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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Ficha de Identificação - Produção Didático-Pedagógica Professor PDE/2014
Título: O PAPEL DO GESTOR COMO LIDERANÇA NA CONSTITUIÇÃO DO CLIMA E DA CULTURA ORGANIZACIONAL NO ESPAÇO ESCOLAR.
Autor: Silvia Vieira Dias
Disciplina/Área Gestão Escolar
Escola de Implementação do projeto e sua localização
Colégio Estadual Zumbi dos Palmares EFMP e Colégio Estadual Altair da Silva Leme EFM
Município da escola Colombo
Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Norte
Professor Orientador Profª Ms. Maria Sílvia Bacila Winkeler
Instituição de Ensino Superior UTFPR- Universidade Tecnológica Federal do Paraná- Campus Curitiba
RESUMO
Em tempos atuais, em que as políticas públicas educacionais traçadas têm enfatizado a necessidade de aumento do nível de escolaridade da população, a melhoria da qualidade de ensino ofertada, bem como a busca de garantias de acesso e permanência dos alunos nas escolas da rede pública fundada na democratização da gestão escolar, propõe-se um estudo sobre como a ação dos gestores pode contribuir para a qualidade do ensino partindo da análise do clima e cultura organizacional no espaço escolar. Assim, propõe-se uma revisão de literatura e uma análise oral e escrita sobre os itens: gestão democrática, liderança, clima organizacional e cultura organizacional. Para tal, serão utilizados textos de apoio, textos complementares, vídeos e slides que abordem esses quatro itens.
Palavras-chave Gestão, Liderança, Clima e Cultura Organizacional
Formato do Material Didático Caderno Pedagógico
Público Alvo
Professores, gestores, equipe pedagógica, funcionários.
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
SILVIA VIEIRA DIAS
O PAPEL DO GESTOR COMO LIDERANÇA NA CONSTITUIÇÃO DO CLIMA
ORGANIZACIONAL NO ESPAÇO ESCOLAR
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
CURITIBA
2014
SILVIA VIEIRA DIAS
O PAPEL DO GESTOR COMO LIDERANÇA NA CONSTITUIÇÃO DO CLIMA E DA
CULTURA ORGANIZACIONAL NO ESPAÇO ESCOLAR
Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, sob a orientação da: Prof. Ms. Maria Sílvia Bacila Winkeler - Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Curitiba.
Disciplina: Gestão Escolar
IES: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ ORIENTADORA: Prof. Ms. Maria Sílvia Bacila Winkeler ÁREA: Gestão Escolar
CURITIBA
2014
O PAPEL DO GESTOR COMO LIDERANÇA NA CONSTITUIÇÃO DO CLIMA E DA
CULTURA ORGANIZACIONAL NO ESPAÇO ESCOLAR
Silvia Vieira Dias – Professora PDE
Profª Ms. Maria Sílvia Bacila Winkeler- Orientadora UTFPR
ESCOLA
Apresentação
A presente Proposta de Intervenção Pedagógica está direcionada a ser
efetivada no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares e Colégio Estadual Altair da Silva
Leme, ambos no município de Colombo, PR. Será direcionada aos gestores, equipe
pedagógica, agente educacional I e II e instâncias colegiadas da educação pública
estadual.
Este Caderno Pedagógico tem como linha de estudo a Gestão Escolar,
abordando as seguintes temáticas: Gestão Democrática, Liderança, Clima
Organizacional e Cultura Organizacional, divididas em quatro Unidades, sendo elas:
Unidade 01 - Gestão Democrática; Unidade 02 – Clima Organizacional; Unidade 03 –
Cultura Organizacional; e Unidade 04 – Liderança; apresentando uma carga horária
de 32 horas, sendo estas divididas em quatro encontros presenciais.
Com este estudo, pretendemos averiguar qual a percepção da liderança do
Gestor na constituição do clima e da cultura organizacional através de uma análise
teórica e das representações de todos os envolvidos na escola.
É importante considerar que um estudo baseado nesta temática mostra-se
relevante, útil, de grande pertinência e atual pela força que a liderança e a procura de
sucesso exercem no processo de ensino-aprendizagem na sociedade em que
vivemos.
Enfim, o papel do gestor, através da sua competência e liderança, influencia na
definição do clima e da cultura organizacional, uma vez que tudo o que ele faz ou
deixa de fazer interfere na qualidade do ensino ofertado em cada comunidade escolar.
Unidade 01 – Gestão Democrática
Objetivos
Reconhecer o que é uma gestão democrática e sua relação com a
qualidade do ensino.
Compreender quem é o gestor escolar e qual o papel a ser
desempenhado na escola de modo que ele também possa contribuir
para que todos saibam qual sua função e a desempenhe em favor da
melhoria do ensino;
Conhecer os padrões de competência para exercer a função de gestor
escolar a fim de que se tenha parâmetros a partir dos quais se possa
averiguar o bom ou mau andamento do trabalho realizado;
Apresentar conceitos sobre o que é a gestão democrática e a fim de
identificar como ela ocorre dentro do ambiente escolar e qual sua
relevância para o processo de ensino/aprendizagem.
Metodologia
Leitura de textos com revisão bibliográfica sobre o assunto;
Análise coletiva dos conceitos abordados nos textos;
Interpretação e compreensão de imagens;
Leitura de texto complementar e debate coletivo sobre o tema;
Resolução de atividades de compreensão escrita com base em leitura
de artigo de revista.
Utilização de vídeo como reflexão para o conteúdo abordado.
GESTÃO DEMOCRÁTICA Democracia e gestão escolar democrática
A democracia surgiu da necessidade do
homem em participar de um processo
amplamente coletivo perante às decisões e
questionamentos sobre os diversos assuntos
relacionados à comunidade em que vive.
