os novos desafios do desenvolvimento econÓmico e social em portugal€¦ · na sua interacçªo...
TRANSCRIPT
1XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
OS NOVOS DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTOOS NOVOS DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTOECONECONÓÓMICO E SOCIAL EM PORTUGALMICO E SOCIAL EM PORTUGAL
Augusto MateusAugusto Mateus
2XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UM CONTEXTO DECRISE ECONÓMICA
E FINANCEIRA GLOBAL
“Nova”,“Desigual”,“Diferente”
3XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
A CRISE ECONÓMICA ACTUALCOMO CRISE GLOBAL
A crise que estamos a viver, apresenta-se como a umacrise global não só na sua dimensão territorial,
isto é, envolvendo toda a economia mundial, como nasua própria dimensão económica, isto é, envolvendo aesfera financeira e a esfera real, exprimindo problemas
conjunturais e estruturais e exigindo mudanças ecorrecções muito para além da simples “afinação”
da regulação nacional e mundial.
4XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
A viragem qualitativa na conjuntura económicamundial foi marcada pela progressiva interpenetração
de dois “choques” complexos, diferenciadosna sua origem e na sua natureza, mas convergentesna sua interacção para gerar um novo quadro de
forte incerteza e volatilidade global, nasesferas financeira e real
A CRISE ECONÓMICA ACTUAL COMO COMBINAÇÃOSEQUENCIAL DE DOIS CHOQUES
5XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
O primeiro choque, em manifestação larvar desde 2004,breve travagem em 2006 e retoma mais forte ao longo
de 2007, assumiu a forma de uma subida significativa dospreços nos mercados internacionais de matérias-primasde relevância transversal alargada no funcionamento
das economias (petróleo, alimentos, metais),configurando-se como um choque real de procura.
Os preços das matérias-primas alimentares aumentaram,em termos de variação anual homóloga, cerca de40%, no segundo semestre de 2007, e mais de 50%,
no primeiro semestre de 2008.
UM CHOQUE REAL DE PROCURA
6XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
A subida dos preços do petróleo em dólares conheceu,pelo seu lado, no primeiro semestre de 2008 uma
significativa aceleração, alcançando o maioraumento dos últimos anos, superando os 40%, isto é,
o próprio aumento acumulado em 2006 e 2007.
Esta evolução também vai revelando as consequênciasdo rápido crescimento das grandes economiasemergentes, nomeadamente no que respeita à
respectiva pressão sobre os recursos não renováveis,escassos ou sujeitos a utilizações conflituais.
UM CHOQUE REAL DE PROCURA
7XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
ACELERAÇÃO DA INFLAÇÃO, DEFLAÇÃO LATENTE E ...?(variação anual dos preços no consumidor, em %)
UMA RECESSÃO “PREPARADA” POR UM PROGRESSIVOAFASTAMENTO DOS RITMOS DE CRESCIMENTO DO PIB
ENTRE AS ECONOMIAS “EMERGENTES” E “AVANÇADAS”(taxas médias anuais de crescimento do PIB em volume, em %)
SUBIDA DOS PREÇOS DO PETRÓLEOE DAS MATÉRIAS–PRIMAS CHAVE
(preços reais das principais mercadorias, em índice 1995=100)
AO PERFIL DA CRISE NA ECONOMIA MUNDIAL
8XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UM CHOQUE FINANCEIRO GLOBAL
O segundo choque desencadeado sob a forma deuma crise do crédito hipotecário residencial de riscoelevado nos EUA, configurou-se como um choquefinanceiro global que se originou numa turbulência
generalizada nos mercados financeiros, sob o impulso deuma profunda reavaliação das condições de risco num
quadro mais geral de quebra de confiança dosinvestidores, gerada por uma combinação original daredução rápida da liquidez com o endurecimento das
condições de acesso à dívida, em especial naseconomias mais avançadas, para se converter numa
das mais graves crises financeiras de sempre.
9XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UMA CRISE ECONÓMICA GLOBAL
As perturbações despoletadas no sector financeiroe no núcleo duro do mundo mais industrializado e
desenvolvido (Estados Unidos da América, Japão eUnião Europeia) generalizam-se rápida e
progressivamente a todas as actividades económicase a todas as economias, numa conjuntura dominadapor uma turbulência sem precedentes na experiênciada segunda metade do século XX, consumando uma
profunda crise económica e financeira de naturezaglobal, aberta e em marcha, terminando a somar,
às dificuldades dos mercados financeiros,uma recessão das grandes economias em progressivo
aprofundamento..
10XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
O PERFIL DA CRISE
… DA ESTAGNAÇÃO À RECESSÃO… COM UMAINTENSIDADE ACIMA DO ESPERADO AMPLIFICADA PELO
COMÉRCIO INTERNACIONAL… COM CUSTOS ELEVADOS EM
ACTIVIDADE E EMPREGO ...
11XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
O PERFIL DA CRISE
… MAS SEM DEIXAR DE GERAR FORTES DÉFICES PÚBLICOS(saldos orçamentais em % do PIB)
12XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
Esta primeira “grande crise” da fase mais recenteda “globalização” configura-se como uma crise
complexa e duradoura, nascida não só da profundaintegração mundial de certas actividades económicas
cruciais, agravando decisivamente o desequilíbrioentre o poder económico e o poder político einstitucional, isto é, entre a dimensão (global,
mundial) desses mercados e a dimensão (nacionale/ou regional) dos mecanismos de regulação
e da acção das políticas públicas.
UMA CRISE REGULADORA EUMA CRISE DE REGULAÇÃO
13XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
TRAJECTTRAJECTÓÓRIAS DE SARIAS DE SAÍÍDA DA CRISEDA DA CRISEUM “GAP” CRESCENTE ENTRE O MUNDO “DESENVOLVIDO” E “EMERGENTE”
UMA PREOCUPANTE VOLATILIDADE NOS PREÇOS-CHAVE
14XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
RECUPERAÇÃO DO CRESCIMENTO E DO COMÉRCIOHESITANTE E EM DESACELERAÇÃO
FORTE VOLATILIDADE NA POUPANÇA E CONSUMO DAS FAMÍLIAS
TRAJECTTRAJECTÓÓRIAS DE SARIAS DE SAÍÍDA DA CRISEDA DA CRISE
15XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
A crise actual resulta também da forte travagem doritmo de crescimento económico no “coração” do mundoindustrializado e urbanizado, sob o impacto das questões
do envelhecimento da população e da insustentabilidadeambiental dos modelos energéticos de produção,consumo e mobilidade, agravando as assimetrias
económicas e sociais, à escala nacional e mundial.
A combinação de “sobreinvestimento”, orientado paraactividades de rendibilidade não sustentável, e de
“sobreconsumo”, alimentado pelo endividamento, gerouum desequilíbrio financeiro global que demorará a corrigir
UMA CRISE DO MODELO DE CRESCIMENTOUMA CRISE DE EFICIÊNCIA E DE EQUIDADE
16XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
AGRAVADO NO CASO DA ECONOMIAPORTUGUESA
Desequilíbrios eDificuldadesCrescentes
17XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UMA PROGRESSIVA DIVERGÊNCIA NA EUROPAUMA PROGRESSIVA DIVERGÊNCIA NA EUROPA ... E UMA RECESSÃO MITIGADA
A IMPLATAA IMPLATAÇÇÃO DURADOURAÃO DURADOURADE UM CRESCIMENTODE UM CRESCIMENTO ““ANANÉÉMICOMICO””
18XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UMA INVERSÃO DO QUADRO MACROECONUMA INVERSÃO DO QUADRO MACROECONÓÓMICOMICORELATIVO NO CONTEXTO EUROPEURELATIVO NO CONTEXTO EUROPEU
