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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1 FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: Prova Brasil: subsídios para a melhoria da qualidade da educação pública.
Autor Maria Edna Vinhoto Klagenberg.
Disciplina/Área Pedagogia.
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual “Vera Cruz” – Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal. Rua Gumercindo Bortolanza, nº. 779 – Centro. Mandaguari-PR.
Município da escola Mandaguari-PR.
Núcleo Regional de Educação Maringá-PR.
Professor Orientador Drª Ruth Izumi Setoguti.
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá – UEM.
Relação Interdisciplinar Envolvimento com todas as áreas.
Resumo Tendo em vista o baixo rendimento na aprendizagem escolar e a má qualidade na educação básica e a percepção dos professores de que os alunos, em sua grande maioria, não sabem ler e nem escrever adequadamente – os quais alegam encontrar muita dificuldade para ensinar o conteúdo de suas respectivas disciplinas, urge desenvolver um trabalho de intervenção pedagógica eficaz com base em levantamentos e avaliações confiáveis. Neste sentido, a avaliação em larga escala pode oferecer dados importantes para ajudar os gestores públicos a traçar políticas públicas condizentes com ele. Mediante isto, este projeto justifica-se pela necessidade de apresentar um estudo elaborado no sentido de levar aos professores do Colégio Estadual Vera Cruz de Mandaguari-PR, conhecimento teórico sobre os resultados das avaliações externas como o SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica e a Prova Brasil, que indicam como está o ensino nas unidades escolares. Tem como objetivo realizar levantamentos sobre as avaliações externas; enfatizar a importância da avaliação em larga escala para avaliar a aprendizagem do aluno; fazer estudos, pesquisas, debates sobre a avaliação e propor mudanças na metodologia de ensino; identificar, após estudos sobre avaliação, as dificuldades encontradas no processo ensino-aprendizagem; propor realizações de atividades diferenciadas para melhorar o ensino-aprendizagem, buscando a melhoria do ensino dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental em Leitura escrita e interpretação, por meio de estudos, pesquisas, debates, reflexões teóricas e metodológicas sobre avaliação em larga escala para a melhoria do ensino na educação básica.
Palavras-chave Avaliação educacional; Qualidade da educação; Intervenção pedagógica
Formato do Material Didático Caderno Pedagógico
Público Alvo O material didático será aplicado aos docentes.
2 INTRODUÇÃO
Este Caderno Pedagógico tem como finalidade propor estudos e
reflexões sobre a “Prova Brasil: subsídios para a melhoria da qualidade da
educação pública”, com textos e atividades que serão desenvolvidos durante a
implementação pedagógica, por meio de um “Curso de Extensão” no Colégio
Estadual Vera Cruz – Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal de
Mandaguari-PR.
Tem ainda como objetivo propor aos professores estudos e reflexões
sobre a atual situação escolar, por meio de conhecimento teórico sobre os
resultados das avaliações externas como o SAEB e a Prova Brasil, que indicam
como está o ensino nas unidades escolares.
A razão que nos levou a escolha deste tema foi a necessidade de
realizar um trabalho de intervenção pedagógica com base em leitura, pesquisa
e levantamentos de dados, trabalho individual e em grupo, para que os
professores compreendam melhor os resultados das avaliações externas e
possam utilizá-los para buscar um ensino de qualidade, justificando assim, a
realização deste estudo.
Nesse sentido, a pesquisa a ser desenvolvida com docentes,
pedagogos e gestores do Colégio Estadual Vera Cruz surge pela necessidade
de aprofundar nossos conhecimentos sobre a avaliação, para tornar a prática
mais eficiente. Diante das dificuldades encontradas, em se tratando de
avaliação, há a necessidade de uma reflexão mais profunda, pois o professor,
tomando conhecimento da atual situação em que se encontra a educação,
talvez possa dar a devida importância às avaliações externas para buscar a
melhoria da qualidade de ensino.
A problemática que nos levou a escolha do tema foi que, entre os
professores do Colégio Estadual Vera Cruz de Mandaguari, há uma queixa
freqüente e generalizada de que os alunos, em sua grande maioria, não sabem
ler e nem escrever adequadamente. Em conseqüência disso, alegam esses
professores encontrar muita dificuldade para ensinar o conteúdo de suas
respectivas disciplinas. Daí a urgência de desenvolver um trabalho de
intervenção pedagógica eficaz com base em levantamentos e avaliações
confiáveis.
