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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE
I
LENDO E INTERPRETANDO TEXTOS ATRAVÉS DO ESTUDO EDRAMATIZAÇÃO DE CONTOS
Cleunira de Jesus da Silva1
Ubirajara Araujo Moreira2
Resumo: Este artigo relata e reflete sobre a experiência que resultou do projeto “Lendo einterpretando textos através do estudo e dramatização de contos”, implementado junto a alunos do7º Ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Tancredo Neves, no município de Imbaú, PR.A proposta do projeto surgiu a partir da observação e análise da prática pedagógica e dostrabalhos desenvolvidos em sala de aula, quando se percebeu que um dos maiores problemas deaprendizagem encontrado nas salas de aula é a dificuldade dos alunos com relação à leitura e,consequentemente, à interpretação de textos. Sendo assim, este trabalho se justifica com aproposta de desenvolvimento de atividades que ampliem o horizonte dos alunos, oportunizando aeles o contato com o uso lúdico e criativo da linguagem, possibilitando-lhes o reconhecimento dasvariedades éticas e estéticas da atividade humana da linguagem, além de tornar prazerosa aleitura de narrativas ficcionais. Objetivou-se Implementar estratégias pedagógicas utilizando aleitura e dramatização de contos populares brasileiros e contos russos, buscando desenvolver umprocesso de letramento que possibilite a construção de uma leitura proficiente, crítica e autônoma,com diferentes funções e intenções, exercitando as habilidades para a leitura compreensiva detextos reais, sejam ou não escolares. O trabalho foi desenvolvido em duas etapas: uma - deaplicação do projeto junto aos alunos do 7º ano do Colégio Estadual Tancredo Neves, e outra -junto a professores da Rede Pública de Ensino do Paraná através do Grupo de Trabalho em Rede- GTR 2015.
Palavras-chave: Contos. Leitura. Interpretação. Dramatização.
1 IntroduçãoO presente artigo propõe-se a relatar e a refletir sobre a experiência que
resultou do projeto “Lendo e interpretando textos através do estudo e
dramatização de contos”, primeiramente implementado junto a alunos do 7º Ano
do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Tancredo Neves, no município de
Imbaú, PR, e depois apresentado e compartilhado com professores da Rede
Pública de Ensino do Paraná através do Grupo de Trabalho em Rede - GTR 2015.A proposta deste projeto nasceu da observação e análise da prática
pedagógica e dos trabalhos desenvolvidos em sala de aula, na disciplina de
Língua Portuguesa, quando se percebeu que um dos maiores problemas de
aprendizagem encontrado nas salas de aula é a dificuldade dos alunos com
relação à leitura e, consequentemente, à interpretação de textos.
1 Autora, Professora PDE – 2014. Professora de Língua Portuguesa no Colégio Estadual TancredoNeves – Ensino Fundamental e Médio, município de Imbaú, PR. [email protected] Orientador. Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo - USP. Professor As-sociado, lotado no Departamento de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de PontaGrossa - UEPG. Ponta Grossa, PR.
Na concepção de linguagem assumida nas Diretrizes Curriculares de
Educação Básica de Língua Portuguesa - DCE (PARANÁ, 2008, p. 71):
A leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nessecontexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e para se efetivarcomo coprodutor, procura pistas formais, formula e reformula hipóteses,aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seuconhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivênciasociocultural. Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos emdiversas esferas sociais: jornalística, artística, judiciária, científica,didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc.
Dentro desta perspectiva, o presente trabalho se justifica pelo uso em
sala de aula do gênero “conto”, como contribuição para o aperfeiçoamento da
prática da leitura, considerando que as Diretrizes Curriculares de Educação
Básica de Língua Portuguesa - DCE (PARANÁ, 2008, p. 47-48) lembram que é
necessário “novos posicionamentos em relação às práticas de ensino; seja pela
discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores
na construção de alternativas”. Teve-se como objetivo implementar estratégias de
trabalho pedagógico, mediante a leitura e dramatização de contos populares
brasileiros e contos russos, na busca de desenvolver um processo de letramento
que possibilite a construção de uma leitura proficiente, crítica e autônoma, com
diferentes funções e intenções, exercitando as habilidades específicas para a
leitura compreensiva de textos reais, sejam ou não escolares.
