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GESTÃO 2016

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Wilson Ferreira Junior

Presidente

Márcio Pereira Zimmermann

Armando Casado de Araujo

Ricardo Moura de Araujo Faria

Celso Knijnik

Dayson Roberto Waldschmidt

CONSELHO FISCAL

Sônia Regina Jung

Presidente

Ernesto Carneiro Preciado

Engels Augusto Muniz

DIRETORIA EXECUTIVA

Márcio Pereira Zimmermann

Diretor-Presidente

Tomé Aumary Gregório

Diretor Financeiro

Gilberto Odilon Eggers

Diretor Administrativo

Jorge Andriguetto Júnior

Diretor de Engenharia

Rogério Bonini Ruiz

Diretor de Operação

  

Demonstrações Financeiras e Relatório da Administração 2015

  

Mensagem aos Acionistas

A Eletrobras Eletrosul apresenta seu Relatório de Administração de 2016, juntamente com as Demonstrações Financeiras da Companhia e o parecer dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal.

Nesta publicação constam informações detalhadas sobre as ações e o desempenho empresarial no ano de 2016, os quais demonstram o trabalho realizado com o objetivo de consolidar a empresa, cada vez mais, em sua posição de destaque como concessionária de serviços públicos de transmissão e geração de energia elétrica, como também no exercício da atividade de comercialização. Uma empresa focada na melhoria contínua de seus resultados operacionais e econômico-financeiros, que não deixa de lado seu caráter público, evidenciado pelas ações de responsabilidade socioambiental voltadas ao desenvolvimento econômico e social das comunidades onde está inserida, sempre pautada pela eficiência e ética empresarial.

Desta forma, a Alta Administração da empresa presta esclarecimentos adicionais com o objetivo de atender às expectativas do Governo Federal, dos acionistas, dos clientes, dos empregados, dos parceiros e da sociedade.

Mensagem da Administração

O ano de 2016 encerrou com uma excelente notícia para a Eletrobras Eletrosul e para o Brasil: a inauguração da Usina Hidrelétrica Jirau, em Rondônia, considerada o quarto maior aproveitamento hidrelétrico em operação no País, no qual a empresa possui 20% de participação acionária. Também tivemos outros motivos para comemorar ao longo do ano, como o reconhecimento de créditos decorrentes da Rede Básica do Sistema Existente (RBSE), na ordem de R$ 2 bilhões, o que refletiu positivamente nos resultados econômicos da empresa no exercício. No aspecto operacional, obtivemos índices muito positivos em 2016, que puderam ser atestados pelos resultados de uma pesquisa realizada com nossos clientes, na qual o nível de satisfação ficou em 94,7%

As dificuldades vivenciadas pela crise da economia nacional refletiram em diferentes setores produtivos do Pais, impactando no Setor Elétrico Brasileiro. Com isso, houve a necessidade de adequação, por parte da empresa, a esse novo contexto. Foram adotadas medidas de otimização de recursos, redução de custos e reformulação de investimentos, o que ensejou na elaboração e aprovação de um Plano de Negócios e Gestão para o período de 2017 a 2021.

Mesmo com os indispensáveis ajustes que levaram à redução de investimentos em todas as áreas, a empresa não deixou de olhar para o futuro. A Alta Administração e o corpo funcional empreenderam muitos esforços para que a Eletrobras Eletrosul continuasse, e continue, honrando todos os compromissos assumidos. Da mesma forma, a preocupação com as comunidades onde a empresa está inserida não foi deixada de lado, e os trabalhos socioambientais prosseguiram.

Essa dedicação, competência e senso de responsabilidade, é o que impulsiona a Eletrobras Eletrosul, como corporação, a enfrentar e superar todas as dificuldades que se apresentam. Dessa forma, seguimos buscando uma empresa cada vez mais forte, sustentável e estratégica, que exerce papel fundamental para o desenvolvimento econômico e social não apenas das comunidades onde está presente, mas também do Brasil.

Diretoria Executiva

Conselho de Administração

  

Sumário

1  PERFIL DA EMPRESA ........................................................................................................ 7 

2  NEGÓCIOS ............................................................................................................................ 8 

3  DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO ............................................................... 13 

4  GOVERNANÇA CORPORATIVA .................................................................................... 22 

5  PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL ........................................................... 24 

6  PESQUISA, DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA .. 26 

7  SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE ................................................................................... 27 

8  BALANÇO SOCIAL ........................................................................................................... 30 

9  PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS .................................................................................. 30 

10 PRÊMIOS E RECONHECIMENTOS ............................................................................... 32 

11 PERSPECTIVAS ................................................................................................................. 33 

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS EXPLICATIVAS .................................. 35

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE ................................................................. 137

PARECER DO CONSELHO FISCAL ................................................................................. 141 

 

7  

1 PERFIL DA EMPRESA A Eletrosul Centrais Elétricas S.A., constituída em 23/12/1968 e autorizada a funcionar pelo Decreto nº 64.395, de 23 de abril de 1969, é uma sociedade de economia mista de capital fechado, concessionária de serviços públicos de transmissão e de produção independente de energia elétrica.

Controlada das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), com sede em Florianópolis, Santa Catarina, a Eletrobras Eletrosul possui atuação nas regiões Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul e Mato Grosso) e Norte (Pará e Rondônia), por meio de empreendimentos próprios e em parceria.

Alinhada às políticas públicas do Governo Federal, em 2016, a Eletrobras Eletrosul investiu em ativos próprios, R$ 87 milhões na área de transmissão e R$ 68 milhões na área de geração, além de R$ 447 milhões em empreendimentos de geração e transmissão em implantação por meio de Sociedades de Propósito Específico (SPEs).

1.1 Quadro Acionário

Em 31/12/2016, a Eletrobras Eletrosul apresenta a seguinte estrutura societária:

Acionistas Qtde de ações Capital Social (R$ Mil) % de participação

Eletrobras 102.212.728 4.353.915 99,8782

Usiminas 57.901 2.466 0,0566

CEEE 49.519 2.109 0,0484

Copel 14.195 605 0,0139

Celesc 1.544 66 0,0015

CSN 1.194 51 0,0012

Outros 320 14 0,0003

Total 102.337.401 4.359.226 100,00

1.2 Participações Societárias

A Eletrobras Eletrosul, além do parque gerador e sistemas de transmissão próprios, participa de projetos nos segmentos de geração e de transmissão de energia elétrica em outras sociedades controladas e controladas em conjunto:

 

8  

1.3 Panorama Econômico e Setorial

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a área de atuação preponderante da Eletrobras Eletrosul responde por, aproximadamente, 17,8%1 do PIB nacional e 18,8%2 do mercado de energia elétrica brasileiro, abrigando uma população da ordem de 32,1 milhões de habitantes³, o que representa 15,6%3 da população brasileira. Essa área também responde por 33,3%¹ da produção agropecuária, 19,1%¹ da indústria e 16,3%¹ do comércio nacional.

2 NEGÓCIOS Na condução de seus negócios, a Eletrobras Eletrosul realiza estudos e projetos, constrói e opera instalações de transmissão e de geração de energia elétrica, investe em pesquisa e desenvolvimento, fomenta o uso de fontes alternativas de energia, presta serviços de telecomunicação e pratica outros atos de comércio decorrentes dessas atividades. A empresa também atua na área de comercialização de energia elétrica.

2.1 Geração

No segmento de geração, a empresa realiza atividades para implantação de empreendimentos hidrelétricos e de fontes alternativas, sendo que a atual carteira de empreendimentos de geração de energia elétrica (próprios e parcerias) totaliza 2.100,4 MW de potência em operação comercial (considerando apenas o percentual que cabe à Eletrobras Eletrosul).

Os investimentos realizados associados aos empreendimentos acima totalizam mais de R$ 6 bilhões.

2.1.1 Parque Gerador

Com relação aos empreendimentos de geração em operação comercial, estes totalizam onze usinas próprias, uma em consórcio e nove em parceria por meio de Sociedades de Propósito Específico (SPEs), conforme mostrado no quadro a seguir:

Usina Potência Instalada

(MW)

Potência Instalada

em Operação Comercial

(MW)

Garantia Física (MW

Médios)

Propriedade (%)

Potência Instalada

(MW) Proporcional

Garantia Física (MW

Médios) Proporcional

Início da Operação Comercial

Vencimento da Outorga

Corporativo 661,2 661,2 349,0 - 476,0 248,2 - -

UHE Passo São João 77,0 77,0 41,1 100,0 77,0 41,1 03/12 08/41

UHE Governador Jayme Canet Júnior (Consórcio Cruzeiro do Sul)

363,1 363,1 197,7 49,0 177,9 96,9 11/12 07/42

UHE São Domingos 48,0 48,0 36,4 100,0 48,0 36,4 06/13 12/37

PCH Barra do Rio Chapéu 15,2 15,2 8,6 100,0 15,2 8,6 02/13 05/34

PCH João Borges 19,0 19,0 10,1 100,0 19,0 10,1 07/13 12/35

Eólica Cerro Chato I 30,0 30,0 11,3 100,0 30,0 11,3 01/12 08/45

Eólica Cerro Chato II 30,0 30,0 11,3 100,0 30,0 11,3 08/11 08/45

Eólica Cerro Chato III 30,0 30,0 11,3 100,0 30,0 11,3 06/11 08/45

Eólica Coxilha Seca 30,0 30,0 13,2 100,0 30,0 13,2 12/15 05/49

Eólica Capão do Inglês 10,0 10,0 4,5 100,0 10,0 4,5 12/15 05/49

Eólica Galpões 8,0 8,0 3,5 100,0 8,0 3,5 12/15 05/49

                                                            1 IBGE - Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária, Contas Regionais do Brasil 2010-2014.

2 EPE - Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica – Dez/2016. 3 IBGE - Estimativas populacionais para os municípios e para as Unidades da Federação brasileiros – Jul/2016.

 

9  

Megawatt Solar 0,9 0,9Não

aplicável100,0 0,9

Não aplicável

09/14 Não

aplicável

SPE´s 6.231,8 6.177,8 3.395,2 - 1.624,4 839,5 - -

UHE Jirau 3.750,0 3.750,0 2.205,1 20,0 750,0 441,0 09/13 08/43

UHE Teles Pires 1.819,8 1.819,8 930,7 24,7 449,9 230,1 11/15 06/46

Santa Vitória do Palmar Holding 258,0 258,0 109,5 49,0 126,4 53,7 02/15 04/47

Livramento Holding 79,2 25,2 11,7 59,0 46,7 6,9 11/13 03/47

Chuí Holding 144,0 144,0 59,6 49,0 70,6 29,2 05/15 04/47

Eólica Hermenegildo I 57,3 57,3 24,9 99,99 57,3 24,9 11/15 06/49

Eólica Hermenegildo II 57,3 57,3 25,3 99,99 57,3 25,3 12/15 06/49

Eólica Hermenegildo III 48,3 48,3 21,0 99,99 48,3 21,0 12/15 06/49

Eólica Chuí IX 17,9 17,9 7,4 99,99 17,9 7,4 10/15 05/49

Total 6.893,0 6.839,0 3.744,2 - 2.100,4 1.087,7 - -

2.1.2 Modelo de Negócio e Comercialização de Energia

As relações comerciais no atual modelo do Setor Elétrico Brasileiro se estabelecem no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e no Ambiente de Contratação Livre (ACL). No Mercado de Curto Prazo, são contabilizadas e liquidadas as diferenças entre os montantes gerados, contratados e consumidos.

No ACR a energia é vendida para os distribuidores de energia, que a repassam para os consumidores cativos. É um segmento de mercado com prazos de suprimento mais longos (15 a 30 anos) e preços mais estáveis, que garantem estabilidade nas receitas, facilitando a obtenção de financiamentos a menores custos, viabilizando a construção de novos empreendimentos.

Desde 2010, com o retorno efetivo da Eletrobras Eletrosul à geração, a empresa vem atuando fortemente no ACR, comercializando a energia produzida pelos empreendimentos UHE Passo São João, UHE Governador Jayme Canet Júnior, UHE São Domingos e Complexo Eólico Cerro Chato. Em 2015, a empresa ampliou sua atuação nesse ambiente, com a incorporação dos parques eólicos Galpões, Capão do Inglês e Coxilha Seca, que venderam cerca de 70% da energia em leilões regulados.

O ACL possibilita aos agentes maior liberdade para negociar a compra e venda de energia, estabelecendo volumes, preços e prazos de suprimento. Trata-se de um ambiente mais dinâmico, com volumes e prazos de suprimentos mais flexíveis e preços mais voláteis quando comparados ao ACR. Em contrapartida, existem oportunidades de obter melhores preços de venda, aumentando a rentabilidade dos empreendimentos.

A Eletrobras Eletrosul tem como estratégia de comercialização a venda gradativa da energia disponível para um determinado período, de forma a minimizar o risco de exposição ao Preço de Liquidação das Diferenças (PLD). As vendas são feitas dentro das “janelas” de oportunidade que se apresentam quando o mercado revela maior propensão de compra.

A empresa iniciou a atuação no ACL em 2014, por meio da comercialização de energia proveniente das PCHs Barra do Rio Chapéu e João Borges, e da Usina Megawatt Solar. Pelo fato dos empreendimentos serem de fontes incentivadas, os preços de venda são maiores, pois os compradores dessa energia recebem o benefício de desconto nas tarifas de uso da rede, além de contarem com energia de fontes limpas e renováveis.

A partir de 2015, a Eletrobras Eletrosul ampliou consideravelmente a atuação no ACL com a entrada em operação comercial das usinas UHE Jirau e UHE Teles Pires, revendendo parte da energia comprada desses empreendimentos por meio de leilões realizados no ACL.

O cenário de recessão econômica em 2016, com emprego e renda em retração, repercutiu na diminuição da demanda por energia elétrica, que apresentou recuo de 1% em relação a 2015. O menor consumo

 

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aliado à disponibilidade de energia hídrica levou o PLD a apresentar média em torno de R$ 48/MWh no primeiro semestre.

No segundo semestre, a combinação de baixo nível dos reservatórios do Norte e Nordeste e menor expectativa de vazões, aliada à revisão da projeção de demanda de energia, provocou o aumento do PLD para patamares ao redor de R$ 142/MWh.

A Eletrobras Eletrosul vendeu 90% de seu portfólio de energia por meio de contratos de médio e longo prazo no ACR e ACL, minimizando a exposição a volatilidade do PLD, além de garantir estabilidade no fluxo de receitas da empresa. Cerca de 10% do portfólio foi reservado para hedge hidrológico e perdas, sendo o saldo dessa reserva comercializado mensalmente no curto prazo, em 2016.

O baixo nível dos reservatórios resultou na menor produção de energia hidrelétrica frente à garantia física estabelecida para as usinas no Mecanismo de Realocação de Energia (MRE). Esse déficit de geração, conhecido pela sigla GSF (Generation Scaling Factor), ficou em 14,2%, reduzindo a energia disponível das hidrelétricas da Eletrobras Eletrosul.

Por meio da repactuação do risco hidrológico relativo às usinas contratadas no ACR (UHE Passo São João, UHE Governador Jayme Canet Júnior e UHE São Domingos), o produto selecionado (SP 92) garantiu proteção contra redução de garantia física nos cenários de GSF maior que 8%, mitigando parcialmente os impactos do GSF.

Em complemento, frente à condição hidrológica adversa, adotou-se a estratégia de alocar parte da energia comprada via contrato de compra de energia da UHE Jirau e UHE Teles Pires. Esses montantes de energia foram destinados para formação do chamado “hedge hidrológico”, o que também mitigou os efeitos financeiros do GSF e manteve a estabilidade do fluxo de receitas.

2.1.3 Centro de Operação de Geração

As usinas da Eletrobras Eletrosul são operadas centralizadamente por meio do Centro de Operação de Geração (COG), que faz parte do Centro de Operação do Sistema Eletrosul (COSE), em turno de revezamento 24 horas, com pelo menos quatro operadores em tempo real por turno. Além disso, prestam suporte à operação em tempo real equipes de pré-operação, pós-operação, telecomunicações, engenharia de tempo real e equipe de proteção, bem como equipes que atuam como apoio à operação nas plantas de geração, em horário comercial.

Todos os desligamentos no sistema de geração sob a responsabilidade operativa da Eletrobras Eletrosul, sejam intempestivos ou decorrentes de procedimentos operativos, são objetos de análise detalhada por meio de uma rotina de análise do desempenho dos equipamentos, do sistema de proteção e dos procedimentos da operação. Na rotina, os procedimentos executados e o tempo de recomposição do sistema são classificados e avaliados visando à qualidade da operação. Além disso, o desempenho das proteções aplicadas nas usinas da empresa também é objeto de análise detalhada, garantindo a eficiência e a segurança das mesmas e do Sistema Interligado Nacional (SIN).

As equipes de manutenção são descentralizadas, sendo que a logística e o dimensionamento destas são reconfiguradas sempre que as análises e cálculos desenvolvidos pela área de Engenharia de Manutenção da empresa demandarem ajustes. As equipes de Coordenação Técnica e de Engenharia de Manutenção realizam análises sistemáticas do desempenho das instalações, tendo presente os dados disponíveis nos sistemas de gestão da Eletrobras Eletrosul. Dessas análises resultam as definições de melhorias e reformas a serem implantadas nas instalações, com o objetivo de manter a confiabilidade das usinas.

A empresa possui reserva de equipamentos e acessórios, com o intuito de reduzir, ao máximo, os tempos de eventuais indisponibilidades das unidades geradoras.

 

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Indicadores Operacionais de Geração

Na gestão operacional de suas usinas hidrelétricas e eólicas, a Eletrobras Eletrosul apresenta o seguinte desempenho quanto à disponibilidade:

Disponibilidade 2014 2015 2016

Disponibilidade Usinas Hidrelétricas* 89,88% 90,21% 90,78%

Disponibilidade Usinas Eólicas ** 98,33% 98,13% 98,77% * Média anual acumulada nos últimos 60 meses. **Média Anual de disponibilidades das Usinas Eólicas Cerro Chato I, II e III no último ano.

2.2 Transmissão

O Sistema de Transmissão Próprio da Eletrobras Eletrosul, considerando todos os contratos de concessão, é constituído por 44 subestações e uma conversora de frequência (localizada na fronteira do Brasil com a Argentina), representando uma capacidade total de transformação de 25.850,80 MVA, além de 10.991,37 km de linhas de transmissão.

Com a edição da Lei nº 12.783/13, o Sistema de Transmissão Próprio da empresa apresenta a seguinte configuração:

Situação Subestações / Conversora de

Frequência

Linhas de Transmissão

(Km) Capacidade Transformação (MVA)

Empreendimentos renovados pela Lei 12.783/13 38 9.426,38 21.413,10

Empreendimentos não afetados pela Lei 12.783/13 7 1.564,99 4.437,70

Total 45 10.991,37 25.850,80

Além disso, a Eletrobras Eletrosul tem envolvimento com mais 55 subestações de propriedade de outras empresas, nas quais possui parceria, equipamentos e/ou bays instalados, ou presta serviços de manutenção e/ou operação.

Sistema de Transmissão Próprio Eletrobras Eletrosul

Subestações / Conversora de Frequência 45

Capacidade de Transformação (MVA) 25.850,80

Linhas de Transmissão (Km)

Tensão (kV) Extensão

69 56,2

132 12,5

138 1.898,59

230 5.254,79

525 3.769,29

Total 10.991,37

2.2.1 Projetos e Empreendimentos de Transmissão em Implantação

No decorrer do ano de 2016, a Eletrobras Eletrosul envidou esforços no sentido de viabilizar os novos empreendimentos advindos do Leilão ANEEL nº 004/2014, lotes A e E, que resultaram, respectivamente, nos Contratos de Concessão 001/2015 e 002/2015 firmados junto à ANEEL. Neste sentido, a empresa promoveu chamadas públicas para selecionar investidores interessados na participação acionária nesses empreendimentos, de forma individual ou em grupo de investidores, descritas a seguir:

Chamada Pública para o Lote A

O Lote A contempla a implantação de empreendimentos no Estado do Rio Grande do Sul, compreendendo sete novas subestações, sendo três delas em 525 kV, além de ampliações de outras

 

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instalações e ainda 18 novas linhas de transmissão com mais de 1,8 mil quilômetros de extensão, com orçamento superior a R$ 3,3 bilhões, a valores de dez/2016.

Em 2016, a Eletrobras Eletrosul promoveu junto com a Eletrobras Furnas, ambas controladas da Eletrobras, um novo edital de Chamada Pública para a seleção de investidores interessados na participação societária entre 51% e 100% dos empreendimentos do Lote A, de forma individual ou em grupo de investidores, com período de cadastramento entre 9 de maio e 9 de junho de 2016. Uma empresa apresentou proposta firme de negócio, interessada em adquirir inicialmente 100% dos empreendimentos, condicionada à posterior entrada da Eletrosul no negócio, com 25% de participação na Sociedade de Propósito Específico - SPE, a ser criada para recepcionar o Contrato de Concessão nº 001/2015.

Chamada Pública para o Lote E

O Lote E contempla instalações no Estado de Mato Grosso do Sul, compostas de duas novas linhas de transmissão e uma nova subestação, com orçamento superior a R$ 200 milhões, a valores de dez/2016.

Em 2016, a Eletrobras Eletrosul lançou edital de Chamada Pública para seleção de investidores interessados na participação societária entre 51% e 100% dos empreendimentos do Lote E, podendo ocorrer de forma individual ou em grupo de investidores. O período inicial para cadastramento foi estipulado entre 24/06 e 27/07 de 2016, porém este prazo foi prorrogado até 25/01/2017.

2.2.2 Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão

O investimento de R$ 4,8 milhões realizado em Reforços e Melhorias nos ativos de transmissão da Eletrobras Eletrosul na região Sul e no Mato Grosso do Sul atendeu às necessidades estabelecidas nas Resoluções Autorizativas (REA) da ANEEL nos 5.484/15 e 5.861/16, e do Plano de Modernização das Instalações (PMI) e de outros empreendimentos de interesse exclusivo da empresa em 2016. O uso destes recursos visou à realização de modificações e alterações necessárias nas instalações da empresa, a fim de retirar eventuais restrições ao sistema de transmissão, bem como melhorar a confiabilidade e a flexibilidade de sua operação e manutenção. No ano de 2016 foram concluídos nove empreendimentos previstos no PMI.

Para atender às necessidades de REA, PMI e outras de interesse exclusivo da empresa, estão em andamento vinte e oito empreendimentos, sendo dezesseis referentes às REAs nº 5.484/15 e nº 5.861/16, um do PMI e onze de interesse da empresa.

Todas as melhorias e reforços destinam-se ao aumento da capacidade de transmissão e a confiabilidade do SIN, oferecendo maior disponibilidade, confiabilidade e flexibilidade ao sistema de transmissão da Eletrobras Eletrosul. Mantêm, ainda, a regularidade, a continuidade e a segurança na prestação do serviço público de transmissão de energia elétrica, auxiliando, também, nos processos de recomposição do sistema, em caso de falhas.

Destaca-se que tais melhorias e reforços acompanham a modernidade tecnológica para a conservação das instalações de transmissão, sempre em conformidade com o contrato de concessão do serviço público de transmissão de energia elétrica e com os procedimentos de rede do ONS.

2.2.3 Centro de Operação de Transmissão

O sistema de transmissão da Eletrobras Eletrosul é operado ininterruptamente através de cinco Centros Regionais de Operação (CROI), por equipes de operadores em turno de revezamento, localizados estrategicamente na região de atuação da empresa. Toda a supervisão e as tratativas com agentes externos são feitas centralizadamente através do Centro de Operação da Transmissão (COT), que faz parte do COSE, em turno de revezamento 24 horas por dia. Além disso, prestam suporte à operação em tempo real, equipes de pré-operação, pós-operação, telecomunicações, engenharia de tempo real e

 

13  

equipes de proteção, bem como equipes que atuam como apoio à operação nas subestações teleassistidas, em horário comercial.

As equipes de manutenção são descentralizadas e a logística e o dimensionamento destas são adequados sempre que as análises e cálculos desenvolvidos pela área de Engenharia de Manutenção da empresa demandarem ajustes em suas configurações. As equipes de Coordenação Técnica e de Engenharia de Manutenção realizam análises sistemáticas do desempenho das instalações, tendo presente os dados disponíveis nos sistemas de gestão. Dessas análises resultam as definições de melhorias e reformas a serem implantadas nas instalações, com o objetivo de manter a confiabilidade do sistema.

A Eletrobras Eletrosul possui uma adequada reserva de torres, equipamentos e acessórios, com o intuito de reduzir ao máximo o tempo de indisponibilidade de seu sistema de transmissão, minimizando o ônus aos ativos da empresa.

Em decorrência de seu excelente desempenho operacional, a empresa tem obtido um dos melhores índices de Parcela Variável (PV) do Sistema Interligado Nacional (SIN), segundo relatórios do Operador Nacional do Sistema (ONS), com posição de destaque em relação às demais concessionárias de porte semelhante.

Indicadores Operacionais de Transmissão

Na gestão dos ativos pertencentes à Rede Básica, a Eletrobras Eletrosul apresenta o seguinte desempenho quanto à disponibilidade:

Conjunto de Funções de Transmissão 2014 2015 2016

Linhas de Transmissão* 99,84% 99,96% 99,95% Banco de Capacitores* 99,98% 99,77% 99,79% Reatores* 99,88% 99,94% 99,85% Transformadores* 99,92% 99,98% 99,92%

* Indicador obtido considerando apenas os desligamentos penalizados com Parcela Variável (PV)

3 DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

O resultado de 2016 foi bastante impactado pelo reconhecimento do direito à indenização de ativos de transmissão de energia elétrica existentes em 31 de maio de 2000, denominadas instalações da Rede Básica do Sistema Existente (RBSE) e Demais Instalações de Transmissão (RPC). Em 20 de abril de 2016, o Ministério das Minas e Energia (MME) publicou a Portaria nº 120 que regulamentou as condições de recebimento das indenizações e possibilitou o reconhecimento contábil do montante a receber.

A indenização da RBSE estava prevista na Medida Provisória 579/2012 que regulamentou a prorrogação das concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, posteriormente convertida na Lei nº 12.783/13.

O valor contábil, até então mantido pelo custo histórico, dos gastos relacionados ao investimento, ampliações e/ou melhorias em certos ativos da concessão prorrogada era de R$ 520 milhões. O Valor Novo de Reposição (VNR) para os ativos de transmissão existentes em 31 de maio de 2000 ainda não depreciados (RBSE), calculado conforme determinado nas Resoluções Normativas 589 e 596 da ANEEL, somou R$ 1.007 milhões e este, corrigido até dezembro de 2016, representa um direito de R$ 2.116 milhões. Em termos de resultado, o efeito líquido no exercício de 2016 é de R$ 1.053 milhões.

 

 

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14

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16  

3.3 Custos e Despesas Operacionais

Contribuíram para a formação do resultado consolidado os seguintes principais custos e despesas operacionais:

Pessoal: A despesa com pessoal foi de R$ 407 milhões, 8,8% superior ao registrado em 2015, que totalizou R$ 374 milhões. O acréscimo decorre, principalmente, do reajuste anual dos salários e benefícios dos empregados.

Compra de Energia: As despesas com compra de energia totalizaram R$ 264 milhões, 17,7% superior se comparados aos R$ 225 milhões registrados em 2015. As compras decorrem principalmente de contratos de PPA firmados com a Energia Sustentável do Brasil S/A e a Teles Pires Participações S.A., controladas em conjunto pela Eletrobras Eletrosul. Destaca-se ainda o aumento no preço e na quantidade de energia comprada.

Materiais: Houve manutenção no montante consumido, que permaneceu em R$ 12 milhões em ambos os exercícios.

Serviços de Terceiros: As despesas nessa rubrica foram de R$ 118 milhões, 8,0% superior ao total das despesas registradas em 2015, de R$ 110 milhões. A variação deve-se principalmente à entrada em operação de novos empreendimentos de geração e ao reajuste de preços.

3.4 Resultado do Serviço de Energia Elétrica

A Eletrobras Eletrosul apurou R$ 1.997 milhões com o resultado do serviço de energia elétrica, 294,2% acima do resultado de 2015. Se desconsiderado o reconhecimento da indenização RBSE, de R$ 1.596 milhões, houve redução de 20,93%, principalmente em virtude da redução da receita de comercialização motivada pela redução do PLD e preços no ACL, aumento do preço e volume de energia comprada derivado de contratos de PPA, e transferência, em junho de 2015, do Contrato de Concessão de Transmissão nº 010/2009 para a Eletrobras Eletronorte. Deste montante, houve dedução de outras receitas e despesas, com destaque para:

Equivalência Patrimonial: O resultado de equivalência foi positivo em R$ 240 milhões, contra um resultado negativo de R$ 511 milhões apurado em 2015. A variação está relacionada, principalmente, à reversão de provisão relativa a excludentes de energia e encargos decorrentes efetuada pela SPE ESBR Participações S/A. Também houve registro de equivalência negativa em investidas controladas em conjunto, principalmente as de geração, derivada de reconhecimento de despesas de impairment e encargos de empréstimos e financiamentos. Se houver melhora no quadro de inflação e de juros, e se a produção de energia ocorrer conforme a garantia física, as provisões de impairment podem vir a ser revertidas, total ou parcialmente.

R$ milhões, exceto quanto indicado 2012 (i) 2013 2014 2015 2016Var. (%)

2016/2015

Pessoal (ii) 301 321 350 374 407 8,8%

Energia Comprada para Revenda 160 42 63 225 264 17,6%

Materiais 11 17 13 12 12 0,0%

Serviços de Terceiros 88 93 109 110 118 8,0%

TOTAL 559 473 535 720 802 11,3%

(i) Os valores consolidados de 2012 estão demonstrados conforme CPC 19 (R2) e CPC 23.(ii) Exceto Plano de Incentivo ao Desligamento

 

17  

Perdas pela não recuperabilidade de ativos (Impairment): A Eletrobras Eletrosul apresenta suas demonstrações financeiras de acordo com as normas internacionais de contabilidade, da International Financial Reporting Standards (IFRS). A norma determina que sejam realizados testes de recuperabilidade para os ativos de longa duração. Em 2016 a empresa registrou R$ 207 milhões de despesas de impairment, com reversão de R$ 28 milhões nos ativos corporativos e reconhecimento de R$ 235 milhões dos empreendimentos das empresas controladas Hermenegildo I, Hermenegildo II, Hermenegildo III e Chuí IX, principalmente pelo ressarcimento por geração reduzida nos parques eólicos em relação a garantia física.

Provisão para perdas em investimentos: Em 31 de dezembro de 2015 foi constituída provisão para perdas nos investimentos na Teles Pires Participações S.A e na ESBR Participações S.A., decorrentes de testes de impairment, nos valores de R$ 115 milhões e R$ 8 milhões, respectivamente. Em 2016 houve análise dos montantes e reversão da provisão relativa à ESBR Participações S.A., enquanto para a Teles Pires Participações S.A houve aumento da provisão em R$ 47 milhões.

Por se tratar de provisão contábil, as perdas estimadas por cálculos de impairment podem ser revertidas, eventualmente, caso as condições econômicas apresentem melhoras.

Resultado Financeiro Líquido

O resultado financeiro apresentou despesa líquida de R$ 424 milhões, redução de 5,0% se comparada à despesa financeira líquida de R$ 447 milhões registrada em 2015. O resultado é basicamente influenciado pela variação monetária sobre a dívida. Os principais fatores que impactaram o resultado financeiro foram a redução da taxa CDI e do IPCA no período, e a redução da variação cambial.

O resultado financeiro líquido está demonstrado no quadro a seguir:

3.5 Lucro (Prejuízo) líquido

O lucro líquido consolidado atingiu R$ 1.109 milhões, variação de 244,9% se comparado ao prejuízo líquido de R$ 765 milhões registrado em 2015. Esse resultado é decorrente, principalmente, do reconhecimento da receita relativa à RBSE, da reversão de provisões de empresa investida reconhecida por equivalência patrimonial, e do registro de impairment nas controladas geradoras de energia eólica.

Resultado Financeiro 2012 (i) 2013 2014 2015 2016Var. (%)

2016/2015

Receitas Financeiras 223 299 285 284 279 (1,7%)

Renda sobre aplicações financeiras 39 74 62 37 38 0,8%

Créditos de energia renegociados 115 93 81 132 135 2,4%

Créditos indenizatórios concessão 17 98 113 27 - (100,0%)

Outras receitas financeiras 52 33 29 88 106 21,15%

Despesas Financeiras 442 383 409 730 703 (3,7%)

Encargos de dívidas (financiamentos) 153 210 274 377 489 29,6%

Variação monetária (financiamentos) 41 78 62 229 95 (58,5%)

Outras despesas financeiras 247 95 73 124 119 (3,8%)

Resultado Financeiro Líquido (219) (84) (124) (447) (424) (5,0%)

(i) Os valores consolidados de 2012 estão demonstrados conforme CPC 19 (R2) e CPC 23.

R$ milhões, exceto quando indicado

 

18  

3.6 EBITDA

O EBITDA ajustado consolidado foi de R$ 853 milhões, representando aumento de 578,2% em relação a 2015. O EBITDA consolidado ajustado é calculado a partir do lucro líquido, acrescido do resultado financeiro líquido, tributos sobre o lucro, depreciação e amortização, e gastos não recorrentes.

Dentre os fatores que afetaram o EBITDA destaca-se a equivalência patrimonial positiva, resultante da reversão de provisão efetuada pela SPE ESBR Participações S/A.

3.7 Investimentos (controladora)

Foram investidos em participações societárias o montante de R$ 447 milhões, representando redução de 51,6% em relação aos investimentos realizados em 2015.

Já os investimentos financeiros em ativo imobilizado próprio de transmissão e geração, atingiram o montante financeiro de R$ 155 milhões, 60,4% inferior ao montante de R$ 391 milhões investidos em 2015, em decorrência da implantação dos empreendimentos eólicos Coxilha Seca, Galpões e Capão do Inglês.

No quadro seguinte é apresentado o histórico dos investimentos realizados em moeda corrente e em moeda constante, atualizados pelo IPCA.

R$ milhões, exceto quanto indicado 2012 (i) 2013 2014 2015 2016Var. (%)

2016/2015

Lucro Líquido do Exercício 69 267 39 (765) 1.109 (244,9%)

(+) Tributos sobre o lucro (291) 123 226 (129) 448 (446,3%)

(+) Resultado financeiro líquido 219 84 124 447 424 (5,0%)

(+) Depreciação e amortização 34 90 117 110 172 57,1%

(=) EBITDA 31 565 506 (338) 2.154 (736,3%)

(+/-) Impairment 150 248 (58) 292 207 (29,1%)

(+/-) Provisão para perdas em investimento - - - 123 40 (67,9%)

(+/-) Contingências 67 (19) 10 9 28 216,4%

(+/-) Contratos onerosos 903 (503) (408) - - -

(+/-) Efeitos da Lei 12.783/2013 (578) (25) - - (1.596) -

(+/-) Outras receitas e despesas 15 12 (11) 40 21 (47,8%)

EBITDA AJUSTADO 588 277 39 126 853 578,2%

Receita Operacional Líquida Ajustada (ii) 1.223 933 1.050 1.429 3.097 116,8%

Margem do EBITDA sobre a ROL 2,5% 60,5% 48,2% -23,7% 69,5% -393,5 p.p

Margem do EBITDA Ajustado sobre a ROL 48,1% 29,7% 3,7% 8,8% 27,5% 212,9 p.p

(i) Os valores consolidados de 2012 estão demonstrados conforme CPC 19 (R2) e CPC 23.

(ii) Excluída a receita de construção e reclassificada a CFURH nos exercícios de 2012 a 2014

 

 

3.8 En

O saldo compara

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20  

Liquidação de debêntures em janeiro de 2016, emitidas pelas SPEs Hermenegildo I, Hermenegildo II, Hermenegildo III e Chuí IX, totalizando R$ 345 milhões;

Captação, em janeiro de 2016, pelas controladas de geração eólica, de financiamentos de longo prazo, no montante de R$ 497 milhões, destinados à quitação da primeira e segunda emissões de debêntures e de empréstimo de curto prazo junto ao BNDES, sendo o recurso utilizado para construção de parques eólicos;

Emissão de Notas Promissórias, em março de 2016, pela Controladora, perfazendo o total de R$ 250 milhões, com vencimento em março de 2017; e

Pagamento de R$ 215 milhões em março de 2016, pela Controladora, de Notas Promissórias emitidas em 2015.

A composição da dívida consolidada em 2016, por Credor, é apresentada no quadro seguinte.

3.9 Alavancagem Financeira

O índice de alavancagem financeira mostra o grau de endividamento bancário em relação ao capital total aplicado (recursos de instituições financeiras e dos acionistas). Em 2016, esse índice alcançou 44,0% em relação ao total do capital utilizado, representando variação de 9,6 pontos percentuais negativos em relação ao verificado no final de 2015.

CredorSaldo em

31.12.2016

Eletrobras 2.092

Eletrobras - KFW 204

BNDES 1.017

Banco do Brasil 451

Caixa Econômica Federal 213

BRDE 176

SUB-TOTAL 4.153

Notas Promissórias 286

TOTAL 4.439

R$ milhões

Descrição 2012 (i) 2013 2014 2015 2016 Var. (%) 2016/2015

Endividamento

Empréstimos e Financiamentos 2.806 3.190 3.605 3.824 4.153 8,6%

Debêntures e Notas Promissórias - - 255 552 286 (48,2%)

Dívida Bruta (principal + juros) 2.806 3.190 3.861 4.376 4.439 1,5%

(-) Caixa e Aplicações (211) (774) (171) (76) (91) 21,1%

(=) Dívida líquida 2.595 2.416 3.690 4.300 4.348 1,1%

(+) Patrimônio Líquido (ii) 5.215 5.552 5.333 4.535 5.540 22,1%

(=) Capital Total utilizado 7.809 7.968 9.023 8.835 9.888 11,9%

Índice de alavancagem financeira 33,2% 30,3% 40,9% 48,7% 44,0% -9,6 p.p

(i) Os valores consolidados de 2012 estão demonstrados conforme CPC 19 (R2) e CPC 23.

(ii) Para fins de análise, estão incluídos os AFACs.

R$ milhões, exceto quando indicado

 

21  

Pode-se perceber que, embora tenha havido ligeiro aumento na dívida bruta, este não acompanhou a evolução do Patrimônio Líquido, cujo aumento foi representativo, de 22,1%, derivado da reserva de lucros, decorrente do resultado do exercício.

3.10 Estrutura de Capital

A estrutura de capital demonstra a composição dos recursos totais aplicados na empresa, incluindo, além das instituições financeiras, as dívidas com fornecedores, impostos, obrigações com pessoal, provisões, dentre outros.

Do quadro seguinte, destaca-se que a participação de capitais de terceiros em dezembro de 2016 representava 53,8% do capital total aplicado.

3.11 Valor Adicionado

A formação de Valor foi de R$ 2.866 milhões, 636,8% superior à de 2015, em razão, principalmente, do reconhecimento da receita financeira da RBSE. Destaca-se o resultado positivo em participações societárias, bem como o menor volume de impairment quando comparado a 2015, que colaboraram para o aumento do Valor Adicionado, este sendo destinado, principalmente, à constituição de reserva de lucros a realizar.

Estrutura de Capital 2012 (i) 2013 2014 2015 2016Var. (%)

2016/2015

Capital de Terceiros 4.773 4.381 4.856 5.700 6.443 13,0%

Capital Próprio (ii) 5.215 5.552 5.333 4.535 5.540 22,1%

Total do capital aplicado 9.988 9.933 10.189 10.235 11.983 17,1%

- Partic. dos Capitais de Terceiros 47,8% 44,1% 47,7% 55,7% 53,8% -3,4 p.p

- Partic. dos Capitais Próprios 52,2% 55,9% 52,3% 44,3% 46,2% 4,3 p.p

(i) Os valores consolidados de 2012 estão demonstrados conforme CPC 19 (R2) e CPC 23.

(ii) Para fins de análise, estão incluídos os AFACs.

R$ milhões, exceto quando indicado

Descrição 2012 (i) 2013 2014 2015 2016Var. (%)

2016/2015

Receita 2.182 1.186 1.314 2.179 3.473 59,4%

(-) Insumos Adquiridos de terceiros 1.676 57 (116) 1.406 887 (36,9%)

(-) Depreciação e Amortização 36 92 117 110 172 56,6%

(+) Valor adicionado rec. em transferência 229 278 (131) (274) 452 (265,1%)

Valor Adicionado 699 1.315 1.182 389 2.866 636,8%

Pessoal 276 366 305 340 392 15,3%

Governo (92) 293 422 129 733 468,7%

Financiadores 446 389 416 685 632 (7,7%)

Acionistas 69 267 39 (765) 1.109 (245,0%)

(i) Os valores consolidados de 2012 estão demonstrados conforme CPC 19 (R2) e CPC 23.

Dis

trib

uiç

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R$ milhões, exceto quando indicado

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ção

 

22  

3.12 Gestão Orçamentária

Inicialmente, cabe destacar que a metodologia de apuração do orçamento legal é estabelecida pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, e difere em alguns aspectos das regras da Contabilidade Societária. No ano de 2016 a Eletrobras Eletrosul realizou R$ 1.663 milhões de Despesas Correntes, R$ 860 milhões de Despesas de Capital e R$ 1.885 milhões de Recursos Totais. Os limites orçamentários aprovados no Programa de Dispêndios Globais e no Orçamento de Investimento foram respeitados.

No Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2017-2021 da empresa estão previstos, para o ano de 2017, R$ 130 milhões para investimentos corporativos, R$ 1.708 milhões de receita operacional líquida e R$ 1.253 milhões para despesa operacional. Entre as principais iniciativas elencadas no PNG, destacam-se a adoção de medidas com vistas à redução do estoque da dívida da empresa, com base em transferência de participações societárias e liquidação de ativos, bem como a implantação de um plano de incentivo à aposentadoria.

4 GOVERNANÇA CORPORATIVA

A Eletrobras Eletrosul cumpre suas atribuições definidas no seu Estatuto Social e em conformidade com a Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), em que apresenta sua Alta Administração, constituída pela Assembleia Geral de Acionistas, Conselho de Administração e Diretoria Executiva.

A empresa conta, ainda, com a atuação de seu Conselho Fiscal, órgão colegiado responsável pela fiscalização dos atos dos administradores da Eletrobras Eletrosul e verificação do cumprimento dos seus deveres legais e estatutários.

A governança corporativa da Eletrobras Eletrosul vem sendo aprimorada com base no Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), incorporando valores de desenvolvimento sustentável, aspectos de responsabilidade social e ambiental com as partes interessadas e critérios de excelência de gestão exigidos pelo mercado e pela sociedade em geral, uma vez que suas práticas de gestão impactam na valorização da Holding Eletrobras.

Auditoria

A Auditoria Interna, vinculada estatutariamente ao Conselho de Administração, possui suas atribuições e competências estabelecidas em regulamento próprio, aprovado pelo referido Colegiado. Suas atividades são realizadas com base nas melhores práticas de auditoria, preconizadas internacionalmente, e estão previstas no Plano Anual de Atividades da Auditoria Interna (PAINT), que se fundamenta em Matriz de Riscos específica.

Os resultados das atividades da Auditoria Interna são reportados, mensalmente, aos Conselhos de Administração e Fiscal, à Presidência da empresa e à Controladoria-Geral da União (CGU), por meio do Relatório Mensal de Atividades da Auditoria Interna e, anualmente, por meio do Relatório de Atividades da Auditoria Interna (RAINT).

Conformidade Corporativa

A estrutura de conformidade corporativa da Eletrobras Eletrosul tem como missão promover um ambiente de controle interno adequado e eficaz e em consonância com as orientações regulatórias internas e externas, de modo a mitigar os riscos, tornando-se uma linha de defesa para a empresa.

 

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Dentro da estrutura organizacional da empresa, o Órgão de Conformidade Corporativa tem como principais responsabilidades orientar a Alta Administração no cumprimento do Programa de Conformidade, coordenar as atividades necessárias para garantir o fiel cumprimento da Lei 12.846/2013 - Lei Anticorrupção Brasileira (LACBRA) e da Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), e gerenciar as ações relativas ao Programa de Conformidade estabelecido no âmbito das empresas Eletrobras.

Gestão de Riscos e Controle interno

A estrutura de gestão integrada de riscos da Eletrobras Eletrosul constitui uma ferramenta eficaz e eficiente para a redução da exposição aos eventos de riscos que possam impactar negativamente nos objetivos estratégicos da empresa. Através de um enfoque estruturado, alinha estratégia, processos, pessoas, tecnologia e conhecimentos, objetivando a preservação e a criação de valor para a empresa e seus acionistas.

Com base nas orientações da ISO 31000:2009 e do Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO), a Eletrobras Eletrosul desenvolve a sua gestão de riscos e identifica, avalia, trata e monitora os riscos críticos e comunica às partes interessadas.

Em aderência à Lei Sarbanes-Oxley a empresa mantém o seu ambiente de controle interno mapeado com o objetivo de detectar e prevenir riscos que possam impactar nas demonstrações financeiras. Para verificar a eficácia do ambiente de controles internos a empresa submete periodicamente os processos a testes de eficácia, que são realizados por auditoria independente e reportados para as partes interessadas. Os resultados dos testes são consolidados na Holding Eletrobras e divulgados ao mercado por meio do Relatório 20F.

Sustentabilidade Empresarial

O Comitê de Sustentabilidade Empresarial Eletrosul (CSEE), órgão de assessoramento ao Conselho de Administração, coordenado pelo Diretor-Presidente da Eletrobras Eletrosul, tem por objetivo promover e garantir todos os aspectos relacionados à sustentabilidade, compreendendo as dimensões econômica, social e ambiental, mediante identificação, abordagem e tratamento de assuntos críticos que representem riscos ou possam ter impacto relevante nos negócios, nos resultados de longo prazo, no relacionamento com as partes interessadas e na imagem da empresa, bem como fomentar a aplicação da Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras.

Ouvidoria

A Ouvidoria Geral, vinculada à Presidência da Eletrobras Eletrosul, mantém canal de relacionamento pessoal e interativo com os públicos interno e externo, com o propósito de receber, analisar e encaminhar denúncias, reclamações, elogios, sugestões e pedidos de informações decorrentes de procedimentos da atuação da empresa, com o objetivo de buscar soluções a estas com a maior brevidade possível, sempre observando os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, contribuindo assim para a melhoria contínua dos processos internos e da transparência.

