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Os Sacramentos da iniciação Cristã

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Os Sacramentos da iniciação Cristã. Introdução . 1229 Tornar-se cristão, eis algo que se realiza desde os tempos dos apóstolos por um itinerário e uma iniciação que passa por várias etapas. Este itinerário pode ser percorrido com rapidez ou lentamente . - PowerPoint PPT Presentation

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Os Sacramentos da iniciao Crist

Os Sacramentos da iniciao CristIntroduo 1229 Tornar-se cristo, eis algo que se realiza desde os tempos dos apstolos por um itinerrio e uma iniciao que passa por vrias etapas. Este itinerrio pode ser percorrido com rapidez ou lentamente.

Dever sempre comportar alguns elementos essenciais: o anncio da Palavra, o acolhimento do Evangelho acarretando uma converso, a profisso de f, o Batismo, a efuso do Esprito Santo, o acesso Comunho Eucarstica.1230 Esta iniciao tem variado muito ao longo dos sculos e de acordo com as circunstncias.

Nos primeiros sculos da Igreja a iniciao crist conheceu um grande desenvolvimento com um longoperodo de catecumenato e uma sequncia de ritos preparatrios que balizavam liturgicamente a caminhada da preparao catecumenal e que desembocavam na celebrao dos sacramentos dainiciao crist.1231 Quando o Batismo das crianas se tornou amplamente a forma habitual da celebrao deste sacramento, esta passou a ser um nico ato que integra de maneira muito resumida as etapas prvias iniciao crist. Por sua prpria natureza, o Batismo das crianas exige um catecumenato ps batismal.

No se trata somente da necessidade de uma instruo posterior ao Batismo, mas do desabrochar necessrio da graa batismal no crescimento da pessoa. E o lugar prprio do catecismo.A iniciao crist realiza-se pelo conjunto de trs sacramentos O Batismo que o incio da vida nova; A Confirmao , que sua consolidao; A Eucaristia , que alimenta o discpulo com o Corpo e o Sangue de Cristo em vista de sua transformao nele.

BATISMOFUNDAMENTAO BBLICANo Antigo Testamento

No Antigo Testamento, a gua possui um simbolismo muito grande, no contexto bblico. Primeiramente tida como elemento primordial (Gn 1,2), no mencionada entre as obras da criao, porm pressuposta. Poderamos nos estender muito mais sobre o assunto gua, porm, vamos nos limitar a conexo: gua-batismo.

Na Igreja primitiva o batismo ministrado por imerso. A imerso hoje usada em algumas igrejas protestantes, a forma mais celebrada pela Igreja Catlica por infuso.

O Batismo de Joo ou Pr-Cristo

Joo anuncia o juzo escatolgico de Deus a ser esperado para breve e em fase disso conclama a uma converso radical e ao batismo da converso para o perdo dos pecados (Mc 1,4). Da, percebemos que de longe a relao mais clara que encontramos com o batismo Cristo tem presena na atuao do profeta Joo.

O batismo de Joo diferenciado das purificaes conhecidas entre o povo nico. Neste contexto, se revela a singularidade da situao escatolgica por ele anunciada e a radicalidade da converso exigida. Outra diferena que cai na vista consiste no fato de que os que solicitam no batizam a si mesmos, mas recebem o batismo das mos de Joo.

Para os discpulos de Jesus e as posteriores comunidades o batismo de Joo era relevante porque o prprio Jesus se deixou batizar por Joo (Mc 1, 9-12).

O Batismo Cristo

Ao receber o batismo de Joo, Jesus no confessou ser um pecador, mas mostrou-se solidrio com a humanidade tocado pelo o pecado. Isto, porque o Cristo veio para redimir dos pecados esta mesma humanidade. A manifestao do Pai, e do Esprito Santo sob a forma de pomba que encontramos no relato do batismo de Jesus completou o modelo do batismo cristo: Em nome do Pai, do Filho e do Esprito Santo.

Segundo Santo Toms (cf. S. Th. III, q.66, a.2) Cristo instituiu o sacramento do batismo precisamente quando foi batizado por Joo, uma vez que a gua foi santificada e recebeu a fora santificante.

A Igreja realiza o batismo por mandato do prprio Senhor que podemos conferir nos evangelhos em que os discpulos so enviados a batizar em Nome do Pai, do Filho e do Esprito Santo (cf. MT 28, 18-20; Lc 24, 47; Mc 16, 15-16).

