os desafios da escola pÚblica paranaense na … · são esses alimentos consumidos ao longo da...

53
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

Upload: phungminh

Post on 08-Nov-2018

221 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

1

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS

EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

PROFESSORA PDE:

CÉLIA MARA FAVORETTO

CADERNO PEDAGÓGICO

ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL X ALIMENTOS DE FAST FOOD:

QUEM GANHA E QUEM PERDE NA ESCOLHA?

PROFESSORA ORIENTADORA

Patrícia Los Weinert

PONTA GROSSA – PARANÁ

2013

1 Imagens de Plano de Fundo fornecidas por Leônidas da Rosa.

IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título Alimentação sustentável X alimentos de fast food: quem ganha e quem perde na escolha?

Autor Célia Mara Favoretto

Disciplina Química

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Professor Colares, sito à Rua Visconde de Mauá, 650, Oficinas.

Município/NRE Ponta Grossa

Profª orientadora Patrícia Los Weinert

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual de Ponta Grossa

Resumo Nos dias de hoje a comida rápida e de baixo custo dos fast

food está cada vez mais incorporada aos hábitos alimentares

de nossos alunos. Porém, esses alimentos são desprovidos de

nutrientes e fartos em gorduras e açúcares. Sabemos que a

alimentação tem um papel muito importante na promoção da

saúde e proteção contra doenças. Para garantir a qualidade

da alimentação é necessário escolher o que comer. Um

consumidor crítico e atento a detalhes é mais responsável pela

sua alimentação, pois sabe que isso se reflete em sua vida.

Neste sentido, alimentação saudável e meio ambiente mantém

estreita relação na medida em que a produção agrícola

interfere na saúde dos seres humanos, como também do solo,

dos rios, dos animais e do planeta como um todo.

Palavras-chave Alimentos de fast food, alimentação sustentável, meio

ambiente, química.

Formato do material didático

Caderno pedagógico

Público alvo Alunos do ensino médio

APRESENTAÇÃO

André Trigueiro, em seu livro “Mundo sustentável 2”, esclarece que o

mundo mudou e que a educação deve acompanhar essas mudanças. Segundo

ele, se somos parte responsável pelo maior nível de destruição jamais visto na

história, também devemos ser parte da solução. E enfatiza:

Num mundo dinâmico, onde as transformações ocorrem numa

velocidade impressionante, a escola continua sendo um dos últimos

refúgios do pensamento crítico e da reflexão. Um laboratório de ideias

na qual o conhecimento e a criatividade deveriam ser aplicados com

ênfase na construção de um mundo mais ético, justo e sustentável.

Um espaço protegido das demandas imediatistas do mercado, que

muitas vezes relegam à escola a função de formar consumidores

comportados e novos quadros profissionais perfeitamente ajustados

ao velho paradigma. (p.361)

O Brasil vive hoje um período de transição nutricional, o qual é

caracterizado pela substituição da desnutrição pelo excessivo consumo de

alimentos, principalmente os chamados “fast food”.

Muitas pessoas não sabem que os maiores causadores da obesidade

são esses alimentos consumidos ao longo da vida. O mais alarmante dessas

informações é que se percebe que os mais afetados por esses hábitos são os

adolescentes e as crianças, que são facilmente influenciáveis, e se deixam

levar pela promessa de diversão associada a esses lugares.

A alimentação tem um papel muito importante na promoção da saúde e

proteção contra doenças. Diante disso e considerando o tempo de

permanência na instituição e a diversidade de oportunidades de ensino formal

e de incorporação de valores, hábitos e atitudes, a escola representa espaço

importante para a implementação de ações que visem o estabelecimento de

hábitos saudáveis de alimentação (ACCIOLY, 2009).

O ensino de Química deve ter como meta preparar o cidadão para a

vida, para seu trabalho e lazer. Assim, o Ensino de Química deve ser um

facilitador da leitura do mundo, pois quando sabemos ler as relações no mundo

em que vivemos, esta leitura torna-se mais fácil (Chassot,1990).

Com isso entendemos que a Química está relacionada com as

necessidades básicas dos seres humanos tais como: saúde, moradia,

vestuário, transporte e alimentação, por isso aprender química é importante

para a compreensão de tudo o que nos rodeia, permitindo traçar parâmetros

para avaliar o nosso desenvolvimento social e econômico e, com isso, exercer

nossa cidadania.

Tudo o que comemos ou bebemos é constituído por uma grande

diversidade de compostos químicos. Provocamos e também convivemos com

muitas transformações das inúmeras substâncias presentes nos alimentos. Por

isso cuidados constantes são necessários com o que vamos usar em nossa

alimentação, sendo que muitas vezes esses cuidados começam quando

fazemos a escolha do que vamos comer.

Em nossa escola sempre percebemos o gosto cada vez maior de nossos

alunos por alimentos de fast food ricos em açúcar, sal e gordura, mas muito

pobres em nutrientes, desencadeando problemas muito sérios de saúde em

crianças e adolescentes. Com a finalidade de alertar nossos alunos do ensino

médio para esses riscos optamos por fazer este projeto, sabendo que o

trabalho é em longo prazo, pois hábitos alimentares são difíceis de serem

mudados sem que haja uma reeducação alimentar e um propósito firme de se

optar por uma vida mais saudável.

Por isso a necessidade de se trabalhar com a consciência ecológica,

analisando nossa responsabilidade na degradação do meio ambiente, através

de nossos hábitos alimentares, pois as práticas de Educação Ambiental não

devem apenas transmitir conhecimentos sobre o meio ambiente, mas também

promover mudança de comportamento, determinação para a ação e a busca de

soluções para os problemas.

Nossa opção pelo caderno pedagógico é trazer ao professor

informações sobre o tema e, ao mesmo tempo, propor atividades que irão

enriquecer nossas aulas, pois o ensino de química deve proporcionar ao aluno

conhecimentos que possam ser aplicados em sua vida, para que este seja um

cidadão mais crítico e que possa melhorar o meio em que vive.

RESUMO

Nos dias de hoje a comida rápida e de baixo custo dos fast food está cada vez

mais incorporada aos nossos hábitos alimentares. Porém, esses alimentos são

desprovidos de nutrientes e fartos em gorduras e açúcares. Sabemos que a

alimentação tem um papel muito importante na promoção da saúde e proteção

contra doenças. Para garantir a qualidade da alimentação é necessário

escolher o que comer. Existe um mercado gigantesco direcionado para

crianças e jovens, os quais, por não ter capacidade crítica são muito mais

vulneráveis à publicidade do que os adultos. Um consumidor crítico e atento a

detalhes é mais responsável pela sua alimentação, pois sabe que isso se

reflete em sua vida. Neste sentido, alimentação saudável e meio ambiente

mantém estreita relação na medida em que a produção agrícola interfere na

saúde dos seres humanos, como também do solo, dos rios, dos animais e do

planeta como um todo.

OBJETIVO

Esta produção tem por finalidade mostrar que alimentos de fast food ricos em

açúcar, sal e gordura trazem sérios danos à saúde e ao meio ambiente e que

uma alimentação adequada é uma das mais eficazes formas de prevenção

contra muitas doenças.

PÚBLICO-ALVO

Alunos do ensino médio

MATERIAL DIDÁTICO

1. INVESTIGAÇÃO DOS HÁBITOS ALIMENTARES

Objetivos:

- Investigar, a partir de seus hábitos alimentares, se nossos alunos se

preocupam em saber a origem e composição dos alimentos que consomem e

em que grau são influenciados pela propaganda.

- A partir da análise desse questionário ter um parâmetro para melhor conduzir

nosso trabalho.

Duração: 1 hora aula

Questionário

1. Você costuma fazer as refeições com sua família?

2. Você se preocupa com a sua alimentação?

3. Quais alimentos você mais consome?

4. Como você escolhe seus lanches?

5. Com que frequência você faz lanches em casa?

6. Você costuma ler o rótulo dos alimentos que compra?

7. Você costuma observar a data de validade?

8. Você costuma comprar alimentos anunciados em propaganda?

9. Você sabe o que são alimentos de fast food?

10. Você sabe o que é alimentação sustentável?

2. OS ALIMENTOS EM NOSSA VIDA

Objetivo: Estudar a importância dos alimentos em nossa vida.

Duração: 4 horas aula

A química está presente em nossa alimentação, por isso é importante o

estudo dos alimentos para que possamos fazer sempre a melhor escolha a fim

de garantirmos nossa saúde.

Uma dieta balanceada é a que contém fundamentalmente água,

gorduras, proteínas açúcares e sais minerais, substâncias essas encontradas

em diferentes quantidades nos alimentos e de forma diversificada.

Saber utilizar da maneira mais adequada esses alimentos é o que vai

determinar nossa saúde futuramente, pois esta depende dos nossos hábitos

alimentares, isto é, ter saúde só depende de nós.

Do ponto de vista da química, os alimentos são compostos basicamente

por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Também podem ser

encontrados outros elementos em quantidades menores.

Nos alimentos encontramos nutrientes essenciais para a construção do

nosso corpo e manutenção da vida. Os principais são: carboidratos, lipídios,

proteínas, vitaminas, sais minerais e água.

Esses nutrientes possuem funções químicas específicas, estruturas e

propriedades físico-químicas características que determinam suas funções no

organismo.

