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Carlos Oliveira - 201216924
Os desafios da Sociedade de
informação
Carlos Oliveira
2012169241
Coimbra, Dezembro 2012
Carlos Oliveira - 201216924
Trabalho de Avaliação Contínua Realizado no Âmbito da Unidade de Fontes de
Informação Sociológica
Os desafios da Sociedade de
Informação
Aluno: Carlos Daniel Silva Oliveira
Aluno Número: 2012169241
Docente: Prof. Dr. Paulo Peixoto
Imagem de capa: http://pixabay.com/pt/mouse-internet-verde-geografia-
42583/
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Índice
1. Introdução ......................................................................................... 1
2. Estado das Artes ................................................................................ 2
2.1 Desafios de uma sociedade de informação ...................................................... 2
2.2 O que é uma sociedade de informação? ........................................................... 2
2.3 Prós e Contras de uma Sociedade de Informação ............................................. 3
3. Descrição detalhada da pesquisa ....................................................... 8
4. Avaliação da página da Internet ........................................................ 9
5. Ficha de Leitura ............................................................................... 11
6. Conclusão ........................................................................................ 19
7. Referências Bibliográficas ................................................................ 20
8. Anexos
8.1 Anexo I
8.2 Anexo II
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1. Introdução
No âmbito da avaliação continua referente à disciplina de Fontes de Informação
Sociológica, foram-nos propostos 3 temas distintos para a realização de um trabalho
essencialmente de pesquisa.
Posto isto, decidi escolher o tema “Desafios de uma Sociedade de Informação”,
dado que é um tema atual e que nos envolve a todos. Outro fator que tive em
consideração para a escolha deste tema foi o facto da disciplina de Fontes de
Informação Sociológica ter como principal objetivo ensinar-nos como e onde realizar
pesquisas, então achei pertinente o aprofundamento do estudo sobre a Sociedade de
Informação.
Depois da escolha do tema, este trabalho baseou-se em três fases diferentes.
Comecei por fazer uma ficha de leitura de um texto proposto pelo Professor sobre o
meu tema, posteriormente foi realizado o Estado das Artes, onde aprofundei o tema,
seus prós e contras, vantagens e desvantagens e percebi quais os autores mais
importantes que se debruçam sobre este tema. Para finalizar avaliei uma página de
internet relacionada com o meu tema de trabalho.
Este trabalho debruça-se então sobre alguns dos principais desafios da
Sociedade de Informação, do ponto de vista de quem realiza pesquisas e trabalhos de
uma forma mais frequente, mas também da sociedade mais generalizada, suportando-
se nos autores que mais desenvolvem este tema.
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2. Estado das Artes
2.1 Desafios de uma sociedade de informação
Os métodos de veiculação de informação estão progressivamente a
mudar. Hoje, a informação é transmitida de uma forma cada vez mais
rápida, via internet, via televisão ou via rádio. As comunicações
interpessoais estão mais facilitadas, devido a dispositivos eletrónicos tais
como o telemóvel e a combinação entre computadores e internet.
Reparamos então que o grande pilar da sociedade de informação
atual, a sociedade de informação em que estamos inseridos, é a evolução
tecnológica, e sendo esta evolução contínua a transmissão de informação
é cada mais fácil e rápida, cada vez mais eficaz e melhorada. Hoje em dia
cada vez menos se compra um jornal para se ler as notícias pois essas
mesmas notícias já terão sido publicadas na internet algumas horas antes
e de forma gratuita, ou transmitidas na televisão.
Porém, apesar de todas as vantagens desta facilidade de
transmissão de informação alguns problemas são levantados, tal como o
excesso de informação e a degradação das relações interpessoais. São
estas vantagens e problemas que serão apresentados ao longo deste
trabalho.
2.2 O que é uma sociedade de informação?
Vivemos numa época em que emerge o termo “sociedade de
informação” mas, o que é a final uma sociedade de informação?
