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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS
EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PROFESSORA PDE:
CÉLIA MARA FAVORETTO
CADERNO PEDAGÓGICO
ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL X ALIMENTOS DE FAST FOOD:
QUEM GANHA E QUEM PERDE NA ESCOLHA?
PROFESSORA ORIENTADORA
Patrícia Los Weinert
PONTA GROSSA – PARANÁ
2013
1 Imagens de Plano de Fundo fornecidas por Leônidas da Rosa.
IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título Alimentação sustentável X alimentos de fast food: quem ganha e quem perde na escolha?
Autor Célia Mara Favoretto
Disciplina Química
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Professor Colares, sito à Rua Visconde de Mauá, 650, Oficinas.
Município/NRE Ponta Grossa
Profª orientadora Patrícia Los Weinert
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual de Ponta Grossa
Resumo Nos dias de hoje a comida rápida e de baixo custo dos fast
food está cada vez mais incorporada aos hábitos alimentares
de nossos alunos. Porém, esses alimentos são desprovidos de
nutrientes e fartos em gorduras e açúcares. Sabemos que a
alimentação tem um papel muito importante na promoção da
saúde e proteção contra doenças. Para garantir a qualidade
da alimentação é necessário escolher o que comer. Um
consumidor crítico e atento a detalhes é mais responsável pela
sua alimentação, pois sabe que isso se reflete em sua vida.
Neste sentido, alimentação saudável e meio ambiente mantém
estreita relação na medida em que a produção agrícola
interfere na saúde dos seres humanos, como também do solo,
dos rios, dos animais e do planeta como um todo.
Palavras-chave Alimentos de fast food, alimentação sustentável, meio
ambiente, química.
Formato do material didático
Caderno pedagógico
Público alvo Alunos do ensino médio
APRESENTAÇÃO
André Trigueiro, em seu livro “Mundo sustentável 2”, esclarece que o
mundo mudou e que a educação deve acompanhar essas mudanças. Segundo
ele, se somos parte responsável pelo maior nível de destruição jamais visto na
história, também devemos ser parte da solução. E enfatiza:
Num mundo dinâmico, onde as transformações ocorrem numa
velocidade impressionante, a escola continua sendo um dos últimos
refúgios do pensamento crítico e da reflexão. Um laboratório de ideias
na qual o conhecimento e a criatividade deveriam ser aplicados com
ênfase na construção de um mundo mais ético, justo e sustentável.
Um espaço protegido das demandas imediatistas do mercado, que
muitas vezes relegam à escola a função de formar consumidores
comportados e novos quadros profissionais perfeitamente ajustados
ao velho paradigma. (p.361)
O Brasil vive hoje um período de transição nutricional, o qual é
caracterizado pela substituição da desnutrição pelo excessivo consumo de
alimentos, principalmente os chamados “fast food”.
Muitas pessoas não sabem que os maiores causadores da obesidade
são esses alimentos consumidos ao longo da vida. O mais alarmante dessas
informações é que se percebe que os mais afetados por esses hábitos são os
adolescentes e as crianças, que são facilmente influenciáveis, e se deixam
levar pela promessa de diversão associada a esses lugares.
A alimentação tem um papel muito importante na promoção da saúde e
proteção contra doenças. Diante disso e considerando o tempo de
permanência na instituição e a diversidade de oportunidades de ensino formal
e de incorporação de valores, hábitos e atitudes, a escola representa espaço
importante para a implementação de ações que visem o estabelecimento de
hábitos saudáveis de alimentação (ACCIOLY, 2009).
O ensino de Química deve ter como meta preparar o cidadão para a
vida, para seu trabalho e lazer. Assim, o Ensino de Química deve ser um
facilitador da leitura do mundo, pois quando sabemos ler as relações no mundo
em que vivemos, esta leitura torna-se mais fácil (Chassot,1990).
Com isso entendemos que a Química está relacionada com as
necessidades básicas dos seres humanos tais como: saúde, moradia,
vestuário, transporte e alimentação, por isso aprender química é importante
para a compreensão de tudo o que nos rodeia, permitindo traçar parâmetros
para avaliar o nosso desenvolvimento social e econômico e, com isso, exercer
nossa cidadania.
Tudo o que comemos ou bebemos é constituído por uma grande
diversidade de compostos químicos. Provocamos e também convivemos com
muitas transformações das inúmeras substâncias presentes nos alimentos. Por
isso cuidados constantes são necessários com o que vamos usar em nossa
alimentação, sendo que muitas vezes esses cuidados começam quando
fazemos a escolha do que vamos comer.
Em nossa escola sempre percebemos o gosto cada vez maior de nossos
alunos por alimentos de fast food ricos em açúcar, sal e gordura, mas muito
pobres em nutrientes, desencadeando problemas muito sérios de saúde em
crianças e adolescentes. Com a finalidade de alertar nossos alunos do ensino
médio para esses riscos optamos por fazer este projeto, sabendo que o
trabalho é em longo prazo, pois hábitos alimentares são difíceis de serem
mudados sem que haja uma reeducação alimentar e um propósito firme de se
optar por uma vida mais saudável.
Por isso a necessidade de se trabalhar com a consciência ecológica,
analisando nossa responsabilidade na degradação do meio ambiente, através
de nossos hábitos alimentares, pois as práticas de Educação Ambiental não
devem apenas transmitir conhecimentos sobre o meio ambiente, mas também
promover mudança de comportamento, determinação para a ação e a busca de
soluções para os problemas.
Nossa opção pelo caderno pedagógico é trazer ao professor
informações sobre o tema e, ao mesmo tempo, propor atividades que irão
enriquecer nossas aulas, pois o ensino de química deve proporcionar ao aluno
conhecimentos que possam ser aplicados em sua vida, para que este seja um
cidadão mais crítico e que possa melhorar o meio em que vive.
RESUMO
Nos dias de hoje a comida rápida e de baixo custo dos fast food está cada vez
mais incorporada aos nossos hábitos alimentares. Porém, esses alimentos são
desprovidos de nutrientes e fartos em gorduras e açúcares. Sabemos que a
alimentação tem um papel muito importante na promoção da saúde e proteção
contra doenças. Para garantir a qualidade da alimentação é necessário
escolher o que comer. Existe um mercado gigantesco direcionado para
crianças e jovens, os quais, por não ter capacidade crítica são muito mais
vulneráveis à publicidade do que os adultos. Um consumidor crítico e atento a
detalhes é mais responsável pela sua alimentação, pois sabe que isso se
reflete em sua vida. Neste sentido, alimentação saudável e meio ambiente
mantém estreita relação na medida em que a produção agrícola interfere na
saúde dos seres humanos, como também do solo, dos rios, dos animais e do
planeta como um todo.
OBJETIVO
Esta produção tem por finalidade mostrar que alimentos de fast food ricos em
açúcar, sal e gordura trazem sérios danos à saúde e ao meio ambiente e que
uma alimentação adequada é uma das mais eficazes formas de prevenção
contra muitas doenças.
PÚBLICO-ALVO
Alunos do ensino médio
MATERIAL DIDÁTICO
1. INVESTIGAÇÃO DOS HÁBITOS ALIMENTARES
Objetivos:
- Investigar, a partir de seus hábitos alimentares, se nossos alunos se
preocupam em saber a origem e composição dos alimentos que consomem e
em que grau são influenciados pela propaganda.
- A partir da análise desse questionário ter um parâmetro para melhor conduzir
nosso trabalho.
Duração: 1 hora aula
Questionário
1. Você costuma fazer as refeições com sua família?
2. Você se preocupa com a sua alimentação?
3. Quais alimentos você mais consome?
4. Como você escolhe seus lanches?
5. Com que frequência você faz lanches em casa?
6. Você costuma ler o rótulo dos alimentos que compra?
7. Você costuma observar a data de validade?
8. Você costuma comprar alimentos anunciados em propaganda?
9. Você sabe o que são alimentos de fast food?
10. Você sabe o que é alimentação sustentável?
2. OS ALIMENTOS EM NOSSA VIDA
Objetivo: Estudar a importância dos alimentos em nossa vida.
Duração: 4 horas aula
A química está presente em nossa alimentação, por isso é importante o
estudo dos alimentos para que possamos fazer sempre a melhor escolha a fim
de garantirmos nossa saúde.