Neste material estamos propondo uma fundamentação teórica que
venha contribuir com o conhecimento sobre o tema da avaliação externa para
que o professor possa preparar o seu curso a partir dos resultados dessas
avaliações, buscando assim a melhoria do ensino e da aprendizagem.
O presente material didático tem como propósito desenvolver um
trabalho de implementação por meio de um Curso de Extensão oferecido
durante a implementação. Serão entregues aos cursistas os principais textos
relatados neste Caderno Pedagógico, os quais serão desenvolvidos por meio
de oito encontros, cumprindo com a carga horária de 32 horas.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com Freitag (1980, p. 17) a educação é responsável pela
manutenção, integração, preservação da ordem, do equilíbrio e conservação
dos limites do sistema social. Segundo ainda Freitag “para que o sistema
sobreviva, os novos indivíduos que nele ingressam precisam assimilar e
internalizar os valores e as normas que regem o seu funcionamento"
(FREITAG, 1980, p. 17).
À educação cabe a transmissão e o aprendizado das técnicas culturais,
que são as técnicas de uso, produção e comportamento, mediante as quais um
grupo de homens é capaz de satisfazer suas necessidades, proteger-se contra
a hostilidade do ambiente físico e biológico e trabalhar em conjunto, de modo
mais ou menos ordenado e pacífico. Já que o conjunto dessas técnicas se
chama cultura, uma sociedade humana não pode sobreviver se sua cultura não
é transmitida de geração para geração; as modalidades ou formas de realizar
ou garantir essa transmissão chama-se educação (ABBAGNANO, 2000, p.
305-306).
E, para garantir a transmissão, é necessário que o aluno consiga atingir
uma aprendizagem significativa. Gasparin (2003, p. 52) afirma que:
a aprendizagem somente é significativa a partir do momento em que os educandos introjetam, incorporam ou, em outras palavras, apropriam-se do objeto do conhecimento em suas múltiplas determinações e relações, recriando-o e tornando-o “seu”, realizando ao mesmo tempo a continuidade e a ruptura entre o
conhecimento cotidiano e o científico.
Neste sentido, importa afirmar novamente que ainda que a escola
esteja comprometida com os interesses sociais, econômicos, e políticos
dominantes, reproduzindo estas estruturas, ela também enfrenta sérios
problemas como o de qualidade e de equidade.
Como diz Simon Schwartzman em Equidade e Qualidade da
Educação Brasileira:
O Brasil é muito desigual em termos sociais, econômicos e também em educação. São as diferenças em educação que explicam a maior parte das diferenças de renda, na medida em que o acesso a trabalhos e atividades rentáveis depende da educação. Existe também a expectativa de que, à medida que a população se eduque mais, as diferenças de renda vão também diminuir. As grandes diferenças de renda se dão a partir dos 11 anos de escolaridade, ou seja, da educação média, e dão um grande salto para os de nível superior, de 15 anos de escolaridade e mais (SCHWARTZMAN, 2008, p. 9).
Este problema não pode ser tratado separado do problema da
qualidade do ensino-aprendizagem. Preocupar-se com os problemas da
educação e apenas alocar mais recursos na escola não são suficientes para
melhorar a qualidade. Necessário é entender mais a fundo o que está
ocorrendo, olhar os dados, comparar a experiência brasileira com a de outros
países, e capacitar a sociedade a lidar com mais inteligência e conhecimento
de causa com os problemas da educação.
Ainda comenta Simon Schwartzman (2008, p. 13):
O grande número de jovens que não estuda nem trabalha, sobretudo entre a população mais pobre, e o número significativo dos que estudam e trabalham, mostram que o que tira o adolescente da escola não é tanto a necessidade de trabalhar, como alguns economistas ainda pensam, mas o fracasso do sistema escolar em retê-lo. O principal indicador disso são as altas taxas de repetência, que são fortemente influenciadas, mais uma vez, pelo nível socioeconômico das famílias dos estudantes. Elas são relacionadas também com o tipo de escolas que o aluno freqüenta. Para os mesmos níveis de renda, o atraso nas escolas públicas é muito maior, o que pode ter dois tipos de explicação: ou as escolas públicas ficam com os menos capazes ou que se empenham menos, em cada nível de renda, ou as escolas públicas não conseguem fazer com que os seus alunos estudem e aprendam.