Este é um termo relativamente recente, que surgiu na procura de
relacionar os avanços tecnológicos, com maior incidência no último
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século, com a veiculação de informação, sendo que a sociedade de
informação recorre predominantemente às tecnologias de informação
para a troca de informações em suporte digital (Gaio e Gouveia, 2004).
Numa sociedade de informação todos os que possuem acesso a
internet e/ou televisão conseguem chegar a informação quer local quer
global com uma facilidade incrível, e esta informação não está agora
apenas disponível em formato de papel, num quiosque perto de si, ela
está disponível em quase todos os telemóveis, nos computadores, em
nossas casas através de televisores e nos nossos carros através dos rádios.
As novas tecnologias entraram na nossa vida de uma forma gradual
e modificou-a completamente, tornando-a mais simples, facilitando todo
o tipo de ações, das mais simples às mais complexas, desde o simples
pagamento de uma conta à realização de um trabalho ou de uma
pesquisa.
2.3 Prós e Contras de uma Sociedade de Informação
A evolução tecnológica aliada ao aparecimento da sociedade de
informação como hoje a conhecemos, tornou o Mundo um lugar “mais
pequeno”, em que podemos, a partir de nossa casa, assistir em direto e
em tempo real a acontecimentos que estejam a ter lugar na outra ponta
do planeta, à distância de um toque no comando do nosso televisor; a
partilha de fotografias, vídeos e textos podem ser enviados de uma ponta
do planeta para a outra numa fração de segundos, através de uma simples
mensagem de correio eletrónico; o pagamento de uma conta, ou o envio
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de dinheiro para um outro local é simples e possível através de uma curta
visita a um multibanco perto de si, tendo em conta que as tecnologias têm
funcionalidades apropriadas para o trabalho, mas também para o lazer.
Aspetos como a melhoria da qualidade de vida e da diminuição do
dinheiro despendido na obtenção de informação e cultura são dois fortes
prós porém, a intoxicação de informação é um dos maiores problemas
desta temática.
Se hoje em dia, basta uma simples pesquisa para termos acesso a
quase todo o tipo de informação, também temos que ter em conta que
muitas das informações que nos são disponibilizadas são deturpadas, e
que precisamos de ter cuidados redobrados na seleção dessa mesma
informação, para que consigamos distinção entre o que é informação
fidedigna e o que não é; se por um lado todos os dias nos entram pelo
televisor inúmeras opiniões de figuras conceituadas e noticias sobre todo
e qualquer tema, teremos de ter em conta que a manipulação está
presente em tudo o que nos é transmitido, pelo que mais uma vez o filtro
de informação se revela num aspeto crucial para que este avanço
tecnológico seja utlizado da melhor forma.
Outra questão acerca da Sociedade de Informação prende-se, como
já foi referido, no fato de esta estar em constante mutação, em constante
desenvolvimento, e torna-se crucial para todos nós uma adaptação a estas
mudanças, um acompanhamento constante dos desenvolvimentos
tecnológicos. Tomando o exemplo de um estudante universitário, nos
tempos que correm seria praticamente impossível para alguém terminar a
sua licenciatura sem a utilização de um computador e de internet, quer
para realizar trabalhos, para consultar notas ou até mesmo para se
candidatar ao ensino superior, o que seria impensável à 20 anos atrás.
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Hoje em dia em vez de uma visita a uma biblioteca, realiza-se uma
pesquisa on-line. Estes fatos podem ser corroborados com um estudo do
Instituto Nacional de Estatística que nos diz que em 2002 mais de 2 200
000 portugueses com idades compreendidas entre os 16 e os 74 anos
possuíam em suas casas acesso à internet (INE 2002).
Outro inquérito, realizado também pelo Instituto Nacional de
Estatística dá-nos as alterações no número de agregados domésticos com
acesso à internet, desde 2002 até ao ano que corre.