No estudo dos alimentos trabalhamos com moléculas muito grandes e

complexas, constituídas na maioria das vezes por muitos grupos funcionais.

Dessa forma, ao comer determinado alimento, ingerimos um conjunto de

substâncias que, em suas fontes originais, participavam de um sistema que

envolve interações amplas e dinâmicas de muitas substâncias. Quando em

contato com o sistema que é o nosso corpo, essas substâncias passam a

interagir com inúmeras outras substâncias.

O que comemos, bebemos ou respiramos é constituído por uma enorme

diversidade de compostos químicos. Provocamos e convivemos com muitas

transformações das substâncias presentes nos alimentos. Algumas dessas

transformações podem nos fazer ficar doentes, por isso é preciso termos

cuidado com nossa alimentação e escolher bem nossos alimentos, pois nosso

crescimento, saúde e bem estar dependem de uma alimentação saudável.

Muitos alimentos, devido à quantidade e qualidade de nutrientes

protegem nosso organismo das chamadas enfermidades carenciais – são os

chamados ALIMENTOS PROTETORES. Como exemplo, podemos citar: azeite

de oliva, aveia, alho, chá verde, maçã, castanha-do-pará, peixes ricos em

ômega3, tomate, soja e uva.

Outros alimentos, além da função energética desempenham papel

fundamental na síntese de novos tecidos, sendo conhecidos como

NUTRIENTES CONSTRUTORES: são as proteínas, presentes principalmente

no leite, carne, ovos e grãos (soja, grão-de-bico, lentilha, feijão, ervilha).

Há os alimentos que fornecem ao organismo vitaminas e minerais que

regulam o seu funcionamento – são os ALIMENTOS REGULADORES,

encontrados na cenoura, milho, tomate, alface, beterraba, couves, brócolis,

abobrinha, morango, banana, laranja, uva, abacaxi, etc.

Há os alimentos que conferem mais disposição ao organismo, ideais

para quem pratica algum esporte. São os ALIMENTOS ENERGÉTICOS,

encontrados não apenas no chocolate, açúcar e café, mas também nas

verduras, frutas e brotos, por exemplo.

E há também a Água, nutriente vital para os seres vivos e o mais

abundante de todos os componentes alimentares, cuja função é manter a

temperatura do corpo, além de participar como reagente e solvente nas

reações que ocorrem em nosso organismo, etc.

Alimentar-se de forma consciente é a garantia de termos uma vida mais

saudável.

ATIVIDADES

Os alunos assistirão ao filme “Super Size Me: A Dieta Do Palhaço”, onde será

salientado a importância da alimentação saudável e os males decorrentes das

comidas de fast food. Também será proposto algumas questões que serão

guardadas para que no final deste trabalho sejam analisadas com a finalidade

de saber se houve ou não um aprendizado significativo dos alunos.

1. Quais foram suas impressões ao assistir o filme?

2. Identifique os alimentos de fast food vistos no filme.

3. Faça uma lista dos alimentos consumidos pelo jornalista e os que você

normalmente consome.

4. Você achou o assunto do filme relevante?

5. Você acredita que esse tipo de comida realmente faz mal? Se sua resposta

for positiva, então por que você consome?

6. Debata com os colegas sobre os hábitos alimentares de vocês e identifique

mudanças que seriam recomendáveis para melhorá-los.

7. Produção de um mural com informações sobre os alimentos

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Professor, para essa temática, apresente primeiramente um seminário

sobre os alimentos, suas funções e importância. Depois passe o filme citado

para eles assistirem. Esse filme é interessante de ser analisado porque o

cineasta Morgan Spurlock resolve ser cobaia para o tema de sua produção

sobre a comida de fast food nos EUA, comendo somente esse tipo de alimento

por um mês e provando seus efeitos mentais e físicos. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=X95BTH-bc-U.

É importante, professor, enfatizar a importância dos alimentos, os

prejuízos de sua carência, bem como as consequências de seu excesso,

traduzidas em obesidade, diabetes, pressão alta, entre outras doenças.

Uma forma de abordagem envolvendo a 1ª série diz respeito aos

elementos químicos da tabela periódica. O professor poderá utilizar o tema sais

minerais, utilizando o livro Química 3 de Mortimer e Machado ,(1ª edição, 2010)

páginas 104 a 107, onde o aluno poderá estudar as funções de vários

elementos e suas fontes.

Para a 2ª série pode-se estudar a velocidade das reações a partir do

documentário e a química da conservação dos alimentos

Para a 3ª série pode-se fazer um estudo das funções orgânicas

presentes nos alimentos.

3. AÇUCAR: POR QUE GOSTAMOS TANTO?

Objetivo: Fazer um estudo sobre a sacarose, estudar suas fórmulas, sua

utilização e alertar nossos alunos sobre os perigos relacionados ao consumo

exagerado do açúcar.

Duração: 4 horas

Quando usamos a palavra açúcar, nos referimos à sacarose, um

dissacarídeo composto por duas unidades simples de monossacarídeo: uma é

uma unidade de glicose e a outra uma unidade de frutose.

Fórmulas de projeção de Fischer dos isômeros glicose e frutose.

Podemos observar que a glicose tem a mesma fórmula que a frutose, ou

açúcar de fruta (C6H12O6), e também o mesmo número e tipo de átomos (6

carbonos, 12 hidrogênios e 6 oxigênios). Porém a frutose tem uma estrutura

diferente, pois seus átomos estão arranjados numa ordem diferente. Dizemos,

então, que a glicose e a frutose são isômeros.

Isômeros são compostos que têm a mesma fórmula molecular, porém

seus átomos estão em arranjos diferentes.

A frutose está presente também no mel, que é cerca de 38% frutose e

31% glicose, com mais 10% de outros açúcares, inclusive sacarose.

Mas por que o ser humano gosta tanto de doce?

A doçura é um dos cinco principais sabores, sendo sinônimo de

gostosura. Esse gosto doce faz com que o ser humano goste tanto de açúcar.

Os outros quatro são azedo, amargo, salgado e umami, sendo que a distinção

desses sabores são obtidos pelas diferentes características físico químicas

presentes em suas moléculas constituintes.

O fato é que a doçura sempre foi mais investigada que qualquer outro

sabor, continuando a ser nos dias atuais de grande interesse comercial, pois o

açúcar é um poderoso conservante além de realçar o sabor e a textura dos

alimentos. Ele está presente em grande parte do que bebemos e comemos e

também nos mais diversos lugares e principais dias santos, como natal e

páscoa, e festividades culturais, como dia das bruxas e festa junina.

Por ser um carboidrato, quando consumido de forma correta, produz

energia rapidamente, tanto para os músculos quanto para o cérebro. Porém

quando em excesso o consumo da molécula glicose e seus isômeros reflete-se

em diversos problemas de saúde, se esta não for consumida através da perda

de energia, pois o organismo vai transformá-la em gordura, que leva ao

aumento de peso, a diabetes e doenças cardiovasculares.

Além de mascarar o gosto natural dos alimentos e causar cáries, alguns

estudos também sugerem que os doces despertem uma espécie de vício, pois

a pessoa sempre vai querer mais.

É nos adolescentes que se encontra a maior prevalência do consumo

exagerado desses alimentos apesar de pesquisas apontarem o abuso dos

doces também em adultos e idosos (em média37%).

De acordo com pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo

(USP), os refrigerantes foram os maiores responsáveis pelo excesso de açúcar

consumido por adolescentes e adultos. Nos mais jovens, a pesquisa indicou

que a bebida responde por 34,2% do açúcar ingerido pelos meninos e 32% do

açúcar ingerido pelas meninas.

Segundo reportagem da revista National Geographic , o brasileiro médio

ingere 32,6 colheres de chá por dia de açúcar (1 colher de chá = 4,2gramas),

porém a Organização Mundial de Saúde recomenda para um adulto a ingestão

de no máximo, 50 gramas de açúcar por dia (o equivalente a dez colheres de

chá ou dez pacotinhos de 5 g, distribuídos em todos os alimentos). O problema

é não saber ao certo em quais alimentos encontramos o açúcar, pois mesmo

alimentos salgados muitas vezes levam esse ingrediente.

Ele está presente nos alimentos industrializados, representando 60% do

total consumido. Dentre esses alimentos podemos citar:

- pão francês de 50gramas (1 unidade) = 2 colheres de açúcar

- macarrão sem molho, 60g (4 col. De sopa) = 8 col.de chá de açúcar

- sorvete de chocolate, 60g (1 bola) = 2,5 col.de chá

- refrigerante de cola 200 mL(1 copo) = 4,5 col. de chá

- biscoito recheado ( 2 unidades) = 1,6 col. de chá.

Padarias e

lanchonetes oferecem

alimentos ricos em

açúcar, porém sem

opção para as

pessoas que buscam

por alimentos mais

saudáveis.

Figura 1: Guloseimas vendidas nas padarias

Fonte do autor

ATIVIDADES

1. Aula expositiva utilizando o artigo: A Química do refrigerante. Disponível em:

http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc31_3/10-PEQ-0608.pdf

- Iniciar a exposição perguntando o quanto de refrigerante eles tomam por dia,

se sabem quais produtos químicos fazem parte de sua composição e se esses

produtos causam malefícios à saúde.

