os sociólogos da cultura utilizam o conceito de narrativas transmediáti

3
Os sociólogos da cultura utilizam o conceito de narrativas transmediáti- cas (transmedia storytelling) para definir o ir e vir das histórias construídas em diferentes meios de comunicação, cada um dos quais realiza sua própria contribuição à interpretação da história global (Jenkins, 2006) As extensões dos relatos-matriz às novas tecnologias (principalmente a internet, mas também videojogos e telefone celular) se integram com os (e não nos) próprios programas, produzindo formas “narrativas tão extensas que não podem ser contidas em um único meio” (Jenkins, 2006: 95). Os hipertextosse principalmente por sua hibridizaço, entendida como “a capacidade de um texto de absorver e transformar elementos de todos os espaços culturais” (Jenkins, 2006: 112). 4 In the ideal form of TS (transmedia stories) each medium does what it does best — so that a story might be introduced in a film, expanded through television, novels, and comics, and its world might be explored and experienced through game play. Each franchise entry needs to be self-contained enough to enable autonomous consumption. That is, you don't need to have seen the film to enjoy the game and vice-versa. (Jenkins, 2003) Briefly then, TS is a particular narrative structure that expands through both different languages (verbal, iconic, etc.) and media (cinema, comics, television, video games,

Upload: liadownload

Post on 19-Feb-2016

3 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

sociolo

TRANSCRIPT

Page 1: Os Sociólogos Da Cultura Utilizam o Conceito de Narrativas Transmediáti

Os sociólogos da cultura utilizam o conceito de narrativas transmediáti- cas (transmedia storytelling) para definir o ir e vir das histórias construídas em diferentes meios de comunicação, cada um dos quais realiza sua própria contribuição à interpretação da história global (Jenkins, 2006)

As extensões dos relatos-matriz às novas tecnologias

(principalmente a internet, mas também videojogos e telefone celular) se integram com os (e não nos) próprios programas, produzindo formas “narrativas tão extensas que não podem ser contidas em um único meio” (Jenkins, 2006: 95).

Os hipertextosse principalmente por sua hibridizaçao, entendida como “a capacidade de um texto de absorver e transformar elementos de todos os espaços culturais” (Jenkins, 2006: 112).4

In the ideal form of TS (transmedia stories) each medium does what it does best — so that a story might be introduced in a film, expanded through television, novels, and comics, and its world might be explored and experienced through game play. Each franchise entry needs to be self-contained enough to enable autonomous consumption. That is, you don't need to have seen the film to enjoy the game and vice-versa. (Jenkins, 2003)

Briefly then, TS is a particular narrative structure that expands through both different languages (verbal, iconic, etc.) and media (cinema, comics, television, video games, etc.). TS is not just an adaptation from one media to another. The story that the comics tell is not the same as that told on television or in cinema; the different media and languages participate and contribute to the construction of the transmedia narrative world. This textual dispersion is one of the most important sources of complexity in contemporary popular culture.

For Jenkins, “transmedia storytelling practices may expand the potential market for a property by creating different points of entry for different audience segments” (Jenkins, 2007).

As Jenkins notes, the corporations are “creating different points of entry for different audience segments.” As one of the objectives of TS is to increase the number of consumers and target different groups, a semiotic reflection on the textual construction of consumers is pertinent.

Convergence, according to Jenkins, takes place “within the

Page 2: Os Sociólogos Da Cultura Utilizam o Conceito de Narrativas Transmediáti

brains” of the consumers and “through their social interactions with others.”

Desta maneira, os ambientes online e offline estão se aproximando e com isto, oferecendo novas pos- sibilidades para o setor publicitário. A convergência das mídias contribui para este rompimento de barreiras, oferecendo novos tipos de experiências ao público. “Bem-vindos a cultura da convergência (...) onde as velhas e as novas mídias colidem, onde mídia corporativa e mídia alternativa se cruzam, onde o poder do produtor e o poder do consumidor interagem de maneiras imprevisíveis” (JENKINS, p. 27)

Com o controle e o poder de decidir a maneira e o momento de interagir, o público vem buscando muito mais do que informação.

A digitalização e a abertura aos usuários do arquivo da BBC neste mesmo ano constituem outro hiato que Jenkins começa a chamar de Convergence Culture: um lugar onde os velhos e novos meios colidem (Jenkins, 2006), e um passo adiante na crescente integração dos usuários na Rede.

A convergência é uma forma de fazer a otimização dos processos e com isso ganhar qualidade de informação