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01/06Concurso Público Nacional de ProjetosArquitetura e Paisagismo

Parques Central e Sul de Águas Claras - DF

PARQUES CENTRAL E SUL DE AGUAS CLARAS | BRASÍLIA - DF

No complexo mundo urbano de hoje, inúmeros problemas a adminstrar e uma crise ambiental que se delineia plan-etária, impõe-se a busca de soluções ambientais coerentes que amenizem o cenário de degradação que muitas vezes despontam em nossas cidades. A opção pelo Paradigma Ecológico numa visão sistêmica do projeto de paisagismo urbano, propõe soluções foca-das no equilibrio econômico, cultural, social e ambiental dos problemas enfrentados. A Recuperação Ambiental e Paisagística através da reconstituição de ecossitemas degradados com plantio de espécies vegetais autoctones e associações vegetais na forma em que se combinam na natureza é a escolha a ser utilizada neste sentido.A utilização de um Sistema de Drenagem Naturalizada, empregando varias tipologias multifuncionais de Infraes-trutura Verde ,favorece a economia e a resiliência do ambiente.Levando em conta tanto a Paisagem Natural da região quanto a Paisagem Cultural do entorno pretende-se criar uma imagem forte de lugar, através de uma linguagem unifi cadora dos diversos trechos do parque.

Legenda

1 - Pistas de Caminhada/Ciclovia2 - Comércio/Sanitários3 - Biblioteca/Espaço Multiuso4 - PEC5 - Espaço de Convivência6- Ginástica7 - Pista de Skate8 - Pista de patinação9 - Quadra Poliesportiva10 - Quadra de Tenis11 - Quadra Volei de Areia12 - Quadra de Futebol Society13 - Parque infantil inclusivo14 - Teatro de Arena15 - Horta Comunitária16 - Área para Feirasitinerantes17- Área para animais deestimação18 - Ponto de coleta de lixo seletivo19- Depósito de ferramentas 20 - Lago21 - Deck madeira com pérgola22 - Espaço multiuso descoberto23 - Praça24 - Passagem sobre linha do Metrô25 - Estacionamento26 - Jardim de tratamento águas cinzas(Wetland)27 - Trilha em saibro28 - Espelho D’água29 - SAMU30- Vestiários

O Existente

Espaço natural de cerrado, a área do Parque Central está situada em um topo de coxilha, com solos que drenam para diversas veredas, sendo que duas delas em direção ao contíguo Parque de Águas Claras . Por ser topo de coxilha, armazena pouca água, formando uma paisagem de cerra-do típico e campos secos, que foi quase completamente antropizada, alterada e descaracterizada. Na área do Parque Sul existem árvores de grande porte, sugerindo a existência de um antigo pomar e fornecendo boa sombra. Num descampado ao sul desse bosque, em algum momento existiu um pequeno lago. No entorno existe uma zona de serviços, com intensa circulação de pe-destres atravessando a área.O sistema viário e as linhas do metrô dividem os territórios. Os altos e inúmeros edifícios marcam o céu, atraindo em demasia o olhar para a verticalidade.

Conceitos gerais

As relações entre a natureza física da área e a tensão ali exercida pela ocupação humana são as bases do conceito do projeto: harmonizar a criação de espaços de lazer, cultura e esporte com a recuperação da paisagem vegetal, inserir lagos, fi letes de água em linhas de drenagem, acomodar o parque em curvas de nível, e por fi m ter uma unidade paisagística em um espaço fortemente dividido e fragmentado.O caminho unifi cador das oito áreas do Parque Central é a Vereda dos Palmares, constituída de Ciclovia e Pista de Caminhada que percorre todas áreas do parque, garantido mobilidade sempre com acessibilidade universal. As palmeiras mais altas, como o buriti, o babaçu e a gueiroba são a referência visual integradora mesmo quando compostas com outras espécies regionais. Ao longo da Vereda dos Palmares se desenvolvem os espaços de lazer, esportes, recreação e cultura cuja localização dialoga com os usos urbanos do entorno. A arborização proposta atenua a forte presença da paisagem vertical dos prédios do entorno e dos vãos das trincheiras das linhas do metrô. A estética é orgânica na forma e didática na intenção. Percorrer a Vereda dos Palmares irá propiciar o encontro com diferentes cenários naturais do Planalto Central quando estes surgem entre os espaços de esporte, lazer e convívio. E ainda experienciar o contato com práticas sustentáveis do viver urbano através de tecnologias brandas e simples propostas.