- Expor a função de cada componente existente no refrigerante.

2. Análise do vídeo “The real Bears”. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=xqFshj0zd1g

3. A partir do texto: Como Seu Corpo Reage aos Refrigerantes? Disponível em:

http://www.vocesabia.net/saude/como-seu-corpo-reage-aos-refrigerantes/

Estudar os efeitos do refrigerante no organismo.

4. Leitura da reportagem da revista Veja: “Consumo de açúcar deve ser

controlado assim como álcool e tabaco”. Disponível em:

http://veja.abril.com.br/noticia/saude/consumo-de-acucar-deve-ser-controlado-

assim-como-alcool-e-tabaco. Após a leitura da reportagem, debater com os

alunos os danos à saúde provocados pelo consumo exagerado de açúcar, a

partir da seguinte questão:

- Por que a reportagem compara os malefícios do açúcar com o consumo do

álcool e tabaco?

5. Produção de cartazes com informações e alertas sobre o assunto.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

O vídeo “The real bears”, conta a história de família de ursos polares que

bebe refrigerante e sofre os efeitos do consumo exagerado de açúcar. Tudo

contado em uma animação, embalada pela música de Jason Mrazm.

Este vídeo é bem curto, de aproximadamente quatro minutos, mas que

passa uma mensagem de alerta quanto ao consumo de açúcar presente nos

refrigerantes.

Professor, você poderá também fazer aula prática sobre refrigerantes

encontrado no artigo “A química do refrigerante”, onde encontrará algumas

experiências, envolvendo a análise sensorial, a solubilidade de gases em

líquidos e as reações em meio ácido.

4. SAL

Objetivo: Analisar os alimentos consumidos diariamente quanto ao seu

conteúdo de sódio, bem como sua importância e malefícios causados por seu

excesso.

Duração: 2 aulas hora

O SAL E SUA IMPORTÂNCIA

A necessidade da obtenção do sal na dieta já vem de longos tempos,

isto porque seus íons desempenham papel essencial para a manutenção de

balanços eletrolíticos nos sistemas biológicos. O sal é, portanto, vital para o

funcionamento dos nervos e para o movimento muscular.

O corpo humano médio contém cerca de 113,39g de sal; como

perdemos sal continuamente, sobretudo na transpiração e na excreção na

urina, temos de repô-lo diariamente, pois sua privação provoca perda de peso

e do apetite, cãibras, náusea e inércia. Em casos extremos de depleção do sal

no organismo - como em corredores de maratona - pode levar a colapso

vascular e à morte.

O sal sempre foi usado também em cerimônias e rituais, simbolizando

boa fortuna, hospitalidade e proteção contra espíritos maléficos e a má sorte.

Esse composto que já foi ao longo da história glorificado, reverenciado e mais

valorizado que ouro, hoje é barato e de fácil aquisição.

O sal que consumismo também recebe a adição de outro sal, o iodeto de

potássio, necessário para o crescimento regular do corpo e para evitar o bócio,

uma doença incurável. Isso sem contar a utilidade, como soro fisiológico, nas

emergências.

Hoje são utilizadas soluções salinas ainda mais concentradas que o

soro nos momentos seguintes à internação de quem perdeu muito sangue.

Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto do Coração de

São Paulo descobriram que esse supersoro (chamado “salgadão”), controla

arritmias cardíacas e reduz as lesões por falta de oxigênio no cérebro.

Industrialmente, é utilizado para a produção de uma grande variedade

de produtos que têm por base o sódio.

O SAL COMO CONSERVANTE

Dos processos de conservação de alimentos, a salga está entre os mais

antigos e populares e é graças à solubilidade do cloreto de sódio, ao atrair

moléculas de água, que o sal é um excelente conservante.

Até o século XIX, o cloreto de sódio era o único agente utilizado para

conservar os alimentos, principalmente as carnes, pois atua como um agente

desidratante, impedindo o surgimento de bactérias que precisam da água para

sobreviver.

QUANDO O SAL CAUSA MALEFÍCIOS À SAUDE

Quando consumido em excesso o sal leva o organismo a reter mais

água. Com isso o coração e os rins ficam sobrecarregados, principal causa da

hipertensão.

Se os vasos do coração entopem podem causar doenças muito graves

como infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral). Pode haver também

alteração e até paralisação dos rins, pois a filtração no sangue pode vir a ser

alterada.

Por isso é que os médicos e especialistas alertam quanto à necessidade

de diminuir a ingestão de sal. No Brasil, a maior causa dos problemas com o

excesso de sal se deve ao comportamento do brasileiro que consome, em

média, 4,46gramas de sódio por dia, o equivalente a 11,38gramas de sal. A

quantidade recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) é de

menos de cinco gramas por pessoa (equivalente a 2 gramas de sódio).

Alimentos industrializados como enlatados, salgadinhos e queijos,

contêm grandes quantidades de sal. Sanduiches do tipo "Fast Food" costumam

ter até três vezes a quantidade de sal ideal para um só dia. Alguns produtos

doces também podem levar sal. Os biscoitos recheados ou não e refrigerante

tipo cola são alguns exemplos.

Curiosidades.

O maior salar, ou salina, do mundo, com 10 600 quilômetros quadrados

é o chamado Salar de Uyuni, uma placa salgada de mais de 200 metros

de espessura localizado na Bolívia: ali, os turistas podem se hospedar

num hotel inteiramente feito de sal.

Figura 2- Imagem do deserto de sal em Uyuni, nos Andes bolivianos (fonte do autor)

Figura 3- Imagem de hotel de sal de Uyuni ( fonte do autor )

Há 15 000 anos, Uyuni era um lago de água doce cercado por vulcões

ativos. Foram eles que salgaram a área. Toneladas de lava enriquecida com

sais minerais foram despejadas na terra pelas erupções e arrastados pelas

chuvas e rios para o lago. Com o tempo, o clima seco evaporou tudo por ali e

acumulou 64 bilhões de toneladas de cloreto de sódio, mais 150 milhões de

toneladas de cloreto de potássio e outras 100 milhões de cloreto de magnésio,

transformando Uyuni no que os geólogos chamam de salar.

A palavra salada deriva do costume dos romanos de salgar os vegetais

para amenizar o amargor de alguns deles. “Sal para todos” era lema

romano, dessa forma numa mesa romana não podia faltar o saleiro, pois

sua ausência era um sinal de inimizade.

Os soldados romanos também eram pagos em sal, de onde vêm as

palavras “salário”, “soldo” (pagamento em sal) e “soldado” (aquele que

recebeu o pagamento em sal).

Ainda hoje, judeus e muçulmanos acreditam que o sal protege contra o

mau-olhado. Pelos preceitos judaicos ele só deve ser manipulado pelos

dedos médio e anular. Segundo a crença, se um homem utilizar o

polegar, suas crianças morrerão; se usar o mínimo ficará pobre; se

escolher o indicador virará um assassino.

"A última ceia" de Leonardo da Vinci (1452-1519) retrata um saleiro

derrubado diante de Judas. Segundo crendices da época, se uma

pessoa derramasse sal, deveria pegar alguns cristais caídos e jogá-los

para trás do ombro esquerdo, pois era o lado que representava o mal.

ATIVIDADES

1. Serão distribuídos aos alunos os seguintes textos

- “Ranking de 100 alimentos cheios de sódio”. Disponível em:

<http://mdemulher.abril.com.br/saude/reportagem/alimenta-saude/ranking-100-

alimentos-cheios-sodio-754142.shtml>.

- Os Perigos do Sal Refinado e as Vantagens do Sal Marinho. Disponível em:

<http://forum.antinovaordemmundial.com/Topico-os-perigos-do-sal-refinado-e-

as-vantagens-do-sal-marinho>.

Com as seguintes questões:

A. Selecione os alimentos que você mais come e a quantidade de sódio

correspondente.

B. Você já tinha conhecimento desses índices? Justifique

C. Como você pode substituir alguns desses alimentos escolhidos por outros

com menos sódio?

D. De acordo com o texto, explique a diferença entre sal bruto, sal marinho, sal

de rocha e sal refinado.

2. Com relação ao elemento químico magnésio, responda as questões:

a. Qual é seu símbolo químico?

b. Que família ele pertence?

c. Qual é a sua distribuição eletrônica?

d. Por que ele é tão importante?

e. O que provoca a sua deficiência?

f. De que forma ele está presente no sal marinho?

3. Relacione os outros elementos químicos presentes no texto, indicando seu

símbolo e sua família.

4. Produção de cartazes com dicas de como substituir o sal da alimentação.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Professor, inicie sua aula contando a história do sal e sua importância ao longo

dos tempos.

Explique também que sal de cozinha e sódio não são a mesma coisa.

5. LIPÍDIOS

Objetivos: Estudar o papel das gorduras em nosso organismo, sua

importância na indústria alimentícia e os malefícios da ingestão de comidas

gordurosas para a saúde.

Duração: 2 aulas hora

AS GORDURAS NA MANUTENÇÃO DA SAÚDE

Quimicamente, as gorduras ou glicerídios, são um grupo de substâncias

da classe dos lipídios.

A palavra lipídio vem do grego lipos (gordura), sendo uma classe de

substâncias de origem biológica. São também insolúveis em água, constituindo

assim a maior forma de armazenamento de energia do organismo.