A Igreja viu na arca de No uma prefigurao da salvao pelo o batismo. Se a gua da fonte simboliza a vida a gua do mar simboliza a morte, por este simbolismo todo o batismo significa a comunho com a morte de Cristo e a sua ressurreio para a vida eterna.

Pelo Batismo participamos da cruz de Cristo em que nela somos redimidos e por ela somos salvos.

Portanto, nosso batismo no s se apaga os pecados e se confere o dom do Esprito Santo, mas tambm o exemplar e a expresso do sofrimento. Sendo assim, temos a seguinte afirmao de So Paulo: ser que ignorais que todos ns, batizados em Jesus Cristo, somos na sua morte que fomos batizados? Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com Ele. (Rm 6, 3-4)

Na histria da Igreja primitiva o batismo, exige resposta pessoal de f a pregao do Kerigma, cujo contedo se centraliza no mistrio da morte e ressurreio de Cristo.

Paulo nos apresenta uma reflexo sobre a moralidade Crist a partir do batismo. Os dois elementos do batismo, banho e palavra (matria e forma), so mencionados claramente: purificando-vos pelo banho de gua e na palavra (Ef 5, 26).

O evangelho de Joo por ser um escrito tardio, evidencia o testemunho da Igreja como os sacramentos do batismo e da eucaristia esto intimamente ligados aos acontecimentos da vida de Jesus, pois Joo escreve num tempo em que a Igreja, como instituio, j vive o culto e os sacramentos. Os padres da Igreja e muitos exegetas vem uma aluso ao batismo na ocasio do poo de Jac, na cura do paralitico, no episodio do cego de nascena e na gua e no sangue que correm do lado de Jesus na cruz.

No encontro com Nicodemos, Jesus mesmo anuncia a importncia do Batismo, desenvolvendo a doutrina, partindo da experincia eclesial do batismo para chegar a sua casa, que a redeno. Batismo como um novo nascimento nos remete a uma relao entre o nascer de cima e o nascer do Esprito para entrar no cu. Este nascer de cima est em contra posio entre as coisas celestes e as coisas terrenas: quem nasce da carne carne, mas quem nasce do Esprito esprito (Joo 3, 6), o mistrio pascal iluminando o BatismoASPECTOS GERAIS PARA A CELEBRAO DO SACRAMENTO

I. Matria e FormaA Matria do batismo a gua natural pode ser quente ou fria. Para que seja valido, deve-se derramar a gua ao mesmo tempo em que se pronunciam as palavras da forma que so: N.. eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Esprito Santo.

II. MinistroO ministro ordinrio do batismo o bispo, o presbtero e o dicono (Cn. 861). Ou qualquer pessoa ainda herege ou infiel, desde que empregue a matria e formas prescritas e tenha pelo menos a inteno de fazer o que a Igreja faz.

Batismo Constitui o nascimento para a vida nova em Cristo. Segundo a vontade do Senhor, ele necessrio para a salvao, como a prpria Igreja, na qual o Batismo introduz.

O rito essencial do Batismo consiste em mergulhar na gua o candidato ou em derramar gua sobre sua cabea, pronunciando a invocao da Santssima Trindade, isto , do Pai, do Filho e do Esprito Santo

O fruto do Batismo ou graa batismal uma realidade rica que comporta: a remisso do pecado original e de todos os pecados pessoais; o nascimento para a vida nova, pelo qual o homem se torna filho adotivo do Pai, membro de Cristo, templo do Esprito Santo Com isto mesmo, o batizado incorporado Igreja, corpo de Cristo, e se torna participante do sacerdcio de Cristo.

O Batismo imprime na alma um sinal espiritual indelvel, o carter, que consagra o batizado ao culto da religio crist. Em razo do carter, o Batismo no pode ser reiterado. Os que morrem por causa da f, os catecmenos e todos os homens que, sob o impulso da graa, sem conhecerem a Igreja, procuram com sinceridade a Deus e se esforam por cumprir a vontade dele podem ser salvos, mesmo que no tenham recebido o Batismo.

