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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA CÉSAR MIGUEL TIRADO LLORENTE OS FATORES DE RISCOS ASSOCIADOS Á HIPERTENSÃO IDOSOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO MUNICIPIO DE ÓBIDOS DO PARÁ ÓBIDOS/ PARÁ 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA

CÉSAR MIGUEL TIRADO LLORENTE

OS FATORES DE RISCOS ASSOCIADOS Á HIPERTENSÃO IDOSOS

ATENDIDOS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO MUNICIPIO

DE ÓBIDOS DO PARÁ

ÓBIDOS/ PARÁ 2018

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CÉSAR MIGUEL TIRADO LLORENTE

OS FATORES DE RISCOS ASSOCIADOS Á HIPERTENSÃO IDOSOS

ATENDIDOS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO MUNICIPIO

DE ÓBIDOS DO PARÁ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Saúde da Família, Universidade Federal do Pará, para obtenção do Certificado de Especialista.

Orientador(a): Profa. Me. Camilo Eduardo Almeida Pereira

Óbidos-Pará 2018

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CÉSAR MIGUEL TIRADO LLORENTE

OS FATORES DE RISCOS ASSOCIADOS Á HIPERTENSÃO IDOSOS

ATENDIDOS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO MUNICIPIO

DE ÓBIDOS DO PARÁ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Saúde da Família da Universidade Federal do Pará/UNASUS, para obtenção do título de Especialista em Saúde da Família.

BANCA EXAMINADORA

Examinador Camilo Eduardo Almeida Pereira

Examinador Luciana De Paiva Rêgo

Aprovado em ___de ________de 2018

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RESUMO

A hipertensão está entre os principais fatores de risco das doenças cardiovasculares, que são principal causa de mortalidade no Brasil. A hipertensão arterial sistêmica é um problema de saúde pública, cujo controle de forma continuada, visa a prevenção de sequelas irreversíveis no organismo e relacionados a morbimortalidade cardiovascular, renal e no cérebro. Estudos epidemiológicos têm demonstrado não só o aumento da prevalência da hipertensão com a idade, mas também a sua ocorrência associada a outros fatores de risco e de estio de vida. O tratamento não farmacológico da hipertensão arterial no idoso é realizado por mudanças no estilo de vida, essas mudanças podem prevenir ou retardar a instalação de hipertensão em idosos pre-hipertensos e reduzir níveis pressóricos elevados nessa faixa etária. Além disso, é necessário que o idoso receba orientação e conscientização da importância do controle.

Palavras-chave: Hipertensão. Idoso. Fatores de Risco

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ABSTRACT

High blood pressure is among the main factors of laughter of cardiovascular diseases

that are the leading cause of mortality in Brazil. Hypertension is a public health

problem whose control continuously aims to prevent irreversible in the body and

related to cardiovascular morbidity and mortality, brain and kidney. Epidemiological

studies have demonstrated not only the increased prevalence of hypertension with

age. In addition, its occurrence associated with other risk factors and lifestyle. The

pharmacological treatment of hypertension in the old people and directed by changes

in lifestyle, this changes can prevent or delay the installation of hypertension in old

people detection, and reduce high blood pressure in this age group. In addition, it is

necessary that the old people early receive orientation and awareness of the

importance of the control of this factors in order .To motivate the run such behavioral

changes. This plan has the objective to assess the risk factors in orderly patients

served in UBS Laje Comprisal.

Keywords: Hypertension. Aged. Risk factors.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 08

1.2 Aspectos gerais do município......................................................................... 10

1.2 Aspectos da comunidade ............................................................................... 11

1.3 O sistema municipal de saúde ....................................................................... 12

1.4 A UBS NAZARÉ VENÂNCIO RIBEIRO .......................................................... 14

1.5 A Equipe de Saúde da Família da UBS NAZARÉ VENÂNCIO RIBEIRO ....... 14

1.6 O funcionamento da Unidade de Saúde da Equipe ....................................... 15

1.7 O dia a dia da equipe ..................................................................................... 15

1.8 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade. ......... 16

1.9 Priorização dos problemas e a seleção do problema ..................................... 17

2 JUSTIFICATIVA................................................................................................... 18

3 OBJETIVOS ......................................................................................................... 18

3.1 Objetivo geral ................................................................................................. 18

3.2 Objetivos específicos ..................................................................................... 19

4 METODOLOGIA .................................................................................................. 19

5 REVISÃO BIBIOGRÁFICA .................................................................................. 20

6 PLANO DE INTERVENÇÃO ................................................................................ 23

7 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 25

REFERENCIAS .......................................................................................................27

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1 INTRODUÇÃO

A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma condição clínica multifatorial

caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA 140x90),

estando associada frequentemente às alterações funcionais dos órgãos alvo e às

alterações metabólicas, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e

não fatais (BRITO; ARTIGAS, 2012).

Desta forma, a HAS é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo.

Sendo ainda um dos mais importantes fatores de riscos para o desenvolvimento de

doenças cardiovasculares e renais crônicas (ARAUJO, 2017).