Uma dieta balanceada é a que contém fundamentalmente água,
gorduras, proteínas açúcares e sais minerais, substâncias essas encontradas
em diferentes quantidades nos alimentos e de forma diversificada.
Saber utilizar da maneira mais adequada esses alimentos é o que vai
determinar nossa saúde futuramente, pois esta depende dos nossos hábitos
alimentares, isto é, ter saúde só depende de nós.
Do ponto de vista da química, os alimentos são compostos basicamente
por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Também podem ser
encontrados outros elementos em quantidades menores.
Nos alimentos encontramos nutrientes essenciais para a construção do
nosso corpo e manutenção da vida. Os principais são: carboidratos, lipídios,
proteínas, vitaminas, sais minerais e água.
Esses nutrientes possuem funções químicas específicas, estruturas e
propriedades físico-químicas características que determinam suas funções no
organismo.
No estudo dos alimentos trabalhamos com moléculas muito grandes e
complexas, constituídas na maioria das vezes por muitos grupos funcionais.
Dessa forma, ao comer determinado alimento, ingerimos um conjunto de
substâncias que, em suas fontes originais, participavam de um sistema que
envolve interações amplas e dinâmicas de muitas substâncias. Quando em
contato com o sistema que é o nosso corpo, essas substâncias passam a
interagir com inúmeras outras substâncias.
O que comemos, bebemos ou respiramos é constituído por uma enorme
diversidade de compostos químicos. Provocamos e convivemos com muitas
transformações das substâncias presentes nos alimentos. Algumas dessas
transformações podem nos fazer ficar doentes, por isso é preciso termos
cuidado com nossa alimentação e escolher bem nossos alimentos, pois nosso
crescimento, saúde e bem estar dependem de uma alimentação saudável.
Muitos alimentos, devido à quantidade e qualidade de nutrientes
protegem nosso organismo das chamadas enfermidades carenciais – são os
chamados ALIMENTOS PROTETORES. Como exemplo, podemos citar: azeite
de oliva, aveia, alho, chá verde, maçã, castanha-do-pará, peixes ricos em
ômega3, tomate, soja e uva.
Outros alimentos, além da função energética desempenham papel
fundamental na síntese de novos tecidos, sendo conhecidos como
NUTRIENTES CONSTRUTORES: são as proteínas, presentes principalmente
no leite, carne, ovos e grãos (soja, grão-de-bico, lentilha, feijão, ervilha).
Há os alimentos que fornecem ao organismo vitaminas e minerais que
regulam o seu funcionamento – são os ALIMENTOS REGULADORES,
encontrados na cenoura, milho, tomate, alface, beterraba, couves, brócolis,
abobrinha, morango, banana, laranja, uva, abacaxi, etc.
Há os alimentos que conferem mais disposição ao organismo, ideais
para quem pratica algum esporte. São os ALIMENTOS ENERGÉTICOS,
encontrados não apenas no chocolate, açúcar e café, mas também nas
verduras, frutas e brotos, por exemplo.
E há também a Água, nutriente vital para os seres vivos e o mais
abundante de todos os componentes alimentares, cuja função é manter a
temperatura do corpo, além de participar como reagente e solvente nas
reações que ocorrem em nosso organismo, etc.
Alimentar-se de forma consciente é a garantia de termos uma vida mais
saudável.
ATIVIDADES
Os alunos assistirão ao filme “Super Size Me: A Dieta Do Palhaço”, onde será
salientado a importância da alimentação saudável e os males decorrentes das
comidas de fast food. Também será proposto algumas questões que serão
guardadas para que no final deste trabalho sejam analisadas com a finalidade
de saber se houve ou não um aprendizado significativo dos alunos.
1. Quais foram suas impressões ao assistir o filme?
2. Identifique os alimentos de fast food vistos no filme.
3. Faça uma lista dos alimentos consumidos pelo jornalista e os que você
normalmente consome.
4. Você achou o assunto do filme relevante?
5. Você acredita que esse tipo de comida realmente faz mal? Se sua resposta
for positiva, então por que você consome?
6. Debata com os colegas sobre os hábitos alimentares de vocês e identifique
mudanças que seriam recomendáveis para melhorá-los.
7. Produção de um mural com informações sobre os alimentos
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Professor, para essa temática, apresente primeiramente um seminário
sobre os alimentos, suas funções e importância. Depois passe o filme citado
para eles assistirem. Esse filme é interessante de ser analisado porque o
cineasta Morgan Spurlock resolve ser cobaia para o tema de sua produção
sobre a comida de fast food nos EUA, comendo somente esse tipo de alimento
por um mês e provando seus efeitos mentais e físicos. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=X95BTH-bc-U.
É importante, professor, enfatizar a importância dos alimentos, os
prejuízos de sua carência, bem como as consequências de seu excesso,
traduzidas em obesidade, diabetes, pressão alta, entre outras doenças.
Uma forma de abordagem envolvendo a 1ª série diz respeito aos
elementos químicos da tabela periódica. O professor poderá utilizar o tema sais
minerais, utilizando o livro Química 3 de Mortimer e Machado ,(1ª edição, 2010)
páginas 104 a 107, onde o aluno poderá estudar as funções de vários
elementos e suas fontes.
Para a 2ª série pode-se estudar a velocidade das reações a partir do
documentário e a química da conservação dos alimentos
Para a 3ª série pode-se fazer um estudo das funções orgânicas
presentes nos alimentos.
3. AÇUCAR: POR QUE GOSTAMOS TANTO?
Objetivo: Fazer um estudo sobre a sacarose, estudar suas fórmulas, sua
utilização e alertar nossos alunos sobre os perigos relacionados ao consumo
exagerado do açúcar.
Duração: 4 horas
Quando usamos a palavra açúcar, nos referimos à sacarose, um
dissacarídeo composto por duas unidades simples de monossacarídeo: uma é
uma unidade de glicose e a outra uma unidade de frutose.
Fórmulas de projeção de Fischer dos isômeros glicose e frutose.
Podemos observar que a glicose tem a mesma fórmula que a frutose, ou
açúcar de fruta (C6H12O6), e também o mesmo número e tipo de átomos (6
carbonos, 12 hidrogênios e 6 oxigênios). Porém a frutose tem uma estrutura
diferente, pois seus átomos estão arranjados numa ordem diferente. Dizemos,
então, que a glicose e a frutose são isômeros.
Isômeros são compostos que têm a mesma fórmula molecular, porém
seus átomos estão em arranjos diferentes.
A frutose está presente também no mel, que é cerca de 38% frutose e
31% glicose, com mais 10% de outros açúcares, inclusive sacarose.
Mas por que o ser humano gosta tanto de doce?
A doçura é um dos cinco principais sabores, sendo sinônimo de
gostosura. Esse gosto doce faz com que o ser humano goste tanto de açúcar.
Os outros quatro são azedo, amargo, salgado e umami, sendo que a distinção
desses sabores são obtidos pelas diferentes características físico químicas
presentes em suas moléculas constituintes.
O fato é que a doçura sempre foi mais investigada que qualquer outro
sabor, continuando a ser nos dias atuais de grande interesse comercial, pois o
açúcar é um poderoso conservante além de realçar o sabor e a textura dos
alimentos. Ele está presente em grande parte do que bebemos e comemos e
também nos mais diversos lugares e principais dias santos, como natal e
páscoa, e festividades culturais, como dia das bruxas e festa junina.
Por ser um carboidrato, quando consumido de forma correta, produz
energia rapidamente, tanto para os músculos quanto para o cérebro. Porém
quando em excesso o consumo da molécula glicose e seus isômeros reflete-se
em diversos problemas de saúde, se esta não for consumida através da perda
de energia, pois o organismo vai transformá-la em gordura, que leva ao
aumento de peso, a diabetes e doenças cardiovasculares.
Além de mascarar o gosto natural dos alimentos e causar cáries, alguns
estudos também sugerem que os doces despertem uma espécie de vício, pois
a pessoa sempre vai querer mais.
É nos adolescentes que se encontra a maior prevalência do consumo
exagerado desses alimentos apesar de pesquisas apontarem o abuso dos
doces também em adultos e idosos (em média37%).
De acordo com pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo
(USP), os refrigerantes foram os maiores responsáveis pelo excesso de açúcar
consumido por adolescentes e adultos. Nos mais jovens, a pesquisa indicou
que a bebida responde por 34,2% do açúcar ingerido pelos meninos e 32% do
açúcar ingerido pelas meninas.