O conceito de gestão escolar foi criado para
superar um possível enfoque limitado do termo administração escolar. Foi
constituído a partir dos movimentos de abertura política do país que
começaram a promover novos conceitos e valores, associados, sobretudo, à
ideia de autonomia escolar, à participação da sociedade e da comunidade,
à criação de escolas comunitárias cooperativas e associativas e ao fomento
às associações de pais. Assim, no âmbito da gestão escolar, o
estabelecimento de ensino passou a ser entendido como um sistema aberto,
com uma cultura e identidade próprias, capaz de reagir com eficácia às
solicitações dos contextos locais em que se inserem.
A gestão escolar aponta questões concretas da escola e de sua
administração, baseadas no que se convencionou chamar de “escolas
eficazes”. Estas possuem características como orientação para resultados,
liderança marcante, consenso e coesão entre funcionários a respeito dos
objetos da escola, ênfase na qualidade do currículo e elevado grau de
envolvimento dos pais.
A gestão democrática nas escolas não surge de uma necessidade
semelhante a democracia política, porém podemos citar que essa
necessidade é proporcional às questões educacionais envolvidas no processo
de evolução científica. A grande mudança está no modo de gerir as novas
escolas.
Esse novo estilo de conduzir os processos educacionais dentro de uma
escola consiste na abertura de todos os setores dinâmicos dela para todos os
indivíduos da comunidade escolar, de modo que essas pessoas possam se
apropriar dos conhecimentos, decisões e ações de todos os setores,
FONTE: http://conselhoescolarsemed.blogspot.com.br/
descentralizando o poder totalitário do diretor da escola, envolvendo além
dos professores e funcionários, os pais, os alunos e qualquer representante da
comunidade que esteja interessado na escola e na melhoria do processo
pedagógico.
Para o sucesso da organização, considera-se relevante que a gestão
da escola busque a participação de todos e em diferentes cargos
(coordenação, professores, técnicos-administrativos, serviços gerais) para
uma melhor implantação dos objetivos almejados e um comprometimento
maior.
Isso porque uma ação realmente inovadora deve ser realizada com o
objetivo final de aproximar as pessoas da comunidade junto à escola que os
atende, a fim de que se crie um eixo transparente e seguro entre comunidade
e escola. Em contraponto, sabe-se com toda ação proposta ou projeto em
educação requer tempo para que se concretize, o que percebe-se hoje é
que a gestão democrática ainda não existe fielmente na sua definição o que
se vê de fato é uma gestão participativa onde a principal alternativa para
que a escola se transforme em um ambiente de crescimento contínuo e
integrado é a participação e o comprometimento de todos.
A democracia da gestão escolar se faz atração de três processos
básicos que devem estar integrados a um projeto pedagógico
compromissado com a eficácia de uma sociedade moderna e justa: a
participação da comunidade escolar na escolha dos dirigentes escolares, a
instituição do conselho ou colegiado escolar, formado por representantes da
própria comunidade escolar, pais, funcionários, professores, alunos – com
poderes deliberativos e decisórios e o repasse de recursos financeiros às
escolas que assegure a ampliação da autonomia.
A gestão democrática só será constituída através da prática de uma
cultura democrática e do diálogo como princípio participativo.
As potencialidades e obstáculos da participação da população na
gestão da escola se encontram dentro e fora da escola. Destaca-se pois, com
relação aos determinantes internos à unidade escolar, quatro tipos de
condicionantes; materiais, institucionais, políticos-sociais e ideológicos.
Com relação aos condicionantes materiais, trata-se das condições
objetivas em que se desenvolvem as práticas e relações no interior da unidade
escolar. Há de convir que não se pode esperar condições ótimas de trabalho
como também a ocorrência de relações democráticas cooperativas. Da
ausência dessas condições podem contribuir para o retardamento de
mudanças que favoreçam o estabelecimento de tais relações. Entretanto,
quando se fala em escolas públicas é que na medida em que, alcançar os
seus objetivos com um mínimo de eficácia faltam recursos de toda ordem.
Todavia é preciso tomar cuidado, não permitir que essas dificuldades
materiais sirvam como desculpa para nada fazer na escola. Percebe-se tal
fato quando, ao lado das reclamações a respeito da falta de recursos e das
modestas condições de trabalho não se desenvolve nenhuma tentativa de
superar tal condição ou de pressionar o Estado no sentido dessa superação,
ou até mesmo que a união de todos os envolvidos (pais, alunos, funcionários,
comunidade) que ao tornarem consciência das dificuldades, podem
desenvolver ações para superá-las. Segundo Paro (2001):
Dentre os condicionantes internos da participação na escola, os de
ordem institucional são de importância fundamental. Diante da atual
organização formal da escola pública, constata-se o caráter
hierárquico da distribuição da autoridade, que visa a estabelecer
relações verticais, de mando e submissão, em prejuízo de relações
horizontais favoráveis ao envolvimento democrático e participativo.
Os órgãos colegiados como a APMF e Conselho Escolar, que deveriam
propiciar a participação mais efetiva da população nas atividades da
escola parece não estar servindo satisfatoriamente a essa função
devido ao seu caráter formalista e burocratizado.
Tendo em vista que a participação democrática não se dá
espontaneamente, sendo antes um processo histórico de construção coletiva,
coloca-se a necessidade de se preverem mecanismos institucionais que não
apenas viabilizem mas também incentivem práticas participativas dentro da
escola pública.
De acordo com Paro (2001):
Com respeito a diversidade de interesses dos grupos que se relacionam
no interior da escola, há que se reconhecer, primeiro, a identidade de
interesses sociais estratégicos por parte de professores, demais
funcionários, alunos e pais , já que, na escola pública que atende as
camadas populares, todos são trabalhadores, no sentido mais amplo
do termo .Cotidianamente as pessoas se orientam pelos seus interesses
imediatos e estes são conflituosos consequentemente no intervir da
escola as relações nem sempre serão harmoniosas, serão sim, muito
conflituosas.