A educação no Brasil vem passando por mudanças muito importantes.
Até os anos de 1990 a maior dificuldade era o acesso à escola, atualmente o
maior problema que enfrentamos é a baixa qualidade do ensino nas escolas
públicas. Defrontamos com vários fatores (internos e externos) que interferem
no ensino e na aprendizagem, deixando os alunos prejudicados no que diz
respeito ao conhecimento necessário, que os mesmos deveriam adquirir ao
longo do tempo de estudos exigidos para a educação básica em nossas
escolas.
Neste sentido, Simon Schwartzman (2008) explica que desde 1990
diversos estudos e avaliações nacionais e internacionais – como o PISA
realizado pela OECD – vem apontando a péssima qualidade da educação no
Brasil. Este estudo faz comparações na capacidade de jovens de 15 anos no
uso de conceitos de língua, matemática e ciências em diversos países. Em
nosso país, os resultados comparados de 2000 e 2006 demonstram um baixo
desempenho dos estudantes. Tais resultados são similares com os do SAEB,
que demonstram o desempenho precário da educação em nosso país.
A avaliação em larga escala é um meio de mostrar a atual situação que
se encontra a escola hoje, o aprendizado de nossos alunos e a situação de
aprendizado de cada escola. Como comentam Klein e Fontanive (1995) a
finalidade da avaliação em larga escala é indicar dados sobre aprendizagem de
alunos em diferentes séries, não demonstrando informações sobre alunos ou
escolas individuais, sendo necessários diversos itens a serem avaliados.
As avaliações externas em larga escala têm nos mostrado que os
alunos brasileiros terminam o ensino fundamental com deficiências em leitura,
escrita e em matemática. Na Prova Brasil de 2007, por exemplo, apenas 18%
dos alunos do 9º ano da referida escola encontravam-se em Nível Adequado
em Leitura; em 2011 esse percentual elevou-se para 22%. Ou seja, em torno
de 80% dos alunos não atingiram a média mínima esperada para a série e dos
que alcançaram o Nível Adequado cabe lembrar que este indica o nível mínimo
esperado (SEED, 2013).
Desde 1990, o MEC/INEP, os educadores e especialistas concluem
que um dos maiores problemas do ensino atualmente é a baixa qualidade da
educação básica, e que os resultados do SAEB e da Prova Brasil sobre o nível
de aprendizagem dos alunos trazem ao nosso conhecimento a noção de que
há uma grande defasagem no ensino de nossas escolas. Como percebemos
no texto de Luísa Galvão Lessa (2012), ultimamente o Brasil tem realizado
diversas avaliações para ter conhecimento da atual situação na educação. Na
educação básica tem-se a Provinha Brasil, a Prova Brasil e o Enem. No ensino
superior há o ENADE aliado ao Censo e à visita de Comissões de Avaliadores
in loco. Já na pós-graduação têm-se diversos critérios da CAPES, como
autorização e reconhecimento dos cursos. Tais avaliações, propostas pelo
MEC por meio do SAEB reforçam ainda mais as discussões sobre a avaliação.
Com a formulação e implementação das políticas educacionais no
Brasil a partir de 1995 e com a implantação do Sistema de Avaliação da
Educação Básica (SAEB), a escola percebeu a necessidade de resgatar a
qualidade do ensino. Tal necessidade deu-se como mostra os resultados das
avaliações do SAEB, da Prova Brasil e o IDEB. Devemos, então, refletir sobre
a maioria dos problemas que leva a educação a este caos, e trabalhar para a
melhoria da qualidade da educação. Como afirma Simon Schwartzman (2008,
p. 16):
Educação requer dinheiro para construir e manter prédios, pagar professores e administradores, comprar livros e outros materiais escolares, além de equipar laboratórios e bibliotecas. Escolas sem um mínimo de recursos não têm como funcionar bem e proporcionar boa educação. A partir desse mínimo, a simples injeção de mais recursos pode ou não ter efeitos benéficos, dependendo de seu uso e de sua associação com a busca de resultados pedagógicos efetivos. Escolas simples podem dar excelente educação, e escolas bem instaladas podem ser bastante ruins.