A Ouvidoria Geral da Eletrosul atua também em consonância com as orientações da Ouvidoria Geral da União, atende as exigências da Lei Sarbanes-Oxley, e está igualmente comprometida com a política de sustentabilidade e com as boas práticas de governança corporativa.

Comissão Permanente de Ética

Criada em 2001, com o propósito de disseminar conhecimento e esclarecer dúvidas quanto à conduta ética entre seus empregados, administradores e prepostos, a Comissão Permanente de Ética é responsável por apurar, de ofício ou mediante denúncia, fato ou conduta em desacordo com as normas éticas, e recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou entidade a que estiver vinculada, o desenvolvimento de ações objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre o tema.

 

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5 PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL

A Eletrobras Eletrosul vem aprimorando seu modelo de gestão, refinando a aplicação de boas práticas de gestão empresarial, bem como a incorporação de valores de desenvolvimento sustentável, aspectos de responsabilidade social e ambiental com as partes interessadas e critérios de excelência de gestão exigidos pelo mercado.

Para isso, a empresa tem em sua estrutura organizacional uma Assessoria de Gestão Empresarial, vinculada à Presidência, com a missão de gerenciar o desenvolvimento de ações que visem à incorporação das melhores práticas de governança corporativa e gestão empresarial, considerando requisitos de sustentabilidade.

5.1 Planejamento Estratégico e Desempenho Empresarial

Na construção do Plano Estratégico das Empresas Eletrobras 2015-2030, aprovado em 2015, considerou-se as aspirações de representantes das principais partes interessadas, e a partir destas avaliações, visando engajar este público e facilitar sua operacionalização, estas foram classificadas em cinco diretrizes estratégicas de atuação:

Desempenho Econômico-Financeiro Superior; Expansão Sustentável; Eficiência Operacional; Excelência em Pessoas e Cultura de Excelência; e, Readequação do Modelo de Negócios, Governança e Gestão.

A partir desse Plano Estratégico, a Eletrobras elabora anualmente seu Plano Diretor de Negócios e Gestão - PDNG - para um período de 5 anos, e em 2016, iniciou o processo de revisão anual para o horizonte de 2017-2021, bem como dos correspondentes Planos de Negócios e Gestão - PNGs das empresas Eletrobras.

O Plano de Negócios e Gestão Eletrosul 2017-2021 apresenta as principais estratégicas da empresa para a expansão, operação e manutenção de seus negócios de geração e transmissão de energia elétrica, bem como os aspectos de gestão necessários para suportar o alcance dos objetivos e metas propostos para o período, alinhado ao PDNG 2017-2021 da Eletrobras.

5.2 Gestão de Recursos Humanos

Visando a melhoria contínua da qualidade de vida e performance profissional de seus empregados, a gestão de pessoas da Eletrobras Eletrosul se pauta em ações contínuas de capacitação para o desenvolvimento funcional, aplicação de instrumentos de gestão de carreira e sucessão, adoção de programas efetivos de segurança do trabalho e saúde ocupacional, e política de benefícios para os empregados e respectivos dependentes.

Quadro Funcional

No encerramento de 2016, o quadro de pessoal da Eletrobras Eletrosul contava com um contingente de 1.344 empregados efetivos e 340 anistiados em conformidade com a Lei n.º 8.878/94, os quais estão cedidos para órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, em cumprimento aos procedimentos legais adotados pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

Durante o ano de 2016, houve o ingresso de 60 empregados, sendo 42 por meio do concurso público e 16 readmissões conforme a Lei n.º 8.878/94, uma alteração da categoria de DE - Diretor Empregado para EPG - Empregado e o ingresso de um empregado requisitado. Houve ainda o egresso de 18 empregados, sendo 6 desligamentos a pedido do empregado, 5 por motivo de falecimento, 1

 

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desligamento por justa causa, 3 aposentadorias por invalidez e a alteração da categoria de 3 empregados de EPG – Empregado para DE - Diretor Empregado.

Quadro Funcional 2014 2015 2016

Empregados Efetivos 1.318 1.312 1.344

Empregados Anistiados (Lei Nº 8.878/94) 301 330 340

QUADRO DE EMPREGADOS 1.619 1.642 1.684

(+) Ingressos 58 32 60

(–) Egressos 27 9 18

VARIAÇÃO DO QUADRO FUNCIONAL 31 23 42

Treinamento e Desenvolvimento

Na área de Educação Corporativa destacam-se as seguintes atividades desenvolvidas em 2016:

Utilização da Educação a Distância, por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA);

Realização da 5ª edição do Seminário Compartilhando Conhecimento, com exposição de trabalhos e vivências dos participantes do Programa Ciência Sem Fronteiras;

Realização da Integração e capacitação de 42 novos empregados;

Realização de capacitações relacionadas a Direitos Humanos e questões de Gênero e Raça;

Realização de cursos e palestras relacionados a compliance, diligências prévias e programa de conformidade; e

Lançamento do curso Integridade e Ética – Compliance para todos os empregados da empresa.

Saúde e Segurança

Implantado em 2008, o Plano Eletrosul de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Acompanhamento Social (PESSOAS) tem como objetivo desenvolver ações voltadas à preservação da integridade e bem estar de cada empregado em particular e da força de trabalho da empresa como um todo, plano esse considerado fundamental para atender a Missão e a Visão da Eletrobras Eletrosul.

Dentre os diversos programas integrantes do PESSOAS, relacionados à saúde ocupacional e segurança do trabalho, destacam-se:

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT);

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);

Programa de Qualidade de Vida;

Plano de Atendimento às Situações de Emergência da Eletrosul (PASE); e

Programa de Atendimento à Pessoa com Deficiência ( PAPD).

Dos programas elencados, cabe ressaltar que o PAPD recebeu no dia 02/12/2016 o Reconhecimento Global “Boas Práticas para Trabalhadores com Deficiência”, nas categorias protagonismo e acessibilidade, durante premiação na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

Na categoria protagonismo, o programa foi reconhecido pelo trabalho integrado e interdisciplinar, que abrange os processos de assistência à reabilitação, educacional e especial, com o acompanhamento social dos beneficiários.

 

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A promoção da acessibilidade física e humana ao público interno e visitantes foi a outra característica do programa reconhecida, através da prática “Empresa Inclusiva - Uma prática de acessibilidade através do Programa de Atendimento à Pessoa com Deficiência”.

No que tange a questão de acessibilidade, a empresa dispõe de estacionamento com vagas para deficientes, rampas de acesso, banheiros adaptados e elevadores com painel em braile e indicação sonora. O programa inclui ainda a disponibilização de recursos materiais para a melhoria do desempenho desses trabalhadores, tais como equipamentos de informática com programas especiais e telefones com ampliação de voz. Para promover um ambiente participativo, produtivo e igualitário, as equipes também passam por treinamentos – como o curso de libras que facilita a interação entre pessoas surdas e ouvintes.

Com esse trabalho, a Eletrobras Eletrosul posiciona-se como empresa inclusiva e acessível a todos, independentemente de limitações, promovendo uma mudança positiva no comportamento organizacional e inserção de valores, como o respeito às diferenças.

5.3 Telecomunicação e Tecnologia da Informação

A Eletrobras Eletrosul conta com amplo sistema de telecomunicações digital que abrange todas as suas instalações e dois datacenters operando em locais distintos, sob o regramento de um Plano de Contingências, bem como recursos de Tecnologia da Informação (TI) que geram dados e informações estratégicas e de negócios.

Atualmente a empresa possui 11.471 km de fibras ópticas, sendo 3.658 km próprios e 7.813 km através de swap com outras empresas, 60 estações DWDM, 76 estações SDH e 46 estações de rádio.

Todo este backbone suporta tecnologias de transporte de dados e informações, possibilitando a integração entre as áreas administrativas, de negócios, operacionais e de manutenção, bem como com as demais empresas Eletrobras, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), dentre outros.

Além da prestação dos serviços de telecomunicação (dados, voz e imagem) e a viabilização dos recursos de TI associados diretamente às áreas de transmissão e geração, esta infraestrutura viabiliza a participação da Eletrobras Eletrosul, de forma autônoma ou em parceria com a Telebras, no mercado de telecomunicações para prestar serviço do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). Destaca-se a ampliação do sistema DWDM no Estado do Rio Grande do Sul, através da instalação de transponders de 10 Gbps, resultando em maior oferta de comercialização de acesso, em atendimento ao PNBL.

As áreas de negócios da empresa contam também com soluções de TI que suportam todos os processos da empresa, conforme previsto no Plano Diretor de Telemática e Automação (PDTA), e com o apoio e análise do Comitê Operacional de Priorização de Sistemas, formalmente constituído, o qual define de que forma e em qual ambiente os sistemas serão disponibilizados.

6 PESQUISA, DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Desenvolvimento e inovação tecnológica são permanentemente fomentados por políticas, estratégias e diretrizes vinculadas aos negócios da empresa e da Eletrobras. Dessa forma, priorizam-se as pesquisas em novas fontes de geração de energia elétrica, bem como novas tecnologias nas áreas de geração e transmissão de energia elétrica, que atendam às demandas de qualidade de prestação de serviços pelo mercado e pela sociedade.

 

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Alinhada ao Plano Estratégico das empresas Eletrobras, temas relevantes ao país definidos pela ANEEL e pelas diretrizes da Holding, a Eletrobras Eletrosul possui uma Política de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D+I). Em consonância com as diretrizes dessa Política, as empresas Eletrobras realizam encontros para avaliar ações e propostas de novos projetos de pesquisa, além de verificar a possibilidade de cooperação entre si.

Na área de inovação e eficiência energética, a empresa trabalha com projetos do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), tais como: ReLuz, Edifica (Prédios Públicos) e Educação.

Dentre as ações para tornar suas instalações eficientes, a Eletrobras Eletrosul participa do programa de Etiqueta Nacional de Conservação de Energia para Edificações Comerciais, tanto para o projeto quanto para a construção.

7 SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE

A Eletrobras Eletrosul segue as diretrizes da Política Ambiental das Empresas Eletrobras, aplicadas em conformidade com as demandas políticas e sociais, e acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário, como a Convenção do Clima, a Agenda 21 e o Protocolo de Quioto. Para tanto, compromete-se em implantar e manter seus ativos operacionais em observância às legislações ambientais e em respeito às populações abrangidas pelos seus empreendimentos.

7.1 Responsabilidade Social

Nas áreas social e ambiental, a atuação da Eletrobras Eletrosul é norteada pelas diretrizes globais de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental que fazem parte dos pactos e acordos dos quais é signatária. De maneira voluntária e consciente de seu papel institucional, a empresa participa dos seguintes movimentos:

Pacto Global;

Princípios de Empoderamento das Mulheres;

Compromisso “He for She”;

Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo;

Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida (COEP) Nacional;

Instituto Ethos de Responsabilidade Social Empresarial;

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça;

Fórum Catarinense pelo Fim da Violência e da Exploração Sexual; e

Movimento Nós Podemos Santa Catarina.

Os preceitos difundidos por esses movimentos vão ao encontro dos projetos que a empresa desenvolve e dos quais é parceira. Entre os objetivos dessas ações estão a educação para conservação de energia elétrica, promoção da arte regional, educação para o acesso ao mercado de trabalho, desenvolvimento de atividades esportivas, desenvolvimento tecnológico e de infraestrutura das comunidades, valorização de profissionais terceirizados, voluntariado corporativo, geração de trabalho e renda e inclusão social.

 

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As limitações orçamentárias enfrentadas em 2016 não impediram que a Eletrobras Eletrosul continuasse com as ações do Programa Integrado de Desenvolvimento Sustentável – uma importante ferramenta de gestão que está alinhada à sua Política de Investimento Social, às diretrizes das empresas Eletrobras, ao Plano Estratégico e ao Plano Brasil sem Miséria, do Governo Federal. A seguir, estão descritos alguns dos programas desenvolvidos pela empresa:

Centros de Empreendedorismo Comunitário (CECs)

São projetos de geração de renda por meio do desenvolvimento de produtos em patchwork, voltados para mulheres. Tais projetos resultam de parcerias estabelecidas em municípios onde a empresa atua (especialmente naqueles onde se insere na comunidade por meio de um novo empreendimento). Atualmente, estão em funcionamento oito CECs, distribuídos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Programa Hortas Comunitárias

Criado em 2001, o programa oferece uma alternativa de renda às comunidades vizinhas às linhas de transmissão e estimula o uso adequado e a preservação das faixas de servidão, evitando ocupações irregulares. Dessa forma, gerenciando as áreas de segurança das linhas de transmissão e promovendo o cultivo de culturas de pequeno porte, o programa proporciona maior qualidade de vida às famílias participantes, que produzem os próprios alimentos e diversificam sua alimentação – além de reforçar a renda familiar com a comercialização do excedente de produção.

O programa é desenvolvido nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e conta atualmente com 35 hortas, totalizando 302,5 mil metros quadrados de área cultivada. As 1.054 famílias beneficiadas recebem, além da orientação e assistência para a atividade, capacitações em diversos assuntos relacionados à agricultura.

Programa Eletrosul Casa Aberta

Desde que foi criado, há 26 anos, o Programa tem como principal objetivo difundir, de forma lúdica e didática, os conceitos relacionados à conservação de energia elétrica, bem como os benefícios e riscos da eletricidade. A evolução do programa ampliou seus objetivos e incluiu questões sociais, econômicas e de meio ambiente entre os temas abordados. O programa é voltado para estudantes com idade entre 10 e 11 anos e seus professores. Em 2016, 158 escolas participaram das ações do Casa Aberta, com 8.594 alunos e 633 professores.

Patrocínios e Projetos Culturais e Esportivos

Em 2016, a Eletrobras Eletrosul investiu R$ 709 mil em patrocínios e contratos, seguindo as diretrizes da Política de Patrocínios e de Responsabilidade Social das Empresas Eletrobras. Desse montante, R$ 290 mil foram investidos em projetos culturais, R$ 70 mil em projetos esportivos e R$ 349 mil em projetos de outras categorias.

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça

O programa busca promover a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no âmbito das organizações públicas e privadas, baseado no desenvolvimento de novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional. O selo Pró-Equidade de Gênero e Raça reconhece as organizações comprometidas com a justiça social, a igualdade de gênero, étnico-racial e o trabalho decente. Em 2016, a Eletrobras Eletrosul foi reconhecida com o Selo pelo quinto ano consecutivo.

Programa de Estágio

O Programa de Estágio da Eletrosul, destinado ao aprimoramento de estudantes regularmente matriculados e com frequência efetiva nos cursos de Ensino Médio, Técnico ou Superior tem por objetivo proporcionar aos estudantes um ambiente de aprendizagem social, profissional e cultural, compatíveis com o contexto básico da profissão.

 

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No ano de 2016, o Programa de Estágio atendeu 217 estagiários, sendo 24 estudantes do Ensino Médio, 17 do Ensino Técnico e 176 estudantes do Ensino Superior, com investimento de mais de um milhão de reais.

7.2 Gestão Ambiental

O Plano Estratégico das Empresas Eletrobras 2015-2030 apresenta em sua Missão, Visão e Valores, o compromisso de atuar de forma sustentável, mantendo o foco em fontes de energia limpa e reduzindo os índices de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). A partir dessas premissas, a Eletrobras Eletrosul vem desenvolvendo diversas ações no sentido de aprimorar a gestão e os processos relacionados à sustentabilidade empresarial, incluindo metas ambientais de redução de consumo de energia, água e combustíveis fósseis.

Para aferir os resultados da gestão ambiental, a empresa utiliza um conjunto de indicadores, que avaliam os quantitativos de insumos e resíduos produzidos no processo produtivo e seus impactos nos recursos naturais.

A partir do monitoramento e análise desses indicadores, anualmente são elaborados inventários temáticos ambientais (água, energia, resíduos, combustíveis, supressão vegetal, entre outros), além de diagnósticos de desempenho para todas as áreas da empresa, permitindo o estabelecimento de estratégias, planos e metas de melhoria do desempenho ambiental, contribuindo para a redução do desperdício e incentivando a reutilização de materiais no processo produtivo.

Além disso, atendendo a objetivos estratégicos relacionados ao tema “mudanças climáticas”, anualmente, a empresa contabiliza suas emissões de gases de efeito estufa, participando da elaboração do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa das empresas Eletrobras.

Tanto na fase de implantação, quanto na fase de operação de seus empreendimentos, a empresa atua em absoluta observância às legislações ambientais e respeito às populações abrangidas pelos seus empreendimentos.

A Eletrobras Eletrosul investiu, em 2016, o valor de R$ 2.845 mil em preservação e recuperação de áreas degradadas, R$ 14.219 mil em manutenção em processos operacionais para a melhoria do meio ambiente, R$ 1.420 mil em projetos ambientais e outros, totalizando o valor de R$ 18.484 mil em investimentos e gastos em proteção ambiental.

 

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8 BALANÇO SOCIAL

1 - REC UR S OS HU M AN OS

1. 1 - Re mune r a ç ã o

Folha de pagament o brut a (FPB)

- Empregados*

- Administ radores

Relação ent re a maior e a menor remuneração:

- Empregados

- Administ radores

1. 2 - B e ne f í c i o Conc e di dos* Va l or ( mi l ) % sobr e FP B % sobr e R L Va l or ( mi l ) % sobr e FP B % sobr e RL

Encargos sociais 100.223 35,14% 3,22% 93.431 35,98% 5,93%

Aliment ação 24.780 8,69% 0,80% 25.021 9,64% 1,59%

Transport e 279 0,10% 0,01% 447 0,17% 0,03%

Previdência pr ivada 26.688 9,36% 0,86% 24.249 9,34% 1,54%

Saúde 29.002 10,17% 0,93% 24.108 9,28% 1,53%

Segurança e medicina do t rabalho 1.181 0,41% 0,04% 1.666 0,64% 0,11%

Educação ou auxí lio creche 5.641 1,98% 0,18% 5.054 1,95% 0,32%

Capacit ação e desenvolviment o prof issional 771 0,27% 0,02% 1.475 0,57% 0,09%

Out ros 19.329 6,78% 0,62% 26.896 10,36% 1,71%

Tot a l 2 0 7 . 8 9 4 7 2 , 9 0 % 6 , 6 8 % 2 0 2 . 3 4 7 7 7 , 9 3 % 12 , 8 5 %

1. 3 - C omposi ç ã o do Cor po Func i ona l

Nº de empregados no f inal do exercí cio

Nº de admissões

Nº de demissões

Nº de est agiários no f inal do exercí cio

Nº de empregados port adores de necessidade especiais no f inal do exercí cio

Nº de prest adores de serviços t erceir izados no f inal do exercí cio

Nº de empregados por sexo:

- Masculino

- Feminino

Nº de empregados por f aixa et ária:

- Menores de 18 anos

- De 18 a 35 anos

- De 36 a 60 anos

- Acima de 60 anos

Nº de empregados por ní vel de escolaridade:

- Analf abet os

- Com ensino f undament al

- Com ensino médio

- Com ensino t écnico

- Com ensino super ior

- Pós-graduados

Percent ual de ocupant es de cargos de chef ia, por sexo:

- Masculino

- Feminino

1. 4 - C ont i gê nc i a s e pa ssi v os t r a ba l hi st a s:

Nº de processos t rabalhist as movidos cont ra a ent idade

Nº de processos t rabalhist as julgados procedent es

Nº de processos t rabalhist as julgados improcedent es

Valor t ot al de indenizações e mult as pagas por det erminação da just iça

2 - I N TER AÇ ÃO D A ENTI DA DE C OM O A M BI ENTE EXTER NO

2.1 - Relacionament o com a Comunidade

Tot ais dos invest iment os em:

Educação

Cult ura

Esport e e lazer

Geração de t rabalho e renda

Out ros

Tot a l dos i nv e st i me nt os

Tribut os (excluí dos encargos sociais)

Compensação f inanceira pela ut ilização de recursos hí dr icos

Tot a l - R e l a c i ona me nt o c om a Comuni da de

281.468 257.263

3.716 2.423

(Valores expressos em milhares de reais)

2 0 16 2 0 15

285.184 259.686

1,05 1,05

2 0 16 2 0 15

21,34 16,90

12 8

118 107

1.344 1.312

42 0

1.118 1.087

226 225

30 24

396 563

1.013 980

50 28

- -

281 304

103 99

514 486

- -

0 8

89,72% 88,00%

10,28% 12,00%

486 476

241 243

80 14

182 79

2 0 16 2 0 15

1.680 1.309

1.556 4.584

Va l or ( mi l ) Va l or ( mi l )

1.375

290

874

272

8470

7 5 7 . 5 5 9

612

349

2 . 6 9 6

366

557

2 . 15 3

141.232

12.902

15 6 . 2 8 7

742.273

12.590

 

31  

9 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS

Inauguração da UHE Jirau

Em Rondônia, foi inaugurada a Usina Hidrelétrica Jirau (3.750 MW), no dia 16 de dezembro. Um importante projeto estruturante que gera energia suficiente para atender ao consumo de mais de 40 milhões de brasileiros, sendo a 4ª maior Usina Hidrelétrica em operação no Brasil, incluindo Itaipú. A Eletrobras Eletrosul e a Eletrobras Chesf, ambas com 20%, e as empresas Engie (40%) e Mitsui (20%), compõem a Energia Sustentável do Brasil (ESBR), responsável pelo empreendimento.

Marca histórica na geração

Com a entrada em operação da UHE Jirau e a parcela que a empresa possui naquele empreendimento, a Eletrobras Eletrosul alcançou a marca histórica de 2,1 gigawatts (GW) de capacidade instalada de geração. A matriz energética da empresa é 100% limpa, proveniente de fontes hídrica, eólica e solar.

Contrapartida social no MS

Em 13 de dezembro de 2016 foi inaugurada a primeira Unidade de Pronto Atendimento do município de Água Clara (MS), como contrapartida social da Eletrobras Eletrosul pela implantação da Usina Hidrelétrica São Domingos (48 MW). A estrutura da UPA será administrada pela Prefeitura e atenderá casos de urgência e emergência da população da região.

Dez anos do Comitê de Gênero e Raça

Em dezembro de 2016 o Comitê de Gênero e Raça da Eletrobras Eletrosul completou dez anos de atuação. O objetivo do Comitê é contribuir para a implementação de políticas que promovam a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no âmbito das relações de trabalho. É responsável ainda pela coordenação do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, que está em sua sexta edição.

Doação de créditos de carbono

As empresas acionistas da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), responsável pela Hidrelétrica Jirau (Engie, Mitsui, Eletrobras Eletrosul e Eletrobras Chesf), doaram 70 mil créditos de carbono para a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro. A doação contribuiu com o Projeto de Compensação de Emissões de Gases de Efeito Estufa dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos – Rio 2016 (Programa Jogos Limpos).

2.2 - Int eração com os Fornecedores

3 - I N TER AÇ ÃO C OM O M EI O AM B I EN TE Va l or ( mi l ) % sobr e R S % sobr e R L Va l or ( mi l ) % sobr e RS % sobr e RL

Invest iment os e gast os com a preservação e/ ou recuperação de ambient es

degradados2.845 0,14% 0,09% 2.375 0,49% 0,15%

Invest iment os e gast os com a educação ambient al para empregados,

t erceir izados, aut ônomos e administ radores da ent idade

Invest iment os e gast os com educação ambient al para a comunidade 1 0,00% 0,00% 76 0,02% 0,00%

Invest iment os e gast os com out ros projet os ambient ais 1.402 0,07% 0,05% 2.138 0,44% 0,14%

Tot a l da I nt e r a ç ã o c om o me i o a mbi e nt e 18 . 4 8 4 0 , 9 3 % 0 , 5 9 % 18 . 3 2 9 3 , 8 0 % 1, 16 %

4 - OU TR AS I N FOR M A ÇÕES

Receit a Lí quida (RL)

Result ado do Serviço (RS)

* Inf ormações da Cont roladora e inclui empregados cedidos, ou seja, valores que são reembolsados post eriorment e (364 cedidos em 2016 e 351 cedidos em 2015).

Nos cr it ér ios de responsabilidade social ut ilizados para a seleção de seus f ornecedores, são exigidos cont roles sobre:

A seleção de f ornecedores segue legislação e normas especí f icas com ênf ase na Lei das Licit ações nº 8.666, de 21/ 06/ 1993, Lei nº10.520, de 17/ 07/ 2002 e no Decret o nº 5.450, de 31/ 05/ 2005. São

realizadas pesquisas de sat isf ação abordando o sist ema de cadast rament o de f ornecedores e o sist ema de pregão. É f iscalizado o cumpriment o de quest ões como t reinament o e pagament o de

pessoal, unif orme, aliment ação, saúde e segurança de pessoal e de t erceiros.

Invest iment os e gast os com manut enção nos processos operacionais para a melhor ia

do meio ambient e14.219 0,72% 0,46% 13.740 2,85% 0,87%

1.975.974 482.144

3.107.716 1.574.296

17 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%

 

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Plano de Negócios e Gestão 2017-2021

Ao final do ano, a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração aprovaram o Plano de Negócios e Gestão da empresa para o período de 2017-2021, alinhado ao Plano Diretor de Negócios e Gestão da Holding Eletrobras, que estabele as principais estratégicas para a melhoria contínua dos resultados econômicos-financeiros e operacionais da empresa.

Plano de Redução de Custos

Com o objetivo de otimização de recursos e redução do custeio, em 2016 foi implementado um Plano de Redução de Custos, que limitou os gastos com Materiais, Serviços e Outras Despesas ao valor realizado em 2015, o que representou uma economia de aproximadamente 18% em relação ao originalmente aprovado para o exercício.

10 PRÊMIOS E RECONHECIMENTOS

C40 Cities Awards 2016

O Programa Agricultura Urbana, da Prefeitura de Curitiba (PR), venceu o prêmio internacional C40 Cities Awards 2016, na categoria Cidades Sustentáveis. A iniciativa, que conta com o apoio da Eletrobras Eletrosul em 17 hortas comunitárias, concorreu com 160 projetos, de 75 cidades, e foi reconhecida por sua contribuição para a redução da emissão de gases do efeito estufa.

Certificado de Responsabilidade Social

A Eletrobras Eletrosul recebeu Certificado de Responsabilidade Social de Santa Catarina durante sessão especial na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC). O reconhecimento é uma iniciativa da ALESC, que homenageia as organizações que tenham a responsabilidade socioambiental incluída em suas políticas de gestão.

Reconhecimento Internacional na ONU

O Programa de Atendimento à Pessoa com Deficiência (PAPD) da Eletrobras Eletrosul recebeu o Reconhecimento Global “Boas Práticas para Trabalhadores com Deficiência”, nas categorias protagonismo e acessibilidade, durante premiação na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

Prêmio Empreendedor

Em sua 18º edição, o Prêmio Empreendedor, promovido pelo jornal Correio Lageano e Instituto Paschoal Baggio, homenageou a Eletrobras Eletrosul pelas iniciativas que estimulam o desenvolvimento social e econômico da região Serrana de Santa Catarina.

Exame Melhores e Maiores

A Eletrobras Eletrosul esteve entre as dezenove empresas com sede em Santa Catarina que integraram o ranking das 100 Maiores da Região Sul, conforme a pesquisa da Revista Exame, ocupando a 56ª posição. Foi a empresa que mais subiu de posições em relação a 2014, quando apareceu em 75º lugar.

 

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500 Maiores do Sul

No ranking da Revista Amanhã, referente a 2016, a Eletrobras Eletrosul ocupou a 20ª posição entre as 500 maiores empresas da Região Sul. Em Santa Catarina, a estatal figurou no sétimo lugar. Para a classificação das empresas são avaliados receita, lucro e patrimônio.

Troféu Onda Verde

A Eletrobras Eletrosul conquistou o Troféu Onda Verde, na categoria Gestão Ambiental, pelo projeto de eficientização do edifício-sede, localizado em Florianópolis (SC). A empresa foi homenageada durante o 23º Prêmio Expressão de Ecologia, considerado a maior premiação ambiental da região Sul do Brasil, com reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente.

Etiqueta de Eficiência Energética

O Centro Regional de Manutenção e Apoio à Operação da Eletrosul, em Sant’Ana do Livramento (RS), conquistou a Etiqueta PBE Edifica com nível A de Eficiência Energética, emitida pelo Inmetro. Com o reconhecimento, a empresa contabiliza dez etiquetas de eficiência energética para edificações, distribuídas em cinco prédios.

11 PERSPECTIVAS

O ano de 2016 foi de trabalho árduo para superar as dificuldades e viabilizar as melhores alternativas para a Eletrobras Eletrosul. Nossos resultados refletem as conjunturas econômica e financeira do setor elétrico e do País, bem como as medidas que a empresa adotou para aprimorar sua performance organizacional.

O Plano de Negócios e Gestão aprovado pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração para o período de 2017-2021, prevê a adoção de medidas de equílibrio do Fluxo de Caixa, otimização de recursos, redução de gastos com custeio, aumento do EBITDA e redução do estoque da dívida da empresa, com a transferência de ativos para a Holding, entre outras, projetando um futuro desafiador e promissor para a Companhia.

Temos a certeza de que estamos preparados para empreender todas as medidas necessárias ao cumprimento desse Plano de Negócios e Gestão, atuando com a seriedade e a competência que sempre orientaram a nossa empresa.

Estamos seguros de poder contar com as parcerias necessárias para superar os desafios e, principalmente, com o reconhecimento da sociedade para quem, como empresa pública, dedicamos nosso trabalho. É esse o caminho que a Eletrobras Eletrosul seguirá para buscar resultados cada vez mais positivos e continuar sendo motivo de orgulho para todos os que acreditam e confiam nesta grande empresa.

 

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Auditores Independentes Em atendimento à Instrução CVM nº 381/2013, informamos que a KPMG Auditores Independentes (KPMG) presta serviços de auditoria independente para a Companhia, suas controladas e controladas em conjunto, a exceção de: Costa Oeste Transmissora de Energia e Marumbi Transmissora de Energia, auditadas pela Maciel Auditores S/S; Energia Sustentável do Brasil Participações (ESBR) e Empresa de Transmissão do Alto Uruguai (ETAU), auditadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes; Fronteira Oeste Transmissora de Energia, auditada pela Berkan Auditores Independentes S.S.; Teles Pires Participações, auditada pela EY Auditores Independentes; e Paraíso Transmissora de Energia S.A. e Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A. (TSBE), auditadas pela Martinelli Auditores.

Em 2016, a Companhia também contratou a KPMG para a revisão do Relatório de Controle Patrimonial de 2016, bem como das demonstrações financeiras regulatórias.

Agradecimentos Diante dos resultados obtidos, agradecemos aos nossos clientes e fornecedores, ao Ministério de Minas e Energia, à ANEEL, ao ONS, às autoridades municipais, estaduais e federais e em especial à Eletrobras, pela confiança depositada.

O resultado alcançado em 2016 também é fruto do trabalho e dedicação de nosso corpo funcional, que diante das contingências enfrentadas, demonstrou sua capacidade de reinvenção para superar as adversidades.

Um acontecimento em especial foi capaz de ilustrar muito bem esse sentimento coletivo. Em outubro, temporais derrubaram torres e romperam cabos, causando emergências simultâneas em diferentes localidades nos estados de SC e RS. As equipes da Eletrobras Eletrosul se dividiram e, ao mesmo tempo, se multiplicaram para solucionar todos os casos – o que foi feito em tempo recorde.

O trabalho em equipe sintetiza o que, sabemos, podemos esperar sempre do conjunto dos empregados da Eletrobras Eletrosul: comprometimento, disposição e competência. Por tudo isso, queremos agradecer imensamente aos nossos empregados.

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Demonstrações Financeiras Eletrosul Centrais Elétricas S/A Em 31 de dezembro de 2016

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SUMÁRIO

BALANÇOS PATRIMONIAIS ................................................................................................................................ 38 

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS ............................................................................................................ 40 

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS ABRANGENTES ............................................................................. 40 

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................... 41 

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA ................................................................................................. 42 

DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO ............................................................................................... 44 

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................ 45 

NOTA 1 – INFORMAÇÕES GERAIS ................................................................................................................. 45 

NOTA 2 – CONCESSÕES DO SERVIÇO PÚBLICO DE ENERGIA ELÉTRICA ......................................... 47 

NOTA 3 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .................................................... 50 

NOTA 4 – PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ........................................................................................... 51 

NOTA 5 – ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS ...................................................... 56 

NOTA 6 – CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA E TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ..................... 61 

NOTA 7 – CAUÇÕES E DEPÓSITOS VINCULADOS .................................................................................... 62 

NOTA 8 – CLIENTES ........................................................................................................................................... 62 

NOTA 9 – ATIVO FINANCEIRO – CONCESSÕES DE SERVIÇO PÚBLICO .............................................. 64 

NOTA 10 – AQUISIÇÃO E ALIENAÇÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS E VENDA DE ATIVOS 65 

NOTA 11 – CRÉDITOS DE ENERGIA RENEGOCIADOS – LEI Nº 8.727/93 .............................................. 67 

NOTA 12 – DIVIDENDOS A RECEBER ............................................................................................................ 67 

NOTA 13 – TRIBUTOS A RECUPERAR ........................................................................................................... 68 

NOTA 14 – OUTROS ATIVOS ............................................................................................................................ 68 

NOTA 15 – TRIBUTOS DIFERIDOS .................................................................................................................. 69 

NOTA 16 – INVESTIMENTOS ............................................................................................................................ 70 

NOTA 17 – IMOBILIZADO ................................................................................................................................... 77 

NOTA 18 – INTANGÍVEL..................................................................................................................................... 81 

NOTA 19 – IMPAIRMENT ................................................................................................................................... 84 

NOTA 20 – FORNECEDORES ........................................................................................................................... 85 

NOTA 21 – FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS ....................................................................................... 86 

NOTA 22 – DEBÊNTURES ................................................................................................................................. 94 

NOTA 23 – NOTAS PROMISSÓRIAS ............................................................................................................... 94 

NOTA 24 – TRIBUTOS A RECOLHER .............................................................................................................. 96 

NOTA 25 – OBRIGAÇÕES ESTIMADAS .......................................................................................................... 97 

NOTA 26 – TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ...................................................................... 97 

NOTA 27 – PROVISÕES PARA RISCOS E CONTINGÊNCIAS ................................................................. 105 

NOTA 28 – PROGRAMAS DE P&D E DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ..................................................... 110 

NOTA 29 – CONCESSÕES A PAGAR - USO DE BEM PÚBLICO .............................................................. 110 

NOTA 30 – PROVISÕES OPERACIONAIS .................................................................................................... 111 

NOTA 31 – OUTROS PASSIVOS .................................................................................................................... 112 

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NOTA 32 – COMPROMISSOS OPERACIONAIS DE LONGO PRAZO ...................................................... 112 

NOTA 33 – BENEFÍCIO PÓS-EMPREGO PREVIDENCIÁRIO E SAÚDE ................................................. 114 

NOTA 34 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................................................ 119 

NOTA 35 – TREINAMENTOS E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL ..................................................... 122 

NOTA 36 – INFORMAÇÕES POR SEGMENTO DE NEGÓCIO ................................................................. 122 

NOTA 37 – RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA ........................................................................................... 124 

NOTA 38 – CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS ................................................................................. 125 

NOTA 39 – RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO ....................................................................................... 126 

NOTA 40 – IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ................................................................ 127 

NOTA 41 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS, GESTÃO DE RISCOS E VALORES JUSTOS .............. 127 

NOTA 42 – INVESTIMENTOS AMBIENTAIS ................................................................................................. 133 

NOTA 43 – INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES AO FLUXO DE CAIXA ............................................. 134 

NOTA 44 – EVENTOS SUBSEQUENTES ...................................................................................................... 134 

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BALANÇOS PATRIMONIAIS em 31 de dezembro de 2016 e 2015

(em milhares de reais)

ATIVO 2016 2015 2016 2015

NotasCIRCULANTE

Caixa e equivalentes de caixa 6 24.169 29.222 36.843 33.490 Títulos e valores mobiliários 6 54.807 39.266 54.807 42.048 Clientes 8 170.737 152.965 182.151 173.433 Ativo financeiro - concessões de serviço público 9 307.196 49.439 310.005 52.357 Créditos de energia renegociados - Lei 8.727/93 11 25.814 24.277 25.814 24.277 Dividendos a receber 12 10.766 5.033 8.259 2.745 Tributos a recuperar 13 17.538 49.594 23.333 50.727 Cauções e depósitos vinculados 7 1.908 48.137 1.908 48.137 Desativações, alienações e serviços em curso 42.303 51.565 43.210 52.205 Almoxarifado 35.042 38.240 35.042 38.240 Alienação de ativos a receber 10 66.611 162.957 66.611 162.957 Outros ativos circulantes 14 64.934 101.997 67.899 104.674

821.825 752.692 855.882 785.290

NÃO CIRCULANTE

Realizável a longo prazoCréditos de energia renegociados - Lei 8.727/93 11 736.492 628.315 736.492 628.315 Tributos a recuperar 13 4.167 4.569 4.167 4.569 Ativo fiscal diferido líquido 15 - 26.007 183.330 112.261 Ações preferenciais resgatáveis 16.5 93.710 93.710 93.710 93.710 Adiantamento para futuro aumento de capital 16.6 1.090.683 1.317.575 1.061.904 781.467 Ativo financeiro - concessões de serviço público 9 3.047.762 1.715.124 3.127.559 1.791.168 Cauções e depósitos vinculados 7 40.949 107.676 64.061 110.497 Alienação de ativos a receber 10 - 169.247 - 169.247 Outros ativos não circulantes 14 226.388 112.750 220.501 107.823

5.240.151 4.174.973 5.491.724 3.799.057 Investimentos 16 2.757.776 2.187.907 2.504.708 2.130.270

Imobilizado 17 2.370.526 2.454.660 2.932.739 3.299.552

Intangível 18 144.877 166.006 197.744 220.817

10.513.330 8.983.546 11.126.915 9.449.696

TOTAL DO ATIVO 11.335.155 9.736.238 11.982.797 10.234.986

Controladora Consolidado

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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BALANÇOS PATRIMONIAIS

em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (em milhares de reais)

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2016 2015 2016 2015

NotasCIRCULANTE

Fornecedores 20 76.528 88.504 127.488 206.997 Financiamentos e empréstimos 21 607.614 446.058 671.007 602.226 Debêntures 22 - - - 342.671 Notas promissórias 23 285.310 209.135 285.310 209.135 Folha de pagamento 37.286 37.190 37.390 37.275 Imposto de renda e contribuição social a pagar - 338 222 486 Tributos a recolher 24 37.589 58.279 39.300 60.340 Dividendos a pagar 34 89.808 38.649 90.644 39.412 Obrigações estimadas 25 48.026 44.243 48.042 44.280 Benefício pós-emprego 33 6.833 6.422 6.833 6.422 Pesquisa e desenvolvimento 28 41.772 38.941 42.921 39.933 Provisões operacionais 30 63.607 113.487 63.607 113.487 Outros passivos circulantes 83.848 57.672 145.876 58.027

1.378.221 1.138.918 1.558.640 1.760.691

NÃO CIRCULANTE

Financiamentos e empréstimos 21 3.038.479 3.206.294 3.482.177 3.221.455 Tributos a recolher 24 - 29.283 - 29.283 Obrigações estimadas 25 2.822 6.182 2.822 6.182 Passivo fiscal diferido líquido 15 496.439 - 496.439 - Provisões para riscos 27 142.366 93.536 143.911 95.081 Benefício pós-emprego 33 269.396 183.354 269.396 183.354 Adiantamento para futuro aumento de capital - - 3 52 Concessões a pagar - Uso de Bem Público 29 28.238 24.150 28.238 24.150 Provisões operacionais 30 3.584 5.690 3.584 5.690 Outros passivos não circulantes 31 436.084 513.580 442.982 359.297

4.417.408 4.062.069 4.869.552 3.924.544

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 34

Capital social 4.359.226 4.359.226 4.359.226 4.359.226 Reservas de lucros 1.365.128 305.500 1.365.128 305.500 Ajuste de avaliação patrimonial (184.828) (129.475) (184.828) (129.475)

5.539.526 4.535.251 5.539.526 4.535.251

Participação de não controladores - - 15.079 14.500

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 11.335.155 9.736.238 11.982.797 10.234.986

Controladora Consolidado

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015

(em milhares de reais)

Notas 2016 2015 2016 2015

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 37 3.107.716 1.574.296 3.189.162 1.610.266

CUSTO OPERACIONAL 38Energia comprada para revenda (283.591) (224.560) (264.124) (224.560) Pessoal, material e serviços de terceiros (312.199) (298.765) (319.359) (299.212) Depreciação e amortização (117.939) (106.045) (167.798) (106.045) Outros custos (38.391) (46.626) (49.484) (50.940) Custo do serviço prestado a terceiros (12.609) (17.441) (12.609) (17.441) Custo de construção (87.148) (181.674) (92.163) (181.682)

LUCRO OPERACIONAL BRUTO 2.255.839 699.185 2.283.625 730.386

Despesas operacionais 38 (279.865) (217.041) (287.094) (223.854)

RESULTADO DO SERVIÇO 1.975.974 482.144 1.996.531 506.532

Outras receitas e despesas operacionais Resultado de participações societárias 16.4 58.103 (654.839) 240.485 (510.925) Resultado financeiro, líquido 39 (363.909) (417.151) (424.187) (446.702) Impairment 19 27.782 (71.620) (207.018) (291.965) Provisão para perdas em investimentos 16.4 (39.532) (123.162) (39.532) (123.162) Outras receitas/despesas (9.132) (28.671) (9.132) (28.671)

RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS 1.649.286 (813.299) 1.557.147 (894.893)

Imposto de renda e contribuição social correntes 40 39.225 66.951 37.976 65.799 Imposto de renda e contribuição social diferidos 40 (583.142) (22.361) (486.031) 63.600

LUCRO LÍQUIDO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 1.105.369 (768.709) 1.109.092 (765.494)

Atribuível a: Acionistas controladores 1.105.369 (768.709) 1.105.369 (768.709) Acionistas não controladores - - 3.723 3.215

ConsolidadoControladora

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS ABRANGENTES Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015

(em milhares de reais)

2016 2015 2016 2015

LUCRO LÍQUIDO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 1.105.369 (768.709) 1.109.092 (765.494)

Ajuste de ganhos (perdas) atuariais (76.825) (10.574) (76.825) (10.574) Imposto de renda e contribuição social diferidos 21.472 7.490 21.472 7.490

RESULTADO ABRANGENTE DO EXERCÍCIO 1.050.016 (771.793) 1.053.739 (768.578)

Atribuível a: Acionistas controladores 1.050.016 (771.793) 1.050.016 (771.793) Acionistas não controladores - - 3.723 3.215

Controladora Consolidado

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015

(em milhares de reais)

Capital Social

Reserva Legal

Reserva de lucros a realizar

Reserva para investimentos

Ajuste de Avaliação

Patrimonial

Dividendos Adicionais Propostos

Lucros/ Prejuízos

Acumulados

Patrimônio Líquido dos

Acionistas da Companhia

Participação dos não

Controladores

Patrimônio Líquido

Consolidado

SALDOS EM 31.12.2014 4.295.250 117.565 - 956.644 (126.391) 25.623 - 5.268.691 14.357 5.283.048

Resultado abrangente do exercício

Ajuste de ganhos (perdas) atuariais, líquido de impostos - - - - (3.084) - - (3.084) - (3.084)

Incorporação do AFAC ao capital 63.976 - - - - - - 63.976 - 63.976

Dividendos aprovados AGO - - - - - (25.623) - (25.623) (3.072) (28.695)

Prejuízo líquido do exercício - - - - - - (768.709) (768.709) 3.215 (765.494)

Compensação do prejuízo do exercício - (768.709) - - 768.709 - - -

SALDOS EM 31.12.2015 4.359.226 117.565 - 187.935 (129.475) - - 4.535.251 14.500 4.549.751

Resultado abrangente do exercício

Ajuste de ganhos (perdas) atuariais, líquido de impostos - - - - (55.353) - - (55.353) - (55.353)

Incorporação do AFAC ao capital - - - - - - - - 54 54

Lucro líquido do exercício - - - - - - 1.105.369 1.105.369 3.723 1.109.092

Destinação para AGOReserva Legal - 55.268 - - - - (55.268) - - - Reserva de lucros a realizar 1.004.360 - (1.004.360) - - - Dividendos mínimos obrigatórios (R$ 0,45 por ação) - - - - - - (45.741) (45.741) (836) (46.577) Dividendos adicionais propostos - - - - - - - - (2.362) (2.362)

SALDOS EM 31.12.2016 4.359.226 172.833 1.004.360 187.935 (184.828) - - 5.539.526 15.079 5.554.605

Reservas de Lucros

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015

(em milhares de reais)

Notas 2016 2015 2016 2015ATIVIDADES OPERACIONAIS

Lucro (prejuízo) antes dos tributos sobre o lucro 1.649.286 (813.299) 1.557.147 (894.893) Despesas (receitas) que não afetam o caixa

Receita de ativo financeiro 37 (1.753.845) (185.524) (1.773.270) (205.247) Amortização de ativo financeiro 9 204.132 231.740 228.290 255.273 Depreciação e amortização 122.452 108.600 172.330 109.705 Amortização de ágio de investimentos 18 8.919 8.946 8.919 8.946 Variação monetária (28.978) 105.565 (27.048) 107.956 Encargos financeiros gerados 364.596 340.285 414.979 357.090 Resultado de participações societárias 16 (58.103) 654.839 (240.485) 510.925 Ajuste a valor presente de tributos 2.718 (2.910) 2.718 (2.910)

Redução (provisão) do valor recuperável de ativos (impairment) (27.782) 71.620 207.018 291.965 Provisões para perdas em investimentos 39.532 123.162 39.532 123.162 Perdas do ativo permanente 213 (1.871) 213 (1.871) Provisões para riscos 27.509 8.694 27.509 8.694 Provisão para crédito de liquidação duvidosa 404 421 555 460 Comp. aposentadoria especial/passivo atuarial 1.486 116 1.486 116 Passivo atuarial 11.405 11.276 11.405 11.276 Alienação da concessão nº 010/2009 - (147.797) - (147.797) Alienação de investimentos societários - 169.393 - 169.393 Outros 39.548 13.887 34.977 13.887

(Prejuízo) lucro ajustado (1.045.794) 1.510.442 (890.872) 1.611.023

Acréscimo (decréscimo) nos ativos operacionaisAplicações financeiras (15.541) 63.205 (12.759) 101.750 Clientes (17.943) 9.734 (11.679) (7.548) Tributos a recuperar 32.458 54.252 27.801 54.773 Almoxarifado (851) (13.784) (851) (13.784) Cauções e depósitos vinculados 112.956 (38.929) 92.665 76.673 Outros créditos 70.592 (64.954) 67.879 (67.598)

181.671 9.524 163.056 144.266 Acréscimo (decréscimo) nos passivos operacionais

Fornecedores (11.976) 16.487 38.851 16.509 Folha de pagamento 96 (1.065) 85 (1.040) Imposto de renda e contribuição social a pagar 38.886 64.986 38.824 63.827 Tributos a recolher (70.155) (81.950) (70.464) (80.311) Obrigações estimadas (3.544) (6.045) (3.565) (6.042) Benefício pós-emprego 2.690 3.625 2.690 3.625 Pesquisa e desenvolvimento 2.831 1.521 2.988 1.604 Outros passivos 10.732 (37.628) (14.838) (37.930)

(30.440) (40.069) (5.429) (39.758)

Caixa proveniente das atividades operacionais 754.723 666.598 823.902 820.638

Pagamento de encargos financeiros e comissões (199.802) (223.660) (242.223) (270.297) Pagamento de imposto de renda e contribuição social - (24.731) (1.160) (24.773) Recebimento de encargos financeiros 222 362 222 362 Recebimento de créditos indenizatórios - Lei 12.783/13 - 463.764 - 463.764 Recebimento de créditos de energia renegociados 11 25.334 23.062 25.334 23.062 Depósitos judiciais 2.433 (19.235) 2.433 (19.235)

Caixa líquido das atividades operacionais 582.910 886.160 608.508 993.521

Controladora Consolidado

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DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015

(em milhares de reais)

Notas 2016 2015 2016 2015ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Em ativo financeiro 9 (87.148) (181.674) (87.964) (181.682) Em ativo imobilizado (67.701) (209.100) (101.224) (954.197) Em ativo intangível (4.471) (3.388) (4.471) (8.532) Em participações societárias - capital 16 (127.483) (187.148) (127.483) (187.148) Em participações societárias - AFAC 16 (319.907) (737.641) (284.437) (304.194) Recebimento de remuneração dos investimentos societários 12.269 13.380 2.894 4.155 Recebimento pela alienação de investimentos societários 58.104 69.645 58.104 69.645 Recebimento pela alienação da concessão nº 010/2009 182.617 140.794 182.617 140.794 Recebimento pela liquidação de investimentos societários 1.174 - - - Outros investimentos (28.941) 15 (28.941) 15

Caixa líquido das atividades de investimentos (381.487) (1.095.117) (390.905) (1.421.144)

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOEmpréstimos e financiamentos obtidos 21 4.287 250.901 498.371 396.866 Debêntures emitidas 22 - - - 101.093 Notas promissórias emitidas 23 250.000 200.000 250.000 200.000 Adiantamento para futuro aumento de capital (AFAC) - - 7 42 Pagamento de empréstimos e financiamento - principal 21 (254.273) (229.503) (421.413) (235.764) Pagamento de debêntures - principal 22 - - (331.600) (18.400) Pagamento de notas promissórias - principal (200.000) - (200.000) - Pagamento de remuneração aos acionistas - (44) (3.125) (3.119) Pagamento de dívida de previdência complementar (6.490) (6.565) (6.490) (6.565)

Caixa líquido das atividades de financiamento (206.476) 214.789 (214.250) 434.153

Variação

Redução e aumento no caixa e equivalentes de caixa (5.053) 5.832 3.353 6.530 Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 29.222 23.390 33.490 26.960 Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 24.169 29.222 36.843 33.490

Controladora Consolidado

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Os efeitos não caixa estão demonstrados na nota explicativa nº 43.