Pois, ler e escrever são prioridades na Escola, e sua responsabilidade é
de todos, ou seja, a princípio todas as diferentes disciplinas ou áreas do
conhecimento lidam direta e indiretamente com leitura e escrita, nos seus mais
variados gêneros.
De acordo com o Caderno de Orientação Didática de Língua Portuguesa,
(São Paulo, 2006, p. 7):
O que delimita o trânsito dos gêneros de texto entre as diferentes áreasde conhecimento são os conteúdos e objetivos específicos de cada umadelas, e isso implica procedimentos didáticos distintos. Porém, é precisoter em mente que os gêneros textuais, embora possam ser trabalhadoscomo conteúdos, são fundamentalmente ferramentas que possibilitam oacesso ao conhecimento da área a ser estudada. Assim, cabe aosprofessores de cada área definir no planejamento os tipos de textos e os
suportes que serão trabalhados, bem como os objetivos a serematingidos em cada momento de leitura. Mas, um pré-requisito importantea ser levado em conta é que os professores das diferentes áreasdevem/deveriam ter noções básicas sobre as características formais(linguísticas e estruturais) e socioculturais dos diferentes gênerostextuais, para poderem fazer suas escolhas e melhor potencializaremseu emprego.
O desenvolvimento deste projeto envolveu estudantes do 7º ano do
Ensino Fundamental, do Colégio Estadual Tancredo Neves – Ensino Fundamental
e Médio, do município de Imbaú, Paraná. As tarefas propostas conduziram os
estudantes a trabalharem com o gênero “conto” e sua dramatização, o que
possibilitou a exploração de várias habilidades discursivas dos alunos, através
sobretudo de atividades lúdicas e prazerosas.
Durante as aulas o educando foi desafiado a ler, interpretar, refletir sobre:
valores que giram em torno dos conceitos de bem e mal; atitudes politicamente
corretas e incorretas, tendo como ponto de partida o grupo que as elabora e as
classifica; a importância da preservação das histórias contadas na cultura de um
povo, valorizando a prática de ouvir e contar histórias através de suas próprias
produções, refletindo sobre situações de seu cotidiano, construindo assim seu
próprio conhecimento.
2 Fundamentação teórica
Segundo as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa (Paraná, 2008,
p. 50):
O ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar osconhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que elespossam compreender os discursos que os cercam e terem condições deinteragir, de modo consciente e proficiente, com esses discursos. Nessesentido, é preciso que a Escola seja um espaço que promova, por meiode diferentes gêneros de textos, em suas diferentes funções sociais, oletramento do aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso dalíngua – sejam de leitura, de oralidade e de escrita.
2.1 A prática da leitura
No contato com a literatura, o aluno pode satisfazer algumas de suas
necessidades, sendo solicitado a assumir uma atitude crítica em relação ao
mundo, resultante das diferentes mensagens e indagações que a mesma oferece.
A criança que lê tem mais chances de desenvolver o senso crítico e melhorar a
escrita.
Para Ceciliato (2007), muitos estudantes brasileiros não compreendem o
que leem, pois pesquisas têm revelado o baixo índice de desempenho na
capacidade de leitura desses alunos, e isso leva a questionar as práticas de
leitura que existem nas escolas. Segundo a autora, isso é consequência de dois
fatores: que se trabalha com a “leitura livre” dos alunos, em que não ocorre
acompanhamento nem cobrança do professor; ou se trabalha a “leitura dirigida”,
em que o professor determina o que seus alunos devem fazer com suas leituras.
Quanto à “leitura livre”, Ceciliato aponta suas limitações e problemas ao
mostrar que:
[...] em razão de ser a escola instantânea responsável pela formação doleitor competente e crítico, o que se observa é que a leitura livre pecapela liberdade excessiva dada aos estudantes, por deixá-los ler somenteo que querem e do modo como querem: os leitores, muitas vezes nãoleem o que está previsto no texto e, ao invés de se aterem ao que fala otexto e como o autor trata o tema, discutem as suas realidadesimediatas, sem estabelecerem o distanciamento entre a obra e ocotidiano vivido por eles. (CECILIATO, 2007, p. 13).