Gráfico 1- Agregados domésticos privados com pelo menos um indivíduo com idade entre 16 e 74 anos e com ligação à Internet em casa por Local de residência. (INE, 2002)
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Analisando estes dados podemos ver que tanto a linha que traduz a
percentagem de agregados com computador como a linha que traduz a
percentagem de agregados com ligação à Internet em casa é sempre
crescente desde o início do estudo, em 2002, até aos dias de hoje. Este
crescendo de famílias com computador e internet pode ser interpretado
como uma adaptação à evolução tecnológica e aos novos meios de
comunicação e informação. Este estudo mostra-nos um aumento de
51,8% de famílias com ligação a internet em apenas 9 anos, e em 10 anos
um aumento de 39,2% de agregados com computador em 10 anos (INE,
2012).
Estes números são completamente abismais e demonstram a importância
que estes novos métodos de transmissão de informação ganharam em
pouco tempo junto de toda a sociedade mundial.
Gráfico 2- Percentagem de agregados domésticos com computador e com ligação à Internet
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Adquirir um computador não é um investimento fácil para muitas
famílias portuguesas, porém, estas parecem saber que este é um
investimento com retorno, pois a curto/médio prazo este investimento vai
ser compensado com a poupança em outras matérias.
Outro aspeto muito discutido no seio de uma sociedade de
informação é a degradação das relações interpessoais que, com esta
facilidade de comunicação, deixaram de acontecer exclusivamente
pessoalmente, mas passaram a acontecer também mediadas pela internet
ou por um telemóvel por, alegadamente, não serem portadoras de saber e
de capacidade inovadora, criando-se condições para o agravamento das
desigualdades entre as pessoas e consequente corrosão da coesão social
(Da Silva, 2001).
. Uma robotização das relações humanas poderá ser um grave
problema para as gerações vindouras se estas não conseguirem fazer uma
racionalização desta evolução, conciliando a facilidade comunicativa à
distância com a interação pessoal.
Podemos então perceber que existem aspetos positivos e negativos
da evolução tecnológica, que as melhorias impostas na nossa vida numa
sociedade de informação superam em largar escala os aspetos negativos.
Porém uma racionalização e utilização adequada dos novos métodos de
transmissão de informação e cultura é a chave para que a sociedade
consiga usufruir destes.
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3. Descrição detalhada da pesquisa
Depois de escolher o tema de trabalho, realizei uma ficha de leitura, onde
realizei uma pesquisa exploratória sobre autores e sobre alguns conceitos presentes
no texto em questão.
Posteriormente, a realização do Estado das Artes obrigou-me a uma pesquisa
mais aprofundada sobre o tema. Nesta fase do trabalho, direcionei a minha pesquisa
para sítios como o portal do Instituto Nacional de Estatística, com a finalidade de obter
dados estatísticos sobre o assunto a desenvolver. Também pesquisei em bases de
dados on-line, como a b-on, por artigos científicos que tivessem como tema a
Sociedade de Informação. Nesta fase tentei não só encontrar artigos nacionais como
também internacionais, encontrando alguns dos autores que mais desenvolvem este
tema (como o espanhol Manuel Castells ou os portugueses Sofia Gaio e Luis Borges
Gouveia).
Durante estas pesquisas encontrei também um sítio muito útil, pertencente à
Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de Informação
(www.apdsi.pt) e que tem como objetivo a promoção e desenvolvimento da Sociedade
de Informação, não só através da população em geral como também dos poderes
públicos.
Também consultei alguns trabalhos de anos anteriores, presente no site da
disciplina, com o intuito de retirar algumas noções do que era pretendido e do que os
meus colegas de anos anteriores tinham feito.
Posto isto, realizada a pesquisa que considerei necessária para a realização do
trabalho tentei utilizar estas fontes sem as plagiar, referenciando sempre que alguma
fonte era utilizada.