Os mais importantes são os óleos e as gorduras, que apresentam

estruturas semelhantes e são formados por organismos vivos a partir de ácidos

graxos e glicerol. Sua diferença está no estado físico sob temperatura ambiente

pois óleos são líquidos e as gorduras são sólidas.

Tanto no óleo como na gordura, há uma mistura de ácidos graxos

constituintes dos lipídios e são esses ácidos graxos os responsáveis pelo

estado físico da gordura e do óleo.

As fontes de lipídios na alimentação são óleos, azeites, manteiga,

margarina, maionese e alimentos gordurosos como amendoim, abacate e

chocolate.

Além da função energética, os lipídios conferem sabor e aroma ao

alimento, sendo fontes de substâncias essenciais ao organismo.

Existem gorduras usadas na indústria alimentícia, que são preparadas

pela hidrogenação parcial ou total de óleos vegetais. A produção de margarina,

usada como substituto da manteiga, de origem animal, é feita através da

hidrogenação parcial. O material assim obtido é misturado ao leite desnatado,

ligeiramente fermentado, com adição de sal e bitamina A, corantes e

aromatizantes artificiais.

IMPORTÂNCIA DA GORDURA

A gordura do nosso corpo estoca energia para que possamos nos

movimentar e fazer com que outras atividades vitais do organismo sejam

mantidas nos momentos em que não estivermos nos alimentando. As gorduras

também são responsáveis pelo transporte de vitaminas lipossolúveis, como A,

D, E e K.

A recomendação da Organização mundial de Saúde (OMS) é que a

ingestão diária de gorduras corresponda a cerca de 30% do valor calórico total.

As gorduras são necessárias para o nosso metabolismo, pois existem

hormônios que são derivados de gorduras boas, como por exemplo, os

hormônios esteroides sexuais. Também são necessárias à saúde do tubo

gastrointestinal, à saúde de nossas células nervosas e à saúde de nossos

neurônios.

GORDURAS SATURADAS

Este tipo de gordura apresenta ligação simples entre carbono e

geralmente encontra-se em estado sólido.

As gorduras saturadas são aquelas de origem animal, que quando

adentram em nosso organismo não se permitem se ligarem a nada,

prejudicando o metabolismo lipídico do corpo e formando, pela ingestão de

repetição, em longo prazo, plaquinhas de ateroma – placas de gordura – que

se instalam nos vasos sanguíneos, comprometendo a sua elasticidade,

endurecendo seus movimentos e futuramente dificultando a passagem

sanguínea pela diminuição do calibre sanguíneo.

O organismo então vai tentar compensar a chegada dificultosa de

sangue e oxigênio aos tecidos e órgãos e lança mão de um impulso sanguíneo

maior, como consequência temos o processo de hipertensão.

GORDURAS INSATURADAS

As gorduras insaturadas subdividem-se em dois tipos, a gordura

monoinsaturada e a gordura poli-insaturada. A diferença entre elas se encontra

em sua fórmula estrutural.

GORDURAS POLI-INSATURADAS

São gorduras que possuem mais de uma ligação dupla em sua estrutura

e são passíveis de se ligarem a outras substâncias, formando novos

compostos, estabilizando reações, auxiliando como cofatores enzimáticos.

A gordura poli-insaturada pode ser encontrada nos seguintes alimentos:

óleo de soja, óleo de milho, óleo de girassol, nozes, castanhas, sementes de

linhaça e chia e peixes.

GORDURAS MONO-INSATURADAS

A gordura monoinsaturada se diferencia da poli-insaturada por

apresentar apenas uma dupla ligação entre carbonos, sendo também benéfica

ao organismo. Ela reduz os níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue,

enquanto estimula o aumento dos níveis do colesterol bom (HDL).

Alimentos ricos em gorduras monoinsaturadas incluem: azeitonas, óleo

de amendoim, abacates, sementes de gergelim e frutos secos (amêndoas,

castanhas, nozes, amendoins).

GORDURAS TRANS

Presentes naturalmente em pequenas quantidades, em plantas como

repolho, ervilha e romã e constituindo entre 3 e 5% dos ácidos graxos da carne

e do leite dos ruminantes, as gorduras trans são alvo do interesse da indústria

de alimentos, pois melhoram a consistência dos alimentos,aumentam a

crocância e a vida de prateleira de alguns produtos, além de serem sólidas, o

que faz com que sua manipulação seja mais fácil.

A partir de óleos poli-insaturados, que são líquidos, por um processo de

hidrogenação de ligações duplas, é possível obter as gorduras sólidas. Nesse

processo algumas das ligações duplas são eliminadas, outras mudam de

posição na cadeia e outras ainda que apresentam configuração cis são

convertidas em trans. Essas gorduras estão presentes nos biscoitos,

salgadinhos de pacote, batatas fritas, bolos, pães, sorvetes, chocolate diet, etc.

Se todas as duplas ligações no processo de hidrogenação forem

saturadas, obtêm-se as gorduras saturadas ou hidrogenadas. Se não ocorrer

hidrogenação total, as gorduras obtidas são parcialmente hidrogenadas. A

cremosidade da margarina se deve a esse processo.

Porém, as gorduras trans são tão prejudiciais à saúde – ou mais- do que

as gorduras saturadas, pois elevam os níveis de colesterol no sangue,

aumentando os riscos de doenças do coração. Hoje já existe uma lei que

obriga o fabricante de margarinas e produtos afins a discriminar a quantidade

de ácidos graxos trans no rótulo do produto. Segundo recomendação de

nutricionistas, o consumo dessas gorduras não deve ultrapassar a quantidade

máxima de 2g por dia.

Em uma porção média de batata frita encontramos entre 360 e 450

calorias, e entre 17 e 22 g de gordura. Em diversas cadeias de fast-food, uma

porção grande tem quase 600 calorias com 27 g de gordura, sendo que uma

parte é de gordura trans.

Você sabia?

-Que o chocolate tipo diet, indicado para diabéticos, contém um teor de gordura

maior que o chocolate normal? Isto porque a retirada do açúcar cria a

necessidade do aumento da gordura para manter a consistência do produto.

-Que já pode se deliciar com sorvete, balas, fritas, bolo, maionese e queijo sem

gordura? Isto porque já existem os substitutivos de gorduras (os fake fats),

produtos que mimetizam o sabor, a textura, a aparência, a viscosidade e outras

propriedades das gorduras, porém com baixo valor calórico.

ATIVIDADES

1. Nesta atividade os alunos primeiramente assistirão o documentário “Muito

além do peso”. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=TsQDBSfgE6k. Depois dos comentários, e a

partir do texto acima: As gorduras na manutenção da saúde, distribuir a

tabela de gordura de alimentos, disponível em:

http://www.medicinaealimentacao.com/?id=824&TABELA-DE-GORDURA-DE-

ALIMENTOS, para a turma com as seguintes questões:

a. Você já parou para analisar a quantidade de alimentos gordurosos que

consome? Observe a tabela de gordura nos alimentos, listando os que você

mais come, bem como a quantidade de gordura presente nesses alimentos.

b. Você substituiria esses alimentos gordurosos por outros alimentos sem

gordura ou com gordura reduzida?

c. Por que alimentos com mais gordura são mais gostosos?

d. Por que à temperatura ambiente os óleos são líquidos e as gorduras são

sólidas?

e. Por que as gorduras são indispensáveis na alimentação?

f. Qual é a diferença entre os vários tipos de gorduras?

g. A margarina é obtida por meio de hidrogenação de óleos vegetais. Nesse

processo a gordura insaturada é transformada em gordura trans e saturada. O

consumo de gordura trans é nocivo, pois aumenta o colesterol ruim e reduz o

bom. Já a manteiga contém, além da vitamina A (responsável pela integridade

da pele, revestimento dos pulmões, intestino, trato urinário e retina ocular),

ácido butírico, que é benéfico para a saúde metabólica e intestinal, além de

prevenir o câncer. Porém, contém maiores quantidades de gordura saturada

do que a margarina, que também aumenta o colesterol ruim. Qual das duas: a

manteiga ou a margarina é a melhor para ser utilizada na sua alimentação?

Justifique sua resposta.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

No filme “Muito além do peso” dezenas de especialistas nacionais e

internacionais esclarecem algumas verdades sobre a obesidade infantil, que

vão além do pacote de biscoito recheado e do refrigerante, trazendo um melhor

entendimento sobre o drama que já atinge uma geração inteira, mais doente e

mais sedentária, acostumada a comer de acordo com um padrão insustentável

que muitas vezes começa no colo: 56% dos bebês brasileiros com menos de

um ano bebem refrigerante, de acordo com dados do IBGE.

Como este documentário é longo, você professor, pode passar em

partes e trabalhar com cada uma dessas partes. Assim, o aluno não vai se

cansar e seu aprendizado é maior.

Também é interessante aprofundar o estudo da hidrogenação de óleos

vegetais, fazendo comentários sobre o grande uso de gordura vegetal

hidrogenada na culinária.

6. ALIMENTOS DIET, LIGHT E ZERO

Objetivos:

-Entender as diferenças entre alimentos diet, light e zero;

- Saber escolher o tipo de alimento de acordo com suas necessidades

alimentícias.

