os desafios da escola pÚblica paranaense na … · tradições; variedades - trovas populares,...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
ANA CRISTINA BERTOTTI BRANCALHÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
UMA ABORDAGEM SOCIOLINGUÍSTICA DE ENSINO PARA ALUNOS DA ESCOLA DO CAMPO
LONDRINA 2013
ANA CRISTINA BERTOTTI BRANCALHÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
UMA ABORDAGEM SOCIOLINGUÍSTICA DE ENSINO PARA ALUNOS DA ESCOLA DO CAMPO
Projeto de Intervenção Pedagógica
apresentado a Universidade Estadual de
Londrina, como atividade do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE). NRE –
Ivaiporã.
Orientadora: Profª Drª Ana Lúcia de Campos
Almeida.
LONDRINA 2013
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO - PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013
Título: Uma Abordagem Sociolinguística de Ensino para alunos da Escola do Campo
Autor Ana Cristina Bertotti Brancalhão
Disciplina / Área (Ingresso
no PDE)
Língua Portuguesa
Escola de Implementação
do Projeto e sua localização
Escola Estadual do Campo de Santa Bárbara - Ensino
Fundamental.
Rua: Rolândia, s/n - Ivaiporã - Pr
Telefone: (43)3472-0327
Município da Escola Ivaiporã
Núcleo Regional de
Educação
Ivaiporã
Professora Orientadora Profª Dr.ª Ana Lucia de Campos Almeida
Instituição de Ensino
Superior
Universidade Estadual de Londrina
Relação Interdisciplinar -
Resumo
Pretende-se desenvolver neste trabalho uma prática de ensino de Língua Portuguesa na Escola do Campo adotando perspectivas dos estudos de letramento e da Sociolinguística com propostas metodológicas que seguem os princípios dos projetos de letramento e consideram as diferentes variedades linguísticas como competentes realizações comunicativas dos falantes que são produzidas a partir de diferentes contextos sociohistóricos e culturais. Com isso, busca-se superar o estigma que persegue os alunos do campo e levá-los à apropriação da língua padrão urbana a partir da mediação oralidade-escrita e da conscientização das diferenças entre as variedades.
Palavras-chave Sociolinguistica, Letramento e Variedade Linguística.
Formato do Material
Didático
Unidade Didática
Público Alvo Alunos do 8º e 9º ano
1 APRESENTAÇÃO
O objetivo geral da presente Unidade Didática é construir novas práticas de
ensino de Língua Portuguesa na Escola do Campo, em que os alunos possuem uma
linguagem própria de sua comunidade rural e não dominam a língua padrão que é a
ensinada na escola, acarretando dificuldades para a aquisição da escrita, visto que
os mesmos tendem a escrever reproduzindo sua variedade linguística, em uma
estratégia de transcrição da fala. Daí a relevância do projeto: Como ensinar o
Português padrão aos alunos do campo sem desvalorizar sua cultura? Dessa forma,
objetiva-se mostrar as diferenças da Língua Portuguesa em relação ao Português
padrão e o Português não-padrão, no sentido de fazer com que o aluno do campo
adquira a língua padrão para se integrar e interagir no mundo ao seu redor, pois os
mesmos são estigmatizados por não terem competência do falar urbano. O que se
almeja ainda, não é levar o aluno a falar certo, mas permitir-lhes a escolha da forma
que quer utilizar na fala, saber adequar os recursos expressivos, a variedade de
língua e o estilo às diferentes situações comunicativas, saber planejar
satisfatoriamente o que fala ou escreve e utilizar recursos linguísticos apropriados.
Sendo assim, pretende-se trabalhar seguindo abordagem dos projetos de
letramento, para a aquisição da norma padrão nas modalidades oral e escrita,
adotando uma pedagogia culturalmente sensível e uma perspectiva sociolinguística
associada a dos estudos de letramento. Procurar-se-á garantir, assim, a interação
destes alunos com as classes sociais do meio urbano e sua inserção ao mundo da
cultura letrada, sem que percam o vínculo com suas raízes sociohistóricas e
culturais, respeitando seus saberes, sua identidade linguística e cultural.