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4. Avaliação da página da Internet
Para esta fase do trabalho tentei encontrar uma página que estivesse
diretamente relacionada com o tema e não uma página com informações gerais. Desta
forma após uma pesquisa simples no motor de busca Google, um dos primeiros
resultados apresentados foi a página da Associação para a Promoção e
Desenvolvimento da Sociedade de Informação (www.apdsi.pt).
Este é um sitio que foi criado e é gerido por uma associação especializada no
tema, pelo que podemos concluir que os gerentes desta página são especializados no
mesmo. Apesar disso, a linguagem utilizada é perfeitamente percetível para todos nós,
apesar de cuidada.
O endereço url do sítio (www.apdsi.pt) é bastante simples e fácil de ser
lembrado, visto que contém as iniciais da associação que o gere, e no seu interior a sua
navegação está facilitada por um motor de busca, localizado no canto superior direito,
que para cada pesquisa nos dá os resultados e o tipo de resultado (atividade, missão e
objetivos, etc.). Na sua página inicial estão também localizados atalhos para os
subtemas tratados por esta associação, como a saúde, educção, segurança, justiça,
etc.. Também no lado esquerdo da página existe um índice de opções a seguir para
melhor navegar nesta página e para encontrar-mos com mais facilidade o que
procuramos.
Apesar de conter publicidade, esta não impede nem dificulta a navegação no
sítio nem a visualização de qualquer dos seus conteúdos. Para melhor nos orientar à
associação apresentada na página, existem várias hiperligações no interior do sítio que
nos explicam o detalhadamente o que é, o que faz e o objetivo desta associação
representada.
Por fim, e avaliando o grafismo da página, podemos dizer que este é de simples
perceção, tanto a nível de imagens como de texto, sendo ambas bastante percetíveis
não exigindo esforço visual para as entender. A disposição dos textos, imagens, e
ligações é bastante simples, o que descomplexa a navegação no interior do sítio.
Os seus conteúdos desta página foram importantes para o meu trabalho pois
apresentavam alguns pontos de vista diferentes sobre a Sociedade de Informação
dependentes do prisma a que a ela nos referimos. A utilidade destas informações
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aliada à simplicidade de navegação na página tornaram esta página uma parte
importante do meu trabalho.
Avaliados todos estes fatores, podemos avaliar o sítio de uma forma
globalmente positiva.
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5. Ficha de Leitura
Título: Biblioteconomia em Santa Catarina
Autor da obra: Eduardo Graziosi Silva, Pedro Ivo Silveira Andretta, Renan Carvalho
Ramos
Local onde se encontra: http://www.sumarios.org/sites/default/files/pdfs/774-3605-
1-pb.pdf
Data da publicação: 2011
Editora: Revista ACB
Título do capítulo: Novas práticas na gestão de informação bibliográfica: Estudo sobre
a capacidade de gestores de referências no quotidiano dos estudantes, pesquisadores
e bibliotecários.
Nº das páginas do capítulo: 419-445
Palavras-chave: Tecnologias da Informação, Gestores de referências, Zotero,
Sociedade da Informação, Explosão Bibliográfica
Data de leitura: Outubro de 2012
Notas sobre os autores:
Eduardo Graziosi Silva: Tem um bacharelato em Bibliotecoeconomia e Ciência da
informação pela UFSCAR. Foi estagiário do Serviço de Biblioteca da Escola de
Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, e da Biblioteca Setorial de
Física do Departamento de Física da UFSCar.
Pedro Ivo Silveira Andretta: Tem um bacharelato em Bibliotecoeconomia e Ciência da
informação pela UFSCAR e possui um mestrado em Linguística pela mesma
universidade.
Renan Carvalho Ramos: É bibliotecário da Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho no de Rio Claro.Tem um Bachareatol em Biblioteconomia e Ciência da
Informação (2009) e um mestrado em Ciência, Tecnologia e Sociedade pela
Universidade Federal de São Carlos (2012). Atua principalmente nos seguintes temas
de pesquisa: tecnologia da informação e comunicação e bibliometria.