Uma em cada 3 pessoas no mundo sofre de HAS (CAMPOSEVI; FARIAS;

SANTOS, 2010). É responsável pelo menos 40% das mortes por Acidente Vascular

Cerebral e pelos 25% das mortes por doença arterial coronária (HOLMAN; LOGRIG,

2000). No Brasil, a hipertensão afeta mais de 30 milhões de brasileiros, destes, 36%

dos adultos do sexo masculino e 30% das mulheres. (ANDRADE, 2010).

Entre as pessoas idosas a hipertensão é uma doença altamente prevalente

acometendo cerca de 50% a 70% das pessoas nessa faixa etária e um fator

determinante de mobilidade e mortalidade, mas adequadamente controladas, reduz

significativamente as limitações funcionais e a incapacidade nos idosos. A

hipertensão não deve ser considerada uma consequência normal do

envelhecimento, em particular quando se trata da pessoa idosa. Segundo Schroeder

(2007) a prevalência de hipertensão aumenta com a idade e sua magnitude depende

dos aspectos biológicos do estilo de vida predominante em cada uma delas do

ambiente físico e psicossocial. (CARVALHO; MULINARI; LAFITTE, 1995).

Além disso, estudos populacionais recentes abordam que dentre outras

consequências do envelhecimento da população, a mais preocupante é o

significativo aumento da carga de doenças cardiovasculares.

Os serviços de saúde por sua vez possuem importância para a redução dos

óbitos por doenças cardiovasculares ocasionadas por graus avançados de

hipertensão não controlada na população idosa. A HAS ocupa lugar de destaque no

contexto da transição epidemiológica que vem ocorrendo no brasil, desde a década

de 1960 do século passado. O cenário epidemiológico brasileiro demonstra uma

transição das doenças infecciosas, que eram responsáveis por 46% das mortes em

1930, em 2003 respondem por só cinco por cento da mortalidade, como

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consequência disso as doenças cardiovasculares, os cânceres, os acidentes e a

violência são hoje as principais causas de morte no Brasil. (CONVERSO;

LEOCADIO, 2004).

É notório que o idoso utiliza mais os serviços de saúde, as internações são

frequentes e mais longas quanto comparadas a outras faixas etárias, porque as

enfermidades dos idosos são crônicas e múltiplas, além disso, persistem por muitos

anos e exigem acompanhamento médico e de equipe multidisciplinares.

A população idosa merece uma preocupação maior e mais intensiva dos

profissionais da saúde pelas demandas próprias desta população, por exemplo, por

doenças degenerativas e até o mesmo mentais, sendo assim a HAS é um fator

complicador que reduz a qualidade de vida do paciente idoso, acrescentando-se

suas demandas nas UBS para atendimento domiciliar pelas sequelas provenientes

das complicações da doença, precisando de reabilitação (BRASIL, 2006).

Nos países em desenvolvimento o crescimento da população idosa e o

aumento da longevidade associados a mudanças nos padrões alimentares e no

estilo de vida, tem forte repercussão sobre o padrão de morbimortalidade.

Uma das consequências desse envelhecimento populacional é o aumento das

prevalências de doenças crônicas não transmissíveis, delas a hipertensão tem o

primeiro lugar. (BRASIL, 2006)

Estudos populacionais apontaram alta prevalência de hipertensão arterial na

população adulta brasileira com taxas que variaram entre 22,3 por cento e 43,9 por

cento, utilizando-se o critério atual para hipertensão (>=140/90 mmHg).

A grande prevalência de hipertensão arterial e de seus fatores de risco

multiplica as chances de problemas cardiovasculares, o que pode acrescentar as

taxas de morbimortalidade e os custos socioeconômicos por longas estadias

hospitalares. (KRINSKI, 2006).

Os estudos populacionais anteriormente numerados, que são estudos de

prevalência, são importantes fontes de conhecimento da frequência de agravos na

população idosa, mas também para a verificação de mudanças ocorridas após as

intervenções. Por isso, os estudos epidemiológicos de base populacionais são

fundamentais para se conhecer a distribuição da exposição, do adoecimento por

hipertensão no país e os fatores de condições, que influenciam a dinâmica desses

padrões de risco nas comunidades. A identificação dos maiores fatores de risco e

combinados com educação comunitária e monitoramento-alvo dos idosos contribuiu

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para uma queda substancial na prevalência e mortalidade por esta doença.

(SHROETER; TROMBETTA; FAGGIANI; et. al., 2007)

Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar os fatores de risco da

hipertensão arterial em pacientes idosos na UBS Nazaré Venâncio Ribeiro, no

Distrito Flexal, município de Óbidos, Estado do Pará.

1.1 ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO DE ÓBIDOS

Óbidos está a uma altitude de 46 metros acima do nível do mar. O município

possui 51 964 mil habitantes distribuídos em 28.021,443 km² de extensão territorial.

A cidade foi erguida na margem esquerda do Rio Amazonas, distante 1.100

quilômetros de Belém por via fluvial, em um trecho onde as margens daquele rio

tornam-se mais estreitas e o seu canal mais profundo, formando, como se diz na

região, a "garganta do rio Amazonas", Teve origem no século XVII.