Segundo reportagem da revista National Geographic , o brasileiro médio
ingere 32,6 colheres de chá por dia de açúcar (1 colher de chá = 4,2gramas),
porém a Organização Mundial de Saúde recomenda para um adulto a ingestão
de no máximo, 50 gramas de açúcar por dia (o equivalente a dez colheres de
chá ou dez pacotinhos de 5 g, distribuídos em todos os alimentos). O problema
é não saber ao certo em quais alimentos encontramos o açúcar, pois mesmo
alimentos salgados muitas vezes levam esse ingrediente.
Ele está presente nos alimentos industrializados, representando 60% do
total consumido. Dentre esses alimentos podemos citar:
- pão francês de 50gramas (1 unidade) = 2 colheres de açúcar
- macarrão sem molho, 60g (4 col. De sopa) = 8 col.de chá de açúcar
- sorvete de chocolate, 60g (1 bola) = 2,5 col.de chá
- refrigerante de cola 200 mL(1 copo) = 4,5 col. de chá
- biscoito recheado ( 2 unidades) = 1,6 col. de chá.
Padarias e
lanchonetes oferecem
alimentos ricos em
açúcar, porém sem
opção para as
pessoas que buscam
por alimentos mais
saudáveis.
Figura 1: Guloseimas vendidas nas padarias
Fonte do autor
ATIVIDADES
1. Aula expositiva utilizando o artigo: A Química do refrigerante. Disponível em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc31_3/10-PEQ-0608.pdf
- Iniciar a exposição perguntando o quanto de refrigerante eles tomam por dia,
se sabem quais produtos químicos fazem parte de sua composição e se esses
produtos causam malefícios à saúde.
- Expor a função de cada componente existente no refrigerante.
2. Análise do vídeo “The real Bears”. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=xqFshj0zd1g
3. A partir do texto: Como Seu Corpo Reage aos Refrigerantes? Disponível em:
http://www.vocesabia.net/saude/como-seu-corpo-reage-aos-refrigerantes/
Estudar os efeitos do refrigerante no organismo.
4. Leitura da reportagem da revista Veja: “Consumo de açúcar deve ser
controlado assim como álcool e tabaco”. Disponível em:
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/consumo-de-acucar-deve-ser-controlado-
assim-como-alcool-e-tabaco. Após a leitura da reportagem, debater com os
alunos os danos à saúde provocados pelo consumo exagerado de açúcar, a
partir da seguinte questão:
- Por que a reportagem compara os malefícios do açúcar com o consumo do
álcool e tabaco?
5. Produção de cartazes com informações e alertas sobre o assunto.
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
O vídeo “The real bears”, conta a história de família de ursos polares que
bebe refrigerante e sofre os efeitos do consumo exagerado de açúcar. Tudo
contado em uma animação, embalada pela música de Jason Mrazm.
Este vídeo é bem curto, de aproximadamente quatro minutos, mas que
passa uma mensagem de alerta quanto ao consumo de açúcar presente nos
refrigerantes.
Professor, você poderá também fazer aula prática sobre refrigerantes
encontrado no artigo “A química do refrigerante”, onde encontrará algumas
experiências, envolvendo a análise sensorial, a solubilidade de gases em
líquidos e as reações em meio ácido.
4. SAL
Objetivo: Analisar os alimentos consumidos diariamente quanto ao seu
conteúdo de sódio, bem como sua importância e malefícios causados por seu
excesso.
Duração: 2 aulas hora
O SAL E SUA IMPORTÂNCIA
A necessidade da obtenção do sal na dieta já vem de longos tempos,
isto porque seus íons desempenham papel essencial para a manutenção de
balanços eletrolíticos nos sistemas biológicos. O sal é, portanto, vital para o
funcionamento dos nervos e para o movimento muscular.
O corpo humano médio contém cerca de 113,39g de sal; como
perdemos sal continuamente, sobretudo na transpiração e na excreção na
urina, temos de repô-lo diariamente, pois sua privação provoca perda de peso
e do apetite, cãibras, náusea e inércia. Em casos extremos de depleção do sal
no organismo - como em corredores de maratona - pode levar a colapso
vascular e à morte.
O sal sempre foi usado também em cerimônias e rituais, simbolizando
boa fortuna, hospitalidade e proteção contra espíritos maléficos e a má sorte.
Esse composto que já foi ao longo da história glorificado, reverenciado e mais
valorizado que ouro, hoje é barato e de fácil aquisição.
O sal que consumismo também recebe a adição de outro sal, o iodeto de
potássio, necessário para o crescimento regular do corpo e para evitar o bócio,
uma doença incurável. Isso sem contar a utilidade, como soro fisiológico, nas
emergências.
Hoje são utilizadas soluções salinas ainda mais concentradas que o
soro nos momentos seguintes à internação de quem perdeu muito sangue.
Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto do Coração de
São Paulo descobriram que esse supersoro (chamado “salgadão”), controla
arritmias cardíacas e reduz as lesões por falta de oxigênio no cérebro.
Industrialmente, é utilizado para a produção de uma grande variedade
de produtos que têm por base o sódio.
O SAL COMO CONSERVANTE
Dos processos de conservação de alimentos, a salga está entre os mais
antigos e populares e é graças à solubilidade do cloreto de sódio, ao atrair
moléculas de água, que o sal é um excelente conservante.
Até o século XIX, o cloreto de sódio era o único agente utilizado para
conservar os alimentos, principalmente as carnes, pois atua como um agente
desidratante, impedindo o surgimento de bactérias que precisam da água para
sobreviver.
QUANDO O SAL CAUSA MALEFÍCIOS À SAUDE
Quando consumido em excesso o sal leva o organismo a reter mais
água. Com isso o coração e os rins ficam sobrecarregados, principal causa da
hipertensão.
Se os vasos do coração entopem podem causar doenças muito graves
como infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral). Pode haver também
alteração e até paralisação dos rins, pois a filtração no sangue pode vir a ser
alterada.
Por isso é que os médicos e especialistas alertam quanto à necessidade
de diminuir a ingestão de sal. No Brasil, a maior causa dos problemas com o
excesso de sal se deve ao comportamento do brasileiro que consome, em
média, 4,46gramas de sódio por dia, o equivalente a 11,38gramas de sal. A
quantidade recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) é de
menos de cinco gramas por pessoa (equivalente a 2 gramas de sódio).
Alimentos industrializados como enlatados, salgadinhos e queijos,
contêm grandes quantidades de sal. Sanduiches do tipo "Fast Food" costumam
ter até três vezes a quantidade de sal ideal para um só dia. Alguns produtos
doces também podem levar sal. Os biscoitos recheados ou não e refrigerante
tipo cola são alguns exemplos.
Curiosidades.
O maior salar, ou salina, do mundo, com 10 600 quilômetros quadrados
é o chamado Salar de Uyuni, uma placa salgada de mais de 200 metros
de espessura localizado na Bolívia: ali, os turistas podem se hospedar
num hotel inteiramente feito de sal.
Figura 2- Imagem do deserto de sal em Uyuni, nos Andes bolivianos (fonte do autor)
Figura 3- Imagem de hotel de sal de Uyuni ( fonte do autor )
Há 15 000 anos, Uyuni era um lago de água doce cercado por vulcões
ativos. Foram eles que salgaram a área. Toneladas de lava enriquecida com
sais minerais foram despejadas na terra pelas erupções e arrastados pelas
chuvas e rios para o lago. Com o tempo, o clima seco evaporou tudo por ali e
acumulou 64 bilhões de toneladas de cloreto de sódio, mais 150 milhões de
toneladas de cloreto de potássio e outras 100 milhões de cloreto de magnésio,
transformando Uyuni no que os geólogos chamam de salar.
A palavra salada deriva do costume dos romanos de salgar os vegetais
para amenizar o amargor de alguns deles. “Sal para todos” era lema
romano, dessa forma numa mesa romana não podia faltar o saleiro, pois
sua ausência era um sinal de inimizade.
Os soldados romanos também eram pagos em sal, de onde vêm as
palavras “salário”, “soldo” (pagamento em sal) e “soldado” (aquele que
recebeu o pagamento em sal).
Ainda hoje, judeus e muçulmanos acreditam que o sal protege contra o
mau-olhado. Pelos preceitos judaicos ele só deve ser manipulado pelos
dedos médio e anular. Segundo a crença, se um homem utilizar o
polegar, suas crianças morrerão; se usar o mínimo ficará pobre; se
escolher o indicador virará um assassino.