IMPLANTAÇÃO PARQUE CENTRALEscala 1/1500

PARQUES CENTRAL E SUL DE AGUAS CLARAS | BRASÍLIA - DF

No complexo mundo urbano de hoje, inúmeros problemas a adminstrar e uma crise ambiental que se delineia plan-etária, impõe-se a busca de soluções ambientais coerentes que amenizem o cenário de degradação que muitas vezes despontam em nossas cidades. A opção pelo Paradigma Ecológico numa visão sistêmica do projeto de paisagismo urbano, propõe soluções foca-das no equilibrio econômico, cultural, social e ambiental dos problemas enfrentados. A Recuperação Ambiental e Paisagística através da reconstituição de ecossitemas degradados com plantio de espécies vegetais autoctones e associações vegetais na forma em que se combinam na natureza é a escolha aser utilizada neste sentido.A utilização de um Sistema de Drenagem Naturalizada, empregando varias tipologias multifuncionais de Infraes-trutura Verde ,favorece a economia e a resiliência do ambiente.Levando em conta tanto a Paisagem Natural da região quanto a Paisagem Cultural do entorno pretende-se criar uma imagem forte de lugar, através de uma linguagem unifi cadora dos diversos trechos do parque.

O Existente

Espaço natural de cerrado, a área do Parque Central está situada em um topo de coxilha, com solos que drenam para diversas veredas, sendo que duas delas em direção ao contíguo Parque de Águas Claras . Por ser topo de coxilha, armazena pouca água, formando uma paisagem de cerra-do típico e campos secos, que foi quase completamente antropizada, alterada e descaracterizada.Na área do Parque Sul existem árvores de grande porte, sugerindo a existência de um antigopomar e fornecendo boa sombra. Num descampado ao sul desse bosque, em algum momentoexistiu um pequeno lago. No entorno existe uma zona de serviços, com intensa circulação de pe-destres atravessando a área.O sistema viário e as linhas do metrô dividem os territórios. Os altos e inúmeros edifícios marcamo céu, atraindo em demasia o olhar para a verticalidade.



Indicações específi cas- Cenários especiais defi nem áreas com usos e topografi as especiais: Vereda dos Palmares, Bosque de Troncos, Bosque dos Saberes e Cerrado Rupestre, por exemplo;- Criação de vários lagos nas áreas dos parques, atenuando a aridez do ambiente hiperconstruído e fa-vorecendo uma experiência poética com o elemento água tão caro ao homem. - Manejo adequado das terraplanagens, otimizando a relação corte e aterro na conformação do terreno, na criação de lagos, trilhas e praças;- Rede hídrica manejável que se desenvolve ao longo de todas as áreas, propiciando a criação de ambi-entes com variado grau de umidade. Aliado ao manejo de solos, cria-se o mosaico necessário à restau-ração dos diversos tipos de cerrado apresentados. A escolha das espécies, tanto nas manchas herbáceas como arbustivas, leva em conta essa diversidade edáfi ca e hídrica;- Utilização de jardins-de-chuva, biovaletas, lagoas de infi ltração (bacias de detenção) e plu-viais (bacias de retenção), tetos verdes, wetlands construídos, bioengenharia em taludes e

encostas, pisos drenantes (nos estacionamentos por exemplo)- Captação das águas pluviais e sua condução por declividade para sistemas lacustres, permitindo a remoção de poluentes e a fi ltragem das águas superfi ciais. - Armazenagem também de águas pluviais em pequenas cisternas pré-moldadas distribuí-das pelos parques, para garantir irrigação de determinadas áreas de plantio nos períodos de grande estiagem. - A vegetação proposta é agrupada recriando coleções regionais e seguindo crité-rios estéticos, ambientais e principalmente a disponibilidade de mudas ou propágu-los para sua efetiva implantação, através de pesquisa em viveiros locais. A restauração de manchas de tipos de cerrados se dará conforme metodologia já de-senvolvida na região, que utiliza a coleta de sementes feita por comunidades locais;- Também se prevê o possível envolvimento de dois Colégios Agrícolas vizinhos aos Parques com a criação de parceria para manutenção da Horta, Pomar, e demais tratos culturais;