O município pertence à Mesorregião do Baixo Amazonas e à Microrregião de

Óbidos. Localiza-se no oeste do Pará, na região da Calha Norte. Limita-se com

Suriname e, os municípios de Almeirim, Alenquer, Curuá, Santarém, Juruti e

Oriximiná. A atividade política partidária é subdividida em vários partidos políticos

renovados. A base da economia local é à base da castanha do Pará, agricultura e a

pesca. O comércio importa quase todos os bens de consumo, e com características

de uma típica cidade do interior, com suas praças, igrejas, pequenos hotéis e

restaurantes e, especialmente, um povo muito alegre e hospitaleiro. Escolarização 6

a 14 anos em um 95,4 % (IBGE, 2010).

Em relação a assistência à saúde, Óbidos possui seis Unidades Básicas de

Saúde, com seis equipes de Estratégia Saúde da Família, com uma cobertura de

80% do território municipal. Os atendimentos do nível secundário ambulatoriais

ocorrem no Hospital José Benito Priante “24 horas”, e o Hospital Santa Casa de

Misericórdia de Óbidos, que possui convênio com o município para serviços de

obstetrícia, cirurgia e leitos de internação. Exames complementares são realizados

pelo laboratório municipal. No município há o Conselho Municipal de Saúde com

composição padrão, que se reúne uma vez por mês para discutir e encaminhar

demandas locais.

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1.2 ASPECTOS DO DISTRITO FLEXAL

Flexal fica há 90km de distância da cidade de Óbidos, sendo uma das

maiores comunidades do município. Localiza-se à margem direita do lago Flexal. Foi

fundada no dia 26 de março de 1685, por Raimundo Paulo da Conceição e seu

irmão Alcides da Conceição. A origem do nome – Flexal – se deu em decorrência da

imensa área de “flecheiras” existentes à beira do lago, que eram utilizadas na

confecção de flechas pelos índios, primeiros habitantes da terra. Flexal escreve-se

dessa forma em decorrência do grau de escolaridade e da falta de conhecimento

gramatical dos fundadores.

Com o tempo, algumas famílias vieram habitar no lugar, o que contribuiu

para a comunidade ser elevada à categoria de Vila no dia 29 de dezembro de 1961.

A fonte de alimentação e renda da população é à base da pesa, da agricultura e da

pecuária.

As manifestações culturais e populares se caracterizam pelas festas de Santos

padroeiros, Festivais, torneios esportivos de clubes locais e quadras juninas

realizadas pelas escolas.

No dia 13 de dezembro de 2016, Flexal foi elevada à categoria de Distrito

em decorrência do aumento de sua população. Atualmente o Distrito é formado por

três bairros. Possui água encanada, luz elétrica, Cartório, Sindicato, igrejas católicas

e evangélicas, linhas de transporte fluvial e terrestre, na área da educação conta

com duas Escolas que oferecem educação à população, da Educação Infantil ao

Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano e na área da saúde conta com atendimento

médico na Unidade Básica de Saúde, que atende a população local e comunidades

próximas.

Não há um saneamento básico de qualidade por não existir rede de esgotos

e coleta de lixos. O esgoto das casas, em sua maioria, tem seu destino final nas

ruas. Os lixos produzidos nas casas têm três destinos, são queimados nos quintais,

são recolhidos pelos próprios moradores e jogados à beira da estrada principal

distante da comunidade ou são jogados à beira das ruas para queimar ou serem

levados pelas enxurradas das chuvas até o rio.

Na área da saúde a população conta com o apoio de Agentes Comunitários

de Saúde que, diariamente, visitam as residências fazendo acompanhamento aos

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idosos, às crianças, com o objetivo de sensibilizar as pessoas para um cuidado mais

especial com a saúde, orientando sobre os cuidados para se evitar epidemias e

outras doenças.

O Distrito é representado na Câmara Legislativa da cidade de Óbidos por um

Vereador que foi eleito pelo povo. A administração local está sob a responsabilidade

do Senhor Francisco Ribeiro Pereira, que ocupa o cargo de Agente Distrital, sendo

um representante legal do Prefeito de Óbidos dentro do Distrito Flexal.

1.3 O SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE

Nosso município está organizado da forma em rede, com vistas a assegurar ao

usuário o conjunto de ações e serviços que necessita com efetividade e eficiência

para garantir a integridade do cidadão. O sistema integrado em rede é a entrega de

serviços de saúde de forma tal que as pessoas recebam uma contínua atenção de

serviços preventivos e curativos.

Esta rede ocorre de acordo as suas necessidades ao longo do tempo e

através dos diferentes níveis do sistema, partindo da estratégia de atenção primária

da saúde até a máxima complexidade.

Estas redes estão organizadas do seguinte modo:

1. Atenção Básica de Saúde (primária): Formada de seis Unidades Básicas de

saúde com ESF, brindando ações de promoção, prevenção e curativas, ao indivíduo,

família e comunidade. Deve-se agregar a existência do Centro de Atenção

Psicossocial (CAPS), brindando assistência às pessoas com deficiência mental.

