ISO 17604:2003, que reflete o constante no Reg. (CE) n.º 2073/2005.
Quando a colheita ocorre no decurso de uma visita a um estabelecimento, na sequência de
um controlo oficial do tipo auditoria, controlo de verificação, controlo de acompanhamento ou
controlo de vigilância, esta deve ser efetuada no final, uma vez que, para os alimentos perecíveis, a
análise deverá realizar-se até 24h após a colheita.
Amostra Global (com exceção de carcaças):
Do mesmo lote devem ser colhidas 5 subunidades com 100g cada uma, em triplicado para as diferentes
entidades:
LRV
Entidade Fiscalizadora
Operador económico detentor do estabelecimento (contra-análise)
A única exceção verifica-se quando o operador refere no auto de amostragem, que prescinde
das suas 5 subunidades e desta forma da contra análise.
Colheita de amostras em carcaças (Matadouros):
Na Decisão da Comissão de 8 de Junho de 2001, encontravam-se descritas as regras para a
recolha, processamento e apresentação dos resultados das amostras colhidas a carcaças em
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matadouro. A mesma foi revogada com efeitos a partir de 1 janeiro 2006 pelo que as mesmas foram
incorporadas no Reg. (CE) 2073/2005.
o Métodos de amostragem
No caso da amostragem para análise bacteriológica, devem colher-se amostras de quatro pontos de
cada carcaça:
Bovinos: pescoço, peito alto, aba e alcatra;
Suínos: lombo, queixada (ou goela), membro traseiro médio (pá) e barriga
Ovinos e caprinos: aba, tórax lateral, peito alto e fralda
A colheita das amostras para pesquisa dos parâmetros: Enterobacteriaceae, número de colónias
aérobias e Campylobacter deve ocorrer mediante o método destrutivo onde são colhidas 4 amostras de
tecido, representando um total de 20 cm2. Na recolha de amostras para análise de Salmonella, deve utilizar-
se o método de amostragem com esponja abrasiva. A área de amostragem deve abranger pelo menos 100
cm2 por ponto de amostragem selecionado.
5.3. Auto de Colheita
É obrigatório preencher corretamente o Auto de Colheita, este deve ser em duplicado, o
original é entregue ao operador económico detentor do estabelecimento controlado e o duplicado
deve ser arquivado na entidade fiscalizadora no processo do estabelecimento.
Deve-se evidenciar de forma inequívoca se o operador económico prescinde ou não das suas
amostras, e assim da contra análise.
5.4. Acondicionamento e Identificação da amostra
Cada subunidade deve ser acondicionada individualmente, colocar as subunidades
acondicionadas num outro saco de plástico transparente, selar e etiquetar como amostra única.
O recipiente de colheita, que contém a amostra, depois de codificado, deve ser devidamente
acondicionado, por exemplo em caixa de poliestireno (esferovite) ou caixa térmica, quando se coloca
mais do que uma amostra por caixa, deve garantir-se que não há contaminação cruzada e falhas de
rastreabilidade.
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Deve proceder-se à identificação da amostra com a seguinte informação:
Código da amostra – deverá ser o mesmo para as 5 sub-unidades e deve obedecer ao
seguinte:
o Deve começar pela sigla PIGA09
o Identificação do SDA (X)
o Deve ser seguido da data (ddmmaa)
o Número sequencial (3 dígitos)
Exemplo de uma amostra colhida pelo SDAFC a 1 de Janeiro de 2015: PIGA09FC010115001
Matriz analisada;
Lote amostrado;
Espécie animal;
Data e hora da colheita;
Etiqueta tipo:
SDA
Código da amostra
Matriz analisada
Espécie animal
Data e hora de colheita
5.5. Conservação e transporte
As amostras devem ser conservadas de forma e temperatura adequadas ao produto amos-
trado, de forma a, tanto quanto possível, diminuir a possibilidade de desenvolvimento microbioló-
gico.
Temperaturas recomendadas de acordo com a ISO 7218:2001:
Alimentos estáveis (conservas): à temperatura ambiente
Alimentos refrigerados (alimentos não estáveis- produtos frescos, refrigerados,
pasteurizados e similares): 1 a 8 C̊
Alimentos muito perecíveis: 0 a 2 C̊
Alimentos congelados: -15C̊ a - 18C̊
As amostras devem chegar o mais rapidamente possível ao laboratório, no máximo 24 horas após a
colheita.