"A última ceia" de Leonardo da Vinci (1452-1519) retrata um saleiro
derrubado diante de Judas. Segundo crendices da época, se uma
pessoa derramasse sal, deveria pegar alguns cristais caídos e jogá-los
para trás do ombro esquerdo, pois era o lado que representava o mal.
ATIVIDADES
1. Serão distribuídos aos alunos os seguintes textos
- “Ranking de 100 alimentos cheios de sódio”. Disponível em:
<http://mdemulher.abril.com.br/saude/reportagem/alimenta-saude/ranking-100-
alimentos-cheios-sodio-754142.shtml>.
- Os Perigos do Sal Refinado e as Vantagens do Sal Marinho. Disponível em:
<http://forum.antinovaordemmundial.com/Topico-os-perigos-do-sal-refinado-e-
as-vantagens-do-sal-marinho>.
Com as seguintes questões:
A. Selecione os alimentos que você mais come e a quantidade de sódio
correspondente.
B. Você já tinha conhecimento desses índices? Justifique
C. Como você pode substituir alguns desses alimentos escolhidos por outros
com menos sódio?
D. De acordo com o texto, explique a diferença entre sal bruto, sal marinho, sal
de rocha e sal refinado.
2. Com relação ao elemento químico magnésio, responda as questões:
a. Qual é seu símbolo químico?
b. Que família ele pertence?
c. Qual é a sua distribuição eletrônica?
d. Por que ele é tão importante?
e. O que provoca a sua deficiência?
f. De que forma ele está presente no sal marinho?
3. Relacione os outros elementos químicos presentes no texto, indicando seu
símbolo e sua família.
4. Produção de cartazes com dicas de como substituir o sal da alimentação.
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Professor, inicie sua aula contando a história do sal e sua importância ao longo
dos tempos.
Explique também que sal de cozinha e sódio não são a mesma coisa.
5. LIPÍDIOS
Objetivos: Estudar o papel das gorduras em nosso organismo, sua
importância na indústria alimentícia e os malefícios da ingestão de comidas
gordurosas para a saúde.
Duração: 2 aulas hora
AS GORDURAS NA MANUTENÇÃO DA SAÚDE
Quimicamente, as gorduras ou glicerídios, são um grupo de substâncias
da classe dos lipídios.
A palavra lipídio vem do grego lipos (gordura), sendo uma classe de
substâncias de origem biológica. São também insolúveis em água, constituindo
assim a maior forma de armazenamento de energia do organismo.
Os mais importantes são os óleos e as gorduras, que apresentam
estruturas semelhantes e são formados por organismos vivos a partir de ácidos
graxos e glicerol. Sua diferença está no estado físico sob temperatura ambiente
pois óleos são líquidos e as gorduras são sólidas.
Tanto no óleo como na gordura, há uma mistura de ácidos graxos
constituintes dos lipídios e são esses ácidos graxos os responsáveis pelo
estado físico da gordura e do óleo.
As fontes de lipídios na alimentação são óleos, azeites, manteiga,
margarina, maionese e alimentos gordurosos como amendoim, abacate e
chocolate.
Além da função energética, os lipídios conferem sabor e aroma ao
alimento, sendo fontes de substâncias essenciais ao organismo.
Existem gorduras usadas na indústria alimentícia, que são preparadas
pela hidrogenação parcial ou total de óleos vegetais. A produção de margarina,
usada como substituto da manteiga, de origem animal, é feita através da
hidrogenação parcial. O material assim obtido é misturado ao leite desnatado,
ligeiramente fermentado, com adição de sal e bitamina A, corantes e
aromatizantes artificiais.
IMPORTÂNCIA DA GORDURA
A gordura do nosso corpo estoca energia para que possamos nos
movimentar e fazer com que outras atividades vitais do organismo sejam
mantidas nos momentos em que não estivermos nos alimentando. As gorduras
também são responsáveis pelo transporte de vitaminas lipossolúveis, como A,
D, E e K.
A recomendação da Organização mundial de Saúde (OMS) é que a
ingestão diária de gorduras corresponda a cerca de 30% do valor calórico total.
As gorduras são necessárias para o nosso metabolismo, pois existem
hormônios que são derivados de gorduras boas, como por exemplo, os
hormônios esteroides sexuais. Também são necessárias à saúde do tubo
gastrointestinal, à saúde de nossas células nervosas e à saúde de nossos
neurônios.
GORDURAS SATURADAS
Este tipo de gordura apresenta ligação simples entre carbono e
geralmente encontra-se em estado sólido.
As gorduras saturadas são aquelas de origem animal, que quando
adentram em nosso organismo não se permitem se ligarem a nada,
prejudicando o metabolismo lipídico do corpo e formando, pela ingestão de
repetição, em longo prazo, plaquinhas de ateroma – placas de gordura – que
se instalam nos vasos sanguíneos, comprometendo a sua elasticidade,
endurecendo seus movimentos e futuramente dificultando a passagem
sanguínea pela diminuição do calibre sanguíneo.
O organismo então vai tentar compensar a chegada dificultosa de
sangue e oxigênio aos tecidos e órgãos e lança mão de um impulso sanguíneo
maior, como consequência temos o processo de hipertensão.
GORDURAS INSATURADAS
As gorduras insaturadas subdividem-se em dois tipos, a gordura
monoinsaturada e a gordura poli-insaturada. A diferença entre elas se encontra
em sua fórmula estrutural.
GORDURAS POLI-INSATURADAS
São gorduras que possuem mais de uma ligação dupla em sua estrutura
e são passíveis de se ligarem a outras substâncias, formando novos
compostos, estabilizando reações, auxiliando como cofatores enzimáticos.
A gordura poli-insaturada pode ser encontrada nos seguintes alimentos:
óleo de soja, óleo de milho, óleo de girassol, nozes, castanhas, sementes de
linhaça e chia e peixes.
GORDURAS MONO-INSATURADAS
A gordura monoinsaturada se diferencia da poli-insaturada por
apresentar apenas uma dupla ligação entre carbonos, sendo também benéfica
ao organismo. Ela reduz os níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue,
enquanto estimula o aumento dos níveis do colesterol bom (HDL).
Alimentos ricos em gorduras monoinsaturadas incluem: azeitonas, óleo
de amendoim, abacates, sementes de gergelim e frutos secos (amêndoas,
castanhas, nozes, amendoins).
GORDURAS TRANS
Presentes naturalmente em pequenas quantidades, em plantas como
repolho, ervilha e romã e constituindo entre 3 e 5% dos ácidos graxos da carne
e do leite dos ruminantes, as gorduras trans são alvo do interesse da indústria
de alimentos, pois melhoram a consistência dos alimentos,aumentam a
crocância e a vida de prateleira de alguns produtos, além de serem sólidas, o
que faz com que sua manipulação seja mais fácil.
A partir de óleos poli-insaturados, que são líquidos, por um processo de
hidrogenação de ligações duplas, é possível obter as gorduras sólidas. Nesse
processo algumas das ligações duplas são eliminadas, outras mudam de
posição na cadeia e outras ainda que apresentam configuração cis são
convertidas em trans. Essas gorduras estão presentes nos biscoitos,
salgadinhos de pacote, batatas fritas, bolos, pães, sorvetes, chocolate diet, etc.
Se todas as duplas ligações no processo de hidrogenação forem
saturadas, obtêm-se as gorduras saturadas ou hidrogenadas. Se não ocorrer
hidrogenação total, as gorduras obtidas são parcialmente hidrogenadas. A
cremosidade da margarina se deve a esse processo.
Porém, as gorduras trans são tão prejudiciais à saúde – ou mais- do que
as gorduras saturadas, pois elevam os níveis de colesterol no sangue,
aumentando os riscos de doenças do coração. Hoje já existe uma lei que
obriga o fabricante de margarinas e produtos afins a discriminar a quantidade
de ácidos graxos trans no rótulo do produto. Segundo recomendação de
nutricionistas, o consumo dessas gorduras não deve ultrapassar a quantidade
máxima de 2g por dia.
Em uma porção média de batata frita encontramos entre 360 e 450
calorias, e entre 17 e 22 g de gordura. Em diversas cadeias de fast-food, uma
porção grande tem quase 600 calorias com 27 g de gordura, sendo que uma
parte é de gordura trans.