2. Atenção Secundária: Constituída por uma instalação que presta serviços de

emergência e urgência durante 24 horas por dia, chamada Hospital José Benito

Priante; também conta-se com o Hospital Santa Casa de misericórdia de Óbidos”

hospedando os usuários que requerem da atenção de internamento sem

necessidade de receber cuidados intensivos, pois não contamos com esse serviço,

por esta situação os pacientes graves devem ser transferidos de barco ou de avião

ao município de Santarém, onde receberão a assistência médica requerida.

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3. Atenção Terciária: Existe um local de reabilitação para aquelas pessoas que

requerem reabilitação física de forma ambulatorial.

Existe uma interação entre todos estes níveis de atenção à saúde beneficiando

a comunidade, onde cada unidade básica realiza o encaminhamento do usuário que

necessite, e o mesmo é acolhido nesses locais. Além disso, nosso município conta

com o serviço de laboratório clínico municipal para os pacientes ambulatórios e

internados, onde cada instituição se responsabiliza da coleta de amostra do

paciente, e depois é trasladada ao laboratório. Também temos um sistema de

assistência farmacêutica oferecendo medicamentos a todas as unidades.

O transporte sanitário é fundamental na integração das diferentes instituições,

contando nosso município com uma ambulância e uma ambulâncha (para o

atendimento aos ribeirinhos) de Óbidos, os quais por meio da ligação respondem ao

chamado. Há, também, na zona do interior, duas ambulâncias para a transportação

dos pacientes ao lugar que corresponda. Nestes termos, quando existem casos de

extrema gravidade de algum usuário, como se mencionou anteriormente, se realiza

o transporte ao município de Santarém por via aérea, no caso que a problemática de

saúde não seja grave e precisa de encaminhamento a este município, para ser

atendido no instituto especializado, utiliza-se o transporte fluvial.

Todo o programa de saúde está integrado entre todas as instituições de

atenção à saúde pertencentes ao SUS de nosso município, e com as instituições

especializadas do município de Santarém onde existem os hospitais e institutos

especializados para brindar a assistência aos nossos usuários que a requeiram por

meio de encaminhamento certo para a continuidade da atenção. Toda a rede de

atendimento está sob o controle da Secretaria Municipal de Saúde.

A rede de atenção deve brindar ações e serviços de saúde com previsão de

atenção contínua integral, de qualidade, responsável e humanizada através de um

sistema de referência e contra referência que consiste em um conjunto ordenado de

procedimentos, assistenciais e administrativos, por meio dos quais assegura-se a

continuidade da atenção as necessidades de saúde dos usuários, com a devida

oportunidade, eficácia e eficiência, transferindo do estabelecimento de saúde a outro

de maior capacidade resolutiva. Existindo um fluxo de informação e comunicação

entre todas as instituições de saúde.

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Analisando as necessidades de saúde de nossa população temos lacunas

assistenciais importantes de recursos humanos especialmente escassez de

especialistas. Atualmente, conta-se com as especialidades de Cardiologia, Pediatria,

fonoaudiologia, fisioterapia e Psicologia, também, não temos uma Unidade de

Cuidados Intensivos, nem institutos especializados, além disso, é importante

assinalar a presencia em nosso município da barreira geográfica como um elemento

que interfere a rede de atenção ao usuário fora do município. Igualmente não temos

acesso a Teles saúde para o apoio aos profissionais.

1.4 UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NAZARÉ VENÂNCIO RIBEIRO.

A unidade de saúde do Distrito Flexal que abriga a Equipe EFS- Nazaré

Venâncio Ribeiro, foi inaugurada em junho de 2006, está situada na Travessa “Dr

Augusto Correa Pinto”. A unidade é um prédio próprio da prefeitura situada na parte

central do Distrito Flexal.

Esta unidade possui: um ambulatório, sala para triagem, um consultório de

enfermagem, sala para triagem neonatal, consultórios médicos, sala de vacina, dois

banheiros para usuários e um para funcionários, copa, farmácia, arquivo, na parte

externa da unidade disponibiliza um barracão para as atividades de grupão e outros

encontros da equipe.

A população do bairro tem muito apreço pela unidade, pelos atendimentos

oferecidos aos usuários. A unidade atualmente passa por alguns problemas internos

por falta de materiais, insumos e medicamentos básicos para um melhor

atendimento da população assistida.

1.5 EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NAZARÉ

VENÂNCIO RIBEIRO

A equipe ESF Nazaré Venâncio Ribeiro é formada por seis agentes

comunitários de saúde, um ACS para cada um dos 2 micros áreas, uma enfermeira,

uma técnica em enfermagem e um médico geral.

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1.6 FUNCIONAMENTO DA UNIDADE DE SAÚDE DA UNIDADE BÁSICA DE

SAÚDE NAZARÉ VENÂNCIO RIBEIRO

Nossa unidade de saúde trabalha durante cinco dias na semana, desde a

segunda-feira até a sexta-feira, funciona das 07h30min às 11h30min na manhã e na

parte tarde de 13h30min até 17h30min, durante este tempo existe atendimentos aos

usuários, que precisam da atenção básica. Na segunda e terça-feira são atendidos

os usuários que vêm por demanda espontânea, tanto pelo turno da manhã como

pelo turno da tarde, e algumas consultas agendadas, na quarta-feira são as

consultas agendas para gestantes.

