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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PROPOSTA-DIDÁTICA PEDAGÓGICA

TÍTULO: Os Desafios do Letramento na Perspectiva da Proficiência

AUTORA: Janete Aparecida Laitharth e Silva Vial

DISCIPLINA: Língua Portuguesa

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO DO

PROJETO:

Colégio Estadual de Marmeleiro

Marmeleiro

MUNICÍPIO:

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: UNIOESTE

RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR: Matemática, Ciências, História, Geografia,

Arte, Língua Estrangeira.

RESUMO: Este trabalho concerne a questão do

letramento em todas a áreas do conhecimento e da

formação do professor, tendo em vista que a base

do conhecimento é a linguagem. A complexidade do

tema mostra a relevância que tem o letramento na

apropriação do conhecimento, na formação do

cidadão e de todos os envolvidos no ambiente

escolar. Ao adentrarmos na problemática,

percebemos que a leitura é a base da formação do

educando, bem como do professor das diversas

áreas do conhecimento Nas modificações dentro da

área educacional, a alfabetização é o início para a

construção da competência comunicativa, enquanto

o letramento possibilita a inserção social tendo

continuidade também nos anos finais do Ensino

Fundamental. Logo, as contribuições das diversas

ciências, a exemplo da linguística e das concepções

de letramento, contribuem para a ampliação do

conceito de alfabetização.

PALAVRAS-CHAVE: Formação docente, grupo de estudo e

letramento

FORMATO DO MATERIAL DIDÁTICO: Unidade Didática

PÚBLICO ALVO: Professores, professor pedagogo e gestores.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERITENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – PDE

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE

OS DESAFIOS E AS PRÁTICAS DO LETRAMENTO NA

PERSPECTIVA DA PROFICIÊNCIA

FRANCISCO BELTRÃO/PR

2013

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JANETE APARECIDA LAITHARTH E SILVA VIAL

OS DESAFIOS E AS PRÁTICAS DO LETRAMENTO NA

PERSPECTIVA DA PROFICIÊNCIA

Unidade Didática apresentada à Secretaria

de Estado da Educação como requisito de

avaliação parcial do Programa de

Desenvolvimento Educacional do Paraná PDE –

na área de Língua Portuguesa. Turma 2013.

Orientadora Professora Drª. Iara Aquino Henn,

Universidade Estadual do Oeste do Paraná –

UNIOESTE.

FRANCISCO BELTRÃO/PR

2013

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1. APRESENTAÇÃO

O Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) foi disponibilizado aos

professores da rede estadual pelo governo do estado sendo desenvolvido em quatro

momentos tendo como base o movimento contínuo de aperfeiçoamento dos

fundamentos pedagógicos e disciplinares de professores no espaço escolar de

caráter teórico-prático a ser construído na relação entre seus estudos e a concretude

escolar no processo de aprendizagem.

Para este segundo momento, foi proposto a construção de Unidade Didática

Pedagógica, atividade esta, feita pelo professor em formação na escola de atuação

profissional.

A formação do professor e os desafios encontrados no trabalho com

letramento na perspectiva dos diversos campos disciplinares são temas a serem

pesquisados. É prudente investigar que as dificuldades relacionadas á leitura,

interpretação e escrita dos textos vivenciados pelos educandos, muitas vezes

decorrem das dificuldades da não apropriação dos conhecimentos em relação língua

padrão e de outras áreas do conhecimento em função de vários determinantes.

Pretende-se trabalhar com o professor visando problematizar os limites

encontrados no processo pedagógico, bem como, provocar reflexões e mudanças

na sua prática pedagógica e, por meio da reflexão teórica encontrar o aporte

necessário para tornar o letramento uma prática social de aprendizagem/interação.

Muitas dessas práticas são exercidas na escola de maneira espontaneísta,

esvaziam-se em certo senso comum dos professores, decorrentes também do

processo de formação deles, em que a perspectiva não priorizava o letramento.

Isto, se não considerada nos processos de formação continuada passam a

fazer parte de uma visão consensual sobre o papel da educação e da escola, que

muitas vezes impedem os avanços educacionais e afeta o cotidiano da escola.

O exercício da docência encontra limitações para desempenhar seu papel na

apropriação de conhecimentos e na reconstrução dos discursos. O denominado

espontaneísmo pedagógico impede avanços educacionais oferecidos a muitos

educandos, causando ou até reforçando as desigualdades sociais FREIRE (1996). O

que a escola básica vem fazendo para superar estas dificuldades? Nada pode

substituir o trabalho do professor na sala de aula. A interação, entre

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aluno/professor/conhecimento leva a construção das aprendizagens e a descoberta

de aspirações e necessidades dos educandos. Vygotsky (1994) defende que a

construção do conhecimento ocorre a partir de sua inserção na cultura, a criança vai

se desenvolvendo por meio da interação social com as pessoas e o meio

sociocultural em que convive. Aprimorando as práticas culturais estabelecidas, ela

vai evoluindo para formas mais abstratas que a ajudarão a conhecer, a controlar e

interagir na realidade. O autor destaca a importância do outro na construção do

conhecimento e na constituição do próprio sujeito e de sua forma de agir. Portanto, a

apropriação do conhecimento não é algo isolado das vivências e tão pouco uma

construção individualizada/solitária. Este só acontece na interação.

O ensino padronizado, unificado que não considera a cultura e os

conhecimentos prévios vêm sendo questionado. Os professores são formados, na

maioria das vezes, para o trabalho pedagógico que não considera os diferentes

tempos, ritmos e condições de aprendizagem dos educandos.

Neste processo de formação, pretende-se discutir na Unidade Didática, com

os professores, as concepções que orientam o ensino e a aprendizagem da língua

portuguesa, bem como, a apropriação e utilização do sistema de escrita enquanto

meio de interação social dos sujeitos. Este trabalho parte de estudos dos

pressupostos teóricos metodológicos, embasados nos documentos oficiais que

norteiam a ação pedagógica do professor, entre eles as DCE. (PARANÁ, 2008).

Um dos objetivos que se pretende focar neste estudo é construir com o

professor a perspectiva do ensino da língua, por meio do letramento em todos os

campos disciplinares. Essa realidade, por sua vez, orienta os educadores que

trabalham com outras ciências do conhecimento a reconhecer a importância da

leitura e da escrita na formação dos educandos sob o prisma dos diversos campos

disciplinares. Afinal ler, interpretar e escrever, no processo escolar, é formas de

apropriação de diferentes linguagens científicas. Por exemplo, é tão importante o

educando estar apropriado da linguagem da matemática quanto da história e da

geografia, entre outras. Sob nosso entendimento, a prática da leitura e da escrita

deve estar integrada a todas as áreas do conhecimento humano, permitindo aos

estudantes, autonomia progressiva da linguagem e consequentemente o letramento.