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DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015

(em milhares de reais)

2016 2015 2016 201501 - CÁLCULO DO VALOR ADICIONADO

ReceitaReceita de transmissão, geração e serviços 3.211.954 1.725.948 3.299.546 1.765.455 Receita de construção geração 81.610 232.264 81.610 232.264 Receita de construção transmissão 87.148 181.674 92.163 181.682

3.380.712 2.139.886 3.473.319 2.179.401 ( - ) Insumos adquiridos de terceiros

Materiais 9.590 12.075 11.599 12.135 Serviço de terceiros 110.060 106.163 118.268 109.550 Custo de construção geração 81.610 232.264 81.610 232.264 Custo de construção transmissão 87.148 181.674 92.163 181.682 Energia elétrica comprada para revenda 283.591 224.560 264.124 224.560 Seguros 6.033 6.147 6.707 6.378

Provisão (reversão) valor recuperável de ativos (impairment) (27.782) 71.620 207.018 291.965

Provisão para perdas em investimentos 39.532 123.162 39.532 123.162 Provisão (reversão) para riscos (6.199) (1.902) (6.199) (1.902) Outros 63.507 222.296 72.062 226.586

647.090 1.178.059 886.884 1.406.380

(=) Valor adicionado bruto 2.733.622 961.827 2.586.435 773.021

( - ) Depreciação e amortização 122.452 108.600 172.330 109.705 (=) Valor adicionado líquido 2.611.170 853.227 2.414.105 663.316

(+) Valor adicionado recebido em transferênciaResultado de participações societárias 58.103 (654.839) 240.485 (510.925) Receitas financeiras 205.491 232.280 211.875 236.261

263.594 (422.559) 452.360 (274.664)

VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 2.874.764 430.668 2.866.465 388.652

02 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

PessoalRemuneração/benefícios/FGTS 343.128 316.848 345.619 318.394 Contingência/indenização trabalhista 33.708 10.596 33.708 10.596 Aposentadoria especial/passivo atuarial 12.891 11.392 12.891 11.392

389.727 338.836 392.218 340.382 Governo

Tributos 170.030 159.657 180.258 162.330 Encargos regulatórios 40.916 39.067 42.561 40.080 Encargos sociais 61.024 55.373 61.858 55.797 Contribuição social 144.876 (11.606) 119.589 (33.967) Imposto de renda 399.041 (32.984) 328.466 (95.432)

815.887 209.507 732.732 128.808 Financiadores

Encargos sobre tributos 1.440 2.283 1.440 2.283 Encargos sobre dividendos 5.418 4.528 5.418 4.528 Encargos de dívidas 438.415 357.763 488.798 377.283 Variações monetárias 11.753 170.238 12.731 174.230 Alugueis 9.463 9.020 11.538 9.410 Outras despesas financeiras 97.292 107.202 112.498 117.222

563.781 651.034 632.423 684.956 Acionistas

Dividendos mínimos declarados 45.741 - 45.741 - Lucro retido/prejuízo do exercício 1.059.628 (768.709) 1.063.351 (765.494)

1.105.369 (768.709) 1.109.092 (765.494)

VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO 2.874.764 430.668 2.866.465 388.652

Controladora Consolidado

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016

(em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

NOTA 1 – INFORMAÇÕES GERAIS

1.1 A COMPANHIA

A Eletrosul Centrais Elétricas S/A ("Eletrosul" ou "Companhia"), com sede na Rua Deputado Antonio Edu Vieira, 999, Bairro Pantanal, CEP 88040-901, na cidade de Florianópolis, estado de Santa Catarina, é uma concessionária de serviço público e produtora independente de energia elétrica. A Companhia é uma sociedade de economia mista federal, de capital fechado, controlada das Centrais Elétricas Brasileiras S/A – Eletrobras, vinculada ao Ministério das Minas e Energia. Foi constituída em 23 de dezembro de 1968, tendo como atividades preponderantes a transmissão, a geração e a comercialização de energia elétrica nos três estados do Sul e no Mato Grosso do Sul. A comercialização de energia é realizada com consumidores livres e comercializadoras de todo o Brasil.

A receita operacional1 da Eletrosul (Controladora), no ano de 2016, foi formada pela atividade de transmissão (56,1%), pela atividade de geração e comercialização de energia (41,4%) e por outras atividades (2,5%). As receitas de transmissão são oriundas de contratos de concessão e de autorizações e as receitas de geração são oriundas de contratos de compra e venda de energia, firmados no ambiente regulado, de contratos bilaterais e de operações realizadas no curto prazo, por meio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O sistema de transmissão de energia elétrica em operação da Eletrosul (Controladora), integrante do Sistema Interligado Nacional (SIN), possui 10.991,4 km2 de linhas de transmissão e potência de transformação de 25.850,8 MVA2, distribuídos em 44 subestações e em uma conversora de frequência na fronteira do Brasil com a Argentina. Além das instalações próprias, a Companhia possui equipamentos ou tem envolvimento com mais 55 subestações e nos sistemas de integração com o Uruguai (Rivera) e a Argentina (Garabi).

O parque gerador em operação da Eletrosul (Controladora) é formado por 3 hidrelétricas, 2 PCHs, 6 parques eólicos e uma unidade solar fotovoltaica, totalizando 476,0 MW2 de capacidade instalada. Possui ainda 186,6 km2 de linhas de transmissão e potência de transformação de 330,4 MVA2, em 6 subestações de conexão.

Além dos sistemas de transmissão e do parque gerador próprio, a Companhia participa em outras Sociedades de Propósito Específicos (SPE) nos três estados da região Sul e nos estados de Mato Grosso e Rondônia, para implantação e operação de sistemas de transmissão compostos por 2.295,5 km2 de linhas, 12 subestações com capacidade de transformação de 3.773,0 MVA2, 2 usinas hidrelétricas com capacidade instalada de 5.570,0 MW2 e 29 parques eólicos com capacidade instalada de 662,0 MW2. As informações financeiras correspondentes a estas empresas estão apresentadas na nota nº 16. Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia apresenta capital circulante líquido negativo no valor de R$ 556.396 mil (R$ 702.758 mil no consolidado) decorrente, basicamente, da captação de recursos de terceiros com vencimento no curto prazo, para viabilizar o programa de investimentos da Companhia. A Administração monitora o fluxo de caixa e avalia medidas quanto à adequação da situação atual aos níveis adequados, como captação de novos recursos, renegociação de financiamentos e alienação de ativos e participações societárias. Esses eventos e condições indicam a existência de incerteza que 1 Receita operacional regulatória. 2 Informação não auditada pelos nossos auditores independentes.

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pode levantar dúvidas quanto à capacidade de continuidade operacional da Companhia e suas subsidiárias. A Administração entende que as demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade operacional normal dos negócios da Companhia.

1.2 PRORROGAÇÃO DAS CONCESSÕES DE SERVIÇO PÚBLICO DE ENERGIA ELÉTRICA

No dia 12 de setembro de 2012, foi publicada a Medida Provisória 579/2012 (MP 579) que regulamentou a prorrogação das concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, outorgadas antes da publicação da Lei nº 8.987, de 1995, e alcançadas pela Lei nº 9.074 de 1995. Em 14 de setembro de 2012, foi publicado o Decreto 7.805 que regulamentou a MP 579.

De acordo com a MP 579, as concessões de geração, transmissão e distribuição de energia, vencidas ou vincendas nos 60 meses subsequentes à publicação da referida MP, tinham a opção de ter o vencimento antecipado para dezembro de 2012, com prorrogação, a critério do Poder Concedente uma única vez pelo prazo de até 30 anos, entretanto, para a atividade de transmissão, a prorrogação dependeria da aceitação expressa, dentre outras, das seguintes principais condições: i) receita fixada conforme critérios estabelecidos pela ANEEL; ii) valores estabelecidos pela indenização dos ativos; e iii) submissão aos padrões de qualidade do serviço fixados pela ANEEL.

Através das Resoluções Normativas 589 e 596, a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, para fins de indenização, definiu os critérios para cálculo do Valor Novo de Reposição (VNR) para os ativos de transmissão existentes em 31 de maio de 2000 ainda não depreciados (RBSE) e os critérios e procedimentos para cálculo da parcela dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou não depreciados, de aproveitamentos hidrelétricos, cujas concessões foram prorrogadas ou não, nos termos da Lei nº 12.783.

De acordo com a Resolução Normativa 589, de 10 de dezembro de 2013, foi apresentado à ANEEL, o laudo de avaliação dos ativos de transmissão de energia elétrica existentes em 31 de maio de 2000 (“Laudo de Avaliação”), para fins do processo de indenização das instalações da denominada Rede Básica Sistema Existente – RBSE prevista no Artigo 15, §2º da Lei 12.783/13. Em 12 de agosto de 2014, a Companhia protocolou na ANEEL o Laudo Técnico de Avaliação dos Ativos elaborado pela Delos Consultoria Ltda., empresa independente credenciada pela ANEEL, relativo aos bens existentes em 31 de maio de 2000, buscando reconhecer o montante de R$ 1.060.632 mil. Em 14 de julho de 2015, através do Despacho nº 2.296, foi homologado pela ANEEL o montante de R$ 1.007.043 mil.

O valor contábil, até então mantido pelo custo histórico, dos gastos relacionados ao investimento, ampliações e/ou melhorias em certos ativos da concessão prorrogada era de R$ 520.332 mil, referente a ativos de transmissão da rede básica dos serviços existentes.

Em 20 de abril de 2016, o Ministério das Minas e Energia - MME publicou a Portaria nº 120 que regulamentou as condições de recebimento das indenizações relativas aos ativos de transmissão de energia elétrica existentes em 31 de maio de 2000, denominadas instalações da Rede Básica Sistema Existente - RBSE e demais Instalações de Transmissão - RPC, não depreciados e não amortizados, conforme parágrafo segundo do artigo 15 da Lei 12.783/2013.

São abrangidos pela Portaria os ativos reversíveis que não estavam depreciados até 31 de dezembro de 2012, quando a Companhia teve antecipado o vencimento do contrato de concessão nº 057/2001, nos termos da Lei nº 12.783/13 (de conversão da MP 579/12).

A remuneração desses ativos se dará pela seguinte forma:

(i) Pelo custo do capital correspondente aos ativos, composto por remuneração e depreciação acrescidos dos devidos tributos a partir do processo tarifário de 2017; sendo que a remuneração será dada através do Custo Médio Ponderado de Capital e a depreciação será paga em função da vida útil de cada ativo incorporado a Base de Remuneração Regulatória;

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(ii) O custo de capital não incorporado desde as prorrogações das concessões até o processo tarifário será atualizado e remunerado pelo custo de capital próprio.

A partir do processo tarifário de 2017 o custo de capital será remunerado pelo Custo Médio Ponderado de Capital pelo prazo de oito anos.

A referida Portaria cita que os valores devidos vão compor a base de remuneração regulatória da Companhia, ou seja, serão repassados às tarifas de energia dos consumidores e que isso será iniciado a partir do processo tarifário de 2017. Além de remunerar os ativos, a Portaria também estabelece que o custo de capital incorrido pela Companhia possa ser incluído nos referidos valores.

Em 31 de dezembro de 2016, os valores atualizados estão apresentados no quadro abaixo:

Transmissão 2016

Rede básica - RBSE - Saldo histórico 520.332 Valor adicional 486.711 Valor Homologado pela ANEEL 1.007.043 Atualização - IPCA e remuneração 1.109.416 Valor total do ativo Financeiro atualizado 2.116.459

Efeito ResultadoReceita operacional 1.596.127 Provisão de IRPJ/CSLL (542.683) Efeito líquido 1.053.444

NOTA 2 – CONCESSÕES DO SERVIÇO PÚBLICO DE ENERGIA ELÉTRICA

A Companhia e suas controladas e controladas em conjunto possuem as seguintes concessões e autorizações:

2.1 USINAS DA COMPANHIA

O parque gerador é formado pelos empreendimentos a seguir discriminados (vide nota nº 17):

Empreendimentos

Operação comercial Local

Potência instalada

Concessão/ permissão

Vencimento da concessão

(não auditado)

Usinas Hidrelétricas (UHE)

UHE Passo São João 2012 Roque Gonzales (RS) 77,00 MW 08/2006 08/2041

UHE Mauá (49% - consórcio) 2012 Telêmaco Borba/Ortigueira (PR) 177,94 MW 07/2007 07/2042

UHE São Domingos 2013 Água Clara/Ribas do Rio Pardo (MS) 48,00 MW 12/2002 12/2037

Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH)

PCH Barra do Rio Chapéu 2013 Santa Rosa de Lima/Rio Fortuna (SC) 15,15 MW 05/2004 05/2034

PCH João Borges 2013 São José do Cerrito/Campo Belo do Sul (SC) 19,00 MW 12/2005 12/2035

Usinas Eólicas

Parque Eólico Cerro Chato I 2012 Sant'Ana do Livramento (RS) 30,00 MW 08/2010 08/2045

Parque Eólico Cerro Chato II 2011 Sant'Ana do Livramento (RS) 30,00 MW 08/2010 08/2045

Parque Eólico Cerro Chato III 2011 Sant'Ana do Livramento (RS) 30,00 MW 08/2010 08/2045

Parque Eólico Capão do Inglês 2015 Sant'Ana do Livramento (RS) 10,00 MW 05/2014 05/2049

Parque Eólico Coxilha Seca 2015 Sant'Ana do Livramento (RS) 30,00 MW 05/2014 05/2049

Parque Eólico Galpões 2015 Sant'Ana do Livramento (RS) 8,00 MW 05/2014 05/2049

Usina Solar Fotovoltaica

Megawatt Solar1 2014 Florianópolis (SC) 0,93 MW - -

476,02 MW

(1) Empreendimento abordado pela Resolução Normativa da ANEEL nº 390/2009.

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Além dos empreendimentos citados acima a Companhia tem autorização para construção da PCH Santo Cristo, que se encontra em fase de licença de instalação, e da PCH Coxilha Rica, que está com o inicio de construção e operação indefinido em função de parecer negativo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

2.2 USINAS DAS EMPRESAS CONTROLADAS E CONTROLADAS EM CONJUNTO

Empresa Partic. Usinas LocalizaçãoPotência instalada

Operação comercial

Concessão/ permissão

Vencimento concessão/ permissão

Usinas HidrelétricasESBR Participações

20,00% UHE Jirau Rio Madeira (RO) 3.750 MW 09/2013 08/2008 08/2043

Teles Pires Participações 24,72% UHE Teles Pires Rio Teles Pires (MT) 1.820 MW 11/2015 06/2011 06/2046

Usinas EólicasChuí I Chuí (RS) 24 MW 06/2015 03/2012 03/2047Chuí II Chuí (RS) 22 MW 06/2015 03/2012 03/2047Chuí IV Chuí (RS) 22 MW 06/2015 02/2012 02/2047Chuí V Chuí (RS) 30 MW 05/2015 03/2012 03/2047Minuano I Chuí (RS) 22 MW 05/2015 04/2012 04/2047Minuano II Chuí (RS) 24 MW 05/2015 03/2012 03/2047

Chuí IX 99,99% Chuí 09 Chuí (RS) 17,9 MW 10/2015 05/2014 05/2049

Verace 24 Santa Vitória do Palmar (RS)19,7 MW 11/2015

06/2014 06/2049

Verace 25 Santa Vitória do Palmar (RS)7,2 MW 11/2015

06/2014 06/2049

Verace 26 Santa Vitória do Palmar (RS)14,3 MW 11/2015

06/2014 06/2049

Verace 27 Chuí (RS) 16,1 MW 11/2015 06/2014 06/2049

Verace 28 Chuí (RS) 12,5 MW 12/2015 06/2014 06/2049Verace 29 Chuí (RS) 17,9 MW 12/2015 06/2014 06/2049Verace 30 Santa Vitória do Palmar (RS)

17,9 MW 12/201506/2014 06/2049

Verace 31 Santa Vitória do Palmar (RS)9,0 MW 12/2015

06/2014 06/2049

Verace 34 Santa Vitória do Palmar (RS)14,3 MW 01/2016

06/2014 06/2049

Verace 35 Santa Vitória do Palmar (RS)12,5 MW 12/2015

06/2014 06/2049

Verace 36 Chuí (RS) 21,5 MW 12/2015 06/2014 06/2049

Cerro Chato IV* Sant'Ana do Livramento (RS) 10 MW - 03/2012 03/2047Cerro Chato V* Sant'Ana do Livramento (RS) 12 MW - 03/2012 03/2047Cerro Chato VI* Sant'Ana do Livramento (RS) 24 MW - 02/2012 02/2047Cerro dos Trindade* Sant'Ana do Livramento (RS) 8 MW - 03/2012 03/2047Ibirapuitã Sant'Ana do Livramento (RS) 25,2 MW 08/2015 02/2012 02/2047

Geribatu I Santa Vitória do Palmar (RS) 20 MW 02/2015 02/2012 02/2047Geribatu II Santa Vitória do Palmar (RS) 20 MW 02/2015 02/2012 02/2047Geribatu III Santa Vitória do Palmar (RS) 26 MW 02/2015 02/2012 02/2047Geribatu IV Santa Vitória do Palmar (RS) 30 MW 02/2015 02/2012 02/2047Geribatu V Santa Vitória do Palmar (RS) 30 MW 02/2015 04/2012 04/2047Geribatu VI Santa Vitória do Palmar (RS) 18 MW 02/2015 02/2012 02/2047Geribatu VII Santa Vitória do Palmar (RS) 30 MW 02/2015 02/2012 02/2047Geribatu VIII Santa Vitória do Palmar (RS) 26 MW 02/2015 02/2012 02/2047Geribatu IX Santa Vitória do Palmar (RS) 30 MW 02/2015 02/2012 02/2047Geribatu X Santa Vitória do Palmar (RS) 28 MW 02/2015 02/2012 02/2047

49,00%Chuí

59,00%

Santa Vitória do Palmar

49,00%

Livramento

99,99%

99,99%

99,99%

Hermenegildo I

Hermenegildo II

Hermenegildo III

* Em operação comercial 25,2 MW correspondendo ao parque Ibirapuitã. A suspensão da operação dos demais parques está em discussão judicial, em virtude de sinistro ocorrido em 12/2014.

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2.3 SISTEMAS DE TRANSMISSÃO DA COMPANHIA

A Companhia possui concessão para construção e operação de subestações e linhas de transmissão, a seguir discriminadas:

Contrato de concessão

Linhas de transmissão/subestações Extensão (km)

Capacidade de transformação

(MVA)

Data da concessão

Vencimento da concessão

057/20011 38 subestações de transmissão e linhas de transmissão em 525 kV, 230 kV, 138 kV e 69 kV.

9.496,64 23.368,10 12/2012 12/2042

004/2004Linhas de transmissão 525 kV Salto Santiago (PR) – Ivaiporã (PR) e Ivaiporã (PR) – Cascavel D´Oeste (PR) e Módulos nas SE Ivaiporã, SE Salto Santiago e SE Cascavel do Oeste (Copel).

371,90 - 02/2004 02/2034

010/20052 Linha de transmissão 525 KV Campos Novos - Blumenau e subestação Biguaçu 525 kV.

357,80 1.344,00 03/2005 03/2035

005/2006 Linha de transmissão 525 kV Campos Novos (SC) – Nova Santa Rita (RS) e Módulos na SE Nova Santa Rita e SE Campos Novos.

257,43 - 04/2006 04/2036

004/2008 Linha de transmissão 230 kV Presidente Médice - Santa Cruz. 237,40 - 03/2008 03/2038

005/2009 Subestação Missões em 230/69 kV. - 150,00 01/2009 01/2039

011/2010Subestações: Caxias 6 230/69 kV, Ijuí 2 230/69 kV, Lajeado Grande 230/69 kV e Nova Petrópolis 2 230/69 kV.

- 729,00 10/2010 10/2040

012/2010Linha de transmissão 230 kV Monte Claro - Garibaldi (RS) e módulos na SE Garibaldi (CEEE) e SE Monte Claro (CERAN).

32,70 - 10/2010 10/2040

002/2011 Subestação Foz do Chapecó 230/138 kV. 155,20 150,00 06/2011 06/2041

008/2014 SE Ivinhema 2 230/138 kV (ampliação). 7,00 - 01/2014 01/2044

023/2014 1 conversora de frequência e linhas de transmissão de 132 kV. 12,50 109,70 12/2014 07/2021

001/20153 7 subestações de transmissão em 525 e 230 kV e linhas de transmissão em 525 kV e 230 kV.

1.802,00 4.781,00 12/2014 11/2044

ECE 554/20104Interconexão Brasil-Uruguai: LT 525 kV Candiota/Melo e LT 230 kV Presidente Médici - Candiota. 62,80 - 02/2010 02/2040

(1) Contrato de concessão renovado por 30 anos nas condições da Lei nº 12.783/13. Dos totais da concessão, foram renovados

9.426,38 km e 21.413,10 MVA. (2)

SE Biguaçu já computada no total de subestações do contrato 057/2001. (3) A Companhia publicou chamada pública de investidores para compor parceria para a implantação dos empreendimentos previstos no Leilão 004/2014 – lote A (contrato de concessão nº 001/2015). O processo encontra-se em avaliação pela Administração. (4) Cessão parcial, pela Eletrobras à Eletrosul, dos direitos e obrigações oriundos do contrato nº ECE-554/2010, firmado com a UTE - Administración Nacional de Usinas y Trasmisiones Eléctricas, relativos à construção e operação das linhas de transmissão acima descritas.

2.4 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DAS EMPRESAS CONTROLADAS E CONTROLADAS EM CONJUNTO

Empresa Partic. Linha de transmissão Extensão (KM) ConcessãoVencimento da

concessão

(não auditado)

Etau 27,42% LT 230 kV Campos Novos (SC) – Santa Marta (RS) 188,0 12/2002 12/2032Costa Oeste 49,00% LT 230 kV Cascavel Oeste - Umuarama (PR) 151,5 01/2012 01/2042

Fronteira Oeste*

51,00%LT 230 kV Santo Ângelo-Maçambará; LT Pinhalzinho-Foz do Chapecó, circuito simples, C1; LT Pinhalzinho-Foz do Chapecó, circuito simples, C2

273,0 01/2014 01/2044

Marumbi 20,00% LT 525 kV Curitiba - Curitiba Leste (PR). 29,0 05/2012 05/2042

TSBE 80,00%LT 230 kV Nova Santa Rita - Camaquã 3; LT 230 kV Camaquã 3- Quinta; LT 525 kV Salto Santiago - Itá; LT 525 kV Itá - Nova Santa Rita.

783,0 05/2012 05/2042

TSLE 51,00%LT 525 kV Nova Santa Rita - Povo Novo; LT 525 kV Povo Novo - Marmeleiro; LT 525 kV Marmeleiro - Santa Vitória do Palmar, Seccionamento da LT 230 Kv Camaquã 3

468,0 08/2012 08/2042

Paraíso* 100,00%LT 230 kV Campo Grande 2-Paraíso 2 C2; LT 230 kV Paraíso 2-Chapadão C2

283,0 02/2015 02/2045

Uirapuru 75,00% LT 525 kV Ivaiporã (PR) – Londrina (PR) 120,0 03/2005 03/2035 * Em fase pré-operacional.

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Empresa Partic. Subestação Capac. transf. ConcessãoVencimento da

concessão

(não auditado)

SE Lagoa Vermelha 2 230/138 kv 300 MVA 12/2002 12/2032SE Barra Grande 230/138 kv - 12/2002 12/2032

Costa Oeste 49,00% SE Umuarama 230/138 kv 300 MVA 01/2012 01/2042SE Pinhalzinho 230/138 kV 450 MVA 01/2014 01/2044SE Santa Maria 3 230/138 kV 166 MVA 01/2014 01/2044

Marumbi 20,00% SE Curitiba leste 525/230 kV 672 MVA 05/2012 05/2042Paraíso* 100,00% SE 230/138 kV Paraíso 2 300 MVA 02/2015 02/2045TSBE 80,00% SE Camaquã 3 230/69 kV 166 MVA 05/2012 05/2042

SE Povo Novo 525/230 kv 672 MVA 08/2012 08/2042SE Marmeleiro 2 525 kv (200 Mvar) - 08/2012 08/2042SE Santa Vitória do Palmar 2 525/138 kv 75 MVA 08/2012 08/2042SE Povo Novo 525/230 kv (ampliação) 672 MVA 08/2012 08/2042

TSLE 51,00%

Etau 27,42%

Fronteira Oeste*

51,00%

* Em fase pré-operacional.

NOTA 3 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

3.1 AUTORIZAÇÃO PARA CONCLUSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Em 24 de março de 2017, a Diretoria Executiva autorizou a conclusão das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, submetendo-as nesta data à aprovação do Conselho de Administração e à apreciação do Conselho Fiscal. Acompanhadas da proposta do Conselho de Administração e do parecer do Conselho Fiscal, serão submetidas à aprovação da Assembleia Geral Ordinária dos acionistas.

3.2 DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP), considerando o custo histórico como base de valor, bem como o valor justo para alguns ativos e passivos financeiros, compreendendo as disposições da legislação societária prevista na Lei nº 6.404/76 e os demais pronunciamentos, interpretações e orientações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

Detalhes sobre as políticas contábeis do Grupo estão apresentadas na nota explicativa 4.

Todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, estão sendo evidenciadas, e correspondem àquelas utilizadas pela Administração na sua gestão.

3.3 MOEDA FUNCIONAL E MOEDA DE APRESENTAÇÃO

A moeda funcional da Companhia e suas controladas é o real. As informações financeiras estão apresentadas em milhares de reais (R$ mil), exceto quando indicado de outra forma.

3.4 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA

As demonstrações do valor adicionado ‐ DVA apresentam informações relativas à riqueza criada pela Companhia e suas controladas (consolidado) à forma como tais riquezas foram distribuídas. Essas demonstrações foram preparadas de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado e são apresentadas como informação suplementar, uma vez que sua apresentação não é requerida pela legislação societária brasileira para companhias de capital fechado.

3.5 RESULTADO POR SEGMENTO

As informações por segmento de negócios estão apresentadas em atendimento ao Pronunciamento Técnico CPC 22 – Informações por Segmento (vide nota nº 36). A Administração da Companhia definiu os segmentos de negócios adotados para a gestão conforme a seguir:

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(i) Geração: o segmento de negócio “Geração” representa os negócios relativos à geração e à comercialização de energia oriunda das usinas hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas, megawatt solar e eólicas.

(ii) Transmissão – contratos renovados: o segmento de negócio “Transmissão – contratos renovados” representa os negócios de transmissão oriundos do contrato de concessão ANEEL 57/2001, renovado por 30 anos, nas condições da Lei nº 12.783/2013.

(iii) Transmissão – contratos não renovados: o segmento de negócio “Transmissão – contratos

não renovados” representa os negócios de transmissão oriundos dos contratos de concessão e de autorizações da ANEEL que ainda não passaram por processo de renovação.

NOTA 4 – PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

As políticas e práticas contábeis descritas abaixo foram aplicadas de maneira consistente pela Companhia em todos os exercícios apresentados nestas demonstrações financeiras.

4.1 BASE DE CONSOLIDAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas incluem informações da Companhia e das seguintes controladas:

Controlada Atividade 2016 2015

Chuí IX Geração 99,99% 99,99%

Coxilha Seca1 Geração - 99,99%Hermenegildo I Geração 99,99% 99,99%Hermenegildo II Geração 99,99% 99,99%Hermenegildo III Geração 99,99% 99,99%

Paraíso2 Transmissão 100,00% 24,50%Uirapuru Transmissão 75,00% 75,00%

Participação no capital (%)

(1) A SPE foi extinta em 2016. (2) Em 27 de junho de 2016, a Celeo e a Copel exerceram o seu direito de retirada da sociedade transferindo a totalidade das ações para a Eletrosul. Em 27 de setembro de 2016 a ANEEL, por meio da Resolução Autorizativa nº 6.045, anuiu a transferência do controle societário direto da Paraíso para a Eletrosul (75,5% das ações).

Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, foram utilizadas as demonstrações financeiras das sociedades controladas de 31 de dezembro de 2016. Nas transações entre companhias, são eliminados os saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas do grupo. Os prejuízos não realizados também são eliminados, a menos que a operação forneça evidências de perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das controladas são alteradas quando necessário para assegurar a consistência com as políticas adotadas pela Companhia. A nota nº 16 apresenta todas as informações financeiras sobre os investimentos da Companhia.

4.2 INSTRUMENTOS FINANCEIROS

4.2.1 Caixa e equivalentes de caixa

Incluem numerários em caixa, saldos em contas bancárias, aplicações financeiras e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez e com vencimentos originais de três meses ou menos, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a insignificantes riscos de mudança de valor (vide nota nº 6).

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4.2.2 Títulos e valores mobiliários

Com base no que estabelece a Resolução nº 2.917, de 19 de dezembro de 2001, e alterações definidas pela Resolução nº 4.034, de 30 de novembro de 2011, ambas do Banco Central do Brasil – BACEN, a Eletrosul está autorizada a aplicar suas disponibilidades financeiras no Banco do Brasil S.A e na Caixa Econômica Federal, em Fundos de Renda Fixa - Extramercado, referenciados ao Índice de Renda Fixa do Mercado - IRF-M1 (vide nota nº 6).

As aplicações financeiras em fundos de renda fixa (fundos exclusivos do Grupo Eletrobras) possuem liquidez de curtíssimo prazo. As aplicações financeiras são reconhecidas e mensuradas pelo valor justo e os resultados financeiros auferidos nessas operações são alocados diretamente ao resultado.

4.2.3 Cauções e depósitos vinculados

Representam aplicações financeiras mantidas para pagamentos futuros específicos. Os saldos são mantidos até o total cumprimento de determinadas obrigações contratuais por parte dos fornecedores. Após seu reconhecimento inicial, esses investimentos são mensurados pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva de juros (vide nota nº 7).

4.2.4 Clientes

Corresponde aos valores a receber de clientes pela venda de energia, liquidação de energia na CCEE, prestação de serviços e uso do sistema de transmissão. Estão reconhecidos com base no regime de competência, atualizados quando aplicável e contratualmente exigido. A Companhia reconhece as perdas em créditos de liquidação duvidosa sempre que houver evidências que o valor não é recuperável. As contas a receber de clientes são apresentadas e ajustadas pela provisão para créditos de liquidação duvidosa “PCLD” (vide nota nº 8 – clientes e nota nº 41.3 – risco de instrumentos financeiros).

4.2.5 Ativo financeiro da concessão

As premissas utilizadas pela Companhia para a determinação do ativo financeiro são as seguintes:

(i) Ativo Financeiro Indenizável - a Companhia reconheceu em suas demonstrações financeiras o valor residual dos ativos de transmissão ainda não amortizados como ativo financeiro, determinado com base nas taxas de depreciação aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL.

(ii) Ativo Financeiro Amortizável pela RAP – A Companhia reconheceu em suas demonstrações

financeiras como ativo financeiro amortizável a diferença entre o valor total líquido da infraestrutura de transmissão e o valor residual da infraestrutura na data do término do contrato de concessão.

(iii) Receita Financeira – A Companhia reconheceu em suas demonstrações financeiras, a título

de receita financeira, valor calculado sobre recebíveis registrados como Ativo Financeiro (antigo Imobilizado), com base em taxa apurada conforme o fluxo de recebimento das RAPs (RAP bruta (-) valor alocado para receita de O&M) até o final dos contratos de concessão do serviço de transmissão de energia elétrica.

(iv) Receita de O&M - A Companhia reconheceu em suas demonstrações financeiras receita de

operação e manutenção (O&M), considerando os valores realizados de pessoal, material, serviços e outros (PMSO) no período, acrescidos das taxas de PIS e Cofins e das taxas referentes aos encargos regulatórios (RGR, taxa de fiscalização e P&D). Não fazem parte da prática contábil acima as receitas oriundas do contrato de concessão 057/2001, renovado em 4 de dezembro de 2012 pelo prazo de 30 anos, cuja tarifa não contempla remuneração do capital investido.

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(v) Margem de Construção, Receita de Construção e Custo de Construção. A Companhia reconheceu em suas demonstrações financeiras margem de lucro zero sobre os valores registrados a título de receita de construção de empreendimentos de transmissão, cuja construção é efetuada por terceiros, haja vista a condição precípua de empresa concessionária de energia elétrica, cujo objeto empresarial é o de manter e operar, pelo prazo da concessão, o empreendimento, onde o retorno ocorre através do recebimento da receita anual permitida (RAP).

A movimentação da conta ativo financeiro está demonstrada na nota nº 9.

4.2.6 Ativo e passivo fiscal diferido

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre as diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações financeiras. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação desses créditos diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social sobre o lucro líquido.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente quando há previsão da existência de bases tributáveis, para as quais as diferenças temporárias e os prejuízos possam ser compensados (vide nota nº 15).

4.2.7 Investimentos societários

Nas demonstrações financeiras individuais, os investimentos da Companhia em sociedades controladas e/ou controladas em conjunto são registrados e avaliados nas demonstrações financeiras individuais pelo método de equivalência patrimonial (MEP), conforme CPC 18 (R2), reconhecido no resultado do exercício como receita (ou despesa) operacional (vide nota nº 16).

Para efeitos do cálculo da equivalência patrimonial, ganhos ou transações a realizar entre a Companhia e suas investidas e equiparadas são eliminados na medida da participação da Companhia. Quando necessário, as práticas contábeis das controladas e/ou controladas em conjunto são ajustadas para garantir consistência com as práticas adotadas pela Companhia.

Para fins de reconhecimento da equivalência patrimonial, a Companhia adota as demonstrações financeiras emitidas pelas investidas com 30 (trinta) dias de defasagem, exceto quando ocorridos eventos relevantes, os quais são tempestivamente reconhecidos.

Os dividendos recebidos provenientes desses investimentos societários são registrados como redução do valor dos respectivos investimentos.

4.2.8 Imobilizado

O imobilizado é registrado pelo custo amortizado, ou seja, pelo custo de aquisição ou construção, deduzido da depreciação e, quando aplicável, reduzido ao valor de recuperação (vide nota nº 17). Os ativos das concessões de transmissão são reconhecidos na contabilidade societária como ativo financeiro, conforme a ICPC 01 (R1) e OCPC 05 (vide nota nº 9), ficando o registro como ativo imobilizado e a respectiva depreciação restritas à escrituração exigidas pelo órgão regulador.

Os encargos financeiros de financiamentos obtidos, quando diretamente atribuíveis à aquisição ou à construção de ativos, são capitalizados como parte do custo desses ativos.

Os ativos de geração são depreciados pela vida útil, conforme taxa de depreciação definida pelo órgão regulador. Caso o Contrato de Concessão não previr indenização para os bens que, ao final da Concessão, não estiverem totalmente depreciados, estes são depreciados pelo prazo da concessão ou pelo prazo de vida útil, dos dois o maior.

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4.2.9 Intangível

(i) Programas de computador (softwares) - Os gastos inerentes à obtenção de ativos incorpóreos são reconhecidos como ativo intangível, em especial as licenças de programas de computador que são capitalizadas e amortizadas pelo tempo da licença. Os gastos associados à manutenção dos programas de computador são reconhecidos, quando incorridos, como despesa do exercício.

(ii) Ágio - O ágio resultante da aquisição de participação acionária em controladas é representado pela diferença entre o valor pago e/ou a pagar pela aquisição do negócio e o valor justo dos ativos e passivos da controlada adquirida.

O ágio é fundamentado em expectativas de resultado futuro e, por possuir tempo de vida definido, devido ao fato de estar relacionado com o prazo determinado nos contratos de concessão, é amortizado no prazo, na extensão e na proporção dos resultados projetados. A parcela de ágio (mais valia) alocada a ativos e passivos identificáveis é amortizada na proporção em que esses ativos e passivos são realizados.

(iii) Uso de bem público (UBP) - São os valores contratados relativos ao direito de uso de bem público para a exploração do potencial de energia hidráulica, decorrentes de contratos de concessão onerosa com a União, demonstrados ao custo amortizado e atualizados pelas taxas de juros ou índices contratuais incorridos até a data do balanço, ajustados a valor presente, com base em uma taxa de desconto aprovada para as empresas do Grupo Eletrobras (vide nota nº 29).

(iv) Servidões - São valores pagos à propriedades particulares, a fim de assegurar o direito de uso para realização e/ou manutenção de obras e serviços públicos ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelos proprietários.

4.2.10 Redução ao valor recuperável de ativos (ativos financeiros e não financeiros)

Os ativos financeiros, imobilizados e outros ativos não circulantes, inclusive o ágio e os ativos intangíveis, são revistos anualmente para verificar evidências de perdas não recuperáveis, ou, ainda, sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quanto esse for o caso, o valor recuperável é calculado para verificar se há perda. Quando houver perda, ela é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapasse seu valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo (vide nota nº 19).

Para fins de avaliação, os ativos são agrupados em grupos de ativos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (unidade geradora de caixa).

4.2.11 Fornecedores

A conta fornecedores registra valores a pagar com base em notas fiscais de aquisição, faturas recebidas e medições de obra, ou por estimativa, na ausência de documentação pertinente (vide nota nº 20).

4.2.12 Financiamentos e empréstimos, notas promissórias e debêntures

Os financiamentos e empréstimos, notas promissórias e debêntures são reconhecidos pelo valor justo no recebimento dos recursos, líquido dos custos da transação, e passam a ser mensurados pelo custo amortizado, sendo acrescidos de encargos, juros e variações monetárias nos termos contratuais, incorridos até a data do balanço. Os financiamentos e empréstimos com vencimento até um ano são classificados como passivo circulante. Os financiamentos e empréstimos com vencimento superior a 12 meses da data do balanço são classificados no passivo não circulante (vide nota nº 21, nota nº 22, nota nº 23 e nota nº 41.3 – risco de instrumentos financeiros).

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O custo dos empréstimos atribuídos à aquisição ou construção do ativo imobilizado é capitalizado como parte do custo destes ativos até o início da operação comercial. O custo dos empréstimos atribuídos aos bens que comporão o ativo financeiro (contratos de concessão) é reconhecido diretamente no resultado.

4.2.13 Distribuição de dividendos

A política de reconhecimento contábil de dividendos está em consonância com as normas previstas nos CPC 25 e ICPC 08(R1), as quais determinam que os dividendos propostos a serem pagos e que estejam fundamentados em obrigações estatutárias devem ser registrados no passivo circulante (vide nota nº 34).

O artigo 41, § 1º, do estatuto social da Companhia estabelece que, no mínimo, 25% do lucro líquido anual seja distribuído a título de dividendos. Desse modo, no encerramento do exercício social e após as compensações de prejuízos acumulados e as devidas destinações legais, a Companhia registra provisão equivalente ao dividendo mínimo obrigatório, no passivo circulante, e os dividendos propostos excedentes ao mínimo obrigatório, como dividendo adicional proposto, no patrimônio líquido.

Quando houver proposta da administração nos termos da Lei nº 6.404/76, no exercício social em que o montante do dividendo obrigatório ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido, a assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. Considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder a soma dos seguintes valores: (1) o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial se houver; e (2) o lucro, ganho ou rendimento em operações cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. Os lucros registrados na reserva de lucros a realizar devem ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a sua realização, quando realizados e se não absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes.

Os dividendos não reclamados no prazo de três anos são revertidos para a Companhia, conforme previsão legal.

4.2.14 Receitas, custos e despesas

As receitas, os custos e as despesas são contabilizados pelo regime de competência. Em outras situações, as receitas e despesas são estimadas e provisionadas conforme a melhor estimativa tendo como base critérios uniformes e regulares.

A receita de geração e de comercialização de energia é reconhecida com base nos contratos de CCEAR, CCVEE, bilaterais e/ou montantes comercializados na CCEE. A receita de transmissão é reconhecida com base no CPC 17 (R1) e no CPC 30 (R1) e com base no modelo financeiro (ICPC 01 (R1) e OCPC 05) (vide nota nº 37).

O resultado financeiro líquido é composto, basicamente, por juros e variações monetárias decorrentes de aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos, parcelamento de tributos e créditos de energia renegociados. Custos de empréstimos que não são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável são reconhecidos no resultado através do método de juros efetivos (vide nota nº 39).

4.2.15 Normas e interpretações de normas que ainda não estão em vigor

Novas normas, alterações de normas e interpretações emitidas pelo IASB (International Accounting Standards Board) serão efetivadas para exercícios a serem iniciados após 1º de janeiro de 2017. As normas consideradas relevantes estão a seguir relacionadas e serão adotadas, se aplicável, quando entrarem em vigor:

(i) IFRS 9 - Instrumentos financeiros (vigência, a partir de 1º/01/2018. Estabelece orientações sobre a classificação e mensuração de instrumentos financeiros, incluindo um

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novo modelo de perda esperada de crédito para o cálculo da redução ao valor recuperável de ativos financeiros, e novos requisitos sobre a contabilização de hedge.

(ii) IFRS 15 - Receita de contratos com clientes (vigência, a partir de 1º/01/2018).

Determina novas exigências quanto ao reconhecimento do montante da receita de bens ou serviços e à divulgação.

(iii) IFRS 16 - Arrendamento mercantil (vigência, a partir de 1º/01/2019). Determina novo

modelo de arrendamento mercantil para todas as entidades.

NOTA 5 – ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS

As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias. Essas estimativas incluem:

5.1 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL (IMPAIRMENT) DE ATIVOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS

A Companhia verifica se há evidência objetiva de que o ativo imobilizado, o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um "evento de perda") e se aquele evento (ou eventos) de perda tem impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo ou grupo de ativos financeiros.

Quando houver perda, ela é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa seu valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo.

Para fins de avaliação, os ativos são agrupados em grupos de ativos para os quais existem fluxos de caixa identificáveis separadamente (unidade geradora de caixa) (vide nota nº 19).

5.2 ATIVO FINANCEIRO DA CONCESSÃO

Refere-se ao ativo financeiro a receber pela Companhia no âmbito das concessões de transmissão de energia elétrica. O ativo financeiro inclui ainda a indenização que será efetuada com base nas parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.

A rubrica “ativo financeiro – concessões de serviço público” refere-se ao ativo financeiro a receber pela Companhia e Controladas no âmbito das concessões de transmissão de energia elétrica, decorrente da aplicação do modelo financeiro. São classificados no ativo circulante e não circulante, considerando a expectativa de recebimento dos valores envolvidos, tendo como base a data do final das concessões. De acordo com a Interpretação Técnica ICPC 01 (R1) e a Orientação Técnica OCPC 05, os ativos de transmissão, por possuírem certas características (abaixo), estão ao alcance da aplicação do IFRIC 12:

- As empresas de transmissão têm a obrigação contratual de construir, operar e manter a infraestrutura; - A maioria dos contratos tem prazo de concessão de 30 anos; - Na média, a vida útil econômica estimada dos bens é superior ao prazo de concessão; - A atividade de transmissão não é competitiva. Não existe competição entre as empresas (existe entre os investidores para obtenção da concessão); - A concessionária é interposta entre o poder concedente e os usuários; - A atividade é sujeita à condição de generalidade (direito de livre acesso) e continuidade; - Alguns contratos têm garantia de manutenção do equilíbrio econômico financeiro;

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- O contrato estabelece quais os serviços e para quem devem ser prestados; - O preço é regulado por tarifa. A Transmissora não pode negociar preços com os usuários; - A RAP é fixa e atualizada monetariamente por índice de preços uma vez por ano e revisada a cada 4 anos; - Os bens são reversíveis ao final da concessão, com direito de recebimento de indenização (caixa) do poder concedente sobre os investimentos ainda não amortizados.