- Sombra: fundamental para melhor utilização de espaços abertos no centro-oeste brasileiro, os es-paços de convivência e circulação são previstos com arborização de porte que forneça sempre boa sombra;- Recuperação do solo através de manejo de roçadas e adubação rameal, com uso mínimo de insu-mos trazidos de fora, desenvolvendo um trabalho contínuo de recuperação de solo a fi m de propiciar a formação de espaços vegetados e biodiversos; - Construções com uso de materiais preferencialmente locais e que otimizem conforto térmico e minimizem gasto energético, utilizando mão de obra local;- Pistas de saibro sublinhadas por palmares típicos do cerrado e pisos especiais drenantes;- Formação de bosques sombreados e criação de pomar com frutas nativas e exóticas típicas da cultura regional, atraindo a avifauna local;- Caminhos peatonais intercalados por nichos sombreados de estar e ginástica e áreas de serviços para dar suporte à circulação de pedestres que atravessam a área do Parque Sul.

Legenda

1 - Comércio/Sanitários2 - PEC3 - Espaço de Convivência4 - Ginástica5 - Parque infantil inclusivo7 - Área para animais de estimação8 - Ponto de coleta de lixo seletivo9 - Lago10 - Estacionamento11 - Jardim de tratamento de águas cinzas (Wetland)

Rede Hídrica- Parques são espaços em contínua evolução, e uma das principais tarefas do paisagista é propiciar uma evolução sustentável. A integração entre os espaços construídos e a formação de ambientes paisagísticos vegetacionais criam uma paisagem orgânica, ecológica. Ao criarmos uma rede hídrica manejável ao longo de todas as áreas, propiciamos a criação de ambientes com variado grau de umidade. Aliado ao manejo de solos, criamos o mosaico necessário a restauração dos diversos tipos de Cerrado. A escolha das espé-cies, tanto nas manchas herbáceas como arbustivas, leva em conta essa diversidade edáfi ca e hídrica. - Águas claras que se movem, integram, direcionam e criam vida. O manejo das águas é um dos eixos do projeto. O Distrito Federal está atravessando umas das suas piores crises hídricas. Assim, o Parque de Aguas Claras deve, no mínimo, ser autossustentável no uso da água. Por isso, propomos uma rede hídrica manejável, com captação de águas pluviais, formação de reservatórios na forma de lagos e ban-hados, o tratamento de efl uentes em wetlands e o reuso dessas águas nos prédios e equipamentos do

parque. Com o uso de carneiros hidráulicos, a água será redistribuída pelo parque, alimentando espelhos, córregos, jardins e prédios. Ao integrar captação, uso e tratamento num mesmo espaço, o Parque propi-ciará um aprendizado de cidadania consciente sobre o uso da água.- O sistema hídrico proposto integra águas pluviais, lagos e tratamento de efl uentes. - Armazenagem da água para fl ora, fauna e cultivos.- Tratar resíduos e efl uentes gerados dentro da área do parque.

ZoneamentoAs atividades estão localizadas respeitando essencialmente a topografi a e o entorno ur-bano. Os ambientes como os Parques Infantis Inclusivos, Pontos de Encontro Comunitários e Circuitos de Ginástica Inclusivos, fi cam em áreas que já eram mais planas e próximas aos acessos e estacionamentos.As quadras esportivas estão concentradas na área 8 ,de relevo mais ameno e cotas mais baixas, o que facilita e economiza a insta-lação, tanto de revestimentos como do cerca-mento do perímetro.Unidades de apoio, serviços, sanitários e bicicletários estão em todas áreas do Parque Central e também no Parque Sul.Os lagos fi cam nas cotas médias das áreas, a fi m de receberem a contribuição das águas pluviais mais acima, bem como para escoar-em para jardins, wetlands, cisternas e lagos menores.As atividades culturais, como Auditório, Cen-tro Cultural e Administrativo, Espaço para Fei-ras e Eventos fi cam nas cotas mais altas, in-corporando as visuais mais abertas do parque e vislumbrando o acesso ao Parque Ecológico de Águas Claras.Diagrama de condicionantes: metrô e entorno edifi cado.