Duração: 4 horas aula

Alimentos ricos em açúcares e gorduras já fazem parte de nossas vidas

há muito tempo, porém, nos dias atuais seu consumo excessivo tem trazido

muitas doenças à população. Por conta disso e preocupadas com seu bem

estar, muitas pessoas optam pelo uso de produtos diet e light. Esses produtos

vão desde bolos, geleias, iogurtes, pães, chocolates, sorvetes, biscoitos, até

comidas pré-cozidas.

Isto sem falar nas bebidas zero, bem ao gosto das pessoas que adoram

um refrigerante, mas temem as famosas “gordurinhas”. Porém, apesar do

preço desses produtos ser maior quando comparado ao similar tradicional, na

hora da compra a grande maioria não sabe diferenciá-los. Vamos entender um

pouquinho melhor sobre o assunto?

Alimentos Diet

São alimentos isentos de determinado ingrediente, como açúcares,

sódio, gorduras e alguns aminoácidos. O Ministério da Saúde classifica esses

alimentos como “alimentos para fins especiais”, pois são feitos para atender

consumidores com necessidades específicas. Por exemplo: alimentos sem sal

para hipertensos, sem açúcar para diabéticos, sem gordura para que tem

colesterol alto, sem o aminoácido fenilcetonúria, para os fenilcetonúricos, etc.

Para quem usa esse tipo de alimentos para dietas de emagrecimento é

preciso ficar atento, pois existem produtos onde o açúcar foi substituído por

adoçante, alterando a consistência do alimento. Então é acrescentado maior

quantidade de gordura na sua composição para manter a textura habitual,

fazendo com que seu valor calórico seja muitas vezes superior ao da receita

original.

Muitas vezes os alimentos diet têm menor quantidade de açúcar em sua

composição, porém possuem muito sódio. Para não sermos enganados é

fundamental lermos os rótulos e assim poder escolher o melhor para nossa

saúde.

Alimento light, lite ou leve

Dizemos que um alimento é light quando apresenta redução mínima de

25% no valor calórico ou na quantidade de algum ingrediente energético

(carboidrato, gordura e proteína) da sua composição em comparação com o

alimento convencional.

Também nesses alimentos é preciso estar atento à possibilidade de

terem sido acrescidas outras substâncias para minimizar alterações que podem

ocorrer na cor ou na consistência, por exemplo. Alguns queijos e requeijões

light são alguns exemplos, onde encontramos menos calorias para reduzir

gorduras, porém a quantidade de sal é aumentada para se manter a

consistência desses alimentos, não sendo indicado para hipertensos.

Por isso, é importante mais uma vez estar atento à tabela nutricional e a

prática desse consumo, que deve ser feito com moderação.

Alimentos zero

Esse tipo de alimento apresenta restrição ou isenção de algum nutriente

em comparação com a sua versão tradicional. Pode ser Zero gordura, Zero

açúcar, Zero sódio, Zero glúten, entre outros. Se for Zero de açúcares, pode

ser consumido por diabéticos ou para quem quer emagrecer. Um exemplo é o

Ades Zero, que apresenta em sua fórmula 27% calorias a menos do que sua

versão original e não contém açúcar.

Na verdade, o alimento Zero é só uma “jogada de marketing” para

conquistar o público adolescente e adulto, que não se identifica com alimentos

classificados como diet ou light. Um produto zero pode ser diet ou light,

estando a diferença apenas no “conceito” e não nos ingredientes usados na

fabricação.

ATIVIDADES

1. Nessa atividade os alunos se reunirão em grupos, onde cada grupo receberá

um artigo (listados abaixo) para analisar e posteriormente apresentar para os

outros grupos.

- Cinco verdades que você precisa saber sobre alimentos zero. Disponível em:

http://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/11462-cinco-verdades-que-

voce-precisa-saber-sobre-alimentos-zero

- Diet ou light: qual a diferença? Disponível em:

http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc21/v21a03.pdf

- Refrigerantes com zero caloria não ajudam a emagrecer, dizem pesquisas.

Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-

noticias/2011/05/11/refrigerante-com-acucar-aumenta-saciedade-e-pode-

emagrecer.jhtm

- Quem é quem. Disponível em: http://veja.abril.com.br/quem/diet-light.shtml

- Aprenda a diferenciar produtos light, diet e zero. Disponível em:

http://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/12251-aprenda-a-

diferenciar-produtos-light-diet-e-zero

- Pesquisa constata alto teor de sódio em alimentos diet e light.

http://noticias.ufsc.br/2013/08/pesquisa-da-ufsc-constata-alto-teor-de-sodio-em-

alimentos-diet-e-light/

- Veja mitos e verdades sobre os alimentos diet e light. Disponível em:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u4018.shtml

2. Produzir cartazes informativos sobre alimentos light, diet e zero

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

O professor poderá iniciar o assunto perguntando aos alunos se eles

consomem esses tipos de alimentos quais são os mais consumidos.

Pedir também que os alunos tragam para a sala de aula rótulos desses

alimentos para serem analisados em sua constituição.

7. ROTULAGEM DE ALIMENTOS

Objetivos: Entender a necessidade de se saber ler os rótulos dos alimentos,

para poder exercer seu direito de escolha como cidadão na hora de comprar

um produto alimentício.

Duração: 6 horas aula

Todos os alimentos que comemos trazem consigo as informações sobre

sua formulação e suas diferentes propriedades nutricionais. No Brasil, o órgão

responsável pela regulação da rotulagem de alimentos industrializados é a

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que, através de seus vários

regulamentos objetiva garantir produtos de qualidade e em boas condições de

higiene para toda a população brasileira visando a manutenção da saúde.

Quais são as informações contidas nesses rótulos?

Segundo a ANVISA esses rótulos devem apresentar o nome do produto,

seus ingredientes e suas quantidades em gramas ou mililitros, a identificação

da origem do produto e seu prazo de validade. Deve apresentar também

informações nutricionais na quantidade que devemos consumir, mostrando o

quanto aquela porção de alimento contribui para o total de nutrientes que

devemos ingerir por dia, ou seja, o percentual de Valor Diário-%VD.

Este valor é determinado a partir da relação percentual entre a

quantidade do nutriente presente em uma determinada porção do alimento e os

valores diários de referência de nutrientes (VDR), estabelecidos em conjunto

pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação

(FAO/OMS, 2003).

A finalidade dessas informações é fornecer ao consumidor

possibilidades de escolha dos produtos e devem ser legíveis e de fácil

interpretação.

O QUE É CALORIA?

Sempre tendemos a associar calorias com alimentos, porém elas se

aplicam a qualquer fenômeno relacionado a trocas de calor. A caloria que vem

dos alimentos é a energia que o nosso corpo utiliza no nosso dia a dia.

COMO É CALCULADA?

É calculada a partir de quantidades de lipídios, proteínas e carboidratos

presentes nos alimentos. Pela análise da composição dos alimentos temos

uma proporção dos nutrientes que eles contêm. Somando-se o total calórico

que cada nutriente fornece na proporção em que se encontra, determina-se o

conteúdo calórico do alimento.

A caloria é uma unidade de energia relativamente pequena, por isso

trabalhamos preferencialmente em quilocalorias, Kcal ,sendo que 1 Kcal

corresponde a 1000 cal.

DE QUANTAS CALORIAS PRECISAMOS?

A quantidade de calorias que cada pessoa precisa depende de fatores

como idade, peso e atividade física. Mas, existe uma média das necessidades

calóricas para a população em geral, ou seja, tal alimento fornece determinada

porcentagem de nutriente que supre uma porcentagem do conteúdo calórico

“para uma dieta de 2 000 Kcal” ou “2500 kcal”. Essa média foi utilizada como

referência para os valores diários. Porém sua necessidade calórica pode ser

maior ou menor do que isso.

Precisamos entender o significado de cada componente descrito nos

rótulos dos alimentos para poder decidir se o produto nos convém ou não. Por

exemplo, quando lemos gorduras totais, refere-se ao somatório de todas as

gorduras, ou seja, as poliinsaturadas, monoinsaturadas, saturadas e trans. A

leitura do colesterol, refere-se a fígado e outras vísceras, gema dos ovos e

gorduras de alimentos derivados do leite.

ATIVIDADES

Para esta atividade será pedido previamente que os alunos tragam para a sala

de aula embalagens de alimentos.

1ª etapa: será distribuído aos alunos o manual da Anvisa: Você sabe o que

está comendo? Disponível em:

http://www.anvisa.gov.br/alimentos/rotulos/manual_consumidor.pdf. Depois

será pedido que estes utilizem das embalagens trazidas para a sala de aula

expositiva, com questionamentos aos alunos.

2ª etapa: Distribuir rótulos de alimentos light, diet e zero, para que os alunos

analisem e comparem com os outros tipos.

3ª etapa: atividades desenvolvidas em grupos, com produção de cartazes

informativos.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Para esta atividade o professor pode questionar seus alunos se esses

costumam ler os rótulos dos alimentos antes de comprar. Falar sobre a

importância de tal procedimento, pois existem muitas marcas de um mesmo

tipo de alimento e, muitas vezes, o consumidor paga cara por um produto

porque não optou por investigar sua formulação, deixando muitas vezes de

levar um produto mais barato porque observou apenas a marca.