Desde os tempos mais antigos, o Batismo administrado s crianas, pois uma graa e um dom de Deus que no supe mritos humanos; as crianas so batizadas na f da Igreja. A entrada na vida crist d acesso verdadeira liberdade.

Quanto s crianas mortas sem Batismo, a liturgia da Igreja convida-nos a ter confiana na misericrdia divina e a orar pela salvao delas.

Em caso de necessidade, qualquer pessoa pode batizar, desde que tenha a inteno de fazer o que faz a Igreja, e que derrame gua sobre a cabea do candidato dizendo:

Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Esprito Santo.

O SACRAMENTO DA CONFIRMAO OU CRISMAFundamentos Bblicos

Na literatura do Novo Testamento no se conhece um rito Prprio de concesso do Esprito, separado do batismo, como regra de iniciao Crist. Somente se pode ir busca de elementos separados que oferece um ponto de referencia para a posterior pratica e teologia da Crisma. Nos Atos dos Apstolos, temos Pedro e Joo enviados aos samaritanos: fizeram orao por eles a fim de que recebessem o Esprito Santo, porque ainda no tinha descido sobre nenhum deles, mas apenas estavam batizados em nome do Senhor Jesus. Ento lhes impunham as mos e recebiam o Esprito Santo. (cf. Atos 8, 14-17).

Para o Novo Testamento o dom do Esprito faz parte do evento batismal. Em duas passagens de Atos dos Apstolos a concesso do esprito, parte integrante do batismo, se encontra no contexto de uma imposio das mos pelos apstolos (At, 8, 17s; 19,6), na epistola aos Hebreus, batizar e imposio das mos so mencionados com naturalidade uma aps o outro (Hb 6, 2). Por outro lado, tambm fala em Atos dos Apstolos de batismo e dom do esprito sem que se mencionasse uma imposio das mos (At 2,38; 10,44-48), e Paulo, para o qual batismo sempre tambm significa concesso do esprito, bem como Joo, que fala do nascimento de gua e de esprito (Joo 3,5) no se refere a um rito prprio da concesso do esprito alm do banho em gua.

Supostamente a pratica diferente; com certeza, porm, o dom do esprito sempre foi associado ao batismo Cristo. Se existiu para isso um rito prprio ento ele fazia parte do batismo (como Atos 19,6).Em se tratando da imposio das mos, um gesto de dispensao e transmisso de vida, fora poder, se nos depara na bblia, entre outras, como gesto da beno (Gn 48, 14s;); (Jesus abenoa as crianas Mc10, 13-16), como gesto de cura (Mc 5,23; 6,5; 6,18; At 28,8) e como sinal de comissionamento (Nm 27, 15-23; Dt 34, 9; At 6, 1- 6; 2Tm 1,6).

nestes contedos que se devem pensar quando a imposio das mos se torna gesto do dom do Esprito: aceitao, incluso na esfera da vida de Deus, cura de culpa alienante, envio.

Portanto podemos perceber que o fundamento bblico deste sacramento se encontra em At 8, 14-17; que nos diz: fizeram orao por eles a fim de que recebessem o Esprito Santo, porque ainda no tinha descido sobre nenhum deles, mas apenas estavam batizados em nome do Senhor Jesus. Ento lhe impunham as mos e recebiam o Esprito Santo.

Concluindo, a imposio das mos nos mostra assim o uso do sacramento da confirmao, como o sacramento que oferece como que uma continuao da graa batismal, a uma pessoa j amadurecida na f.ConfirmaoTendo ouvido que a Samaria acolhera a palavra de Deus, os Apstolos, que estavam em Jerusalm, enviaram-lhes Pedro e Joo. Estes, descendo at l, oraram por eles, a fim de que recebessem o Esprito Santo Pois ele ainda no descera sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em nome do Senhor Jesus. Ento comearam a impor-lhes as mos, e eles recebiam o Esprito Santo (At 8,14-17).

A Confirmao aperfeioa a graa batismal; o sacramento que d o Esprito Santo para enraizar-nos mais profundamente na filiao divina, incorporar-nos mais firmemente a Cristo, tornar mais slida a nossa vinculao com a Igreja, associar-nos mais sua misso e ajudar-nos a dar testemunho da f crist pela palavra, acompanhada das obras.

A Confirmao, como o Batismo, imprime na alma do cristo um sinal espiritual ou carter indelvel; razo pela qual s se pode receber este sacramento uma vez na vida.