Parque Sul

Diagrama de circulação e edifi cações propostas. Diagrama de águas: lagos e wetlands.

EstacionamentoCaminhosEdifi cações

IMPLANTAÇÃO PARQUE SULEscala 1/1500

Indicações específi cas- Cenários especiais defi nem áreas com usos e topografi as especiais: Vereda dos Palmares, Bosque deTroncos, Bosque dos Saberes e Cerrado Rupestre, por exemplo;- Criação de vários lagos nas áreas dos parques, atenuando a aridez do ambiente hiperconstruído e fa-vorecendo uma experiência poética com o elemento água tão caro ao homem.- Manejo adequado das terraplanagens, otimizando a relação corte e aterro na conformação do terreno,na criação de lagos, trilhas e praças;- Rede hídrica manejável que se desenvolve ao longo de todas as áreas, propiciando a criação de ambi-entes com variado grau de umidade. Aliado ao manejo de solos, cria-se o mosaico necessário à restau-ração dos diversos tipos de cerrado apresentados. A escolha das espécies, tanto nas manchas herbáceascomo arbustivas, leva em conta essa diversidade edáfi ca e hídrica;- Utilização de jardins-de-chuva, biovaletas, lagoas de infi ltração (bacias de detenção) e plu-viais (bacias de retenção), tetos verdes, wetlands construídos, bioengenharia em taludes e

encostas, pisos drenantes (nos estacionamentos por exemplo)- Captação das águas pluviais e sua condução por declividade para sistemas lacustres,permitindo a remoção de poluentes e a fi ltragem das águas superfi ciais.- Armazenagem também de águas pluviais em pequenas cisternas pré-moldadas distribuí-das pelos parques, para garantir irrigação de determinadas áreas de plantio nos períodosde grande estiagem.- A vegetação proposta é agrupada recriando coleções regionais e seguindo crité-rios estéticos, ambientais e principalmente a disponibilidade de mudas ou propágu-los para sua efetiva implantação, através de pesquisa em viveiros locais. A restauração de manchas de tipos de cerrados se dará conforme metodologia já de-senvolvida na região, que utiliza a coleta de sementes feita por comunidades locais;- Também se prevê o possível envolvimento de dois Colégios Agrícolas vizinhos aos Parquescom a criação de parceria para manutenção da Horta, Pomar, e demais tratos culturais;

- Sombra: fundamental para melhor utilização de espaços abertos no centro-oeste brasileiro, os es-paços de convivência e circulação são previstos com arborização de porte que forneça sempre boasombra;- Recuperação do solo através de manejo de roçadas e adubação rameal, com uso mínimo de insu-mos trazidos de fora, desenvolvendo um trabalho contínuo de recuperação de solo a fi m de propiciar a formação de espaços vegetados e biodiversos;- Construções com uso de materiais preferencialmente locais e que otimizem conforto térmico e minimizem gasto energético, utilizando mão de obra local;- Pistas de saibro sublinhadas por palmares típicos do cerrado e pisos especiais drenantes;- Formação de bosques sombreados e criação de pomar com frutas nativas e exóticas típicas da cultura regional, atraindo a avifauna local;- Caminhos peatonais intercalados por nichos sombreados de estar e ginástica e áreas de serviços para dar suporte à circulação de pedestres que atravessam a área do Parque Sul.



Cenários propostos | Recuperar o território de paisagem do cerrado.Muito além do simples plantio de árvores nativas, o projeto pretende recriar espaços de cerrado através de novas metodologias de restauração recentemente desenvolvidas em projetos como o do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e do Jardim Botânico de Brasília. O Cerrado é um bioma muito particular, onde a sazonalidade hídrica, a geologia sedimentar muito antiga e os solos velhos, ácidos e lixiviados propiciaram espaços de natureza singulares e biodiversos, com rica fl ora ornamental, mas de complexa restauração. O manejo de solos e semeaduras em manchas é a chave desse processo.Desta maneira, propomos uma vegetação em mosaicos, onde natureza e função urbana se inte-gram. Em cada mancha, gradientes de manejo vão do construído ao natural e evidenciam gramados roçados, ervas nativas ornamentais e cerrados típicos. O contraste entre áreas roçadas e manchas herbáceas/arbustivas naturais propiciam a fruição estética e conduzem o olhar para a beleza da natureza do cerrado. Alamedas e bosques implantados além da preservação dos maciços arbóreos