Essa cartilha da ANVISA é um excelente material a ser utilizado nesse

tema porque trás informações muito úteis e nos ensina a entender o que é

descrito nos rótulos.

É interessante também o aluno conhecer o trabalho da ANVISA na

proteção do consumidor.

8. PROPAGANDA

Objetivo

- Alertar nossos alunos para o fato de que as propagandas têm como objetivo

exclusivo vender seus produtos e por isso sabermos discernir o que realmente

necessitamos na hora da compra.

Duração: 3 horas aula

A publicidade é uma ferramenta fundamental para influenciar os hábitos

alimentares de crianças e adolescentes, nos alcançando em diversos lugares e

situações como TV, jornais, rádios, outdoor, correspondência e até em nós

mesmos quando usamos roupas e calçados que estampam logotipos, nos

transformando em veículos de divulgação de marcas.

Existe um mercado gigantesco direcionado para crianças e jovens, que

são mais vulneráveis à publicidade por ainda não possuírem capacidade crítica

e não enxergarem o que está por trás da mensagem publicitária.

As propagandas de alimentos com alto valor energético e quantidades

também elevadas de gordura, açúcar e sal são as mais veiculadas e tem

modificado os padrões alimentares. Inúmeras pesquisas já comprovaram os

impactos negativos desse tipo de propaganda em crianças, bombardeadas de

comunicações de marketing em canais como TV, internet e embalagens.

A organização mundial de saúde (OMS) recomenda que os governos

estabeleçam limites para esse tipo de publicidade, pois a consequência pelo

consumo excessivo desses tipos de alimentos é o sobrepeso, que atinge mais

de 30% das crianças entre cinco e nove anos, segundo dados do

IBGE(2010).POf – Pesquisa de Orçamento Familiar. Entre os adultos, quase

metade da população está acima do peso e 15% já é obesa. (Ministério da

Saúde 2011) – Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças

Crônicas por inquérito telefônico (Vigitel).

No Brasil, os preceitos básicos que definem parâmetros éticos para

peças publicitárias de todos os tipos são regidos pelo CONAR, organização

não governamental que objetiva promover a liberdade de expressão publicitária

e defender as prerrogativas constitucionais da propaganda comercial.

Os preceitos gerais desta organização são:

•Todo anúncio deve ser respeitar as leis do país e ser honesto e

verdadeiro.

• deve ser preparado com o devido senso de responsabilidade social,

evitando acentuar diferenciações sociais;

• deve ter presente a responsabilidade da cadeia de produção junto ao

consumidor;

• deve respeitar o princípio da leal concorrência;

• deve respeitar a atividade publicitária e não desmerecer a confiança do

público nos serviços que a publicidade presta.

São atendidas denúncias dos próprios consumidores, autoridades,

empresas associadas ou formuladas pela própria diretoria que as levam para

seu Conselho de ética. Após ser julgada a denúncia e tiver procedência, o

Conar recomenda aos veículos que seja suspensa a exibição da peça ou

sugere correções.

ATIVIDADES

Nessa atividade utilizaremos o vídeo Interseção 12 - Publicidade infantil

CONAR 2011, Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=VOKtNcHkUUw , que trata de comerciais

infantis censurados e uma parte do documentário “muito além do peso”, onde

mostra a propaganda de alimentos, bem como comentários sobre sua

influência e entrevista com profissional da área.

Á partir de o documentário pedir aos alunos que respondam as questões

a seguir:

1. Quais são os artifícios utilizados pela propaganda para convencer o

consumidor de que aquele produto oferecido é realmente necessário?

2. Por que nos dias atuais há tanta preocupação com a propaganda de

alimentos para crianças?

3. No documentário quais técnicas de marketing dirigido às crianças e aos

adolescentes são observadas?

4. Muitas vezes grandes indústrias de alimentos fast food participam de

eventos realizados para a comunidade. Em sua opinião, qual é a intenção

dessas indústrias?

5. Você é do tipo que escolhe os alimentos pela marca anunciada nas

propagandas?

6. Quais são as garantias de que não seremos enganados pela propaganda?

7. Comente a frase: “As preferências alimentares na sociedade moderna estão

cada vez mais influenciadas pela publicidade”.

8. Agora, utilizando seu conhecimento sobre publicidade e sua criatividade

elabore uma propaganda de um alimento novo, porém rico em açúcar, sódio e

gordura, dirigido aos adolescentes. Você deverá fazer seu anúncio no colégio e

registrar quantos colegas comprariam seu produto sem questionar sua

composição.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Professor, inicie esta atividade perguntando aos seus alunos como é

feita a escolha de suas compras. Comente sobre os riscos de se comprar um

produto somente pela propaganda, sem investigar sua procedência ou de que

forma foi produzido. Pergunte a eles também se alguma vez já compraram um

produto diferente do que o anunciado. Se a resposta for positiva, questione

sobre o que foi feito para sanar o prejuízo.

9. ALIMENTOS E DESPERDÍCIO

Objetivo: Rever nossos hábitos de consumo, entendendo que cada alimento

contém dentro dele tudo que foi utilizado para sua produção.

Duração: 4 horas aula

DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS: UMA PREOCUPAÇÃO CRESCENTE

“Quando você considera quanto de recurso e

trabalho é consumido para levar os alimentos ao

prato, é lamentável ver o quanto se desperdiça nos

lares”. (Claudio Beretta)

A preocupação com o meio ambiente vem ganhando prestígio em todos

os setores da sociedade, porém a maior sensibilidade para com os problemas

ambientais ocorre numa velocidade superior às ações concretas que deveriam

estar acontecendo em favor da sustentabilidade. Essas ações envolvem

hábitos, valores, comportamento e padrões de consumo.

Dentre esses hábitos, um e particularmente muito grave pois provoca

prejuízos econômicos, escassez de alimentos e danos severos ao meio

ambiente: e o desperdício de alimentos.

Segundo estudos da FAO a comida desperdiçada por ano e de mais de

um bilhão de toneladas, com grande impacto na natureza, pois provoca uma

emissão tão grande de gases de efeito estufa que se fosse um país perderia

apenas para Estados Unidos e China. Isso sem falar da água usada pra

produzir esses alimentos.

O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e

Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, informa que “Se reduzirmos a perda

e o desperdício de alimentos para zero, poderemos alimentar 2 bilhões de

pessoas a mais”.

A FAO observou que a maior parte das perdas de alimentos acontece

nas fases de pós-produção, como colheita, transporte e armazenamento. Nos

países em desenvolvimento, o desperdício dos alimentos é relacionado à

infraestrutura inadequada, enquanto nos países mais desenvolvidos o

problema ocorre durante as fases de comercialização e consumo.

ALGUNS DADOS QUE NÃO SE PODE NEGAR

1. Excluídas as perdas durante a colheita, o desperdício de alimentos

no Brasil chega a 26,3 milhões de toneladas por ano.

2. O Brasil é um dos principais produtores agrícolas do planeta e um

dos países em ocorre o maior desperdício de alimentos.

3. O total de produtos desperdiçados no Brasil seria suficiente para

alimentar 35 milhões de pessoas.

4. No Brasil, 70 mil toneladas de alimentos vão para o lixo

diariamente e a cada cinco minutos uma criança morre de problemas

relativos à fome. São 288 crianças por dia.

5. De tudo o que os consumidores brasileiros adquirem 20% são

descartados no processo culinário ou devido a maus hábitos

alimentares.

6. Os mais altos níveis de desperdício de alimentos no Brasil ocorrem

no preparo e armazenamento em domicílio, restaurantes e cozinhas

industriais.

7. Em nosso país, R$ 12 bilhões em alimentos são literalmente

jogados no lixo por ano. Esse valor representa 1,4% do PIB brasileiro,

o suficiente para alimentar 8 milhões de famílias, ou cerca de 30

milhões de pessoas carentes por ano, com cestas básicas de R$ 120.

8. O grande desafio de agora é revelar o poder que o ser humano tem

de transformar o seu próprio comportamento para direcionar o

desperdício de alimentos a uma solução.

Muitos alimentos, por estarem amassados ou com pequenas partes

estragadas ou com alguns pequenos cortes são normalmente descartados, o

que caracteriza o desperdício, pois esses alimentos poderiam acabar com a

fome de muitas pessoas. Segundo a ONU, 870 milhões de pessoas no planeta

sofrem de desnutrição crônica.

ATIVIDADES

1. Assistir os seguintes vídeos:

- Momento ambiental: Desperdício de alimentos. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=BgZyNWl4ptc

Comentário: É sabido que a perda e o desperdício de alimentos não trazem

prejuízos apenas ao nosso bolso, mas também a outros recursos como a água,

energia, solo, mão de obra e capital, recursos esses envolvidos em sua

produção. Isso sem contar com a emissão de gases de efeito estufa. Este

vídeo de cinco minutos nos mostra como podemos utilizar melhor nossos

alimentos e evitarmos que acabem no lixo.

- Desperdício de Alimentos - Prato 20% Off DESPERDÍCIO . Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=WS427yrwxfc

Comentário: Você sabe o que é um prato consciente? Esse vídeo nos alerta

sobre o quanto de alimentos é jogado no lixo depois de nossas refeições e nos

trás uma receita de como ser mais conscientes. É um vídeo curto de apenas

dois minutos, mas que faz com que repensemos nossas práticas alimentares.