2 FUNDAMENTAÇÃO TÉÓRICA DA UNIDADE DIDÁTICA
Trabalhos de sociolinguistas brasileiros nos orientam na elaboração de
proposta pedagógicas destinadas a desenvolver um ensino de Língua Portuguesa
voltado para a educação linguística com eliminação de preconceitos, distinguindo-se
neste panorama os estudiosos Bagno e Bortoni-Ricardo. O preconceito linguístico
afeta principalmente os alunos do campo na medida em que estes não utilizam,
mesmo na modalidade oral, a variedade urbana padrão, mas uma variedade
linguística estigmatizada e denominada de “caipira”.
Porém, tais autores demonstram que não há superioridade do Português
padrão sobre as demais variedades, pois as línguas são construções socioculturais
e históricas, não cabendo a noção de erro uma vez que, do ponto de vista científico,
o que existem são formas diferentes de usar os recursos presentes na própria
língua.
Ocorre que no processo de escolarização a criança passa do domínio do lar
para o domínio da escola sendo a transição de uma cultura oral, com a qual os
alunos estão familiarizados, para a cultura da escrita, que leva o nome de cultura de
letramento, que eles não dominam e com a qual muitas vezes nem se familiarizam.
Maris-Bortoni argumenta que:
Toda criança, jovem ou adulto, ao chegar à escola, já é um usuário competente de sua língua materna, mas têm de ampliar a gama de seus recursos comunicativos para poder atender às convenções sociais, que definem o uso linguístico adequado a cada gênero textual, a cada tarefa comunicativa, a cada tipo de interação. Os usos da língua são práticas sociais e muitas delas são extremamente especializadas, isto é, exigem vocabulário específico e formações sintáticas que estão abonadas nas gramáticas normativas. (BORTONI-RICARDO, 2004, p.75)
Para os alunos das escolas do campo trata-se de um duplo esforço de se
apropriarem da língua padrão, a aquisição de uma língua estrangeira, para
desenvolverem modelos comunicativos discursivos e interacionais próprios de
práticas letradas da cultura urbana, com a qual esperam interagir.
Segundo Kleiman (2005), o letramento diz respeito às práticas sociais de uso
da escrita, em situações específicas, de acordo com os diferentes contextos
socioculturais das comunidades envolvidas. Isto quer dizer que escrevemos ou
lemos em atividades significativas na vida real em nossa comunidade para realizar
alguma tarefa como procurar emprego, enviar recados, pagar contas, rezar e
passear. Pensando nisso, a escola deveria propor atividades igualmente
significativas de leitura e escrita das quais os alunos participassem como cidadãos.
Estas atividades estariam inseridas em práticas de letramento realizadas na vida
social.
Para desenvolver atividades de leitura e escrita significativas dentro de um
contexto social de uso, a escola precisaria adotar uma pedagogia de projetos de
letramento, conforme proposto pelas autoras Oliveira, Tinoco e Santos (2011).
As práticas de letramento são práticas de uso da escrita consideradas
práticas situadas, pois têm objetivos sociais relevantes para os participantes da
situação. Uma prática consiste em atividades com um objetivo em determinada
situação, por isso a implementação de um projeto de letramento vai além de quadro
de giz e conteúdos tradicionais.
Neste sentido é necessário que o educador saiba reconhecer os interesses de
seus alunos, identificar e procurar desenvolver nessas crianças o que elas almejam:
o conhecimento. O professor vai em busca de dados e informações que são
relevantes para atingir esse conhecimento segundo as metas do projeto e orientá-los
a desenvolver estratégias de aprendizagem adquirindo novos saberes. (KLEIMAN
2000 apud TINOCO 2008).
Na perspectiva dos estudos de letramento, o desenvolvimento de projetos
pedagógicos precisa promover a real vinculação entre sociedade e escola de modo
que o trabalho com a escrita não apenas comece e termine em sala de aula, mas
que traga implicações para a vida do aluno fora dos muros da escola.
Ao desenvolver projetos de letramento os professores têm que pensar com
criticidade sobre o que estão ensinando, para quem, por que, para que, que tipo de
alunos querem formar e que metas defendem para a escola e para a vida.
Neste sentido, o desenvolvimento de projetos na escola traz proposta de
transformações para o ensino, uma opção de ressignificação do processo de ensino-
aprendizagem, do fazer docente e discente. (OLIVEIRA, TINOCO e SANTOS, 2011).