Considerando a natureza do ativo financeiro, classificado como recebível, a infraestrutura construída será recebida através de dois fluxos de caixa:

(i) A parcela dos investimentos que será amortizada com o recebimento das RAPs que serão faturadas para os usuários do sistema é classificada entre curto e longo prazo, considerando a expectativa de recebimento destes valores, tendo por base a data de encerramento das concessões.

(ii) A parcela dos investimentos realizados e não amortizados ou depreciados até o final da

concessão foi classificada como um ativo financeiro indenizável, a ser recebida diretamente do Poder Concedente ou de quem ele delegar essa tarefa. Este ativo financeiro está registrado pelo valor presente do direito e é calculado com base no valor residual dos ativos construídos pertencentes à infraestrutura que serão indenizados pelo Poder Concedente.

O ativo financeiro é apresentado líquido da amortização acumulada e das perdas por redução ao valor recuperável (impairment), quando aplicável. A Companhia efetua, anualmente, o teste de recuperabilidade dos seus ativos financeiros (impairment), utilizando o método do valor presente dos fluxos de caixa futuros gerados pelos ativos.

Os testes de impairment e os impactos no resultado do exercício estão apresentados na nota nº 19. A movimentação do ativo financeiro está apresentada na nota nº 9.

5.3 ATIVOS DA REBE BÁSICA DO SERVIÇO EXISTENTE (RBSE)

Até as demonstrações financeiras de 30 de junho de 2016, a Companhia manteve o registro dos bens existentes até 31 de maio de 2000 (ativos conhecidos como RBSE) contabilizados pelo valor residual contábil. A partir da publicação da Portaria nº 120 do Ministério das Minas e Energia, de 20 de abril de 2016, a Companhia atualizou o valor dos ativos conforme as regras definidas na respectiva portaria (vide nota nº 1.2).

5.4 CONTRATOS ONEROSOS

Representam os compromissos compulsórios contratados pela Companhia referentes a compra de energia elétrica, cujos custos excedem os benefícios econômicos que se esperam. O montante relativo ao período de longo prazo está reconhecido a valor presente, com base em taxa de desconto pós-impostos (wacc pós-tax) aprovada pela Administração.

A estimativa crítica na determinação do montante de provisão para a venda futura do contrato é o PLD médio histórico aprovado pelo Grupo Eletrobras como premissa para o cálculo da provisão do contrato oneroso, exclusivamente para fins contábeis.

5.5 PROVISÕES, ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

As provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente, legal ou não formalizada. São reconhecidas quando um evento passado gerou uma obrigação futura, com probabilidade de saída de recursos, e seu valor pode ser estimado com segurança. Dessa forma, o valor constituído como provisão é a melhor estimativa de liquidação de uma provável obrigação na data das demonstrações financeiras, levando em consideração os riscos e as incertezas relacionadas.

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Os ativos contingentes não são reconhecidos contabilmente, exceto se a Companhia avaliar que o ganho é líquido e certo, não sendo mais cabíveis decisões judiciais desfavoráveis sobre esses ativos.

Os passivos contingentes são reconhecidos contabilmente quando o desembolso de caixa é tido como provável. Quando o passivo for classificado como possível, são apenas divulgados nas demonstrações financeiras (vide nota nº 27).

5.6 BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO

5.6.1 Plano de complementação de aposentadoria e pensão

A Companhia patrocina planos de aposentadoria e pensão, administrado pela Fundação Eletrosul de Previdência e Assistência Social (ELOS), que provê a seus empregados pensões e outros benefícios pós-emprego (vide nota nº 33).

O passivo reconhecido no balanço patrimonial relacionado aos planos de pensão de benefício definido é o valor presente da obrigação de benefício definida na data do balanço menos o valor de mercado dos ativos do plano, ajustado:

(i) Por ganhos e perdas atuariais; (ii) Pelas regras de limitação do valor do ativo apurado; e (iii) Pelos requisitos de fundamentos mínimos.

A obrigação do benefício é calculada anualmente por atuários independentes usando o método de crédito unitário projetado. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado mediante o desconto das saídas futuras de caixa, usando-se as taxas de juros condizentes com o rendimento de mercado, as quais são denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e que tenham prazos de vencimento próximos daqueles da respectiva obrigação do plano de pensão.

As dívidas contratadas referem-se aos requisitos de fundamentos mínimos e são consideradas na determinação de um passivo adicional referente a contribuições futuras que não serão recuperáveis.

Os ganhos e perdas atuariais, decorrentes de ajustes com base na experiência e nas mudanças das premissas atuariais, são debitados ou creditados diretamente ao patrimônio líquido em outros resultados abrangentes no período em que ocorrerem. Para o plano de contribuição definida, a Companhia paga contribuições à Fundação Elos em bases compulsórias, contratuais ou voluntárias.

As principais premissas utilizadas para identificar a exposição futura do plano foram:

(i) Taxa de juros de desconto atuarial; (ii) Taxa média de inflação anual; (iii) Taxa de crescimento dos salários; (iv) Probabilidade de aposentadoria; (v) Variáveis demográficas (mortalidade e invalidez).

5.6.2 Plano de benefícios de assistência médica aos aposentados

A Companhia mantém programa de assistência médica aos empregados aposentados por invalidez e seus dependentes, durante os primeiros 5 (cinco) anos, sem que o vínculo empregatício com a Companhia tenha cessado (vide nota nº 33).

Para os empregados que aderiram ao Plano de Incentivo ao Desligamento (PID), a Companhia criou um programa de assistência à saúde nos mesmos moldes do plano mantido aos empregados, incluindo seus dependentes, por um prazo de 5 (cinco) anos para os que optaram pelo desligamento em 2013.

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As principais premissas utilizadas para identificar a exposição futura foram:

(i) Taxa de juros de desconto atuarial; (ii) Taxa média de inflação anual; (iii) Taxa de crescimento dos custos médicos; (iv) Variáveis demográficas (mortalidade e invalidez).

5.7 RISCOS RELACIONADOS A COMPLIANCE DE LEIS E REGULAMENTOS

Em resposta a investigações no âmbito da "Operação Lava Jato" sobre irregularidades envolvendo funcionários, empreiteiros e fornecedores da Eletrobras e de sociedades de propósito específico (SPE) nas quais a Eletrobras detém participações acionárias minoritárias, em 2015, o Conselho de Administração da empresa (CAE) decidiu por iniciar um processo investigativo, em face do risco de tais irregularidades apontadas poderem afetar alguns dos principais investimentos da Eletrobras.

Para conduzir a investigação foi contratado escritório de advocacia norte-americano, Hogan Lovells US LLP, com notória especialização em ações investigativas e instaurada a Comissão Independente de Gestão da Investigação (CIGI), composta de especialistas notórios e independentes, contratados para exercerem a supervisão do processo de investigação.

O procedimento investigatório seguiu os princípios adotados pela Securities and Exchange Commission (SEC) e Department of Justice (DOJ), para procedimentos desta natureza, em vista de que, após 2008, quando a Eletrobras passou a ser listada na Bolsa de Valores de Nova York por meio de ADR’s – American Deposit Receipts, tornou-se sujeita às leis norte-americanas que regulam o mercado de capitais, em especial, a toda a regulamentação fixada pelo U.S. Securities and Exchange Act. Dentre essas leis encontra-se a Foreign Corrupt Practices Act – FCPA que, em síntese, criminaliza os atos de corrupção, tais como o pagamento a funcionários de governos estrangeiros, partidos políticos, candidatos a cargos políticos estrangeiros em troca de vantagens comerciais ou econômicas.

Neste contexto, o escopo da investigação interna independente compreende a avaliação de eventual existência de irregularidades, incluindo violações ao FCPA, à legislação brasileira, ao Código de Ética e políticas de integridade da Eletrobras.

No decorrer de 2015 e 2016, no âmbito da operação Lava Jato, as operações Radioatividade e Pripyat resultaram em mandados de prisão contra ex-executivos da Eletronuclear, bem como contra outras partes. A Eletrobras vem cooperando com as autoridades no compartilhamento de informações levantadas pela investigação independente, participando, inclusive, como assistente de acusação contra os réus nestes processos criminais.

Visando facilitar e garantir o andamento das investigações, a Administração da Eletrobras vem adotando as medidas de governança requeridas e/ou recomendadas pelo Hogan Lovells e pela Comissão Independente.

Desde o início da investigação, a Eletrobras substituiu todo o seu Conselho de Administração, contratou um novo CEO e vem reforçando sua estrutura de compliance. Em meados de 2016, foi criada a Diretoria de Conformidade, responsável pela coordenação do programa de compliance e pelo gerenciamento de riscos na Companhia e nas suas subsidiárias.

No mesmo sentido, a Eletrobras revisou contratos específicos nos quais as investigações identificaram possíveis irregularidades tendo sido os mesmos suspensos, quando encontradas quaisquer irregularidades.

Em relação aos empregados e diretores envolvidos nas situações identificadas pela investigação, a Eletrobras já tomou medidas punitivas, na esfera administrativa, incluindo a suspensão e o desligamento do contrato de trabalho. Atualmente estão sendo estudadas as possibilidades jurídicas de responsabilização de tais funcionários, na esfera cível, já estando a Eletrobras em negociação com a Advocacia Geral da União quanto à propositura de eventuais ações de improbidade.

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Em outubro de 2016, a investigação independente completou a etapa que tinha como objetivo identificar atos ilícitos que pudessem causar eventuais distorções significativas nas demonstrações financeiras consolidadas da Eletrobras. Nesta etapa foram descobertos superfaturamentos relacionados à licitações fraudulentas oriundas da prática de cartel e propinas que teriam sido pagas por certos empreiteiros e fornecedores contratados, desde 2008, por subsidiárias e algumas das SPE não controladas pela Eletrobras.

No entanto, não há informações suficientes que permitam à Eletrobras determinar os períodos específicos em que ocorreram pagamentos em excesso. Assim, a Eletrobras entende que, após ter envidado todos os esforços razoáveis, é impraticável determinar os efeitos por período específico anteriores, relativos aos pagamentos ilegais em suas demonstrações financeiras consolidadas, tendo registrado o ajuste para os pagamentos indevidos e, portanto, incorretamente capitalizados, em setembro 2016.

A Eletrobras não identificou quaisquer contratos após 31 de dezembro de 2015 que possam ter sido afetados pelo esquema de sobrepreço. Sendo assim, em 30 de setembro de 2016, a Eletrobras registrou como baixa de custos capitalizados no ativo imobilizado o total de R$ 211.123 mil representando valores estimados que as subsidiárias da Eletrobras pagaram indevidamente em períodos anteriores, e, adicionalmente foi baixado do ativo imobilizado um valor de R$ 143.957 mil para os quais haviam perdas por impairment registradas anteriormente, ocasionando a reversão parcial de provisão de impairment registrada. Da mesma maneira, a Eletrobras reconheceu uma perda de R$ 91.464 mil no resultado de investimento na Norte Energia S.A., SPE não controlada pela Eletrobras e avaliada pelo método de equivalência patrimonial.

Impactos nas demonstrações financeiras da Eletrosul

No âmbito dos achados da investigação não houve impactos nas Demonstrações Financeiras da Eletrosul, entretanto, para as Demonstrações Consolidadas da Eletrobras, na qual a Eletrosul é parte integrante, houve ajustes conforme acima destacado.

A Eletrobras vem implementando diversas ações de governança e remediação, adotando medidas necessárias para investigar as alegações relativas à Operação Lava Jato, além de avaliar as possibilidades de ressarcimento face aos danos sofridos em razão de condutas ilícitas.

Contudo, ainda que tenha havido a conclusão da etapa da investigação independente com vistas ao reconhecimento contábil de atos ilícitos, os procedimentos adicionais relacionados ao processo investigatório ainda estão em andamento, especialmente para atendimento aos requisitos das comissões de Enforcement da SEC e DOJ.

De acordo com o atual conhecimento da Eletrobras, não se espera que esses procedimentos tragam informações relevantes adicionais que possam gerar impactos significativos nas demonstrações financeiras da Eletrobras.

Entretanto, as investigações da "Operação Lava Jato" ainda não foram concluídas e o Ministério Público Federal poderá levar tempo considerável para concluir todos os seus procedimentos de apuração dos fatos. Dessa forma, novas informações relevantes podem ser reveladas no futuro, o que poderá levar a Eletrobras a reconhecer ajustes adicionais nas suas demonstrações financeiras.

Em janeiro de 2017, o Conselho de Administração da Eletrobras aprovou as tratativas para a contratação de escritório de advocacia americana para a condução da nova etapa do processo de investigação. Na mesma reunião, o Conselho de Administração autorizou a assinatura dos instrumentos jurídicos com as autoridades americanas (“Tooling Agreement e Statute of Limitation The Second Consecutive”), estendendo o prazo prescricional para a ação de investigação. A assinatura desses documentos demonstra a cooperação e a boa-fé da Eletrobras com relação às autoridades estadunidenses, tratando com clareza e transparência todas as questões corporativas envolvidas.

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Para dar continuidade à interlocução junto aos reguladores americanos e brasileiros e ao desenvolvimento dos procedimentos adicionais de investigação, a Eletrobras está realizando um processo licitatório, visando a contratação de escritório de advocacia americana.

Contudo, devido aos procedimentos licitatórios a que a Eletrobras se sujeita como integrante da Administração Pública Indireta, a contratação do escritório de advocacia americana que irá conduzir a nova etapa do processo de investigação ainda não foi concluída.

De forma a garantir a continuidade dos procedimentos de investigação enquanto não se conclui esta contratação, foi constituído um Grupo de Trabalho Transitório de Investigação, formado por integrantes da Diretoria de Conformidade, cuja função precípua é dar andamento a ações decorrentes das atividades exercidas no curso da ação investigativa realizada, sob a supervisão da CIGI.

NOTA 6 – CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA E TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

Política contábil: notas explicativas 4.2.1 e 4.2.2.

Caixa e equivalentes de caixa 2016 2015 2016 2015

Caixa e depósitos bancários à vista 24.169 29.222 31.486 29.245 Aplicações financeiras - - 5.357 4.245 Total 24.169 29.222 36.843 33.490

Controladora Consolidado

Títulos e valores mobiliários 2016 2015 2016 2015

Banco do Brasil - Fundo FAE 9.460 19.964 9.460 19.964 Banco do Brasil - Fundo FAE 2 45.157 15.344 45.157 15.344 CEF - FI Caixa Extramer VI 190 3.958 190 3.958 Banrisul - CDB - - - 2.782

54.807 39.266 54.807 42.048

Controladora Consolidado

No ano de 2016, a rentabilidade bruta média da Eletrosul nas aplicações financeiras atingiu 14,58% ou 99,06% da IRF-M. A exposição da Companhia aos riscos de taxas de juros e uma análise de sensibilidade para ativos e passivos financeiros são divulgadas na nota nº 41. As receitas financeiras dessas aplicações estão registradas no resultado financeiro (vide nota nº 39).

Os recursos aplicados em títulos e valores mobiliários são mantidos com a finalidade de satisfazer compromissos de curto prazo da companhia.

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NOTA 7 – CAUÇÕES E DEPÓSITOS VINCULADOS

Política contábil: nota explicativa 4.2.3.

A seguir, as cauções e depósitos vinculados são apresentados por natureza:

2016 2015 2016 2015Circulante

Caução Bradesco 1 - 1 - Fundo vinculado Banco do Brasil 1.907 48.137 1.907 48.137

Subtotal 1.908 48.137 1.908 48.137

Não circulanteFundo vinculado Banco do Brasil (a) 40.613 107.379 40.613 107.379 Fundo vinculado BICBANCO 336 297 336 297 Fundo vinculado Citibank - - 2.844 2.821 Fundo vinculado - Caixa Econômica Federal (a) - - 20.268 -

Subtotal 40.949 107.676 64.061 110.497

42.857 155.813 65.969 158.634

ConsolidadoControladora

(a) Os valores das rubricas "Fundo vinculado" referem-se à constituição da conta reserva de garantia dos contratos de financiamento, conforme cláusulas contratuais.

O detalhamento das cauções e fundos vinculados é apresentado a seguir:

Instituição financeira Tipo de aplicação Indexador 2016 2015 2016 2015

Banco do Brasil Fundo FAE IRF-M1 42.520 155.516 42.520 155.516 Bradesco CDB CDI 1 - 1 - BICBANCO CDB CDI 336 297 336 297 Banrisul CDB CDI - - 2.844 2.821 Caixa Caixa FIC Sigma CDI - - 20.268 -

42.857 155.813 65.969 158.634

Controladora Consolidado

A exposição da Companhia aos riscos de taxas de juros e análise de sensibilidade para ativos e passivos financeiros são divulgadas na nota nº 41. As receitas financeiras relativas às cauções e aos depósitos vinculados estão registradas no resultado financeiro (vide nota nº 39).

NOTA 8 – CLIENTES

Política contábil: nota explicativa 4.2.4.

A composição do saldo da conta clientes, por natureza e vencimento, é demonstrada a seguir:

8.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA

2015Vincendas Vencidas Total Total

Uso da rede elétrica (a) 81.578 7.760 89.338 83.016 Conexão ao sistema de transmissão (b) 7.375 2.578 9.953 8.849 Energia elétrica de curto prazo (c) 7.683 6.506 14.189 18.602 Suprimento de energia (d) 70.311 1.075 71.386 56.456 (-) Prov. créditos de liquidação duvidosa - (14.129) (14.129) (13.958)

166.947 3.790 170.737 152.965

2016Controladora

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2015Vincendas Vencidas Total Total

Uso da rede elétrica (a) 84.556 8.212 92.768 86.178 Conexão ao sistema de transmissão (b) 7.375 2.578 9.953 8.849 Energia elétrica de curto prazo (c) 7.683 6.506 14.189 18.602 Suprimento de energia (d) 78.220 1.523 79.743 73.984 (-) Prov. créditos de liquidação duvidosa - (14.502) (14.502) (14.180)

177.834 4.317 182.151 173.433

2016Consolidado

(a) créditos a receber decorrentes do uso do sistema de transmissão, pelos usuários conectados à rede básica. (b) Créditos a receber decorrentes do compartilhamento das instalações com empresas que conectam suas redes nas subestações da Eletrosul. (c) Créditos a receber decorrentes da liquidação da venda de energia na CCEE. (d) Créditos a receber decorrentes da venda de energia no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e no Ambiente de Contratação Livre (ACL) provenientes da geração própria.

Os saldos mantidos com partes relacionadas estão detalhados na nota nº 26.

8.2 COMPOSIÇÃO POR VENCIMENTO

2015

VincendasVencidas

até 90 dias

Vencidas há mais de

90 dias Total Total

Clientes 166.947 1.153 16.766 184.866 166.923 (-) Prov. créditos de liquidação duvidosa - - (14.129) (14.129) (13.958)

166.947 1.153 2.637 170.737 152.965

2016Controladora

2015

VincendasVencidas

até 90 dias

Vencidas há mais de

90 diasTotal Total

Clientes 177.834 1.521 17.298 196.653 187.613 (-) Prov. créditos de liquidação duvidosa - - (14.502) (14.502) (14.180)

177.834 1.521 2.796 182.151 173.433

2016Consolidado

As exposições a riscos são divulgadas na nota nº 41.

8.3 MOVIMENTAÇÃO DA PROVISÃO COM CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA

A movimentação da provisão com créditos de liquidação duvidosa está apresentada abaixo:

2016 2015 2016 2015

Saldo inicial 13.958 13.527 14.180 13.710 Provisões 577 581 745 620 Reversões (406) (150) (423) (150) Saldo final 14.129 13.958 14.502 14.180

Controladora Consolidado

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NOTA 9 – ATIVO FINANCEIRO – CONCESSÕES DE SERVIÇO PÚBLICO

Política contábil: nota explicativa 4.2.5 e 5.2.

Os contratos de concessão de transmissão da Companhia e Controladas estão no âmbito da Interpretação Técnica ICPC 01 (R1) e OCPC 05, decorrente da aplicação do modelo de ativo financeiro.

Ativo financeiro 2016 2015 2016 2015CirculanteAtivo financeiro amortizável RAP 49.902 49.439 52.711 52.357 Ativo financeiro amortizável RAP - RBSE 257.294 - 257.294 - Subtotal 307.196 49.439 310.005 52.357

Não circulanteAtivo financeiro amortizável RAP 903.247 962.504 960.136 1.016.007 Ativo financeiro amortizável RAP - RBSE 1.859.165 - 1.859.165 - Ativo financeiro indenizável 365.693 858.922 388.601 881.463 (-) Impairment (CPC 01 (R1)) (80.343) (106.302) (80.343) (106.302) Subtotal 3.047.762 1.715.124 3.127.559 1.791.168

Total 3.354.958 1.764.563 3.437.564 1.843.525

Controladora Consolidado

O saldo do “ativo financeiro amortizável RAP” no ativo não circulante contempla o reconhecimento do valor do ativo financeiro relativo ao sistema existente (RBSE), conforme descrito na nota nº 1.2. A mutação da conta “ativo financeiro” é apresentada como segue:

Transmissão 2016 2015 2016 2015

Saldo inicial em 1º de janeiro 1.764.563 2.069.510 1.843.525 2.152.274 (+) Receita de construção 87.148 181.674 92.163 181.682 (+) Receita financeira 157.718 185.524 177.143 205.247 (+) Receita financeira RBSE 1.596.127 - 1.596.127 - (+) Aquisição de controle da SPE Paraíso - - 3.362 - (+) Transferência do imobilizado - concessão 023/2014 - 24.833 - 24.833 (+) Transferência para investimento - concessão 001/2015 (101.403) (101.403) (-) Alienação ativo financeiro - concessão 010/2009 - (458.058) - (458.058) (-) Amortização, recebimentos, baixas e transferências (175.154) (231.740) (199.312) (255.273) (-) Impairment (CPC 01 (R1))(a)

25.959 (7.180) 25.959 (7.180) Saldo do exercício final 3.354.958 1.764.563 3.437.564 1.843.525

Controladora Consolidado

(a) Impairment (vide nota nº 19)

Indisponibilidade dos bens

De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto nº 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, os bens e as instalações utilizados na transmissão de energia elétrica são vinculados a estes serviços públicos, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do órgão do Poder Concedente. As instalações de transmissão da Companhia estão demonstradas nas notas nº 2.3 e 2.4.

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NOTA 10 – AQUISIÇÃO E ALIENAÇÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS E VENDA DE ATIVOS

10.1 AQUISIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA

Livramento Holding S/A

Em 21 de dezembro de 2015, a Fundação Elos, na condição de acionista da Livramento Holding S/A, formalizou a intenção em exercer o direito de venda de sua participação à Eletrosul, conforme previsto na cláusula 9.1.7 do Acordo Global de Acionistas. A participação acionária corresponde a 6,47% do capital social. O total das ações detidas e integralizadas pela ELOS, foram corrigidas e atualizadas pela Meta Atuarial do plano BD-ELOS/ELETROSUL, desde a data da integralização até a data do pagamento, conforme previsto no Acordo Global de Acionistas. A Eletrosul reconheceu a dívida no Balanço no montante de R$ 23.356 mil, passando a deter 59% de participação acionária na SPE Livramento Holding S/A.

A transferência efetiva das ações nos livros societários aguarda as autorizações legais para ser efetivada, assim como a forma por meio da qual a dívida será quitada. Em atendimento as normas de contabilidade, os efeitos contábeis foram reconhecidos no exercício de 2015. O aumento societário não impactou na avaliação da Companhia sobre o investimento (controle compartilhado).

Em 09 de março de 2017 a Eletrosul notificou extrajudicialmente a Fundação ELOS, requerendo novas bases comutativas, justas e remuneratórias devido à fatos supervenientes e imprevistos ocorridos no empreendimento objeto da opção de venda de participação exercida pela ELOS. A Companhia aguarda manifestação da Fundação ELOS para decidir sobre a conclusão do processo de transferência das respectivas ações detidas pela ELOS na SPE Livramento.

10.2 ALIENAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA E VENDA DE ATIVOS

a) Norte Brasil Transmissora de Energia S/A (NBTE)

Em 27 de novembro de 2014, a Eletrosul celebrou com a Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A contrato de compra e venda de ações relativa à participação acionária da Eletrosul no capital da Norte Brasil Transmissora de Energia S/A. Em julho de 2015, após o atendimento de todas as condições, a Eletrosul concluiu, conforme previsto no contrato de compra e venda de ações, a alienação da totalidade da participação na Norte Brasil Transmissora de Energia S/A (NBTE), correspondente a 310.425.535 ações ordinárias subscritas e integralizadas, 48.152.436 ações ordinárias subscritas e não integralizadas pela Eletrosul, bem como a 47.786.673 ações correspondentes a aumento do capital social, de responsabilidade da Eletrosul em razão de sua participação na sociedade, subscritas e integralizadas pela Eletronorte, representativas de 24,5% do capital social da NBTE.

O valor da alienação contratada e ajustada foi de R$ 150.118 mil, a qual gerou uma perda de R$ 158.065 mil, reconhecida em “outras despesas líquidas”, conforme demonstrado no quadro abaixo:

Valor da operação em 07/2014 150.118

Atualização financeira até a concretização do negócio 14.124 Ativos alienados

- Saldo líquido do investimento - aportes (310.426) - Saldo líquido do investimento - equivalência patrimonial acumulada (11.881)

Perda na alienação da investida (158.065)

b) Construtora Integração Ltda.

Em 27 de novembro de 2014, a Eletrosul celebrou com a Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A contrato de cessão onerosa de quotas de capital do total da participação da Eletrosul na Construtora

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Integração Ltda., correspondente a 245 quotas subscritas e integralizadas pela Eletrosul, equivalentes a 24,5% do capital social. Em julho de 2015, após o atendimento de todas as condições, a Eletrosul concluiu a operação de alienação da totalidade da participação na Construtora Integração Ltda.

O valor da alienação contratada e ajustada foi de R$ 11.587 mil, a qual gerou uma perda de R$ 11.329 mil, reconhecida em “outras despesas” líquidas, conforme demonstrado no quadro abaixo:

Valor da operação em 07/2014 11.587

Atualização financeira até a concretização do negócio 1.109 Ativos alienados

- Saldo líquido do investimento - equivalência patrimonial acumulada (24.025)

Perda na alienação da investida (11.329)

c) Contrato de Concessão de Transmissão nº 010/2009

Em 27 de novembro de 2014, a Eletrosul celebrou com a Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A contrato de compra e venda de ativos vinculados ao contrato de concessão ANEEL nº 010/2009, cujo objeto consiste nas instalações de transmissão do Lote "A" do leilão ANEEL nº 007/2008, SE Coletora Porto Velho 500/230 kV, 2 (duas) Estações Conversoras CA/CC/CA (Back-to-Back) 400 MW, e LT Coletora Porto Velho / Porto Velho, C1 e C2 em 230 kV, ambas localizadas no Estado de Rondônia, bem como a transferência das obrigações contratuais existentes junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) decorrentes do Contrato de Financiamento nº 10.2.2072.1. Em junho de 2015, após o cumprimento de todas as condicionantes, a Eletrosul concluiu a alienação dos ativos. O valor da venda contratado e ajustado foi de R$ 317.843 mil, a qual gerou ganho de capital de R$ 147.797 mil, reconhecido em “outras receitas líquidas”, conforme demonstrado no quadro abaixo:

Valor da operação em 07/2014 317.843

Atualização financeira até a concretização do negócio 31.200 Ativos e passivos alienados

- Saldo líquido do ativo financeiro vinculado com a concessão (458.058) - Saldo líquido do ágio pago para o aumento na participação da concessão (1.274) - Saldo de financiamento vinculado com a concessão 258.086

Ganho na alienação da concessão 147.797

d) Mutação dos recebimentos da alienação

A mutação dos recebimentos da alienação da participação societária nas empresas investidas Norte Brasil Transmissora de Energia S/A e Construtora Integração Ltda., bem como dos ativos da concessão nº 010/2009, está apresentada abaixo:

Construtora Integração

Norte BrasilConcessão

10/2009Total

Saldo a receber em 31.12.2015 8.237 107.437 216.530 332.204 Atualização financeira 859 9.434 9.302 19.595 Desconto por antecipação - (1.252) (24.685) (25.937) Recebimento do principal (3.476) (44.285) (182.250) (230.011) Recebimento da atualização financeira (922) (9.421) (18.897) (29.240) Saldo a receber em 31.12.2016 4.698 61.913 - 66.611

Circulante 4.698 61.913 - 66.611

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NOTA 11 – CRÉDITOS DE ENERGIA RENEGOCIADOS – LEI Nº 8.727/93

Movimentação no exercício: 2016 2015

Saldo inicial do exercício 652.592 543.813 Recebimentos (25.334) (23.062) Atualização monetária 48.165 59.733 Juros 86.883 72.108 Saldo final do exercício 762.306 652.592

Circulante 25.814 24.277 Não circulante 736.492 628.315

Controladora e Consolidado

Os créditos renegociados referem-se a créditos junto à União, atualizados pelo IGP-M e acrescidos de juros de 12,68% a.a., decorrentes da assunção dos haveres que a Companhia possuía nas concessionárias estaduais de energia elétrica. Sob a égide da Lei nº 8.727/93 a União assumiu, refinanciou e reescalonou a dívida em 240 parcelas, vencíveis a partir de abril de 1994. Vencido o prazo de 20 anos e remanescendo saldo a pagar, uma vez que a União repassa somente os recursos recebidos dos estados que, por sua vez, está limitado por lei em níveis de comprometimento de receitas, o parcelamento será estendido por mais 120 meses. Os tributos incidentes sobre a receita decorrente da atualização desses créditos estão sendo diferidos (vide nota nº 15).

A partir de abril de 2014 ocorreu redução significativa nos montantes recebidos do Tesouro, em função da renegociação das dívidas dos estados com a União. Em razão disso, a Administração da Companhia está mantendo tratativas visando o equacionamento dos créditos. A melhor estimativa para a Administração é que não haverá perdas.

NOTA 12 – DIVIDENDOS A RECEBER

Os valores apresentados abaixo se referem às estimativas dos dividendos mínimos obrigatórios a serem destinados pelas investidas e estão baseados no lucro líquido constante nos Demonstrativos de Resultados das investidas em 31 de dezembro de 2016.

2016 2015Sociedades de Propósito Específico (SPE)

Costa Oeste 49,00% 1.682 1.713 Etau 27,42% 5.616 257 Marumbi 20,00% 961 775 Uirapuru 75,00% 2.507 2.288

10.766 5.033

% de participação

Controladora

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NOTA 13 – TRIBUTOS A RECUPERAR

A composição dos tributos recuperáveis é apresentada como segue:

2016 2015 2016 2015

ICMS 6.518 6.306 6.518 6.306 PIS 81 1.104 744 1.120 Cofins 375 5.088 3.339 5.166 Contribuição Social 2.096 9.525 2.555 9.585 Imposto de Renda 11.784 30.677 13.446 31.656 Outros créditos 851 1.463 898 1.463

21.705 54.163 27.500 55.296

Circulante 17.538 49.594 23.333 50.727 Não circulante 4.167 4.569 4.167 4.569

Controladora Consolidado

Os saldos de ICMS, PIS e COFINS referem-se a créditos tomados na compra de ativo imobilizado e na formação do ativo financeiro da transmissão.

A Contribuição Social e o Imposto de Renda, em 31 de dezembro de 2016, referem-se ao saldo pago a maior, apurado por estimativa, superior ao montante devido apurado no ano de 2016. Tais valores serão compensados com os pagamentos a serem realizados durante o exercício de 2017.

NOTA 14 – OUTROS ATIVOS

A Composição dos demais ativos é apresentada a seguir:

2016 2015 2016 2015Partes relacionadas

Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. 2.410 6.217 2.410 6.217 Centrais Elétricas Brasileiras S.A. 1.891 15.556 1.891 15.556

Depósitos vinculados a litígios 80.858 69.504 80.858 69.504 Dispêndios a reembolsar 33.005 21.734 33.005 21.734 Repactuação do risco hidrológico 24.587 26.594 24.587 26.594 Créditos por serviços prestados a terceiros 26.580 19.316 26.580 19.316 Concessão 001/2015 101.403 - 101.403 - Créditos diversos 20.588 55.826 17.666 53.576

291.322 214.747 288.400 212.497

Circulante 64.934 101.997 67.899 104.674 Não circulante 226.388 112.750 220.501 107.823

Controladora Consolidado

A rubrica “Concessão 001/2015” inclui o montante dos investimentos realizados para a implantação do empreendimento do Lote A – Leilão ANEEL 004/2014, estando a Companhia na fase de escolha de parceiros para a execução do projeto.

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NOTA 15 – TRIBUTOS DIFERIDOS

Política contábil: nota explicativa 4.2.6.

Os valores do Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL são provenientes de diferenças temporárias dedutíveis e tributáveis e do reconhecimento do saldo de impostos diferidos sobre prejuízos fiscais e base negativa. Os valores estão demonstrados como segue:

2016 2015 2016 2015Ativo não circulantePrejuízo fiscal e base negativa de CSLL

Imposto de Renda 78.464 49.425 96.290 55.123 Contribuição Social 27.711 17.525 34.129 19.577

106.175 66.950 130.419 74.700 Diferenças temporárias

Provisões cíveis e fiscais 15.609 15.886 15.609 15.886 Provisões trabalhistas 32.690 21.626 32.690 21.626 Benefício pós-emprego - atuarial 57.788 33.421 57.788 33.421 Provisão para crédito de liquidação duvidosa 7.443 7.306 7.443 7.306 Amortização ágio s/ investimento 10.840 10.004 10.840 10.004 Valor recuperável de ativos (impairment ) 140.697 150.144 295.447 225.062 Provisão para perdas em investimentos 55.315 41.875 55.315 41.875 Contribuição benefício geração atual - 360 - 360 Plano de incentivo ao desligamento 1.940 2.183 1.940 2.183 Tributos sobre a receita financeira 7.649 2.522 7.649 2.522 Tributos sobre a provisão Eletrobras RBNI 5.952 - 5.952 - Outras diferenças temporárias 24.569 19.098 28.905 22.684

360.492 304.425 519.578 382.929 466.667 371.375 649.997 457.629

Passivo não circulanteReceita de atualização de créditos de energia renegociados (i) 259.183 221.871 259.183 221.871 Amortização ágio s/ investimento 38.472 33.922 38.472 33.922 Depreciação acelerada usinas 113.793 81.255 113.793 81.255 Atualização de depósito judicial 6.897 5.843 6.897 5.843 Ajuste valor presente de tributos e UBP 899 1.823 899 1.823 Tributos sobre a receita financeira RBSE 542.683 - 542.683 - Outras diferenças temporárias 1.179 654 1.179 654

963.106 345.368 963.106 345.368

Tributos diferidos líquidos (496.439) 26.007 (313.109) 112.261

Ativo não circulante líquido - 26.007 183.330 112.261 Passivo não circulante líquido 496.439 - 496.439 -

Controladora Consolidado

(i) O diferimento dos tributos incidentes sobre a receita de atualização dos créditos de energia renegociados – Lei nº 8.727/93 foi iniciado em janeiro de 1999. Até dezembro de 1998, todos os tributos incidentes sobre tais receitas (juros e variação monetária) foram recolhidos pelo regime de competência. Todavia, os valores recolhidos até aquela data já ultrapassavam aos valores efetivamente recebidos da União com o pagamento da dívida à Eletrosul, por conta da Lei nº 8.727/93. Destarte, de forma a preservar o patrimônio da Companhia, a Administração optou por diferir os tributos, a partir de janeiro de 1999, para recolhimento com base nos valores efetivamente recebidos.

Até dezembro de 2004, foram compensados os valores recolhidos até a competência dezembro de 1998. A partir de janeiro de 2005, passou-se a tributar e recolher sobre os valores efetivamente recebidos. Essa situação é decorrente do fato de que a União paga as parcelas mensais de sua dívida de acordo com o que recebe dos Estados, que, por sua vez, estão limitados por lei em níveis de comprometimento de suas receitas.

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O ativo diferido referente o prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social apurado no exercício de 2016 estão fundamentados em estudo técnico sob a perspectiva de probabilidade de recuperação, por meio da compensação com resultados fiscais tributáveis futuros. Os créditos relativos às diferenças temporárias não possuem prazo prescricional. A expectativa de compensações dos ativos e passivos fiscais diferidos é a seguinte:

AnoAtivo fiscal

diferidoPassivo fiscal

diferido2018 106.737 55.995 2019 85.353 91.749 2020 30.137 80.697 2021 17.943 80.697 2022 15.110 80.697

Após 2022 394.717 573.271

Total 649.997 963.106

Consolidado

NOTA 16 – INVESTIMENTOS

Política contábil: nota explicativa 4.2.7.

A Eletrosul participa de projetos de infraestrutura do setor elétrico em sociedades controladas e em empresas controladas em conjunto, cujos montantes investidos são apresentados nos quadros abaixo. Por restrição das normas de contabilidade, tais investimentos são classificados em rubricas distintas, conforme determinam os CPC 18 (R2) - Investimentos e CPC 39 - Instrumentos Financeiros.

16.1 INVESTIMENTOS (CONTROLADORA)

Sociedades de Propósito Específicos (SPE´s) Segmento % Part.

Demais Acionistas %

Área de atuação

Início da construção

Início da operação

Término da concessão

Empresas ConsolidadasChuí IX Geração 99,99% Renobrax 0,01% RS 2014 2015 2049Hermenegildo I Geração 99,99% Renobrax 0,01% RS 2014 2015 2049Hermenegildo II Geração 99,99% Renobrax 0,01% RS 2014 2015 2049Hermenegildo III Geração 99,99% Renobrax 0,01% RS 2014 2015 2049

Paraíso1 Transmissão 100,00% - - MS 2015 2017 2045Uirapuru Transmissão 75,00% ELOS 25,00% PR 2004 2006 2035

Empresas não ConsolidadasChuí Geração 49,00% FIP Energia 51,00% RS 2012 2015 2047Costa Oeste Transmissão 49,00% Copel 51,00% PR 2012 2014 2042

SUEZ 40,00%CHESF 20,00%Mizha 20,00%Transmissora Aliança

52,58%

CEEE 10,00%DME Energética 10,00%

Fronteira Oeste Transmissão 51,00% CEEE 49,00% SC/RS 2014 2015 2044

Livramento2 Geração 59,00% FIP Energia 41,00% RS 2012 2013 2047Marumbi Transmissão 20,00% Copel 80,00% PR 2012 2015 2042

Santa Vitória do Palmar Geração 49,00%Brave Winds Geradora

51,00% RS 2012 2015 2047

Neoenergia 50,56%Furnas 24,72%

TSBE Transmissão 80,00% Copel 20,00% PR/SC/RS 2012 2014 2042TSLE Transmissão 51,00% CEEE 49,00% RS 2012 2014 2042

2013 2043ESBR Participações RO20,00%Geração 2009

2005 2032

MT/PATeles Pires Participações 24,72% 2011 2015 2046Geração

Etau SC/RSTransmissão 27,42% 2003

(1) Em 27 de junho de 2016, a Celeo e a Copel exerceram o seu direito de retirada da sociedade transferindo a totalidade das ações para a Eletrosul. Em 27 de setembro de 2016 a ANEEL, por meio da Resolução Autorizativa nº 6.045, anuiu a transferência do controle societário direto da Paraíso para a Eletrosul (75,5% das ações). A implantação do empreendimento, decorrente do leilão ANEEL 004/2014, aguarda a seleção de parceiros interessados por meio de chamada pública. (2) Em operação comercial 25,2 MW correspondendo ao parque Ibirapuitã. A suspensão da operação dos demais parques está em discussão judicial, em virtude de sinistro ocorrido em 12/2014.

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16.2 COMPOSIÇÃO DOS INVESTIMENTOS E APORTES DE RECURSOS

2016 2015

Participações societárias (nota 16.4) 2.757.776 2.187.907 Ações resgatáveis (nota 16.5) 93.710 93.710 Adiant. para futuro aumento de capital (nota 16.6) 1.090.683 1.317.575

3.942.169 3.599.192

Controladora

16.3 INVESTIMENTOS NAS EMPRESAS CONTROLADAS E CONTROLADAS EM CONJUNTO

Participação societária permanente 2016 2015

Controladas 253.068 57.636 Controladas em conjunto 2.499.533 2.125.117 Outros 5.175 5.154

Total 2.757.776 2.187.907

Controladora

16.4 MOVIMENTAÇÃO DOS INVESTIMENTOS (CONTROLADORA)

Sociedades de Propósito Específicos (SPE´s)

Saldos em 31.12.2015

Adições/ baixas

Resultado participação

societária

Reversão provisão perdas investimentos

Amortização ágio

Destin./ ajuste de dividendos

Reclas. passivo a descoberto de

investidas

Liquidação de investimentos

societários

Saldos em 31.12.2016 (3)

Em operaçãoControladasChuí IX - 49.887 (14.865) - - - (15.705) - 19.317

Coxilha Seca (1) 205 2.900 (124) - - - - (2.981) - Hermenegildo I - 173.202 (59.950) - - - (39.480) - 73.772 Hermenegildo II - 173.227 (60.705) - - - (46.782) - 65.740 Hermenegildo III - 147.583 (59.242) - - - (52.444) - 35.897 Uirapuru 57.431 - 11.225 - (721) (9.593) - - 58.342 Controladas em conjuntoChuí - - (27.951) - - - 27.951 - - Costa Oeste 30.058 - 8.377 - - (2.662) - - 35.773 ESBR Participações 1.396.063 - 262.148 7.750 - - - - 1.665.961 Etau 24.109 - 6.450 - - (5.561) - - 24.998 Livramento (2) - - (24.237) - - - 24.237 - - Marumbi 18.418 - 4.608 - - (186) - - 22.840 Santa Vitória do Palmar (2) 50.223 - 36.996 - - - - - 87.219 Teles Pires Participações 189.163 127.483 (32.090) (47.282) - - - - 237.274 TSBE 270.252 - 7.222 - - - - - 277.474 TSLE 134.740 - 5.540 - - - - - 140.280

Em fase pré-operacionalControladasParaíso - 8 (922) - - - 914 - - Controladas em conjuntoFronteira Oeste 12.091 - (4.377) - - - - - 7.714 Outros investimentosOutros 5.154 21 - - - - - - 5.175

Total 2.187.907 674.311 58.103 (39.532) (721) (18.002) (101.309) (2.981) 2.757.776 (1) A SPE foi extinta em 2016. (2) O montante aplicado relativo a ações resgatáveis está demonstrado na nota 16.5. (3) O montante aplicado referente ao adiantamento para futuro aumento de capital (AFAC) está demonstrado na nota nº 16.6.

As principais variações no resultado de equivalência patrimonial dos investimentos em participações societárias, em 2016, estão a seguir demonstradas:

Chuí Holding S/A: o resultado negativo de equivalência, R$ 27.951 mil, decorre, basicamente, dos encargos de empréstimos e financiamentos, da contabilização de perda estimada com a recuperação de ativos (impairment) e provisão para ressarcimento por geração reduzida.

ESBR Participações S/A: o resultado positivo de equivalência, no valor de R$ 262.148 mil, decorre, basicamente, da reversão da provisão das causas relacionadas com os excludentes de responsabilidade, com os encargos de uso do sistema de transmissão – EUST e com os registros de provisão para impairment. A reversão de R$ 7.750 mil em perdas para investimento decorre da contabilização de despesas com impairment pela companhia.

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Livramento Holding S/A: o resultado negativo de equivalência de R$ 24.237 mil decorre, basicamente, dos encargos de empréstimos e financiamentos e da contabilização de perda estimada com a recuperação de ativos (impairment).

Santa Vitória do Palmar Holding S/A: o resultado positivo de equivalência de R$ 36.996 mil decorre, basicamente, da reversão da perda estimada com a recuperação de ativos (impairment). A companhia registrou ainda provisão para ressarcimento por geração reduzida.

Teles Pires Participações S/A: o resultado negativo de equivalência, no valor de R$ 32.090 mil, decorre, basicamente, dos encargos de empréstimos e financiamentos. Em 31 de dezembro de 2016, foi constituída provisão complementar para perdas no investimento decorrentes de testes de impairment no montante de R$ 47.282 mil, totalizando o montante de R$ 162.694 mil.

Chuí IX S/A, Eólicas Hermenegildo I, II e III S/A: o resultado negativo de equivalência de R$ 194.762 mil decorre, basicamente, dos encargos de empréstimos e financiamentos, da contabilização de perda estimada com a recuperação de ativos (impairment) e provisão para ressarcimento por geração reduzida.

De modo geral, os impactos registrados com despesas de impairment nos balanços das empresas investidas, poderão ser revertidos, total ou parcialmente, caso as condições econômicas apresentem melhoras e a produção de energia ocorra conforme a garantia física.