Conversar com os alunos sobre o tema, analisando os vídeos. Depois, propor

as seguintes atividades:

a. Existem muitas maneiras de combater o desperdício de alimentos. Enumere

algumas e justifique sua escolha.

b. Você acredita que o ser humano tem poder de tornar o planeta mais

sustentável se modificar seu comportamento? Explique.

c. O que você entende por maus hábitos alimentares?

d. Em sua casa é feita a coleta seletiva de lixo? Desse lixo quanto é orgânico?

Observe e relate o quanto foi coletado num único dia e o quanto poderia ter

sido utilizado.

e. Como consumidor, que mudanças são possíveis realizar em meus hábitos

alimentares para contribuir para uma sociedade sustentável?

2. Nessa atividade cada aluno deverá, consultando pais e avós, trazer de casa

uma receita feita de partes de alimentos que normalmente são jogados no lixo.

Essas receitas serão depois organizadas numa coletânea.

3. Faça uma pesquisa em mercados, supermercados, restaurantes e pizzarias

de seu bairro sobre o que é feito de restos de alimentos.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Seria interessante levar a turma na cantina da escola para saber da

merendeira se os alunos desperdiçam os alimentos que pegam para comer.

Perguntar o que ela faz com as sobras desses alimentos fornecidos aos alunos

e também com as sobras do que foi feito e não foi distribuído.

10. ALIMENTAÇÃO E MEIO AMBIENTE

Objetivos:

- Criar condições para que o aluno desenvolva sua capacidade de

investigação, bem como a formação de atitudes favoráveis à preservação do

Meio Ambiente e dos recursos naturais.

- Espera-se também que os alunos sejam mais críticos na hora de comprar

seus alimentos e que se utilizem de outras opções, como dar preferência aos

alimentos orgânicos ou ter sua própria horta em casa.

Duração: 4 horas aula

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS: POR QUE DEVEMOS NOS PREOCUPAR?

“A Educação é a única forma de preservar o meio em que

vivemos”.

Gilda Carraro

Já somos sete bilhões, e a população não para de crescer. Alimentar

toda essa população é um grande desafio, por isso a agricultura passou a

utilizar métodos artificiais para aumentar a produção. Dentre esses métodos

estão os fertilizante, pesticidas químicos, manipulação genética e hormônios

com a finalidade de acelerar o crescimento animal. Porém essa prática tem

trazido sérios danos ao meio ambiente e à população que consome esses

alimentos e que, na sua grande maioria desconhece os males advindos da

ingestão desses alimentos.

ATIVIDADES

1. Assistir ao seguinte documentário "O veneno está na mesa". Disponível em:

http://foodsafetybrazil.com/video-o-veneno-esta-na-mesa/#ixzz2kfqngCTU

2. Fazer leitura do artigo “A química dos agrotóxicos”, disponível em:

http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_1/03-QS-02-11.pdf e responder as

seguintes questões:

a. Quando um agrotóxico é utilizado possui grande potencial de atingir o solo e

as águas, principalmente devido aos ventos e a água das chuvas, que fazem a

lavagem das folhas tratadas, promovendo a lixiviação e a erosão. Como ocorre

esse processo?

b. Comente a frase: Qualquer que seja o caminho do agrotóxico no meio

ambiente, o homem é seu potencial receptor.

c. Que ações podemos fazer, como consumidores, para termos uma

alimentação livre de agrotóxicos?

3. Produção de informativos para serem postos num mural.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Professor inicie sua aula perguntando que tipo de alimento seus alunos

comem: se orgânicos ou não se seus pais se preocupam em ter uma horta em

casa.

Fale, então, da importância de sabermos a procedência dos alimentos e

de adquirirmos alimentos sem agrotóxicos.

Em seguida apresente o documentário "O veneno está na mesa"para

seus alunos assistirem.

Neste documentário, o cineasta Silvio Tendler mostra a questão do uso

abusivo de agrotóxicos no Brasil e alerta sobre os riscos à saúde que a

ingestão desses alimentos traz à população.

O cineasta, através de entrevistas com agricultores, ambientalistas,

especialista em saúde e representantes da Anvisa, informa que muitos

produtos banidos há anos em diversos países são usados por agricultores, que

muitas vezes perdem sua autonomia para grandes corporações, pois estas

detêm o controle das sementes geneticamente modificadas e dos agrotóxicos,

visando somente a lucros cada vez maiores.

Em um dos depoimentos, o agricultor Fernando Ataliba, declara:

O que a Revolução Verde fez foi destruir, apagar, esquecer

toda a herança, todo o acúmulo de conhecimento da agricultura

tradicional ao longo dos seus 10 mil anos e criou-se um

negócio totalmente novo. Essa novidade, depois de 50 anos

existindo, está mostrando que ela não dá certo. O que ela está

produzindo? Perda da fertilidade do solo, perda dos

mananciais, perda da biodiversidade, contaminação do solo,

das águas e das pessoas, contaminação do ar.

Após assistirem ao documentário, distribua os alunos o artigo “A química

dos agrotóxicos”, que é um estudo sobre o uso de agrotóxicos ao longo da

história e também as consequências de sua utilização.

Acreditamos ser importante ao aluno conhecer as formas como o

homem obtém avanços tecnológicos que a princípio tem a função de ser

utilizado para melhoria da qualidade de vida da população, mas que seu mau

uso provoca consequências danosas e muitas vezes irreversíveis para o

homem e o meio ambiente.

11. MEIO AMBIENTE E CONSUMO DE CARNE

Objetivos: Entender que o aumento do consumo de carne está relacionado

com a degradação do meio ambiente pelas práticas ilegais, insustentáveis e

desumanas com que são tratados os animais.

Duração: 1 hora aula

De acordo com a agência das Nações Unidas para a Alimentação e a

Agricultura (FAO), a pecuária é responsável por 14,5% das emissões de gases

de efeito estufa provocadas pelo homem.

As principais fontes das emissões são a produção e processamento de

alimento (45% do total), as emissões produzidas pela digestão das vacas

(39%) e a decomposição do estrume (10%). O resto é atribuído ao

processamento e transporte dos produtos animais.

O aumento do consumo de carne e seus derivados também é motivo de

preocupação e o Brasil tem se destacado também pelos questionamentos

sobre práticas ilegais e insustentáveis relacionadas à sua produção, como

queimadas e desmatamentos de florestas nativas e exploração de mão-de-obra

escrava.

Em muitos países, os sistemas intensivos de criação de animais vêm

contribuindo para o aumento da poluição e para a perda de biodiversidade.

Outra preocupação diz respeito às condições deploráveis em que são

criados a maioria dos animais de produção. Os animais vivem pouco, dentro de

gaiolas abarrotadas, baias e estábulos pequenos. Em alguns casos, não são

expostos à luz do dia e não têm garantia de uma morte de forma humanitária.

Essas condições precárias levam os animais a adoecer seriamente,

quando então são administrados antibióticos para mantê-los vivos por tempo

suficiente para produzir alimentos. Porém, mais do que oferta é essencial que

se tenha alimentos de qualidade e sustentável. Também se deve adotar um

consumo responsável, isto é, não comprar algo produzido a partir do sofrimento

de animais, a exploração de seres humanos e a degradação do meio ambiente.

Nos dias de hoje consumir carne ou não é um questão de

sustentabilidade.

No Brasil no que se refere ao número de animais abatidos em 2012,

foram 31,1 milhões de cabeças do rebanho bovino. Mas como o gado contribui

para o aquecimento global?

- A abertura de novas pastagens estimula o desmatamento e queimadas

são usadas para limpar o terreno e acontecem também depois,

periodicamente, para renovar a vegetação das pastagens. As queimadas são o

maior fator de emissão de gases de efeito estufa no Brasil.

- A fermentação entérica, produção de gases no sistema digestivo do

boi, emite metano, um dos gases de efeito estufa mais poderosos.

A degradação de terras de pastagens e o uso de energia na cadeia

produtiva da carne também emitem.

Para cada quilo de carne brasileira consumida, são emitidos 300 Kg de

carbono na atmosfera e utilizados 7,2 Kg de soja e 17000 litros de água.

Para cada quilo de carne de ave são utilizados 1,3 Kg de soja e 4000

litros de água.

Para cada quilo de carne suína são utilizados 2,7 Kg de soja e 5300

litros de água. Estima-se que em 2050, duas em cada três pessoas não terão

água para consumir.

Estima-se também que seria possível alimentar cerca de 40 pessoas

com os cereais empregados na produção de um bife de 225g, ou seja,

enquanto milhões de seres humanos passam fome, metade dos grãos

produzidos é destinado aos animais.

Felizmente nos dias de hoje é cada vez maior a tendência de mudança

de comportamento do consumidor brasileiro provocada pela onda de consumo

consciente, ou seja, entender a procedência e qualidade ética da carne que

vem das indústrias frigoríficas e já está disponível nas grandes redes varejistas.

Este é o grande desafio das fazendas e indústrias: produção de animais

sadios, onde haja criação, manejo e abate adequados para produção de carne

saudável e com qualidade ética, sem esquecer os três pilares da

sustentabilidade: econômico, social e ambiental. Com adequado manejo na

criação e abate para produzir uma carne saudável e com qualidade ética, sem

esquecer, claro, dos três pilares da sustentabilidade: econômico, social e

ambiental. O desafio do consumidor é ficar de olho nas condições de vida dos

animais e na procedência dos bovinos, aves e suínos abatidos.