Você sabia?
-Que o chocolate tipo diet, indicado para diabéticos, contém um teor de gordura
maior que o chocolate normal? Isto porque a retirada do açúcar cria a
necessidade do aumento da gordura para manter a consistência do produto.
-Que já pode se deliciar com sorvete, balas, fritas, bolo, maionese e queijo sem
gordura? Isto porque já existem os substitutivos de gorduras (os fake fats),
produtos que mimetizam o sabor, a textura, a aparência, a viscosidade e outras
propriedades das gorduras, porém com baixo valor calórico.
ATIVIDADES
1. Nesta atividade os alunos primeiramente assistirão o documentário “Muito
além do peso”. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=TsQDBSfgE6k. Depois dos comentários, e a
partir do texto acima: As gorduras na manutenção da saúde, distribuir a
tabela de gordura de alimentos, disponível em:
http://www.medicinaealimentacao.com/?id=824&TABELA-DE-GORDURA-DE-
ALIMENTOS, para a turma com as seguintes questões:
a. Você já parou para analisar a quantidade de alimentos gordurosos que
consome? Observe a tabela de gordura nos alimentos, listando os que você
mais come, bem como a quantidade de gordura presente nesses alimentos.
b. Você substituiria esses alimentos gordurosos por outros alimentos sem
gordura ou com gordura reduzida?
c. Por que alimentos com mais gordura são mais gostosos?
d. Por que à temperatura ambiente os óleos são líquidos e as gorduras são
sólidas?
e. Por que as gorduras são indispensáveis na alimentação?
f. Qual é a diferença entre os vários tipos de gorduras?
g. A margarina é obtida por meio de hidrogenação de óleos vegetais. Nesse
processo a gordura insaturada é transformada em gordura trans e saturada. O
consumo de gordura trans é nocivo, pois aumenta o colesterol ruim e reduz o
bom. Já a manteiga contém, além da vitamina A (responsável pela integridade
da pele, revestimento dos pulmões, intestino, trato urinário e retina ocular),
ácido butírico, que é benéfico para a saúde metabólica e intestinal, além de
prevenir o câncer. Porém, contém maiores quantidades de gordura saturada
do que a margarina, que também aumenta o colesterol ruim. Qual das duas: a
manteiga ou a margarina é a melhor para ser utilizada na sua alimentação?
Justifique sua resposta.
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
No filme “Muito além do peso” dezenas de especialistas nacionais e
internacionais esclarecem algumas verdades sobre a obesidade infantil, que
vão além do pacote de biscoito recheado e do refrigerante, trazendo um melhor
entendimento sobre o drama que já atinge uma geração inteira, mais doente e
mais sedentária, acostumada a comer de acordo com um padrão insustentável
que muitas vezes começa no colo: 56% dos bebês brasileiros com menos de
um ano bebem refrigerante, de acordo com dados do IBGE.
Como este documentário é longo, você professor, pode passar em
partes e trabalhar com cada uma dessas partes. Assim, o aluno não vai se
cansar e seu aprendizado é maior.
Também é interessante aprofundar o estudo da hidrogenação de óleos
vegetais, fazendo comentários sobre o grande uso de gordura vegetal
hidrogenada na culinária.
6. ALIMENTOS DIET, LIGHT E ZERO
Objetivos:
-Entender as diferenças entre alimentos diet, light e zero;
- Saber escolher o tipo de alimento de acordo com suas necessidades
alimentícias.
Duração: 4 horas aula
Alimentos ricos em açúcares e gorduras já fazem parte de nossas vidas
há muito tempo, porém, nos dias atuais seu consumo excessivo tem trazido
muitas doenças à população. Por conta disso e preocupadas com seu bem
estar, muitas pessoas optam pelo uso de produtos diet e light. Esses produtos
vão desde bolos, geleias, iogurtes, pães, chocolates, sorvetes, biscoitos, até
comidas pré-cozidas.
Isto sem falar nas bebidas zero, bem ao gosto das pessoas que adoram
um refrigerante, mas temem as famosas “gordurinhas”. Porém, apesar do
preço desses produtos ser maior quando comparado ao similar tradicional, na
hora da compra a grande maioria não sabe diferenciá-los. Vamos entender um
pouquinho melhor sobre o assunto?
Alimentos Diet
São alimentos isentos de determinado ingrediente, como açúcares,
sódio, gorduras e alguns aminoácidos. O Ministério da Saúde classifica esses
alimentos como “alimentos para fins especiais”, pois são feitos para atender
consumidores com necessidades específicas. Por exemplo: alimentos sem sal
para hipertensos, sem açúcar para diabéticos, sem gordura para que tem
colesterol alto, sem o aminoácido fenilcetonúria, para os fenilcetonúricos, etc.
Para quem usa esse tipo de alimentos para dietas de emagrecimento é
preciso ficar atento, pois existem produtos onde o açúcar foi substituído por
adoçante, alterando a consistência do alimento. Então é acrescentado maior
quantidade de gordura na sua composição para manter a textura habitual,
fazendo com que seu valor calórico seja muitas vezes superior ao da receita
original.
Muitas vezes os alimentos diet têm menor quantidade de açúcar em sua
composição, porém possuem muito sódio. Para não sermos enganados é
fundamental lermos os rótulos e assim poder escolher o melhor para nossa
saúde.
Alimento light, lite ou leve
Dizemos que um alimento é light quando apresenta redução mínima de
25% no valor calórico ou na quantidade de algum ingrediente energético
(carboidrato, gordura e proteína) da sua composição em comparação com o
alimento convencional.
Também nesses alimentos é preciso estar atento à possibilidade de
terem sido acrescidas outras substâncias para minimizar alterações que podem
ocorrer na cor ou na consistência, por exemplo. Alguns queijos e requeijões
light são alguns exemplos, onde encontramos menos calorias para reduzir
gorduras, porém a quantidade de sal é aumentada para se manter a
consistência desses alimentos, não sendo indicado para hipertensos.
Por isso, é importante mais uma vez estar atento à tabela nutricional e a
prática desse consumo, que deve ser feito com moderação.
Alimentos zero
Esse tipo de alimento apresenta restrição ou isenção de algum nutriente
em comparação com a sua versão tradicional. Pode ser Zero gordura, Zero
açúcar, Zero sódio, Zero glúten, entre outros. Se for Zero de açúcares, pode
ser consumido por diabéticos ou para quem quer emagrecer. Um exemplo é o
Ades Zero, que apresenta em sua fórmula 27% calorias a menos do que sua
versão original e não contém açúcar.
Na verdade, o alimento Zero é só uma “jogada de marketing” para
conquistar o público adolescente e adulto, que não se identifica com alimentos
classificados como diet ou light. Um produto zero pode ser diet ou light,
estando a diferença apenas no “conceito” e não nos ingredientes usados na
fabricação.
ATIVIDADES
1. Nessa atividade os alunos se reunirão em grupos, onde cada grupo receberá
um artigo (listados abaixo) para analisar e posteriormente apresentar para os
outros grupos.
- Cinco verdades que você precisa saber sobre alimentos zero. Disponível em:
http://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/11462-cinco-verdades-que-
voce-precisa-saber-sobre-alimentos-zero
- Diet ou light: qual a diferença? Disponível em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc21/v21a03.pdf
- Refrigerantes com zero caloria não ajudam a emagrecer, dizem pesquisas.
Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-
noticias/2011/05/11/refrigerante-com-acucar-aumenta-saciedade-e-pode-
emagrecer.jhtm
- Quem é quem. Disponível em: http://veja.abril.com.br/quem/diet-light.shtml
- Aprenda a diferenciar produtos light, diet e zero. Disponível em:
http://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/12251-aprenda-a-
diferenciar-produtos-light-diet-e-zero
- Pesquisa constata alto teor de sódio em alimentos diet e light.
http://noticias.ufsc.br/2013/08/pesquisa-da-ufsc-constata-alto-teor-de-sodio-em-
alimentos-diet-e-light/
- Veja mitos e verdades sobre os alimentos diet e light. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u4018.shtml
2. Produzir cartazes informativos sobre alimentos light, diet e zero
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
O professor poderá iniciar o assunto perguntando aos alunos se eles
consomem esses tipos de alimentos quais são os mais consumidos.
Pedir também que os alunos tragam para a sala de aula rótulos desses
alimentos para serem analisados em sua constituição.