Sociedades de Propósito Específicos (SPE´s)

Saldos em 31.12.2014

AdiçõesResultado

participação societária

(-) Provisão para perdas em

investimentos

Destin./ ajuste de

dividendos

Amortização ágio

Reclas. passivo a descoberto de

investidas

Alienação de investimentos

societários

Saldos em 31.12.2015 (2)

Em operaçãoSubsidiárias e controladasChuí IX - - (15.652) - - - 15.652 - - Coxilha Seca 87 - 118 - - - - - 205 Hermenegildo I - - (39.105) - - - 39.105 - - Hermenegildo II - - (46.635) - - - 46.635 - - Hermenegildo III - - (52.331) - - - 52.331 - - Uirapuru 57.679 - 9.691 - (9.218) (721) - - 57.431 Controladas em conjuntoChuí 37.495 - (114.602) - - - 77.107 - - Costa Oeste 21.510 4.012 6.249 - (1.713) - - - 30.058 ESBR Participações 1.453.682 90.000 (139.869) (7.750) - - - - 1.396.063 Etau 23.235 - 4.947 - (4.073) - - - 24.109 Integração 22.517 - 1.508 - - - - (24.025) -

Livramento (1) - 13.196 (96.478) - - - 83.282 - - Marumbi 9.043 6.703 2.894 - (222) - - - 18.418 Norte Brasil 421.052 - 4.218 - - - - (425.270) - Santa Vitória do Palmar (1) 157.627 - (108.567) - 1.163 - - - 50.223 Teles Pires Participações 249.504 97.146 (42.075) (115.412) - - - - 189.163 TSBE 275.960 16.000 (24.368) - 2.660 - - - 270.252 TSLE 139.719 - (4.979) - - - - - 134.740 Em fase pré-operacionalControladas em conjunto - Fronteira Oeste 11.824 - 267 - - - - - 12.091 Paraíso - 2 (70) - - - 68 - -

Outros investimentos 3.277 1.877 - - - - - - 5.154

Total 2.884.211 228.936 (654.839) (123.162) (11.403) (721) 314.180 (449.295) 2.187.907 (1)

O montante aplicado relativo a ações resgatáveis está demonstrado na nota nº 16.5. (2) O montante aplicado referente ao adiantamento para futuro aumento de capital (AFAC) está demonstrado na nota nº 16.6.

As principais variações no resultado de equivalência patrimonial dos investimentos em participações societárias, em 2015, estão a seguir demonstradas:

Livramento Holding S/A: o resultado negativo de equivalência, R$ 96.478 mil, decorre, basicamente, da baixa contábil dos parques eólicos Cerro Chato IV, Cerro Chato V, Cerro Chato VI e Cerro das Trindades, após a ANEEL, por meio do despacho nº 3.373 de outubro/2015, suspender, temporariamente, a operação comercial desses empreendimentos, em razão de sinistro ocorrido em dezembro de 2014.

Santa Vitória do Palmar Holding S/A: o resultado negativo de equivalência, R$ 108.567 mil, decorre, basicamente, das multas reconhecidas junto ao fornecedor Gamesa, da geração de energia abaixo do previsto nos contratos de CCEAR, dos encargos de empréstimos e financiamentos e da contabilização de perda estimada com a recuperação de ativos (impairment).

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Chuí Holding S/A: o resultado negativo de equivalência, R$ 114.602 mil, decorre, basicamente, da compra de lastro de energia (em virtude de atrasos na entrada em operação comercial nas datas programadas), dos encargos de empréstimos e financiamentos e da contabilização de perda estimada com a recuperação de ativos (impairment).

Teles Pires Participações S/A: o resultado negativo de equivalência, R$ 42.075 mil, decorre, basicamente, da compra de energia para atendimento dos contratos firmados no ACR e do EUST (Encargos de uso do sistema) contratados e não utilizados, ambos em virtude de atrasos no término das linhas de transmissão necessárias para o escoamento da geração da UHE Teles Pires, além dos encargos de empréstimos e financiamentos incorridos no período.

Em 31 de dezembro de 2015 foi constituída provisão para perdas no investimento decorrentes de testes de impairment no montante de R$ 115.412 mil.

ESBR Participações S/A: o resultado negativo de equivalência, R$ 139.869 mil, decorre, basicamente, da constituição de:

a) provisão relativa aos excludentes de responsabilidade, que consiste em não aplicar sanções à Companhia pelo atraso na geração de energia;

b) provisão de EUST (Encargos de uso do sistema) contratados e não utilizados em virtude de atrasos no término das linhas de transmissão necessárias para o escoamento da geração da UHE Jirau; e,

c) de provisão tributária – ICMS devido a não renovação do Convênio nº 55/93 pelo Estado de Rondônia, em que era prevista a isenção da cobrança do ICMS de bens novos, sem similaridade no Estado, importados ou adquiridos de outros Estados (aplicando o disposto no art. 74, Decreto nº 8.321/1998).

Em 31 de dezembro de 2015 foi constituída provisão para perdas no investimento decorrentes de testes de impairment no montante de R$ 7.750 mil.

Transmissora Sul Brasileira de Energia S/A: o resultado negativo de equivalência, R$ 24.368 mil, decorre, basicamente, da contabilização de perda estimada com a recuperação de ativos (impairment).

Chuí IX S/A, Eólicas Hermenegildo I, II e III S/A: o resultado negativo de equivalência, R$ 153.723 mil, decorre, basicamente, da contabilização de perda estimada com a recuperação de ativos (impairment).

De modo geral, os impactos registrados com despesas de impairment nos balanços das empresas investidas, poderão ser revertidos, total ou parcialmente, caso as condições econômicas apresentem melhoras e a produção de energia ocorra conforme a garantia física.

16.5 AÇÕES PREFERENCIAIS RESGATÁVEIS

A Eletrosul aportou recursos na SPE Livramento Holding S/A, a partir de agosto de 2013, no montante de R$ 64.310 mil, os quais foram convertidos em 64.310.000 ações resgatáveis. Também aportou recursos na SPE Santa Vitória do Palmar Holding S/A em novembro de 2013, no montante de R$ 29.400 mil, os quais foram convertidos em 29.400.000 ações resgatáveis.

A mutação da conta é apresentada como segue:

Sociedades de Propósito Específicos (SPE´s)

Saldos em 31.12.2015

AdiçõesReclassificação

de ações resgatáveis

Incorporação das ações resgatáveis ao

capital social

Devolução das ações

resgatáveis

Saldos em 31.12.2016

Livramento 64.310 - - - - 64.310 Santa Vitória do Palmar 29.400 - - - - 29.400

Total 93.710 - - - - 93.710

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Sociedades de Propósito Específicos (SPE´s)

Saldos em 31.12.2014

AdiçõesReclassificação

de ações resgatáveis

Incorporação das ações resgatáveis ao

capital social

Devolução das ações

resgatáveis

Saldos em 31.12.2015

Livramento 61.910 2.400 - - - 64.310 Santa Vitória do Palmar 29.400 - - - - 29.400

Total 91.310 2.400 - - - 93.710

16.6 ADIANTAMENTOS PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL (AFAC)

A mutação da conta é apresentada como segue:

Sociedades de Propósito Específicos (SPE´s)

Saldos em 31.12.2015

Emissão de AFAC's

Transformação em ações

DevoluçõesSaldos em 31.12.2016

Em operaçãoControladasChuí IX 45.072 6.921 (49.887) - 2.106 Coxilha Seca (1) 2.900 - (2.900) - - Hermenegildo I 169.640 14.514 (173.202) - 10.952 Hermenegildo II 172.609 8.450 (173.227) - 7.832 Hermenegildo III 145.887 4.065 (147.583) - 2.369 Controladas em conjuntoChuí 431.913 - - - 431.913 ESBR Participações 36.200 231.400 - - 267.600 Livramento 173.860 46.513 - (346) 220.027 Marumbi - 880 - - 880 Santa Vitória do Palmar 36.492 1.454 - - 37.946 TSLE 84.847 2.547 - - 87.394 Em fase pré-operacionalControladaParaíso 4.000 1.520 - - 5.520 Controlada em conjuntoFronteira Oeste 14.155 1.989 - - 16.144

Total 1.317.575 320.253 (546.799) (346) 1.090.683 (1) A SPE foi extinta em 2016.

Sociedades de Propósito Específicos (SPE´s)

Saldos em 31.12.2014

Emissão de AFAC's

Transformação em ações

DevoluçõesSaldos em 31.12.2015

Em operaçãoControladasChuí IX 20.510 29.762 - (5.200) 45.072 Coxilha Seca 2.900 - - - 2.900 Hermenegildo I 41.161 128.479 - - 169.640 Hermenegildo II 3.203 169.406 - - 172.609 Hermenegildo III 34.887 111.000 - - 145.887 Controladas em conjunto - Chuí 330.500 101.413 - - 431.913 Costa Oeste 1.146 2.867 (4.013) - - ESBR Participações - 36.200 - - 36.200 Livramento 73.500 101.360 - (1.000) 173.860 Marumbi 6.702 - (6.702) - - Santa Vitória do Palmar 18.000 18.492 - - 36.492 TSBE 16.000 - (16.000) - - TSLE 54.499 30.348 - - 84.847 Em fase pré-operacional - Controladas em conjunto - - Fronteira Oeste 3.641 10.514 - - 14.155 Paraíso - 4.000 4.000

Total 606.649 743.841 (26.715) (6.200) 1.317.575

75

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16.7 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS RESUMIDAS DAS EMPRESAS CONTROLADAS E CONTROLADAS EM CONJUNTO

A Companhia utilizou as demonstrações de 31 de dezembro de 2016 para calcular o resultado de participação nas subsidiárias e controladas.

Sociedades de Propósito Específicos (SPE´s)

OutrosImobilizado, Intangível e

Investimentos

ControladasChuí IX 2.424 16.972 56.280 75.676 13.551 42.807 19.318 75.676 Hermenegildo I 9.466 59.415 201.521 270.402 44.338 152.285 73.779 270.402 Hermenegildo II 9.636 62.996 191.695 264.327 49.440 149.140 65.747 264.327 Hermenegildo III 5.613 64.206 152.418 222.237 63.644 122.692 35.901 222.237 Paraíso 106 8.784 - 8.890 4.353 5.520 (983) 8.890 Uirapuru 12.183 73.866 - 86.049 12.010 13.803 60.236 86.049

Controladas em conjuntoChuí 43.656 15.780 552.147 611.583 52.654 773.333 (214.404) 611.583 Costa Oeste 9.892 102.620 89 112.601 8.003 31.593 73.005 112.601 ESBR Participações 635.183 886.818 22.175.679 23.697.680 1.246.899 14.120.972 8.329.809 23.697.680Etau 50.117 124.334 - 174.451 41.675 41.595 91.181 174.451 Fronteira Oeste 4.668 71.708 - 76.376 29.596 31.655 15.125 76.376 Livramento 7.441 2.248 153.635 163.324 82.097 428.631 (347.404) 163.324 Marumbi 12.614 173.234 41 185.889 17.760 53.931 114.198 185.889 Santa Vitória do Palmar 24.733 31.878 1.071.713 1.128.324 71.194 879.132 177.998 1.128.324 Teles Pires Participações 171.012 422.669 5.145.968 5.739.649 553.491 3.568.165 1.617.993 5.739.649 TSBE 51.964 644.361 57 696.382 33.949 315.590 346.843 696.382 TSLE 58.982 915.427 2.389 976.798 91.864 609.876 275.058 976.798

Ativo

Circulante

Não circulante

CirculanteNão

CirculanteTotal

Balanços Patrimoniais – 2016

Patrimônio Líquido

Total

Passivo

Sociedades de Propósito Específicos (SPE´s)

OutrosImobilizado, Intangível e

Investimentos

ControladasChuí IX 5.702 8.424 71.992 86.118 56.749 45.077 (15.708) 86.118 Coxilha Seca 1.333 44 1.807 3.184 74 2.900 210 3.184 Hermenegildo I 7.160 22.538 291.853 321.551 191.378 169.657 (39.484) 321.551 Hermenegildo II 6.171 25.669 284.804 316.644 190.804 172.626 (46.786) 316.644 Hermenegildo III 3.915 29.581 235.421 268.917 175.466 145.900 (52.449) 268.917 Uirapuru 11.846 78.618 - 90.464 11.665 19.845 58.954 90.464

Controladas em conjuntoChuí 65.150 12.747 609.778 687.675 57.429 787.607 (157.361) 687.675 Costa Oeste 11.089 95.354 42 106.485 8.998 33.503 63.984 106.485 ESBR Participações 908.570 1.655.056 21.685.558 24.249.184 1.422.013 15.808.108 7.019.063 24.249.184Etau 35.553 111.123 - 146.676 15.737 41.080 89.859 146.676 Fronteira Oeste 1.967 72.721 - 74.688 24.813 2 49.873 74.688 Livramento 49.761 2.718 196.430 248.909 292.133 263.100 (306.324) 248.909 Marumbi 9.487 154.795 41 164.323 16.738 52.692 94.893 164.323 Paraíso 500 3.245 - 3.745 75 4.000 (330) 3.745 Santa Vitória do Palmar 31.227 22.957 1.004.762 1.058.946 182.126 774.325 102.495 1.058.946 Teles Pires Participações 164.226 223.485 5.110.567 5.498.278 511.722 3.547.308 1.439.248 5.498.278 TSBE 57.023 649.184 43 706.250 46.853 321.582 337.815 706.250 TSLE 58.233 903.446 2.161 963.840 91.522 608.121 264.197 963.840

Ativo PassivoBalanços Patrimoniais – 2015

TotalCirculante

Não circulante

Total CirculanteNão

CirculantePatrimônio

Líquido

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Companhia Fechada

Sociedades de Propósito Específicos (SPE´s)

Receita Operacional

Líquida

Despesa Operacional

Resultado do Serviço

Resultado Financeiro

Resultado Operacional

IR e CSLLResultado do Período

ControladasChuí IX 7.222 (21.123) (13.901) (7.644) (21.545) 6.679 (14.866) Hermenegildo I 27.969 (100.111) (72.142) (18.224) (90.366) 30.409 (59.957) Hermenegildo II 27.266 (101.444) (74.178) (17.384) (91.562) 30.851 (60.711) Hermenegildo III 21.258 (91.611) (70.353) (16.252) (86.605) 29.170 (57.435) Paraíso 5.422 (5.697) (275) (378) (653) - (653) Uirapuru 21.463 (6.176) 15.287 (41) 15.246 (1.172) 14.074

Controladas em conjuntoChuí 56.486 (76.980) (20.494) (33.270) (53.764) (3.279) (57.043) Costa Oeste 20.433 (3.340) 17.093 (1.213) 15.880 (1.426) 14.454 ESBR Participações 2.386.172 708.060 3.094.232 (1.061.191) 2.033.041 (722.295) 1.310.746 Etau 53.247 (25.795) 27.452 (1.146) 26.306 (4.699) 21.607 Fronteira Oeste 19.387 (23.745) (4.358) (4.162) (8.520) 426 (8.094) Livramento 9.738 (38.266) (28.528) (12.534) (41.062) (18) (41.080) Marumbi 37.559 (11.906) 25.653 (3.596) 22.057 (1.822) 20.235 Santa Vitória do Palmar 101.857 41.918 143.775 (64.133) 79.642 (4.139) 75.503 Teles Pires Participações 713.680 (638.787) 74.894 (285.171) (210.277) 87.812 (122.465) TSBE 56.552 (12.041) 44.511 (32.674) 11.837 (2.809) 9.028 TSLE 103.330 (8.670) 94.660 (65.758) 28.902 (18.041) 10.861

Demonstrações de Resultados – 2016

Sociedades de Propósito Específicos (SPE´s)

Receita Operacional

Líquida

Despesa Operacional

Resultado do Serviço

Resultado Financeiro

Resultado Operacional

IR e CSLLResultado do Período

ControladasChuí IX 4.540 (24.829) (20.289) (3.670) (23.959) 8.229 (15.730) Coxilha Seca - (57) (57) 197 140 (46) 94 Hermenegildo I 5.977 (59.097) (53.120) (8.313) (61.433) 21.851 (39.582) Hermenegildo II 4.645 (68.321) (63.676) (8.347) (72.023) 25.259 (46.764) Hermenegildo III 966 (77.217) (76.251) (5.672) (81.923) 29.214 (52.709) Uirapuru 22.172 (4.552) 17.620 (3.703) 13.917 (1.072) 12.845

Controladas em conjuntoChuí 73.031 (280.961) (207.930) (22.833) (230.763) (2.348) (233.111) Costa Oeste 20.674 (2.895) 17.779 (1.911) 15.867 (1.148) 14.719 ESBR Participações 2.412.946 (2.788.111) (375.165) (672.570) (1.047.735) 348.386 (699.349) Etau 36.672 (7.832) 28.840 (3.142) 25.698 (5.432) 20.266 Fronteira Oeste 57.254 (55.160) 2.094 (2.174) (80) 27 (53) Livramento 10.322 (120.670) (110.348) (17.565) (127.913) (1.754) (129.667) Marumbi 47.693 (26.663) 21.030 (2.633) 18.397 (2.077) 16.320 Santa Vitória do Palmar 94.618 (232.521) (137.903) (86.348) (224.251) (3.499) (227.750) Teles Pires Participações 395.738 (476.611) (80.873) (159.768) (240.641) 61.310 (179.331) TSBE 73.863 (71.297) 2.566 (31.088) (28.522) (3.442) (31.964) TSLE 150.922 (108.901) 42.021 (61.542) (19.521) 495 (19.026)

Demonstrações de Resultados – 2015

16.8 COMPROMISSOS ADVINDOS DOS ACORDOS DE ACIONISTAS

a) Uirapuru Transmissora de Energia S/A

O acordo de acionistas da Uirapuru Transmissora de Energia S/A, firmado em 11 de agosto de 2011, prevê na “cláusula 7 - Do Direito de Preferência na Alienação das Ações de Emissão da Companhia e das Garantias Oferecidas à ELOS” que a “Eletrosul garante à ELOS o direito de, a partir do término do 10º (décimo) ano de assinatura do presente acordo, retirar-se da Companhia mediante o ressarcimento do investimento realizado na Companhia com aporte de recursos próprios, devidamente atualizados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE) e acrescidos de um valor, a ser determinado na

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Companhia Fechada

data de manifestação da saída, que garanta à ELOS uma taxa de rentabilidade real do acionista (TIR Real do Acionista) de 9,0% (nove por cento) ao ano no período”.

b) Livramento Holding S/A

O Acordo Global de Aditamento, firmado em 30 de junho de 2014, conforme itens 2.3, ii e 2.3.3, estabelece que a Eletrosul “(..) (ii) adquirirá, por opção da ELOS, a totalidade das ações atualmente detidas pela ELOS mediante ajuste em instrumento próprio. (...) 2.3.3. O disposto no Item 2.3 (ii) acima será realizado pelo valor efetivamente aportado pela ELOS e rentabilizado, desde a data do aporte até o efetivo pagamento, pela Eletrosul de acordo com a Meta Atuarial do Plano BD Eletrosul da Fundação ELOS”. Em 21 de dezembro de 2015, a Fundação Elos exerceu o direito conforme previsto no Acordo Global de Aditamento (vide nota nº 16.1).

NOTA 17 – IMOBILIZADO

Política contábil: nota explicativa 4.2.8.

17.1 COMPOSIÇÃO

2016 2015 2016 2015Transmissão

Imobilizações em serviço 58.874 50.651 58.874 50.651 (-) Depreciação acumulada (1.958) (357) (1.958) (357) Imobilizações em curso (138) 7.840 (138) 7.840

Total transmissão 56.778 58.134 56.778 58.134 Geração

Imobilizações em serviço 2.971.508 2.692.137 4.033.175 2.783.803 (-) Depreciação acumulada (440.979) (325.217) (490.700) (326.304) Imobilizações em curso 51.878 315.351 57.163 1.289.870

(-) Impairment (CPC 01 (R1)) (319.414) (335.285) (774.559) (555.630) Total geração 2.262.993 2.346.986 2.825.079 3.191.739 Administração

Imobilizações em serviço 83.772 72.184 83.942 72.347 (-) Depreciação acumulada (48.553) (38.464) (48.596) (38.488) Imobilizações em curso 15.536 15.820 15.536 15.820

Total administração 50.755 49.540 50.882 49.679

Total imobilizado líquido 2.370.526 2.454.660 2.932.739 3.299.552

Controladora Consolidado

Imobilizado em curso na geração – a transferência para imobilizado em serviço aguarda a conclusão da unitização dos ativos, conforme previsto na resolução nº 367/2009 da ANEEL.

Garantia de financiamento – 45 (quarenta e cinco) aerogeradores dos parques eólicos Cerro Chato I, II e III, respectivamente, estão em garantia ao financiamento concedido pelo Banco do Brasil através das cédulas de crédito industrial nº 4000508-9, 4000509-7 e 4000510-0.

17.2 ENCARGOS FINANCEIROS CAPITALIZADOS

Os encargos financeiros vinculados aos financiamentos são reconhecidos no ativo imobilizado durante o período de construção dos empreendimentos de energia elétrica.

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Companhia Fechada

Os encargos capitalizados no ativo imobilizado estão demonstrados conforme segue:

2016 2015 2016 2015

Total dos encargos financeiros 450.168 528.527 501.529 590.709 (-) Transferência para o imobilizado - 526 - 39.196 Efeito líquido no resultado 450.168 528.001 501.529 551.513

Controladora Consolidado

17.3 TAXAS DE DEPRECIAÇÃO

Geração 2016 2015Reservatórios, barragens e adutoras 3,65% 3,65%Edificações, obras civis e benfeitorias 3,79% 3,79%Máquinas e equipamentos 4,12% 4,05%Móveis e utensílios 6,25% 6,25%Terrenos 3,52% 3,52%

AdministraçãoEdificações, obras civis e benfeitorias 3,33% 3,21%Máquinas e equipamentos 4,61% 4,26%Veículos 14,29% 14,29%Móveis e utensílios 6,25% 6,25%

Consolidado

A Companhia adota, para os cálculos de depreciação do ativo imobilizado da geração, a regra “concessão/autorização ou vida útil, dos dois, o menor”, sendo que a vida útil se aproxima das taxas definidas pela ANEEL. Diante disto, a Companhia adota as taxas de depreciação da ANEEL como parâmetro.

17.4 MOVIMENTAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO

31.12.2015 31.12.2016Vlr líquido Adições Baixas Transferências Vlr líquido

GeraçãoEm serviço 2.692.137 - (641) 280.012 2.971.508 Depreciação acumulada (325.217) (115.156) 41 (647) (440.979) Em curso 315.351 44.856 (29.088) (279.241) 51.878

Total 2.682.271 (70.300) (29.688) 124 2.582.407

TransmissãoEm serviço 50.651 - - 8.223 58.874 Depreciação acumulada (357) (1.601) - - (1.958) Em curso 7.840 411 (166) (8.223) (138)

Total 58.134 (1.190) (166) - 56.778

AdministraçãoEm serviço 72.184 98 (83) 11.573 83.772 Depreciação acumulada (38.464) (4.420) 54 (5.723) (48.553) Em curso 15.820 1.947 (26) (2.205) 15.536

Total 49.540 (2.375) (55) 3.645 50.755

(-) Impairment (CPC 01 (R1)) (335.285) (47.348) 49.171 14.048 (319.414)

TOTAL 2.454.660 (121.213) 19.262 17.817 2.370.526

Controladora

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Companhia Fechada

31.12.2015 31.12.2016Vlr líquido Adições Baixas Transferências Vlr líquido

GeraçãoEm serviço 2.783.803 - (6.786) 1.256.158 4.033.175 Depreciação acumulada (326.304) (163.790) 41 (647) (490.700) Em curso 1.289.870 53.619 (30.939) (1.255.387) 57.163

Total 3.747.369 (110.171) (37.684) 124 3.599.638

TransmissãoEm serviço 50.651 - - 8.223 58.874 Depreciação acumulada (357) (1.601) - - (1.958) Em curso 7.840 411 (166) (8.223) (138)

Total 58.134 (1.190) (166) - 56.778

AdministraçãoEm serviço 72.347 106 (84) 11.573 83.942 Depreciação acumulada (38.488) (4.439) 54 (5.723) (48.596) Em curso 15.820 1.947 (26) (2.205) 15.536

Total 49.679 (2.386) (56) 3.645 50.882

(-) Impairment (CPC 01 (R1)) (555.630) (282.148) 49.171 14.048 (774.559)

TOTAL 3.299.552 (395.895) 11.265 17.817 2.932.739

Consolidado

31.12.2014 31.12.2015Vlr líquido Adições Baixas Transferências Vlr líquido

GeraçãoEm serviço 2.691.897 - - 240 2.692.137 Depreciação acumulada (214.719) (103.684) - (6.814) (325.217) Em curso 83.327 265.153 (24.033) (9.096) 315.351

Total 2.560.505 161.469 (24.033) (15.670) 2.682.271

TransmissãoEm serviço 97.710 - - (47.059) 50.651 Depreciação acumulada (70.407) (357) - 70.407 (357) Em curso 57.096 4.252 (39) (53.469) 7.840

Total 84.399 3.895 (39) (30.121) 58.134

AdministraçãoEm serviço 55.164 - (15) 17.035 72.184 Depreciação acumulada (30.018) (5.139) 10 (3.317) (38.464) Em curso 17.067 7.138 (6.619) (1.766) 15.820

Total 42.213 1.999 (6.624) 11.952 49.540

(-) Impairment (CPC 01 (R1)) (273.888) (99.301) 34.861 3.043 (335.285)

TOTAL 2.413.229 68.062 4.165 (30.796) 2.454.660

Controladora

80

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Companhia Fechada

31.12.2014 31.12.2015Vlr líquido Adições Baixas Transferências Vlr líquido

GeraçãoEm serviço 2.691.897 - - 91.906 2.783.803 Depreciação acumulada (214.719) (104.771) - (6.814) (326.304) Em curso 286.289 1.128.376 (24.033) (100.762) 1.289.870

Total 2.763.467 1.023.605 (24.033) (15.670) 3.747.369

TransmissãoEm serviço 97.710 - - (47.059) 50.651 Depreciação acumulada (70.407) (357) - 70.407 (357) Em curso 57.096 4.252 (39) (53.469) 7.840

Total 84.399 3.895 (39) (30.121) 58.134

AdministraçãoEm serviço 55.323 12 (23) 17.035 72.347 Depreciação acumulada (30.024) (5.157) 10 (3.317) (38.488) Em curso 17.067 7.138 (6.619) (1.766) 15.820

Total 42.366 1.993 (6.632) 11.952 49.679

(-) Impairment (CPC 01 (R1)) (273.888) (319.646) 34.861 3.043 (555.630)

TOTAL 2.616.344 709.847 4.157 (30.796) 3.299.552

Consolidado

17.5 INDISPONIBILIDADE DE BENS

De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto nº 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, os bens e as instalações utilizados na produção de energia elétrica, são vinculados a estes serviços públicos, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do órgão do Poder Concedente. As instalações de geração da Companhia estão demonstradas nas notas nº 2.1 e nº 2.2.

A Resolução normativa da ANEEL, nº 691/2015, disciplina a desvinculação, por iniciativa de agente setorial, de bens vinculados aos serviços de geração, transmissão e distribuição de energia. A norma estabelece a obrigatoriedade de anuência prévia da ANEEL, para a desvinculação de bens vinculados aos serviços de energia elétrica, dispensando nos casos que o agente setorial constituir dossiê de desvinculação. A norma determina ainda, que os recursos da alienação mediante contrato de compra e venda, já deduzidos os encargos incidentes sobre a receita de venda, sejam depositados em conta bancária vinculada, para que sejam reaplicados na concessão.

17.6 REVERSÃO DE BENS VINCULADOS À CONCESSÃO

Ao término dos contratos de concessão, todos os bens e instalações vinculados às usinas passarão a integrar o patrimônio da União. Os investimentos adicionais ao projeto básico autorizado, realizados para garantir a continuidade e a atualidade do serviço concedido, terão a parcela não amortizada ou depreciada indenizada ao término da concessão.

17.7 BENS E DIREITOS DA UNIÃO

A Eletrosul mantém, em registros auxiliares, o montante de R$ 5.199 mil a título de Bens da União sob Administração (BUSA), relativo à parte da subestação - SE Alegrete, Linha de Transmissão de 138 kV Jupiá/ Mimoso I, Linha de Transmissão de 138 kV Mimoso/Campo Grande I, Linha de Transmissão de 230 kV Assis/Londrina, Linha de Transmissão de 230 kV Londrina/Apucarana e um terreno situado no município de Capivari de Baixo.

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Companhia Fechada

NOTA 18 – INTANGÍVEL

Política contábil: nota explicativa 4.2.9.

2016 2015 2016 2015Intangível em serviço

Softwares 4.258 4.258 4.281 4.278 Servidões 6.605 6.344 6.605 6.344 Uso de bens públicos 25.636 25.636 25.636 25.636 Intangível - direito de concessões 242.886 242.886 259.958 259.958 Outros 199 199 41.378 4.224

279.584 279.323 337.858 300.440 (-) Amortização acumulada

Softwares 20,00% (4.258) (4.239) (4.258) (4.239) Uso de bens públicos 3,65% (3.591) (2.655) (3.591) (2.655) Intangível - direito de concessões (99.703) (91.505) (103.610) (94.691) Outros - - (1.500) -

(107.552) (98.399) (112.959) (101.585) Intangível em curso

Softwares 9.081 7.015 9.081 7.015 Servidões 55 312 55 312 Outros 11.612 11.610 11.612 48.490

20.748 18.937 20.748 55.817

(-) Impairment (CPC 01 (R1)) (47.903) (33.855) (47.903) (33.855)

Total Intangível 144.877 166.006 197.744 220.817

Controladora Consolidado

A movimentação do intangível está demonstrada abaixo:

31.12.2015 31.12.2016Vlr líquido Adições Baixas Transferências Vlr líquido

Intangível em serviçoSoftwares 4.258 - - - 4.258 Servidões 6.344 - - 261 6.605 Uso de bens públicos 25.636 - - - 25.636 Intangível - direito de concessões 242.886 - - - 242.886 Outros 199 - - - 199

279.323 - - 261 279.584 (-) Amortização acumulada

Softwares (4.239) (19) - - (4.258) Uso de bens públicos (2.655) (936) - - (3.591) Intangível - direito de concessões (91.505) (8.198) - - (99.703) Outros - - - - -

(98.399) (9.153) - - (107.552) Intangível em curso

Softwares 7.015 2.066 - - 9.081 Servidões 312 141 - (398) 55 Outros 11.610 - - 2 11.612

18.937 2.207 - (396) 20.748 (-) Impairment (CPC 01 (R1)) (33.855) - - (14.048) (47.903)

Total Intangível 166.006 (6.946) - (14.183) 144.877

Controladora

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31.12.2015 31.12.2016Vlr líquido Adições Baixas Transferências Vlr líquido

Intangível em serviçoSoftwares 4.278 3 - - 4.281 Servidões 6.344 - - 261 6.605 Uso de bens públicos 25.636 - - - 25.636 Intangível - direito de concessões 259.958 - - - 259.958 Outros 4.224 274 - 36.880 41.378

300.440 277 - 37.141 337.858 (-) Amortização acumulada

Softwares (4.239) (19) - - (4.258) Uso de bens públicos (2.655) (936) - - (3.591) Intangível - direito de concessões (94.691) (8.919) - - (103.610) Outros - (1.500) - - (1.500)

(101.585) (11.374) - - (112.959) Intangível em curso

Softwares 7.015 2.066 - - 9.081 Servidões 312 141 - (398) 55 Outros 48.490 - - (36.878) 11.612

55.817 2.207 - (37.276) 20.748 (-) Impairment (CPC 01 (R1)) (33.855) - - (14.048) (47.903)

Total Intangível 220.817 (8.890) - (14.183) 197.744

Consolidado

31.12.2014 31.12.2015Vlr líquido Adições Baixas Transferências Vlr líquido

Intangível em serviçoSoftwares 4.308 - - (50) 4.258 Servidões - - - 6.344 6.344 Uso de bens públicos 25.636 - - - 25.636 Intangível - direito de concessões 244.313 - (1.427) - 242.886 Outros - - - 199 199

274.257 - (1.427) 6.493 279.323 (-) Amortização acumulada -

Softwares (4.092) (46) - (101) (4.239) Uso de bens públicos (1.720) (935) - - (2.655) Intangível - direito de concessões (83.433) (8.225) 153 - (91.505)

(89.245) (9.206) 153 (101) (98.399) Intangível em curso

Softwares 5.808 1.215 (8) - 7.015 Servidões - 120 - 192 312 Outros - - - 11.610 11.610

5.808 1.335 (8) 11.802 18.937 (-) Impairment (CPC 01 (R1)) (33.855) - - - (33.855)

Total Intangível 156.965 (7.871) (1.282) 18.194 166.006

Controladora

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31.12.2014 31.12.2015Vlr líquido Adições Baixas Transferências Vlr líquido

Intangível em serviçoSoftwares 4.311 17 - (50) 4.278 Servidões - - - 6.344 6.344 Uso de bens públicos 25.636 - - - 25.636 Intangível - direito de concessões 261.385 - (1.427) - 259.958 Outros - - - 4.224 4.224

291.332 17 (1.427) 10.518 300.440 (-) Amortização acumulada

Softwares (4.092) (46) - (101) (4.239) Uso de bens públicos (1.720) (935) - - (2.655) Intangível - direito de concessões (85.898) (8.946) 153 - (94.691)

(91.710) (9.927) 153 (101) (101.585) Intangível em curso

Softwares 5.808 1.215 (8) - 7.015 Servidões - 120 - 192 312 Outros - 40.905 - 7.585 48.490

5.808 42.240 (8) 7.777 55.817 (-) Impairment (CPC 01 (R1)) (33.855) - - - (33.855)

Total Intangível 171.575 32.330 (1.282) 18.194 220.817

Consolidado

Os direitos de concessão das controladas foram definidos com base no valor presente de projeções de fluxo de caixa futuros estimados, obtidos através de avaliações econômico-financeiras, e decorreram da aquisição da concessão outorgada pela ANEEL para o uso do sistema de transmissão de energia elétrica.

O valor registrado dos direitos de concessão refere-se à aquisição da participação acionária na SC Energia em 11 de fevereiro de 2009, na Artemis em 11 de agosto de 2011 e na Uirapuru em 11 de agosto de 2011. Os direitos de concessão têm vida útil definida e estão sendo amortizados de acordo com o período de concessão.

De acordo com a Orientação Técnica “OCPC 05”, os valores relativos ao uso de bem público decorrentes de contratos de concessões onerosas com a União estão demonstrados ao custo amortizado e atualizados conforme dispõem os contratos. Assim, a Companhia contabilizou os registros de uso de bem público, os quais foram descontados ao custo médio ponderado de capital. Os valores estão divulgados na nota nº 29.

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NOTA 19 – IMPAIRMENT

Política contábil: nota explicativa 4.2.10 e 5.1.

A Companhia identificou evidências de impairment em alguns investimentos, ativos financeiros, imobilizado e intangível. Os ajustes por impairment e reversões por unidade geradora de caixa estão apresentados abaixo:

2016 2015 2016 2015Geração - imobilizado/intangívelUGC PCH João Borges 8.743 9.145 52.781 44.038 UGC PCH Rio Chapéu 4.827 7.854 42.106 37.279 UGC PCH Coxilha Rica - - 9.991 9.991 UGC PCH Santo Cristo 20.076 - 20.076 - UGC UHE Passo São João 13.045 (33.179) 131.177 118.132 UGC UHE São Domingos 473 1.160 45.176 44.703 UGC Eólica Cerro Chato1

- (1.682) - - UGC Eólica Coxilha Seca (28.993) 51.202 22.209 51.202 UGC Eólica Galpões (8.933) 13.017 4.084 13.017 UGC Eólica Capão do Inglês (11.245) 16.923 5.678 16.923 UGC Solar São Domingos 184 - 184 -

(1.823) 64.440 333.462 335.285 Transmissão - ativo financeiroUGC LT Presidente Méd. - Santa Cruz (6.728) (2.370) 20.611 27.339 UGC SE Missões (2.874) 162 - 2.874 UGC LT Campos Novos - Nova Santa Rita (13.975) 8.733 16.847 30.822 UGC SE Caxias/Ijuí/ N. Petrópolis /Lajeado (4.706) (335) 27.553 32.259 UGC LT Monte Claro - Garibaldi (1.536) 231 7.670 9.206 UGC SE Ivinhema 5.250 - 5.250 - UGC Conversora Uruguaiana (1.390) 759 2.412 3.802

(25.959) 7.180 80.343 106.302 IntangívelUGC LT Salto Santiago - Ivaiporã - Cascavel - - 33.855 33.855

- - 33.855 33.855

ControladasGeração - imobilizado/intangívelChuí IX 14.397 22.631 37.028 22.631 Hermenegildo I 73.468 56.301 129.769 56.301 Hermenegildo II 77.214 65.815 143.029 65.815 Hermenegildo III 69.721 75.598 145.319 75.598

234.800 220.345 455.145 220.345

Total 207.018 291.965 902.805 695.787

Saldos da Provisão no Balanço Patrimonial

Efeitos no Resultado

Consolidado

(1)

A UGC Cerro Chato compreende os parques eólicos Cerro Chato I, II e III.

Os impactos das despesas de impairment, registradas no exercício de 2016, com o ativo imobilizado decorrem basicamente do ressarcimento por geração reduzida nos parques eólicos em relação a garantia física.

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A diminuição da taxa de desconto decorre especialmente do atual quadro de redução de inflação e juros. Por se tratar de provisão contábil, eventualmente podem ser revertidas total ou parcialmente, caso as condições econômicas apresentem melhoras e a produção de energia for conforme a garantia física.

PRINCIPAIS PREMISSAS ADOTADAS

2016 2015 Taxa de desconto pós-imposto - Geração 6,26% a 6,33% 7,50% Taxa de desconto pós-imposto - Transmissão 6,02% 7,00% Preço da energia gerada Valor atualizado dos preços dos contratos vigentes

no ambiente regulado e/ou livre. PIS e Cofins 9,25% sobre a receita bruta. Pesquisa e desenvolvimento 1% da ROL. CFURH (Royalties) Montantes determinados em resoluções da ANEEL. EUSD/EUST Montantes determinados em resoluções da ANEEL. Taxa de fiscalização da ANEEL 0,4% da receita bruta. RGR 3% da receita bruta para concessões de transmissão

licitadas até 11 de setembro de 2012 (Lei 12.783/2013), deduzida a taxa de fiscalização.

Uso do Bem Público (UBP) Valores estabelecidos nos contratos de concessão. Depreciação Durante o prazo de concessão e/ou autorizações. Pessoal, materiais, serviços e outros Orçamento financeiro apurado por Unidade Geradora

de Caixa (UGC). Não foi considerado o efeito futuro de redução de quadro de pessoal.

Prazos do fluxo de caixa Prazos das concessões e/ou autorizações.

NOTA 20 – FORNECEDORES

Política contábil: nota explicativa 4.2.11.

A composição de saldo de fornecedores é apresentada como segue:

Fornecedores 2016 2015 2016 2015

Materiais e serviços 43.429 63.289 96.363 181.782 Encargos de uso da rede elétrica 1.904 1.233 2.571 1.233

Partes relacionadas (nota 26.2) 299 315 299 315 Outros 1.605 918 2.272 918

Fornecimento de energia elétrica 31.195 23.982 28.554 23.982 Partes relacionadas (nota 26.2) 27.533 23.242 24.892 23.242 Câmara de Com. de Energia Elétrica 3.662 740 3.662 740

76.528 88.504 127.488 206.997

Controladora Consolidado

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NOTA 21 – FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS

Política contábil: nota explicativa 4.2.12.

A Companhia utiliza recursos de financiamentos e empréstimos para financiar a implantação de investimentos corporativos e inversões financeiras em empreendimentos em sociedades controladas e empreendimentos controlados em conjunto.

Em 18 de janeiro de 2016, as controladas efetuaram captação de financiamentos de longo prazo destinados à quitação da primeira e segunda emissões de debêntures e do empréstimo de curto prazo junto ao BNDES, conforme abaixo:

Data EmpresaInstituição Financeira

Taxa de juros Vencimento Valor

BNDES TJLP + 2,02% 15/06/2032 31.561 BRDE TJLP + 3,4% 15/06/2032 13.758 BNDES TJLP + 2,02% 15/06/2032 112.036 BRDE TJLP + 3,4% 15/06/2032 47.764 BNDES TJLP + 2,02% 15/06/2032 109.590

BRDE TJLP + 3,4% 15/06/2032 47.775 BNDES TJLP + 2,02% 15/06/2032 93.367 BRDE TJLP + 3,4% 15/06/2032 40.703

496.554

18/01/2016 Hermenegildo III

Chuí IX18/01/2016

18/01/2016 Hermenegildo I

18/01/2016 Hermenegildo II

21.1 COMPOSIÇÃO

Não Circulante

Não Circulante

Encargos Principal Principal Total Encargos Principal Principal TotalMoeda estrangeira

Partes relacionadasEletrobras - 4.352 199.345 203.697 - 4.352 199.345 203.697

- 4.352 199.345 203.697 - 4.352 199.345 203.697 Moeda nacional

Partes relacionadasEletrobras 63.855 149.108 1.879.391 2.092.354 63.855 149.108 1.879.391 2.092.354

Instituições financeirasBRDE 50 4.843 6.818 11.711 8.815 20.580 146.936 176.331 BNDES 2.318 93.577 578.730 674.625 19.497 115.289 882.310 1.017.096 Banco do Brasil 2.985 73.682 374.195 450.862 2.985 73.682 374.195 450.862 Caixa 12.844 200.000 - 212.844 12.844 200.000 - 212.844

82.052 521.210 2.839.134 3.442.396 107.996 558.659 3.282.832 3.949.487 82.052 525.562 3.038.479 3.646.093 107.996 563.011 3.482.177 4.153.184

Controladora Consolidado2016 2016

Circulante Circulante

87

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Companhia Fechada

Não Circulante

Não Circulante

Encargos Principal Principal Total Encargos Principal Principal TotalMoeda estrangeira

Partes relacionadasEletrobras - - 251.801 251.801 - - 251.801 251.801

- - 251.801 251.801 - - 251.801 251.801 Moeda nacional

Partes relacionadasEletrobras 34.046 148.804 1.706.086 1.888.936 34.046 148.804 1.706.086 1.888.936

Instituições financeirasBRDE 73 17.174 - 17.247 266 23.671 15.161 39.098 BNDES 2.618 141.722 613.045 757.385 8.159 285.659 613.045 906.863 Banco do Brasil 3.823 84.668 435.362 523.853 3.823 84.668 435.362 523.853 Caixa 13.130 - 200.000 213.130 13.130 - 200.000 213.130

53.690 392.368 2.954.493 3.400.551 59.424 542.802 2.969.654 3.571.88053.690 392.368 3.206.294 3.652.352 59.424 542.802 3.221.455 3.823.681

Controladora Consolidado2015 2015

Circulante Circulante

21.2 MOVIMENTAÇÃO E SALDO DOS FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS

Não Circulante

Não Circulante

Encargos Principal Total Principal Encargos Principal Total Principal

Saldos em 31.12.2014 12.714 271.480 284.194 3.104.379 - - - 191.173 Ingressos - - - 250.901 - - - - Alienação concessão nº 010/2009 (2.551) (19.479) (22.030) (236.057) - - - - Refinanciamentos (98.376) 612 (97.764) 97.764 - - - - Provisão de encargos 339.660 - 339.660 375 6.772 - 6.772 - Variação monetária e cambial 181 3.243 3.424 103.146 - - - 60.628 Transferências - 366.015 366.015 (366.015) - - - - Amortizações/pagamentos (197.938) (229.503) (427.441) - (6.772) - (6.772) -

Saldos em 2015 53.690 392.368 446.058 2.954.493 - - - 251.801 Ingressos - - - 4.287 - - - - Refinanciamentos (206.448) 504 (205.944) 205.944 - - - - Provisão de encargos 390.229 - 390.229 496 6.222 - 6.222 - Variação monetária e cambial (74) 3.665 3.591 52.860 - - - (48.104) Transferências - 378.946 378.946 (378.946) - 4.352 4.352 (4.352) Amortizações/pagamentos (155.345) (254.273) (409.618) - (6.222) - (6.222) -

Saldos em 31.12.2016 82.052 521.210 603.262 2.839.134 - 4.352 4.352 199.345

ControladoraMoeda nacional Moeda estrangeira

Circulante Circulante

Não Circulante

Não Circulante

Encargos Principal Total Principal Encargos Principal Total Principal

Saldos em 31.12.2014 12.864 277.480 290.344 3.123.891 - - - 191.173 Ingressos - 143.937 143.937 250.901 - - - - Alienação concessão nº 010/2009 (2.551) (19.479) (22.030) (236.057) - - - - Refinanciamentos (98.376) 612 (97.764) 97.764 - - - - Provisão de encargos 347.712 - 347.712 375 6.772 - 6.772 - Variação monetária e cambial 181 3.860 4.041 104.920 - - - 60.628 Transferências (16) 372.156 372.140 (372.140) - - - - Amortizações/pagamentos (200.390) (235.764) (436.154) - (6.772) - (6.772) -

Saldos em 2015 59.424 542.802 602.226 2.969.654 - - - 251.801 Ingressos - - - 498.371 - - - - Custo de captação - - - (12.454) - - - - Refinanciamentos (206.448) 504 (205.944) 205.944 - - - - Provisão de encargos 440.612 - 440.612 496 6.222 - 6.222 - Variação monetária e cambial (94) 3.511 3.417 52.449 - - - (48.104) Transferências (1.627) 433.255 431.628 (431.628) - 4.352 4.352 (4.352) Amortizações/pagamentos (183.871) (421.413) (605.284) - (6.222) - (6.222) -

Saldos em 31.12.2016 107.996 558.659 666.655 3.282.832 - 4.352 4.352 199.345

Circulante Circulante

Moeda nacional Moeda estrangeiraConsolidado

88

Eletrosul Centrais Elétricas S/A CNPJ/MF nº 00.073.957/0001-68 – NIRE 423.0000271-2

Companhia Fechada

21.3 VENCIMENTOS DE LONGO PRAZO

A amortização das parcelas de financiamento e empréstimos de longo prazo se apresenta da seguinte forma:

2015

AnoEletrobras

Eletrobras/ KfW

Demais Financiadores

Total Total

2017 - - - - 590.121 2018 250.965 9.818 167.404 428.187 391.027 2019 245.584 10.933 145.023 401.540 375.128 2020 235.252 10.933 125.473 371.658 353.155 2021 235.252 10.933 98.042 344.227 326.142 2022 233.883 12.095 90.330 336.308 340.352 Após 2022 678.455 144.633 333.471 1.156.559 830.369

Total 1.879.391 199.345 959.743 3.038.479 3.206.294

Controladora2016

2015

AnoEletrobras

Eletrobras/ KfW

Demais Financiadores

Total Total

2017 - - - -

597.161 2018 250.965 9.818 167.404 428.187 397.525 2019 245.584 10.933 178.439 434.956 376.751 2020 235.252 10.933 154.217 400.402 353.155 2021 235.252 10.933 125.228 371.413 326.142 2022 233.883 12.095 117.516 363.494 340.352 Após 2022 678.455 144.633 660.637 1.483.725 830.369

Total 1.879.391 199.345 1.403.441 3.482.177 3.221.455

2016Consolidado

21.4 COMPOSIÇÃO DO SALDO DA DÍVIDA POR INDICADOR

2016 2015 2016 2015

IPCA 1.084.216 956.560 1.084.216 956.560 TJLP 809.066 895.405 1.312.482 911.013 SELIC 24.125 66.910 24.125 216.388 Euro 203.697 251.801 203.697 251.801 Cesta de moedas - - 3.675 6.243 Taxa CDI 1.346.211 1.239.764 1.346.211 1.239.764 Outros 178.778 241.912 178.778 241.912

Total 3.646.093 3.652.352 4.153.184 3.823.681

Principal 3.564.041 3.598.662 4.045.188 3.764.257 Encargos 82.052 53.690 107.996 59.424

Total 3.646.093 3.652.352 4.153.184 3.823.681

Controladora Consolidado

89

Eletrosul Centrais Elétricas S/A CNPJ/MF nº 00.073.957/0001-68 – NIRE 423.0000271-2

Companhia Fechada

21.5 CONDIÇÕES CONTRATUAIS DOS FINANCIAMENTOS DA CONTROLADORA

Saldos em31.12.2016 2.296.051

12/01/2006 Reforço energético ilha - continente 7,0% a.a. 30/08/2019 a 44.594 14/03/2011 Reluz Novo Hamburgo RS 6,5% a.a. 28/02/2018 c 1.748 01/07/2009 Complexo São Bernardo PCHs Conversão da Moeda (Euro) + 2,2% a.a. 30/12/2038 a 45.709

24/05/2013 Complexo São Bernardo PCHs37% = conversão moeda (Euro)+4,70% a.a.30% = conversão moeda (Euro)+2,20% a.a. 33% = conversão moeda (Euro)+2,24% a.a.