SACRAMENTO DA EUCARISTIA

A Eucaristia a presena salvifica de Cristo morto e ressuscitado, no meio do seu povo. Ele quis permanecer conosco, de modo especial, no sacramento Eucarstico. Precisamente por este motivo, a eucaristia ocupa um lugar central na vida do novo povo messinico. FUNDAMENTAO BIBLICA DO SACRAMENTO DA EUCARISTIA.

Antes da vinda a terra de Nosso Senhor Jesus Cristo, a eucaristia foi prefigurada de diversos modos no Antigo Testamento. Foram figuras deste sacramento:- O man com que Deus alimentou os israelitas durante quarenta anos no deserto (Ex 16, 4-35) e que Jesus se refere explicitamente no discurso eucarstico de cafarnaum (Joo 6, 31ss);

- O sacrifcio de Melquesedec, grande sacerdote, que ofereceu po e vinho para dar graas pela vitria de Abro (Gn 14,18), gesto que vir ser recordado na Epistola aos Hebreus para falar de Jesus Cristo como sacerdote eterno (...) segundo a ordem de Melquesedec (Hb 7, 11);Os pes da apresentao, continuamente expostos no templo de Deus, com os quais s quem fosse puro se podia alimentar (Ex. 25,30);-O sacrifcio de Abro, que aceito oferece seu filho Isaac por ser essa a vontade de Deus (Gn 22, 10);

O sacrifcio do cordeiro pascal, cujo sangue libertou da morte os israelitas (Ex 12);

A eucaristia foi, tambm, pr-anunciada varias vezes no Antigo Testamento:

- A sabedoria ergueu para si uma casa com sete colunas, preparou uma mesa e enviou os seus criados para dizerem: vinde, comei o po e bebei o vinho que vos preparei (Prov 9,1);

- O profeta Zacarias predisse a fundao da Igreja como abundancia de bens espirituais, e falou do trigo trigo dos escolhidos e do vinho que faz germinar a pureza (Zc 9, 17);

- O profeta Malaquias, ao falar das impurezas dos sacrifcios da antiga lei, Poe na boca de Deus este anuncio do sacrifcio na nova lei: desde onde sai o sol at o ocaso, grande o meu nome entre as gentes, e em todo lugar se sacrifica e se oferece ao meu nome uma oblao pura (Mal 1, 10ss).

A EUCARISTIA COMO SACRAMENTO

A Matria

A Matria para a eucaristia o po de trigo e vinho de videira. esta uma verdade de f definida no Concilio Trento (Dz. 877; 884; ver tambm cn. 924 pargrafos 2 e 3).

Para a validade do sacramento necessrio:

- Que o po seja exclusivamente de trigo (amassado com farinha de trigo e gua natural, e cozido ao lume), de modo que seria matria invalida po de cevada, de arroz, de milho, etc. ou amassado com azeite, leite, etc. (conf. Cn 924, pargrafo 2;

Que o vinho seja de videira (isto , do liquido que se obtm espremendo uvas maduras e fermentado); seria matria invalida o vinho azedado (vinagre), ou qualquer tipo de vinho feito de outra fruta ou elaborado artificialmente (cn 924, pargrafo 3).

Para a licitude do sacramento, requer-se:

Que o po seja zimo (isto , no fermentado; cf. Cn 926) feito recentemente, de maneira que no haja perigo de corrupo (Cn 924 pargrafo 2);

- Que o vinho seja acrescentadas algumas gotas de gua (Dz. 698 e cn 924, pargrafo 1). A mistura de gua no vinho era pratica universal entre os judeus e com certeza assim o fez Jesus -, e tambm entre os gregos e romanos.

Forma

A forma so as palavras da consagrao pronunciadas pelo o sacerdote: sobre o po, Tomai e comei todos: isto o meu corpo entregue por vos, e sobre o vinho Tomai e bebei todos: este o clice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliana, derramado por vs e por todos os homens, para a remisso dos pecados. Fazei isto em memria de mim.

O concilio de Trento, ensina que de acordo com a f ininterrupta da Igreja, imediatamente depois da consagrao, ou seja, depois de pronunciadas as palavras da instituio, se acham presentes o verdadeiro corpo e o verdadeiro sangue do senhor (Dz. 876).