Na perspectiva de uma participação dos diversos grupos na gestão da
escola, parece que não se trata de ignorar ou minimizar a importância desses
conflitos, mas de levar em conta sua existência, bem como suas causas e suas
implicações na busca da democratização da gestão escolar como condição
necessária para a luta por objetivos coletivos e expressivos como o ensino de
boa qualidade para qualidade para a população. Assim, Paro (2001) aponta:
A participação democrática na escola pública sofre também os efeitos
dos condicionantes ideológicos aí presentes. Por condicionantes
ideológicos imediatos da participação estamos entendendo todas as
concepções e crenças sedimentadas historicamente na personalidade
de cada pessoa e que movem suas práticas e comportamentos no
relacionamento com os outros.
Assim, se estamos interessados na participação da comunidade na
escola, é preciso levar em conta a dimensão em que o modo de agir das
pessoas que aí atuam facilita/incentiva ou dificulta/impede a participação
dos usuários, É importante que se considere tanto a visão da escola a respeito
da comunidade quanto sua postura diante da própria participação popular.
Ressalta-se também que os condicionamentos ideológicos imprimem a
cada um dos envolvidos características próprias, sua cultura, formação
acadêmica , visão de si próprio e de mundo, sua visão politica de sujeito que
atua, interage no seu ambiente.
A gestão democrática é um caminho para equacionar todas essas
proposições e encontrar a melhor solução para concretizar os objetivos
educacionais, profissionais e culturais dos indivíduos e para que esta gestão se
solidifique é preciso muito trabalho seja ele dentro e fora da escola, nas
instâncias federais, estaduais ou municipais, enfim muita determinação de
todos os envolvidos nos ambientes da educação.
Atividades
DEBATE
INTERPRE-TAÇÃO
ANÁLISE
Observe a imagem abaixo e:
1. Reflita, e discuta com seus colegas sobre como deve
ser uma gestão escolar para que ela seja realmente
democrática.
2. Registre suas considerações e produza um texto
argumentativo sobre a seguinte questão: A gestão na
sua escola pode ser considerada democrática? Por
quê?
Fonte: http://pedagogiatoledo.blogspot.com.br/
O gestor
O gestor é também conhecido como Diretor
Escolar e cabe a ele a orientação e a organização
do trabalho de todos que atuam na escola. Seu
trabalho deve estar associado ao da supervisão ou
coordenação pedagógica, ao da orientação
educacional e ao da secretaria da escola, todos
considerados participantes da equipe gestora da
escola (Lück, 2009).
É importante que o gestor conheça seu papel na escola bem como
trabalhe de modo com que todos os demais integrantes do cotidiano escolar
também conheçam sua função de modo que seja possível integrar o trabalho
de todos com um objetivo comum: focalizar o trabalho no aluno e sua
realidade de modo a contribuir para a melhoria do ensino.
Segundo Penin, 2001 (citado por Lück, 2009):
Uma das competências básicas do diretor escolar é promover na
comunidade escolar o entendimento do papel de todos em relação à
educação e a função social da escola, mediante a adoção de uma
filosofia comum e clareza de uma política educacional, de modo a
haver unidade e efetividade no trabalho de todos. O desenvolvimento
dessa concepção passa pelo estudo contínuo de fundamentos,
princípios e diretrizes educacionais, postos tanto na legislação
educacional, que define os fins da educação brasileira e organiza e
orienta a sua atuação, quanto na literatura educacional de ponta e
atual.
Assim, de acordo com Lück, 2009, para ser um bom diretor escolar é
necessário conhecer quais os desafios que a sociedade apresenta para a
escola e sua organização bem como para todos da comunidade escolar.
Para tal, deve-se ter em mente uma série de aspectos que englobam a
educação, buscando respostas conjuntas para questionamentos, como:
• Qual o sentido da educação, seus fundamentos, princípios, diretrizes
e objetivos propostos pela teoria educacional e pela legislação?
• Qual o sentido e os objetivos da educação na sociedade atual?
• Como se organiza o processo educacional nos diferentes níveis e
modalidades de ensino para atender as novas demandas?
• Qual o papel da escola e de seus profissionais segundo as proposições
legais e as demandas sociais?
• Que princípios e diretrizes constituem uma escola efetiva?
FONTE: http://yeapfarma.com/dica-yeap-5-passos-
para-ser-um-farmaceutico-gestor-de-sucesso/
• Quem são os alunos a quem a escola deve atender? Quais suas
necessidades? Suas características pessoais e orientações para a vida?
• Quais suas necessidades educacionais e humanas, em relação ao
seu estágio de desenvolvimento e seus desafios sociais?
• Em que condições aprendem melhor?
• Como se pode organizar a escola para oferecer ao aluno condições
educacionais favoráveis para sua formação e aprendizagem efetiva?
(Lück, 2009, p. 17)
Padrões de competência para as funções de Diretor Escolar
Muitos integrantes da comunidade escolar pensam que se aprende a
dirigir uma escola apenas com a prática, e até mesmo muitos diretores ainda
veem na experiência a melhor (e, às vezes, a única) forma de se aprender o
ofício da gestão.
Não se descarta aqui o valor da prática, mas com o conhecimento dos
padrões de competências, segundo Lück, 2009, é possível “estabelecer os
parâmetros necessários, tanto para orientar o exercício do trabalho em
questão, como para orientar os estudos e preparação para esse exercício”.