30/12/2042 a 157.988

01/11/2009Repactuação de dívidas (ECF 2626, ECF 2692 e ECF 2727)

7% a.a. + IPCA 30/01/2033 b 735.173

04/03/2010 Programa de obras de transmissão 7% a.a. + IPCA 30/07/2024 a 109.229

01/04/2013

Reinversões de dividendos a Eletrobras relativos ao exercício de 2011; quitação do serviço da dívida do mês 12/2012; liberação de recursos para aplicação junto às SPE's.

0,5% a.a. + SELIC 18/12/2017 b 6.669

01/04/2013 Garantias na ação judicial da Eletronet SELIC 30/07/2022 b 17.456 17/08/2011 Aquisição da Artemis e Uirapuru 7% a.a. + IPCA 30/12/2026 d 239.814

22/09/2014(i) Quitação empréstimo Eletrobras; (ii) Quitação de dividendos 2013 à Holding (iii) Cobertura do programa de investimentos.

119,5% do CDI 30/07/2023 a 937.671

450.862

06/12/2013Aplicação/aportes junto a SPE's e empreendimentos corporativos

115% do CDI 15/11/2023 g 195.696

16/04/2009 Implantação da UHE Mauá TJLP + 2,13 a.a. 15/01/2028 i 138.534

01/03/2011Nota de crédito comercial - subestação Biguaçu ampliação D

5,5% a.a. 15/03/2021 j 3.430

01/03/2011Nota de crédito comercial - subestação Biguaçu ampliação F

5,5% a.a. 15/03/2021 j 1.147

26/05/2006Implantação linha 525 kV Campos Novos - Blumenau

80% = TJLP + 4,5% a.a.20% = Cesta Moedas + 4,5% a.a.

15/05/2019 h 11.741

25/06/2010 Construção dos aerogeradores 4,5% a.a. 15/07/2020 k 100.314 11.711

26/05/2006Implantação linha 525 kV Campos Novos - Blumenau

80% = TJLP + 4,5% a.a.20% = Cesta Moedas + 4,5% a.a.

15/05/2019 h 11.711

674.625

05/08/2005LT 525 KV interligando Salto Santiago e Cascavel Oeste

80% = TJLP + 4,0% a.a.20% = Cesta Moedas + 4,0% a.a.

15/10/2018 o 27.545

24/05/2006Implantação linha 525 kV Campos Novos – Blumenau

80% = TJLP + 4,0% a.a.20% = Cesta Moedas + 4,0% a.a.

15/05/2019 h 23.551

23/12/2008 Construção Subestação Biguaçu - 525 Kv TJLP + 2,12% a.a. 15/03/2021 h 24.590 04/03/2008 Implantação da UHE Passo São João TJLP + 1,91% a.a. 15/07/2026 l 127.838 20/06/2012 Implantação da UHE Passo São João TJLP + 1,91% a.a. 15/07/2026 l 10.565 16/04/2009 Implantação da UHE Mauá TJLP + 1,81 a.a. 15/01/2028 i 138.514 10/03/2011 Implantação da UHE São Domingos TJLP + 1,72 a.a. 15/06/2028 m 173.333

07/05/2008Implantação de linha de transmissão 525 kV, Campos Novos (SC) - Nova Santa Rita (RS)

TJLP + 3,00% 15/06/2021 p 54.213

04/04/2012SE Caxias 6, SE Ijuí 2, SE Nova Petrópolis 2 e SE Lajeado Grande

61% = TJLP + 2,12% a.a.39% = TJLP + 1,72% a.a.

15/03/2027 q 31.328

30/04/2012 SE Foz de Chapecó63% = TJLP + 2,12% a.a.37% = TJLP + 1,72% a.a.

15/08/2027 r 7.670

26/04/2013 LT 230kV Monte Claro/Garibaldi92% = TJLP + 2,42% a.a.8% = TJLP + 2,02% a.a.

15/08/2027 s 7.941

31/08/2015 Ampliação Sistema Sul de Transmissão51% = TJLP + 1,70% a.a.49% = TJLP + 1,50% a.a.

17/09/2029 n 27.153

31/08/2015 Interligação Brasil Uruguai32% = TJLP + 1,70% a.a.68% = TJLP + 1,50% a.a.

17/09/2029 n 20.384

212.844

04/08/2015Empreendimento Eólico Livramento - Entorno II (Coxilha Seca, Galpões e Capão do Inglês) - CT 1404150001.

120% do CDI 07/08/2017 e 212.844

Total 3.646.093

CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A

BANCO DO BRASIL S.A.

BANCO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO EXTREMO SUL - BRDE

Data da assinatura

Objetivo JurosVencimento do contrato

Garantias

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES

Garantias dos financiamentos e empréstimos da controladora - Os financiamentos e empréstimos da Companhia estão garantidos conforme abaixo:

(a) Receita própria, suportada por procuração outorgada por instrumento público para recebimento direto dos valores vencidos e não pagos.

(b) Contrato sem cláusula de garantia; (c) Seguro Garantia em favor da Eletrobras correspondente a 125% do valor máximo do saldo

devedor previsto para o ano seguinte;

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(d) Vinculação da receita oriunda da Lei 8727/93, representada pelos Contratos de Cessão de Crédito celebrados com a União, suportada por procuração outorgada por instrumento público para recebimento direto dos valores vencidos e não pagos;

(e) Aval da Eletrobras e Cessão Fiduciária de Direitos Creditórios correspondente a 100% (cem por cento) dos recebíveis do empreendimento Eólico Livramento – Entorno II (Coxilha Seca, Galpões e Capão do Inglês) quando da entrada em operação comercial plena destes, até a satisfação de todas as obrigações vinculadas à cédula;

(f) Cessão fiduciária dos direitos emergentes do Contrato de Concessão 057/2001, dos CPST e dos CUST decorrentes do mesmo, mais cessão fiduciária dos direitos sobre indenizações e/ou seguros dos bens relacionados e direitos sobre conta;

(g) Aval da Eletrobras; (h) Fiança solidária da Eletrobras, penhor dos direitos emergentes da concessão e penhor dos

direitos creditórios (Garantia compartilha entre BNDES/BRDE/BB, credores do empreendimento LT Campos Novos Blumenau e Construção da SE Biguaçu);

(i) Fiança da Eletrobras e vinculação da totalidade da receita proveniente da venda e/ou comercialização da energia dos Contratos de Compra de Energia no Ambiente Regulado, relativos ao projeto UHE Mauá (Cota Eletrosul);

(j) Contrato de penhor de duplicatas, vencíveis a prazo de até 180 dias, não excedendo o vencimento do contrato e cobrindo, no mínimo, 125% do saldo devedor;

(k) Penhor dos aerogeradores dos parques eólicos Cerro Chato I, II e III; (l) Fiança da Eletrobras, cessão fiduciária dos direitos creditórios decorrentes dos Contratos de

Comercialização de Energia no Ambiente Regulado referentes ao empreendimento UHE Passo São João e direito de receber quaisquer valores que venham a se tornar devidos decorrentes do contrato de concessão 004/2006;

(m) Fiança da Eletrobras, cessão fiduciária dos direitos creditórios decorrentes da venda de energia produzida no Projeto UHE São Domingos e direito de receber quaisquer valores que venham a se tornar devidos decorrentes do contrato de concessão;

(n) Carta de fiança bancária; (o) Fiança da Eletrobras, Penhor dos Direitos Emergentes da Concessão e Penhor dos Direitos

Creditórios; (p) Penhor dos direitos emergentes do Contrato de Concessão nº 005/2006, penhor de direito de

crédito e penhor de ações ordinárias nominativas de propriedade dos acionistas (contrato em fase de aditamento junto ao BNDES, com distrato do penhor de ações, devido a incorporação da RS Energia pela Eletrosul);

(q) Fiança da Eletrobras, cessão fiduciária dos direitos emergentes da concessão, cessão fiduciária dos direitos creditórios decorrentes do CPST 031/2010 e cessão fiduciária dos direitos creditórios decorrentes dos contratos de conexão;

(r) Fiança da Eletrobras, cessão fiduciária dos direitos emergentes da concessão, cessão fiduciária dos direitos creditórios decorrentes do CPST 009/2011 e cessão fiduciária dos direitos creditórios decorrentes dos contratos de conexão; e

(s) Fiança da Eletrobras, cessão fiduciária dos direitos emergentes da concessão e cessão fiduciária dos direitos creditórios decorrentes do CPST 030/2010.

Em 31 de dezembro de 2016, além dos covenants financeiros, todas as cláusulas restritivas (vide notas nº 21.9) estabelecidas nos contratos de financiamento foram cumpridas pela Companhia.

91

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21.6 CONDIÇÕES CONTRATUAIS DOS FINANCIAMENTOS DAS EMPRESAS CONTROLADAS

Saldos em31.12.2016 164.620

Uirapuru 15/10/2006Implantação linha de transmissão 525 kV, Ivaiporã (PR) - Londrina (PR)

TJLP + 4,50% 15/03/2019 a 10.703

Uirapuru 15/10/2006Implantação linha de transmissão 525 kV, Ivaiporã (PR) - Londrina (PR)

Cesta de moedas + 4,5% a.a. 15/03/2019 a 3.675

Hermenegildo I

14/08/2015Construção e implantação dos parques eólicos Verace 24, 25, 26 e 27 localizados no Estado do Rio Grande do Sul.

TJLP + 3,4% 15/06/2032 b 47.837

Hermenegildo II

14/08/2015Construção e implantação dos parques eólicos Verace 28, 29, 30 e 31 localizados no Estado do Rio Grande do Sul.

TJLP + 3,4% 15/06/2032 b 47.854

Hermenegildo III

14/08/2015Construção e implantação dos parques eólico Verace 34, 35 e 36 localizados no Estado do Rio Grande do Sul

TJLP + 3,4% 15/06/2032 b 40.770

Chuí IX 14/08/2015Construção e implantação do parque eólico Chuí IX localizado no Estado do Rio Grande do Sul

TJLP + 3,4% 15/06/2032 b 13.781

342.471

Hermenegildo I

14/08/2015Construção e implantação dos parques eólicos Verace 24, 25, 26 e 27 localizados no Estado do Rio Grande do Sul.

TJLP + 2,02% 15/06/2032 b 109.042

Hermenegildo II

14/08/2015Construção e implantação dos parques eólicos Verace 28, 29, 30 e 31 localizados no Estado do Rio Grande do Sul.

TJLP + 2,02% 15/06/2032 b 109.081

Hermenegildo III

14/08/2015Construção e implantação dos parques eólico Verace 34, 35 e 36 localizados no Estado do Rio Grande do Sul

TJLP + 2,02% 15/06/2032 b 92.934

Chuí IX 14/08/2015Construção e implantação do parque eólico Chuí IX localizado no Estado do Rio Grande do Sul

TJLP + 2,02% 15/06/2032 b 31.414

Total 507.091

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES

BANCO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO EXTREMO SUL - BRDE

Investidas GarantiasVencimento do contrato

Data da assinatura

Objetivo Juros

Principais garantias dos financiamentos e empréstimos das empresas controladas - Os financiamentos e empréstimos das empresas controladas estão garantidos conforme abaixo:

(a) Penhor dos direitos emergentes da concessão, a caução da totalidade das ações ordinárias nominativas de emissão da Companhia, a caução dos direitos creditórios decorrentes da prestação de serviços de transmissão e manter um índice de cobertura da dívida – ICSD superior a 1,3 durante a vigência do contrato.

(b) Fiança corporativa da Eletrobras correspondente a 99% da dívida e cessão de direitos de créditos da beneficiária decorrentes de contratos de comercialização de energia elétrica no ambiente regulado.

21.7 GARANTIAS DA COMPANHIA PARA EMPREENDIMENTOS CONTROLADOS E/OU CONTROLADOS EM CONJUNTO

A Eletrosul participa na qualidade de interveniente garantidora de empreendimentos de SPEs cujos montantes garantidos, projeções e valores já pagos estão demonstrados no quadro abaixo:

2017 2018 2019

2005Linha de transmissão (S. Santiago (PR)-Ivaiporã-Cascavel (PR)) - 525 kV

BRDE SC-17.265

Uirapuru Transmissora de Energia S/A

75,00% 50.348 14.378 7.377 1.462 - 15/03/2019

2015

Ampliação do Sistema Sul de Transmissão (E Itajaí - Ampl. E, SE Nova Santa Rita - Ampl. F, SE Joinville Norte - Ampl. C, SE Tapera 2 - Ampl. B e LT Camboriú - Florianópolis)

BNDES 14.2.0855.1 (a)

Projeto corporativo

100,00% 29.074 27.153 25.382 23.545 21.666 02/03/2017

2015 Interligação Brasil X UruguaiBNDES 14.2.1025.1 (a)

Projeto corporativo

100,00% 21.827 20.384 19.055 17.676 16.265 02/03/2017

Valor do financiamento (quota parte da

Controlada)

Saldo devedor em 31.12.2016 total

do financiamento

Projeção de saldo devedor - fim do exercício

Data do término da

garantiaAno Empreendimento

Banco financiador

% de Participação

Nome da SPE

(a) Garantia por meio de Fiança Bancária contratada com o Banco ABC Brasil S/A.

92

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21.8 CONDIÇÕES RESTRITIVAS (COVENANTS) DA CONTROLADORA

As principais condições restritivas dos contratos de financiamentos e empréstimos da controladora são apresentadas a seguir:

Instituição financeira Contrato

Saldo devedor Condições restritivas (Covenants)

Condição atendida?

Banco do Brasil 21/00406-4 138.534 a) Conta reserva de 3 meses; b) Manter o índice financeiro LAJIDA/Despesa Financeira Liquida maior que 1,3.

Sim

Banco do Brasil 40/00508-9 33.468 Alienação Fiduciária de bens (Aerogeradores). SimBanco do Brasil 40/00509-7 33.423 Alienação Fiduciária de bens (Aerogeradores). SimBanco do Brasil 40/00510-0 33.423 Alienação Fiduciária de bens (Aerogeradores). Sim

Banco do Brasil 312.500.823 195.696

Liquidação antecipada no caso de inadimplência com o Banco do Brasil S/A, e/ou mercado Financeiro, e/ou no caso de ação judicial que ponha em risco a solvência e/ou liquidez da empresa. Vencimento antecipado devido praticar Atos de fusão, cisão e/ou incorporação, venda de ativos e/ou participações societária sem a anuência prévia do Banco do Brasil S/A.

Sim

Banco do Brasil e BRDE*

20/00039-1 11.711 Conta reserva de três meses e ICSD de 1,3. Sim

BB e BNDES* 20/00039-1 11.741 Conta reserva de três meses e ICSD de 1,3. SimBNDES 07.2.1061.1 127.838 Conta reserva de três meses. SimBNDES 12.2.0005.1 10.565 Conta reserva de três meses. SimBNDES 10.2.1860.1 173.333 Conta reserva de três meses. SimBNDES* 06.20057.1 23.551 Conta reserva de três meses e ICSD de 1,3. SimBNDES* 08.2.1026.1 24.590 Conta reserva de três meses e ICSD de 1,3. Sim

BNDES 08.2.0988-1 138.514 a) Conta reserva de 3 meses; b) Manter o índice financeiro LAJIDA/Despesa Financeira Liquida maior que 1,3.

Sim

BNDES 07.2.0663.1 54.213 Conta reserva de três meses. SimBNDES 12.2.0004.1 31.328 Conta reserva de três meses. SimBNDES 05.2.0501.1 27.545 Conta reserva de três meses. SimBNDES 12.2.0060.1 7.670 Conta reserva de três meses. SimBNDES 12.2.1451.1 7.941 Conta reserva de três meses. Sim

BNDES BNDES

14.2.0855.1 27.153

a) Apresentar Fiança Bancária com prazo de no mínimo 2 anos como garantia da operação e apresentar a renovação da Fiança Bancária com 60 dias de antecedência ao vencimento da Carta de Fiança Bancária vigente, sob pena de vencimento antecipado.

Sim

BNDES BNDES

14.2.1025.1 20.384

a) Apresentar Fiança Bancária com prazo de no mínimo 2 anos como garantia da operação e apresentar a renovação da Fiança Bancária com 60 dias de antecedência ao vencimento da Carta de Fiança Bancária vigente, sob pena de vencimento antecipado.

Sim

CEF 20 1011 763

0000001/34 212.844

a) Manter a CEF mensalmente informada sobre o status do Empreendimento Eólico Livramento Entorno II, e a expectativa da entrada em operação do empreendimento;b) Manutenção da CEF como domicílio bancário dos recebíveis do empreendimento descrito no item "a" anterior;c) O fluxo de recebíveis deverá passar pela Conta de Garantia de livre movimentação na Agência Universitária/SCX - Ag. 1011-1, durante a vigência de toda a operação.

Sim

KfW/Eletrobras ECR-281/2008 45.709 Procuração outorgada pela Eletrosul por instrumento público para a Eletrobras para recebimento direto dos valores vencidos e não pagos.

Sim

KfW/Eletrobras ECR-283/2013 157.988 Procuração outorgada pela Eletrosul por instrumento público para a Eletrobras para recebimento direto dos valores vencidos e não pagos.

Sim

BB/BNDES/FINAME 40/00599-2 3.430 a) Manter, como garantia, registro de créditos a receber em Cobrança Bancária no Banco do Brasil, equivalente a no mínimo 125% do Valor do Contrato.

Sim

BB/BNDES/FINAME 40/00600-X 1.147 a) Manter, como garantia, registro de créditos a receber em Cobrança Bancária no Banco do Brasil, equivalente a no mínimo 125% do Valor do Contrato.

Sim

Total 1.553.739

*Contratos referem-se à implantação e expansão da Linha de Transmissão 525 kV Campos Novos – Blumenau, incorporada pela Companhia em 30 de abril de 2010. A cláusula do ICSD aplica-se tão somente a empreendimentos estruturados na forma de Project Finance, diante disso, a Companhia já providenciou junto aos agentes financiadores a correção da referida cláusula.

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21.9 CONDIÇÕES RESTRITIVAS (COVENANTS) DAS EMPRESAS CONTROLADAS

As principais condições restritivas dos contratos de financiamentos e empréstimos das empresas controladas são apresentadas a seguir:

Investidas Instituição financeira Contrato

Saldo devedor Condições restritivas (Covenants)

Condição atendida?

Hermenegildo I

BNDES 15.2.0747.1 109.042 Manter Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) de, no mínimo, 1,20 (um inteiro e vinte centésimos), a ser verificado pelo BNDES por meio de demonstrativos e auditados por auditores independentes cadastrados na CVM.

Sim

Hermenegildo I

BRDE 36.3.87901.2 47.837 Manter Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) de, no mínimo, 1,20 (um inteiro e vinte centésimos), a ser verificado pelo BNDES por meio de demonstrativos e auditados por auditores independentes cadastrados na CVM.

Sim

Hermenegildo II

BNDES 15.2.0747.1 109.081 Manter Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) de, no mínimo, 1,20 (um inteiro e vinte centésimos), a ser verificado pelo BNDES por meio de demonstrativos e auditados por auditores independentes cadastrados na CVM.

Sim

Hermenegildo II

BRDE 36.3.88003.7 47.854 Manter Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) de, no mínimo, 1,20 (um inteiro e vinte centésimos), a ser verificado pelo BNDES por meio de demonstrativos e auditados por auditores independentes cadastrados na CVM.

Sim

Hermenegildo IIII

BNDES 15.2.0747.1 92.934 Manter Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) de, no mínimo, 1,20 (um inteiro e vinte centésimos), a ser verificado pelo BNDES por meio de demonstrativos e auditados por auditores independentes cadastrados na CVM.

Sim

Hermenegildo IIII

BRDE 36.3.88102.5 40.770 Manter Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) de, no mínimo, 1,20 (um inteiro e vinte centésimos), a ser verificado pelo BNDES por meio de demonstrativos e auditados por auditores independentes cadastrados na CVM.

Sim

Chuí IX BNDES 15.2.0747.1 31.414 Manter Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) de, no mínimo, 1,20 (um inteiro e vinte centésimos), a ser verificado pelo BNDES por meio de demonstrativos e auditados por auditores independentes cadastrados na CVM.

Sim

Chuí IX BRDE 36.3.88202.1 13.781 Manter Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) de, no mínimo, 1,20 (um inteiro e vinte centésimos), a ser verificado pelo BNDES por meio de demonstrativos e auditados por auditores independentes cadastrados na CVM.

Sim

Uirapuru BRDE SC-17.265 14.378

a) Penhor dos direitos emergente da concessão;b) Caução da totalidade das ações ordinárias nominativas de emissão da Companhia;c) Caução dos direitos creditórios decorrentes da prestação de serviços de transmissão; d) Manter, no encerramento do exercício social, índice de cobertura da dívida superior a 1,3 durante a vigência do contrato; e) Destinação de dividendos mediante aprovação prévia da proposta enviada ao BRDE; f) Manter saldo em aplicação vinculada (conta garantia) equivalente a três parcelas de amortização do financiamento. Os resgates do excedente poderão ser efetuados mediante aprovação prévia do BRDE.

Sim

507.091

21.10 ÍNDICE DE COBERTURA DO SERVIÇO DA DÍVIDA (ICSD)

Os contratos referentes à implantação e expansão da Linha de Transmissão 525 kV Campos Novos – Blumenau, incorporada pela Companhia em 30 de abril de 2010, firmados com o BNDES com repasses do Banco do Brasil e BRDE, apresentam condições restritivas relativa ao ICSD de no mínimo 1,3. Abaixo o cálculo conforme exigido em contrato:

Semestral Anual

A) Geração de caixa da atividade 2.097.575 1.680.070

(+) Disponibilidade final no período imediatamente anterior 162.285 68.488

(+) LAJIDA (EBITDA) 2.098.426 2.098.426 (-) Imposto de Renda (399.041) (399.041)

(-) Contribuição Social (144.876) (144.876)

(+/-) Variação do capital de giro 380.781 57.073

(+)Necessidade de capital de giro no período t 257.552 257.552

(-)Necessidade de capital de giro no período t-1 (123.229) 200.479

B) Serviço da dívida 415.841 415.841

(+) Amortização do principal 254.273 254.273

(+) Pagamento de juros 161.568 161.568

C) Índice de cobertura do serviço da dívida A/B 5,0 4,0

31 DE DEZEMBRO DE 2016

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NOTA 22 – DEBÊNTURES

Política contábil: nota explicativa 4.2.12.

As controladas Chuí IX, Hermenegildo I, Hermenegildo II e Hermenegildo III efetuaram emissões de debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única, da espécie quirografária, com garantia adicional real e fidejussória objeto de distribuição pública com esforços restritos de distribuição, destinadas exclusivamente a investidores qualificados, nos termos da Instrução CVM nº 476, de 16 de janeiro de 2009 e das demais disposições legais e regulamentares, as quais foram distribuídas em regime de garantia firme de forma individual e não solidária entre si.

Os títulos foram emitidos sob a forma nominativa, escritural, sem emissão de cautelas ou certificados pelo agente fiduciário Pentágono S.A – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. Os recursos captados por meio desta emissão foram integralmente destinados à construção, implantação e desenvolvimento dos parques eólicos de cada Controlada.

Em 18 de janeiro de 2016, as controladas liquidaram as debêntures, conforme demonstrado a seguir:

Data Empresa Debêntures Valor18/01/2016 Chuí IX 1ª e 2ª Emissão 37.478 18/01/2016 Hermenegildo I 1ª e 2ª Emissão 115.660 18/01/2016 Hermenegildo II 1ª e 2ª Emissão 100.148 18/01/2016 Hermenegildo III 1ª e 2ª Emissão 91.924

345.210

A movimentação e saldo das debêntures estão apresentados a seguir:

Encargos Principal Total

Saldos em 31.12.2014 6.252 248.907 255.159 Captação - 101.093 101.093 Encargos gerados 49.004 - 49.004 Amortizações/pagamentos (44.185) (18.400) (62.585)

Saldos em 31.12.2015 11.071 331.600 342.671

Encargos gerados 2.720 - 2.720 Amortizações/pagamentos (13.791) (331.600) (345.391)

Saldos em 31.12.2016 - - -

CirculanteConsolidado

NOTA 23 – NOTAS PROMISSÓRIAS

Política contábil: nota explicativa 4.2.12.

Em 7 de março de 2016, a Companhia realizou a emissão de notas promissórias comerciais, em série única, composta por 500 (quinhentas) notas promissórias comerciais, no valor nominal unitário de R$ 500 mil, perfazendo o valor total de R$ 250.000 mil, com vencimento em 2 de março de 2017, remuneradas a 100% da variação acumulada das taxas médias diárias do DI + spread de 3,5% a.a. Estas foram objeto de oferta pública de distribuição com esforços restritos de colocação, nos termos da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nº 476, de 16 de janeiro de 2009, e nº 134, de 1º de novembro de 1990.

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Notas Promissórias

Data de emissão Vencimento

Tipo de emissão

Quantidade de títulos

Valor unitário

Encargos financeiros 31.12.2016

Série única 2ª Emissão 07.03.2016 02.03.2017

Oferta Pública 500 500

100% DI + spread de 3,5% a.a. 285.310

285.310

A movimentação e saldo das notas promissórias estão apresentados a seguir:

Encargos Principal Subtotal Comissão Total

Saldos em 31.12.2014 - - - - - Valor de emissão - 200.000 200.000 - 200.000 Provisão de encargos 9.460 - 9.460 - 9.460 Comissões - - - (3.873) (3.873) Transferência despesa antecipada - - - 2.988 2.988 Amortizações de comissão - - - 560 560

Saldos em 31.12.2015 9.460 200.000 209.460 (325) 209.135 Valor de emissão - 250.000 250.000 - 250.000 Provisão de encargos 41.942 - 41.942 - 41.942 Comissões - - - (6.918) (6.918) Amortizações de comissão - - - 6.071 6.071 Amortizações/pagamentos (14.920) (200.000) (214.920) - (214.920)

Saldos em 31.12.2016 36.482 250.000 286.482 (1.172) 285.310

Controladora e ConsolidadoCirculante

23.1 GARANTIAS DAS NOTAS PROMISSÓRIAS

As notas promissórias da Companhia estão garantidas conforme abaixo:

a) Garantia de aval: avalista Centrais Elétricas Brasileiras S/A - ELETROBRAS; b) Garantia de Cessão Fiduciária dos seguintes bens e direitos:

- Todos e quaisquer direitos relacionados ao contrato de concessão nº 57/2001; - Todos e quaisquer direitos dos CPST e dos CUST provenientes da prestação dos serviços de transmissão de energia elétrica; - O direito de receber indenizações e pagamento dos seguros contratados no âmbito da Concessão nº 057/2001; - Todos os direitos detidos, e a serem detidos pela empresa Emissora contra o Banco Depositário como resultante dos valores depositados na Conta Centralizadora.

23.4 CONDIÇÕES RESTRITIVAS (COVENANTS)

Os principais Covenants relativo às notas promissórias estão demonstrados a seguir:

a) Cessão Fiduciária de todos e quaisquer direitos, presentes e/ou futuros, decorrentes, relacionados e/ou emergentes do “Contrato de Concessão n.º 057/2001-ANEEL”.

Principais Covenants incidentes sobre os direitos emergentes do Contrato de Concessão nº 057/2001-ANEEL: b) Não celebrar qualquer negócio jurídico destinado à transferência, alienação, cessão, imposição

de ônus, gravames, direitos reais de garantia e/ou à limitação, sob qualquer forma, da propriedade, titularidade, posse e/ou controle dos Direitos Cedidos;

c) Manter os Direitos Cedidos em sua posse mansa e pacífica, livres e desembaraçados de quaisquer ônus e de quaisquer ações de arresto, sequestro ou penhora;

d) Cumprir todas as instruções por escrito emanadas do cessionário para excussão da cessão fiduciária, quando o cessionário declarar vencimento antecipado ou ocorra o vencimento final sem que as obrigações garantidas tenham sido quitadas;

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e) Pagar, antes da incidência de qualquer multa, penalidades, juros ou despesas, todos os tributos e contribuições incidentes sobre os Direitos Cedidos pelos quais for responsável tributário;

f) Cumprir todas as instruções por escrito emanadas do Cessionário para a devida regularização nos termos da Cártula e, consequentemente, deste contrato, quando ocorrer um evento de inadimplemento.

g) Cumprir, mediante o recebimento de comunicação escrita enviada pelo Cessionário na qual o Cessionário declare que ocorreu um Evento de Inadimplemento, todas as instruções por escrito emanadas do Cessionário para a devida regularização, nos termos da Cártula e, consequentemente, deste Contrato;

h) Não alterar ou encerrar a Conta Centralizadora ou permitir que seja alterado qualquer termo ou condição dos respectivos contratos de abertura de conta corrente ou de investimento.

i) Cumprir o Índice Financeiro composto pela razão do EBITDA e a Despesa Financeira Líquida: mínimo de 1,3.

Em 31 de dezembro de 2016 a Companhia atendia a todas as condições restritivas relativas às notas promissórias.

NOTA 24 – TRIBUTOS A RECOLHER

A composição de saldos de tributos a recolher é apresentada como segue:

2016 2015 2016 2015Passivo circulante

PIS 1.524 1.069 1.635 1.194 Cofins 7.017 6.527 7.527 7.106 Parcelamento especial (PAES) 14.001 34.273 14.001 34.273 Encargos sociais 9.108 8.526 9.108 8.557 Tributos retidos na fonte 3.285 3.695 3.671 3.695 ICMS 343 144 357 215 Outros tributos e contribuições 2.311 4.045 3.001 5.300

37.589 58.279 39.300 60.340

Passivo não circulanteEncargos sociais(a) - 15.847 - 15.847 Parcelamento especial (PAES) - 13.436 - 13.436

- 29.283 - 29.283 37.589 87.562 39.300 89.623

Controladora Consolidado

(a) O montante na rubrica “Encargos sociais”, em 2015, no passivo não circulante refere-se a INSS calculado sobre 1/3 de férias e auxilio doença, objeto de ação judicial, e para os quais a Companhia vem realizando depósitos judiciais. O saldo foi transferido em 2016 para a rubrica provisões para riscos.

A movimentação dos valores devidos ao PAES é demonstrada como segue:

2016 2015 2016 2015

Saldo inicial do exercício 47.709 79.214 47.709 79.214

Atualização monetária 1.323 2.206 1.323 2.206 Pagamentos efetuados (35.031) (33.711) (35.031) (33.711)

Saldo final do exercício 14.001 47.709 14.001 47.709

Circulante 14.001 34.273 14.001 34.273 Não circulante - 13.436 - 13.436

Controladora Consolidado

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NOTA 25 – OBRIGAÇÕES ESTIMADAS

A composição de obrigações estimadas é apresentada como segue:

2016 2015 2016 2015

Prov. encargos sociais e trabalhistas 43.059 39.333 43.075 39.370 Plano de incentivo ao desligamento 7.789 11.092 7.789 11.092

50.848 50.425 50.864 50.462

Circulante 48.026 44.243 48.042 44.280 Não circulante 2.822 6.182 2.822 6.182

Controladora Consolidado

NOTA 26 – TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

26.1 REMUNERAÇÃO DO PESSOAL-CHAVE DA ADMINISTRAÇÃO E EMPREGADOS

A maior e menor remuneração paga aos empregados, de acordo com a política salarial praticada pela Companhia, tomando-se por base a realizada no mês de dezembro de 2016, foi de R$ 65.867,49 e de R$ 3.630,93, respectivamente. Esses valores incluem os salários, gratificações e anuênios. O maior honorário atribuído a diretor, tomando-se por base o mesmo mês, foi de R$ 63.577,81 e o menor honorário foi de R$ 40.826,20.

O pessoal-chave da administração inclui os diretores e conselheiros. Conforme orienta o CPC 05 (R1), o total da remuneração e dos benefícios atribuídos ao pessoal-chave da administração está demonstrado a seguir:

Diretores Conselheiros Diretores Conselheiros

Remuneração e benefícios 3.846 272 2.903 283 Encargos sociais e outros 1.076 51 641 56 Total 4.922 323 3.544 339

Controladora2016 2015

Diretores Conselheiros Diretores Conselheiros

Remuneração e benefícios 5.679 575 3.825 364 Encargos sociais e outros 1.420 111 818 73 Total 7.099 686 4.643 437

Consolidado2016 2015

A Companhia conta com contingente de 1.344 empregados efetivos e 340 anistiados em conformidade com a Lei nº 8.878/94. Os anistiados estão cedidos para órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, em cumprimento aos procedimentos legais adotados pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

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26.2 OUTRAS TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

As principais operações com partes relacionadas são as seguintes:

Contratos de compra e venda de energia elétrica - A Companhia possui contratos de compra e venda de energia elétrica com partes relacionadas nos termos de CCVE – Contratos de compra e venda de energia elétrica, CCEAR – Contratos de compra e venda de energia no ambiente regulado, CUST – Contratos de uso do sistema de transmissão e CUSD – Contratos de uso do sistema de distribuição.

Contratos de prestação de serviço - Os contratos mantidos com partes relacionadas referem-se a fornecimento de serviços de comunicação multimídia (SCM), serviços de operação e manutenção de linhas de transmissão e de subestações, serviços de engenharia e projetos.

Contratos de empréstimos e financiamentos - A Companhia possui contratos de financiamentos e empréstimos firmados com a Eletrobras (acionista controlador). O detalhamento das operações e taxas de juros são apresentados na nota nº 21. Renegociação de créditos de energia – A Companhia detém créditos junto a União Federal relativo a créditos de energia renegociados (Lei nº 8.727/93), conforme demonstrado na nota nº 11. Participações Societárias - As informações sobre a participação acionária da Companhia em empresas controladas e controladas em conjunto estão apresentadas na nota nº 16. Os saldos e transações com partes relacionadas são como segue:

Empresas Natureza da operação Ativo Passivo Resultado Ativo Passivo Resultado Controladores

Créditos indenizatórios - Lei 12.783/13 - - - - - 26.795 Créditos de energia renegociados (nota 11) 762.306 - 135.048 652.592 - 131.841

762.306 - 135.048 652.592 - 158.636

Outros créditos 1.891 - - 15.556 - - Financiamentos e empréstimos - 2.296.051 - - 2.140.737 - Outros passivos - 636 - - 532 - Dividendos a pagar - 89.752 - - 38.649 - Receita da prestação de serviço - - 299 - - 260 Serviços de terceiros - - - - - (426) Atualização pela SELIC dos dividendos - - (5.418) - - (4.527) Encargos de dívidas - - (238.046) - - (197.132) Variação monetária - - (13.263) - - (156.594)

1.891 2.386.439 (256.428) 15.556 2.179.918 (358.419) Partes relacionadas

Clientes 720 - - 341 - - Outros créditos 31 - - 5 - - Fornecedores - 44 - - 80 - Receita de transmissão - - 3.888 - - 3.289 Serviços de terceiros - - - - - (307)

751 44 3.888 346 80 2.982

Outros créditos 2 - - - - - 2 - - - - -

Clientes 447 - - 335 - - Outros créditos 3 - - 1 - - Receita de transmissão - - 1.801 - - 1.996 Receita de geração - - 1.577 - - 1.200

450 - 3.378 336 - 3.196

Clientes 1.776 - - 1.745 - - Outros créditos - - - 3 - - Receita de transmissão - - 7.056 - - 8.475 Receita de geração - - 10.504 - - 8.303

1.776 - 17.560 1.748 - 16.778

Clientes 2.148 - - 1.282 - - Outros créditos 3 - - 20 - - Receita de transmissão - - 2.758 - - 2.412 Receita de geração - - 9.443 - - 8.762

2.151 - 12.201 1.302 - 11.174 Continua

Controladora2016

União (Governo Federal)

Amazonas Distribuidora

Boa Vista Energia

CEAL

CELG Distribuição

CEPISA

2015

Eletrobras

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Empresas Natureza da operação Ativo Passivo Resultado Ativo Passivo Resultado Partes relacionadas (continuação)

Clientes 227 - - 233 - - Outros créditos 45 - - 24 - - Fornecedores - 43 - - - - Receita de transmissão - - 2.179 - - 3.360 Receita de geração - - 799 - - - Serviços de terceiros - - - - - (16)

272 43 2.978 257 - 3.344

Clientes 323 - - 315 - - Outros créditos 603 - - 540 - - Fornecedores - 70 - - - - Receita de transmissão - - 2.862 - - 2.689

926 70 2.862 855 - 2.689

Clientes 3.821 - - 3.897 - - Fornecedores - 125 - - 118 - Receita de transmissão - - 45.731 - - 48.946 EUST - Encargo uso sistema transmissão - - (960) - - (812)

3.821 125 44.771 3.897 118 48.134

Clientes 2.031 - - 1.616 - - Compra de energia - 7.685 - - 2.356 - Receita de transmissão - - 16.286 - - 8.656 Energia comprada para revenda - - (64.429) - - (18.538)

2.031 7.685 (48.143) 1.616 2.356 (9.882)

Receita de transmissão - - 16 - - 35 - - 16 - - 35

Clientes 3.210 - - 3.124 - - Títulos a receber 66.611 - - 324.162 - - Outros créditos 2.410 - - 6.217 - - Fornecedores - 519 - - 480 - Receita de transmissão - - 37.318 - - 38.998 Receita de prestação de serviços - - - - - 222 Atualização créditos alienação ativos - - 25.304 - - 21.797 Desconto concedido - - (25.937) - - (5.172) EUST - Encargo uso sistema transmissão - - (909) - - (787) Serviços de terceiros - - - - - (1.185)

72.231 519 35.776 333.503 480 53.873

Clientes 559 - - 545 - - Outros créditos - - - 4 - - Receita de transmissão - - 6.535 - - 6.263 Outras receitas - - - - - 1

559 - 6.535 549 - 6.264

Clientes 4.611 - - - - - Fornecedores - 424 - - - - Compra de energia - 17.206 - - 20.886 - Receita de transmissão - - 48.206 - - 36.361 Receita de prestação de serviços - - - - - 1.202 Energia comprada para revenda - - (203.145) - - (222.740)

4.611 17.630 (154.939) - 20.886 (185.177)

Clientes 2.757 - - 2.682 - - Outros créditos - - - 4 - - Fornecedores - 331 - - 184 - Receita de transmissão - - 32.137 - - 31.902 Outras receitas - - - - - 18 EUST - Encargo uso sistema transmissão - - (1.144) - - (946) Serviços de terceiros - - (14) - - (454)

2.757 331 30.979 2.686 184 30.520 Continua

2015

CERON

CGTEE

Chesf

Controladora2016

Energia Sustentável do Brasil

Eletroacre

Eletronorte(1)

Eletronuclear

Furnas

Companhia Hidrelétrica Teles Pires

(1) Compõe saldos referentes à alienação da participação acionária na empresa Norte Brasil Transmissora de Energia S/A, das quotas de capital detidas na empresa Construtora Integração Ltda. e dos ativos da Concessão ANEEL nº 010/2009.

100

Eletrosul Centrais Elétricas S/A CNPJ/MF nº 00.073.957/0001-68 – NIRE 423.0000271-2

Companhia Fechada

Empresas Natureza da operação Ativo Passivo Resultado Ativo Passivo Resultado Controladas

Clientes 2 - - 7 - - Créditos por serviços prestados a terceiros - - - 31 - - Outros créditos 1 - - 1 - - Adiantamento para futuro aumento de capital 2.106 - - 45.072 - - Compra de energia - 256 - - - - Receita de transmissão - - 40 - - 24 Receita de geração - - 9 - - - Receita de prestação de serviços - - 236 - - 152 Rendimentos de aluguel - - 7 - - 4 Energia comprada para revenda - - (3.010) - - -

2.109 256 (2.718) 45.111 - 180

Adiantamento para futuro aumento de capital - - - 2.900 - - - - - 2.900 - -

Clientes 12 - - 13 - - Créditos por serviços prestados a terceiros - - - 36 - - Outros créditos 2 - - 3 - - Adiantamento para futuro aumento de capital 10.952 - - 169.640 - - Compra de energia - 793 - - - - Receita de transmissão - - 130 - - 52 Receita de geração - - 45 - - - Receita de prestação de serviços - - 478 - - 351 Rendimentos de aluguel - - 22 - - 13 Energia comprada para revenda - - (9.328) - - -

10.966 793 (8.653) 169.692 - 416

Clientes 12 - - 11 - - Créditos por serviços prestados a terceiros - - - 34 - - Outros créditos 2 - - 3 - - Adiantamento para futuro aumento de capital 7.832 - - 172.609 - - Compra de energia - 857 - - - - Receita de transmissão - - 130 - - 51 Receita de geração - - 31 - - - Receita de prestação de serviços - - 478 - - 315 Rendimentos de aluguel - - 22 - - 13 Energia comprada para revenda - - (10.081) - - -

7.846 857 (9.420) 172.657 - 379

Clientes 10 - - 9 - - Créditos por serviços prestados a terceiros - - - 31 - - Outros créditos 1 - - 3 - - Adiantamento para futuro aumento de capital 2.369 - - 145.887 - - Compra de energia - 734 - - - - Receita de transmissão - - 108 - - 32 Receita de geração - - 190 - - - Receita de prestação de serviços - - 403 - - 335 Rendimentos de aluguel - - 17 - - 10 Energia comprada para revenda - - (8.635) - - -

2.380 734 (7.917) 145.930 - 377

Adiantamento para futuro aumento de capital 5.520 - - 4.000 - - 5.520 - - 4.000 - -

Outros créditos 6.065 - - 5.810 - - Dividendos 2.507 - - 2.288 - - Fornecedores - 3 - - 3 - Receita de prestação de serviços - - 2.673 - - 2.539 Rendimentos de aluguel - - 43 - - 39 Receitas financeiras - - 835 - - - EUST - Encargo uso sistema transmissão - - (35) - - (31)

8.572 3 3.516 8.098 3 2.547 Continua

2015

Hermenegildo II

Uirapuru

Chuí IX

Paraíso

2016

Coxilha Seca

Hermenegildo I

Hermenegildo III

Controladora

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Empresas Natureza da operação Ativo Passivo Resultado Ativo Passivo Resultado Controladores

Créditos indenizatórios - Lei 12.783/13 - - - - - 26.795 Créditos de energia renegociados (nota 11) 762.306 - 135.048 652.592 - 131.841

762.306 - 135.048 652.592 - 158.636

Outros créditos 1.891 - - 15.556 - - Financiamentos e empréstimos - 2.296.051 - - 2.140.737 - Outros passivos - 636 - - 532 - Dividendos a pagar - 89.752 - - 38.649 - Receita da prestação de serviço - - 299 - - 260 Serviços de terceiros - - - - - (426) Atualização pela SELIC dos dividendos - - (5.418) - - (4.527) Encargos de dívidas - - (238.046) - - (197.132) Variação monetária - - (13.263) - - (156.594)

1.891 2.386.439 (256.428) 15.556 2.179.918 (358.419) Partes relacionadas

Clientes 720 - - 341 - - Outros créditos 31 - - 5 - - Fornecedores - 44 - - 80 - Receita de transmissão - - 3.888 - - 3.289 Serviços de terceiros - - - - - (307)

751 44 3.888 346 80 2.982

Outros créditos 2 - - - - - 2 - - - - -

Clientes 447 - - 335 - - Outros créditos 3 - - 1 - - Receita de transmissão - - 1.801 - - 1.996 Receita de geração - - 1.577 - - 1.200

450 - 3.378 336 - 3.196

Clientes 1.776 - - 1.745 - - Outros créditos - - - 3 - - Receita de transmissão - - 7.056 - - 8.475 Receita de geração - - 10.504 - - 8.303

1.776 - 17.560 1.748 - 16.778

Clientes 2.148 - - 1.282 - - Outros créditos 3 - - 20 - - Receita de transmissão - - 2.758 - - 2.412 Receita de geração - - 9.443 - - 8.762

2.151 - 12.201 1.302 - 11.174 Continua

Consolidado2016

União (Governo Federal)

Eletrobras

CEPISA

Amazonas Distribuidora

Boa Vista Energia

CEAL

CELG Distribuição

2015

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(1) Compõe saldos referentes à alienação da participação acionária na empresa Norte Brasil Transmissora de Energia S/A, quotas de capital na empresa Construtora Integração Ltda. e dos ativos da Concessão ANEEL nº 010/2009.

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NOTA 27 – PROVISÕES PARA RISCOS E CONTINGÊNCIAS

Política contábil: nota explicativa 5.5.

A Companhia e suas controladas estão expostas a certos riscos, representados por processos tributários e por reclamações trabalhistas e cíveis na esfera judicial com vários estágios de julgamento. A classificação dos processos é realizada de acordo com as expectativas de perda como provável, possível ou remota.