Assim sendo, a promoção da leitura é uma responsabilidade de todo corpo

docente de uma escola. Ações isoladas dificultam, não superam e nem

redimensionam as práticas leitoras dos estudantes. A leitura e a escrita propiciam a

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circulação, a troca de informações e a apropriação do conhecimento. Essas práticas

não pode ser tarefa exclusiva da língua portuguesa. As demais disciplinas que

integram o currículo não podem ser apenas transmissoras de um saber

fragmentado.

Nessa perspectiva, na segunda fase do ensino fundamental faz-se necessário

refletir sobre o processo de letramento na aquisição da linguagem das diferentes

ciências trabalhadas. Os educandos precisam ser/estar preparados para o exercício

da cidadania e da competência comunicativa, sendo que esta deve ser entendida

como as capacidades do falante em utilizar vários recursos linguísticos de forma

adequada em situações comunicativas. A língua portuguesa precisa ser trabalhada

de modo que o aluno alcance a condição de falante competente, de modo que

conheça a nomenclatura, pois a decoreba e a memorização de regras, parece

insuficiente para a competência comunicativa.

Segundo TRAVAGLIA (1996), a competência comunicativa implica na

capacidade que o falante tem de gerar sequências linguísticas e habilidades de

interagir e produzir bons textos. Já para ALMEIDA FILHO (2008), a aquisição da

competência comunicativa, parte dos conhecimentos e experiências que o aluno traz

para a escola ocupando um papel central na aprendizagem. Pela autodescoberta e

domínio de regras gramaticais, chega-se a competência comunicativa. Vale dizer

que o professor pode aproveitar as diferentes teorias sobre o ensino da língua e das

linguagens das diversas ciências para viabilizar a aquisição e competência e os uso

sociais dos conhecimentos, incluso da leitura e escrita dos diversos gêneros

textuais.

De acordo com estudos linguísticos presentes nas Diretrizes Curriculares, o

ensino dos gêneros textuais que circulam socialmente, precisa ser priorizado na

escola, dando ênfase à prática da oralidade, leitura e escrita. Para o aprendiz ter

compreensão do que é a língua escrita, torna necessário que as reflexões sejam

feitas a partir do texto, que é a unidade de estudo da língua. É preciso ir além,

exercer práticas sociais de leitura e de escrita presentes nas diferentes esferas

sociais.

Nessa nova dimensão, “o mundo da escrita ganha espaço e o termo

letramento vem juntar-se ao conceito de alfabetização”. Referindo-se a prática social

da leitura e da escrita como afirma Soares:

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Um indivíduo alfabetizado não é um individuo letrado: alfabetizado é um indivíduo que sabe ler e escrever, já o indivíduo letrado vive em estado de letramento, é, não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, responde adequadamente as demandas sociais da leitura e da escrita [...]. Enfim, letramento é o estado ou condição de quem se envolve nas numerosas e variadas práticas sociais de leitura e de escrita. (SOARES, 1998, pp. 39 e 44).

A aquisição da escrita acompanha as fases da escolarização. O letramento é

um desafio contemporâneo, diante de um grande aporte de material impresso que

está exposto à população. Assim, estar letrado, é participar da vasta cultura escrita

existente. Uma vez que, o ensino da língua portuguesa vista como Expressão do

Pensamento, priorizou por longo período, o ensino de regras da gramática normativa

e a análise de textos literários. Posteriormente passou a denominação de

Comunicação e Expressão, a língua sofreu algumas alterações, como exercícios

estruturais, técnicas de redação e também treinamento para habilidades de leituras

oral .Com os estudos linguísticos, por sua vez, o ensino da língua deixa de ser vista

como sistema de regras estáveis para ser concebida como processo de interação

entre sujeitos sócio históricos situados. Esse novo olhar impôs um repensar nos

estudos da língua referente a leitura e escrita. Isto vem ganhado corpo, embora não

sendo em ritmo desejável. Na perspectiva do letramento como modalidades de

práticas sociais de leituras e escritas, proporcionadas pelo momento atual, os

sujeitos da aprendizagem precisam estar preparados para ler, compreender e

interagir diante de texto que presentes nas diferentes esferas sociais. (C0STA-

HÜBES, 2008; VALENÇA, 2013)

É necessário, portanto, compreender como está sendo proporcionado aos

educandos as práticas do letramento. Como a escola vem cumprindo seu papel ao

oferecer condições para formar sujeitos letrados? Será que continua sendo

transmissora de conhecimento, sem considerar o aluno como sujeito do seu próprio

conhecimento e de seu processo educacional? A leitura pode ser considerada

necessária e significativa ação pedagógica de todos os professores.

As respostas para essas questões exigem uma atitude investigativa,

disposição para o diálogo. É preciso conhecer o cotidiano escolar, o que os

professores pensam, o que os alunos sabem e não sabem. Demarcando as

fronteiras do conhecimento, o professor pode encontrar a direção para a prática

pedagógica.

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Nessa perspectiva será feito com os professores um estudo das concepções

que orientam a aprendizagem, o ensino da língua e da leitura. Também será

refletido sobre a ação pedagógica dos envolvidos em educação, por meio de grupo

de estudo dirigido durante implementação com troca de experiências e saberes,

reflexões e leitura de textos referentes ao tema já proposto.

A busca pela formação do professor e o não distanciamento das concepções

educacionais defendida na contemporaneidade serão de grande relevância para

este estudo. O que aqui está sendo mencionado, não significa dizer que o professor

descarte as construções teóricas internalizadas ao longo dos anos de serviço, mas

que estas sejam de extremo valor. É preciso estreitar as relações entre ambas, para

que haja proximidade entre elas e as exigidas pelo sistema atual de educação.

Ao longo do percurso o professor vai tonando-se um profissional único, não

sendo possível separar a dimensão pessoal da profissional, constrói sua identidade

baseada em saberes prático e teórico, com princípios e valores que podem ser

modificados ou perpetuados durante sua carreira profissional. Nas palavras de

Pimenta, a identidade profissional se constrói:

[...] pelo significado que cada professor, enquanto ator e autor confere a atividade docente no seu cotidiano, a partir de seus valores, de seu modo de situar-se no mundo de sua história de vida, de suas representações, de seus saberes, de suas angustias e seus anseios, no sentido que tem em sua vida o ser professor (PIMENTA, 2002, P. 19).