UM DESEMPREGO QUE SE TORNOU MAIS ALTO...UM DESEMPREGO QUE SE TORNOU MAIS ALTO... ... E UMA INFLA... E UMA INFLAÇÇÃO QUE SE TORNOU MAIS BAIXAÃO QUE SE TORNOU MAIS BAIXA
19XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UMA CRISE MAIS FORTE, MAIS DESTRUTIVA DE EMPREGOSUMA CRISE MAIS FORTE, MAIS DESTRUTIVA DE EMPREGOSEM CLIMA DE BAIXA INFLAEM CLIMA DE BAIXA INFLAÇÇÃOÃO
PRODUTO INTERNO BRUTO (tvh) TAXA DE INFLAÇÃO (tvh)
TAXA DE DESEMPREGO RENDIMENTO DISPONÍVEL (tvh)EMPREGO (tvh)
T0 correspondeao primeirotrimestre dequeda do PIBem cada umadas três crisesT0 correspondeao primeirotrimestre dequeda do PIBem cada umadas três crises
20XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UMA CRISE GRAVE NAS FINANUMA CRISE GRAVE NAS FINANÇÇAS PAS PÚÚBLICASBLICASE NO FINANCIAMENTO EXTERNO DA ECONOMIAE NO FINANCIAMENTO EXTERNO DA ECONOMIA
A CRISE DAS FINANA CRISE DAS FINANÇÇAS PAS PÚÚBLICAS...BLICAS... ... E DA POSI... E DA POSIÇÇÃO DE INVESTIMENTO INTERNACIONALÃO DE INVESTIMENTO INTERNACIONALDA ECONOMIA PORTUGUESADA ECONOMIA PORTUGUESA
21XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
PORTUGAL NO CENTRO DA CRISE DAPORTUGAL NO CENTRO DA CRISE DADDÍÍVIDA SOBERANA DA EUROPEA DO SUL ...VIDA SOBERANA DA EUROPEA DO SUL ...
22XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
... COM UMA MATURIDADE DA D... COM UMA MATURIDADE DA DÍÍVIDA EXTERNAVIDA EXTERNAQUE TORNA 2011 UM ANO MUITO DQUE TORNA 2011 UM ANO MUITO DÍÍFICILFICIL
23XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
COMO CHEGAMOS AQUI?QUE DESAFIOS NÃO COMPREENDEMOS
OU NÃO QUISEMOS ENFRENTAR?
Preferência pelo presente, pelodoméstico e pela coesão, quando aGlobalização e a UEM obrigavam a
cuidar do futuro, aumentar acompetitividade e
acelerar a internacionalização
24XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UMA NOVA GEOGRAFIA DO COMUMA NOVA GEOGRAFIA DO COMÉÉRCIO MUNDIAL ...RCIO MUNDIAL ...
EUA
JAPÃO
ALEMANHA
FRANÇA
REINOUNIDO
CHINA
ÍNDIARÚSSIABRASIL
"NIC" ÁSIA(1ª vaga)
"PECO"
ITÁLIA
EUROPA SUL
"NIC" ÁSIA(2ª vaga)
MAGHREB "MAR NEGRO"
AMÉRICALATINA
ESCANDINÁVIA
HOLANDA
IRLANDA
0,0%
2,5%
5,0%
7,5%
10,0%
-80,0% -60,0% -40,0% -20,0% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0%Qu
ota
na
s e
xp
or t
aç
õe
s m
un
di a
i s d
e m
er c
ad
or i
as
em
200
7
Variação da quota nas exportações mundiais de mercadorias entre 1990-92 e 2005-07[As "bolhas" representam as exportações em 2007, em biliões de USD]
Quo
ta d
as e
xpor
taçõ
esm
und
iais
de m
erca
dor
ias e
m 2
007
Variação da quota nas exportações mundiais de mercadorias entre 1990-92 e 2005-07(As “bolhas” representam as exportações em 2007 em 10^9 USD)
25XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
... ONDE A ECONOMIA PORTUGUESA SE AFUNDA... ONDE A ECONOMIA PORTUGUESA SE AFUNDA
Quo
ta d
as e
xpor
taçõ
esm
und
iais
de m
erca
dor
ias e
m 2
007
Variação da quota nas exportações mundiais de mercadorias entre 1990-92 e 2005-07(As “bolhas” representam as exportações em 2007 em 10^9 USD)
26XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UMA MUDANUMA MUDANÇÇA PROFUNDA DA ESPECIALIZAA PROFUNDA DA ESPECIALIZAÇÇÃO DAÃO DAECONOMIA PORTUGUESA DEPOIS DA ADESÃOECONOMIA PORTUGUESA DEPOIS DA ADESÃO ÀÀ UE ...UE ...
27XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
... QUE TAMB... QUE TAMBÉÉM SE MANIFESTOU NAM SE MANIFESTOU NAESPECIALIZAESPECIALIZAÇÇÃO INDUSTRIALÃO INDUSTRIAL
28XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UMA ECONOMIA QUE NÃO SOUBEUMA ECONOMIA QUE NÃO SOUBEAUMENTAR A SUA ABERTURA INTERNACIONALAUMENTAR A SUA ABERTURA INTERNACIONAL
O RECUO DO SECTOR TRANSACCIONO RECUO DO SECTOR TRANSACCIONÁÁVELVEL
29XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UMA ECONOMIA QUE ALARGA QUATROUMA ECONOMIA QUE ALARGA QUATRODESEQUILDESEQUILÍÍBRIOS FUNDAMENTAISBRIOS FUNDAMENTAIS
"REGULAÇÃOSOCIAL""HABITAT""CONSUMOFAMÍLIAS"
NÚCLEO-DUROTRANSACCIONÁVEIS
GANHOS E PERDAS NA ESTRUTURA DO VAB, 1995GANHOS E PERDAS NA ESTRUTURA DO VAB, 1995--2005, PONTOS PERCENTUAIS2005, PONTOS PERCENTUAIS
30XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
"REGULAÇÃOSOCIAL""HABITAT""CONSUMOFAMÍLIAS"
NÚCLEO-DUROTRANSACCIONÁVEIS
Saldo das transações correntes em % do PIB
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Portugal Espanha Itália Grécia Irlanda Suécia Austria França Alemanha Zona Euro
A aceleração daglobalização, adegradação da
competitividade e a crisemundial geraram o
caminho para osurgimento, na segunda
metade da primeiradécada do século XXI,
de défices externos muitoimportantes e de sinal
estrututural, na Europa doSul. Portugal, Espanha e
Gréciadestacam-se nesteparticular, acompanhados,
à distância pela Itália epela França
BALANÇA DE TRANSACÇÕESCORRENTES (1998-2008)
(em % do PIB)
UMA ECONOMIA COM UM DÉFICE EXTERNO PERSISTENTE
31XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
COMO SAIR DESTA SITUAÇÃO ?QUAIS SÃO OS VERDADEIROS
DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTOECONÓMICO E SOCIAL?
Casar a Eficiência e a Equidade,Promover a Competitividade e
melhorar o padrão de especialização,Participar activamente na Globalização,
Ajustar a economia real para a UEM,Equilibrar e Consolidar as Finanças Públicas,Tornar os territórios e as cidades atractivos.
32XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UM PADRÃO DE ESPECIALIZAUM PADRÃO DE ESPECIALIZAÇÇÃOÃODESFAVORDESFAVORÁÁVEL E EM LENTA EVOLUVEL E EM LENTA EVOLUÇÇÃOÃO
ESPECIALIZAESPECIALIZAÇÇÃO RELATIVAÃO RELATIVAPOR NPOR NÍÍVEIS TECNOLVEIS TECNOLÓÓGICOSGICOS
NO CONTEXTO EUROPEUNO CONTEXTO EUROPEU
20052005
19951995
33XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UM PADRÃO DE ESPECIALIZAUM PADRÃO DE ESPECIALIZAÇÇÃOÃODESFAVORDESFAVORÁÁVEL E EM LENTA EVOLUVEL E EM LENTA EVOLUÇÇÃOÃO
19951995
20052005
ESPECIALIZAESPECIALIZAÇÇÃO RELATIVAÃO RELATIVAPOR NPOR NÍÍVEIS DEVEIS DE
QUALIFICAQUALIFICAÇÇÃO DO TRABALHOÃO DO TRABALHONO CONTEXTO EUROPEUNO CONTEXTO EUROPEU
34XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UM PADRÃO DE ESPECIALIZAUM PADRÃO DE ESPECIALIZAÇÇÃOÃODESFAVORDESFAVORÁÁVEL E EM LENTA EVOLUVEL E EM LENTA EVOLUÇÇÃOÃO
20052005
19951995ESTRUTURA RELATIVAESTRUTURA RELATIVADE ACTIVIDADES PORDE ACTIVIDADES POR
RITMOS DE CRESCIMENTORITMOS DE CRESCIMENTONO CONTEXTO EUROPEUNO CONTEXTO EUROPEU
35XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
UMA EVIDENTE CRISE DE COMPETITIVIDADE ...UMA EVIDENTE CRISE DE COMPETITIVIDADE ...
GermanySpainFranceIrelandItaly
PortugalEU12
GermanySpainFranceIrelandItaly
PortugalEU12
Evolução da Taxa de câmbio real - CTUP sectores concorrenciados[ referencial: União Europeia (UE15), 1999=100 ]
80
90
100
110
120
130
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Portugal Espanha Itália Grécia Irlanda Suécia Austria França Alemanha Zona Euro
ganho de competitividade
perda de competitividade
Na última década,as economias da“Europa do Sul”
destacam-se pelaforte perda de
competitividadeevidenciada pelaevolução da taxade câmbio real nosector exposto à
concorrência, emespecial, e por essa
ordem, Itália,Portugal e Espanha
EVOLUÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO REAL(1998-2007)
CTUP Sectores Concorrenciados(referencial UE-15, 1999=100)
36XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
... COM CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS NA RENDIBILIDADE... COM CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS NA RENDIBILIDADE
As perdas derendibilidade
acentuam-se apartir de 2002 em
especial naseconomias maisancoradas emlógicas “price-taker” ou com
menor capacidadede diferenciaçãodos seus produtos
de exportação
Evolução da Rendibilidade do Sector Exportador (Preços vs. Custos)[ referencial: União Europeia (UE15), 1999=100 ]
80
90
100
110
120
130
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Portugal Espanha Itália Grécia Irlanda Suécia Austria França Alemanha Zona Euro
ganho de rendibilidade
perda de rendibilidade
RENDIBILIDADE DO SECTOR EXPORTADOR (1998-2007)Preços vs. Custos (referencial UE-15, 1999=100)
37XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
EMPRESAS
MERCADOS FAMÍLIAS
INSTITUIÇÕES
Regime deRegime deCrescimentoCrescimento
ModeloModeloSocialSocial
Primado do “ECONÓMICO”
Primado do “SOCIAL”
“Bem-estar”
“Legitim
idade”
“Eficiência”
“Rendibilidade”
AS DIMENSÕES DA ORGANIZAÇÃO ECONÓMICA E SOCIAL
38XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
AS GRANDES “FRONTEIRAS” NAS ESTRUTURAS E COMPORTAMENTOS
“Liberalismo”
Regulamentos
Acçãodo
Estado
Iniciativada
SociedadeCivil
SectorPúblico
SectorPrivado
OrientaçãoDoméstica
InserçãoGlobal
AcumulaçãoProdutiva e Financeira