7. ROTULAGEM DE ALIMENTOS
Objetivos: Entender a necessidade de se saber ler os rótulos dos alimentos,
para poder exercer seu direito de escolha como cidadão na hora de comprar
um produto alimentício.
Duração: 6 horas aula
Todos os alimentos que comemos trazem consigo as informações sobre
sua formulação e suas diferentes propriedades nutricionais. No Brasil, o órgão
responsável pela regulação da rotulagem de alimentos industrializados é a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que, através de seus vários
regulamentos objetiva garantir produtos de qualidade e em boas condições de
higiene para toda a população brasileira visando a manutenção da saúde.
Quais são as informações contidas nesses rótulos?
Segundo a ANVISA esses rótulos devem apresentar o nome do produto,
seus ingredientes e suas quantidades em gramas ou mililitros, a identificação
da origem do produto e seu prazo de validade. Deve apresentar também
informações nutricionais na quantidade que devemos consumir, mostrando o
quanto aquela porção de alimento contribui para o total de nutrientes que
devemos ingerir por dia, ou seja, o percentual de Valor Diário-%VD.
Este valor é determinado a partir da relação percentual entre a
quantidade do nutriente presente em uma determinada porção do alimento e os
valores diários de referência de nutrientes (VDR), estabelecidos em conjunto
pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação
(FAO/OMS, 2003).
A finalidade dessas informações é fornecer ao consumidor
possibilidades de escolha dos produtos e devem ser legíveis e de fácil
interpretação.
O QUE É CALORIA?
Sempre tendemos a associar calorias com alimentos, porém elas se
aplicam a qualquer fenômeno relacionado a trocas de calor. A caloria que vem
dos alimentos é a energia que o nosso corpo utiliza no nosso dia a dia.
COMO É CALCULADA?
É calculada a partir de quantidades de lipídios, proteínas e carboidratos
presentes nos alimentos. Pela análise da composição dos alimentos temos
uma proporção dos nutrientes que eles contêm. Somando-se o total calórico
que cada nutriente fornece na proporção em que se encontra, determina-se o
conteúdo calórico do alimento.
A caloria é uma unidade de energia relativamente pequena, por isso
trabalhamos preferencialmente em quilocalorias, Kcal ,sendo que 1 Kcal
corresponde a 1000 cal.
DE QUANTAS CALORIAS PRECISAMOS?
A quantidade de calorias que cada pessoa precisa depende de fatores
como idade, peso e atividade física. Mas, existe uma média das necessidades
calóricas para a população em geral, ou seja, tal alimento fornece determinada
porcentagem de nutriente que supre uma porcentagem do conteúdo calórico
“para uma dieta de 2 000 Kcal” ou “2500 kcal”. Essa média foi utilizada como
referência para os valores diários. Porém sua necessidade calórica pode ser
maior ou menor do que isso.
Precisamos entender o significado de cada componente descrito nos
rótulos dos alimentos para poder decidir se o produto nos convém ou não. Por
exemplo, quando lemos gorduras totais, refere-se ao somatório de todas as
gorduras, ou seja, as poliinsaturadas, monoinsaturadas, saturadas e trans. A
leitura do colesterol, refere-se a fígado e outras vísceras, gema dos ovos e
gorduras de alimentos derivados do leite.
ATIVIDADES
Para esta atividade será pedido previamente que os alunos tragam para a sala
de aula embalagens de alimentos.
1ª etapa: será distribuído aos alunos o manual da Anvisa: Você sabe o que
está comendo? Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/rotulos/manual_consumidor.pdf. Depois
será pedido que estes utilizem das embalagens trazidas para a sala de aula
expositiva, com questionamentos aos alunos.
2ª etapa: Distribuir rótulos de alimentos light, diet e zero, para que os alunos
analisem e comparem com os outros tipos.
3ª etapa: atividades desenvolvidas em grupos, com produção de cartazes
informativos.
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Para esta atividade o professor pode questionar seus alunos se esses
costumam ler os rótulos dos alimentos antes de comprar. Falar sobre a
importância de tal procedimento, pois existem muitas marcas de um mesmo
tipo de alimento e, muitas vezes, o consumidor paga cara por um produto
porque não optou por investigar sua formulação, deixando muitas vezes de
levar um produto mais barato porque observou apenas a marca.
Essa cartilha da ANVISA é um excelente material a ser utilizado nesse
tema porque trás informações muito úteis e nos ensina a entender o que é
descrito nos rótulos.
É interessante também o aluno conhecer o trabalho da ANVISA na
proteção do consumidor.
8. PROPAGANDA
Objetivo
- Alertar nossos alunos para o fato de que as propagandas têm como objetivo
exclusivo vender seus produtos e por isso sabermos discernir o que realmente
necessitamos na hora da compra.
Duração: 3 horas aula
A publicidade é uma ferramenta fundamental para influenciar os hábitos
alimentares de crianças e adolescentes, nos alcançando em diversos lugares e
situações como TV, jornais, rádios, outdoor, correspondência e até em nós
mesmos quando usamos roupas e calçados que estampam logotipos, nos
transformando em veículos de divulgação de marcas.
Existe um mercado gigantesco direcionado para crianças e jovens, que
são mais vulneráveis à publicidade por ainda não possuírem capacidade crítica
e não enxergarem o que está por trás da mensagem publicitária.
As propagandas de alimentos com alto valor energético e quantidades
também elevadas de gordura, açúcar e sal são as mais veiculadas e tem
modificado os padrões alimentares. Inúmeras pesquisas já comprovaram os
impactos negativos desse tipo de propaganda em crianças, bombardeadas de
comunicações de marketing em canais como TV, internet e embalagens.
A organização mundial de saúde (OMS) recomenda que os governos
estabeleçam limites para esse tipo de publicidade, pois a consequência pelo
consumo excessivo desses tipos de alimentos é o sobrepeso, que atinge mais
de 30% das crianças entre cinco e nove anos, segundo dados do
IBGE(2010).POf – Pesquisa de Orçamento Familiar. Entre os adultos, quase
metade da população está acima do peso e 15% já é obesa. (Ministério da
Saúde 2011) – Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças
Crônicas por inquérito telefônico (Vigitel).
No Brasil, os preceitos básicos que definem parâmetros éticos para
peças publicitárias de todos os tipos são regidos pelo CONAR, organização
não governamental que objetiva promover a liberdade de expressão publicitária
e defender as prerrogativas constitucionais da propaganda comercial.
Os preceitos gerais desta organização são:
•Todo anúncio deve ser respeitar as leis do país e ser honesto e
verdadeiro.
• deve ser preparado com o devido senso de responsabilidade social,
evitando acentuar diferenciações sociais;
• deve ter presente a responsabilidade da cadeia de produção junto ao
consumidor;
• deve respeitar o princípio da leal concorrência;
• deve respeitar a atividade publicitária e não desmerecer a confiança do
público nos serviços que a publicidade presta.
São atendidas denúncias dos próprios consumidores, autoridades,
empresas associadas ou formuladas pela própria diretoria que as levam para
seu Conselho de ética. Após ser julgada a denúncia e tiver procedência, o
Conar recomenda aos veículos que seja suspensa a exibição da peça ou
sugere correções.
ATIVIDADES
Nessa atividade utilizaremos o vídeo Interseção 12 - Publicidade infantil
CONAR 2011, Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=VOKtNcHkUUw , que trata de comerciais
infantis censurados e uma parte do documentário “muito além do peso”, onde
mostra a propaganda de alimentos, bem como comentários sobre sua
influência e entrevista com profissional da área.
Á partir de o documentário pedir aos alunos que respondam as questões
a seguir:
1. Quais são os artifícios utilizados pela propaganda para convencer o
consumidor de que aquele produto oferecido é realmente necessário?
2. Por que nos dias atuais há tanta preocupação com a propaganda de
alimentos para crianças?
3. No documentário quais técnicas de marketing dirigido às crianças e aos
adolescentes são observadas?
4. Muitas vezes grandes indústrias de alimentos fast food participam de
eventos realizados para a comunidade. Em sua opinião, qual é a intenção
dessas indústrias?
5. Você é do tipo que escolhe os alimentos pela marca anunciada nas
propagandas?
6. Quais são as garantias de que não seremos enganados pela propaganda?
7. Comente a frase: “As preferências alimentares na sociedade moderna estão
cada vez mais influenciadas pela publicidade”.