27.1 PROCESSOS COM PROBABILIDADE DE PERDA CLASSIFICADOS COMO PROVÁVEL, PROVISIONADOS.

A composição das provisões para contingências provisionadas está assim demonstrada:

2016 2015 2016 2015Passivo não circulante

Trabalhistas 39.262 32.579 39.262 32.579 Cíveis 59.049 54.756 59.049 54.756 Ambientais 273 4.991 273 4.991 Tributárias 43.782 1.210 45.327 2.755

142.366 93.536 143.911 95.081

Controladora Consolidado

A rubrica contingências tributárias contempla basicamente:

PIS e COFINS sobre as receitas financeiras

Por meio do Decreto nº 8.426/2015, a União reestabeleceu a partir de 1º de julho de 2015 a incidência da cobrança de PIS e COFINS sobre as receitas financeiras auferidas, mediante alteração das alíquotas, respectivamente em 0,65% e 4%, revogando as alíquotas reduzidas “a zero” que vigiam pelo Decreto nº 5.442/2005. Incidentes os tributos sobre as receitas financeiras auferidas e sujeitas ao regime de não-cumulatividade a partir de agosto de 2015, a Companhia provisionou a contingência no montante de R$ 22.620 mil até dezembro de 2016, e, demandará medida judicial por ilegalidade e inconstitucionalidade do ato de exação.

Contribuições Previdenciárias

A Companhia ajuizou ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária c/c pedido de repetição de indébito nº 50006441720124047200 que tem por objeto excluir da base de cálculo da contribuição previdenciária as parcelas referentes à gratificação de férias e aos primeiros quinze dias do auxílio doença, bem como a restituição dos últimos cinco anos. Desde o ajuizamento da ação está sendo feito o depósito judicial das parcelas controversas, com o intuito de suspender a exigibilidade do crédito tributário. A sentença foi procedente tendo sido confirmada em segundo grau, estando agora o processo sobrestado aguardando julgamento do recurso repetitivo no STJ e STF.

Adicionalmente foi ajuizada a ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária c/c pedido de repetição de indébito e de tutela antecipada nº 50132472020154047200 visando a restituição dos valores indevidamente recolhidos da contribuição SAT/RAT e de terceiros (SENAI, SESI, SEBRAE, FNDE, INCRA) incidente sobre a gratificação de férias e sobre os primeiros quinze dias que antecedem o auxílio-doença e o auxílio-acidente, alcançando os tributos recolhidos até 5 (cinco) anos atrás. Também nesse processo está sendo feito o depósito judicial das parcelas controversas a fim de suspender a exigibilidade do crédito tributário. A sentença foi procedente, tendo sido confirmada em segundo grau, sendo que o processo está concluso, aguardando julgamento dos embargos de declaração opostos pela Fazenda Pública. A Companhia provisionou a contingência no montante de R$ 20.063 mil.

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As movimentações das provisões no ano de 2016 e 2015 estão demonstradas a seguir:

Controladora ConsolidadoSaldos em 31.12.2014 74.933 74.933

Adições 15.501 17.046 Baixas (3.205) (3.205) Atualização monetária 7.280 7.280 Reclassificação de dep. judiciais do Ativo (973) (973)

Saldos em 31.12.2015 93.536 95.081 Adições 87.113 87.113 Baixas (18.745) (18.745) Atualização monetária 6.383 6.383 Reclassificação de dep. judiciais do Ativo (25.921) (25.921)

Saldos em 31.12.2016 142.366 143.911

A Companhia compensa na rubrica de “provisões para riscos” os valores dos depósitos judiciais vinculados com os processos que estão em fase de execução de sentença ou aguardando liberação de alvarás. Os depósitos judiciais vinculados com os processos que estão na fase de instrução são evidenciados no ativo não circulante.

27.2 PROCESSOS COM PROBABILIDADE DE PERDA CLASSIFICADOS COMO POSSÍVEL, NÃO PROVISIONADOS

A Companhia possui ainda ações não provisionadas com risco de perda possível, conforme distribuição a seguir:

Contingências 2016 2015Cíveis 358.597 285.458 Trabalhistas 40.298 28.734 Ambientais 137 6.744 Tributárias 16.062 1.743 Total 415.094 322.679

Controladora e Consolidado

Do valor de R$ 358.597 mil do risco de perda possível em contingências cíveis, R$ 53.646 mil refere-se à ação de prestação de contas e ação anulatória de ato administrativo, ambas ajuizadas pela Energ Power, empresa contratada para o fornecimento de equipamentos para Usina Passo São João. As ações pretendem, principalmente, obter legitimidade de contas apresentadas pela fornecedora e anular a rescisão de contrato, efetuada pela Eletrosul, de forma unilateral. R$ 220.730 mil refere-se à participação de 49% do valor das ações possíveis de perda do Consórcio Energético Cruzeiro do Sul – CECS, no montante de R$ 450.469 mil, cuja principal discussão de risco possível diz respeito à ação de indenização de autoria da Mineradora Tibagiana Ltda. A mineradora alega ser detentora de decreto de Lavra expedido pelo Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM e afirma que a concessão de Lavra obtida tornou legitima a posse e domínio de área na região do entorno do Rio Tibagi. A indenização pleiteada refere-se a supostos prejuízos nas atividades da mineradora em função das obras de construção da Usina.

Com relação às contingências tributárias, basicamente referem-se a impostos sobre serviços (ISS):

a) Município de Florianópolis (SC)

Em junho de 2008 e abril de 2009, o município de Florianópolis expediu autos infracionais, relativos aos períodos de 2006 a 2009, com fundamento de que a Companhia deixara de oferecer à tributação o ISSQN incidente sobre a construção da Subestação Desterro e a implantação da Linha de Transmissão Submarina de 230 kV, que conecta a parte insular de Florianópolis com o município de Palhoça. A discussão se concentra na incidência do tributo municipal sobre as aquisições realizadas no âmbito do

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ICMS, haja vista que a arrecadação conceituara que os bens adquiridos diretamente pela Eletrosul, ainda que com a incidência do tributo estadual, seriam insumos da prestação de serviços da construção civil, de forma que em outubro de 2009 e junho de 2010, tempestivamente, a Companhia impugnou os lançamentos fiscais requerendo nulidade e insubsistência.

Após as diversas fases de impugnação, quanto às cobranças do município, em agosto de 2015 a Companhia conheceu da irrecorribilidade administrativa conforme expediente do Conselho Municipal de Contribuintes, pelo que em outubro de 2015 interpôs ação anulatória na 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Florianópolis (SC), Poder Judiciário de Santa Catarina, obtendo a concessão de tutela pelo Tribunal de Justiça do Estado, através de agravo, mantendo a regularidade fiscal da Companhia.

Em 29 de agosto de 2016 o juízo monocrático sentenciou desfavoravelmente à Companhia, pelo que se interpôs recurso e em 11 de dezembro de 2016 obteve-se nova tutela do Tribunal de Justiça do Estado, em sede de liminar, em que se suspendeu a eficácia da decisão primária, permanecendo para a Eletrosul a sua regularidade fiscal, a suspensão temporária da exigibilidade do crédito tributário pela arrecadação municipal, e, aguarda julgamento colegiado da instância.

Consubstanciada em opinião jurídica interna, a qual atribui grau de risco possível à perda, a Companhia opta por manter o não provisionamento contábil desses tributos, cuja importância atualizada, se finda em 31 de dezembro de 2016, é de R$ 1,4 milhões.

b) Município de Água Clara (MS)

No decorrer do exercício, o município de Água Clara (MS) expediu autos de infração, relativos ao período de 2009 a 2014, com fundamento de que a Companhia deixara de oferecer à tributação o ISSQN incidente sobre o serviço de construção civil da Usina Hidrelétrica de São Domingos, de forma que a Companhia, tempestivamente, impugnou todos os lançamentos fiscais requerendo sua nulidade e insubsistência. A discussão se concentra na incidência do tributo municipal sobre os serviços prestados de construção civil e realizados no território do município vizinho, Ribas do Rio Pardo, em detrimento do princípio da territorialidade, em desconsideração a efetivação do fato gerador.

Após as diversas fases de impugnação, quanto às cobranças do município, em outubro de 2015 a Companhia conheceu da irrecorribilidade administrativa conforme expediente municipal, pelo que interpôs ação anulatória em 9 de agosto de 2016 perante a 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca da Capital – Florianópolis (SC), visando à manutenção da regularidade fiscal e a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, bem como o cancelamento das exações decorrentes dos lançamentos tributários, e, aguarda manifestação do município exator e julgamento na respectiva instância.

Consubstanciada em opinião jurídica interna, a qual atribui grau de risco possível à perda, a Companhia opta por manter o não provisionamento contábil desses tributos, cuja importância atualizada, se finda em 31 de dezembro de 2016, é de R$ 15 milhões.

27.3 ASPECTOS TRIBUTÁRIOS DA LEI Nº 12.783/2013

A medida provisória nº 579/2012, convertida na Lei nº 12.783/2013, dispôs que, a critério da União, poderia ser prorrogada a exploração da concessão do serviço público de transmissão de energia elétrica. Em aceite às condições impostas pelo poder concedente, a Companhia e a União pactuaram, em 4 de dezembro de 2012, a prorrogação da vigência do contrato de concessão nº 057/2001, mediante definição acerca do pagamento a realizar para a Eletrosul quanto à indenização dos ativos não amortizados, indenização essa advinda dos recursos da Reserva Global de Reversão (RGR), recursos esses destinados por Lei ao custeio da reversão de bens no encerramento e encampação das concessões do setor elétrico, bem quanto ao valor das novas tarifas advindas da prorrogação do contrato de concessão.

Decorrente do processo indenizatório, de interesse da Receita Federal do Brasil, noticiou-se, ao mercado a possibilidade de exação fiscal federal, pelo que, em 10 de setembro de 2013, a Companhia protocolou consulta, solucionada em 16 de junho de 2014 (Solução de Consulta nº 7005 SRRF07/Disit), saneada com entendimento divergente da opinião dos advogados internos, externos e da Administração da Companhia, a Receita Federal compreende que a indenização deva ser computada tanto na apuração

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do Imposto de Renda, como na determinação da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

Inconformada com o entendimento do órgão de arrecadação da União, em 10 de julho de 2014, a Companhia e sua Administração, consubstanciadas na opinião dos seus advogados internos e externos, considera que o recurso monetário oriundo da reversão dos bens à União tem natureza jurídica indenizatória, face à recomposição patrimonial, de maneira que protocolou medida judicial perante a Vara Federal da Subseção Judiciária de Florianópolis/SC, objetivando firmar interpretação quanto e que as referidas indenizações encontrar-se-iam fora do campo de incidência de Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, pelo que aguarda, desde 4 de março de 2015, por decisão colegiada da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região ao recurso de apelação da Companhia.

Consubstanciada em opinião jurídica externa, a qual atribui grau de risco possível à perda, inclusive em âmbito judicial, a Companhia opta por não constituir provisionamento do valor dos tributos.

27.4 PROCESSOS COM PROBABILIDADE DE PERDA CLASSIFICADOS COMO REMOTO, NÃO PROVISIONADOS

A Companhia encontra-se em litígio administrativo/judicial fiscal com a Receita Federal do Brasil pelos seguintes fatos:

Lei 8.727/93 – créditos renegociados com a União – imposto de renda da pessoa jurídica/contribuição social sobre o lucro líquido

Em 17 de dezembro de 2010, a Receita Federal do Brasil expediu auto de infração, relativo ao período de 2005 a 2009, firmando a improcedência legal da sistemática de diferimento do recolhimento dos tributos incidentes sobre a diferença não recebida dos créditos renegociados com a União. Além de reclamar crédito tributário sobre valores não recebidos em regime de competência desta Companhia, também desconsiderou os pagamentos tributários realizados no período da exação, bem como desconsiderou seu procedimento fiscal realizado em 2001 sobre tais circunstâncias tributárias, oportunidade em que sequer manifestou-se em contrário ao procedimento, homologando tacitamente tal comportamento, de forma que esta Companhia em 18 de janeiro de 2011 impugnou o lançamento fiscal requerendo a nulidade e insubsistência do auto incidente sobre as receitas financeiras não percebidas e decorrentes do parcelamento da Lei nº 8.727/1993.

Em 28 de junho de 2011 a contestação desta Companhia foi denegada pela Receita Federal do Brasil, sendo que em 2 de setembro de 2011, ainda em ambiente administrativo, se interpôs, tempestivamente, recurso voluntário ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, cujo julgamento em 8 de maio de 2013 proveu parcialmente a reclamação da Companhia, de forma que a Fazenda Nacional interpôs recurso especial em 27 de setembro de 2013, pelo que aguarda sua admissibilidade, para que posteriormente seja intimada esta Eletrosul quanto ao teor da decisão última do órgão colegiado fiscal federal.

Com o advento da denegação administrativa do CARF, em julho de 2015 a Companhia interpôs recurso especial, o qual não fora admitido em agosto de 2015 por ausência de paradigma, consecutivamente, por intermédio de recurso à Justiça Federal em outubro de 2015 a Companhia conheceu do indeferimento ao pleito, pelo que aguardava manifestação da proposição de embargos à decisão judicial, ao tempo que apresentou, em dezembro de 2015, ação cautelar à 4ª Vara de Florianópolis (SC) da Justiça Federal em Santa Catarina, obtendo a permanência da sua regularidade fiscal da Companhia.

Porém, em decorrência dos termos de desfavorecimento do julgamento administrativo para a Companhia, em meados de fevereiro de 2016 a Receita Federal do Brasil expediu notificação de cobrança e a inscrição em dívida ativa dos valores autuados, pelo que a Companhia em 8 de março de 2016 interpôs, de forma preventa ao juízo da 4ª Vara Federal, ação anulatória, obtendo deferimento em 16 de março de 2016, em âmbito de liminar, à manutenção da regularidade fiscal, a não inscrição em CADIN e a suspensão da exigibilidade do crédito tributário pela arrecadação federal, e, aguarda julgamento na referida instância.

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Consubstanciada em opinião jurídica externa, a qual atribui grau de risco remoto à perda, inclusive em âmbito judicial, a Companhia opta por manter o não provisionamento contábil do auto de infração ao Balanço, cuja importância atualizada, se finda em 31 de dezembro de 2016, é de R$ 522 milhões.

PIS e COFINS – Contratos anteriores a 31/10/2003 – não cumulatividade x cumulatividade

Em 7 de janeiro de 2011, a Receita Federal do Brasil expediu auto de infração, relativo ao período de 2006 a 2007, com fundamento de que a incidência dos tributos sobre as receitas decorrentes dos contratos assinados até 31 de outubro de 2003 devem observar o regime de não cumulatividade, em detrimento do regime de cumulatividade, regime último adotado pela Companhia em consonância com os termos do Art. 10, inciso XI, Art. 15 da Lei nº 10.833/2003, c/c Art. 109 da Lei nº 11.196/2005, e em conformidade ao teor da Nota Técnica nº 224/2006-SFF-ANEEL, de forma que em 7 de fevereiro de 2011 impugnou o lançamento fiscal requerendo sua nulidade e insubsistência.

Em 10 de agosto de 2011 a contestação desta Companhia foi denegada pela Receita Federal do Brasil, sendo que em 17 de outubro de 2011, ainda em ambiente administrativo, se interpôs, tempestivamente, recurso voluntário ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, cujo julgamento em 28 de novembro de 2012 do órgão colegiado federal, em voto de qualidade, desproveu a reclamação da Companhia, pelo que em 8 de março de 2013 esta contribuinte-reclamante opôs embargos de declaração, admitido parcialmente, e que aguarda julgamento.

Consubstanciada em opinião jurídica externa, a qual atribui grau de risco remoto à perda, inclusive em âmbito judicial, a Companhia opta por manter o não provisionamento contábil do auto de infração, cuja importância atualizada, se finda em 31 de dezembro de 2016, é de R$ 158 milhões.

27.5 CONTINGÊNCIAS ATIVAS

PIS e COFINS sobre a Receita Financeira

Em 9 de novembro de 2005, em sessão plenária, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional, em quatro recursos individuais, o parágrafo 1º do art. 3º da Lei n° 9.718/98, o qual definiu como base de incidência das contribuições ao PIS e à COFINS, a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica. O STF entendeu que a citada Lei, quando de sua edição, era incompatível com o texto constitucional então vigente, que previa a incidência das contribuições sociais apenas sobre o faturamento das pessoas jurídicas e não sobre a totalidade das suas receitas. Ocorre que as decisões do STF não foram proferidas em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), beneficiando apenas e tão somente, as partes envolvidas nos recursos mencionados.

Em razão do exposto, a Companhia ajuizou ação de repetição de indébito relativa ao período de fevereiro de 1999 a julho de 2004, postulando a restituição dos valores pagos a maior em face da proclamada inconstitucionalidade, pleito julgado parcialmente procedente na sentença proferida em 10 de junho de 2010 e que considerou prescritos os recolhimentos do PIS e da COFINS anteriores a 23 de fevereiro de 2001 (cinco anos anteriores ao ajuizamento de protesto interruptivo por parte da Companhia).

A Companhia apelou da decisão e o TRF-4 proferiu decisão em 12 de dezembro de 2012, confirmando parcialmente a sentença de 1º grau e delimitando a restituição ao período de 26 de fevereiro de 2001 a 1 de dezembro de 2002 (PIS) e de 26 de fevereiro de 2001 a 1 de fevereiro de 2004 (COFINS), decisão que provocou a propositura de Recurso Especial (STJ) e Recurso Extraordinário (STF) com vistas a assegurar o recebimento do indébito e/ou compensação dos valores incidentes sobre todo o período postulado (fevereiro de 1999 a julho de 2004). O acórdão considerou o entendimento do RE n. 566.621, de 4 de agosto de 2011, com repercussão geral, que entendeu pela aplicação quinquenal retroativa prevista na LC 118/05 apenas para os processos ajuizados após a vacatio legis dessa lei (caso da Eletrosul), afastando assim a aplicação da prescrição decenal postulada, anteriormente aceita pelo STJ e STF.

Em 31 de dezembro 2016, o montante da ação totalizava aproximadamente R$ 129.219 mil. Por apresentar natureza de Ativo Contingente, os valores não estão refletidos nas demonstrações financeiras em virtude da ausência de decisão favorável definitiva.

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NOTA 28 – PROGRAMAS DE P&D E DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

2016 2015 2016 2015

Fundo Nac. de Des. Cient. e Tecnológico (FNDCT) 997 1.034 1.016 1.050 Empresa de Pesquisa Energética (EPE) 499 517 508 525 Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) 40.276 37.390 41.397 38.358 Total 41.772 38.941 42.921 39.933

Controladora Consolidado

A Lei nº 9.991/2000 estabelece que as empresas detentoras de concessão para exploração de serviços de energia elétrica são obrigadas a realizar investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), visando o aperfeiçoamento tecnológico da atividade, em montante equivalente a 1% da ROL, sendo 0,40% para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), 0,40% para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e 0,20% destinados à Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

NOTA 29 – CONCESSÕES A PAGAR - USO DE BEM PÚBLICO

A Companhia possui contratos de concessão onerosos com a União para a utilização de bem público para a geração de energia elétrica nas usinas Passo São João, Mauá e São Domingos. As características dos negócios e dos contratos indicam a condição e intenção das partes de executá-los integralmente.

Buscando refletir adequadamente, no patrimônio, a outorga onerosa da concessão e a respectiva obrigação perante a União, os valores das concessões foram registrados no intangível em contrapartida do passivo não circulante.

Os valores identificados nos contratos estão a preços futuros e, portanto, a Companhia ajustou a valor presente esses contratos com base na taxa de desconto apurada na data da obrigação.

A atualização da obrigação em função da taxa de desconto e da variação monetária é capitalizada no ativo durante a construção das usinas e, a partir da data da entrada em operação comercial, reconhecida diretamente no resultado.

Uso de Bem Público 2016 2015 2016 2015Ativo não circulante*

Usina Passo São João 3.458 3.599 3.458 3.599 Usina Governador Jayme Canet Júnior (49%) 10.652 11.068 10.652 11.068 Usina São Domingos 7.935 8.314 7.935 8.314

22.045 22.981 22.045 22.981

Controladora Consolidado

*Os saldos de UBP no ativo não circulante estão classificados na rubrica intangível (vide nota nº 18).

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Uso de Bem Público 2016 2015 2016 2015 Passivo circulante*

Usina Passo São João 380 355 380 355 Usina Governador Jayme Canet Júnior (49%) 1.138 1.064 1.138 1.064 Usina São Domingos 948 885 948 885

2.466 2.304 2.466 2.304 Passivo não circulante

Usina Passo São João 4.445 3.787 4.445 3.787 Usina Governador Jayme Canet Júnior (49%) 13.550 11.499 13.550 11.499 Usina São Domingos 10.243 8.864 10.243 8.864

28.238 24.150 28.238 24.150

30.704 26.454 30.704 26.454

Controladora Consolidado

*Os saldos de UBP no passivo circulante estão classificados na rubrica outros passivos.

Os pagamentos da UBP serão realizados em parcelas mensais a partir do início da operação comercial até o final do prazo de concessão e estão assim previstos:

Usinas Período de pagamento

Pagamento anual

Pagamento total

Pagamento anual

Pagamento total

Usina Passo São João 04/2012 a 08/2041 200 5.867 380 9.396

Usina Governador Jayme Canet Júnior * 10/2012 a 07/2042 618 18.386 1.138 29.216

Usina São Domingos 02/2012 a 12/2037 260 6.717 948 19.979

Valores originais Valores atualizados

*Refere-se à participação de 49% da Eletrosul no Consórcio.

NOTA 30 – PROVISÕES OPERACIONAIS

As provisões operacionais referem-se a compromissos futuros assumidos e ainda não concluídos na data do início da operação comercial dos empreendimentos. Nos projetos em operação comercial, os valores foram capitalizados no início da operação comercial dos empreendimentos.

A composição de saldos de provisões operacionais é apresentada a seguir:

2016 2015

Provisões operacionais da atividade de geração 50.662 105.399 Provisões operacionais da atividade de transmissão 16.529 13.778

67.191 119.177

Circulante 63.607 113.487 Não circulante 3.584 5.690

Controladora e Consolidado

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NOTA 31 – OUTROS PASSIVOS

A composição de saldos de outros passivos é apresentada a seguir:

Não Circulante 2016 2015 2016 2015Partes relacionadas

Passivo a descoberto de investidas (1) 311.009 412.317 311.009 257.906 Outros passivos (2) 125.075 101.263 131.973 101.391

436.084 513.580 442.982 359.297

Controladora Consolidado

(1) O saldo de R$ 311.009 mil, constante na rubrica “passivo a descoberto de investidas”, refere-se aos saldos das SPEs Chuí (R$ 105.058 mil), Livramento (R$ 204.968 mil) e Paraíso (R$ 983 mil).

(2) O saldo de R$ 125.075 mil, apresentado na rubrica “outros passivos”, inclui o valor de R$ 94.245 mil referente à remensuração feita pela Eletrobras (fundo RGR) do cálculo de atualização de valores a receber. O montante encontra-se em revisão, em razão de haver divergências entre as partes.

NOTA 32 – COMPROMISSOS OPERACIONAIS DE LONGO PRAZO

32.1 INVESTIMENTOS EM EMPREENDIMENTOS DE LONGO PRAZO

Os investimentos corporativos e aportes de capital previstos estão com base no Plano de Negócios e Gestão 2017-2021. Não estão previstos no Plano de Negócios novos projetos de investimento após 2021, apenas o necessário para a manutenção da infraestrutura para a geração, basicamente à manutenção das usinas.

2018 2019 2020 2021Inversões financeiras em SPELeilão Transmissão 004/2014 - Lote A¹ 84.331 84.331 - - Subtotal 84.331 84.331 - -

Geração 8.000 10.191 10.700 11.218 Manutenção sistema geração 8.000 10.191 10.700 11.218

Transmissão 74.273 85.447 104.517 142.257 Ampliação ST Sul e MS 65.273 75.147 87.017 127.757 Manutenção sistema de transmissão - - 5.000 2.000 Reforços e melhorias 9.000 10.300 12.500 12.500

Infraestrutura 19.766 8.024 7.414 7.715 Subtotal 102.039 103.662 122.631 161.189

Total 186.370 187.993 122.631 161.189

¹ Projeto atualmente corporativo. A Companhia está em tratativas para captação de sócio com 75%.

Consolidado

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32.2 CONTRATOS DE COMPRA DE ENERGIA

A Companhia e suas controladas possuem contratos de compra de energia de longo prazo cujas quantidades de energia contratada e valores estão demonstrados a seguir.

Posições compradas 2018 2019 2020 2021 2022 Após 2022

Volume MW 1.292.873,21 1.222.932,29 1.226.282,79 1.222.932,29 1.222.932,29 15.246.789,87 Preço MWh 190,48 204,16 195,94 194,91 188,06 165,15 Total 246.262 249.674 240.274 238.361 229.981 2.518.068

Consolidado

Os valores previstos das posições compradas são relativos aos contratos firmados com as controladas em conjunto Energia Sustentável do Brasil S/A (UHE Jirau) e Teles Pires Participações S/A, por ser a Companhia garantidora junto ao agente financiador, BNDES, da energia não comercializada no Ambiente de Contratação Regulado (ACR) pelos empreendimentos, proporcionalmente à participação acionária.

32.3 CONTRATOS DE VENDA DE ENERGIA

Posições vendidas 2018 2019 2020 2021 2022 Após 2022

Eletrosul 541.967 437.652 382.605 381.560 381.560 6.314.358 Hermenegildo I 35.250 35.250 35.346 35.250 35.250 359.189 Hermenegildo II 35.314 35.314 35.411 35.314 35.314 352.003 Hermenegildo III 29.467 29.467 29.548 29.467 29.467 291.344 Chuí IX 10.354 10.353 10.383 10.354 10.354 102.630

652.352 548.036 493.293 491.945 491.945 7.419.524

Consolidado

32.4 OUTROS COMPROMISSOS DE LONGO PRAZO

2018 2019 2020 2021 2022 Após 2022

Encargos de uso do sistema de distribuição 6.453 6.453 6.453 6.453 6.453 112.625 Encargos de uso do sistema de transmissão 21.130 21.130 21.130 21.130 21.130 481.934 Contratos de conexão de transmissão 77 77 77 77 77 2.090 Arrendamento de uso de superfície 2.788 2.788 2.788 2.788 2.788 72.648 Operação e manutenção 36.981 36.892 36.892 36.853 36.853 213.966 Uso de bem público 2.466 2.466 2.466 2.466 2.466 43.619

69.895 69.806 69.806 69.767 69.767 926.882

Consolidado

(a) Contratos de uso do sistema de distribuição, transmissão e conexão - A Companhia tem firmados contratos para o uso do sistema de transmissão, distribuição e da rede básica com o Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS. A vigência desses contratos é equivalente ao prazo das concessões e/ou autorizações.

(b) Contratos de uso de superfície - Para a implantação e exploração dos parques eólicos Cerro Chato I, Cerro Chato II, Cerro Chato III, Hermenegildo I, Hermenegildo II, Hermenegildo III, Chuí IX, Coxilha Seca, Galpões e Capão do Inglês, a Companhia firmou, com proprietários de terrenos, contratos de arrendamento para o uso da superfície. O prazo desses contratos é equivalente ao prazo das autorizações do poder concedente. Os contratos possuem parcelas fixas e/ou variáveis proporcionais, atualizados pelo índice nacional de preços ao consumidor amplo – IPCA, ou pela variação da receita operacional líquida, ou pela variação da receita bruta.

(c) Contratos de operação e manutenção - A Companhia tem firmados contratos para operação e manutenção da Usina Governador Jaime Canet Júnior e das Eólicas Cerro Chato I, Cerro Chato II, Cerro Chato III, Hermenegildo I, Hermenegildo II, Hermenegildo III, Chuí IX, Coxilha Seca, Galpões e Capão do Inglês. O prazo desses contratos é, exceto o contrato de operação e manutenção da Usina Governador Jaime Canet Júnior, inferior ao prazo de concessão. Os

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contratos possuem parcelas fixas atualizadas pelo índice nacional de preços ao consumidor amplo – IPCA.

(d) Contratos de uso de bem público – A Companhia possui com o poder concedente, contratos de uso de bem público para as Usina Governador Jaime Canet Júnior, Passo São João e São Domingos. O prazo desses contratos é equivalente ao prazo das concessões. Os contratos possuem parcelas fixas, atualizadas pelo índice nacional de preços ao consumidor amplo – IPCA ou pelo índice geral de preços do mercado – IGPM.

NOTA 33 – BENEFÍCIO PÓS-EMPREGO PREVIDENCIÁRIO E SAÚDE

Política contábil: nota explicativa 5.6.

A Eletrosul patrocina planos de pensão de contribuição definida e benefício definido junto a Fundação Eletrosul de Previdência e Assistência Social (ELOS). A Companhia também mantém outros benefícios pós-emprego como assistência médica, odontológica para empregados aposentados por invalidez e empregados que aderiram ao plano de demissão incentivada.

O plano de contribuição definida Plano CD-ELOS/ELETROSUL é custeado pelo participante e pela patrocinadora, sendo administrado pela Fundação Elos. Uma vez pagas as contribuições mensais, a Eletrosul não tem mais obrigações com o plano de pensão.

O plano de benefício definido Plano BD-ELOS/ELETROSUL é paritário entre patrocinadora e empregados, excetuando-se o ônus decorrente da conversão de aposentadorias especiais em aposentadorias por tempo de serviço.

33.1 OBRIGAÇÕES DA PATROCINADORA

As obrigações da patrocinadora para com a Fundação ELOS, incluindo a complementação para cobertura do passivo atuarial e respeitando a paridade contributiva definida no artigo 21 da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001 e no estatuto da Fundação ELOS, bem como as disposições do pronunciamento técnico CPC 33 (R1), foram determinados com base em estudo atuarial e estão a seguir demonstradas:

2015

CirculanteNão

CirculanteTotal Total

Aposentadoria especial - SB 40 1.279 1.423 2.702 2.774 Contribuição suplementar 1.059 7.663 8.722 9.020 Contribuição sobre beneficio da geração atual 1.552 32.188 33.740 32.656 Diferença reserva matemática 226 5.345 5.571 5.385 Subtotal 4.116 46.619 50.735 49.835

Contribuição normal 2.717 - 2.717 2.506 Passivo atuarial - benefício pós emprego (PID)* 2.925 2.781 5.706 6.421 Passivo atuarial - plano recuperação saúde - 6.052 6.052 4.857 Passivo atuarial previdenciário - 216.725 216.725 132.578 Total 9.758 272.177 281.935 196.197

Controladora2016

*Saldos reconhecidos no balanço na rubrica “obrigações estimadas”.

O montante de R$ 2.702 mil na rubrica “aposentadoria especial – SB 40” refere-se a ônus decorrente da conversão de aposentadorias especiais em aposentadorias por tempo de serviço concernente aos seus

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empregados. O término destes compromissos cessa quando o aposentado concluir o tempo de aquisição, sendo o benefício atualizado pelo INPC.

O montante de R$ 8.722 mil na rubrica contribuição suplementar refere-se a reserva matemática contratada – serviço passado, contratado em 1º de abril de 2008, para ser liquidado em 192 parcelas mensais, até dezembro de 2033. Ambos os valores são atualizados pelo INPC + 6% de juros ao ano.

O montante de R$ 33.740 mil na rubrica “contribuição sobre o benefício da geração atual” refere-se a empregados inscritos no plano BD que migraram para o novo plano de contribuição definida – CD. Essa dívida foi contratada em 26 de abril de 2012 para ser liquidada em 240 parcelas mensais, até abril de 2032. O contrato é atualizado pelo INPC + 6% de juros ao ano.

O valor de R$ 5.571 mil na rubrica “diferença reserva matemática” teve contrato assinado em 19 de agosto de 2011 para ser liquidado em 252 parcelas mensais até dezembro de 2033. O contrato é atualizado pelo INPC + 6% de juros ao ano.

33.2 PRINCIPAIS PREMISSAS ATUARIAIS E FINANCEIRAS

Os cálculos atuariais, efetuado sob a responsabilidade de atuário independente Mercer Gama, tiveram como premissas básicas no exercício findo em 31 de dezembro de 2016 e 2015:

HIPÓTESES ECONÔMICAS Plano BD Plano CD Saúde Saúde PID

Taxa anual de juros de desconto atuarial 10,98% 11,05% 11,19% 11,41%Taxa anual de juros real de desconto atuarial 5,72% 5,79% 5,93% 6,13%Taxa anual de inflação projetada 4,97% 4,97% 4,97% 4,97%Projeção de aumento médio de salário 9,02% 9,02% - - Projeção de aumento médio dos benefícios 4,97% 4,97% - - Expectativa de retorno dos ativos do plano 10,98% 11,05% 11,19% - Fator de incremento de custos da saúde - - 4,43% 2,91%HIPÓTESES ATUARIAIS

Taxa de rotatividade 0,00% 0,00% 0,00% - Tábua de mortalidade de ativos e inativos AT-2000 AT-2000 AT-2000 AT-2000Tábua de mortalidade de inválidos AT83 M AT83 M AT83 M - Tábua de invalidez Light Média Light Média Light Média - % de casados na data de aposentadoria 95% 95% - - Diferença de idade entre homens e mulheres 4 anos 4 anos - -

2016

HIPÓTESES ECONÔMICAS Plano BD Plano CD Saúde Saúde PID

Taxa anual de juros de desconto atuarial 13,23% 13,21% 13,23% 11,98%Taxa anual de juros real de desconto atuarial 7,33% 7,31% 7,33% 6,14%Taxa anual de inflação projetada 5,50% 5,50% 5,50% 5,50%Projeção de aumento médio de salário 9,57% 9,57% - - Projeção de aumento médio dos benefícios 5,50% 5,50% - - Expectativa de retorno dos ativos do plano 13,23% 13,21% 13,23% - Fator de incremento de custos da saúde - - 3,47% 3,47%HIPÓTESES ATUARIAIS

Taxa de rotatividade 0,00% 0,00% 0,00% - Tábua de mortalidade de ativos e inativos AT-2000 AT-2000 AT-2000 AT-2000Tábua de mortalidade de inválidos AT83 M AT83 M AT83 M - Tábua de invalidez Light Média Light Média Light Média - % de casados na data de aposentadoria 95% 95% - - Diferença de idade entre homens e mulheres 4 anos 4 anos - -

2015

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Taxa de juros de longo prazo

A partir de 2012, a taxa de juros utilizada foi a do mercado dos títulos do governo federal, conforme critério recomendado pelas normas de contabilidade, para prazos similares aos dos fluxos de obrigações do programa de benefícios, no chamado conceito “Duration”. Essas taxas foram respectivamente de 5,72% em 2016 e 7,33% em 2015.

33.3 CÁLCULO ATUARIAL DO PROGRAMA DE BENEFÍCIOS

Os valores apurados em laudo atuarial, relativo ao programa, separadamente para os benefícios de aposentadorias e de assistência à saúde, reconhecidos no balanço patrimonial, são os seguintes:

Plano prev. BD

Plano rec. saúde

Plano saúde pós-emprego

Plano previd. BD

Plano rec. saúde

Plano saúde pós-emprego

Valor presente das obrigações atuariais (1.384.895) (6.052) (5.706) (1.104.232) (4.857) (6.421)Valor justo dos ativos do plano 1.120.297 - - 924.756 - - Valor presente das obrigações em excesso ao valor justo dos ativos

(264.598) (6.052) (5.706) (179.476) (4.857) (6.421)

Passivo atuarial reconhecido no balanço (216.725) (6.052) (5.706) (132.578) (4.857) (6.421)Divida contratada - passivo reconhecido no balanço

(48.033) - - (47.061) - -

2016 2015

As movimentações do valor presente das obrigações atuariais com benefícios pós-emprego para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 são demonstrados a seguir:

Plano prev. BD

Plano prev. CD risco

Plano rec. saúde

Plano saúde pós-emprego

Valor das obrigações atuariais no início do exercício 1.104.232 29.720 4.857 6.421 Custo de serviço corrente 10.140 109 286 - Juros sobre a obrigação atuarial 140.654 3.755 575 637 Benefícios pagos no exercício (66.014) (3.748) (951) (3.533)Ganho/perda sobre as obrigações atuariais 195.883 4.584 1.285 2.181 Valor presente das obrigações atuariais final do exercício 1.384.895 34.420 6.052 5.706

Valor justo dos ativos no início do exercício 924.756 82.262 - - Benefícios pagos durante o exercício (66.014) (3.748) (951) (3.533)Contribuições de participante vertidas durante o exercício 7.203 1.397 - - Contribuições do empregador vertidas durante o exercício 13.386 1.080 951 3.533 Rendimento efetivo dos ativos no exercício 240.966 33.109 - - Valor justo dos ativos no final do exercício 1.120.297 114.100 - -

2016

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Plano prev. BD

Plano prev. CD risco

Plano rec. saúde

Plano saúde pós-emprego

Valor das obrigações atuariais no início do exercício 1.064.016 28.448 5.688 6.796 Custo de serviço corrente 15.628 124 400 - Juros sobre a obrigação atuarial 126.498 3.341 649 687 Benefícios pagos no exercício (64.833) (3.413) (964) (2.129)Ganho/perda sobre as obrigações atuariais (37.077) 1.220 (916) 1.067 Valor presente das obrigações atuariais final do exercício 1.104.232 29.720 4.857 6.421

Valor justo dos ativos no início do exercício 906.982 66.920 - - Benefícios pagos durante o exercício (64.833) (3.413) (964) (2.129)Contribuições de participante vertidas durante o exercício 6.828 1.146 - - Contribuições do empregador vertidas durante o exercício 15.051 2.046 964 2.129 Rendimento efetivo dos ativos no exercício 60.728 15.563 - - Valor justo dos ativos no final do exercício 924.756 82.262 - -

2015

33.4 ATIVOS GARANTIDORES

Os ativos garantidores do programa de benefícios do Plano BD-ELOS/Eletrosul estão assim compostos:

ATIVOS GARANTIDORES 2016 % 2015 %Limites de alocação*

Renda fixa 936.716 83,7% 762.693 82,4% até 100%Renda variável 125.892 11,2% 111.381 12,0% até 70%Investimentos estruturados 4.218 0,4% 4.226 0,5% até 20%Imóveis 37.431 3,3% 35.653 3,9% até 8%Empréstimos 32.383 2,9% 26.941 2,9% até 15%Ativo disponível 68.502 6,1% 69.106 7,5% -Contrib. a receber de patrocinadoras (47.873) -4,3% (46.898) -5,1% -Outros ativos a receber (36.972) -3,3% (38.346) -4,1% -Total 1.120.297 100,0% 924.756 100,0%

* Limites de alocação estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), conf. Resolução nº 3.792 de 24/09/2009.

33.5 VALORES RECONHECIDOS COMO RESULTADOS DOS EXERCÍCIOS

Os valores reconhecidos nos resultados estão demonstrados abaixo:

Plano prev. BD

Plano prev. CD risco

Plano rec. saúde

Plano saúde pós-emprego

Custo de serviço corrente líquido 2.937 (1.288) 286 - Custo de juros sobre as obrigações atuariais 140.654 3.755 575 637 Rendimento esperado dos ativos (118.447) (9.536) - - Juros sobre o efeito do teto do ativo - 5.781 - - Total 25.144 (1.288) 861 637

Plano prev. BD

Plano prev. CD risco

Plano rec. saúde

Plano saúde pós-emprego

Custo de serviço corrente 8.800 (1.022) 400 - Custo de juros sobre as obrigações atuariais 126.498 3.341 649 687 Rendimento esperado dos ativos (108.962) (8.213) - - Juros sobre o efeito do teto do ativo - 4.872 - - Total 26.336 (1.022) 1.049 687

2016

2015

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33.6 VALORES RECONHECIDOS EM OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES

Ganhos (perdas) atuariais reconhecidas em outros resultados abrangentes

2016 2015Ganhos (perdas) atuariais do exercício:Plano previdenciário - BD (72.388) (8.500)Plano previdenciário - CD risco (971) 1.923 Plano de recuperação de saúde (1.285) (916)Plano de saúde - benefício rescisório de longo prazo (2.181) 1.067 Total (76.825) (6.426)

Outros resultados abrangentes acumulados (líquidos de impostos diferidos)

2016 2015Plano previdenciário - BD 181.933 129.678 Plano previdenciário - CD risco 1.050 409 Plano de recuperação de saúde 1.013 (5)Plano de saúde - benefício rescisório de longo prazo 832 (607)Total 184.828 129.475

33.7 CONTRIBUIÇÕES PATRONAIS ESPERADAS PARA O PRÓXIMO EXERCÍCIO

A Companhia espera contribuir com R$ 20.200 mil com o Plano de Benefício Definido, incluindo as contribuições normais e extraordinárias.

33.8 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

As análises de sensibilidade das principais hipóteses estão apresentadas a seguir:

Plano previdenciário - BDIdade -1 Idade +1 + 0,25% - 0,25%

Montante do:Valor presente da obrigação atuarial do plano 1.403.695 1.365.398 1.345.694 1.426.053 1.384.895Valor justo dos ativos do plano 1.120.297 1.120.297 1.120.297 1.120.297 1.120.297Superávit/(déficit) técnico do plano (283.398) (245.101) (225.397) (305.756) (264.598)

VariaçõesAumento/redução da obrigação atuarial 1,4% -1,4% -2,8% 3,0% - Aumento/redução dos ativos do plano 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% - Aumento/redução do superávit/(déficit) técnico do plano 7,1% -7,4% -14,8% 15,6% -

Plano previdenciário - CD riscoIdade -1 Idade +1 + 0,25% - 0,25%

Montante do:Valor presente da obrigação atuarial do plano 39.926 38.527 33.661 35.213 34.420Valor justo dos ativos do plano 114.100 114.100 114.100 114.100 114.100Superávit/(déficit) técnico do plano 74.174 75.573 80.439 78.887 79.680

VariaçõesAumento/redução da obrigação atuarial 16,0% 11,9% -2,2% 2,3% - Aumento/redução dos ativos do plano 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% - Aumento/redução do superávit/(déficit) técnico do plano -6,9% -5,2% 1,0% -1,0% -

Tábua Biométrica Taxas de Juros Parâmetros deste Demonstrativo

Tábua Biométrica Taxas de Juros Parâmetros deste Demonstrativo

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Plano de recuperação da saúdeIdade -1 Idade +1 + 0,25% - 0,25% + 0,25% - 0,25%

Montante do:Valor presente da obrigação atuarial do plano 6.056 6.047 6.116 5.988 5.978 6.126 6.052Valor justo dos ativos do plano - - - - - - - Superávit/(déficit) técnico do plano (6.056) (6.047) (6.116) (5.988) (5.978) (6.126) (6.052)

VariaçõesAumento/redução da obrigação atuarial 0,1% -0,1% 1,1% -1,1% -1,2% 1,2% - Aumento/redução dos ativos do plano 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% - Aumento/redução do superávit/(déficit) técnico do plano 0,1% -0,1% 1,1% -1,1% -1,2% 1,2% -

Plano de saúde - benefício rescisório de longo prazoIdade -1 Idade +1 + 0,25% - 0,25% + 0,25% - 0,25%

Montante do:Valor presente da obrigação atuarial do plano 5.709 5.702 5.744 5.668 5.692 5.719 5.706Valor justo dos ativos do plano - - - - - - - Superávit/(déficit) técnico do plano (5.709) (5.702) (5.744) (5.668) (5.692) (5.719) (5.706)

VariaçõesAumento/redução da obrigação atuarial 0,1% -0,1% 0,7% -0,7% -0,2% 0,2% - Aumento/redução dos ativos do plano 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% - Aumento/redução do superávit/(déficit) técnico do plano 0,1% -0,1% 0,7% -0,7% -0,2% 0,2% -

Tábua Biométrica Taxas de JurosHCTR Parâmetros deste Demonstrativo

Taxas de Juros Parâmetros deste Demonstrativo

Tábua Biométrica HCTR

NOTA 34 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2016 2015

Capital social (nota 34.1) 4.359.226 4.359.226 Reserva de lucros (nota 34.2) 1.365.128 305.500

Reserva legal 172.834 117.565 Reserva de lucros a realizar 1.004.359 - Reserva para investimento 187.935 187.935

Ajuste de avaliação patrimonial (nota 34.3) (184.828) (129.475) Total 5.539.526 4.535.251

Controladora e Consolidado

34.1 CAPITAL SOCIAL

A composição acionária da Companhia nessa mesma data é a seguinte:

Acionistas:Quantidade de Ações Capital Social

% de Participação

ELETROBRAS 102.212.728 4.353.915 99,8782USIMINAS 57.901 2.466 0,0566CEEE 49.519 2.109 0,0484COPEL 14.195 605 0,0139CELESC 1.544 66 0,0015CSN 1.194 51 0,0012OUTROS 320 14 0,0003Total 102.337.401 4.359.226 100,00

O valor patrimonial da ação em 31 de dezembro de 2016 é de R$ 54,13 (R$ 44,32 em 31 de dezembro de 2015).

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34.2 RESERVAS DE LUCROS

2016 2015

Reserva legal 172.834 117.565 Reserva de lucros a realizar 1.004.359 - Reserva para investimento 187.935 187.935

1.365.128 305.500

Controladora e Consolidado

a) Reserva Legal – Em conformidade com o Estatuto Social e a Lei nº 6.404/76, a Companhia constitui uma reserva com o total de 5% sobre o lucro líquido apurado no exercício, até o limite de 20% do capital social.

b) Reserva de Lucros a Realizar – A conta reserva de lucros a realizar registra o montante dos lucros apurados conforme proposta aprovada pela Administração, que não serão realizados financeiramente no exercício seguinte.

c) Reserva para Investimento – A conta reserva para investimentos registra os lucros retidos pela Companhia, cujas propostas foram aprovadas pela Assembleia de Acionistas.

34.3 AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Outros Resultados Abrangentes - ganhos e perdas atuariais – O CPC 33 (R1) estabelece que os ganhos e perdas atuariais gerados por ajustes e alterações nas premissas atuariais dos planos de benefício pós-emprego (pensão e assistência médica) devem ser reconhecidos diretamente no Patrimônio Líquido em outros resultados abrangentes. A conta apresenta saldo acumulado negativo de R$ 184.828 mil em 31 de dezembro de 2016.

34.4 DIVIDENDOS E CONSTITUIÇÃO DE RESERVAS DE LUCROS A REALIZAR

Política contábil: nota explicativa 4.2.13.