Um professor, crítico e reflexivo, torna esse pensar significativo, vê além do

óbvio. Segundo Freire: “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que

se pode melhorar a próxima prática. O próprio discurso teórico, necessário à

reflexão crítica tem que ser de tal modo concreto que quase se confunda com a

prática.” (FREIRE, 1996, p. 38-39).

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2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para realizar o trabalho pedagógico, está a escola, como espaço de

aprendizagem e o professor, enquanto mediador do conhecimento. Sem eles

qualquer recurso didático ou proposta pedagógica não tem sentido, isso requer do

professor um olhar sobre a realidade da escola e o pensamento voltado para a

coletividade. Os aportes teórico-metodológicos proporcionam aos educadores um

novo pensar sobre a educação.

Para valorizar o conhecimento e as experiências dos profissionais de

educação, que atuam no Colégio Estadual de Marmeleiro realizamos uma pesquisa

de campo com professores desta escola, a qual nos forneceu uma das leituras da

realidade politico pedagógica e da formação dos docentes que atuam na segunda

fase do Ensino Fundamental. Alguns aspectos foram considerados, a partir de

entrevistas semi estruturada com os professores do quadro, sobre: o conhecimento

individual que o docente tem com relação a algumas concepções referentes à

escola, letramento, leitura, disciplina de atuação, práticas pedagógicas adotadas e

os desafios encontrados no cotidiano.

Esses dados podem ser considerados elementos significativos e asseguram

presença no momento da implementação do trabalho pedagógico que pretendemos

desenvolver. Chamar o professor ao estudo coletivo e a formação, é sem dúvida,

dizer que a educação está em debate, embora pareça desafiador.

A priori, este estudo aborda as concepções de ensino contidas nas Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná (DCE), e outros referenciais teóricos que

discorrem sobre formação docente, letramento e as práticas de oralidade, leitura e

escrita nos diversos campos disciplinares.

Será disponibilizado aos participantes momentos de leituras individuais,

coletivas, debates referente ao que for proposto para estudo, análise de material

didático, troca de experiências, vídeos que traduzem o pensamento de autores

pesquisadores das temáticas em estudo.

Estruturamos cada encontro seguindo o quadro elaborado para estudo na

modalidade presencial e não presencial.

Os procedimentos para a realização deste projeto serão:

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3. QUADRO DAS AÇÕES

Ações Nome da Ação Duração Público Alvo

01 Apresentação do Projeto ao corpo

Docente da Escola.

02 aulas Diretor, equipe pedagógica,

professores e funcionários.

02 Apresentação e debate da forma de

trabalho ao grupo de professores

participantes do Projeto.

03 aulas Professores que participam do

projeto.

03 Concepções teóricas de leitura e

escrita a partir dos documentos

oficiais teóricos.

07 aulas Professores que participam do

projeto.

04 Concepções de leitura no ensino da

Língua Portuguesa.

05 aulas Professores que participam do

projeto.

05 Concepções de escrita no ensino da

Língua Portuguesa.

05 aulas Professores que participam do

projeto.

06 Alfabetização e Letramento 05 aulas Professores que participam do

projeto.

07 Letramento e leitura em cada campo

disciplinar.

05 aulas Professores que participam do

projeto.

PRIMEIRA AÇÃO

CONTEÚDO:

Apresentação do Projeto de Intervenção ao corpo docente da escola

DURAÇÃO: 2 horas/aula

PÚBLICO ALVO:

Diretor, equipe pedagógica e corpo docente.

OBJETIVO:

Expor e colocar em debate o Projeto da Unidade Didática Pedagógica

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para que seja apreciada e sugerida ações ou modificações, além de tomar

ciência do que será desenvolvido na escola.

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO:

1. Apresentação da Unidade Didática em forma de slides utilizando o

multimídia, para comunidade escolar, representantes de APMF, Grêmio

Estudantil e Conselho Escolar, que será trabalhada no primeiro semestre de

2014, para que todos tenham conhecimentos das ações que serão

desenvolvidas no Colégio Estadual de Marmeleiro – Ensino Fundamental

Fase II e Ensino Médio, pela professora PDE.

2. Socialização do trabalho de campo – Entrevista com alunos e professores do

colégio.

3. Estender o convite a todos os participantes justificando e argumentando a

importância da formação continua na pratica e pedagógica do professor,

sendo assim, a qualidade do ensino oferecido nas escolas públicas, aos

educandos, toma nova dimensão, trilha novos caminhos e renova-se

constantemente.

SEGUNDA AÇÃO

CONTEÚDO:

Apresentação da forma de trabalho.

DURAÇÃO: 03 horas/aula

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PÚBLICO ALVO:

Professores participantes do projeto

OBJETIVO:

Apresentar e debater a forma de trabalho a ser desenvolvida,

construindo expectativas aos participantes, para que pelo estudo possam

refletir e transformar as práticas pedagógicas.

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

1. Será feita uma exposição sobre os procedimentos metodológicos, o trabalho

na modalidade presencial e não presencial. As ferramentas de estudo

utilizadas e o conjunto de ações aplicadas, o material para leitura, vídeos,

endereços eletrônicos para pesquisas, produção de atividade referente ao

conteúdo para que seja discutido na coletividade, tendo para isso suporte

pedagógico quando da necessidade. No momento do estudo coletivo terá

mais informações referentes aos temas em estudo, será disponibilizado

tempo para discussões reflexões e troca de informações relevantes.

2. Apresentação de uma síntese sobre a importância da formação docente

contido nos principais documentos oficiais.

3. Comentar sobre a certificação pela UNIOESTE e nº de horas/curso aos

participantes conforme a presença, participação e desenvolvimento da

atividade individual.

4. Leitura coletiva do texto “Formação de professores: recomendações para

uma política de leitura e de escrita, como política cultural, pública e

democrática” de Sonia Kramer (2010), que embasa reflexões sobre a

formação do professor e possíveis discussões referentes a leitura e a escrita

dos professores.

TAREFA INDIVIDUAL

1. Trazer a DCE para estudo no próximo encontro. Ler o texto: “O conceito de

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leitura nos Documentos Oficiais” de (Renilson José Menegassi e Ângela

Francine Fuza), disponibilizado no endereço combinado com o grupo de

professores.

2. Considerando as discussões realizadas até o momento, faça apontamentos

sobre seu aprendizado a partir dessa leitura em até uma lauda.