Na quinta-feira pelo turno da manhã atende-se os usuários do Programa

Proame, e visita domiciliar com o médico, e pelo turno da manhã testagens para

gestantes e demanda espontânea. Na sexta-feira são atendidos a demandas

espontâneas e uma vez ao mês atende-se grupão das enfermidades crônicas.

A melhoria da saúde das pessoas portadoras de condições crônicas requer

um sistema que seja proativo, integrado, contínuo, focado na pessoa, família e

voltado para a promoção e a manutenção a saúde. A proteção e a promoção da

saúde do conjunto dos indivíduos são necessidades de toda a sociedade.

Atualmente trabalham na UBS os seguintes profissionais: um médico de família (32

horas), uma enfermeira (40 horas), uma técnica de enfermagem (40 horas), dois

agentes administrativo (30 horas), 6 agentes comunitários de saúde (40 horas), e

dois auxiliares de limpeza (30 horas).

1.7 O DIA A DIA DA EQUIPE DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NAZARÉ

VENÂNCIO RIBEIRO.

A equipe trabalha por meio de reuniões programadas com periocidade, quase

semanalmente, discutindo à cerca das finalidades do trabalho da equipe, onde todos

os integrantes devem participar, como o gerente da unidade, médico, enfermeiro,

técnico de enfermagem e agentes comunitários, para expor o objetivo do trabalho

que irão desempenar solicitando a colaboração de todos, explicando o objetivo do

trabalho e pactuar com cada profissional o compromisso de participar da realização

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das atividades propostas, também consolidam a definição de demanda espontânea,

definindo critérios sobre esta atividade, além disso, sempre conversando para

aprimorar o conhecimento sobre o acolhimento dado aos pacientes, analisando

sobre a conduta frente à demanda espontânea através da triagem dos usuários de

acordo com a classificação dos riscos dos pacientes e definindo as prioridades de

atendimento.

A unidade tem o cuidado para que tudo saia adequadamente com os pacientes

de forma organizada, ela tenta oferecer um atendimento ótimo para conseguir bons

resultados. Cada membro da equipe tem a capacidade de conhecer seu papel, não

de forma isolada, mas interagir com todos os membros. Outra coisa é que se

constrói fluxos claros e eficientes para que todos os pacientes se sintam bem

atendidos, no entanto, aparecem dificuldades que se devem resolver.

Além disso podemos incluir a flexibilidade entre membros da equipe e os usuários

da unidade. Todo isto é primordial para que o funcionamento da unidade seja eficaz

e efetivo, demostrando que nossa unidade tenha uma gestão compartilhada.

1.8 ESTIMATIVA RÁPIDA: PROBLEMAS DE SAÚDE DO TERRITÓRIO E DA

COMUNIDADE (PRIMEIRO PASSO)

1. Hipertensão arterial e fatores de riscos associados em pacientes idosos

2. Alto consumo de álcool

3. Violência doméstica.

4. Alto índice de desemprego e subemprego.

5. Consumo de drogas.

6. Disposição final dos residuais líquidos e sólidos inadequados.

7. Tratamento inadequado da agua de consumo.

8. Baixa cultura de conhecimentos.

9. Barreira geográfica para o tratamento fora do domicilio com demora na

atenção.

10. Escassez de médios diagnósticos e não existência de médios

diagnósticos das tecnologias de ponta.

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11. Um grande número de residências não tem saneamento básico.

12. Falta de especializações ou não existência de suficiente pessoal

profissional da saúde especialmente de especialistas (só conta com pediatria,

cardiologia, psicologia, fonoaudióloga e fisiatria).

13. Falta de insumos necessários para procedimentos. ambulatórios.

14. A gravidez não planejada e indesejada principalmente na adolescência.

15. Alta incidência das Doenças infecta- parasitárias e respiratórias.

1.9 PRIORIZAÇÃO DOS PROBLEMAS – A SELEÇÃO DO PROBLEMA PARA O

PLANO DE INTERVENÇÃO

Quadro 1 Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico

da comunidade descrita à equipe de Saúde, Unidade Básica de Saúde Nazaré

Venâncio Ribeiro, município de Óbidos, estado do Pará.

Principais

Problemas

Importância Urgência Capacidade

de

enfrentamento

Seleção

Alta prevalência

de Hipertensão

Arterial em

pacientes

idosos

Alta

10

Parcial

1

Dificuldade de

acesso a

Consultas

especializadas

Alta

8

Fora

2

Renda

econômica

familiar baixo

Alta

7

Fora

5

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Baixa cultura

de

conhecimentos

Alta

5

Parcial

4

*Alta, média ou baixa ** Total dos pontos distribuídos até o máximo de 30 ***Total, parcial ou fora ****Ordenar considerando os três itens

2 JUSTIFICATIVA

A UBS Nazaré Venâncio Ribeiro localiza-se no Distrito Flexal, município

de Óbidos, tendo uma população total de 6.595 habitantes, sendo que 763 são

maiores de 60 anos, grupo etário o qual é mais frequente a incidência da HAS.