Não podemos ignorar as avaliações porque por meio delas podemos
saber o nível de aprendizagem dos alunos. E apesar de em geral os
professores criticarem a avaliação, esta pode vir a ajudar a prática pedagógica
das instituições escolares, avaliando também o processo de ensinar, "os
resultados do SAEB indicam que a maioria dos alunos não consegue atingir os
níveis mínimos esperados em cada nível de ensino. Quanto mais elevado o
nível de ensino maior a distância entre a realidade e o esperado” (OLIVEIRA;
SCHWARTZMAN, 2002, p. 25).
Após as leituras realizadas, percebemos a grande importância das
avaliações externas como o SAEB, ENEM e a PROVA BRASIL que, com
certeza, ajudarão muito os envolvidos com a educação na construção de um
currículo e uma metodologia mais eficiente, e tomando conhecimento dos
resultados das avaliações, devemos buscar subsídios para melhorar a
educação básica nas escolas públicas a qual estamos inseridos. Como diz
Klein (2006, p. 140): "um sistema educacional é de qualidade quando seus
alunos aprendem e passam de ano”.
Segundo Maria Helena Guimarães de Castro (2007), as escolas
públicas brasileiras não estão conseguindo fazer com que os estudantes
aprendam a ler, escrever, somar, dividir, multiplicar e ter noções básicas de
ciências, como os resultados do SAEB tem nos mostrado. Outra avaliação, o
PISA, enfoca o envolvimento e a participação dos pais na vida escolar de seus
filhos, como condição essencial na aprendizagem, bom desempenho e grande
motivação dos alunos.
Os professores, os pais e a sociedade também precisam entender melhor os instrumentos e os resultados das avaliações externas, para que possam fiscalizar e cobrar mais das escolas de seus filhos. Os pais gostam de informação clara, precisa, simples e de fácil compreensão (CASTRO, 2007, p. 70).
De acordo ainda com Maria Helena Guimarães de Castro (2007) a
qualidade das estratégias de ensino dos professores é importante para
assegurar a aprendizagem. No Brasil além das dificuldades, já mencionadas,
há um problema básico ainda não resolvido: o quê e como ensinar? E a boa
escola pública requer grande compromisso dos professores com a
aprendizagem dos alunos, uma equipe motivada e integrada e forte articulação
com a comunidade. Para apurar a qualidade da educação, é preciso que a
escola conheça o sentido pedagógico das avaliações, de modo a usar os
resultados obtidos para melhorar o trabalho em sala de aula e garantir a efetiva
aprendizagem.
Todos os professores devem saber o que as avaliações estão medindo, e o que significam os números que medem o nível de aprendizagem dos alunos. Não adianta investir em avaliações sucessivas na escola, se os professores não sabem o que fazer com os resultados. É preciso investir na capacitação institucional de professores e coordenadores pedagógicos na área de avaliação de aprendizagem (CASTRO, 2007, p. 70).
Maria Helena Guimarães de Castro (2007) explica que, no Brasil, um
dos grandes entraves à melhoria da qualidade é a falta de uma base curricular
comum aos diferentes Sistemas de Ensino Estaduais e Municipais, que
deveriam orientar-se a partir de padrões mínimos nacionais ou de expectativas
a serem atingidas em cada série ou ciclo de aprendizagem. As avaliações
muito contribuíram para o conhecimento objetivo do que está ocorrendo em
nossas escolas. Contudo, o Brasil ainda não definiu as expectativas ou padrões
básicos de conhecimento que os alunos devem alcançar ao final de cada etapa
de aprendizagem.
Adotar uma base curricular comum e definir expectativa de aprendizagem para cada série ou ciclo devem ser prioridades de todos os sistemas de ensino, com ênfase na alfabetização, leitura, escrita e nos conceitos básicos de matemática e de ciências. É urgente garantir que todas as crianças de oito anos estejam alfabetizadas para que continuem aprendendo com sucesso (CASTRO, 2007, p. 69).