3. Faça sua apresentação em 3ª pessoa, relate suas expectativas de

aprendizagem em relação a este curso de formação. Envie suas produções

para o endereço eletrônico combinado com o grupo de professores

TERCEIRA AÇÃO

CONTEÚDO:

Concepções teóricas de leitura e escrita a partir dos Documentos

Oficiais Teóricos,

DURAÇÃO: 07 horas/aula

PÚBLICO ALVO:

Professores participantes do projeto

OBJETIVO:

Refletir sobre a prática docente a partir de estudo dos documentos

oficiais e das tendências pedagógicas que embasam a ação metodológica do

professor na sala de aula.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

1. Espaço aberto para debate reflexivo sobre a leitura realizada do texto “O

conceito de Leitura nos Documentos Oficiais”, Reinaldo José Menegassi

e Ângela Francine Fuza (2010).

2. Ler na DCE como é feito os apontamentos sobre o trabalho com a leitura no

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ensino da disciplina que atua.

O trabalho com a leitura na formação do leitor

Pelo1 estudo realizado para a elaboração desta pesquisa, constata-se que

vários documentos oficiais discutem a leitura e escrita enquanto processo de

formação do aluno leitor. Entre ele temos: Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN

(BRASIL, 1998) - Diretrizes Curriculares Estaduais – DCE (PARANÁ, 2008);

O conceito de leitura apresentada nestes materiais é a Concepção

Interacionista. A escola que trabalha nesta concepção precisa dar prioridade à

prática de leitura, já que esta se faz presente e necessário para a formação dos

educandos.

De acordo com os PCN, a leitura é o meio pelo qual [...] o leitor realiza um

trabalho ativo na construção de significados do texto. A partir de seus objetivos, do

seu conhecimento sobre o assunto [...] não se trata simplesmente de extrair

informações da escrita decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de

atividades que implicam necessariamente compreensão. (BRASIL, 1998, p. 41).

As habilidades e estratégias não podem ser esquecidas quando a leitura é

trabalhada no contexto escolar. Alguns autores, LEFFA (1996), KLEIMAN (1999),

apresentam propostas para que a leitura possa ser trabalhada na perspectiva

interacionista dando ênfase para o tripé autor-texto-leitor.

Com relação ao trabalho incluindo a linguagem na modalidade coletiva e não

individual, o diologismo se faz presente na interação autor-professor-alunos, durante

o processo de leitura no contexto da sala de aula.

De antemão, o trabalho com a leitura deve ter a finalidade de formar leitor

competente. O aluno necessita passar pelas fases de formação, lendo diferentes

textos até atingir níveis mais avançados, para no momento da leitura fazer

inferências enquanto leitor competente.

1 Anotações para apoio, elaborado por mim professora PDE, para o estudo e debate reflexivo durante

os encontros presenciais com o grupo de professores.

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Observa-se que o leitor a partir da leitura em etapas vai dando significado e

sentido ao texto pelas relações históricas e sociais, utilizando estratégias como

seleção, antecipação, verificação, inferências e não apenas decodifica, como

primeiro conceito de leitura.

Verifica-se que a Concepção de leitura contida nos PCN BRASIL (1998), é a

interacionista, e que é preciso superar algumas concepções no trabalho inicial com a

leitura como o fato de que ler seja apenas decodificar.

A leitura enquanto prática social possibilita a realização de diálogo

contextualizado e carregado de significação. Os PCN, ainda postulam que “... não se

lê só por ler...” p 319.

De acordo com o exposto, a leitura como interação exige diversas etapas até

chegar a sua interpretação. A escola precisa dar oportunidade aos educandos a

esse olhar diferenciado sobre o processo de aquisição da leitura visando formar

leitores competentes.

As Diretrizes Básicas Curriculares –DCE- (PARANÀ, 2008), é um documento

elaborado a partir de discussões coletivas que ocorreram entre 2004 a 2008 e

envolveu os professores da Rede Estadual de ensino da Educação Básica do

Paraná.

O ensino da Língua Portuguesa, de acordo com as DCE–PR, ainda não

contempla em alguns contextos a proposta interacionista para o trabalho com a

linguagem.

Nessa perspectiva para o ensino da Língua Portuguesa é fundamental que se

considere os aspectos históricos e sociais na produção textual, levando em conta os

conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos e o contexto onde estão

inseridos.

Cabe então a escola por meio dos professores promover a prática de leitura e

escrita de textos que circulam nas diferentes esferas sociais e efetivar o uso da

linguagem como processo de interação do sujeito no contexto onde vive.

O diálogo entre os conhecimentos ensinados na escola e os trazidos pelos

alunos precisa ser defendido e priorizado na concepção de linguagem apresentada

nas DCE (Paraná, 2008).

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Na sala de aula é necessário analisar, nas atividades de

interpretação e compreensão de um texto: os conhecimentos de

mundo do aluno, os conhecimentos linguísticos e a situação

comunicativa, os interlocutores envolvidos, os gêneros e a esfera

social, o suporte em que o gênero está publicado, entre outros

(intertextualidade). (PARANÁ, 2008, p. 73)

Dentro dessa concepção propõe um trabalho pedagógico que coloque os

educandos em contato com a linguagem nas diferentes esferas sociais e que as

capacidades de leitura, escrita e compreensão dos sentidos do texto sejam

trabalhadas. Nas palavras de BRUNZE (2006), contidas nas DCE, os gêneros

discursivos, que se apresentam no cotidiano dos alunos, precisam ser legitimados

na escola, numa busca de relacionar o letramento escolar com as práticas de

letramento social.

O contato entre diferentes linguagens, possibilitam o entendimento do texto,

seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. Assim sendo, a ação pedagógica

deve pautar-se em atividades pedagógicas onde a leitura, a escrita e a interpretação

sejam praticadas como ato dialógico.

A proposta apresentada nas DCE (2008), a leitura se constitui, “no ato de

recepção”, sendo o texto uma responsabilidade significativa e o leitor, um atualizador

dos sentidos por meio de atividades responsivas.

Se o contexto escolar for considerado como ambiente de múltiplas formas de

interlocuções com os textos, as DCE apresentam alguns aspectos a serem

considerados nas propostas de atividades de leitura: “De acordo com Souza (2010),

as diversas versões das Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa

adotam a Teoria Enunciativa de linguagem que, no Brasil, nos aspectos relativos ao

ensino de línguas, assume a nomenclatura de interacionista”. Para as DCE

(PARANÀ, 2008, p. 1-81), “[...] é animador o fato de a maioria dos professores

reconhecer que, no atual contexto, a concepção/teoria que mais se presta ao

processo de ensino aprendizagem de língua é a Interacionista ou da

Enunciação/Discurso” (PARANÁ, 2008).

Diante do exposto, percebe-se a preocupação em efetivar o processo de

leitura centrado no diálogo, com ênfase na formação e desenvolvimento do leitor, a

partir da concepção internacionalista.