existentes criam áreas de sombra, beleza e contemplação. Nos taludes e áreas íngremes e xerófi -tas propomos a formação dos campos rupestres, um dos tipos de cerrado mais ricos em espécies ornamentais.Além dos aspectos acima citados, a opção pela vegetaçao nativa regional também se deve ao alto grau de adaptação dessa fl ora aos ambientes do cerrado, diminuindo necessidade de regas, adubação, controle de inços e roçadas.Assim, respeitar as centenas de milhões de anos da evolução da paisagem e fl ora do Cerrado não signifi ca sómente o respeito ao natural, signifi ca criar um parque que leve em conta aspectos de sustentabilidade. Principais tipos de vegetação propostos:Vereda dos Palmares | Bosques de palmeiras acompanham a principal via de circulação do parque. As principais espécies propostas: Mauritia fl exuosa -buriti; Syagrus oleracea -gueroba; Orbygnia phalerata - babaçu.Bosque de Sombra | Espécies de árvores de grande porte escolhidas pela beleza, imponência e rusticidade.Todas as árvores existentes, sempre que possível, serão preservadas.

Bosque de troncos | Grande parte da beleza das árvores se deve aos seus troncos retorcidos de belas texturas variadas. Esse bosque reverencia essa beleza e ao propor um piso de brita, cria um fundo neutro que destaca os troncos.Bosque dos Saberes | A região é rica em plantas medicinais e plantas que são utilizadas em arte-sanato pelas populações locais. Assim, propomos o Bosque dos Saberes, localizado junto a área de feiras, e que apresenta uma parcela dessa riqueza fl orística. Mosaico de Cerrado | Serão restaurados os seguintes tipos de cerrados:Cerradão, Cerrado Típico, Campo Rupestre, Campo Limpo Seco, Campo Limpo Úmido. Cada uma das manchas propostas terá um núcleo core circundado por espécies ornamentais desse ambiente. A presença de blocos de rocha ou matacões serão explorados na implantação dos Campos Rupestres. A defi nição das espé-cies seguiu critérios estéticos, ambientais e principalmente a disponibilidade de mudas ou propágu-los para sua efetiva implantação através de pesquisa em viveiros locais. A restauração de manchas de tipos de cerrados se dará conforme metodologia desenvolvida na região.

Bosque de sombra (árvores de grande porte): Erythrina mulungu - mulungu; Vochysia henkeana - pau amarelo; Handroanthus impetiginosa- ipê-roxo; Co-paifera langsdorfi i - pau-óleo, Hymenaea courbaril - jatobá; Anadenanthera pereg-rina - angico-branco, respectivamente.

Bosque de Troncos:Grande parte da beleza das árvoresse deve aos seus troncos retorcidos de belas texturas. Esse bosque reverencia essa beleza: Enterolobium gummiferum-vinhático-cascudo; Chloroleucum tortum - tataré; Hymenaea sticonocarpa - jatobá do cerrado; Caryocar braliensis - pequi; Anadenanthera falcata - curupaí,respectivamente.

VEGETAÇÃO PARQUE CENTRALEscala 1/1750

Legenda

1 - Vereda dos Palmares2 - Bosque de sombra3 - Bosque de frutíferas4 - Bosque dos troncos5 - Bosque dos Saberes6 - Campo Limpo Seco7 - Campo Limpo Úmido8 - Campo rupestre9 - Cerradão10 - Cerrado típico

Cenários propostos | Recuperar o território de paisagem do cerrado.Muito além do simples plantio de árvores nativas, o projeto pretende recriar espaços de cerradoatravés de novas metodologias de restauração recentemente desenvolvidas em projetos como odo Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e do Jardim Botânico de Brasília. O Cerrado é umbioma muito particular, onde a sazonalidade hídrica, a geologia sedimentar muito antiga e os solosvelhos, ácidos e lixiviados propiciaram espaços de natureza singulares e biodiversos, com rica fl oraornamental, mas de complexa restauração. O manejo de solos e semeaduras em manchas é achave desse processo.Desta maneira, propomos uma vegetação em mosaicos, onde natureza e função urbana se inte-gram. Em cada mancha, gradientes de manejo vão do construído ao natural e evidenciam gramadosroçados, ervas nativas ornamentais e cerrados típicos. O contraste entre áreas roçadas e manchasherbáceas/arbustivas naturais propiiciam a fruição estética e conduzem o olhar para a beleza danatureza do cerrado. Alamedas e boosques implantados além da preservação dos maciços arbóreos

