osteodistrofia fibrosa ou hiperparatireoidismo nutricional

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SABRINA OLIVEIRA VANDRÉ ARAÚJO PATOLOGIA DO SISTEMA ESQUELÉTICO

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hiperparatioroidismo nitricional

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SABRINA OLIVEIRAVANDR ARAJO

PATOLOGIA DO SISTEMA ESQUELTICO

CURITIBA 2015Osteodistrofia Fibrosa

Definio uma enfermidade sistmica induzida por uma deficincia absoluta ou relativa de clcio, causada pelo excesso de fsforo ou pelo consumo de plantas contendo oxalato. Sinnimos: -Hiperparatireoidismo nutricional secundrio; -Cara inchada; -Molstia do farelo; -Cabea grande;

Etiologia

-Alta ingesto de gros (elevada concentrao de fosfatos em relao s de Ca++). O farelo de trigo e milho so os principais (deficincia secundria); -Alta ingesto de certas forragens contendo oxalato Setaria anceps, Cenchrus ciliaris, Panicum maximum, cultivar Aruanavar.Trichoglume, Pennisetum clandestinum, Brachiaria sp (B. humidicula e B. brisanta) e capim colonio. -Baixa ingesto de Ca++ (deficincia primria). Difcil ocorrer; -Deficincia de Ca++ secundaria em cavalos estabulados (deficincia de vitamina D por insuficiente irradiao solar UV na pele); -Fmeas: podem ocorrer desequilbrios de Ca:P principalmente no final da gestao e incio de gestao, desencadeando sria deficincia de Ca++;

Epidemiologia

-Equdeos, caprinos (tem capacidade de absorver oxalatos) e bovinos; -Idade: 1,5 a 7 anos (perodo de maior utilizao do animal, sendo mais tratados com gros); -Mais freqente em eqinos jovens em fase de rpido crescimento; -Manejo intensivo (estabulado com alto gro); -Extensivo: em pastagens inadequadas (altos nveis de oxalato); -Eqinos com dietas ricas em P e pobres em Ca; Oxalato: substncia presente em pastagens tropicais (citadas acima) que quando ingerido pelos eqinos, liga-se ao Ca++ no ID formando um composto insolvel denominado oxalato de clcio, tornando o Ca++ indisponvel para estes animais. Pastagens contendo concentraes maiores que 2% (na MS) de oxalato, causam reduo na biodisponibilidade de Ca++.Mesmo suplementando com Ca vai desenvolver osteodistrofia.

PatogeniaAltas concentraes de fsforo/oxalato ou baixas concentraes de clcio levam a hiperfosfatemia e/ou hipocalcemia. H a liberao do PTH (hormnio parariteoideano) fazendo com que se aumente a reabsoro de clcio e aumentando a eliminao de fsforo via renal (tentando manter a relao Ca:P = 2:1). Ento h a instalao de uma osteoporose e substituio por tecido conjuntivo fibroso. Formando leses simtricas e bilaterais (Ex.: cara inchada e claudicao). A claudicao ocorre quando h leso na superfcie articular e ossos longos; Desenvolvimento de fibrose: osso fica aumentado e recalcifica novamente levando a uma leso irreversvel; O PTH atua em receptores nos osteoblastos levando a um aumento na produo do fator de diferenciao do osteoclasto e diminuio na secreo de osteoprotegerina (aumento na reabsoro). Tambm atua em receptores na medula ssea aumentando a diferenciao das clulas em fibroblastos (fibrose).