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TAREFA INDIVIDUAL

1. Caro educador (a); A partir do estudo realizado neste encontro você

percebeu a importância do trabalho com a leitura na formação do aluno leitor:

2. Elabore um conceito sobre leitura, descreva a importância e os desafios

encontrados para trabalhar com a leitura na sua disciplina de atuação.

3. Como é trabalhada a Leitura na sua disciplina? Quais resultados positivos e

negativos você tem encontrado em relação ao material para leitura, a

participação dos alunos e a melhoria na aprendizagem no local que atua?

Você considera necessário que a escola priorize a leitura ou a escrita?

Descreva em forma de texto e envie para o endereço eletrônico combinado

com o grupo de professores.

QUARTA AÇÃO

CONTEÚDO:

Concepções de Leitura no Ensino da Língua portuguesa

DURAÇÃO: 05 horas/aula

PÚBLICO ALVO:

Professores participantes do projeto

OBJETIVO:

Realizar leituras sobre alfabetização/letramento para reconhecer a

importância do trabalho com a linguagem oral e escrita na II fase do Ensino

Fundamental.

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

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1. Será feita uma explanação sobre o tema de estudo onde os professores

possam discutir como a leitura está sendo desenvolvidas no Colégio

Estadual de Marmeleiro, já que estes conduzem os alunos à atividades de

compreensão leitora.

2. O texto utilizado para sustentar estas reflexões é de Greice Da Silva

Castela2, será disponibilizado em multimídia aos participantes.

3. Analisar alguns textos contidos nos livro didático adotado pela escola e

verificar em que concepção de leitura as perguntas de interpretação e analise

linguísticas foram construídas.

4. Socializar no coletivo o resultado da análise.

Os reflexos da leitura na ação pedagógica do professor-leitor

A prática3 de leitura feita no espaço escolar vem sofrendo inúmeras críticas,

embora mereça destaque, uma vez que deve ter prioridade e ser ensinada por todos

os professores em qualquer área do conhecimento. Os educadores sabem que a

prática da leitura é importante na apropriação do saber.

Essa situação reflete a própria formação do professor que se dá sobre uma

área especifica do conhecimento.

O professor como mediador do conhecimento precisa orientar o aluno a

estabelecer relações, a interpretar o que lê. Assim, torna-se necessário apontar

estratégias de leitura que conduz o aluno a atingir a competência leitora.

Para isso, segundo ROJO (2004), o professor precisa ativar a capacidade

leitora do aluno, falar sobre o tipo de material (livro/texto) a ser lido, apontar

finalidades e intenções do autor, contextualizar o que foi produzido, levantar

hipóteses, ativar os conhecimentos prévios, enfatizando também os valores éticos,

sociais e culturais presentes na leitura, para que o aluno possa relacionar o

conhecimento adquirido com suas vivências, transformando-se em um ser crítico e

participativo.

2 Doutora em Letras. Docente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.

3 Anotações para apoio, elaborado por mim professora PDE, para o estudo e debate reflexivo durante

os encontros presenciais com o grupo de professores.

Page 20: Os Desafios do Letramento na Perspectiva da Proficiência · fundamentos pedagógicos e disciplinares de professores no espaço escolar de caráter teórico-prático a ser construído

Nessa perspectiva de trabalho com a leitura ou outras atividades

semelhantes, o ensino deixa de ser burocrático e alienante, passa a ter significado

para o aluno.

Na obra, Estratégias de Leitura, SOLÉ (1998), encontram-se apontamentos

que ajudam os professores oferecer estratégias que permitem interpretar e

compreender os textos escritos de maneira autônoma. “O ensino de estratégias de

compreensão contribui para dotar os alunos dos recursos necessários para aprender

a aprender” (SOLÉ, 1998, p. 72). A autora argumenta ainda que: “A leitura é um

processo de emissão e verificação de previsões que levam a compreensão do texto”

(p. 116). De acordo com o citado, fica claro que enquanto se lê, as previsões feitas

pelo leitor devem ser compatíveis com o texto, ou substituídas por outras. Sendo

compatíveis integram-se ao conhecimento do leitor e a compreensão acontece.

Sugestão de outros materiais de leitura:

O processo de leitura é afetado quando o leitor não exerce o papel de

interlocutor. (KLEIMAN, 1993; KATO, 1995).

A leitura como processo de formação de construção de sentidos. (NERY,

1990)

Ler deve ser uma atividade individual e passa a ser um comportamento

social quando o significado não está no texto, nem no leitor, mas na

interação durante o ato da leitura. (LEFFA, 1999).

O leitor constitui o “ponto de partida para a construção de sentidos”.

(CORAACINI, 1995).

A leitura como compreensão crítica do mundo, da não alienação e da luta

contra a dominação. (FREIRE, 1997; SILVA, 1995).

A leitura é um processo de emissão e verificação de previsões que levam a

compreensão do texto. (SOLÉ, 1998).

TAREFA INDIVIDUAL

1. Neste encontro refletimos sobre as estratégias de leitura. Aprofunde seus

Page 21: Os Desafios do Letramento na Perspectiva da Proficiência · fundamentos pedagógicos e disciplinares de professores no espaço escolar de caráter teórico-prático a ser construído

conhecimentos lendo outros textos sobre Leitura disponibilizados na

biblioteca da escola, organizados em grupo de docentes, com anotações

para socialização no próximo encontro.

2. Escolha um texto cujo assunto contribua com sua disciplina de atuação,

elabore um Plano de Aula sobre leitura utilizando as estratégias pelas

autoras estudadas neste encontro.

3. Trabalhe em sala de aula. Faça as considerações que você achar

necessárias sobre o trabalho realizado durante o processo da leitura para

socializar no próximo encontro.

4. Envie o Plano de Aula e as observações que você fez durante o trabalho

para o endereço eletrônico conforme combinado com o grupo de

professores.

QUINTA AÇÃO

CONTEÚDO:

Concepções de Escrita no Ensino da Língua Portuguesa

DURAÇÃO: 05 horas/aula

PÚBLICO ALVO:

Professores participantes do projeto

OBJETIVO:

Rever o caminho percorrido pela escrita e o ensino da Língua

Portuguesa com possibilidades de trabalhar a linguagem de forma dinâmica e

dialógica, priorizando a leitura e produção dos gêneros textuais que circulam

socialmente.

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

1. Socializar a tarefa entre o grupo de professores.

Page 22: Os Desafios do Letramento na Perspectiva da Proficiência · fundamentos pedagógicos e disciplinares de professores no espaço escolar de caráter teórico-prático a ser construído

2. Analisar o livro didático adotado na escola, para verificar qual das

concepções foi priorizada e trazer os resultados para o debate coletivo.