existentes criam áreas de sombra, beleza e contemplação. Nos taludes e áreas íngremes e xerófi -tas propomos a formação dos campos rupestres, um dos tipos de cerrado mais ricos em espéciesornamentais.Além dos aspectos acima citados, a opção pela vegetaçao nativa regional também se deve aoalto grau de adaptação dessa fl ora aos ambientes do cerrado, diminuindo necessidade de regas,adubação, controle de inços e roçadas.Assim, respeitar as centenas de milhões de anos da evoluçãoda paisagem e fl ora do Cerrado não signifi ca sómente o respeito ao natural, signifi ca criar um parqueque leve em conta aspectos de sustentabilidade. Principais tipos de vegetação propostos:Vereda dos Palmares | Bosques de palmeiras acompanham a principal via de circulação do parque.As principais espécies propostas: Mauritia fl exuosa -buriti; Syagrus oleracea -gueroba; Orbygniaphalerata - babaçu.Bosque de Sombra | Espécies de árvores de grande porte escolhidas pela beleza, imponência e rusticidade.Todas as árvores existentes, sempre que possível, serão preservadas.

Bosque de troncos | Grande parte da beleza das árvores se deve aos seus troncos retorcidos de belas texturas variadas. Esse bosque reverencia essa beleza e ao propor um piso de brita, cria um fundo neutro que destaca os troncos.Bosque dos Saberes | A região é rica em plantas medicinais e plantas que são utilizadas em arte-sanato pelas populações locais. Assim, propomos o Bosque dos Saberes, localizado junto a área de feiras, e que apresenta uma parcela dessa riqueza fl orística. Mosaico de Cerrado | Serão restaurados os seguintes tipos de cerrados:Cerradão, Cerrado Típico, Campo Rupestre, Campo Limpo Seco, Campo Limpo Úmido. Cada uma das manchas propostas terá um núcleo core circundado por espécies ornamentais desse ambiente. A presença de blocos de rocha ou matacões serão explorados na implantação dos Campos Rupestres. A defi nição das espé-cies seguiu critérios estéticos, ambientais e principalmente a disponibilidade de mudas ou propágu-

os locais. A restauração de manchas los para sua efetiva implantação através de pesquisa em viveiroda na região.de tipos de cerrados se dará conforme metodologia desenvolvid



Ambientes PaisagísticosAmbientes paisagísticos e sua biota estão em constante evolução e mudança. Direcionar essa evolução para as biotas do cerrado exige trabalhar o relevo, as águas e solos em sintonia com o es-paço local.O relevo e a disponibilidade hidrica são fatores de diferenciação na distribuição dos tipos de Cerrado. Deste modo, propomos um trabalho inicial geomorfológico, de criação do mosaico pais-agístico, conformando lagos e vertentes, tratando solos, criando taludes e baixadas. A identifi cação e localização exata desses ambientes só ocorre após a fi nalização da conformação do terreno e o preparo de solos. Recuperar solos através de manejo de roçadas e adubação verde e rameal, com uso mínimo de insumos trazidos de fora.

Cronograma de implantaçãoO cronograma de implantação é previsto mantendo-se o acesso e uso de algumas áreas enquanto outras vão sendo executadas.

- Conformação do relevo- Manejo de solos e Escavação de lagos- Ligações dos sistemas lacustres e cisternas- Execução de rede elétrica e hidráulica- Execução de construções, pisos e instalação de equipamentos e mobiliário- Plantio de mudas de árvores - Plantio por semeadura - Manejo da vegetação (criação das manchas de tipos de cerrado): listagem de espécies potenci-ais; coleta de sementes das espécies listadas por comunidades rurais; preparo do solo; delimitação das manchas por grupos de plantas e espécies; semeadura; manejo de expontâneas.- Acompanhamento da evolução das manchas- Ressemeaduras com novas espécies, principalmente as que exigem uma comunidade vegetal pré-existente.