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Resumo:
A cada dia que passa, torna-se cada vez mais importante conseguirmos fazer
uma melhor seleção, e um armazenamento mais organizado das informações
recolhidas nas muitas pesquisas que realizamos. Desta forma, os autores deste texto
pretendem é fazer uma descrição de alguns gestores bibliográficos, comparando-os e
apontando os seus prós e contras.
Estrutura:
INTRODUÇÃO
No texto em questão, os autores começam por fazer uma breve introdução ao
que irá tratar durante o restante capítulo, isto é, apresenta-nos um breve resumo da
evolução das Tecnologias da Inteligência, dividindo-as em três períodos distintos:
Oralidade (as mensagens eram transmitidas apenas por via da fala, não ficando
registadas), Escrita (as mensagens eram inscritas em materiais como o papel,
perpetuando-se) e Informática (neste tipo, as mensagens não têm limitações nem
barreira de propagação).
Para os autores, as tecnologias de informação em conjunto com o avanço da
informática constituem uma mais-valia para a sociedade, visto que se tornou bastante
mais fácil a partilha de informações criando assim uma “Sociedade de Informação”,
como referiu Manuel Castells.
Este desenvolvimento resultou numa “explosão bibliográfica”, com o
aparecimento duma infinidade de informações em relação a qualquer tema que
queiramos procurar, o que para Toro Pascua (2009) resultou numa “infoxicação”. Este
aspeto resulta precisamente da excessiva quantidade de informação disponível, o que
dificulta o seu processamento. Então, tornou-se necessária a criação de gestores de
referências bibliográficas, para aqueles que realizam pesquisas frequentes
(estudantes, pesquisadores, bibliotecários) vejam o seu trabalho facilitado, e consigam
organizar mais facilmente todas as suas pesquisas e referências.
Deste modo, os autores do texto procuram precisamente enumerar alguns
gestores de referências bibliográficas, comparando-os, mostrando os seus prós e
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contras levando em conta alguns fatores como gratuidade, acesso pelo web browser e
compartilhamento de referências.
GESTORES DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Como já foi dito anteriormente, um gestor de referências bibliográficas
permite-nos arquivar e organizar informação, sendo que “os mais utilizados são
aqueles que extraem informações de uma biblioteca de referências, colocam-nas no
documento segundo um formato de citação escolhido e automaticamente criam uma
bibliografia ou lista de referências ao final do trabalho (MULDROW; YODER, 2009, p.
168).
Ainda segundo estes autores, qualquer pessoa, neste caso, usuário, pode fazer
os mais diversos downloads, desde artigos culturais a ficheiros de música e cinema, o
que faz com que estes mesmos gestores de referência tenham uma amplitude de
utilização bastante alargada e diferenciada.
Além de também serem usados como fonte de lazer também são úteis no
campo académico pois permite aos estudantes organizarem um “arquivo” de
referências.
Assim, o autor apresenta quadros comparativos que nos permitem observar a
variedade de softwares existentes e onde podemos comparar vertentes como o custo,
a licença, as versões atualizadas, etc.
METODOLOGIA
Devido ao avanço das tecnologias, o profissional viu-se obrigado a avançar
perante esse mesmo desenvolvimento, logo, a adaptar a sua forma de trabalho
perante todas as novas ferramentas que iam surgindo. Desta maneira, de acordo com
a temática de ‘tecnologias de informação e comunicação’ chegou-se a um novo tema:
gestores de referências e citações. Três dos referenciais mais conhecidos no mundo
académico são: EndNote, Refworks e o Zotero.
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Com base num estudo exploratório, todas as componentes destes três
referenciais foram analisadas e comparadas entre si, com o intuito de saber qual é o
software de referência que melhor atende às necessidades dos estudantes.