A avaliação em larga escala não consegue abranger todos os vários
métodos, processos e diferentes destaques que são dados aos currículos
escolares. Para que esta avaliação obtenha um resultado mais coerente, seria
necessário que ela não avaliasse somente o “currículo mínimo”, a abrangência
nesta avaliação contemplaria todos os currículos escolares, nem todas as
escolas segue o mesmo currículo.
Para Ruben Klein e Nilma Santos Fontanive (1995, p. 33)
Esta etapa de planejamento dos testes é crítica em avaliações em larga escala, nas quais a variabilidade dos métodos e processos de ensino e as diferentes ênfases curriculares não podem ser contempladas. Procurou-se então recolher currículos e programas de ensino divulgados, livros de textos e outros materiais de ensino e, ainda, estudos e ensaios realizados por especialistas. Esta análise originou uma relação preliminar de conteúdos e habilidades que seriam avaliados. Não se pode perder de vista que, ainda que a avaliação deva refletir o que é ensinado nas escolas, ela deve também indicar caminhos de renovação da prática escolar, não se restringindo, portanto, ao que se costuma definir como "currículo mínimo".
As avaliações feitas mostram que as escolas que possuem professores
e diretores que permanecem por mais tempo na escola geralmente apresentam
bom resultados no processo de ensino-aprendizagem. De acordo com Maria
Helena Guimarães Castro (2007, p.8):
O próprio SAEB, assim como a Prova Brasil, mostra que escolas com
equipes mais estáveis e bons diretores apresentam melhor desempenho. É preciso comprometer os professores com as metas e os resultados de aprendizagem. Para isso, é fundamental que as equipes das escolas sejam mais estáveis. Os diretores devem se comprometer com as metas estabelecidas e as secretarias devem assegurar condições adequadas de funcionamento das escolas.
Ainda comenta Maria Helena Guimarães Castro (2007) que a grande
rotatividade de professores, pedagogos e gestores afeta no fracasso escolar,
pois esta para ter um bom funcionamento tem que ter compromisso e boa
articulação tanto com alunos e toda a comunidade escolar.
Num sistema de ensino com alta rotatividade de professores e diretores torna-se praticamente inviável desenvolver um projeto pedagógico de qualidade. Além da descontinuidade, torna-se difícil construir laços de coesão e de identidade entre os membros da equipe da escola. A boa escola pública requer grande compromisso dos professores com a aprendizagem dos alunos, uma equipe motivada e integrada e com forte articulação com a comunidade (CASTRO, 2007, p. 8).
Por fim, a educação é um processo, uma atividade sujeita a uma
contínua revisão, renovação, ajuste e aprimoramento. As metas do PDE são
convertidas em objetivos e os objetivos, em estratégias, tendo como propósito
lograr resultados. A avaliação serve para indicar os resultados obtidos e
apontar as medidas corretivas necessárias. Muitas vezes isso pode implicar a
revisão das próprias metas da escola, de seu calendário, de seus programas
de ensino, do perfil de seu corpo dirigente ou de seu corpo docente. O foco é
educar o aluno. A avaliação é para que os alunos, pais, professores e
dirigentes tomem decisões pertinentes e a revejam, segundo os resultados
(OLIVEIRA; CHADWICK, 2008, p. 372).
UNIDADE DIDÁTICA l
A Importância da Avaliação em Larga Escala
TEXTO 1
Introdução: Finalidade e objetivo do “Curso de Extensão”.
Fundamentação Teórica: Conhecendo bibliografia relevante ao curso.
TEXTO 2
Resultado do IDEB em Português e Matemática: 2007, 2009 e 2011
Fonte: QEDU, 2013.
ATIVIDADE 1
Exploração dos textos, por meio de slides.
ATIVIDADE 2
Reflexão e debate
UNIDADE DIDÁTICA l I
Problemas institucionais do ensino público
TEXTO 1
Maria Helena Guimarães de Castro
Fonte: http://pt.braudel.org.br/publicacoes/braudel-
papers/downloads/portugues/bp42_pt.pdf
Desafios
Soluções:
a) Financiamentos e prioridades do investimento em educação.
b) Revisão das carreiras, formação e incentivo aos professores.
c) Organização e gestão dos sistemas e das escolas.
d) Currículo, avaliação e responsabilidade
ATIVIDADES
Leitura dos textos e debate
PARA REFLEXÃO
De acordo com os textos há metas ambiciosas para um salto de qualidade na
educação brasileira. Você concorda? É possível?