VAMOS
REFLETIR
Explicitar claramente o que representa educação, a escola,
o ensino, o papel do diretor e dos professores na promoção
do processo educacional é fundamental para que se possa
atuar de forma consistente no contexto educacional.
Quando uma mesma fundamentação e entendimento é
compartilhado por várias pessoas empenhadas na mesma
tarefa, elas passam a manifestar comportamentos
convergentes e a adotar representações semelhantes sobre
o seu trabalho, reforçando uns o trabalho dos outros e, dessa
forma, construindo um processo educacional unitário.
Mediante orientação por uma concepção comum de ver o
universo educacional e atuando a partir de objetivos
comuns reconhecidos como valiosos por todos os que
compartilham da mesma visão, a educação ganha
efetividade. (Lück, 2009, p.24)
Além disso, através desses padrões, é possível avaliar o trabalho realizado e
possibilita ao gestor estar sempre aberto para melhorias apontadas como
necessárias.
Trata-se de conhecer o “conjunto sistêmico de padrões mínimos
necessários para o bom desempenho das responsabilidades que
caracterizam determinado tipo de atividade profissional”, relacionado com a
função desempenhada. Em relação à pessoa, a competência se constitui na
“capacidade de executar uma ação específica ou dar conta de uma
responsabilidade específica em um nível de execução suficiente para
alcançar os efeitos pretendidos”, Lück, 2009.
Atividades
MAIS...
SABER
PARA Antes de resolver as atividades propostas, leia o
texto disponível no link a seguir para conhecer
melhor as competências do gestor escolar:
“Fundamentação e princípios da educação e da
gestão escolar”, extraído da página 15 e 16 do livro
Dimensões da gestão escolar e suas competências,
de Heloísa Lück, disponível em
http://www.fundacaolemann.org.br/arquivos/uplo
ads/arquivos/Dimensoes_da_gestao_escolar_(livro_f
inal).pdf
DEBATE
COMPRE-ENSÃO
LEITURA
1. Leia o artigo “O que faz e o que pensa o gestor
escolar” , escrito por Cinthia Rodrigues
(http://gestaoescolar.abril.com.br/formacao/faz-pensa-
gestor-escolar-507667.shtml )
Neste artigo é apresentada uma pesquisa que revela
com que os diretores se preocupam mais na prática do
seu dia-a-dia. Elabore um texto comparativo entre o
que essa pesquisa aponta e os conceitos
apresentados até aqui sobre como deve ser um bom
gestor. Apresente seu texto aos colegas e debata com
eles sobre o tema, partindo da sua realidade escolar.
ESCRITA
INTERPRE-TAÇÃO
ANÁLISE
2. Na figura abaixo são apresentadas algumas ações
importantes para o bom ofício do gestor escolar.
Pensando nestas ações e partindo do exemplo desta
imagem, monte um esquema informacional com o
nome do gestor ao centro e ao redor coloque as
qualidades/competência que o gestor deve
ter/desenvolver para que ele seja capaz de realizar
essas ações.
FONTE: http://ead.tjgo.jus.br/mod/forum/discuss.php?d=8791
Acesso em 19/102014
Referências
LüCK, H. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Curitiba: Editora
Positivo, 2009. Disponível em:
http://www.fundacaolemann.org.br/arquivos/uploads/arquivos/Dimensoes_
da_gestao_escolar_(livro_final).pdf Acesso em: 15/10/14.
RODRIGUES C. O que faz e o que pensa o gestor escolar? Revista Gestão
Escolar – Editora Abril. Disponível em:
http://gestaoescolar.abril.com.br/formacao/faz-pensa-gestor-escolar-
507667.shtml Acesso em: 17/10/14.
PARO, V. H. Gestão democrática na escola pública. São Paulo: Ática, 2001.
PARANÁ. Universidade Federal do CINFOP. Coleção Gestão e Avaliação da
Escola Pública: Gestão Democrática da Escola Pública. Vol. 1. Curitiba: Editora
UFPR, 2005.
Unidade 02 – Clima Organizacional
Objetivos
Apresentar o conceito de clima organizacional;
Conhecer como é possível perceber o clima organizacional do
ambiente escolar;
Perceber a importância do gestor na constituição de um clima
considerado bom ou ruim dentro da organização escolar.
Metodologia
Leitura de texto com revisão bibliográfica sobre o assunto;
Análise de imagens sobre o clima organizacional;
Realização de debates sobre como se dá o clima organizacional
dentro das escolas;
Utilização de slides para complementação do conteúdo estudado;
Produção escrita sobre o ambiente de trabalho escolar de cada
pessoa e apresentação ao grande grupo.
Preenchimento de questionário online sobre clima organizacional na
escola.
CLIMA ORGANIZACIONAL
O clima organizacional representa a
personalidade de cada instituição escolar,
manifestada nos conceitos e sentimentos que
funcionários, professores e demais membros da
comunidade escolar partilham e sentem a respeito da organização escolar,
liderada pelo gestor, sendo que estes afetam de maneira positiva ou negativa
sua satisfação e motivação para o trabalho.
De acordo com Lück (2010, p.65),
O clima organizacional corresponde a um humor, estado de
espírito coletivo, satisfação de expressão variável segundo as
circunstâncias e conjunturas do momento, em vista do que seu
caráter pode ser sobremodo temporário e eventual,
dependendo da resolução das condições que criam essas
características – daí a ser também cognominado de atmosfera.
Essa atmosfera é construída e vivenciada por todos que fazem parte do
cotidiano e do ambiente escolar. É constituída a partir das relações
interpessoais e até mesmo por fatores externos relacionados ao ambiente
físico da escola, como reformas estruturais, por exemplo.