A Companhia apurou no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2015 um prejuízo de R$ 768.709 mil. Consequentemente, no exercício não foi proposta a distribuição de dividendos conforme preceitua a legislação societária. Em 2016, a Companhia apurou Lucros a Realizar, em razão de resultados não realizados financeiramente em face dos ativos a receber da RBSE e Lei 8.727/93, além do resultado de equivalência patrimonial, conforme notas explicativas 1.2, 9 e 11. Os dividendos e as reservas de lucros, em 2016, foram calculados conforme segue:

2016 2015

Lucro (prejuízo) líquido do exercício 1.105.369 (768.709) Reserva legal sobre o lucro líquido (5%) (55.268) - Base de cálculo para os dividendos mínimos 1.050.101 (768.709)

Dividendos mínimos declarados 45.741 - Constituição de reserva de lucros a realizar 1.004.360 -

1.050.101 -

a) Parcela realizada do lucro líquido do exercício

Lucro líquido do exercício 1.105.369 (-) Parcelas não realizadas financeiramente

(-) Ganho com equivalência patrimonial/investimento (32.012) (-) Resultado liquido com o reconhecimento da RBSE (963.818) (-) Resultado liquido da Lei 8727/93 (63.798)

(=) Parcela realizada do lucro do exercício 45.741

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A Companhia não apresentou lucros realizados financeiramente no exercício de 2016 sujeitos a distribuição de dividendos, sendo o dividendo mínimo calculado com base na parcela dos lucros a realizar em 2017, mantendo o saldo remanescente na conta de Reserva de Lucros a Realizar.

b) Constituição da Reserva de Lucros a Realizar

Saldos de Exercícios anteriores - Lucros não realizados financeiramente 1.050.101 (-) Parcela do lucro líquido a realizar em 2017 (45.741) (=) valor da constituição de reservas de lucros a realizar 1.004.360

c) Movimentação dos dividendos

2016 2015

Saldo no exercício anterior 38.649 8.542 Dividendos adicionais propostos exercício anterior - 25.623

Atualização SELIC 5.418 4.528 Pagamentos - (44) Dividendos mínimos declarados 45.741 - Saldo no final do exercício 89.808 38.649

O saldo de dividendos provisionados e ainda não liquidados está demonstrado abaixo:

2016 2015 2016 2015

Centrais Elétricas Brasileiras S.A. 89.752 38.648 89.752 38.648 Demais acionistas 56 1 892 764

89.808 38.649 90.644 39.412

Controladora Consolidado

De acordo com o artigo 43 do Estatuto Social da Companhia, os dividendos não reclamados no prazo de 3 (três) anos, contados a partir da data em que foram disponibilizados, reverterão em favor da Companhia.

34.5 LUCRO BÁSICO E DILUÍDO POR AÇÃO ORDINÁRIA

Conforme estabelece o CPC 41, a Companhia apresenta a seguir as informações sobre o lucro por ação do período findo em 31 de dezembro de 2016 e 2015.

2016 2015Lucro (Prejuízo) líquido atribuído aos acionistas da controladora 1.105.369 (768.709)

Média ponderada de ações ordinárias 102.337.401 101.595.615Resultado básico e diluído por ação ordinária 10,80 (7,57)

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NOTA 35 – TREINAMENTOS E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL

A Companhia mantém programa permanente para a qualificação dos empregados e dirigentes através da área de educação corporativa, tendo apresentado os seguintes indicadores:

Indicadores 2016 2015

Empregados treinados 1.329 1.127 Homem hora treinados 83.998 82.702 Índice empregados treinados (%) 99% 86%Média hora treinamento 63,2 73,4 Força de trabalho treinada (%) 3,0% 3,0%Investimento total (mil) 1.147 1.680 Valor médio investido por empregado (mil) 0,9 1,5

Controladora

Informações não auditadas pelos auditores independentes.

NOTA 36 – INFORMAÇÕES POR SEGMENTO DE NEGÓCIO

Política contábil: nota explicativa 3.5.

O resultado apurado por segmento de negócio está a seguir demonstrado:

GeraçãoTransmissão Renovadas

Transmissão Não

Renovadas TOTAL Geração

Transmissão Renovadas

Transmissão Não

Renovadas TOTAL

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 624.354 2.156.803 326.559 3.107.716 620.669 525.173 428.454 1.574.296

CUSTO OPERACIONAL

Custo com energia elétrica (283.591) - - (283.591) (224.560) - - (224.560) Energia comprada para revenda (283.591) - - (283.591) (224.560) - - (224.560)

Custo de operação (170.182) (260.804) (37.543) (468.529) (162.568) (256.755) (32.113) (451.436) Pessoal, material e serviços de terceiros (28.770) (249.561) (33.868) (312.199) (33.243) (236.756) (28.766) (298.765) Depreciação e amortização (116.639) - (1.300) (117.939) (106.045) - - (106.045) Outros (24.773) (11.243) (2.375) (38.391) (23.280) (19.999) (3.347) (46.626)

Custo do serviço prestado a terceiros (5.359) (4.785) (2.465) (12.609) (6.942) (5.814) (4.685) (17.441)

Custo de construção - - (87.148) (87.148) - - (181.674) (181.674)

LUCRO OPERACIONAL BRUTO 165.222 1.891.214 199.403 2.255.839 226.599 262.604 209.982 699.185

Despesas operacionais (41.020) (169.698) (69.147) (279.865) (31.670) (127.783) (57.588) (217.041)

RESULTADO DO SERVIÇO 124.202 1.721.516 130.256 1.975.974 194.929 134.821 152.394 482.144

Outras receitas e despesas operacionais

Resultado de participações societárias 19.980 - 38.123 58.103 (655.196) 9.691 (9.334) (654.839)

Resultado financeiro (231.549) 15.731 (148.091) (363.909) (262.228) 16.399 (171.322) (417.151)

Impairment 1.823 - 25.959 27.782 (64.440) - (7.180) (71.620)

Provisão para perdas em investimentos (39.532) - - (39.532) (123.162) - - (123.162)

Outras receitas/despesas (1.948) (3.255) (3.929) (9.132) 2.024 (5.640) (25.055) (28.671)

LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS (127.024) 1.733.992 42.318 1.649.286 (908.073) 155.271 (60.497) (813.299)

Contribuição social 12.521 (156.693) (705) (144.876) 18.521 (10.663) 3.748 11.606

Imposto de renda 36.222 (433.970) (1.292) (399.041) 52.637 (30.303) 10.650 32.984

(PREJUÍZO) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (78.281) 1.143.329 40.321 1.105.369 (836.915) 114.305 (46.099) (768.709)

Controladora2016 2015

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GeraçãoTransmissão Renovadas

Transmissão Não

Renovadas TOTAL Geração

Transmissão Renovadas

Transmissão Não

Renovadas TOTAL

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 680.277 2.153.679 355.206 3.189.162 636.797 522.595 450.874 1.610.266

CUSTO OPERACIONAL

Custo com energia elétrica (264.124) - - (264.124) (224.560) - - (224.560) Energia comprada para revenda (264.124) - - (264.124) (224.560) - - (224.560)

Custo de operação (235.753) (260.804) (40.084) (536.641) (166.583) (256.755) (32.859) (456.197) Pessoal, material e serviços de terceiros (33.885) (249.561) (35.913) (319.359) (33.243) (236.756) (29.213) (299.212) Depreciação e amortização (166.498) - (1.300) (167.798) (106.045) - - (106.045) Outros (35.370) (11.243) (2.871) (49.484) (27.295) (19.999) (3.646) (50.940)

Custo do serviço prestado a terceiros (5.359) (4.785) (2.465) (12.609) (6.942) (5.814) (4.685) (17.441)

Custo de construção - - (92.163) (92.163) - - (181.682) (181.682)

LUCRO OPERACIONAL BRUTO 175.041 1.888.090 220.494 2.283.625 238.712 260.026 231.648 730.386

Despesas operacionais (46.241) (169.698) (71.155) (287.094) (37.228) (127.783) (58.843) (223.854) - - -

RESULTADO DO SERVIÇO 128.800 1.718.392 149.339 1.996.531 201.484 132.243 172.805 506.532

Outras receitas e despesas operacionais

Resultado de participações societárias 212.936 - 27.549 240.485 (501.591) 9.691 (19.025) (510.925)

Resultado financeiro (291.018) 15.731 (148.900) (424.187) (287.948) 16.399 (175.153) (446.702)

Impairment (232.977) - 25.959 (207.018) (284.785) - (7.180) (291.965)

Provisão para perdas em investimentos (39.532) - - (39.532) (123.162) - - (123.162)

Outras receitas/despesas (1.948) (3.255) (3.929) (9.132) 2.024 (5.640) (25.055) (28.671)

LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS (223.739) 1.730.868 50.018 1.557.147 (993.978) 152.693 (53.608) (894.893)

Contribuição social 38.225 (156.693) (1.122) (119.589) 41.249 (10.663) 3.381 33.967

Imposto de renda 107.622 (433.970) (2.117) (328.466) 115.798 (30.303) 9.937 95.432

(PREJUÍZO) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (77.892) 1.140.205 46.779 1.109.092 (836.931) 111.727 (40.290) (765.494)

Consolidado2016 2015

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NOTA 37 – RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

Política contábil: nota explicativa 4.2.14.

A conciliação entre a receita operacional bruta e a receita operacional líquida, em atendimento ao CPC 30 (R1) – Receitas, é apresentada abaixo:

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 2016 2015 2016 2015

Receita de geração de energia elétrica 402.765 361.839 495.309 379.610 Receita de comercialização de energia 282.844 318.978 256.870 318.978 Receita do serviço de O&M - renovadas 612.085 570.275 611.677 570.275 Receita do serviço de O&M - não renovadas 114.255 92.286 120.785 96.916 Receita com o ativo financeiro 1.753.845 185.524 1.773.270 205.247 Receita de construção transmissão 87.148 181.674 92.163 181.682

Serviço de comunicação multimídia - SCM 5.043 4.598 5.043 4.598

Receita do serviço prestado a terceiros 23.202 27.722 18.936 25.304 Outras receitas 13.733 15.315 13.625 15.155

3.294.920 1.758.211 3.387.678 1.797.765

DEDUÇÕES À RECEITA OPERACIONALImpostos e contribuições

COFINS (122.289) (120.625) (130.596) (123.114)

PIS/PASEP (26.549) (26.187) (28.351) (26.371) ICMS/ISS (2.057) (2.147) (2.057) (2.147)

(150.895) (148.959) (161.004) (151.632) Encargos setoriaisReserva global de reversão (RGR) (7.239) (8.080) (8.043) (8.728)

Fundo Nac. de Des. Cient. e Tecnológico (FNDCT) (5.685) (5.590) (6.084) (5.590)

Empresa de Pesquisa Energética (EPE) (2.843) (2.794) (2.843) (2.794)

Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) (5.685) (5.590) (5.685) (5.853)

Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) (846) - (846) - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) (1.421) - (1.421) -

CFURH (12.590) (12.902) (12.590) (12.902)

(36.309) (34.956) (37.512) (35.867)

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 3.107.716 1.574.296 3.189.162 1.610.266

Controladora Consolidado

37.1 ENERGIA ELÉTRICA VENDIDA

Composto pela “receita de geração de energia” na Controladora, no valor de R$ 402.765 mil, que se refere ao faturamento da UHE Passo São João, UHE Mauá, UHE São Domingos, PCH João Borges e PCH Barra Rio Chapéu e das Eólicas Galpões, Coxilha Seca, Capão do Inglês, Cerro Chato I, II e III, bem como da “receita de comercialização de energia”, no valor de R$ 282.844 mil.

Quantidade (MWh)*

Valor (R$ mil)Quantidade

(MWh)*Valor (R$ mil)

(não revisado) (não revisado)

Energia vendida 3.631.743,046 685.609 2.754.382,955 680.817

Controladora e Consolidado2016 2015

* Informações não auditadas pelos auditores independentes.

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37.2 RECEITA DE TRANSMISSÃO

A partir de 1º de janeiro de 2013, com a renovação das concessões previstas na Lei nº 12.783/13, toda a tarifa relativa ao contrato de concessão nº 057/2001 passou a ser registrada como receita de O&M. As receitas relativas aos reforços e melhorias com autorização da ANEEL para o referido contrato, realizadas a partir de 1º de janeiro de 2013, são tratadas como ativo financeiro.

37.3 SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA – SCM

A Companhia possui autorização da ANATEL conforme ato nº 50.088 de 29 de abril de 2005, para exploração do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) por prazo indeterminado, sem caráter de exclusividade, em âmbito nacional e internacional e tendo como área de prestação de serviços o território nacional. O SCM é um serviço fixo de telecomunicação que possibilita a oferta de capacidade de transmissão, emissão e recepção de informações multimídia, utilizando quaisquer meios a assinantes que possuem vínculo contratual com a autorizada, para fruição do SCM, dentro de uma área autorizada de prestação de serviço. O Sistema de Telecomunicações é composto de estações ópticas e de radio instaladas nas subestações, que são utilizadas para comunicações corporativas, teleproteção do sistema elétrico, comunicação com o ONS, interligação das centrais telefônicas privadas, dentre outros serviços. O excedente é comercializado através do SCM.

NOTA 38 – CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS

Política contábil: nota explicativa 4.2.14.

A distribuição dos gastos por natureza está apresentada abaixo:

Natureza Custo da geração

Custo da transmissão

Despesas operacionais Total

Custo da geração

Custo da transmissão

Despesas operacionais Total

Pessoal 13.070 228.971 161.738 403.779 13.070 229.197 164.837 407.104 Material 949 7.473 1.168 9.590 2.889 7.473 1.237 11.599 Serviço de terceiro 20.109 54.232 35.719 110.060 23.284 56.051 38.933 118.268 Prov. créd. liquid. duvidosa - 174 230 404 - 325 230 555 Custo de construção transmissão - 87.148 - 87.148 - 92.163 - 92.163 Energia comprada para revenda 283.591 - - 283.591 264.124 - - 264.124 Depreciação e amortização 116.639 1.300 4.513 122.452 166.498 1.300 4.532 172.330 Taxa de fiscalização ANEEL 1.216 3.391 - 4.607 1.648 3.391 10 5.049 EUSD 6.175 - - 6.175 6.175 - - 6.175 EUST 13.561 - - 13.561 19.960 - - 19.960 Provisão (reversão) para riscos - - 27.509 27.509 - - 27.509 27.509 Aposentadoria especial - - 1.486 1.486 - - 1.486 1.486 Ganhos (perdas) atuariais - - 11.405 11.405 - - 11.405 11.405 Plano de incentivo ao desligamento - - 373 373 - - 373 373 (-) Recuperação de despesas (2.184) (4.238) (15.219) (21.641) (2.184) (4.238) (15.219) (21.641) Outras despesas 6.006 14.294 50.943 71.243 9.772 14.639 51.761 76.172 Total 459.132 392.745 279.865 1.131.742 505.236 400.301 287.094 1.192.631

20162016Controladora Consolidado

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Natureza Custo da geração

Custo da transmissão

Despesas operacionais Total

Custo da geração

Custo da transmissão

Despesas operacionais Total

Pessoal 14.727 214.788 142.706 372.221 14.727 214.951 144.513 374.191 Material 475 9.528 2.072 12.075 475 9.528 2.132 12.135 Serviço de terceiro 24.885 51.557 29.721 106.163 24.885 51.841 32.824 109.550 Prov. créd. liquid. duvidosa - 431 (10) 421 - 470 (10) 460 Custo de construção transmissão - 181.674 - 181.674 - 181.682 - 181.682 Energia comprada para revenda 224.560 - - 224.560 224.560 - - 224.560 Depreciação e amortização 106.045 - 2.555 108.600 106.045 - 3.660 109.705 Taxa de fiscalização ANEEL 986 3.125 - 4.111 986 3.125 102 4.213 EUSD 5.395 - - 5.395 5.395 - - 5.395 EUST 11.441 - - 11.441 11.410 - - 11.410 Provisão (reversão) para riscos - - 8.694 8.694 - - 8.694 8.694 Aposentadoria especial - - 116 116 - - 116 116 Ganhos (perdas) atuariais - - 11.276 11.276 - - 11.276 11.276 (-) Recuperação de despesas (1.881) (1.627) (25.400) (28.908) (1.881) (1.627) (25.400) (28.908) Outras despesas 7.437 21.565 45.311 74.313 11.483 21.825 45.947 79.255 Total 394.070 481.041 217.041 1.092.152 398.085 481.795 223.854 1.103.734

2015 2015Controladora Consolidado

NOTA 39 – RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO

Política contábil: nota explicativa 4.2.14.

O detalhamento das despesas e receitas financeiras é apresentado a seguir:

2016 2015 2016 2015a) Receitas financeirasRenda sobre aplicações financeiras 34.550 34.946 37.617 37.311 Créditos de energia renegociados - juros 86.883 72.108 86.883 72.108 Créditos de energia renegociados - variação monetária 48.165 59.733 48.165 59.733 Créditos indenizatórios concessão - variação monetária - 26.795 - 26.795 Variação monetária (financiamentos) 82.361 54.921 82.361 54.921 Juros 25.939 23.139 25.939 23.139 Outras receitas financeiras 9.954 15.559 13.271 17.175 (-) PIS/Cofins sobre receitas financeiras (15.082) (7.417) (15.177) (7.417) Subtotal 272.770 279.784 279.059 283.765

b) Despesas financeirasEncargos de dívidas (financiamentos) 438.415 357.763 488.798 377.283 Variação monetária (financiamentos) 94.114 225.159 95.092 229.151 Outras despesas financeiras 104.150 114.013 119.356 124.033 Subtotal 636.679 696.935 703.246 730.467

Resultado financeiro líquido (363.909) (417.151) (424.187) (446.702)

Controladora Consolidado

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NOTA 40 – IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

(Prejuízo) Lucro antes dos tributos 1.649.286 1.649.286 (813.299) (813.299) Adições permanentes 605.581 605.581 806.009 806.009

Resultado negativo da avaliação patrimonial 582.440 582.440 788.140 788.140 Atualização financeira AFAC ESBR 18.264 18.264 10.750 10.750 Outras adições permanentes 4.877 4.877 7.119 7.119

Exclusões permanentes (648.015) (645.133) (137.621) (134.739) Resultado positivo da avaliação patrimonial (640.543) (640.543) (133.301) (133.301) Outras exclusões permanentes (7.472) (4.590) (4.320) (1.438)

Lucro real/base da contribuição social 1.606.852 1.609.734 (144.911) (142.029) Alíquotas dos tributos 15%+10% 9% 15%+10% 9%Imposto de renda e contribuição social 401.689 144.876 (36.252) (12.783)

Incentivo fiscal* 2.648 - - - Estorno base negativa não operacional - - (3.268) (1.177) Imposto de renda e contribuição social do período

399.041 144.876 (32.984) (11.606)

Imposto de renda e contribuição social correntes (29.039) (10.186) (49.426) (17.525) Imposto de renda e contribuição social diferidos 428.080 155.062 16.442 5.919 Imposto de renda e contribuição social do período

399.041 144.876 (32.984) (11.606)

* Lei Rouanet, Lei do Esporte e FIA.

Imposto de Renda

Contribuição Social

Controladora

Imposto de Renda

Contribuição Social

20152016

As adições e exclusões na base do Imposto de Renda e Contribuição Social referem-se a itens permanentes, tais como patrocínios e doações, equivalência patrimonial e amortização de ágio.

ControladasImposto de

RendaContribuição

SocialImposto de

RendaContribuição

Social

Hermenegildo I (22.359) (8.049) (16.447) (5.920) Hermenegildo II (22.684) (8.166) (18.835) (6.780) Hermenegildo III (21.449) (7.722) (21.724) (7.820) Coxilha Seca 3 1 17 13 Chuí IX (4.911) (1.768) (6.172) (2.221) Uirapuru* 825 417 713 367 Controladora 399.041 144.876 (32.984) (11.606)

Totais 328.466 119.589 (95.432) (33.967)

Imposto de renda e contribuição social correntes (28.209) (9.767) (48.665) (17.134) Imposto de renda e contribuição social diferidos 356.675 129.356 (46.767) (16.833)

Totais 328.466 119.589 (95.432) (33.967) *Tributação pelo lucro presumido

20152016Consolidado

NOTA 41 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS, GESTÃO DE RISCOS E VALORES JUSTOS

Os principais instrumentos financeiros ativos e passivos de acordo com as práticas contábeis adotadas pela Companhia, em 31 de dezembro de 2016 e 2015, estão descritos a seguir:

41.1 INSTRUMENTOS FINANCEIROS

A Companhia opera com diversos instrumentos financeiros, com destaque para caixa e equivalentes de caixa, incluindo aplicações financeiras, contas a pagar a fornecedores, financiamentos, debêntures e notas promissórias.

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Ativos e passivos financeiros

Os principais instrumentos financeiros ativos e passivos da Companhia, em 31 de dezembro de 2016 e 2015, estão descritos a seguir:

Ativos financeiros Nota 2016 2015 2016 2015

Mensurados ao custo amortizado

RecebíveisClientes 8 170.737 152.965 182.151 173.433 Ativo financeiro - conc. de serviço público 9 3.354.958 1.764.563 3.437.564 1.843.525 Créditos de energia renegociados 11 762.306 652.592 762.306 652.592

Mantidos até o vencimentoTítulos e valores mobiliários 42 42 42 42

Mensurados ao valor justoCaixa e equivalentes de caixa 6 24.169 29.222 36.843 33.490 Títulos e valores mobiliários 6 54.807 39.266 54.807 42.048 Cauções e depósitos vinculados 42.857 155.813 65.969 158.634

4.409.876 2.794.463 4.539.682 2.903.764

Passivos financeirosMensurados ao custo amortizado

Fornecedores 20 76.528 88.504 127.488 206.997 Financiamentos e empréstimos 21 3.646.093 3.652.352 4.153.184 3.823.681 Debêntures 22 - - - 342.671 Notas promissórias 23 285.310 209.135 285.310 209.135 Dividendos a pagar 34 89.808 38.649 90.644 39.412

4.097.739 3.988.640 4.656.626 4.621.896

Controladora Consolidado

Os valores registrados no ativo e no passivo circulante têm liquidez imediata ou vencimento, em sua maioria, em prazos inferiores a três meses. Considerando o prazo e as características desses instrumentos, que são sistematicamente renegociados, os valores contábeis aproximam-se dos valores justos.

41.2 GESTÃO DE RISCOS

A Companhia possui em sua estrutura uma área responsável pelo monitoramento de processos de controles, visando assegurar que as normas e procedimentos internos possuam um nível mínimo adequado de segurança aos registros efetuados.

Além do mapeamento dos controles voltados às demonstrações financeiras, são mapeados os riscos relativos a disponibilidade de geração, gestão de suprimentos críticos, processos jurídicos, gestão tributária, gestão de novos negócios e leilões, controles ambientais e responsabilidade social.

A Companhia tem obtido avanços e enfrentado desafios para disseminar as práticas de gestão de riscos, entretanto, visualiza-se a possibilidade de implementar melhorias e aprimoramentos no ambiente de gestão integrada de riscos corporativos.

A Companhia conta também com Auditoria Interna que desenvolve atividades anuais de auditoria, além de acompanhamento externo por parte do TCU, e ainda, com a Assessoria de Conformidade Corporativa (ASC), área responsável pelas atividades de compliance.

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41.3 RISCOS RESULTANTES DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os principais riscos que a Companhia possui exposição são os seguintes:

Risco cambial - A Companhia possui dois contratos de financiamento em moeda estrangeira (Euro) obtido junto à Eletrobras por meio de repasse do banco KfW para realizar investimentos no complexo de PCHs São Bernardo. Sobre estas operações não foram contratadas operações de "hedge" (proteção).

PassivoMoeda

Estrangeira ReaisMoeda

Estrangeira Reais

Empréstimos em Euro 59.242 203.697 59.242 251.801

Exposição Líquida 59.242 203.697 59.242 251.801

Controladora2016 2015

Risco de taxa de juros – A Companhia está exposta ao risco de que a variação da taxa de juros, relacionadas a empréstimos, notas promissórias e debêntures, cause aumento na sua despesa financeira com pagamentos de juros futuros.

O montante da exposição da Companhia aos riscos de taxa de juros na data base de 31 de dezembro de 2016 e 2015 é o seguinte:

2016 2015 2016 2015

IPCA 1.084.216 956.560 1.084.216 956.560 TJLP 809.066 895.405 1.312.482 911.013 SELIC 24.125 66.910 24.125 216.388 Euro 203.697 251.801 203.697 251.801 Cesta de moedas - - 3.675 6.243 Taxa CDI 1.631.521 1.448.899 1.631.521 1.791.570 Outros 178.778 241.912 178.778 241.912

Total 3.931.403 3.861.487 4.438.494 4.375.487

Controladora Consolidado

Risco de crédito - Salvo pelas contas clientes, ativo financeiro de transmissão, créditos de energia renegociados e créditos indenizatórios, a Companhia não possui outros saldos significativos a receber de terceiros contabilizados neste período. Desta forma, esse risco é considerado baixo.

Saldos significativos a receber de terceiros 2016 2015 2016 2015

Clientes 170.737 152.965 182.151 173.433 Ativo financeiro - concessão de serviço público 3.354.958 1.764.563 3.437.564 1.843.525 Créditos de energia renegociados (Lei 8.727/93) 762.306 652.592 762.306 652.592 Total 4.288.001 2.570.120 4.382.021 2.669.550

Controladora Consolidado

A RAP de uma empresa de transmissão é recebida das empresas que utilizam sua infraestrutura por meio de Encargo de Uso do Sistema de Transmissão (EUST). Essa tarifa resulta do rateio entre os usuários de transmissão de alguns valores específicos: (i) a RAP de todas as transmissoras; (II) os serviços prestados pelo ONS; e (iii) os encargos regulatórios.

O poder concedente delegou às geradoras, distribuidoras, consumidores livres, exportadores e importadores o pagamento mensal da RAP, que por ser garantida pelo arcabouço regulatório de transmissão, constitui-se em direito contratual incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro, deste modo o risco de crédito é baixo.

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Risco de liquidez - O risco de liquidez representa a possibilidade de a Companhia ter dificuldades de insuficiência de caixa ou outro ativo financeiro, para cumprir obrigações associadas com seus passivos financeiros.

A Companhia adota como política monitorar o seu fluxo de caixa continuamente, a fim de garantir e assegurar as exigências de liquidez, os limites ou cláusulas dos contratos de empréstimos e caixa suficiente para atendimento às necessidades operacionais do negócio.

Eventual excesso de caixa gerado pelas operações da Companhia é investido em contas correntes com incidência de juros, depósitos a prazo e depósitos de curto prazo, escolhendo instrumentos com vencimentos apropriados ou liquidez suficiente para fornecer margem, conforme determinado pelas previsões acima mencionadas.

A tabela abaixo analisa os passivos financeiros não derivativos, por faixas de vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento. Destes valores apresentados estão excluídos os financiamentos concedidos pela controladora Eletrobras. Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa contratados não descontados.

< 1 ano 1 - 2 anos 2 - 5 anos > 5 anosSaldos em 31.12.2016

Financiamentos e empréstimos 501.694 249.443 543.995 569.572

Fornecedores 76.528 - - -

Concessões a pagar – UBP 2.477 2.601 8.542 88.321 Notas promissórias 289.751 - - -

Saldos em 31.12.2015Financiamentos e empréstimos 316.376 500.589 649.935 710.433

Fornecedores 88.504 - - -

Concessões a pagar – UBP 2.322 2.480 8.129 91.317 Notas promissórias 214.640 - - -

< 1 ano 1 - 2 anos 2 - 5 anos > 5 anosSaldos em 31.12.2016

Financiamentos e empréstimos 575.812 381.225 820.014 872.353

Fornecedores 127.488 - - -

Concessões a pagar – UBP 2.477 2.601 8.542 88.321 Notas promissórias 289.751 - - -

Saldos em 31.12.2015Financiamentos e empréstimos 477.796 507.578 660.891 710.433

Fornecedores 206.997 - - -

Concessões a pagar – UBP 2.322 2.480 8.129 91.317 Debêntures 404.656 - - - Notas promissórias 214.640 - - -

Consolidado

Controladora

Riscos trabalhistas - A Companhia constitui provisões para as contingências de demandas judiciais de riscos trabalhistas, que representam o universo de perdas prováveis, cujos pedidos judiciais se constituem em pagamentos de verbas rescisórias, adicionais salariais, horas extras e verbas devidas em razão da responsabilidade subsidiária, que são quantificadas ao valor presente quando da efetiva liquidação desta obrigação.

O provisionamento contábil destas demandas está seguindo as orientações do Pronunciamento Técnico CPC 25 e os impactos para a Companhia estão apresentados na nota nº 27.

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Companhia Fechada

Riscos ambientais – As ações de caráter socioambiental constituídas para provisões de contingências de riscos ambientais nas unidades de negócio da Companhia asseguram o compromisso da obtenção de emissões de Licenças Ambientais, bem como autorização para corte de vegetação, com o respaldo do Ministério Público que fiscaliza a edificação desses investimentos. Riscos de captação – A Companhia e suas controladas poderão enfrentar dificuldades quanto a captação de novos recursos de acordo com a sua capacidade de geração de caixa e forma de pagamento. Riscos operacionais – A Companhia e suas controladas poderão enfrentar riscos regulatórios tais como legislação de órgãos reguladores (ANEEL e MME), do Operador Nacional do Sistema (ONS) e órgãos ambientais, bem como riscos de desligamento da rede de transmissão, sujeitando a Companhia a perdas de receita em razão de desligamentos prolongados. Risco Hidrológico – Em 2016 a Eletrobras Eletrosul vendeu 90% de seu portfólio de energia por meio de contratos de médio e longo prazo no ACR e ACL, garantindo estabilidade no fluxo de receitas da Companhia. Cerca de 10% do portfólio foi reservado para hedge hidrológico (GSF) e perdas. O baixo nível dos reservatórios resultou na menor produção de energia hidrelétrica frente à garantia física estabelecida para as usinas Mecanismo de Realocação de Energia (MRE). Esse déficit de geração, conhecido pela sigla GSF (Generation Scaling Factor, em inglês), ficou em 14,2%, reduzindo a energia disponível das hidrelétricas da Eletrobras Eletrosul. Por meio da repactuação do risco hidrológico relativo às usinas contratadas no Ambiente de Contratação Regulada (UHE Passo São João, UHE Mauá e UHE São Domingos), o produto selecionado (SP 92) garantiu proteção contra redução de garantia física nos cenários de GSF maior que 8%, mitigando parcialmente os impactos do GSF. 41.4 GESTÃO DE CAPITAL

A política da Companhia ao administrar seu capital é a de salvaguardar a capacidade de continuidade da Companhia no longo prazo para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. O índice de alavancagem financeira corresponde à dívida líquida dividida pelo capital total. A dívida líquida corresponde ao total dos financiamentos deduzido do montante de caixa e equivalentes de caixa registrado no balanço. O capital total é apurado somando-se o total do patrimônio líquido incluindo os adiantamentos para futuro aumento de capital (AFACs) com a dívida líquida.

Índice de alavancagem financeira

2016 2015 2016 2015

Total dos financiamentos e empréstimos 3.646.093 3.652.352 4.153.184 3.823.681 Total das debêntures - - - 342.671 Total das notas promissórias 286.482 209.135 286.482 209.135 (-) Caixa e equivalentes de caixa e fundos exclusivos* (78.976) (68.488) (91.650) (75.538) (=) Dívida líquida 3.853.599 3.792.999 4.348.016 4.299.949 Total do patrimônio líquido 5.539.526 4.535.251 5.539.526 4.535.251 (=) Total do capital 9.393.125 8.328.250 9.887.542 8.835.200 Índice de alavancagem financeira 41% 46% 44% 49%

Controladora Consolidado

*As aplicações em fundos exclusivos possuem liquidez imediata.

41.5 HIERARQUIA DO VALOR JUSTO

A Companhia aplica o CPC 40 (R1) para instrumentos financeiros mensurados no balanço patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da seguinte hierarquia de mensuração pelo valor justo. Os valores justos de caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, clientes, financiamentos e fornecedores são equivalentes aos seus valores contábeis. Outros ativos e passivos de longo prazo também possuem valores equivalentes aos seus valores contábeis.

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Companhia Fechada

Apresenta-se abaixo a hierarquia dos valores justos dos ativos consolidados da Companhia, em 31 de dezembro de 2016 e 2015.

Nível 1 - Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos. Nível 2 - Informações, além dos preços cotados, incluídas no nível 1 que são adotadas pelo

mercado para o ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, como derivados dos preços).

Nível 3 - Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou seja, inserções não observáveis).

Saldos em 31.12.2016Ativos Nota Valor Justo Nível 1 Nível 2 Nível 3

Caixa e equivalentes de caixa 6 36.843 36.843 - - Títulos e valores mobiliários 6 54.807 54.807 - - Cauções e depósitos vinculados 65.969 65.969

Total do Ativo 157.619 157.619 - -

Saldos em 31.12.2015Ativos Valor Justo Nível 1 Nível 2 Nível 3

Caixa e equivalentes de caixa 6 33.490 33.490 - - Títulos e valores mobiliários 6 42.048 42.048 - - Cauções e depósitos vinculados 158.634 158.634

Total do Ativo 234.172 234.172 - -

Consolidado

Consolidado

41.6 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE PARA A EXPOSIÇÃO A RISCOS DE ÍNDICES FLUTUANTES

Nos termos do CPC 40 (R1), a Companhia apresenta a análise de sensibilidade sobre seus financiamentos e empréstimos sujeitos a riscos de variação de índices flutuantes.

O cenário-base provável para 31 de dezembro de 2016 foi definido através de premissas aprovadas pela Controladora e disponíveis no mercado, e o cálculo da sensibilidade foi feito considerando a variação entre as taxas e índices do cenário previsto para 31 de dezembro de 2016. A análise de sensibilidade considerou ainda variação de 25% e 50% sobre os índices flutuantes consideradas no cenário provável.

Análise de sensibilidade taxa de juros

Índices (risco) SaldoCenário I

(-50%) Cenário II

(-25%)Cenário Provável

Cenário I (+25%)

Cenário II (+50%)

PASSIVOIPCA 2,38% 3,56% 4,75% 5,94% 7,13%TJLP 3,75% 5,63% 7,50% 9,38% 11,25%SELIC 4,75% 7,13% 9,50% 11,88% 14,25%CDI 4,75% 7,13% 9,50% 11,88% 14,25%

Financiamentos e empréstimosIPCA 1.084.216 25.804 38.598 51.500 64.402 77.305 TJLP 809.066 30.340 45.550 60.680 75.890 91.020 SELIC 24.125 1.146 1.720 2.292 2.866 3.438 CDI 1.346.211 63.945 95.985 127.890 159.930 191.835

Notas PromissóriasCDI 285.310 13.552 20.343 27.104 33.895 40.657

Total 3.548.928 134.787 202.196 269.466 336.983 404.255

Controladora2016

Redução despesa financeira - 12 meses

Aumento despesa financeira - 12 meses

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Índices (risco) SaldoCenário I

(-50%) Cenário II

(-25%)Cenário Provável

Cenário I (+25%)

Cenário II (+50%)

PASSIVOIPCA 2,38% 3,56% 4,75% 5,94% 7,13%TJLP 3,75% 5,63% 7,50% 9,38% 11,25%SELIC 4,75% 7,13% 9,50% 11,88% 14,25%CDI 4,75% 7,13% 9,50% 11,88% 14,25%

Financiamentos e empréstimosIPCA 1.084.216 25.804 38.598 51.500 64.402 77.305 TJLP 1.312.482 49.218 73.893 98.436 123.111 147.654 SELIC 24.125 1.146 1.720 2.292 2.866 3.438 CDI 1.346.211 63.945 95.985 127.890 159.930 191.835

Notas PromissóriasCDI 285.310 13.552 20.343 27.104 33.895 40.657

Total 4.052.344 153.665 230.539 307.222 384.204 460.889

Redução despesa financeira - 12 meses

Aumento despesa financeira - 12 meses

Consolidado2016

Análise de sensibilidade taxa de câmbio

Moeda (risco)Saldo em

MESaldo em

R$ milCenário I

(-50%) Cenário II (-

25%)Cenário I (+25%)

Cenário II (+50%)

PASSIVOCotação da moeda (Euro) 3,44 1,72 2,58 4,30 5,16 Empréstimos 59.242 203.697 (101.848) (50.924) 50.925 101.850

Total 59.242 203.697 (101.848) (50.924) 50.925 101.850

Redução despesa financeira

Aumento despesa financeira

Consolidado2016

NOTA 42 – INVESTIMENTOS AMBIENTAIS

Durante o exercício, a Companhia realizou os seguintes investimentos e gastos ambientais, reconhecidos no imobilizado e no resultado do exercício, conforme a seguir demonstrado:

Investimento Resultado Investimento ResultadoInvestimentos ambientais* 8.855 - 12.026 - Gastos ambientais* - 9.630 - 6.304 Total 8.855 9.630 12.026 6.304

2016 2015Controladora

* Informações não auditadas pelos auditores independentes.

Os investimentos e gastos ambientais, no montante de R$ 18.485 mil em 2016 (R$ 18.330 mil em 2015), referem-se a programas de recuperação de áreas degradadas e a preservação da biodiversidade, manutenção em processos operacionais para a melhoria do meio ambiente, além de programas de educação ambiental e outros projetos ambientais.

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NOTA 43 – INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES AO FLUXO DE CAIXA

2016 2015 2016 2015

Investimentos em participações societárias (a) (8) (13.196) (8) (13.196)Investimentos em imobilizado (b) 50.180 (34.866) 50.180 (185.262)Adições ao intangível - - (35.778) (35.778)Alienação de investimentos societários (c) (24.685) 216.530 (24.685) 216.530 Alienação da concessão nº 010/2009 (c) (1.252) 115.674 (1.252) 115.674 AFAC capitalizados (d) (546.799) (26.715) - -

(522.564) 257.427 (11.543) 97.968

Controladora Consolidado

(a) O valor de R$ 8 mil refere-se ao acréscimo de participação societária na investida Paraíso Transmissora de Energia S.A.

(b) O valor de R$ 50.180 mil, no consolidado, é referente aos investimentos em ativo imobilizado contabilizados pelo regime de competência e ainda não pagos.

(c) Os montantes referentes à alienação de ativos da concessão nº 010/2009, no valor de R$ 1.252 mil, e de investimentos societários, no valor de R$ 24.685 mil, se referem ao desconto por antecipação concedido.

(d) O saldo de R$ 546.799 mil representa capitalização dos adiantamentos para futuro aumento de capital (AFAC), aportados nas SPEs Chuí IX, Hermenegildo I, Hermenegildo II e Hermenegildo III e Coxilha Seca.

NOTA 44 – EVENTOS SUBSEQUENTES

De acordo com o que determina o CPC 24 - Eventos Subsequentes, são apresentados a seguir os principais eventos ocorridos entre a data do encerramento do exercício de 2016 e a data da autorização para a conclusão das demonstrações financeiras.

Aportes de capital nas sociedades investidas

SPE Evento ValorChuí IX AFAC 618 ESBR AFAC 13.600 Fronteira Oeste AFAC 19.380 Hermenegildo I AFAC 729 Hermenegildo II AFAC 729 Hermenegildo III AFAC 1.525 Livramento AFAC 1.439 Teles Pires Capital 12.700 Paraíso AFAC 110

50.830

Recebimento de devolução de AFAC

Em 26 de janeiro de 2017, a SPE Transmissora Sul Litorânea S.A. efetuou a devolução de recursos, no montante de R$ 36.465 mil, que haviam sido aportados em forma de adiantamento para futuro aumento de capital (AFAC).

Fundo de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC

A Eletrosul estruturou operação de crédito por meio de emissão de cotas de Fundo de Investimento em Direitos Creditórios de Transmissão Infinity DI (FIDC Infinity DI) no montante de R$ 690.000 mil lastreada

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em recebíveis do Contrato de Concessão de Transmissão ANEEL nº 057/2001, com o objetivo de captar recursos para destinação ao plano de investimento da Companhia, reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacionadas aos seus projetos de investimentos, bem como o resgate antecipado da totalidade das Notas Promissórias da 2ª emissão da Eletrosul, com vencimento em 02 de março de 2017, no valor total de R$ 289.751 mil. As condições da operação foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Eletrosul por meio da DCA nº 385-01 em 21 de junho de 2016 e a sua liquidação ocorreu em 24 de janeiro de 2017. A oferta pública de distribuição de cotas seniores de emissão do FIDC Infinity DI foi registrada na CVM sob o nº CVM/SRE/RFD/2017/001 em 12 de janeiro de 2017. A ANEEL anuiu com a operação por meio do Despacho nº 2.854, de 31 de outubro de 2016. Detalhes do FIDC: - Prazo de amortização: 5 anos - Carência do Principal: 2 anos - Valor das cotas sêniores: R$ 690 milhões - Valor das cotas subordinadas: R$ 60 milhões; - Amortização do principal: customizada, a partir do 24º mês - Amortização dos juros: mensal - Taxa de Juros das cotas seniores: Taxa CDI + 2% a.a - Agência de Rating/Nota: Fitch Ratings Brasil Ltda/AAA - Agente estruturador: Banco BTG Pactual S.A. - Agente administrador: Caixa Econômica Federal - Custodiante: Banco do Brasil S.A. - Auditoria do Fundo: KPMG Auditores Independentes - Assessoria Jurídica: Mattos Filho, Veiga filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados - Distribuidores: Banco BTG Pactual S.A. - CNPJ do Fundo: 24.103.743/0001-55.

Pagamento de notas promissórias

Em 25 de janeiro de 2017, a Companhia efetuou a liquidação de 500 notas promissórias relativas a segunda emissão no valor total de R$ 289.751 mil (principal + remuneração).

Quitação de dívida com a Eletrobras

Em 9 de março de 2017, a Diretoria Executiva da Eletrosul aprovou a quitação de dívida com a Eletrobras, mediante dação em pagamento de outorgas e ações de empreendimentos de transmissão e de geração eólica, bem como a cessão dos Direitos dos Créditos da Lei 8.727/93. Para a efetivação da operação acima será convocada uma Assembleia Geral de Acionistas, nos termos do Artigo 9°, inciso III, do Estatuto Social da Eletrosul.

Liminar contra remuneração das indenizações das transmissoras

A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) ingressou com ação na Justiça, com pedido de liminar, contra a remuneração das indenizações das transmissoras que renovaram antecipadamente as concessões em 2013, no valor total de R$ 62,2 bilhões. Esse montante, aprovado em fevereiro pela Agência Nacional de Energia Elétrico (ANEEL), será cobrado do consumidor de energia e repassado às transmissoras ao longo de oito anos.

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Wilson Ferreira Junior Gilberto Odilon EggersPresidente Conselheiro

Armando Casado de Araujo Celso KnijnikConselheiro Conselheiro

Dayson Roberto Waldschmidt Ricardo Moura de Araujo FariaConselheiro Conselheiro

DIRETORIA EXECUTIVA

Tomé Aumary Gregório Laércio FariaDiretor Financeiro Diretor Administrativo

Rogério Bonini Ruiz Jorge Andriguetto JúniorDiretor de Operação Diretor de Engenharia

Gilberto Odilon EggersDiretor Presidente

DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE

Sandro Rodrigues da Silva

Gerente do Departamento de Contabilidade Contador CRC-SC 15360/O-9

Florianópolis, 24 de março de 2017.

 

KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma‐membro da rede KPMG de firmas‐membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. 

KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity. 

KPMG Auditores Independentes Av. Prof. Othon Gama D´eça, 677 - Salas 603, 604 e 605 - Centro - Ed. The Office 88015-240 - Florianópolis/SC - Brasil Caixa Postal 1420 88010-970 - Florianópolis/SC - Brasil Telefone +55 (48) 3205-5300, Fax +55 (48) 3205-5301 www.kpmg.com.br

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Aos Conselheiros e aos acionistas da Eletrosul Centrais Elétricas S.A. Florianópolis - SC Opinião Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Eletrosul Centrais Elétricas S.A. (“Companhia”), identificadas como controladora e consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, individual e consolidada, da Eletrosul Centrais Elétricas S.A. em 31 de dezembro de 2016, o desempenho individual e consolidado de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa individuais e consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

 

KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.

KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.

Incerteza relevante relacionada com a continuidade operacional Conforme mencionado nas Notas Explicativas nºs 1 e 16, a Companhia e as controladas, em conjunto ESBR Participações S.A., Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A., Livramento Holding S.A., Marumbi Transmissora de Energia S.A., Paraíso Transmissora de Energia S.A., Santa Vitória do Palmar Holding S.A., Teles Pires Participações S.A., Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A., e as controladas Eólica Chuí IX S.A., Eólica Hermenegildo I S.A., Eólica Hermenegildo II S.A., Eólica Hermenegildo III S.A., apresentaram perdas em suas operações, capital de giro negativo e/ou passivo a descoberto. Esses eventos e condições indicam a existência de incerteza relevante que pode levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da Companhia e de suas controladas em conjunto depende da manutenção do suporte financeiro de terceiros, da sua controladora e/ou demais acionistas. Nossa opinião não está ressalvada em relação a esse assunto. Ênfase - Riscos relacionados à conformidade com leis e regulamentos - Lava Jato Conforme descrito na Nota Explicativa n° 5.7, às demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a investigação independente concluiu seus trabalhos relacionados à eventuais impactos sobre as demonstrações financeiras da Companhia e não foram identificados impactos relacionados a atividades ilícitas que tivessem sido capitalizados pela Companhia ou por suas controladas/coligadas. Nossa opinião não está ressalvada em função desse assunto. Outros assuntos - Demonstrações do valor adicionado As demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016, elaboradas sob a responsabilidade da Administração da Companhia, cuja apresentação não é requerida às sociedades anônimas de capital fechado, foram submetidas a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da Companhia. Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essas demonstrações estão conciliadas com as demonstrações financeiras e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em nossa opinião, essas demonstrações do valor adicionado foram adequadamente elaboradas, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e são consistentes em relação às demonstrações financeiras individuais e consolidadas tomadas em conjunto. Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras individuais e consolidadas e o relatório do auditor A Administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração. Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas não abrange o Relatório da Administração e não expressamos nenhuma forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.

 

KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.

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Responsabilidades da Administração e da governança pelas demonstrações financeiras individuais e consolidadas A Administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a Administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a Administração pretenda liquidar a Companhia e suas controladas ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da Companhia e suas controladas são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras. Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais e consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras. Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas controladas.

Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela Administração.