Está é a fundamentação teórica que vem embasar meu projeto de ensino na
Escola do Campo de Santa Bárbara. Pretendo propor aos alunos o desenvolvimento
de um evento – apresentação ou mostra cultural na escola com divulgação para a
comunidade.
3 OBJETIVOS
3. 1 OBJETIVO GERAL
• Pretende-se fazer com que o aluno adquira a Língua Portuguesa
padrão nas modalidades oral (o falar urbano) e escrita de modo a
promover sua integração na sociedade urbana globalizada, porém,
respeitando seus saberes, sua identidade linguística, cultural e a
variedade por ele adquirida no domínio do lar.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Conscientizar o aluno do campo a reconhecer e valorizar os saberes de
sua comunidade;
• Levar o aluno do campo a perceber as diferenças da Língua
Portuguesa em relação ao Português padrão e o Português não-
padrão;
• Colocar o aluno em contato com gêneros orais como a notícia de
telejornal e reportagem para promover a apropriação do falar das
comunidades urbanas;
• Estimular o aluno a desenvolver comunicações orais com notícias de
sua comunidade, como o dia a dia do homem do campo, reportagens e
variedades;
• Preparar o aluno para transportar os textos para a modalidade escrita,
inserindo os mesmos em jornais, murais, coletâneas, apresentações
para a comunidade local e escolar com panfletos para divulgação.
4 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
O presente projeto será aplicado às turmas de 8º e 9º ano.
Pretendemos desenvolver uma prática de ensino e aprendizagem cujo objeto
de estudo serão os próprios textos orais e escritos dos alunos em uma atividade de
refacção – transposição da variedade não-padrão para o Português padrão,
observando as características dos falares rurais e dos urbanos. A produção desses
textos se dará de acordo com a orientação da pedagogia dos projetos de letramento,
assim sendo os alunos desenvolverão uma pesquisa sobre os saberes socioculturais
da comunidade em que vivem, trazendo para a escola notícias, entrevistas e
produzindo reportagens com temas como o conhecimento das ervas medicinais do
homem do campo e/ou conhecimento culinário associado a seus costumes e
tradições; variedades - trovas populares, músicas sertanejas / moda da viola. O
propósito social deste trabalho com a produção de textos orais e escritos será a
realização de um evento - uma Mostra Cultural no espaço escolar com participação
da comunidade de pais e de cidadãos em geral.
As ações procedimentais consistem da UNIDADE DIDÁTICA e serão desenvolvidas
nas etapas conforme descrição a seguir:
1. Neste primeiro momento haverá uma conversa com os alunos dizendo a eles que
farão parte do Projeto de Intervenção Pedagógica, cujo tema é: "Como ensinar o
Português Padrão aos alunos do campo?" O objetivo desta ação é levá-los a buscar
o conhecimento e a cultura da comunidade onde vivem e também despertar nos
alunos a consciência da existência desses saberes em sua comunidade, pois
possuem valor e merecem ser divulgados. Será proposto aos alunos que façam uma
pesquisa na comunidade, trazendo para sala de aula os conhecimentos do homem
do campo, suas crenças, seus costumes e valores, através de notícias, reportagens,
ervas medicinais e/ou culinária, trovas e músicas/modas de viola. Essa pesquisa
será divulgada para toda comunidade escolar através de apresentações artísticas
feitas pelos alunos simulando programas televisivos como: telejornais e programas
como show de variedades, num evento oportunizado pela escola, uma Mostra
Cultural. (1 aula)
2. Nesta aula, será feita a socialização dos dados coletados pelos alunos para toda
a classe. A apresentação será opcional, os alunos que tem mais facilidade podem
transmitir sua notícia oralmente, aqueles que são mais tímidos, poderão ler para a
turma sua pesquisa. (1aula)
3. O professor levará para a turma recortes de notícias do jornal local de Ivaiporã
“Jornal Paraná Centro”. Os alunos farão a leitura para identificar as características
do gênero notícia, para isso a professora fará perguntas como: O que é uma notícia?