Com base neste estudo os critérios foram divididos em dois: as aplicações para
o dia-a-dia (estudantes e pesquisadores) as aplicações direcionadas a bibliotecários
(nível mais profissional). Assim, cada pessoa tem melhor acesso aos critérios que mais
se identifica consigo mesmo no que toca ao tratamento, organização e recuperação de
dados. Não obstante ao facto da base destes dois critérios ser a informação
bibliográfica.
Nesta pesquisa consideremos os estudantes e pesquisadores (as aplicações do
dia-a-dia) como usuários de informação e os bibliotecários (nível mais profissional)
como os mediadores.
RESULTADOS
Este estudo foi dividido pelos autores em duas partes distintas, sendo que
numa primeira fase são apresentadas algumas das origens e características
apresentadas pelos criadores destes três gestores (Zotero, RefWork, EndNote), alguns
prós e contras de cada gestor, e comentários sobre estes, sendo que o gestor
considerado mais vantajoso será estudado de uma forma mais específica.
Numa segunda fase, as funções de cada gestor são divididas consoante os seus
utilizadores, um grupo formado por pesquisadores e estudantes e o segundo para
bibliotecários.
ENDNOTE, REFWORKS E ZOTERO
O EndNote foi um produto desenvolvido tendo em conta as necessidades dos
estudantes, pesquisadores, bibliotecários e outros profissionais com o objetivo de
estes organizarem as suas referências, dados, materiais, textos, etc. Este gestor foi
criado pela empresa norte-americana Thomson Reuters.
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Por sua vez, o RefWorks baseia-se nas pesquisas na Web, e funciona também
como uma ferramenta de redação e colaboração para a academia, o governo e as
comunidades de pesquisa associadas. (REFWORKS, 2010)
Assim, cada utilizador pode criar a sua base pessoal e utilizá-la em atividades de
pesquisa.
As referências são rápida e facilmente importadas dos arquivos de texto ou
bancos de dados online, que podem ser usados para gerenciar, armazenar e
compartilhar informação. Além disso, os usuários podem automaticamente inserir
referências do seu banco de dados nos seus artigos e, em segundos, gerar manuscritos
e bibliografias formatadas (REFWORKS, 2010).
O Zotero é uma aplicação do navegador Web Firefox que permite a qualquer
utilizador, recolher e citar fontes de pesquisa. Desta maneira, o Zotero é como uma
biblioteca onde podemos fazer as coleções das referências bibliográficas e agrupá-las
consoante o tema e assunto específico. Assim, usufruímos de um catálogo virtual onde
podemos catalogar, separar e marcar toda a informação.
De seguida, os autores apresentam um quadro com base nas vantagens e
desvantagens dos três gestores. Primeiramente, para o Zotero, apontam vantagens
como sendo a custo zero e o facto da versão futura permitir a colaboração entre
pesquisadores, bem como uma cópia de segurança das bibliotecas para o servidor do
Zotero. E como desvantagens apontam o facto de ser relativamente novo, dos
formatos de citação serem limitados, etc.
Relativamente ao EndNote, as vantagens são o facto de já ser bastante
reconhecido no campo dos gestores de referências bibliográficas e ser possível o
arquivamento online. Como desvantagens a mais apontada é o facto de ter custos de
utilização.
O RefWorks tal como o EndNote é bastante reconhecido no campo dos
gestores de referências bibliográficas e também tem custos de utilização.
É importante dizer que desde a criação do quadro até aos dias de hoje alguns
dos parâmetros podem ter sofrido alterações. Contrariamente à empresa que
desenvolveu EndNote que tem vindo a atualizar a sua versão, não foram conhecidas
alterações ao programa Refworks desde 2009.
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Rutkowski acrescenta que o Zotero possui outras características igualmente
importantes, tais como as referências poderem ser importadas de bases de dados
online e ser possível obter outros recursos s por meio de plug-ins como: Zotero
Scholar, Citation, Zot2Bib, SEARS Analytics for Zotero, Zotz, Zotero bibliography Locale
Switcher , entre outros.