3. Leitura coletiva do texto “O ensino da língua frente às diferentes

concepções”, escrito por mim para este estudo coletivo.

O ensino da língua portuguesa frente às diferentes

concepções

O ato4 de ensinar a escrever deve ser considerado e compreendido pelo

professor como uma necessidade de escrever. Isto é, implica sempre saber por que

escrever, o que escrever, para que escrever e o que se escreve.

Os primeiros estudos com a relação à língua portuguesa, tem na base a

linguagem literária, a linguística moderna vem opor-se à gramática tradicional de

base literária. Sobre o princípio da escrita, é notável verificar que o desenho

encontrado em caverna, pode ser considerado como meios do homem primitivo ter

expressado suas ideias. Além desses desenhos, heráldicos5, outros utilizados pelos

indígenas para registrar o tempo, também podem ser considerados precursores da

escrita.

Nas civilizações primitivas, a memória individual era a única maneira de

conservar a palavra. Essa memória individual impregnava-se na memória social feita

de tradições e costumes, que eram transmitidas através de lendas. O patrimônio

social vivia na dependência da continuidade do homem. Segundo CAGLIARI (2001,

p. 103):

A escrita seja ela qual for, tem como objetivo primeiro permitir a leitura [...] Alguns tipos de escrita se preocupavam com a expressão oral e outra simplesmente com a transmissão de significado que devem ser decifrados por quem é habilitado.

4 Anotações para apoio, elaborado por mim professora PDE, para o estudo e debate reflexivo durante

os encontros presenciais com o grupo de professores. 5 A arte ou a ciência de identificação, descrição e criação de brasões. Disponível;

http://www.dicionarioinformal.com.br/her%C3%A1ldica/. Acesso em Out/2013.

Page 23: Os Desafios do Letramento na Perspectiva da Proficiência · fundamentos pedagógicos e disciplinares de professores no espaço escolar de caráter teórico-prático a ser construído

O uso eficaz da língua escrita atende as mais variadas necessidades

pessoais, determinadas de acordo com as demandas sociais de cada momento

histórico. Atualmente, a sociedade deu a palavra escrita uma nova e revolucionária

dimensão. Apesar de evoluir ao longo da história a escrita é um instrumento que

fixa, conserva e aprimora a língua.

A escrita alfabética é caracterizada pelo uso de letras. O sistema de escrita

alfabética usado hoje provém do sistema greco-latino, derivada da escrita fenícia.

Verificamos nas palavras de KATO (1986), que embora haja inúmeras variedades de

alfabeto no mundo que apresentam diferenças formais externas, todas ainda usam

os mesmos princípios estabelecidos pela escrita grega.

A utilização da escrita pelo aluno, para registrar o saber produzido pela

humanidade, vem acompanhada por uma transformação gradativa. Inicia a partir do

processo de assimilação do saber (alfabetização) e vai criando possibilidades de

gerar novos conhecimentos a partir do acervo já disponível. O importante nesse

contexto é que o professor consiga desenvolver nos aprendizes a competência

linguística, ou seja, a capacidade de empregar adequadamente a língua, nas mais

diversas situações comunicativas.

O ato de escrever exige planejamento e verbalização do pensamento

enquanto escreve para que o texto torne-se legível no momento da leitura que é

determinada pelo ritmo individual de cada leitor.

O tema em estudo é longo e temos muito a complementar. Mas voltando o

olhar para as concepções do ensino da Língua portuguesa, percebemos que ela

também passou por diferentes concepções de língua e de gramática onde o

momento histórico estava representado. Entre essas concepções estão: a língua

como Expressão do Pensamento, a língua como Instrumento de Comunicação e a

língua como Forma de Interação. (C0STA-HÜBES, 2008; VALENÇA, 2013)

Aprofundando um pouco mais cada uma dessas concepções, que ainda são

trabalhadas em algumas situações na escola, observa-se que o sistema educacional

está condicionado a determinadas tendências que definem a concepção, o ensino

de língua e de gramática.

Sendo assim, a mais antiga concepção é a Expressão do Pensamento, que

vê a linguagem apenas como forma de pensamento e privilegia a Gramática

Normativa. Essa concepção sustenta-se no pressuposto de que, conforme

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TRAVAGLIA (1997, P. 21) “... as pessoas não se expressam bem porque não

pensam”.

O professor que enxerga a linguagem desse modo acredita que há normas a

serem seguidas. Considera o bom texto, aquele em que o aluno exterioriza o seu

pensamento de forma articulada e bem organizada, onde autor do texto não pode

ser afetado pelo seu interlocutor e nem pelas circunstâncias. O que importa é o

domínio do conteúdo pelo conteúdo, sendo o professor, detentor do saber e

responsável pela transmissão do conteúdo. O aluno é visto como um ser preceptivo

e passivo, não dialoga com o professor.

Nessa perspectiva da pedagogia tradicional, a leitura aponta para um leitor

passivo, com dificuldade para entender o texto, faz uma única leitura em voz alta

como treino.

A escola procura cada vez mais oportunizar o uso da escrita. Isso significa

dizer que o cidadão não consegue mais viver sem o contato direto com a escrita,

seja ela virtual ou mecânica. Nessa visão CARVALHO (2004), diz que: “na língua

tudo é socializado. Isso significa dizer que o falante, escritor de uma comunidade,

precisa aceitar o que o seu grupo linguístico consagrou”.

Nessa segunda concepção de língua como, Instrumento de Comunicação,

diferentemente da pedagogia tradicional, embora privilegiasse o estudo da gramática

normativa e a variante padrão, ou seja, o suo competente da língua, onde afastava o

aluno vindo de classes populares, menos favorecidas.

A língua é um código voltado para transmitir a um dado receptor uma nova

mensagem. O aluno passa a ser o centro das atenções. É dado mais importância ao

método, deixando de lado o conteúdo. Isso provocou um rebaixamento na qualidade

do ensino.

A gramática descritiva é entendida como um conjunto de regras a serem

seguidas. O professor é um técnico que organiza e transmite as informações e o

aluno recebe, aprende de forma isolada as regras e fixa o conhecimento. De acordo

com as DCE (2008), nessa concepção, a educação gerou um ensino baseado em

exercícios estruturais de memorização.

A leitura nessa perspectiva é feita de forma não linear, o leitor formula

hipóteses, faz inferências e utiliza os conhecimentos prévios.

Page 25: Os Desafios do Letramento na Perspectiva da Proficiência · fundamentos pedagógicos e disciplinares de professores no espaço escolar de caráter teórico-prático a ser construído

O estudo da literatura nessas concepções de ensino da Língua Portuguesa,

conforme apresentada nas DCE (2008), eram as antologias literárias, com base nos

cânones.