É possível identificar dois tipos de clima dentro das escolas: o clima
fechado, onde os membros do ambiente de trabalho não são considerados
nem consultados, representando-se, assim, como rígido, autocrático e
constrangedor; e o clima aberto, no qual é percebido um ambiente com
indivíduos motivados, com o trabalho reconhecido, uma vez que há a
participação desses indivíduos em todos os níveis do trabalho e das decisões.
De acordo com Brunet (1992):
O clima de uma organização reporta-se a uma série de
características relativamente permanentes, que:
a) Diferenciam uma dada organização, podendo considerar-
se que cada escola é suscetível de possuir uma
personalidade própria, um clima específico;
b) Resultem dos comportamentos e das políticas dos membros
da organização, especialmente da direção, uma vez que o
clima é causado pelas variáveis físicas (estrutura) e humanas
(processo);
c) São percebidas por membros da organização;
d) Servem de referência para se interpretar uma situação, pois
os indivíduos respondem às solicitações do meio de acordo
com a percepção do clima;
e) Funcionam como campo de força destinado a dirigir as
atividades, na medida em que o clima determina os
comportamentos organizacionais.
Dessa forma, gestores, para que possam ser considerados competentes,
é necessário que se debrucem sobre questões referentes ao clima e a cultura
escolar e sobre condições que criam e suas manifestações que expressam um
conjunto de respostas tácitas, atitudinais e comportamentais aprendidas
coletivamente no enfrentamento de desafios. Assim,
(...) É condição para que os fundamentos, diretrizes, princípios e
objetivos sejam adequadamente formulados, construídos e
interpretados à luz da realidade em que serão aplicados e sejam
devidamente traduzidos para os atores, assim como esses atores,
coletivamente organizados, compreendam os desafios próprios de
organização de seu ambiente para tal implementação. (LÜCK, 2010,
p.26-27)
De maneira geral, clima e cultura organizacional não são termos
sinônimos, mas complementares e que estão intrinsecamente ligados:
É importante reconhecer que os conceitos de clima e de cultura
organizacional estão intimamente interligados, de tal modo que não
apenas se reconhece que um faz parte do outro como também se
sobrepõem e se confundem em muitos aspectos, conforme se observa
na realidade. (Idem, p. 53)
Dessa forma, é imprescindível que o gestor tenha a capacidade de
conhecer e compreender como realmente se apresenta o clima e a cultura
organizacional no seu âmbito escolar de modo a traçar seus objetivos e suas
ações visando à melhoria do trabalho escolar como um todo.
Portanto, o gestor não deve se esconder das dificuldades ou culpá-las
pelo fracasso escolar, ao contrário, ele deve assumir um papel de liderança e
auxiliar que a comunidade escolar caminhe em direção ao sucesso do
processo de ensino-aprendizagem:
Os gestores escolares, considerando-se as expressões ideais de sua
atuação, ao assumirem as responsabilidades de seu cargo, passam a
ter como inerentes a ele a responsabilidade de liderar a formação de
clima e cultura escolar compatível com concepções elevadas da
Educação e políticas educacionais, de modo que se promova
ambiente escolar estimulante e adequado para a formação
consistente e aprendizagem significativa de seus alunos. (LÜCK, 2010,
p. 128)
Vale lembrar a expressão popular que afirma que “a escola é a cara
do diretor”, ou seja, a ele cabe liderar para o sucesso ou para o fracasso, por
isso é imprescindível que ele tenha conhecimento do clima e cultura
organizacional da sua comunidade de modo a buscar as transformações
necessárias para a melhoria da qualidade do ensino.
Assim, o trabalho do gestor deve estar focado no modo coletivo de ser
e fazer da escola, nas suas relações interpessoais, em suas tendências e
articulações dentro e fora da escola. A boa gestão de cultura e do clima
organizacional indicará um projeto educativo de sucesso.
Portanto, se o gestor tem objetivos transformadores e vê a necessidade
de a escola organizar-se democraticamente, ele irá exercer influências no que
diz respeito às formas de organização do trabalho, sua distribuição e
implementação, sintonizar as relações interpessoais, os estilos de
comunicação mediar as reações das pessoas diante dos desafios enfrentados
e ainda equacionar as influências externas, como as determinações impostas
e orientações propostas pelo sistema educacional e os recursos que lhes são
disponibilizados.
VAMOS
REFLETIR
Como medir o Clima Organizacional?
Além de pesquisas envolvendo diretamente o uso de
entrevistas e questionários, segundo FARIA:
O clima organizacional pode ser medido, também, através
da percepção e alguns “sintomas”: quando o clima é bom,
existe alegria no ambiente de trabalho, aplicação e
surgimento de ideias novas, os funcionários se sentem
confiáveis, engajados, e predominam atitudes positivas; já
quando o clima é ruim, existe tensão, rivalidades,
desinteresse, erros constantes, desobediência às ordens,
falta de comunicação, alto índice de absenteísmo, greves,
desperdício de materiais e turnover alto (rotatividade de
funcionários).
Reflita sobre qual ou quais desses aspectos pode(m) ser
encontrado(s) no seu ambiente de trabalho escolar.
Atividades
DEBATE
INTERPRE-TAÇÃO
ANÁLISE
1. Identificando o tipo de clima organizacional
A partir da reflexão anterior, socialize com seus colegas
sobre como você percebe que está o clima na
organização da sua escola.
ESCRITA
COMPRE-ENSÃO
ANÁLISE
2. Análise de imagens
Observe as imagens abaixo e debata com seus colegas:
Quais são os “sintomas” observados nessas imagens? Eles
representam um clima bom ou ruim?
Produza um texto argumentativo apresentando sua
opinião sobre a questão: Qual o papel do gestor escolar
na constituição de um bom clima organizacional?
