luiz otávio trovas
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Luzia
16-02-2016
Sobre A Trova:
Bela, sintética, versátil, assim é a trova! Podemos definir a
trova como gênero exclusivamente poético e popular, que se
coaduna com as manifestações folclóricas do povo brasileiro
e age como elemento representativo de suas aspirações,
paixões e emoções. O termo "trova" origina-se do francês
"trouver" que quer dizer "achar" talvez indicando que o
trovador tenha de "achar" o motivo de sua poesia e de suas
canções. Homilton Wilson
Eu... você... as confidências...
o amor que intenso cresceu
e o resto são reticências,
que a própria vida escreveu...
Nessas angústias que oprimem,
que trazem a dor e o pranto,
há gritos que nada exprimem,
silêncios, que dizem tanto!
Por milagre ou transcendência,
ao compor minha Poesia,
tracei, com antecedência,
minha própria biografia...
De longe, quem teve o ensejo
de ver nossa despedida,
se viu um rápido beijo,
não viu o pranto, querida...
Distante, sem que te esqueça,
eu rolo na cama, insone,
desejando que amanheça
para ouvir-te ao telefone...
Ao romper dique possante,
este nosso amor fremente,
é água a correr cantante,
e, avassaladoramente...
Nosso Destino, querida,
que nos roubou horas belas,
na minha e na tua vida,
traçou duas paralelas...
Imóvel, preso na rede
que o Destino tece, agora,
eu vou morrendo de sede,
ouvindo a fonte que chora...
Tua expressão de ventura,
sentindo o amor, deslumbrada,
trazia o medo e a ternura,
de uma gazela assustada...
Em meio à vicissitude
de minha vida tão dura,
minha alma lembra um açude
cheio de amor e ternura...
Aos pés do “Pobre de Assis”,
nossas mãos, entrelaçadas,
lembravam um par feliz
de rolinhas assustadas...
Cai a tarde... e a brisa calma
traz uma suave fragrância,
como se fosse a sua alma
vinda de lá da distância...
Nossas bocas, quase unidas...
iguais os desejos e ânsias!
...E separadas as vidas,
por invencíveis distâncias...
Dói-me ver, repletas de ânsia,
Estas vidas sem calor,
vivendo sempre à distância,
morrendo, aos poucos de amor....
De longe... quem teve o ensejo
De ver nossa despedida,
se viu um rápido beijo,
não viu o pranto, querida...
Grupo
Nossos Poetas de
Ontem, de Hoje,
de Sempre...
“Todo trovador é poeta, mas nem todo poeta é
trovador, pois nem todos Poetas sabem metrificar,
fazer o verso medido.”
Formatação: Luzia Gabriele
E-mail: [email protected]
Poeta: Luiz Otávio
Trovas enviadas por: Carolina Ramos
Imagens: Arquivo Pessoal e Internet
Musica: Franck Pourcel Only You-instrumental
Data: 16 de Fevereiro de 2016
Colaboração: Zélia Bauer
Colaboração: Gileno Bezerra
Colaboração: Cléo Menegatt