5.6. Folha de requisição de amostras
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Para o envio das amostras deve ser preenchida a folha de requisição de análises, que deverá
acompanhar a amostra que é enviada ao LRV. A amostra deverá ser cega para o LRV (não indicar
quem é o operador económico, nem o estabelecimento de proveniência). Na folha de requisição a
descrição do tipo de material colhido deve ser o mais detalhada possível, como por exemplo:
Espécie do animal (carne de bovino, suíno, mistura de bovino e suíno, aves…ou leite de vaca,
cabra, ovelha, mistura…);
Refrigerado ou Congelado;
Se o produto é destinado a ser consumido cru ou cozinhado;
Nos preparados de carne indicar se é cozido/PC ou cru e o tipo de preparado (fiambre,
salsicha, morcela, etc..);
Queijos: duro, pasta mole ou semi-mole; feito com leite cru ou pasteurizado;
Leite: cru ou pasteurizado, se é para ser transformado, se sim é transformado cru ou
pasteurizado…
Pescado: cozido, cru, salgado, marinado, fumado ou associado a um elevado teor de
histidina;
Ovos/ovoproduto: líquidos, desidratado, cru
Existe um modelo de folha de requisição de análises para cada setor que podem ser
consultadas no Painel da SRAA, no separador “Formulários”, ou na base de dados regional. SDA deve
arquivar uma cópia da folha de requisição enviada ao LRV.
5.7. Critérios microbiológicos para a avaliação da segurança dos Alimentos de
Origem Animal e da Higiene dos processos fabris
A interpretação é feita com base no regulamento 2073/2005 de 15 de Novembro de 2005
(versão consolidada 2011-12-01 alterado por Regulamento (CE) n.º 1441/2007 da Comissão de 5 de
Dezembro de 2007; Regulamento (EU) n.º 365/2010 da Comissão de 28 de Abril de 2010;
Regulamento (EU) n.º 1086/2011 da Comissão de 27 de Outubro de 2011).
Os resultados, incluindo os negativos, devem ser comunicados ao operador económico
detentor do estabelecimento alvo de controlo, sendo arquivado um exemplar dos mesmos no
respetivo processo do estabelecimento.
Uma amostragem será sempre considerada NEGATIVA se o resultado da 1ª amostra for
negativo. Não há contra-análise.
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Resumo
Critérios de segurança dos géneros alimentícios (critério que define a aceitabilidade de um
produto ou de um lote de géneros alimentícios aplicável aos produtos colocados no mercado).
Categoria de alimentos Microorganismo/respectivas
toxinas ou metabolitos
Alimentos prontos para consumo destinados a latentes e
alimentos prontos para consumo destinados a fins medicinais
específicos
Listeria monocytogenes
Alimentos prontos para consumo suscetíveis de permitir o
crescimento de L. monocytogenes, exceto os destinados a
lactentes e a fins medicinais específicos
Listeria monocytogenes
Alimentos prontos para consumo não suscetíveis de permitir o
crescimento de L. monocytogenes, exceto os destinados a
lactentes e a fins medicinais específicos
Listeria monocytogenes
Carne picada e preparados de carne destinados a serem
consumidos crus
Salmonella
Carne picada e preparados de carne obtidos a partir de carne de
aves de capoeira destinados a serem consumidos cozinhados
Salmonella
Carne picada e preparados de carne, exceto os obtidos a partir
de carne de aves de capoeira destinados a serem consumidos
cozinhados
Salmonella
Carne separada mecanicamente Salmonella
Produtos à base de carne destinados a serem consumidos crus,
excluindo aqueles em que o processo de fabrico ou a
composição do próprio produto eliminarão o risco
relativamente à Salmonella
Salmonella
Produtos à base de carne obtidos a partir de carne de aves de
capoeira destinados a serem consumidos cozinhados
Salmonella
Gelatina e colagénio Salmonella
Queijo, manteiga e natas fabricados com leite cru ou leite que
tenha sido submetido a tratamento térmico mais fraco que a
pasteurização
Salmonella
Leite em pó e soro de leite em pó Salmonella
Sorvetes, excluindo produtos em que o processo de fabrico ou a
composição do próprio produto eliminarão o risco
Salmonella
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relativamente à Salmonella
Ovoprodutos, excluindo aqueles que o processo de fabrico ou a
composição do próprio produto eliminarão o risco
relativamente à Salmonella
Salmonella
Alimentos prontos para consumo que contenham ovos crus,
excluindo aqueles em que o processo de fabrico ou a