Onde encontramos esse tipo de texto? A que tipo de público ela se destina? Nesse
momento, tanto a professora, quanto os alunos, fornecerão exemplificações. Em
seguida, serão levados ao laboratório de informática, onde pesquisarão um pouco
mais sobre o gênero, desta vez, online, no site "Blog do Berimbau". (2 aulas)
4. A partir da apropriação desse gênero, procederão à produção do noticiário, com
as notícias coletadas na comunidade. Após a produção, o professor juntamente
com os alunos, fará a transcrição dos textos, da variedade não-padrão rural para a
norma urbana culta, observando as características dos falares rurais e urbanos, com
uma perspectiva sociolinguística, introduzindo, por um lado, o respeito e a aceitação
dos vários falares dos alunos e, por outro lado, desenvolvendo uma prática de
ensino e aprendizagem do Português padrão. (3 aulas)
5. Em seguida, os alunos serão levados para a sala de vídeo para que assistam
vídeos de noticiários de telejornal. O objetivo neste momento é levá-los a se
apropriarem do gênero notícia, a perceberem suas condições e modos de produção
e divulgação. A seguir, os alunos serão orientados a simular a produção de um
noticiário televisivo, a partir de suas pesquisas sobre as notícias e fatos recentes
ocorridos na comunidade. (2 aulas)
6. O professor irá convidar os alunos para o ensaio em que se prepararão para a
apresentação da “Mostra Cultural”. (1 aula)
VídeosVídeosVídeosVídeos
� Para assistir aos vídeos,
Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/10/duas-estradas-sao-bloqueadas-por-manifestantes-em-belo-horizonte.html. Publicado em 29/10/2013. Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/10/vereador-diz-que-pedira-desculpas-por-ofensas-moradores-de-rua.html. Publicado em 29/10/2013. Disponível em: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/10/em-10-meses-rio-grande-do-norte-registra-37-ataques-bancos.html. Publicado em 30/10/2013.
1. Com o mesmo procedimento utilizado para o gênero notícia, o professor levará
para a turma recortes de jornais ou revistas contendo algumas reportagens sobre
assuntos diversos. O objetivo é levar os alunos a se apropriarem, identificando as
características desse gênero. Para isso, o professor fará perguntas como: Que tipo
de texto vocês tem em mãos? De onde ele foi retirado? A que público se destina?
Tanto o professor, quanto os alunos, fornecerão exemplos. (2 aulas)
2. Os alunos serão levados para sala de vídeo para que assistam a alguns
programas televisivos do gênero reportagem. O objetivo é levá-los a se apropriarem
desse gênero, a perceberem suas condições, modos de produção e divulgação e as
semelhanças e diferenças entre a reportagem impressa e a televisiva, observando
que ambas precisam ser redigidas em um texto que posteriormente será
apresentado na modalidade oral. (2 aulas)
3. Será proposto aos alunos, que divididos em grupos, implementem uma pesquisa
sobre os saberes da comunidade local. O objetivo, neste momento, é a produção de
uma reportagem a partir dos conhecimentos sobre: I) ervas medicinais; II) receitas
culinárias. Eles farão anotações escritas e em sala de aula apresentarão para a
turma, num momento de socialização. (1 aula)
4. A seguir, após terem se apropriado do gênero, os alunos procederão à produção
escrita das reportagens a partir das anotações da pesquisa realizada na
comunidade. O professor, juntamente com os alunos, fará a transposição dos textos,
destacando os aspectos da variedade não padrão local para a norma urbana culta.
Ao mesmo tempo, os alunos serão orientados a apresentar a leitura com entonação
e ênfase de modo a simular a produção de uma reportagem de acordo com os
modelos da mídia televisiva, conforme as condições da Mostra Cultural. (3 aulas)
5. Serão oportunizados momentos de ensaios para o dia da apresentação. (1 aula)
VídeosVídeosVídeosVídeos
� Para assistir aos vídeos,
Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/10/pesquisa-aponta-irregularidades-no-uso-de-agrotoxicos-em-alimentos.html: Publicado em 29/10/2013. Disponível em: http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2013/10/no-es-falta-de-chuva-no-campo-causa-prejuizos-na-agricultura.html. Publicado em 25/10/2013.