Existem 655 pacientes portadores da mesma, representando 11.1% os quais mais

dos 90% são acompanhados pela equipe de saúde da família.

Dentre os problemas enfrentados na UBS, destacou-se a baixa adesão

dos pacientes ao tratamento não medicamentoso, sabendo que o cumprimento

correto das mudanças no estilo de vida é uma das atividades essenciais para o

adequado controle desta doença. Desta maneira, desenvolvemos ações e

estratégias para que a população conheça o que é a HAS, e como preveni-las, para

evitar as complicações da mesma.

A HAS representa um problema de saúde em população idosa. Há uma

relação direta do estilo de vida com os fatores de risco e o controle da mesma. O

conhecimento da prevalência da HAS e dos fatores de risco relacionados, permitiram

subsidiar medidas objetivas para obtenção de um melhor controle da doença e suas

complicações.

Este trabalho teve como objetivo melhorar a adesão ao tratamento não

medicamentoso e incorporar a seu cotidiano hábitos saudáveis como uma

alimentação adequada e prática de atividades físicas.

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3 OBJETIVOS

3.1 GERAL

Avaliar os fatores de risco da hipertensão arterial em pacientes idosos atendidos na UBS Nazaré Venâncio Ribeiro, no Distrito Flexal, município de Óbidos, Estado do Pará. 3.2 ESPECIFICO

1- Identificar os principais fatores de risco em população idosa.

2- Promover mudanças no estilo de vida.

4.METAS

-Reduzir os fatores de risco de hipertensão arterial sistêmica tais como

obesidade, sedentarismo, tabagismo e alimentação inadequada.

-Aumentar o nível de conhecimento da população sobre a doença e suas

complicações.

-Contribuir para a diminuição do índice de morbimortalidade pela doença.

-Melhorar a qualidade do atendimento e acompanhamento dos pacientes com

doenças crônicas não transmissíveis.

5. METODOLOGIA

O Projeto de intervenção foi desenvolvido no território de abrangência da

UBS Nazaré Venâncio Ribeiro, que fica localizada no Distrito Flexal, município de

Óbidos, estado do Pará. A Unidade conta com 13 profissionais que compõem a

equipe de trabalho conjunto, proporcionando um atendimento prioritário aos

pacientes/usuários que dependem de assistência médica e que são atendidos pelos

programas desenvolvidos ou atendidos pela Unidade.

Adotou-se como critério de inclusão de idosos na faixa etária de 60 anos ou

mais, de ambos os sexos, atendidos no posto de saúde no tempo da investigação,

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utilizando como ferramenta de apoio ao programa de HIPERDIA (Sistema de

cadastramento e acompanhamento de hipertensos e diabéticos.)

O plano de ação teve início com palestras sobre os sintomas de hipertensão

arterial sistêmica, seus fatores de risco, controle da doença com tratamento não

farmacológico e farmacológico e complicações, a população em geral.

Em continuidade a esta etapa houve a proposta de criação do grupo de

hipertensos idosos e realização de palestras informativas educacionais sobre dieta

adequada, a influência da obesidade, do álcool, do tabagismo, do sedentarismo,

importância da atividade física, e fatores de risco cardiovasculares.

As reuniões foram divididas em quatro fases onde a primeira foi uma etapa de

exposição dos temas apresentados através de recursos audiovisuais. O grupo

contou com a participação dos diversos profissionais da saúde da equipe do PSF em

questão e da equipe expandida, com apoio do NASF, com periodicidade inicialmente

mensal. A proposta realizada foi a abordagem multidisciplinar, possibilitando a troca

de experiências e esclarecimento de dúvidas, procurando sempre transmitir a

informação de forma acessível e dinâmica.

A segunda etapa foi de discurso a través de dinâmicas e debates visando

avaliar o grau de conhecimento adquirido.

Na terceira etapa foi feita a aferição da pressão arterial de cada participante e

registrado nas fichas individuais, tarefa que fora feita pela equipe de saúde e

fornecida ao paciente.

Na quarta foram feitos esclarecimentos de dúvidas que houveram no decorrer

das reuniões.O monitoramento trimestral da intervenção se deu com o

acompanhamento dos pacientes hipertensos a cada três meses em consultas

agendadas e visitas domiciliares.

5. REVISÃO BIBIOGRÁFICA

Os indivíduos que apresentam hipertensão são frequentemente

assintomáticos, o que a caracteriza como uma doença silenciosa e perigosa. As

principais consequências da HAS não controlada consistem em infarto agudo do

miocárdio, insuficiência cardíaca e renal, acidentes vasculares encefálicos e

comprometimento visual (BRUNNER, 2012)

Desta forma, para que a prevenção e a promoção da saúde sejam feitas de

forma eficaz é necessário o conhecimento sobre a doença e dos fatores de risco que

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colaboram para o desenvolvimento da mesma ou das comorbidades associadas2 ,

afim de que esse usuário possa ser protagonista do seu autocuidado, fazendo com

que mesmo possa compreender as consequências da não atenção do

tratamento.(SBC;SBH;SBN,2010).