ResponsabilidadeSocial, Fiscal e Ambiental
“Empreendedores”
“Assalariados”
Regras
“Intervencionismo”
MERCADOS FAMÍLIAS
“Eficiência” “Bem-estar”
Primado do “SOCIAL”
Primado do “ECONÓMICO”
INSTITUIÇÕES
“Legitim
idade”
EMPRESAS
“Rendibilidade”
Regime deRegime deCrescimentoCrescimento
ModeloModeloSocialSocial
Risco
Segurança
39XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
A EXPERIÊNCIA VIVIDAOS “TERRITÓRIOS” COMO ESPAÇOS DE “LOCALIZAÇÃO”
COMPETITIVIDADECOMPETITIVIDADEVOLUME/valorVOLUME/valor
< dinâmicas de produção,primado da oferta >
(Eficiência Eficácia )
COESÃOCOESÃOCORRIGIR/induzirCORRIGIR/induzir
< lógicas de afectaçãoe redistribuição >
(Equidade condições Acção Pública )
Abertura / PROTECCIONISMOAbertura / PROTECCIONISMO< lógicas híbridas de fecho e abertura internacional
com atractividade parcial e limitada >(“Barreiras” Internacionalização Intermediação )
CooperaCooperaçção / INDIVIDUALISMOão / INDIVIDUALISMO< lógicas de imitação e acção isolada >
(Eficiência Colectiva Ordenamento )
“Fábricas”,“Lojas”
“Casas”
“Orça-mentos”
“Acessos”
“Vulnera-bilidade”
Capital,Capital,Trabalho,Trabalho,Recursos,Recursos,
EquipamentosEquipamentos
Transportes,Transportes,Infraestruturas,Infraestruturas,
IDE (custo)IDE (custo)
HabitaHabitaçção,ão,Saneamento,Saneamento,ServiServiçços nãoos não
TransaccionTransaccionááveisveis
FragmentaFragmentaçção,ão,Escolas,Escolas,
Hospitais,Hospitais,UtilizaUtilizaçção Ambienteão Ambiente
EMPRESAS
MERCADOS
FAMÍLIAS
INSTITUIÇÕES
40XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
A VISÃO NECESSÁRIA:OS “TERRITÓRIOS” COMO ESPAÇOS DE “VALORIZAÇÃO”
COMPETITIVIDADECOMPETITIVIDADEvolume/VALORvolume/VALOR
< dinâmicas de criação deriqueza, resposta à procura >(Eficiência Eficácia )
COESÃOCOESÃOcorrigir/INDUZIRcorrigir/INDUZIR
< dinâmicas de inclusãoe participação >
(Equidade Resultados Iniciativa Civil )
ABERTURA / ProteccionismoABERTURA / Proteccionismo< lógicas de abertura e integração internacional
construindo uma atractividade global >(Globalização Intermediação “Barreiras” )
COOPERACOOPERAÇÇÃO / IndividualismoÃO / Individualismo< lógicas de especialização e acção em rede >
(Eficiência Colectiva Ordenamento )
“Clusters”Especia-lizados
“Consumoe Lazer”
“Gover-nança”
“Concor-rência”
“Sustenta-bilidade”
€
Conhecimento,Conhecimento,Competências,Competências,
Ciência/Tecnologia,Ciência/Tecnologia,ServiServiçços Empresasos Empresas
LogLogíística,stica,Mobilidade,Mobilidade,InformaInformaçção,ão,
ComunicaComunicaçção,ão,IDE (não custo)IDE (não custo)
PatrimPatrimóónio,nio,CulturaCultura
AnimaAnimaçção,ão,ServiServiçços Consumoos Consumo
Governabilidade,Governabilidade,Qualidade,Qualidade,SeguranSegurançça,a,
Gestão AmbienteGestão Ambiente
EMPRESAS
FAMÍLIAS
MERCADOS
INSTITUIÇÕES
41XVIII CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS – Os Novos Desafios do Desenvolvimento Económico e Social em Portugal, Augusto Mateus (2010)
AS PRINCIPAIS DIRECÇÕES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
EMPRESAS
MERCADOS FAMÍLIAS
INSTITUIÇÕES
Primado do “ECONÓMICO”
Primado do “SOCIAL”
“Bem-estar”
“Legitim
idade”
“Eficiência”
“Rendibilidade”
“Incentivo”
“Regulação”
“Afectação”(Infraestruturasempresariais
e mistas)
“Afectação”(Infraestruturas
pessoais emistas))
“Afectação”(Serviços)
“(Re)dis-tribuição”
“BensPúblicos”
(globais)
(nacionais)