Apresentamos agora a terceira concepção, entendida como Forma de

Interação ou Interacionista. Defende uma pedagogia cujo lócus é a interação

humana que leva a uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita como

meio de interação e inserção na sociedade. Segundo SAVIANE (2007, p. 420): “A

prática social, põe-se, portanto, como ponto de partida e ponto de chegada da

prática educativa”. A linguagem centra-se como lugar das relações sociais nas

práticas discursivas.

Esta concepção defende uma proposta pedagógica de estudo linguísticos

denominado, Linguística da Enunciação. A gramática é vista como um conjunto de

variações e estudos linguísticos que precisam serem usados em função do texto oral

e escrito. Sendo assim, pode-se dizer que a língua é um jogo interativo, cujas regras

estão no interior do seu funcionamento.

A gramática internalizada está relacionada ao conjunto de regras que o

falante domina e vinculada também ao trabalho com o texto que é o objeto de

estudo.

Esta visão produtiva de ensino, a qual busca desenvolver nos educandos a

aprendizagem de novas habilidades linguísticas, contribuindo para que eles

aprimorem seu conhecimento e uso de sua língua materna de forma mais eficiente,

sem, no entanto, deixar de considerar o conhecimento que já possui. (TAVAGLIA,

1996).

O ensino da leitura conduz à atividade de compreensão leitora, as previsões

leitoras devem ser compatíveis com o texto. Considera-se no momento da leitura u

uso de diferentes conhecimentos, as condições de produção do discurso e a

comunicação entre leitor e texto.

A língua é defendida como produto social, possibilita a comunicação. Sendo

social ela independe dos sujeitos que a usam, mesmo considerando a existência das

variações.

Portanto, o conceito de língua vai além do seu uso para expressar

pensamento e ainda mais do que possibilitar uma transmissão de informação de um

emissor a um receptor, a linguagem é vista como um lugar de interação humana.

“Por meio da língua o sujeito que fala, pratica ações que não conseguirá levar a

Page 26: Os Desafios do Letramento na Perspectiva da Proficiência · fundamentos pedagógicos e disciplinares de professores no espaço escolar de caráter teórico-prático a ser construído

cabo, a não ser falando; com ela o falante age sobre o ouvinte, construindo

compromissos e vínculos que não preexistiam à fala”. (GERALDI, 2001, P. 41)

Segundo CASTILHO (1998), essas duas primeiras concepções de linguagem

e de gramática, no seu conjunto, mostram a língua como um fenômeno homogêneo,

como um produto que deve ser examinado independentemente de suas condições

de produção. Já na terceira concepção a linguagem e a gramática mostram a língua

como um fenômeno heterogêneo, representável por meio de regras variáveis,

inspirada socialmente. A língua é, em síntese, uma enunciação um elenco de

processo.

TAREFA INDIVIDUAL

1. Professor (a): Você terá oportunidade de ler o texto “Aprender a escrever,

ensinar a escrever” de Magda B. Soares a fim de aprofundar seu

conhecimento sobre a aquisição da linguagem escrita na perspectiva

interacionista da língua portuguesa. (Texto disponível no e-mail coletivo

do grupo)

2. O tema para estudo no próximo será Alfabetização e Letramento.

3. Elabore um texto informando como você foi alfabetizado (a), que recursos,

metodologias e estratégias de leitura foram utilizadas. Foi priorizado o

letramento, ou quando em sua trajetória educacional você pôde se

considerar uma pessoa letrada?

4. Envie sue texto para o endereço eletrônico combinado com o grupo de

professores.

SEXTA AÇÃO

CONTEÚDO:

Alfabetização e Letramento

Page 27: Os Desafios do Letramento na Perspectiva da Proficiência · fundamentos pedagógicos e disciplinares de professores no espaço escolar de caráter teórico-prático a ser construído

DURAÇÃO: 05 horas/aula

PÚBLICO ALVO:

Professores participantes do projeto

OBJETIVO:

Reconhecer o significado de alfabetização e letramento, a importância

da escrita e da leitura na formação do sujeito e os conceitos, metodologias que

podem ser utilizadas na ação docente para alfabetizar em todos os campos

disciplinares.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

1. Iniciar com a leitura do texto que cada docente produziu e abrir espaço para

o debate coletivo-reflexivo.

2. Assistir vídeos sobre Alfabetização e Letramento disponível na internet.

3. Contextualizar com textos produzidos no ano de 2013, com crianças em

processo de alfabetização e letramento, na Escola Municipal São Judas

Tadeu – Marmeleiro- Paraná, modalidade Educação Básica do Ensino

Fundamental Fase I

4. Leitura coletiva e debate do artigo: “Educação e ciências, Letramento e

Cidadania” de Helder de Figueiredo e Paula, Maria Emília Caixeta de Castro

Lima. Disponível no endereço:

Page 28: Os Desafios do Letramento na Perspectiva da Proficiência · fundamentos pedagógicos e disciplinares de professores no espaço escolar de caráter teórico-prático a ser construído

Ler e escrever, uma condição para ser cidadão

O6 desenvolvimento e aprimoramento da escrita vem modificando-se dentro

da área educacional, acompanha certas formas e necessidades sociais, econômicas

políticas do país, mas não impede a busca da proficiência.

A alfabetização enquanto, “aquisição convencional da escrita” e letramento,

“da função social da escrita”, (SOARES, 2004). A alfabetização oportuniza a criança

à apropriar-se do sistema de escrita e da leitura, sendo possível assim, participar da

cultura escrita.

O termo letramento dentro da área da educação pode ser considerado

recente, referir-se ao sujeito que é capaz de ler relacionando as informações como

contexto. Ser letrado é, portanto, participar ativamente e inserir-se numa sociedade

letrada.

O grande desafio é entender que, falamos de um jeito e escrevemos de outro.

No contexto de alfabetização as situações comunicativas de oralidade, leitura e

escrita precisam ser envolvidas. Expandir esse objetivo deve ser meta de todo o

professor, que visa à aprendizagem do educando.

A alfabetização é o início da busca de habilidades para chegar à competência

comunicativa. O processo de alfabetização e letramento é contínuo, precisa ir além

das séries iniciais. O centro das discussões refere-se ao uso das metodologias e

concepções utilizadas para alfabetizar. É preciso priorizar o uso da oralidade e da

escrita em contextos sociais. “A tendência no mundo é ensinar lendo e escrevendo

do todo para as partes”, BOZZA (2008), especialista em alfabetização e consultora

em metodologia de ensino da língua portuguesa. Não se pode falando em

alfabetização, esquecer as metodologias fônicas, complementa a autora.