Aspectos Macroscpicos-Claudicao em um ou mais membros: ocorre devido dor nas articulaes, microfraturas na regio subepifisial de ossos longos e avulso periosteal (pode ocorrer durante o trabalho); -Pode haver assimetria dos msculos levando o animal a dar passos curtos e apoiar sobre a pina; -Avulso periosteal: pode ocorrer durante o trabalho; -Dor ssea e articular (eroses); -Aumento bilateral dos ossos da face com reduo da crista facial (deformidade dos ossos da mandbula, zigomtico, lacrimal e palatino, caracterizada por tumefao e amolecimento dos ossos, cara inchada); -Casos mais graves: aumento dos ossos frontal e nasal e outros ossos do esqueleto podem ser afetados (Ex.: escpula e coluna vetebral): -Perda de dentes a qual prejudica a mastigao; -Estenose da cavidade nasal levando a dispnia inspiratria e intolerncia ao exerccio; -Lacrimejamento por obstruo do ducto nasolacrimal; -Com a evoluo pode-se observar emagrecimento progressivo, anemia e perda de apetite;

Aspctos MicroscpicosOcorreuma irregularidade da cartilagem na zona de ossificao endocondral. Pode-se observar as clulas de cartilagem hipertrfica emitindo ramificaes no sentido da cavidade medular.

Espondilose Deformante

Definio Espondilose deformante uma doena degenerativa e proliferativa da coluna vertebral caracterizada pela presena de ostefitos (neo-formaes sseas) entre as vrtebras resultando na formao de pontes sseas entre os corpos vertebrais. caracterizada pelo aparecimento de projeces sseas nas vrtebras torcicas, lombares e lombo-sacrais. Estas projeces podem unir-se formando pontes sseas entre os corpos vertebrais adjacentes. Pode surgir adjacente a um disco intervertebral degenerado, herniado ou normal e pode estar associado a um local de instabilidade da coluna, mas frequentemente a sua causa desconhecida. A espondilose deformante pode estar associado a alteraes degenerativas, herniao do disco intervertebral e estenose lombo-sacral.

Patogenia Atualmente, a causa exata da espondilose canino desconhecida. A condio pode ser devido gentica, trauma ou vrios fatores ambientais que so especficos para cada raa de co. A espondilose pode ser classificada em quatro graus. Grau I: ostefito aparece como um pequeno esporo. Grau II: ostefitos aparecem em ambos os lados do espao articular. Grau III: os ostefitos se estendem abaixo do espao discal. Grau IV: ostefitos se fundem ao redor do espao discal.

Aspectos macroscpicosAs radiografias da coluna podem mostrar, alm das alteraes degenerativas1, perda da lordose19 natural da coluna, entretanto, os achados radiolgicos no se correlacionam linearmente com a sintomatologia clnica. Assim, h pacientes assintomticos que portam grandes alteraes radiolgicas e outros que experimentam grandes sintomas9 com alteraes radiolgicas mnimas. A ressonncia magntica20 e a tomografia computadorizada21 complementam o diagnstico22. Atravs delas pode-se observar o estreitamento do canal vertebral12, a presena de ostefitos6, o eventual comprometimento do disco intervertebral3 e se h ou no a compresso das razes nervosas8. Em todos os casos deve ser feito um diagnstico22 diferencial com outras dores cervicais, como leses23 mecnicas da coluna, doenas inflamatrias, doenas metablicas, infeces24, neoplasias25, etc.

Aspectos microscpicos

Os achados laboratoriais no so patognomnicos, mas podem auxiliar na caracterizao do grau doena, como inflamao que ocorre no local da espondilose.

REFERNCIAS

http://www.unicruz.edu.br/15_seminario/seminario_2010/CCS/OSTEODISTROFIA%20FIBROSA%20EM%20EQUINOS.pdf http://www.infoescola.com/doencas/osteodistrofia-fibrosa-em-equinos http://www.escoladocavalo.com.br/2012/11/doenca-da-cara-inchada%E2%80%9D-ou-hiperparatireoidismo-nutricional-secundario/ Revista Cientfica Eletrnica de Medicina Veterinria uma publicao semestral da Faculdade de Medicina Veterinria e Zootecnia de Gara FAMED/FAEFFonte: http:// www.fcm.unicamp.br/deptos/anatomiaWilliam W. Carlton. Patologia Veterinria Especial de Thompson. 2 ed. Editora Artmed, 1998.Thomas Carlyle Jones, Ronald Duncan Hunt e Norval W King. Patologia Veterinria. 6 ed. Editora Manole, 2000.