Imagem 1
FONTE:
http://gearaguedes.com.br/artigos/pesquisa-
de-clima-organizacional/
Imagem 2
FONTE:
http://pesquisadeclimaorganizacional.com/
Imagem 4
FONTE:
http://www.abcdoabc.com.br/abc/noticia/pesquisa-clima-
organizacional-ferramenta-melhoria-continua-
9948br/2014_04_21_archive.html
Imagem 3
FONTE:
http://gestaodelogisticahospitalar.blogspot.com.br/2
014_04_21_archive.html
Conhecendo sua realidade
Referências
BRUNET, L. Clima de trabalho e eficácia da escola. In: NÓVOA, A. As
organizações escolares em análise. Lisboa: Dom Quixote, 1992.
FARIA. C. Clima Organizacional. SITE: Infoescola. Disponível em:
http://www.infoescola.com/administracao_/clima-organizacional/ Acesso em
22/10/2014.
LÜCK, H. Gestão da cultura e do clima organizacional da escola . Petrópolis:
Vozes, 2010.
Para pensar mais e conhecer melhor sobre o clima
organizacional que ocorre na prática na sua
comunidade escolar, propomos agora o preenchimento
de Questionário online: Avaliação da Cultura
Organizacional da Escola https://docs.google.com/forms/d/1bclhR3I0jEg0D6BswhAECS
K47C9oyAbnAzal_PqxLVM/viewform?c=0&w=1v
Unidade 03 – Cultura Organizacional
Objetivos
Conceituar o que é cultura e cultura organizacional;
Elencar aspectos visíveis e invisíveis existentes percebidos na Cultura
Organizacional da instituição escolar;
Discutir quais são as possíveis mudanças a partir do estudo realizado,
considerando teoria e prática;
Identificar aspectos a serem melhorados na cultura organizacional da
escola.
Metodologia
Apresentação do Vídeo-Aula do professor Luiz Otávio - Conceito de
Cultura Organizacional (disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=dgPWiiaHmB4);
Leitura e discussão do texto extraído do Livro: Gestão da Cultura e do
Clima Organizacional da Escola, páginas 51 à 82 – Heloisa Lück (2010)
(Ver Anexo);
Apresentação de slides com tópicos para discussão no grupo sobre o
que é cultura organizacional e como ela ocorre nas organizações e no
ambiente escolar;
Utilização do Vídeo - Cultura Organizacional nas empresas - Gestão de
Pessoas (disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=4Ak95oRFHJc)
Preenchimento de Questionário on line de Avaliação da Cultura
Organizacional da Escola https://docs.google.com/forms/d/1bclhR3I0jEg0D6BswhAECSK47C9oyAbnAzal_Pqx
LVM/viewform?c=0&w=1v
CULTURA ORGANIZACIONAL
Vamos iniciar esta unidade assistindo ao
Vídeo-Aula do professor Luiz Otávio - Conceito de
Cultura Organizacional (disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=dgPWiiaHmB4
A partir do vídeo, vamos mergulhar um pouco mais no conceito de
cultura: no que diz respeito às organizações, desde 1980 vem crescendo o
interesse pelo estudo e pela renovação das teorias existentes no que diz
respeito à cultura que permeia as organizações. Observar a cultura, segundo
Teixeira (2002) “permite recolocar o fator especificamente humano nas
organizações”, estas que até então eram analisadas sob uma ótica mais
estrutural e como “espaço de exercício e luta por poder”. De acordo com
Teixeira (2002, p.16):
O interesse atual pelo estudo da cultura organizacional tem motivação
diversa dos estudos realizados nos anos de 1960, cujo objetivo era
responder às indagações referentes ao impacto cultural sobre a
estrutura e os processos de comportamento no interior das
organizações, que tinham, em razão da sua multinacionalização, que
atuar em diferentes culturas.
Assim, a escola é uma organização que, apesar de não ser
necessariamente tomada como multinacional, atua em esferas nacional,
regional, estadual, municipal e local, sendo impactada socialmente por
fatores econômicos e culturais que permeiam essas esferas.
Sob a ótica educacional, a cultura organizacional, segundo Lück (2010)
representa “o que a escola realmente faz, como ela é e os valores que de
fato assume”, ou seja, trata-se da realidade prática e coletiva da instituição
escolar.
É importante ressaltar que, muitas vezes, por se tratar do aspecto prático,
a gestão preocupa-se em conhecer a realidade escolar de forma superficial
e decisões e ações tomadas sob essa ótica não resolvem os problemas, muitas
vezes apenas os mascaram. Isso porque a cultura é algo mais profundo, daí a
ser representada como um iceberg (possui uma pequena parte visível e uma
grande extensão submersa). Dessa forma, segundo Lück (2010) “não se pode,
por óbvio, julgar que aquilo que não seja percebido não exista, ou que não
exerça um papel significativo no curso das ações e seus resultados”. O que se
esconde acaba impedindo silenciosamente, dissimuladamente e
sorrateiramente a implementação de decisões e ações que sejam efetivas
para a solução dos problemas educacionais e a consequente melhoria da
qualidade do ensino nesta instituição. Lück afirma:
...Conhecer a cultura organizacional da escola representa, pois, um
processo de desvelamento de camadas submersas, o que é possível na
medida em que sejam capazes de, dentre outros aspectos, assumir um
olhar inquisitivo sobre o comportamentos, ações e reações expressos
na escola, suspendendo qualquer julgamento prévio; agir com muita
perspicácia, olhar clínico e sensível que procura ver o significado mais
profundo daquilo que está aparente, e aquilo que fica além do
aparente; identificar suas ramificações internas; compreender os
significados de todos esses aspectos observados. (2010, p.58)
Além disso, por se tratar de um processo de desvelamento de camadas
submersas, a cultura organizacional pode passar despercebida por muitos
integrantes da comunidade escolar, além dos gestores. Também esse
processo não é algo imutável, ele se transforma, modifica-se enquanto reflexo
das relações em um determinado tempo e espaço social.