A leitura e a escrita são processos complexos, devem ser planejados,

organizados, é tarefa contínua de todos os que buscam a aprendizagem

significativa.

O nível de letramento varia para cada pessoa, é um termo complexo, prévio e

do grau de compreensão do sujeito nas práticas de leitura e escrita. Por meio e uso

6 Anotações para apoio, elaborado por mim professora PDE, para o estudo e debate reflexivo durante

os encontros presenciais com o grupo de professores.

Page 29: Os Desafios do Letramento na Perspectiva da Proficiência · fundamentos pedagógicos e disciplinares de professores no espaço escolar de caráter teórico-prático a ser construído

dessas práticas o indivíduo pode tomar consciência da realidade podendo

transformá-las, ou seja, promover mudanças sociais.

Um sujeito é considerado letrado quando faz uso das práticas sociais de

leitura e escrita, portanto, não lê sempre da mesma forma, precisa contextualizar as

informações, assim, torna-se um sujeito proficiente. Temos hoje um termo novo na

questão de aprendizagem, é o letramento digital, este não substitui o letramento

tradicional, mas acrescenta uma série de conhecimentos.

Segundo SOARES, (2004) o processo de alfabetização no Brasil passou por

sucessivas mudanças conceituais e metodológicas.

Atualmente estamos vivenciando um novo momento na educação básica

quando se trata de alfabetização e letramento. Com a aplicação do PENAIC,

proposto como uma política pública do governo federal, que tem por objetivo

alfabetizar a criança até oito anos. Um momento como este é, sem dúvida,

desafiador.

TAREFA INDIVIDUAL

1. Professor (a): Elabore uma reflexão sobre o letramento na sua disciplina;

utilize o editor de texto, salve em seu nome e envie para o endereço

eletrônico combinado com o grupo de professores.

2. Descrever, ações a serem desenvolvidas em sua disciplina, envolvendo

alunos que apresentam dificuldades advindas no processo de alfabetização

que não estão alfabetizados ou letrados em função da dificuldade de

aprendizagem.

Page 30: Os Desafios do Letramento na Perspectiva da Proficiência · fundamentos pedagógicos e disciplinares de professores no espaço escolar de caráter teórico-prático a ser construído

SÉTIMA AÇÃO

CONTEÚDO:

Letramento e Leitura em cada Campo Disciplinar

DURAÇÃO: 05 horas/aula

PÚBLICO ALVO:

Professores participantes do projeto

OBJETIVO:

Reconhecer a importância da leitura e da ampliação do letramento em

todos os campos disciplinares para a construção de um conhecimento

interdisciplinar, não fragmentado que leve à formação integral do sujeito.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

1. Sistematizar as reflexões e as ações propostas na tarefa individual que sejam

consideradas possíveis e pertinentes para serem desenvolvidas no coletivo

da escola, com envolvimento dos professores, pedagogos e gestão escolar e

enviar a equipe pedagógica da escola.

2. Organizar três grupos de professores para estudo do texto “Letramento e

leitura: formando leitores críticos” de Delaine Cafiero7.

As possibilidades do letramento em todas as áreas do

conhecimento

Aprender8 ler e escrever não pode ser considerado, na escola, apenas tarefa

da disciplina de Língua Portuguesa. É preciso ir além, direcionar práticas de

7 Doutora em Linguística pela UNICAMP. Professora da Faculdade de Letra da UFMG.

Page 31: Os Desafios do Letramento na Perspectiva da Proficiência · fundamentos pedagógicos e disciplinares de professores no espaço escolar de caráter teórico-prático a ser construído

letramentos para outras áreas do conhecimento que utilizam a leitura e a escrita

como ponto de partida na apropriação do saber, isto parece ser desafiador aos

professores.

Para que o aluno tenha acesso, se aproprie dos conhecimentos

historicamente produzidos e armazenados pela humanidade, e se insira nessa

construção, é indispensável que todos os professores ofereçam práticas de leitura e

escrita em sua ação pedagógica durante o processo de ensino-aprendizagem, uma

vez que os alunos aprendem lendo, escrevendo e relacionando o conhecimento

adquirido na escola e fora dela.

A escrita tem a possibilidade de ser construída e representada em nossas

ações do cotidiano enquanto texto, código, fórmula, símbolos, mas nem sempre

sendo compreendida por todos. Daí a necessidade da escola trabalhar e estabelecer

relação com as diferentes linguagens durante a formação dos educandos, de forma

contínua e sistematizada.

O individuo desde muito cedo, expressa curiosidades sobre o mundo da

escrita, independente do conhecimento que almeja ter. Isso porque ele convive em

uma sociedade letrada, que oferece inúmeras formas e possibilidades de aprender

aquilo que ainda não sabe. Ao apropriar-se da cultura escrita através dos

conhecimentos mediados em seu cotidiano, ou dos conhecimentos científicos

colocados ao alcance e serviço de todos os membros de uma sociedade, o ser

humano vai desenvolvendo seu grau de entendimento e possibilidades de

participação ativa, com senso crítico, na comunidade da qual participa.

Nessa ótica é importante que quando a criança estiver na escola, todos os

professores valorizem essa bagagem cultural que cada uma possui e trabalhem para

que novos conhecimentos sejam alcançados sem que o saber seja fragmentado em

disciplina, mas mediado pelo professor e por seus pares. O fato de estar envolvido e

estabelecer critérios para letrar em cada área do conhecimento, faz com que todos

os professores da a escola estejam envolvidos e comprometidos com a educação

de qualidade, pois nos parece que é nesse nível de ensino que se localizam as

maiores dificuldades da continuidade do letramento, uma vez que este adquirido por

toda

8 Anotações para apoio, elaborado por mim professora PDE, para o estudo e debate reflexivo durante

os encontros presenciais com o grupo de professores.

Page 32: Os Desafios do Letramento na Perspectiva da Proficiência · fundamentos pedagógicos e disciplinares de professores no espaço escolar de caráter teórico-prático a ser construído

TAREFA INDIVIDUAL

1. Avaliar na escola exige diferentes critérios. Considere os apontamentos

citados abaixo na sua avaliação:

2. A metodologia utilizada durante a formação foi adequada para o

desenvolvimento e estudo desse Projeto? Dê sugestões:

3. Como foi sua participação nessa formação continuada, tendo em vista as

leituras e as produções que você realizou?

4. Indique algo que você considera relevante nesse Projeto:

5. Envie sua avaliação para o endereço eletrônico combinado pelo grupo de

professores.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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