8. Agora, utilizando seu conhecimento sobre publicidade e sua criatividade
elabore uma propaganda de um alimento novo, porém rico em açúcar, sódio e
gordura, dirigido aos adolescentes. Você deverá fazer seu anúncio no colégio e
registrar quantos colegas comprariam seu produto sem questionar sua
composição.
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Professor, inicie esta atividade perguntando aos seus alunos como é
feita a escolha de suas compras. Comente sobre os riscos de se comprar um
produto somente pela propaganda, sem investigar sua procedência ou de que
forma foi produzido. Pergunte a eles também se alguma vez já compraram um
produto diferente do que o anunciado. Se a resposta for positiva, questione
sobre o que foi feito para sanar o prejuízo.
9. ALIMENTOS E DESPERDÍCIO
Objetivo: Rever nossos hábitos de consumo, entendendo que cada alimento
contém dentro dele tudo que foi utilizado para sua produção.
Duração: 4 horas aula
DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS: UMA PREOCUPAÇÃO CRESCENTE
“Quando você considera quanto de recurso e
trabalho é consumido para levar os alimentos ao
prato, é lamentável ver o quanto se desperdiça nos
lares”. (Claudio Beretta)
A preocupação com o meio ambiente vem ganhando prestígio em todos
os setores da sociedade, porém a maior sensibilidade para com os problemas
ambientais ocorre numa velocidade superior às ações concretas que deveriam
estar acontecendo em favor da sustentabilidade. Essas ações envolvem
hábitos, valores, comportamento e padrões de consumo.
Dentre esses hábitos, um e particularmente muito grave pois provoca
prejuízos econômicos, escassez de alimentos e danos severos ao meio
ambiente: e o desperdício de alimentos.
Segundo estudos da FAO a comida desperdiçada por ano e de mais de
um bilhão de toneladas, com grande impacto na natureza, pois provoca uma
emissão tão grande de gases de efeito estufa que se fosse um país perderia
apenas para Estados Unidos e China. Isso sem falar da água usada pra
produzir esses alimentos.
O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e
Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, informa que “Se reduzirmos a perda
e o desperdício de alimentos para zero, poderemos alimentar 2 bilhões de
pessoas a mais”.
A FAO observou que a maior parte das perdas de alimentos acontece
nas fases de pós-produção, como colheita, transporte e armazenamento. Nos
países em desenvolvimento, o desperdício dos alimentos é relacionado à
infraestrutura inadequada, enquanto nos países mais desenvolvidos o
problema ocorre durante as fases de comercialização e consumo.
ALGUNS DADOS QUE NÃO SE PODE NEGAR
1. Excluídas as perdas durante a colheita, o desperdício de alimentos
no Brasil chega a 26,3 milhões de toneladas por ano.
2. O Brasil é um dos principais produtores agrícolas do planeta e um
dos países em ocorre o maior desperdício de alimentos.
3. O total de produtos desperdiçados no Brasil seria suficiente para
alimentar 35 milhões de pessoas.
4. No Brasil, 70 mil toneladas de alimentos vão para o lixo
diariamente e a cada cinco minutos uma criança morre de problemas
relativos à fome. São 288 crianças por dia.
5. De tudo o que os consumidores brasileiros adquirem 20% são
descartados no processo culinário ou devido a maus hábitos
alimentares.
6. Os mais altos níveis de desperdício de alimentos no Brasil ocorrem
no preparo e armazenamento em domicílio, restaurantes e cozinhas
industriais.
7. Em nosso país, R$ 12 bilhões em alimentos são literalmente
jogados no lixo por ano. Esse valor representa 1,4% do PIB brasileiro,
o suficiente para alimentar 8 milhões de famílias, ou cerca de 30
milhões de pessoas carentes por ano, com cestas básicas de R$ 120.
8. O grande desafio de agora é revelar o poder que o ser humano tem
de transformar o seu próprio comportamento para direcionar o
desperdício de alimentos a uma solução.
Muitos alimentos, por estarem amassados ou com pequenas partes
estragadas ou com alguns pequenos cortes são normalmente descartados, o
que caracteriza o desperdício, pois esses alimentos poderiam acabar com a
fome de muitas pessoas. Segundo a ONU, 870 milhões de pessoas no planeta
sofrem de desnutrição crônica.
ATIVIDADES
1. Assistir os seguintes vídeos:
- Momento ambiental: Desperdício de alimentos. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=BgZyNWl4ptc
Comentário: É sabido que a perda e o desperdício de alimentos não trazem
prejuízos apenas ao nosso bolso, mas também a outros recursos como a água,
energia, solo, mão de obra e capital, recursos esses envolvidos em sua
produção. Isso sem contar com a emissão de gases de efeito estufa. Este
vídeo de cinco minutos nos mostra como podemos utilizar melhor nossos
alimentos e evitarmos que acabem no lixo.
- Desperdício de Alimentos - Prato 20% Off DESPERDÍCIO . Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=WS427yrwxfc
Comentário: Você sabe o que é um prato consciente? Esse vídeo nos alerta
sobre o quanto de alimentos é jogado no lixo depois de nossas refeições e nos
trás uma receita de como ser mais conscientes. É um vídeo curto de apenas
dois minutos, mas que faz com que repensemos nossas práticas alimentares.
Conversar com os alunos sobre o tema, analisando os vídeos. Depois, propor
as seguintes atividades:
a. Existem muitas maneiras de combater o desperdício de alimentos. Enumere
algumas e justifique sua escolha.
b. Você acredita que o ser humano tem poder de tornar o planeta mais
sustentável se modificar seu comportamento? Explique.
c. O que você entende por maus hábitos alimentares?
d. Em sua casa é feita a coleta seletiva de lixo? Desse lixo quanto é orgânico?
Observe e relate o quanto foi coletado num único dia e o quanto poderia ter
sido utilizado.
e. Como consumidor, que mudanças são possíveis realizar em meus hábitos
alimentares para contribuir para uma sociedade sustentável?
2. Nessa atividade cada aluno deverá, consultando pais e avós, trazer de casa
uma receita feita de partes de alimentos que normalmente são jogados no lixo.
Essas receitas serão depois organizadas numa coletânea.
3. Faça uma pesquisa em mercados, supermercados, restaurantes e pizzarias
de seu bairro sobre o que é feito de restos de alimentos.
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Seria interessante levar a turma na cantina da escola para saber da
merendeira se os alunos desperdiçam os alimentos que pegam para comer.
Perguntar o que ela faz com as sobras desses alimentos fornecidos aos alunos
e também com as sobras do que foi feito e não foi distribuído.
10. ALIMENTAÇÃO E MEIO AMBIENTE
Objetivos:
- Criar condições para que o aluno desenvolva sua capacidade de
investigação, bem como a formação de atitudes favoráveis à preservação do
Meio Ambiente e dos recursos naturais.
- Espera-se também que os alunos sejam mais críticos na hora de comprar
seus alimentos e que se utilizem de outras opções, como dar preferência aos
alimentos orgânicos ou ter sua própria horta em casa.
Duração: 4 horas aula
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS: POR QUE DEVEMOS NOS PREOCUPAR?
“A Educação é a única forma de preservar o meio em que
vivemos”.
Gilda Carraro
Já somos sete bilhões, e a população não para de crescer. Alimentar
toda essa população é um grande desafio, por isso a agricultura passou a
utilizar métodos artificiais para aumentar a produção. Dentre esses métodos
estão os fertilizante, pesticidas químicos, manipulação genética e hormônios
com a finalidade de acelerar o crescimento animal. Porém essa prática tem
trazido sérios danos ao meio ambiente e à população que consome esses
alimentos e que, na sua grande maioria desconhece os males advindos da
ingestão desses alimentos.
ATIVIDADES
1. Assistir ao seguinte documentário "O veneno está na mesa". Disponível em:
http://foodsafetybrazil.com/video-o-veneno-esta-na-mesa/#ixzz2kfqngCTU
2. Fazer leitura do artigo “A química dos agrotóxicos”, disponível em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_1/03-QS-02-11.pdf e responder as
seguintes questões:
a. Quando um agrotóxico é utilizado possui grande potencial de atingir o solo e
as águas, principalmente devido aos ventos e a água das chuvas, que fazem a
lavagem das folhas tratadas, promovendo a lixiviação e a erosão. Como ocorre
esse processo?
b. Comente a frase: Qualquer que seja o caminho do agrotóxico no meio
ambiente, o homem é seu potencial receptor.
c. Que ações podemos fazer, como consumidores, para termos uma
alimentação livre de agrotóxicos?