Com relação à leitura literária, a autora defende que:
[...] é preciso que sejam criadas metodologias de leitura que permitamtanto a vivência afetiva, quanto o distanciamento reflexivo do leitor sobreos textos, num processo gradativo de descentramento da subjetividadede sua leitura individual rumo à consciência crítica e significaçãoestético-ideológica da obra literária. Desse processo resultaria acompetência de leitura, tendo sempre em vista a formação do leitor noâmbito literário. (CECILIATO, 2007, p. 14).
Diante de tais circunstâncias, acredita-se que seja necessário que o
professor propicie condições de leitura para o aluno na qual ele se sinta sujeito
ativo no seu papel de leitor, atribuindo significados para o texto, acrescentando
suas experiências, refletindo sobre o que leu.
Por isso dá-se a necessidade dos professores estimularem a leitura de
diversos gêneros, isto é, de textos que circulam em diferentes esferas sociais,
com as mais diversas intenções. Desta forma o aluno não fará a leitura apenas
para cumprir uma atividade determinada pelo professor, mas para aprender,
compreender, atribuir sentidos ao texto e associar a leitura com o seu
conhecimento de mundo, ao mesmo que pode ampliá-lo. O professor tem papel
fundamental na motivação para leitura, ensinando seus alunos a discutirem,
analisarem, refletirem, tomarem posição e exteriorizarem pensamentos, tanto de
forma oral como escrita.
Dentro desta visão podemos enquadrar o trabalho que pode ser
desenvolvido com contos populares, conforme a proposta do presente Projeto.
É por meio dessa perspectiva que os contos, as lendas e os mitos etc.também deixaram de ser vistos como “entretenimento infantil” e vêmsendo redescobertos como autênticas fontes de conhecimento dohomem e de seu lugar no mundo. (COELHO, 2000, p.17).
Para tanto buscou-se analisar os fatores envolvidos no processo de
leitura, as diferentes formas de leitura abrangendo a diversidade textual e os
contos como estratégias de leitura no processo de compreensão do texto.
2.2 O papel dos contos na leitura e interpretação de texto
De acordo com Moreira (2011, p.01) a literatura, por meio de sua
linguagem ficcional, pode ser utilizada de maneira positiva para uma releitura da
realidade, uma crítica de situações preconceituosas, permitindo ao professor
trabalhar com o imaginário da criança e/ou do adolescente, de modo a fazê-lo
refletir sobre sua maneira de se ver e ver o outro. Os contos não falam só de
amor, mas de muitas situações que vivemos na realidade, e isso incentiva uma
reflexão sobre os desafios que temos que enfrentar no dia a dia. Por isso é muito
importante que as crianças saibam que os contos falam do lúdico, do mágico,
mas também tratam de coisas reais e problemáticas.
A literatura, como defende Coelho (2000) é considerada um autêntico e
complexo exercício de vida, que se realiza com e na linguagem – lugar de
manifestações dialógicas diversas.
Bettelheim (1980 In: Mattar, 2007, p. 32), afirma que através dos contos a
criança se confronta com muitas características fundamentais no ser humano,
isso ocorre porque nos contos existe um dilema existencial tratado de maneira
breve e decisiva, permitindo à criança compreender ou intuir a sua essência.
Muitos contos com que se trabalha na sala de aula não são da época
contemporânea, foram escritos em outra época e é importante que a criança
compreenda esse fator para poder comparar o contexto histórico em que os
contos foram criados com o que vivemos atualmente.
A história do conto está muito relacionada com a própria prática de contar
histórias. Esta prática parece residir num passado distante, de forma que não se
consegue datar o início deste processo.
Gotlib (2006 In: Moreira, 2011, p. 7) lembra que a história sempre reuniu
pessoas, “... em sociedades primitivas, sacerdotes e seus discípulos para
transmissão dos mitos e ritos da tribo; nos nossos tempos, em volta da mesa,
[...]”. A autora ainda destaca que “Embora o início do contar estórias seja
impossível de se localizar e permaneça como hipótese que nos leva aos tempos
remotíssimos, ainda não marcados pela tradição escrita, [...]” (Idem, p. 6). Sendo
assim, neste caminhar ao longo da história, o conto foi entendido “como forma
simples, expressão do maravilhoso, linguagem que fala de prodígios fantásticos,
oralmente transmitido de gerações a gerações”.