composição do próprio produto eliminarão o risco
relativamente à Salmonella
Salmonella
Crustáceos e moluscos cozidos Salmonella
Moluscos bivalves vivos e equinodermes, tunicados e
gastrópodes vivos
Salmonella
Sementes germinadas (prontas para consumo) Salmonella
Frutas e produtos horticulas pré-cortados (prontos para
consumo)
Salmonella
Sumos de frutas e de produtos hortícolas não pasteurizados
(prontos para consumo)
Salmonella
Queijo., lelite em pó e soro de leite em pó, como referidos nos
critérios relativos aos estafilococos coagulase positivos do
capítulo 2.2 do presente anexo
Enterotoxinas estafilocócicas
Fórmulas para lactentes desidratadas e alimentos dietéticos
desidratados destinados a fins medicinais especifícos para
latentes com menos de 6 meses
Salmonella
Fórmulas de transição desidratadas Salmonella
Fórmulas para latentes desidratadas e alimentos dietéticos
desidratados destinados a fins medicinais especificos para
latentes com menos de 6 meses
Cronobacter spp. (Enterobacter
sakazakii)
Moluscos bivalves vivos e equinodermes, tunicados e
gastrópodes vivos
E.Coli
Produtos da pesca de espécies de peixes associados a um
elevado teor de histidina
Histamina
Produtos de pesca que tenham sido submetidos a um
tratamento de maturação enzimática em salmoura, fabricados a
partir de espécies de peixe associados a um elevado teor de
histidina
Histamina
Carne fresca de aves de capoeira Salmonella typhimurium
Salmonella enteritidis
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Critérios de higiene dos processos (Critério que indica se o processo de produção funciona de modo
aceitável. Não é aplicável aos produtos colocados no mercado. Estabelece um valor de contaminação
indicativo, acima do qual se tornam necessárias medidas corretivas para preservar a higiene do processo em
conformidade com a legislação alimentar).
Carne e produtos derivados
Carcaças de bovino, ovinos, caprinos e equídeos Número de colónias aeróbicas e
Enterobacteriaceae
Carcaças de suínos Número de colónias aeróbicas e
Enterobacteriaceae
Carcaças de bovino, ovinos, caprinos e equídeos Salmonella
Carcaças de suínos Salmonella
Carcaças de frangos de carne e de perus Salmonella spp.
Carne picada Número de colónias aeróbicas e
E. coli
Carne separada mecanicamente Número de colónias aeróbicas e
E. coli
Preparados de carne E. coli
Leite e produtos lácteos
Leite pasteurizado ou outros produtos lácteos líquidos
pasteurizados
Enterobacteriaceae
Queijo fabricado com leite ou soro de leite que tenha sido
submetido a tratamento térmico
E. coli
Queijo fabricado com leite cru Estafilococcos coagulase
positivos
Queijo fabricado com leite que tenha sido submetido a
tratamento térmico mais baixo que a pasteurização e queijo
curado fabricado com leite ou soro de leite que tenha sido
submetido a pasteurização ou tratamento térmico mais
elevado
Estafilococcos coagulase
positivos
Queijo de pasta mole não curado (queijo fresco) fabricado
com leite ou soro de leite que tenha sido submetido a
pasteurização ou tratamento térmico mais elevado
Estafilococcos coagulase
positivos
Manteiga e natas fabricadas com leite cru ou leite que tenha
sido submetido a tratamento térmico mais baixo do que a
pasteurização
E.Coli
Leite em pó e soro de leite em pó Enterobacteriaceae
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Estafilococcos coagulase
positivos
Sorvetes e sobremesas lácteas congeladas Enterobacteriaceae
Fórmulas para lactentes desidratadas e alimentos dietéticos
desidratados destinados a fins medicinais especificos para
latentes com menos de 6 meses
Enterobacteriaceae
Fórmulas de transição desidratadas Enterobacteriaceae
Fórmulas para latentes desidratas e alimentos dietéticos
desidratados destinados a fins medicinais especificos para
latentes com menos de 6 meses
Bacillus cereus presumível
Ovoprodutos
Ovoprodutos Enterobacteriaceae
Produtos da pesca
Produtos descascados e sem concha à base de crustáceos e
moluscos cozidos
E.Coli
Estafilococcos coagulase
positivos
Produtos hortícolas, frutas e produtos derivados
Frutas e produtos hortícolas pré-cortados (prontos para
consumo)
E.Coli
Sumos de frutas e produtos hortícolas não pasteurizdos
(prontos para consumo)
E.Coli
Adicionalmente, quando se pretende verificar a eficácia da higienização das superfícies, deve
utilizar-se uma zaragatoa, a área a examinar deve ter no mínimo 100cm2.