3. Produção de informativos para serem postos num mural.
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Professor inicie sua aula perguntando que tipo de alimento seus alunos
comem: se orgânicos ou não se seus pais se preocupam em ter uma horta em
casa.
Fale, então, da importância de sabermos a procedência dos alimentos e
de adquirirmos alimentos sem agrotóxicos.
Em seguida apresente o documentário "O veneno está na mesa"para
seus alunos assistirem.
Neste documentário, o cineasta Silvio Tendler mostra a questão do uso
abusivo de agrotóxicos no Brasil e alerta sobre os riscos à saúde que a
ingestão desses alimentos traz à população.
O cineasta, através de entrevistas com agricultores, ambientalistas,
especialista em saúde e representantes da Anvisa, informa que muitos
produtos banidos há anos em diversos países são usados por agricultores, que
muitas vezes perdem sua autonomia para grandes corporações, pois estas
detêm o controle das sementes geneticamente modificadas e dos agrotóxicos,
visando somente a lucros cada vez maiores.
Em um dos depoimentos, o agricultor Fernando Ataliba, declara:
O que a Revolução Verde fez foi destruir, apagar, esquecer
toda a herança, todo o acúmulo de conhecimento da agricultura
tradicional ao longo dos seus 10 mil anos e criou-se um
negócio totalmente novo. Essa novidade, depois de 50 anos
existindo, está mostrando que ela não dá certo. O que ela está
produzindo? Perda da fertilidade do solo, perda dos
mananciais, perda da biodiversidade, contaminação do solo,
das águas e das pessoas, contaminação do ar.
Após assistirem ao documentário, distribua os alunos o artigo “A química
dos agrotóxicos”, que é um estudo sobre o uso de agrotóxicos ao longo da
história e também as consequências de sua utilização.
Acreditamos ser importante ao aluno conhecer as formas como o
homem obtém avanços tecnológicos que a princípio tem a função de ser
utilizado para melhoria da qualidade de vida da população, mas que seu mau
uso provoca consequências danosas e muitas vezes irreversíveis para o
homem e o meio ambiente.
11. MEIO AMBIENTE E CONSUMO DE CARNE
Objetivos: Entender que o aumento do consumo de carne está relacionado
com a degradação do meio ambiente pelas práticas ilegais, insustentáveis e
desumanas com que são tratados os animais.
Duração: 1 hora aula
De acordo com a agência das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura (FAO), a pecuária é responsável por 14,5% das emissões de gases
de efeito estufa provocadas pelo homem.
As principais fontes das emissões são a produção e processamento de
alimento (45% do total), as emissões produzidas pela digestão das vacas
(39%) e a decomposição do estrume (10%). O resto é atribuído ao
processamento e transporte dos produtos animais.
O aumento do consumo de carne e seus derivados também é motivo de
preocupação e o Brasil tem se destacado também pelos questionamentos
sobre práticas ilegais e insustentáveis relacionadas à sua produção, como
queimadas e desmatamentos de florestas nativas e exploração de mão-de-obra
escrava.
Em muitos países, os sistemas intensivos de criação de animais vêm
contribuindo para o aumento da poluição e para a perda de biodiversidade.
Outra preocupação diz respeito às condições deploráveis em que são
criados a maioria dos animais de produção. Os animais vivem pouco, dentro de
gaiolas abarrotadas, baias e estábulos pequenos. Em alguns casos, não são
expostos à luz do dia e não têm garantia de uma morte de forma humanitária.
Essas condições precárias levam os animais a adoecer seriamente,
quando então são administrados antibióticos para mantê-los vivos por tempo
suficiente para produzir alimentos. Porém, mais do que oferta é essencial que
se tenha alimentos de qualidade e sustentável. Também se deve adotar um
consumo responsável, isto é, não comprar algo produzido a partir do sofrimento
de animais, a exploração de seres humanos e a degradação do meio ambiente.
Nos dias de hoje consumir carne ou não é um questão de
sustentabilidade.
No Brasil no que se refere ao número de animais abatidos em 2012,
foram 31,1 milhões de cabeças do rebanho bovino. Mas como o gado contribui
para o aquecimento global?
- A abertura de novas pastagens estimula o desmatamento e queimadas
são usadas para limpar o terreno e acontecem também depois,
periodicamente, para renovar a vegetação das pastagens. As queimadas são o
maior fator de emissão de gases de efeito estufa no Brasil.
- A fermentação entérica, produção de gases no sistema digestivo do
boi, emite metano, um dos gases de efeito estufa mais poderosos.
A degradação de terras de pastagens e o uso de energia na cadeia
produtiva da carne também emitem.
Para cada quilo de carne brasileira consumida, são emitidos 300 Kg de
carbono na atmosfera e utilizados 7,2 Kg de soja e 17000 litros de água.
Para cada quilo de carne de ave são utilizados 1,3 Kg de soja e 4000
litros de água.
Para cada quilo de carne suína são utilizados 2,7 Kg de soja e 5300
litros de água. Estima-se que em 2050, duas em cada três pessoas não terão
água para consumir.
Estima-se também que seria possível alimentar cerca de 40 pessoas
com os cereais empregados na produção de um bife de 225g, ou seja,
enquanto milhões de seres humanos passam fome, metade dos grãos
produzidos é destinado aos animais.
Felizmente nos dias de hoje é cada vez maior a tendência de mudança
de comportamento do consumidor brasileiro provocada pela onda de consumo
consciente, ou seja, entender a procedência e qualidade ética da carne que
vem das indústrias frigoríficas e já está disponível nas grandes redes varejistas.
Este é o grande desafio das fazendas e indústrias: produção de animais
sadios, onde haja criação, manejo e abate adequados para produção de carne
saudável e com qualidade ética, sem esquecer os três pilares da
sustentabilidade: econômico, social e ambiental. Com adequado manejo na
criação e abate para produzir uma carne saudável e com qualidade ética, sem
esquecer, claro, dos três pilares da sustentabilidade: econômico, social e
ambiental. O desafio do consumidor é ficar de olho nas condições de vida dos
animais e na procedência dos bovinos, aves e suínos abatidos.
MAS COMO ISSO É POSSÍVEL?
Hoje, aos poucos, já começam a entrar nos mercados produtos com
certificação. Mas não é qualquer certificação que serve, é preciso confiar em
sistemas que, além de auditar as fazendas, também sejam auditados quanto à
sua seriedade.
Uma carne certificada deve garantir boas práticas reais, que diz respeito
ao manejo da pastagem, ao bem-estar animal, ao uso de produtos químicos, às
condições dos trabalhadores e comunidades afetadas, aos impactos
ambientais em todas as fases.
A certificação vem com força para romper o atual círculo vicioso que
impede a necessária revolução tecnológica nesse setor. Qual é sua função?
Nos permitir enxergar além.
ATIVIDADES
1. Assistir ao documentário “A engrenagem”, disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=KmIprNpcd94 e fazer uma discussão sobre o
assunto.
2. A partir do artigo: Impactos Ambientais – A Cadeia Produtiva da Carne,
disponível em: http://blogdoquintiere.wordpress.com/2013/04/03/impactos-
ambientais-a-cadeia-produtiva-da-carne/, produzir cartazes informativos.
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Iniciar a aula mostrando o vídeo de 16 minutos e produzido pelo Instituto
Nina Rosa, intitulado “A engrenagem”. O vídeo mostra os processos que estão
por trás da indústria de carnes e defende que mudar o padrão alimentar da
sociedade está nas mãos dos consumidores.
O desmatamento da Amazônia e outros biomas para originar pastos, o
consumo de água e grãos usados na produção de carne, o poder da indústria
agropecuária e a saúde dos consumidores são alguns dos temas abordados.
Outro documentário feito pelo instituto Nina Rosa que também pode ser
trabalhado com os alunos é “A carne é fraca”, onde os produtores fazem alerta
sobre os impactos que o consumo de carne pode representar para a saúde,
para os animais e para o planeta, além de denunciarem os maus tratos aos
animais que serão abatidos. As cenas são muito chocantes, porém nos fazem
refletir sobre nossos valores éticos e morais. Este filme pode ser acessado em:
http://www.youtube.com/watch?v=EvP2Qy4ZEzA.
REFERÊNCIAS
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