Uma das maiores dificuldades que os profissionais de saúde têm, em

relação ao tratamento da hipertensão, é manter o paciente engajado no controle da

doença, no qual o desconhecimento da gravidade da doença e da necessidade de

tratamento contínuo leva a várias e importantes considerações que devem estar

presentes no acompanhamento pelos profissionais de saúde (BRITO, et al., 2008).

Um dos fatores primordiais para o controle da hipertensão e a dieta, no

entanto estudos tem revelado que apesar do conhecimento dos idosos sobre essa

estratégia, como podemos perceber no estudo de Machado et.(2017) em que 61%

dos participantes não faziam dieta, logo é necessário que os profissionais de saúde

possa fazer estratégias adequadas e individualizada, afim de que os idosos possam

mudar seus hábitos alimentares.

No entanto, adesão da dieta tem um caráter social que precisa ser levado

em consideração, pois Vasconcelos et al.( 21015) demonstram que 75% dos

participantes do seu estudo não tinha acesso acesso regular e permanente a

alimentos de qualidade e em quantidade suficiente .Isto configura uma situação de

insegurança alimentar o que indica um risco adicional a que esta população está

exposta. Tal fato compromete a adesão e o seguimento da dieta, necessários para o

controle da HAS e DM. A falta de adesão à dietoterapia, resultante do não acesso a

uma alimentação adequada impacta sobre o controle clínico desses agravos.

Isso, favorece os fatores de risco como: obesidade, hipercolesterolemia,

hipertrigliceridemia e hiperglicemia, que estão estreitamente relacionados à seleção

inadequada de alimentos. Nessas condições, alimentos de elevada densidade

energética com alto teor de gorduras e açúcares, frequentemente mais acessíveis do

ponto de vista de custo, predominam em detrimento dos alimentos frescos e de

maior conteúdo nutritivo. (LOTTENBERG; GLEZER; TURATTI,2007; CARAVALHO

et al.,2012; OLIVEIRA et al.,2012)

Outro fator de risco que precisa ser discutido é atividade física. O efeito

protetor da atividade física vai além da redução da PA, estando associado à redução

dos fatores de risco cardiovasculares e à menor morbimortalidade, quando

comparadas pessoas ativas com indivíduos de menor aptidão física, o que explica a

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recomendação deste na prevenção primária e no tratamento da hipertensão.(

NOGUEIRA et al.,2012).

No entanto, apesar da atividade física ser um tratamento não-farmacológico

importante para o controle da HAS a adesão dos paciente ainda é baixa como

podemos verificar no estudo de Moura, Godoy, Mendes(2016) em que cerca de 63

% dos participantes não fazem atividade física regular, ou seja, o controle da HAS

não está sendo eficiente e eficaz.

Sendo assim, deve-se estimular a população idosa à prática de atividades

físicas capazes de promover a melhoria da aptidão física relacionada à saúde.

Segundo estudos epidemiológicos, a prática das atividades físicas proporciona

benefícios nas áreas psicofisiológicas( MACIEL, 2010).

A problemática da adesão ao tratamento da hipertensão arterial é causas

multifatoriais, sendo um desafio para os que a vivenciam: pacientes e profissionais

de saúde, principalmente no contexto da atenção básica. Assim, é importante ao

profissional o desenvolvimento de estudos para que possa conhecer a realidade

onde atua e traçar estratégias de intervenção que tenham êxito, para que possam

ser reproduzidas a um maior número de hipertensos, visto que o número de artigos

sobre adesão de hipertensos na atenção primária ainda é escasso. (PIERIN et al.,

2011)

Portanto, é imprescindível que cada profissional de saúde tente identificar,

na sua população de trabalho, quais são as variáveis envolvidas e associadas ao

abandono do tratamento ou ao não cumprimento das orientações terapêuticas,

considerando a estrutura disponível para o atendimento daquela população e a

necessidade do desenvolvimento de estudos que avaliem a implementação de

estratégias de lidar com o problema da não-adesão ao tratamento. (REINEIRS et

al.,2007)

Nessa perspectiva, a ESF configura-se como elemento-chave para a

organização e implantação de ações que visem ao controle da HAS. Destacam-se a

necessidade do trabalho multiprofissional e interdisciplinar para a abordagem ao

hipertenso e o cuidado domiciliar como uma estratégia para maior adesão ao

tratamento e controle da doença, para, assim, minimizar os seus impactos e os da

não adesão tanto para o sistema de saúde quanto para os usuários.(

RIBEIRO;COTTA;SILVA,2016).