Realização de síntese dos textos
UNIDADE DIDÁTICA lII
O Nível de Aprendizagem na Educação Brasileira
TEXTO 1
Educação na mídia
07 de novembro de 2011
Alfabetizados, mais de 40% dos alunos não sabem ler e escrever
Prova aponta falhas na alfabetização em escolas públicas e privadas
Fonte: O Globo (RJ)
TEXTO 2
Opinião: O nível da educação no Brasil
"O Brasil precisa adotar uma política rígida para aqueles que desejam ser
professores. São estes profissionais que preparam todos os outros no mundo
inteiro", afirma Luísa Galvão Lessa
Fonte: A Gazeta (AC)
TEXTO 3
Analfabetismo escolar
João Batista de Araújo Oliveira
Fonte: http://pt.braudel.org.br/publicacoes/braudel-
papers/downloads/portugues/bp42_pt.pdf
ATIVIDADES
Leitura dos textos e debate
Realização de síntese dos textos
PARA REFLEXÃO
Para você professor é importante os resultados das avaliações externas para o
processo ensino-aprendizagem?
UNIDADE DIDÁTICA lV
Equidade e Qualidade da Educação Brasileira:
TEXTO 1
Equidade e Qualidade da Educação Brasileira:
Simon Schwartzman
Fonte: <http://www.schwartzman.org.br/simon/pdf/escola.pdf>. Acesso em:
maio 2013. 2002.
ATIVIDADES
Leitura dos textos e debate
Realização de síntese do texto
UNIDADE DIDÁTICA V
Uma nova agenda para a educação básica brasileira
TEXTO 1
Uma nova agenda para a educação básica brasileira
Por Maria Helena Guimarães
10/10/2011
Fonte: http://pt.braudel.org.br/publicacoes/braudel-
papers/downloads/portugues/bp42_pt.pdf
ATIVIDADES
Leitura dos textos e debate
PARA REFLEXÃO
Para você professor é importante os resultados das avaliações externas para o
processo ensino-aprendizagem?
Realização de síntese do texto
UNIDADE DIDÁTICA VI
Propondo Mudanças
VÍDEOS
Bom DIA Paraná- Coluna Arte de Educar
Bom dia Paraná - O risco de o Brasil ficar sem professores nas escolas
Fonte: http://globotv.globo.com/rpc/bom-dia-parana/v/o-risco-de-brasil-ficar-
sem-professores-nas-escolas/2711844/
Gestão da Sala de Aula - Celso Vasconcellos
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=0E3GtWyDdjE
TEXTO 1
Eunice Durham: Fábricas de maus professores
Simon Geral 2008-11-28
Entrevista de Eunice Durham às “Páginas Amarelas” da revista Veja , na
edição de 26/11/2008:
TEXTO 2
“Se eu fosse prefeito”
Artigo de Gustavo Ioschpe, publicado na Revista Veja de 2 de janeiro de 2013,
edição 2302, ano 46, nº 1.
ATIVIDADE 1
Momento de reflexão
Análise e Discussão sobre o Artigo “Se eu fosse prefeito”.
Fonte: http://www.givanildo.adm.br/gustavo-ioschpe-se-eu-fosse-prefeito
Embora seja somente um artigo para o grande público não especializado em
educação, Gustavo Ioschpe é um economista estudioso da temática
educacional e acompanha as mais importantes publicações nacionais e
internacionais.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Em suma, as melhores práticas pedagógicas baseiam-se nos itens apontados
no texto acima.
ATIVIDADE 2
Mediante todos os estudos, reflexões e debates feitos acima, em grupo faça
uma síntese argumentando o que você concorda ou não com os estudos desta
Unidade. Dê sugestões para melhores práticas pedagógicas ou estratégias que
melhore a educação atual.
UNIDADE DIDÁTICA VII
Textos Reflexivos – Mediação do Professor na Aprendizagem
VÍDEOS
Marcos Meier e o Bom Professor
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=lTHFVeu3YEk
Relação Professor Aluno (Paulo Freire).
