OS LIMITES DA AUTONOMIA DA VONTADEA manifestao de vontade do contratante h de ser livre, sria e com o propsito de contratar in concreto, pois A declarao de vontade h de ser emitida em correspondncia ao contedo do contrato que o declarante tem em vista, atento ao fim que o move a contrata. Alm disto, a vontade manifestada pelos contratantes possui a caracterstica de ser autnoma, porm no ilimitada, conforme passaremos a expor asseguir.Como observamos, a manifestao de vontade constitui elemento indispensvel para a perfectibilizao do contrato, pois, como ministra Miguel de Serpa LOPES (1996, p. 428), "A vontade o elemento essencial do factum no negcio jurdico".Assim, esta vontade apresenta-se de forma autnoma, autonomia esta que pode ser definida como a esfera de liberdade da pessoa que lhe reservada para o exerccio dos direitos e a formao das relaes jurdicas do seu interesse ou convenincia.Na lio de Slvio VENOSA (2003, p. 375), a liberdade de contratar pode ser analisada em dois aspectos: escolha do contedo do contrato; e escolha da modalidade do contrato. Para nosso estudo, interessa-nos focar a autonomia da vontade na escolha do objeto, do contedo do contrato.Todavia, como decorrncia natural de uma vida em sociedade, esta autonomia sofre limitaes. Assim, No h, portanto, um carter absoluto no poder de auto-regramento da vontade, mas apenas um permissivo que o sistema jurdico outorga as pessoas.Destarte, torna-se inevitvel o questionamento de quais seriam as limitaes impostas autonomia da vontade contratual. A doutrina civilista responde a pergunta indicando dois vetores: ordem pblica e bons costumes. No entanto, a dificuldade de conceituao de tais limitaes, estando s mesmas em constantes mutaes devido suscetibilidade de utilidade social destes conceitos. Porm, a definio de ordem pblica como aquela que fixa as bases jurdicas fundamentais sobre as quais repousa a ordem econmica ou moral de determinada sociedade e leciona que bons costumes so a projeo de regras morais no terreno jurdico, mas no se confunde com a moral.Com efeito, os limites da autonomia da vontade contratual, ordem pblica e bons costumes, so normas cogentes prescritas pelo direito positivo que integram a disciplina dos contratos, limitando a ao livre do declarante, com o escopo de evitar a perturbao do grupo social Desta forma, as limitaes da autonomia da vontade barram a liberdade de ao individual ordenando ou impedindo dados comportamentos sem deixar aos particulares a liberdade de derrog-los por pactos privados

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