Para Bettelheim (1980, In: Mattar 2007) essas histórias representam, de
maneira imaginativa, o processo de desenvolvimento humano, despertando a
atração das crianças para fazer parte de tal processo.
Enquanto diverte a criança, o conto de fadas a esclarece sobre simesma, e favorece o desenvolvimento de sua personalidade. Oferecesignificado em tantos níveis diferentes, e enriquece a existência dacriança de tantos modos que nenhum livro pode fazer justiça à multidãoe diversidade de contribuições que esses contos dão à vida da criança.(BETTELHEIM, 1980, p. 20, In: MATTAR, 2007, p. 24).
Cabe ressaltar que os contos são compostos por diversos significados,
podendo ser explorados em seus diferentes aspectos, com personagens
marcantes e bem definidos em suas peculiaridades, sugerindo solução para lidar
com os problemas psicológicos, enfim, são histórias simples e claras, que têm a
capacidade de entender o pensamento infantil, estimulando as crianças à leitura e
à imaginação, possibilitando que estas entrem no mundo da magia, sem se
sentirem inferiores.
2.3 Contos de fadas, contos maravilhosos e contos populares
De acordo com Marcuschi (2002, p. 22 In: Dionísio et.al. 2002)
Os gêneros caracterizam-se mais por suas funções comunicativas,cognitivas e institucionais do que por suas peculiaridades linguísticas eestruturais, o que não quer dizer que a forma deva ser desprezada. Emmuitos casos, é a forma que determina o gênero; em outros, a função.
Segundo Simonsen (1987, p. 37 In: Moreno, 2011, p. 1), os contos
maravilhosos constituem-se em uma das categorias dos contos populares, dos
quais se originaram o que conhecemos por contos de fadas. O conto maravilhoso
é um gênero literário de tradição oral. De acordo com Ferraz (2012, p. 4-5):
O conto popular é uma gênero narrativo, de histórias geralmenteanônimas, que gira em torno de situações criadas pelo imaginário. Écomum na tradição do conto popular, a modificação da história e mesmoa introdução de personagens típicos da região em que ele é contado.Todo conto popular revela uma tendência muito grande para oencantamento: aquelas situações em que ocorrem transformaçõesprovocadas por algum tipo de magia, que não são explicadas de modonatural. É isso que define o conto de fadas, tornando-o distinto do contopopular.
Ainda segundo a autora (2012, p. 6):
Os contos de fadas são narrativas que levam às ultimas consequênciasas histórias de encantamento. Nelas, os seres mágicos têm capacidadede alterar o destino humano. Com isso, o conto de fadas torna-se umamanifestação valiosa na representação dos sonhos e dos desejoshumanos, os mais profundos e significativos.
Ajudam, assim, a estimular a consciência crítica do leitor e o processo de
construção de identidade e desenvolvimento de suas habilidades sociais, culturais
e educativas.
2.4 A dramatização como processo educativo
Drama é uma transliteração do grego, que significa “ação ou coisa feita,
podendo ser definido como a ciência que explora a ‘verdade’ por métodos
dramáticos, a própria definição aristotélica de tragédia como ‘uma imitação da
tragédia e da vida’” (MORENO, 1975, p. 17-64 In: Scaramuzza, 2006, p. 14).
Ainda segundo Moreno:
A simples transformação de um texto narrativo em cenas teatrais realizaa materialização das ações das personagens e dos enredos. Oespectador, ao visualizá-las, tem uma representação ao vivo, quepretende imitar o real, o que pode facilitar a sua adesão. Essaassociação entre linguagem verbal escrita dos contos de fadas e teatro,ao mesmo tempo que promove uma reoralização do texto-base, que jáguarda certa familiaridade com a oralidade dos primórdios, associa-se aoprocesso de hibridização e transformação dos gêneros literários - muitocomuns nos tempos que correm (MORENO, 2011, p. 05).