Segundo Forquin (1993), citado por Franco (1997), a cultura que permeia
a escola também é produzida e reproduzida pela própria escola: “a cultura é
o conteúdo substancial da educação (...), a educação não é nada fora da
cultura e sem ela. Mas, reciprocamente, dir-se-á que é pela e na educação
(...) que a cultura se transmite e se perpetua” (p. 14). Franco (1997), seguindo
as ideias de Forquim (1993), afirma que a escola seleciona elementos da
cultura que vai transmitir (valorizando uns e esquecendo outros, conforme
interesses sociais, políticos e econômicos) e os reelabora didaticamente,
produzindo, assim, uma cultura escolar.
1. Leia o texto extraído do Livro: Gestão da Cultura e do
Clima Organizacional da Escola, páginas 51 à 82 –
Heloisa Lück (2010). Em seguida, discuta com os colegas
sobre como ocorre a gestão da cultura e do clima na
sua escola e quais pontos devem ser melhorados, na sua
opinião, para que isso contribua com a qualidade do
ensino.
DEBATE
COMPRE-ENSÃO
LEITURA
Para conhecer melhor a questão da cultura
organizacional, assista ao Vídeo - Cultura Organizacional
nas empresas - Gestão de Pessoas (disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=4Ak95oRFHJc)
MAIS...
SABER
PARA
Conhecendo sua realidade
Para pensar mais e conhecer melhor sobre o clima e a
cultura organizacional que ocorre na prática na sua
comunidade escolar, propomos agora o preenchimento
de Questionário online: Avaliação da Cultura
Organizacional da Escola https://docs.google.com/forms/d/1bclhR3I0jEg0D6BswhAECS
K47C9oyAbnAzal_PqxLVM/viewform?c=0&w=1v
Unidade 04 – Liderança
Objetivos
Conceituar o que é liderança e conhecer os estilos de liderança;
Descobrir como nossas experiências, crenças e valores formam nosso
estilo de liderança e o impacto causado por ele no ambiente e na
cultura da organização;
Valorizar o potencial humano e construir relacionamentos de respeito
e confiança;
Desenvolver e manter processos e procedimentos que levem à
criatividade, planejamento, definição de metas de desempenho,
administração do tempo, delegação, análise de problemas e tomada
de decisões;
Aprimorar o processo de direção demonstrando habilidade em
perguntar e ouvir em situações individuais, com pequenos grupos e em
reuniões para solucionar problemas.
Metodologia
Sensibilização ao processo de aprendizagem de liderança através de
uma dinâmica de grupo;
Apresentação de conceitos teóricos de liderança através de vídeos e
slides;
Leitura de textos com revisão bibliográfica sobre o assunto;
Resolução de atividades escritas e de dramatização em equipe para
representar os estilos de liderança.
LIDERANÇA
O que é liderança?
Para melhor visualizarmos o conceito de liderança, vamos assistir a um
filme.
Estilos de Liderança
O gestor e o espaço escolar possuem uma relação muito estreita que
deve ser analisada, estudada e refletida, pois, na contemporaneidade, a
gestão escolar precisa preocupar-se mais com os fins da Educação, com a
eficácia da escola no cumprimento de sua função social, e com os resultados
que devem ser buscados e, para tanto, há necessidade da eficiente gestão,
de liderança ativa e, também de atuar visando tornar o espaço cada vez
mais funcional e dinâmico, adequado ao processo educativo escolar onde
trabalham.
Sobre a questão da liderança, como ela é algo interpessoal, possui
várias definições, uma delas, apresentada por Montana e Charnov (2000),
O processo de sensibilização ao processo de
aprendizagem de liderança é desenvolvido
para “quebrar o gelo” e fazer a introdução
à oficina através de uma dinâmica. Observe
as orientações da professora.
Apresentação do vídeo tipos de lideranças:
(https://www.youtube.com/watch?v=IzGUB
KrFRXw)
VÍDEO
DINÂMICA
citado por Botelho e Krom (2010), “A liderança é um processo pelo qual um
indivíduo influencia outros, a realizar os resultados desejados”. Nessa
perspectiva, destacam-se três formas de liderança: a liderança autocrática
(somente o líder fixa as diretrizes, define e distribui tarefas, sem participação
do grupo); a liderança liberal, conhecida também como laissez-faire (mínima
participação do líder, o grupo tem liberdade total para as tomadas de
decisões coletivas ou individuais); e a liderança democrática (o líder assiste e
estimula o grupo a tomar decisões, dividir tarefas e esboçar os meios para se
atingir um objetivo).
A fim de avaliar o impacto dessas três formas de liderança, em 1939
Ralph K. White e Ronald Lippitt, da Universidade de Iowa nos Estados Unidos
fizeram estudos envolvendo meninos de dez anos que foram orientados
alternadamente durante seis semanas para a execução de tarefas dentro das
três perspectivas de liderança. Dentre os resultados, obteve-se, segundo
Botelho e Krom (2010):
Liderança Autocrática: De acordo com o experimento, com este tipo
de liderança, o comportamento dos grupos mostrou forte tensão,
frustração e, sobretudo, agressividade, de um lado, e, de outro,
nenhuma espontaneidade nem iniciativa, nem formação de grupos de
amizade. Embora aparentemente gostassem das tarefas, não
demonstraram satisfação com relação à situação. O trabalho somente
se desenvolvia com a presença física do líder. Quando este se
ausentava, as atividades paravam e os grupos expandiam seus
sentimentos reprimidos, chegando a explosões de indisciplina e de
agressividade.