Pesquisa de Agentes Zoonóticos
A Base Legal para a pesquisa destes agentes é o Decreto-Lei nº193/2004. Os agentes que
devem ser pesquisados de acordo com a sua matriz são:
Campylobacter: Carcaças/Carne fresca (todas as espécies), Carne Picada e
Preparados de Carne destinados a serem consumidos cozinhados (todas as espécies).
Escherichia coli Verotoxigénica: Carne Picada e Preparados de Carne destinados a
serem consumidos cozinhados (Bovino e/ou Suíno)
Brucella: Queijo fresco/requeijão (todas as espécies) – Apenas em São Miguel deve
ser solicitada a pesquisa deste agente.
Registo na Base de Dados Regional
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No registo da colheita de amostras na Base de Dados Regional devem-se efetuar os seguintes passos:
No caso da colheita de amostras não ser integrada num controlo:
o Deve-se identificar o tipo de visita na secção de “controlos” como “Outra”;
o Dentro dos controlos na secção de “identificação” deve-se indicar “colheita de
amostras” no campo “se outra qual”.
o Identificar como controlo de acompanhamento
Em ambos os casos (sendo a colheita de amostras integrada ou não num controlo):
o No parecer deve-se escolher “SIM” no campo “O Controlo Oficial integra recolha de
Amostras”;
o Incluir a Folha de Requisição preenchida e o resultado do LRV nos Anexos.
6. Procedimento na sequência de Amostras Não Conformes
Compete ao LRV:
Informar a DSV-DHPV e em simultâneo os SDA dos resultados das análises através de
correio eletrónico.
Compete aos SDA
Notificar o operador económico dos resultados e das medidas a implementar, estas
devem proporcionais ao risco identificado
Solicitar a imprescindível identificação por parte do operador económico do
problema inerente ao resultado não conforme; Alguns procedimentos devem ser de
imediato revistos e equacionadas respetivas falhas, tais como:
o Plano HACCP ou dos seus pré-requisitos;
o Manual de Boas Práticas e revisão do mesmo junto dos colaboradores
(manipulação higiénica dos produtos, temperatura de conservação dos
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mesmos e higiene pessoal)
o Planos de higienização e seus registos (equipamentos e instalações), ações
químicas (produtos utilizados) ações físicas (calor);
o Análises realizadas no âmbito do autocontrolo – verificar o controlo analítico
(os métodos devem ser comparáveis);
o Eventual controlo ao estabelecimento e acompanhamento das medidas
tomadas pelo operador, em função do risco, tendo em conta determinados
parâmetros (agente isolado, matriz, contaminação, consumidores de destino
e possibilidades de consumo);
Realização do inquérito epidemiológico geral e no caso de Salmonella ou Listeria
realizar também os inquéritos específicos para estes agentes. No preenchimento do
inquérito epidemiológico deve ser dada particular importância à informação
recolhida para efeitos de rastreabilidade do produto, verificando a correspondência
entre a quantidade de mercadoria/matéria-prima recebida, produzida e distribuída;
Realizar nova colheita.
Compete aos Operadores:
Os operadores das empresas do sector alimentar devem reportar à SDA, da forma
por esta requerida, toda a informação necessária ao preenchimento do inquérito
epidemiológico, nomeadamente:
o Informação dobre fornecedores e quantidade recebida;
o Quantidade produzida
o Identificação dos clientes e quantidades fornecidas
Reforço das medidas de higiene
Reforço do controlo da segurança das matérias-primas e produto final
Notificação aos clientes que receberam o lote de produto em causa
Proceder a retirada de mercado quando necessário.
Compete à DSV-DHPV:
Recolha e avaliação da informação recebida do laboratório;
Solicitação ao SDA das medidas ações tomadas e medidas implementadas pelo
operador e outras informações pertinentes;
Recebe e analisa o inquérito epidemiológico recebido do SDA;
Manutenção de registos sobre a informação recebida;
Acompanhamento das medidas implementadas pelos SDA;
Conclusão/Arquivamento dos processos.
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DRAg-DSV-DHPV Revisão n.º 05
Data: 25/01/2016 Elaborado por: DHPV Verificado por: DSV Aprovado por: DRAg
Comunicação a outras Autoridades competentes nos casos aplicáveis.
Se após a 3ª colheita consecutiva os resultados continuarem não conformes, os
estabelecimentos devem ser alvo da adoção de outras medidas por parte do SDA como por
exemplo o embargo de produtos, suspensão da atividade ou levantamento de Auto de
Notícia.