Assim como a “questão da literatura infantil, tornou-se inseparável da
questão da educação” (CADEMARTORI, 1986, p. 66, In: MORENO, 2011, p. 06),
a do teatro também. O teatro infantil, na sua forma textual, e como representação
artística, não pode ter apenas função pedagógica, mas como diz Silva:
[...] se por um lado podemos pensar no teatro como manifestaçãoeducativa e cultural produzida no próprio seio escolar. Por outro lado, asproduções oferecidas por grupos amadores e até profissionais, muitasvezes, tal como a escola, pecam pelo didatismo exagerado, pelaausência de pesquisa do processo cognitivo da criança, o que gera,também, uma distorção artística. (SILVA, 2006, In: MORENO, 2011, p.06).
A dramatização dos contos é capaz de desenvolver aspectos como a
criatividade e a imaginação do aluno tornando-o mais comunicativo,
desenvolvendo, também, a sua socialização.
A imaginação dramática está no centro da criatividade humana e, assim
sendo, deve estar no centro de qualquer forma de educação que vise ao
desenvolvimento das características essencialmente humanas (COURTNEY,
2003).
Para Fernando Lomardo: “o poder de comunicação do conto estará tanto
mais preservado quanto mais sejam mantidos seus elementos simbólicos e
estruturais”, acrescentando que “na dramaturgia em questão, esses elementos
[são] quase sempre reduzidos ou eliminados pelas pretensões didáticas dos
adaptadores” (LOMARDO, 1994, p. 41-42). Desta forma, deve-se ter o cuidado
na aplicação desta metodologia de ensino/aprendizagem, não se preocupando
apenas com os valores de conscientização, pois, o simples fato de viver a história
ou o conteúdo proporciona um significado real para o aluno.
Porém, muitas vezes pensa-se que:
Dramatizar possa ser uma perda de tempo, coisa que nenhum professordeseja, dada a urgência geral necessária ao cumprimento dosprogramas previstos. Mas é necessário levar em conta que esse trabalhoem ‘campo relaxado’ que pode parecer perda de tempo ou mera formade diversão, implica em uma verdadeira economia, uma vez que oconhecimento assim adquirido dificilmente cai no esquecimento e osfrutos desse tipo de trabalho podem em geral serem percebidos maisadiante. (ROMAÑA, 1985, p. 46).
Desta forma é necessário que se desenvolva meios para que a prática
com a dramatização seja uma realidade no ambiente escolar, pois por meio dela é
possível o resgate de muitos alunos desmotivados para com a aprendizagem e o
ambiente escolar ou apáticos aos conteúdos e deficientes em sua expressão
comunicativa e expressiva.
De acordo com Scarpato (2004, In: Santos, 2013):
A dramatização como técnica de ensino tem como proposta envolver osalunos em uma dinâmica diferenciada das aulas puramente expositivas.Com esta técnica, é possível trabalhar e integrar diversas áreas,mesclando a arte com a ciência. Esta técnica pode ser configurada comouma representação teatral a partir de um tema. Entre os pontos positivosda dramatização como metodologia de ensino, destacam-se a motivaçãoa boa fluência verbal/expressão oral; estímulo à capacidade dedramatização; poder de síntese; realização de trabalho em grupo;criação coletiva de ideias; criatividade; entrosamento; envolvimento coma linguagem corporal e teatral; estratégia na exposição de fatos eocorrências no mundo.
Acredita-se que o uso da dramatização dos contos poderá romper as
usuais técnicas de ensino, porque também avalia conteúdos de textos
selecionados, propicia uma prática de aprendizagem ativa, modificando, assim,
paradigmas tradicionais norteados pelo ciclo da transmissão e difusão de
conhecimento.
3 Prática Pedagógica
Como já se explicou, o projeto nasceu a partir das dificuldades percebidas
em sala de aula, com relação à leitura e interpretação de texto, e foi desenvolvido
através do estudo e dramatização de contos, o trabalho com gêneros textuais no
ensino da Língua Portuguesa, buscando possibilitar a análise integralmente, de
leitura, interpretação, produção, compreensão, gramática e de outros aspectos
também importantes para a aprendizagem. O objetivo era levar os alunos a lerem,
interpretarem e dramatizarem textos através de contos, considerando sua
situação real e não apenas como um mero exercício de escrita e leitura para
avaliação. Procurou-se promover a valorização da atividade de interpretação de
texto enquanto processo dinâmico, social, cognitivo e linguístico; compreendendo
a leitura e a interpretação de texto de uma forma mais prazerosa.