Liderança Laissez-Faire: Através deste estilo, embora a atividade dos
grupos fosse intensa, a produção foi simplesmente medíocre. As tarefas
se desenvolviam ao acaso, com muitas oscilações perdendo-se muito
tempo com discussões mais voltadas para motivos pessoais do que
relacionadas com o trabalho. Notou-se forte individualismo agressivo e
pouco respeito com relação ao líder.
Liderança Democrática: Com este estilo de liderança, houve formação
de grupos de amizade e de relacionamentos cordiais entre os meninos.
Líder e subordinados passaram a desenvolver comunicações
espontâneas, francas e cordiais. O trabalho mostrou um ritmo suave e
seguro sem alterações mesmo quando o líder se ausentava. Houve um
nítido sentido de responsabilidade e comprometimento pessoal.
Nessa perspectiva, dentro do âmbito educacional, a liderança
democrática é a que mais condiz com os objetivos da educação de formar
o indivíduo com autonomia para exercer uma cidadania plena de modo a
contribuir e lutar por uma sociedade melhor. Uma gestão com as
características desta forma de liderança é chamada de Gestão Democrática.
TEXTO 1
Prefiro ver um sermão a ouvir um algum dia. Prefiro que alguém caminhe comigo e não meramente me mostre o caminho. Os olhos são um aluno melhor e mais disposto que o ouvido, O conselho excelente confunde, mas o exemplo é sempre claro. E o sermão que você faz pode ser muito sábio e verdadeiro, Mas eu prefiro aprender minha lição observando o que você faz. Porque posso compreendê-lo mal no aviso elevado que você dá, Mas não há como compreender mal a forma como você age e como vive. E todos os viajantes podem testemunhar que o melhor dos guias hoje, Não é aquele que lhes diz, mas aquele que lhes mostra o caminho.
(“Prefiro Ver um Sermão”, de Edgar Guest)
VAMOS
REFLETIR
MAIS...
SABER
PARA APRESENTAÇÃO DE SLIDES
A professora apresentará alguns slides com
conceito e estilos de lideranças para você
compreender melhor esse assunto.
TEXTO 2
Liderança não é um cargo, uma cadeira, uma posição, um título ou uma sala;
liderança é uma escolha, e a partir do momento em que você escolhe liderar, as pessoas
escolhem tê-lo como referência, voltando os holofotes para você. E a partir daí, elas
não apenas escutam o que você diz, mas principalmente, passam a observar o que você
faz, por isso, aquela velha postura do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”
pode até reforçar o seu poder como chefe, mas certamente enfraquecerá e, com o
tempo, destruirá sua autoridade como líder.
Não é preciso ser perfeito, mas é imprescindível demonstrar interesse em
melhorar, afinal, não existem líderes perfeitos, mas tampouco existem líderes que não
estejam em aperfeiçoamento.
Liderança pressupõe relacionamento, e bons relacionamentos são construídos
sobre um alicerce chamado confiança, que se conquista através de transparência e
coerência entre interior e exterior, convicções e comportamentos, palavras e estilo de
vida, e valores e prática, ou seja, exemplos. Se suas palavras não estiverem alinhadas
com suas ações, sua liderança terá pouco sentido, sua influência será nula ou negativa,
e sua autoridade como líder será questionada.
Liderança não é apenas o que você faz, mas principalmente o que você
demonstra ser, por meio de suas atitudes, portanto, se você deseja realmente
conquistar a confiança das pessoas e reforçar sua autoridade como líder, viva de forma
que elas pensem da seguinte maneira: “As atitudes do meu líder falam tão alto, que eu
não consigo ouvir sua voz”, e não se esqueça: Palavras movem, exemplos
arrastam!
FONTE: http://www.blogdofabossi.com.br/2014/08/palavras-movem-
exemplos-arrastam-lideranca-2/ Acesso em: 20/10/2014
VAMOS
REFLETIR
Atividades
ESCRITA
COMPRE-ENSÃO
LEITURA
Vamos nos dividir em três equipes.
Cada equipe deve eleger um líder.
Será dado ao líder de cada grupo um pequeno texto
extraído do livro Liderança em gestão escolar –
referente aos estilos de liderança – será solicitada uma
leitura em grupo, discussão elaboração de uma
síntese e apresentação ao grande grupo. (Grupo 1-
Estilo autocrático, Grupo 2 - Estilo democrático; Grupo
3- Estilo laissez faire).
DRAMATI-
ZAÇÃO
INTERPRE-TAÇÃO
ANÁLISE
Após as discussões sobre os três tipos de liderança,
cada equipe vai trocar com a outra o estilo de
liderança que apresentou.
Cada equipe deverá criar uma representação teatral
contendo uma situação na qual fique evidente o estilo
de liderança que esteja representando. Apresente o
teatro ao grande grupo.
Conhecendo sua realidade
Referências
BOTELHO, J.C. KROM, V. Os estilos de liderança nas organizações. Anais - XIV
Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e X Encontro Latino Americano de
Pós-Graduação. Universidade do Vale do Paraíba: 2010. Disponível em:
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2010/anais/arquivos/0003_0494_01.pdf Acesso
em: 29/04/14.
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
LÜCK. H. Liderança em Gestão Escolar. 4ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2010.
MOSCOVICI, F. Desenvolvimento interpessoal – treinamento em grupo (244 a
249). 17 ed. Rio de Janeiro: José Olímpio, 2009.
Para pensar mais e conhecer melhor sobre o clima
organizacional que ocorre na prática na sua
comunidade escolar, propomos agora o preenchimento
de Questionário online: Avaliação da Cultura
Organizacional da Escola https://docs.google.com/forms/d/1bclhR3I0jEg0D6BswhAECS
K47C9oyAbnAzal_PqxLVM/viewform?c=0&w=1v
Anexo