Legenda

1 - Vereda dos Palmares2 - Bosque de sombra6 - Campo Limpo Seco7 - Campo Limpo Úmido9 - Cerradão10 - Cerrado típico

Telhado verde com uso de sistema semi-hidropônico

Diagrama do sistema hídrico propostoCisternas para armazenamento de água para rega e reuso sanitário. Água proveniente da rede pública, captação do piso e cobertura.

Wetland para tratamento de águas cinzas, que posterior-mente alimentarão os lagos.

Lagos que originam corrégos para os campos úmidos e para rega.

Vegetação Campo Limpo Úmido e Campo Limpo Seco: Microlicia ramosa; Hyptis dic-tyodea; Kielmeyera rubrifl ora; Stachytarpheta villosa; Less-ingianthus elegans; Actino-cephalus bongardii; Vochysia pumila; Sabicea brasiliensis; respectivamente.

Cenáriosnaturais: Vereda

com Buritis; Palmar; Cerrado Típico e Campo

Limpo Úmido, respectivamente.

Legenda: ART= Artesanal; FR= Frutífera; MED= Medicinal; OR= Ornamental; S/D= Sem Dados; U= Solos Úmidos; S= Solos Bem Drenados

VEGETAÇÃO PARQUE SULEscala 1/1750

p

Praça de acesso feiras e skate.

Perfi l típico de cerrado

rocha

soss lo



Edifi caçõesAs atividades se concentram em poucas edifi cações, sempre localizadas junto às bordas, evitando-se a criação de longas redes de energia, água e telecomunicação internas ao parque.Todas edifi cações apresentam a mesma solução de cobertura plana e com telhado verde semi-hidropônico com captação de águas para reuso e beirais generosos que criam uma área sombreada junto aos acessos e atendimento.Serão executados em estrutura de concreto armado, com vedação em alvenaria de bloco de con-creto e revestidos em pastilha cerâmica, sendo a cobertura em concreto aparente. As aberturas são com estrutura de alumínio revestidas com pintura eletrostática cor alumínio.

Biblioteca / Sala Multiuso / Administração dos ParquesO prédio que concentra as principais atividades de atendimento ao público, as atividades de Bibli-oteca/Sala Multiuso e Administração, localiza-se no ponto de cota mais alta(Área 2),visando obter daí a vista geral dos Parques de Águas Claras e Central. Os ambientes de atendimento ao público se abrirão sobre um espelho d’água, e terão vistas sobre os cenários paisagísticos. O acesso públi-co à cobertura deslumbra daí ampla vista do Parque de Águas Claras e Parque Central. A cobertura tem também a função de captar água para manutenção do espelho d’água e reuso. Esse prédio também contempla módulo de sanitário familiar e inclusivo.

Comércio / Sanitários / VestiáriosOs prédios que concentram Comércio , Sanitários e o de Vestiários apresentam forma elíptica, cri-ando uma imagem que serve de marcação pontual das áreas de praças e esportes. Estão distribuí-dos de forma que atendam as áreas com maior concentração de público.

Base Descentralizada SAMUFoi proposta uma Unidade Descentralizada do SAMU na área 7 o que permite acesso rápido a todas as áreas do Parque. A solução formal adotada é a mesma dos demais prédios.

Vereda dos Palmares: deck com pérgola sobre o lago. Vista Praça e PEC

Perfi l esquemático Vereda dos Palmares:pérgola e ponte sobre o lago.

Perfi l esquemático Espaço Multiuso,com cisterna subterrânea, e ponte sobre lago e linha do Metrô.



Mobiliário com linhas contem-porâneas, com sistema defi xação e alta durabilidade. Todas as áreas de convivên-cia possuem bancos, lixeiras, paraciclos e bebedouros. O Caminho dos Palmares e os espaços de convivência são iluminados através de postes de linhas leves e com faixo de luz direcionado para baixo. Junto aos prédios e camin-hos secundários será utiliza-do também balizadores com iluminação. As áreas de es-portes receberão equipamen-tos específi cos para garantir o uso noturno. A utilização de lâmpadas LED e placas foto-voltaicas garantem a efi ciên-cia energética do Parque. Vista Prédio Sala Multiuso/Biblioteca

Perfi l esquemático Campo Rupestre e Lago com vista para o Parque de Águas Claras.

Perfi l esquemático PEC e Praça.

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