A implementação do projeto teve início no mês de março de 2015, com a
apresentação do projeto à Equipe Pedagógica e aos Professores, oportunidade
em que todos puderam apreciar o trabalho, ficando uma cópia do mesmo
disponível para a Equipe Pedagógica.
Com os alunos as atividades tiveram início apenas na segunda quinzena
do mês de junho de 2015, devido à greve dos Professores da Rede Pública do
Paraná.
Nosso primeiro encontro foi no mês de junho, durante o qual apresentei o
projeto aos alunos e dei início do trabalho por meio de uma conversação e
aplicação de um questionário, para diagnóstico, sobre contos, leitura e
dramatização, onde pude verificar o conhecimento prévios dos alunos sobre o
assunto. Pude perceber que vários desconheciam, pelo menos teóricamente
falando, o gênero conto, pois, durante o decorrer da aplicação do projeto os
mesmos reconheceram já conhecer alguns dos contos apresentados e
trabalhados.
Durante o segundo encontro foi realizado uma visita à biblioteca
municipal, agendada e autorizada previamente, onde os alunos puderam entrar
em contato com uma variedade maior de títulos, e puderam escolher alguns
alguns livros, que levaram emprestado para leitura em casa. Ainda durante a
visita realizamos a leitura de alguns recortes de obras, os quais foram explorados
oralmente. Após a visita os alunos tiveram como atividade o relato sobre a
atividade, “saída de campo” realizada, quando puderam relatar sobre a
experiência vivênciada, pois a maioria deles nunca havia estado neste local. O
trabalho foi muito agradável, os alunos gostaram muito de realizarem esta
atividade, até porque eles adoram esses passeios.
Do terceiro ao oitavo encontro foram realizadas atividades diversificadas
com objetivo de desenvolver os conteúdos de forma significativa e motivadora
para despertar o interesse dos alunos e realizar uma processo de ensino-
aprendizagem de forma prazerosa.
O estudo teve início com a apresentação do que é o conto e quais são os
tipos de contos, de acordo com Luiz Câmara Cascudo. Após contei a eles um
pequeno conto popular intitulado “Boca Calada Salva Vidas”, de Orlando Ferreira
de Melo, disponível em:
http://www.jangadabrasil.com.br/novembro51/im51110c.htm, todos prestaram
muito a atenção, após discutimos o sentido apresentado pelo conto, eles
gostaram de participar e alguns também disseram conhecer contos, quiseram
contar, foi uma atividade em que todos estiveram muito envolvidos, participando
ativamente da aula, alcançando os objetivos que era de despertar o interesse dos
mesmos e levá-lo a conhecer e entender o que é o gênero conto.
No encontro seguinte, o quarto, trabalhei o conto “O diabo e o granjeiro”
de Tatiana Belinky, disponível em: http://juarezfrmno2008sp.blogspot.com.br/
2009/04/o-diabo-e-o-granjeiro.html, realizamos atividades para análise e
compreensão do texto estudado. Para finalizar dividi a turma em dois grupos, para
que cada grupo se manifestasse a favor de um dos personagens do conto, a
mulher e o diabo. Os grupos tiveram que apresentar argumentos coerentes e
convincentes na sua defesa, eles adoraram, cada grupo queria defender mais e
mais o seu lado, foi um trabalho muito gratificante, pois, houve um grande
interesse de todos em participar e pude perceber um ótimo nível de aprendizagem
com essa atividade.