Este autor, pontoou os três gestores baseando-se na facilidade de uso, entre os
valores 0 e 5. O Zotero recebeu o valor 3 tal como o Refworks, enquanto o EndNote
recebeu o valor 4.
Na versão mais recente do Zotero, a versão 2.0, é possível compartilhar o
acesso ao programa com outros usuários, bem como discutir sobre as tags dos itens e
a geração de feeds RSS das referências. Por conseguinte, Rutkowski afirma que “O
paradigma da Web 2.0‟, em que as comunidades virtuais usam espaços
compartilhados para gerar conteúdo por meio de um processo colaborativo de „vai-e-
vem‟ mudou a função da pesquisa convencional e das ferramentas de citação.”
APLICAÇÕES PARA O DIA-A-DIA
Como já foi referido anteriormente, cada utilizador tem os seus próprios métodos
e necessidades em relação ao tratamento da informação assim, neste tópico do
trabalho o autor apresenta-nos as utilidades do Zotero para os “usuários da
informação”.
Apesar das diferenças do grupo, que é constituído como vimos anteriormente por
estudantes, pesquisadores e bibliotecários, é considerado um grupo homogéneo
porque emprega as fontes de informação recolhidas para o seu próprio conhecimento.
Base de Dados Bibliográfica Pessoal
Um bom gestor de referências bibliográficas tem a capacidade de arquivar e
organizar as informações pertinentes. Para fazer face a esta questão o Zotero possui
três repartições: na esquerda todas as coleções do usuário do software; na central,
todos os itens de determinada coleção anteriormente selecionada na parte esquerda;
e na direita, os metadados do registro selecionado na coluna central.
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Gestor de Referências
Além de todas as características já apresentadas, o Zotero o possibilita, com a
instalação de um plug-in, o controle de citações e referências quando se está
preparando um trabalho com determinados editores de texto (Word, OpenOffice ou
NeoOffice). Este parâmetro é vantajoso na medida em que poupa tempo ao utilizador
além de permitir a mudança do padrão normativo.
Rede Social
No campo da rede social podemos ainda fazer um catálogo online das
referências bibliográficas o que permite a importação e exportação desse mesmo
catálogo. A participação do usuário nas redes ocorre a partir da criação de um login e
senha no site do Zotero, e a partir daí o usuário cria as suas aplicações e pode
participar nos fóruns do site.
APLICAÇÕES PARA BIBLIOTECÁRIOS
Os bibliotecários como mediadores da informação têm exigências específicas, o
que também varia conforma a pessoa e o ambiente em questão.
Geração de relatórios e bibliografias e análise de rede
A partir dos registos bibliográficos recolhidos o Zotero permite-nos gerar
relatórios. Na bibliografia podemos, então, gerar uma lista das referências
bibliográficas.
Uma das ferramentas do Zotero que mais ajuda os bibliotecários possui
inúmeras normas que modelam os metadados bibliográficos previamente coletados.
Ajuda então os mediadores da informação na medida em que a ferramenta automatiza
o levantamento bibliográfico e a normalização bibliográfica.
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Exportação de metadados e Citeline
Mesmo em diferentes extensões o Zotero permite a exportação dos metadados
coletados. Isso faz com que a ferramenta como interoperável, ou seja, o usuário
poderá fazer migrações dos metadados para outros softwares. A Massachusetts
Institute of Technology (MIT) Library desenvolveu um mecanismo para disponibilização
online de coleções de referências armazenadas no Zotero. Este programa permite que
os bibliotecários disponibilizem numa página web toda a sua coleção, ou seja, pode
construir uma base de dados referencial para um grupo especifico de pessoas.
CONCLUSÃO:
Em suma, este texto demonstra que o avanço da informática aumentou a
facilidade de realizar pesquisas dada a facilidade de partilha de dados.