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Para a compreensão das barreiras da não adesão ao tratamento da HAS, é

necessário entender que a maioria dos fatores vai além do individual, que envolve

vários aspectos e que a adesão ao tratamento poderia ser mais efetiva se

estratégias conjuntas fossem discutidas e implementadas por toda a equipe de

saúde envolvida na terapêutica.( SILVA et.,2016)

6. PLANO DE INTERVENÇÃO

6.1 Descrição do problema

O problema são os fatores de riscos associado á hipertensão em idosos, uma

vez que é perceptivo tais fatores, principalmente em relação a abaixa adesão a dieta

e atividade física, fazendo com que esses pacientes tenham risco a complicação

relacionada a doença. Desta maneira objetivo é fazer com que haja uma

participação dos pacientes reconheçam os fatores de riscos, bem como possam

modificar o estilo de vida

6.2 Explicação do problema selecionado

Sabe-se que é importante que o paciente tenha o conhecimento sobre sua

real condição crônica, de forma que o mesmo possa reconhecer os fatores de riscos,

para que possa ser protagonista do processo terapêutico, permitindo que o mesmo

tenha uma adesão ao tratamento.

6.3 Seleção dos nós críticos

Foram identificados os principais nós críticos do problema que serão trabalhados no

plano de intervenção.

Baixo nível de informação dos pacientes sobre os fatores de risco

Baixa adesão da dieta e atividade física

Falta de educação em saúde sobre a temática, voltada para sensibilização da

adesão do tratamento

6.4 Desenho das operações

Quadro 1 – Operações sobre o “nó crítico 1” relacionado ao problema “baixo

nível de informação sobre os fatores de riscos para hipertensão

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Nó crítico 1 baixo nível de informação sobre os fatores de riscos para

hipertensão

Operação

(operações)

Identificar o conhecimento dos idosos hipertenso sobre os

fatores de riscos

Projeto Conhecendo os fatores de risco

Resultados

esperados

Compreender os fatores riscos dos idosos hipertenso

Produtos

esperados

Fazer com que idosos tenham mais conhecimento sobre os

fatores de riscos

Recursos

necessários

Equipe de saúde

Instrumento para coleta de informação

Recursos críticos Estrutural: Adesão dos profissionais, principalmente dos ACS

Político: Adesão do gestor local.

Financeiro: Adesão do gestor de finanças.

Controle dos

recursos críticos

Favorável

Ações

estratégicas

Serão feitas coleta de dados a cerca do conhecimento dos

idosos sobre os fatores de riscos para hipertensão

Prazo Imediato

Responsável (eis)

pelo

acompanhamento

das ações

Equipe Multidisciplinar de Saúde

Processo de

monitoramento e

avaliação das

ações

Continua

Quadro 2 – Operações sobre o “nó crítico 2” relacionado ao problema Baixa

adesão da dieta e atividade física

Nó crítico 1 Baixa adesão da dieta e atividade física

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Operação

(operações)

Educação em saúde

Projeto Grupo de idosos

Resultados

esperados

Fazer com que os idosos hipertensos possam aderir a dieta e

atividade física

Produtos

esperados

Adesão ao tratamento não medicamentoso

Recursos

necessários

Estrutural: Profissional para trabalhar em nossa comunidade.

Cognitivo: Informação e manejo sobre o tema a tratar.

Financeiro: Recursos para lanche saudável .

Político: Mobilização social.

Recursos críticos Estrutural: Profissionais capacitados para fazer rodas de

conversa .

Político: Adesão do gestor local.

Financeiro: Adesão do gestor de finanças.

Controle dos

recursos críticos

Favorável

Ações

estratégicas

Utilização de roda de conversa, com intuito de fazer com que o

paciente seja protagonista do processo

Caminhada com o grupo

Prazo Imediato

Responsável (eis)

pelo

acompanhamento

das ações

Equipe multidisciplinar de saúde.

Processo de

monitoramento e

avaliação das

ações

Continua

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pelo estudo e pela intervenção realizada, observamos e comprovamos que

existe um aumento da prevalência de hipertensão na população idosa da UBS

Nazaré Venâncio Ribeiro.

Os problemas causados pela hipertensão arterial sistêmica nos levam a

refletir sobre a importância do tratamento farmacológico e não farmacológico na

doença, bem como da adoção de medidas preventivas com a finalidade de diminuir

o risco de não desenvolver no futuro número de pessoas acometidas pôr as equipes

também baixaram os custos gerados.

Trata-se de uma patologia com características muitas vezes assintomática. A

prevenção dela e suas complicações precisam de um trabalho multidisciplinar. Para

se alcançar mudanças na população é necessário, por meio de ações preventivas e

educativas, que consigamos mudar os fatores de riscos modificáveis encontrados

como sedentarismo, alcoolismo, alimentação inadequada (alto consumo de sal,

alimentos gordurosos dietas inadequadas, para isso vamos a brindar dicas

alimentares também incentivar a realizar exercícios com regularidade e uma dieta

saudável, brindando informações adequadas para a população sobre dieta saudável.

Criando estratégias dirigidas à população, fornecendo informações adequadas sobre

a doença e suas complicações, criando estratégias para facilitar e melhorar

acompanhamento do paciente idoso hipertenso.

Outra iniciativa para uma melhora na adesão ao tratamento precisa-se

conformar através de grupos educativos compostos pela equipe de saúde,

melhorando a adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico.

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