O quinto encontro foi realizado no dia 06 de julho, no qual trabalhei o
conto “Os porcos do compadre”, de Pedro Bandeira3, disponível em: http://bronze
letras.blogspot.com.br/2010/02/os-porcos-do-compadre.html. Feita a leitura do
conto, os alunos realizaram atividades para análise e compreensão do texto, após
receberam uma pequena biografia do autor, com indicação de site onde poderão
acessar outros contos do autor. Além desta atividade também assistimos um
vídeo, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2PRgFqhkzPM, onde
Rolando Boldrin conta um de seus “causos”, “Vida Marvada”. Esta também foi
uma atividade que prendeu a atenção dos alunos, pois os mesmos gostam muito
de ouvir histórias e também de relatar as suas, as quais ouviram dos pais, avós,
vizinhos, entre outros.
No sexto e sétimo encontros trabalhei com contos russos, para iniciar o
trabalho apresentei aos alunos o mapa-múndi e entreguei a eles um pequeno
mapa do leste europeu, para que pudessem localizar a Russia, falamos um pouco
sobre esse país. Após realizei as atividades propostas. O primeiro conto
trabalhado foi “A pele de bode” de Tatiana Belinki4, presentes no livro “Sete contos
russos”, da mesma autora. O conto seguinte “Vassilissa, a formosa” também da
mesma autora, ambos estão disponíveis em: http://palavrasdoimaginario.
blogspot.com.br/2009/03/vassilissa-formosa-um-conto-russo.html e
http://debaeba. blogspot.com.br/2003_11_27_archive.html. Com o estudo destes
contos os alunos puderam conhecer uma outra cultura, porém, perceber pontos
de semelhanças com contos de fadas de outros países, de acordo com Tatiana
Belinki:
3 Pedro Bandeira, professor, teatrólogo e escritor brasileiro, famoso como autor de obras infantojuvenis, gênero em que é um dos mais importantes no Brasil. Nasceu em 1942, na cidade paulista de Santos, mas viveu e atuou a maior parte de sua vida em São Paulo.
4 Tatiana Belinky: importante escritora infantojuvenil, com mais de 200 obras no gênero (literatura,teatro e televisão). Nasceu na Rússia, em 1919, veio para o Brasil com 10 anos, vivendo em SãoPaulo, onde faleceu aos 94 anos, em 2013.
Em algumas dessas histórias o leitor poderá encontrar certassemelhanças com contos de fadas de outros países. [...] certos conflitos,certos antagonismos, certas rivalidades, certos confrontos entre ricos epobres, nobres e plebeus, fortes e fracos; temas como amor e ódio,ciúme e inveja, e outras situações dramáticas marcam presença emtodos os tempos, em todos os quadrantes, gerando histórias de rir, dechorar e de ter medo – e também de pensar um pouco, em meio a tantasemoções... (BELINKY, T., 1995, p 9)
Por isso, após estudos relacionados aos textos apresentados, exibi aos
alunos o conto de fadas “Cinderela”, uma produção dos Estúdios Disney. Os
contos russos despertaram muito a atenção dos alunos, por se tratar de conhecer
algo de uma cultura diferente, gostaram muito também de assistir o conto de
fadas da Cinderela, pois esse é um clássico conhecido de todos.
No oitavo e último encontro, realizado no dia 20 de julho de 2015, os
alunos, que foram divididos em dois grupos, dramatizaram o conto “Os porcos do
compadre” e “A pele do bode” para toda a escola. Os grupos já haviam sido
formados desde o início da implementação e foram ensaiando e se preparando no
decorrer do projeto. Essa atividade deu um certo trabalho, pois os alunos não
estão acostumados a realizar esse tipo de atividade, porém, as apresentações
foram muito boas, eles mesmo gostaram do trabalho que produziram.
De maneira geral não houve grandes problemas com relação à
implementação da Produção Didática, apenas alguns contratempos devido ao
novo calendário. Quanto aos alunos, um dos problemas foi que, pelo fato de o
projeto ser desenvolvido em contraturno, nem todos podiam participar das
atividades. Mas creio que os objetivos propostos foram alcançados. Pode-se
perceber um bom rendimento dos alunos e a facilidade com a qual realizaram as
atividades propostas. Percebe-se assim que, quando motivados e com a proposta
de novas formas de trabalho, acaba-se conseguindo melhores resultados junto
aos alunos.