1. Neste encontro, os alunos assistirão novamente a um programa televisivo do
gênero show de variedades. O objetivo é levar os alunos a se apropriarem do
gênero show de variedades, a perceberem suas condições, modos de produção e
divulgação. Para isso, o professor fará perguntas como: O que é um show de
variedades? A que público se destina? Para que serve esse programa? Quais desse
gênero eles mais gostam? Tem preferência pelo canal? Quais os horários em que
costumam ser exibidos esses programas? Tanto o professor quanto os alunos
fornecerão exemplificações. (2 aulas)
2. Divididos em grupos, os alunos implementarão uma pesquisa na comunidade
local sobre trovas, provérbios ou ditados populares, com o objetivo de produzir um
show de variedades com recitação destas trovas coletadas. Será feito um momento
de socialização para leitura das trovas em sala de aula. (1 aula)
3. Em seguida, procederão à produção escrita desses textos, onde farão,
juntamente com o professor, a transposição da modalidade oral para a escrita, com
as necessárias alterações, levando em consideração a norma urbana culta. (2 aulas)
4. Em seguida, os alunos serão orientados a simular a produção de um show de
variedades com recitação dos textos coletados, como no modelo assistido pela TV.
(1 aula)
5. Será oportunizado o momento de ensaio para prepará-los para posterior
apresentação. (1 aula).
VídeosVídeosVídeosVídeos
� Para assistir aos vídeos,
Disponível em: http://tvg.globo.com/programas/domingao-do-faustao/se-vira-nos-30/noticia/2013/07/garoto-mobilete-arrasa-no-palco-do-domingao-e-leva-r-20-mil-no-se-vira.html. Publicado em 07/07/2013. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=dH_jQlSJnh4. Publicado em 17/04/2009. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=A_rycUcSiPQ. Publicado em 08/01/2012. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=EeZKaQvNSK4. Publicado em 15/03/2010
1. Continuando a preparação do show de variedades, os alunos assistirão,
juntamente com o professor, a um programa televisivo do gênero musical sertanejo
e modas de viola, cujo objetivo é levá-los a se apropriarem desse gênero,
percebendo suas condições e modos de produção, desde movimentos no palco,
desenvoltura, simpatia, carisma e criatividade artística. (1 aula)
2. Os alunos farão uma pesquisa na comunidade sobre músicas, as que eles
gostam de ouvir ou que ouviam em outros tempos e que tem raízes com modas de
violas ou sertanejas. As músicas coletadas serão apresentadas para toda a classe,
para haver maio interação dos grupos com a pesquisa. (1 aula)
3. Nesse encontro, o professor irá chamar a atenção dos alunos para os casos
daquelas canções que já trazem na letra original o uso do falar não-padrão rural,
explicar-lhes que esta variedade será preservada para manter a originalidade das
canções. É o momento de levar os alunos a perceber as diferenças entre o falar
rural/regional do falar urbano e por fim, usar a transposição da variedade não-padrão
para a norma padrão culta, somente para aquelas canções que sua originalidade
pertence ao falar urbano e que foram escritas pelos alunos na variedade não-
padrão. (2 aulas)
4. Em seguida, os alunos serão orientados a simular com suas canções, um show
musical, com base no programa que assistiram pela TV, com direito de usar toda
criatividade para chamar a atenção do público. (2 aulas)
VídeosVídeosVídeosVídeos
� Para assistir aos vídeos,
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=vNoywoIWp3Q. Publicado em 2/08/2012. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=0CKX26QvnwM. Publicado em 11/08/2013 Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Vkaax8BiF74. Publicado em 17/03/2012. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=dsH03WEb2jg. Publicado em 22/03/2011 Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Ec968W9Lzgc. Publicado em 14/09/2013.
5 REFERÊNCIAS BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolinguística, São Paulo: Contexto, 2008. BORTONI-RICARDO. S. M. Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. KLEIMAN, Ângela. A concepção escolar da leitura. In: Oficina de leitura. Teoria e Prática. 7ª ed. Campinas: Pontes, 2000. ______________. Preciso “ensinar” o letramento? Não basta ensinar a ler e escrever? Cefiel / Unicamp & MEC, 2005. OLIVEIRA, M. S.; TINOCO, G. A.; SANTOS, I. B. A. Projetos de letramento e formação de professores de língua materna. 1. ed. Natal: EDUFRN, 2011. TINOCO, G. M. A. M. Projetos de letramento: ação e formação de professores de língua materna. Tese (Doutorado em Lingüística Aplicada) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, 2008.