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=-NQzQlPrQwQ
TEXTO 1
Mediação - Gasparin
Artigo – Prática Pedagógica e Aprendizagem (Rosângela Bressan Buosi)
Fonte:
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/md_ro
sangela_bressan_buosi.pdf
TEXTO 2
Aprendizagem e Desenvolvimento: O Papel da Mediação (Marta Sforni)
Fonte: SFORNI, Marta Sueli de Faria. Aprendizagem e Desenvolvimento: o
papel da mediação. Disponível em:
<http://itinerante2010.wikispaces.com/file/view/mediacao.pdf>. Acesso em: 06
ago. 2013.
ATIVIDADE 1
Discussão e análise dos textos.
De acordo com os textos analisados, citar as dificuldades encontradas em seu
cotidiano escolar que causam esse baixo rendimento escolar.
Faça uma análise sobre o papel da mediação.
UNIDADE DIDÁTICA VIII
Reflexão e avaliação do curso
TEXTO 1
Práticas pedagógicas eficazes
Fonte: www.alfaebeto.org.br/128
VÍDEOS
Reforço Escolar Marcos Meier
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=FjsptqEBnho
Vídeo de motivação para professores - Eduquem com muito amor
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=A_apbRwCOr0
ATIVIDADE 1
Avaliação do curso
Momento de reflexão
Pedir para que os professores dêem sugestões de atividades com estratégias
que possam contribuir com o aprendizado do aluno (atividades estas que não
sejam de rotina do aluno).
4 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Estas ações aqui desenvolvidas referem-se a uma reflexão sobre a
avaliação em larga escala e o que ela pode nos oferecer como indicação de
alternativas na prática pedagógica, propondo melhorar a qualidade de ensino e
de aprendizagem; será realizada, especialmente com docentes, pedagogos e
gestores do Colégio Estadual Vera Cruz, do município de Mandaguari-PR.
O encaminhamento será conduzido por meio de levantamentos de
dados sobre os resultados do SAEB e da Prova Brasil. Em seguida, estudos de
vários textos, vídeos trabalho em grupo e reflexões sobre o assunto
identificando as dificuldades encontradas no processo ensino-aprendizagem e
propondo mudanças.
Esta Produção Didática será usada como material didático em um
Curso de Extensão e ficará disponível na Internet para professores
interessados em participar do GTR (Grupo de Estudo em Rede).
A Implementação do projeto por meio de um Curso de Extensão
priorizará uma alternativa para que o professor pedagogo incida na formação e
ação dos professores e pedagogos de sua escola.
O referido Curso de Extensão será desenvolvido em 32 horas-aula,
distribuídas em estudos antecipados e encontros presenciais com os cursistas
que serão inscritos conforme edital, na escola, sob critério de certificação
expedida pela Universidade Estadual de Maringá-UEM.
Finalmente, com todas as contribuições e as atividades realizadas
concretizará com a produção de um artigo científico, previsto com o título
“Prova Brasil: subsídios para a melhoria da qualidade da educação pública”.
5 CRONOGRAMA DAS AÇÕES
ATIVIDADES (3º PERÍODO 2014)
1º TRIMESTRE 2014
Realizar levantamentos sobre as avaliações externas;
Enfatizar a importância da avaliação em larga escala para avaliar a aprendizagem do aluno;
X
Identificar, após estudos sobre avaliação, as dificuldades encontradas no processo ensino-
aprendizagem;
X
Fazer estudos, pesquisas, debates sobre a avaliação e propor mudanças na metodologia de
ensino;
X
Propor realizações de atividades diferenciadas para melhorar o ensino-aprendizagem.
X
5.1 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Datas
Atividades 02/2
014
03/2
014
03/2
014
04/2
014
04/2
014
04/2
014
04/2
014
05/2
014
05/2
014
Período de
inscrição
X
Primeiro
encontro
X
Segundo
encontro
X
Terceiro
encontro
X
Quarto
encontro
X
Quinto
encontro
X
Sexto
encontro
X
Sétimo
encontro
X
Oitavo
encontro
X
REFERÊNCIAS
ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Art. 67. Inciso VI. 1996.
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