MAS COMO ISSO É POSSÍVEL?

Hoje, aos poucos, já começam a entrar nos mercados produtos com

certificação. Mas não é qualquer certificação que serve, é preciso confiar em

sistemas que, além de auditar as fazendas, também sejam auditados quanto à

sua seriedade.

Uma carne certificada deve garantir boas práticas reais, que diz respeito

ao manejo da pastagem, ao bem-estar animal, ao uso de produtos químicos, às

condições dos trabalhadores e comunidades afetadas, aos impactos

ambientais em todas as fases.

A certificação vem com força para romper o atual círculo vicioso que

impede a necessária revolução tecnológica nesse setor. Qual é sua função?

Nos permitir enxergar além.

ATIVIDADES

1. Assistir ao documentário “A engrenagem”, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=KmIprNpcd94 e fazer uma discussão sobre o

assunto.

2. A partir do artigo: Impactos Ambientais – A Cadeia Produtiva da Carne,

disponível em: http://blogdoquintiere.wordpress.com/2013/04/03/impactos-

ambientais-a-cadeia-produtiva-da-carne/, produzir cartazes informativos.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Iniciar a aula mostrando o vídeo de 16 minutos e produzido pelo Instituto

Nina Rosa, intitulado “A engrenagem”. O vídeo mostra os processos que estão

por trás da indústria de carnes e defende que mudar o padrão alimentar da

sociedade está nas mãos dos consumidores.

O desmatamento da Amazônia e outros biomas para originar pastos, o

consumo de água e grãos usados na produção de carne, o poder da indústria

agropecuária e a saúde dos consumidores são alguns dos temas abordados.

Outro documentário feito pelo instituto Nina Rosa que também pode ser

trabalhado com os alunos é “A carne é fraca”, onde os produtores fazem alerta

sobre os impactos que o consumo de carne pode representar para a saúde,

para os animais e para o planeta, além de denunciarem os maus tratos aos

animais que serão abatidos. As cenas são muito chocantes, porém nos fazem

refletir sobre nossos valores éticos e morais. Este filme pode ser acessado em:

http://www.youtube.com/watch?v=EvP2Qy4ZEzA.

REFERÊNCIAS

ACCIOLY, Elizabeth. A escola como promotora da alimentação saudável. REVISTA CIÊNCIA EM TELA – numero 2, 2009. Disponível em: <http://www.cienciaemtela.nutes.ufrj.br/artigos/0209accioly.pdf>. Acesso em: 23 out. 2013. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa Manual de orientação aos consumidores. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/alimentos/rotulos/manual_consumidor.pdf>. Acesso em: 10 set. 2013. Aprenda a diferenciar produtos light, diet e zero. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/12251-aprenda-a-diferenciar-produtos-light-diet-e-zero>. Acesso em: 25 set. 2013. Basilio, Andressa. Cinco verdades que você precisa saber sobre alimentos zero, 2010. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/11462-cinco-verdades-que-voce-precisa-saber-sobre-alimentos-zero>. Acesso em: 12 jul. 2013. BOMTEMPO, Márcio: Os Perigos do Sal Refinado e as Vantagens do Sal Marinho. Disponível em: <http://forum.antinovaordemmundial.com/Topico-os-perigos-do-sal-refinado-e-as-vantagens-do-sal-marinho>. Acesso em: 12 mai. 2013. BRAIBANTE, Mara Elisa Fortes , ZAPPE Janessa Aline: A Química dos Agrotóxicos, revista Química Nova na Escola, Vol. 34, N° 1, p. 10-15, FEVEREIRO 2012. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_1/03-QS-02-11.pdf CHASSOT, Attico Inácio. A EDUCAÇÃO NO ENSINO DA QUIMICA. Ijuí: Unijuì, 1990. 118 p. Cidadãos responsáveis e consumidores conscientes dependem de informação (e não da falta dela) CONAR: CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA, AGOSTO DE 2012. Disponível em: <http://www.conar.org.br/conar-criancas-e-adolecentes.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2013. COHEN, Rich. (As amarguras do açúcar). National Geographic , ago, 2013.

Como Seu Corpo Reage aos Refrigerantes? Disponível em: <http://www.vocesabia.net/saude/como-seu-corpo-reage-aos-refrigerantes/>. Acesso em: 14 ago. 2013. Consumo de açúcar deve ser controlado assim como álcool e tabaco. Veja saúde. Disponível em:< http://veja.abril.com.br/noticia/saude/consumo-de-acucar-deve-ser-controlado-assim-como-alcool-e-tabaco>. Acesso em: 02 set. 2013. CUPANI, Gabriela. Um terço dos adultos e 70% dos adolescentes consomem açúcar em excesso. Folha Online. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u591106.shtml>. Acesso em: 03 jun. 2013. Desperdício de Alimentos - Prato 20% Off DESPERDÍCIO. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=WS427yrwxfc>. Acesso em: 15 nov. 2013. Desperdício global de alimentos gera prejuízo de 750 bilhões de dólares por ano, calcula FAO – Disponível em: <http://www.onu.org.br/desperdicio-global-de-alimentos-gera-prejuizo-de-750-bilhoes-de-dolares-por-ano-calcula-fao/>. Acesso em: 03 nov. 2013. DICAS PARA EVITAR O DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS. Disponível em: <http://www.portalvilamariana.com/gastronomia/dicas-para-evitar-desperdicio-de-alimentos.asp>. Acesso em: 05 nov. 2013. Diet ou light: qual a diferença? Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc21/v21a03.pdf>. Acesso em: 07 mai. 2013. Diogo Sponchiato e Thaís Manarini: “Ranking de 100 alimentos cheios de sódio” Disponível em: <http://mdemulher.abril.com.br/saude/reportagem/alimenta-saude/ranking-100-alimentos-cheios-sodio-754142.shtml>. Acesso em: 20 set. 2013. Documentário: A Engrenagem. Instituto Nina Rosa. Tempo: 16 minutos. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=KmIprNpcd94>. Acesso em 13 out. 1013.

Documentário: O veneno está na mesa.Direção: Silvio Tendler. Ano: 2009. Disponível em: <http://foodsafetybrazil.com/video-o-veneno-esta-na-mesa/#ixzz2kfqngCTU>. Acesso em: 05 nov. 2013. Impactos Ambientais – A Cadeia Produtiva da Carne. Disponível em: <http://blogdoquintiere.wordpress.com/2013/04/03/impactos-ambientais-a-cadeia-produtiva-da-carne/>. Acesso em: 05 set. 2013. Interseção 12 - Publicidade infantil CONAR 2011. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=VOKtNcHkUUw>. Acesso em: 10 nov. 2013. LIMA, Ana Carla da Silva; AFONSO, Júlio Carlos. A Química do refrigerante. Química Nova na Escola. N.3, ago. 2009. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc31_3/10-PEQ-0608.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2013. LISBOA, Júlio Cézar Foschini. Química, 3º ano: ensino médio, 1ª Ed. São Paulo: Edições SM, 2010, (Coleção ser protagonista). Momento ambiental: Desperdício de alimentos. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=BgZyNWl4ptc>. Acesso em: 15 set. 2013. MORTIMER, Eduardo Fleury, MACHADO, Andréa Horta. Quimica – volume 3, São Paulo: Scipione, 2010, p.296. Muito Além do Peso. Documentário, Direção: Estela Renner, produção: Juliana Borges, Marcos Nisti. Fotografia: Renata Ursaia. Trilha Sonora: Jukebox. 84 min., 2012. País: Brasil. Pesquisa constata alto teor de sódio em alimentos diet e light. Disponível em: <http://noticias.ufsc.br/2013/08/pesquisa-da-ufsc-constata-alto-teor-de-sodio-em-alimentos-diet-e-light/>. Acesso em: 10 set. 2013. Prado, Ceres. Refrigerantes com zero caloria não ajudam a emagrecer, dizem pesquisas. São Paulo, 2011. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/05/11/refrigerante-com-acucar-aumenta-saciedade-e-pode-emagrecer.jhtm>. Acesso em: 14 out. 2013.

Quem é quem. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/quem/diet-light.shtml>. Acesso em: 17 out. 2013. Super size me: a dieta do palhaço. Documentário, EUA, 2004, 98min; COR. Elenco: Morgan Spurlock, DarylIsaacs ,Direção: Morgan Spurlock. Disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=X95BTH-bc-U>. Acesso em: 12 mai. 2013. Tabela de gordura de alimentos. Disponível em: <http://www.medicinaealimentacao.com/?id=824&TABELA-DE-GORDURA-DE-ALIMENTOS>. Acesso em: 13 set. 2013. The Real Bears TV commercial / CSPI. 4:19. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=xqFshj0zd1g>. Acesso em: 20 mai. 2013. Uilson Paiva / Marcio Penna: Império do sal. Disponível em <http://super.abril.com.br/ciencia/imperio-sal-443351.shtml>. Acesso em: 08 jun. 2013. Veja mitos e verdades sobre os alimentos diet e light. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u4018.shtml>. Acesso em: 14 set. 2013.