Porém, existe uma saturação dessa mesma informação, pelo que se tornou
crucial a criação de gestores, para facilitarem a pesquisa, a triagem de informação e o
seu arquivo.
Posto isto, depois de um estudo aprofundado dos vários gestores de referência
bibliográficas, podemos concluir que o mais vantajoso será o Zotero, dado o facto de
ser gratuito, o seu fácil manuseamento e pelas inúmeras opções de funcionamento
com referências bibliográficas, servindo assim todo o tipo de utilizadores, desde um
utilizador mais esporádico a um mais assíduo e profissional.
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6. Conclusão
Ao longo de todo este trabalho, o meu objetivo foi sempre desenvolver as
competências programadas para esta disciplina, mas também tirar o máximo de
proveito do tema escolhido e, concluído o trabalho, tenho a confirmação que a escolha
do tema foi pertinente, pois nós pertencemos a uma Sociedade de Informação, sempre
em desenvolvimento e que estará presente durante toda a nossa vida, tanto
académica como, mais tarde, profissional, pelo que desenvolver este tema só me
enriqueceu e preparou tanto para o presente como para o futuro.
No que diz respeito à disciplina de Fontes de Informação Sociológica, consegui
aprender como utilizar uma fonte especializada (como um autor) sem cometer plágio.
Aprendi também como utilizar as melhores fontes de informação da internet, a
distinguir fontes fidedignas de fontes sem valor científico, pelo que depois deste
semestre de aulas, aliadas a este trabalho sinto-me agora melhor preparado para a
realização de trabalhos no futuro.
Durante todo este trabalho tentei sempre utilizar uma linguagem simples e
clara de modo a que qualquer pessoa que tente obter informação deste trabalho o
consiga fazer. Tentei também seguir os requisitos propostos pelo professor orientador
da disciplina, de modo a que o trabalho fique mais completo e coeso.
Algumas das dificuldades encontradas residiram essencialmente na recolha de
informação relevante, visto que este é um tema muito falado na atualidade. Outro
aspeto que dificultou a realização deste trabalho foi a existência de algumas definições
diferentes para o conceito “Sociedade de Informação” pelo que me obrigou a deixar
algumas definições de parte.
No geral estou bastante satisfeito com o resultado do trabalho visto que tanto
o seu tema como o seu processo de realização serão bastante uteis para a minha
carreira académica para quase todas as cadeiras que terei.
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7. Referências Bibliográficas
Gaio, Sofia e Gouveia, Luís Borges (orgs) , (2004). Sociedade de informação: balanço e
oportunidades. Edições Universidade Fernando Pessoa
Da Silva, José Amado (2001), “Os desafios da sociedade de informação”. Janus, 5.
Consultado a 27 de Novembro de 2012, www.janusonline.pt/2001/2001.htm
Instituto Nacional de Estatística (2002), “Agregados domésticos privados com pelo
menos um indivíduo com idade entre 16 e 74 anos e com ligação à Internet em casa
por Local de residência”. Lisboa: INE
Pordata, Instituto Nacional de Estatísticanm (2012), “Agregados domésticos privados
com computador, com ligação à Internet e com ligação à Internet através de banda
larga”. Lisboa: INE
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8. Anexos
8.1 Anexo I
Página da Internet Avaliada
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8.2 Anexo II
Texto de suporte da ficha de leitura
Silva, Eduardo Graziosi; Andretta; Pedro Ivo Silveira e Ramos, Renan Carvalho (2011),
“Novas Práticas na Gestão de Informação Bibliográfica: Estudo Sobre a Capacidade de
Gestores De Referências No Cotidiano dos Estudantes, Pesquisadores e Bibliotecários”.
Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, V. 16, N.2, P. 419-445
http://www.sumarios.org/sites/default/files/pdfs/774-3605-1-pb.pdf