A segunda fase da implementação do Projeto se deu através do GTR –
Grupo de Trabalho em Rede, que consiste em apresentar e socializar o projeto e
a unidade didática junto aos 14 professores5 participantes do grupo, que puderam
estudar, discutir, trocar ideias e experiências, não só sobre os trabalhos
5 Professores de Língua Portuguesa da Rede Estadual de Ensino de todas as regiões do estado.
apresentados, mas também sobre as especificidades da realidade escolar vividas
por cada um, através dos fóruns, diários e relatos.
Como o da professora Teresa Cristina Mercedes (Professora da Rede
Estadual de Ensino, GTR, 2014):
Esse projeto vem nos auxiliar a mudar a forma de trabalhar a leitura nasescolas, pois, ações como essas facilitam o trabalho com esse gênero.As questões além de despertar o hábito pela leitura ajudará no exercícioda criação e da produção, além, do que, este gênero textual desperta oposicionamento crítica do aluno, tornando as aulas em um momento dedebate que pode nos auxiliar na mudança de comportamentos e notrabalho com valores.
Foram três meses de orientação onde pude conhecer a realidade de
outros professores, suas dificuldades e desejo por desenvolverem um trabalho de
qualidade junto aos alunos como nos relata a Professora Cirlene da Aparecida
dos Santos Vargas Martins (Professora da Rede Estadual de Ensino, GTR, 2014):
Nós, como profissionais da educação, quando pensamos numa sala deaula, devemos buscar soluções que sejam mais interessantes e viáveispara que os alunos tenham interesse e participação quanto aosconteúdos trabalhados.
Considero que o projeto desenvolvido e a troca de experiência vivida
durante o Grupo de Estudo possa ter contribuído para a melhoria da qualidade do
processo de ensino-aprendizagem. Conforme o depoimento da Professora
Marlene Santos (Professora da Rede Estadual de Ensino, GTR, 2014):
Considero o projeto pertinente, achei muito importante e bem elaboradocom conteúdos significativos para a escola, trazendo sugestões deatividade que poderá ser usada com os alunos no contexto sala de aulade forma criativa e motivadora para que os alunos tenham maiorinteresse quanto à leitura e escrita. Serviu para repensarmos nossaspráticas cotidianas, mostrou que temos que trabalhar com atividades quemotivem nossos alunos, que faça com que desenvolvam seu sensocrítico além de proporcionar o gosto pela leitura e escrita. É um gênerode fácil compreensão, divertido e motivador.
Tanto pela participação como pelos relatos feitos pelos professores
participante, pode-se observar que os objetivos do Grupo de Trabalho em Rede
foram alcançados, e que este é um importante momento de capacitação tanto
para os participantes, como para o professor orientador.
Considerações Finais
Com a realização deste trabalho pode-se considerar que o Programa de
Desenvolvimento Educacional-PDE é uma proposta que viabiliza a melhoria da
qualidade da educação e possibilita reflexões sobre a educação e o trabalho
docente na escola.
Porém, cabe a nós, educadores, buscarmos constantemente alternativas
viáveis para a organização do trabalho pedagógico no cotidiano escolar visando
melhor atender aos alunos, suas expectativas e dificuldades. Segundo Freire
(1996) o trabalho de ensinar exige - entre outros aspectos - rigor metodológico,
pesquisa, criticidade, respeito aos saberes dos educandos e o querer bem os
alunos.
A partir dos resultados apresentados na realização das tarefas percebe-se
uma maior participação e interesse por parte dos alunos, levando em conta que
participaram com entusiasmo de todas as atividades solicitadas.
Além disso, constatou-se que o trabalho desenvolvido pelo professor não é
fácil, mas que, apesar de todas as barreiras encontradas, a satisfação e o prazer
de se constatar o desenvolvimento de um aluno é muito maior. De maneira geral o
Programa colaborou não apenas para a formação dos alunos, mas também para
meu crescimento profissional, através das formações, orientações e do contato
com outros professores da Rede Estadual através do GTR – Grupo de Trabalho
em Rede.
A elaboração e implementação do projeto contribui e forneceu subsídios
teóricos-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais que
enriquecerão minha prática em sala de aula, colaborando para o aperfeiçoamento
do processo educativo.
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