os desafios da escola pÚblica paranaense na … · o uso de jogos e brincadeiras como estratégia...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013
Título: Tendências Metodológicas no Ensino de Matemática em uma Sala de
Recursos Multifuncional Tipo I.
Autor: Adriana Taeko Miyao
Disciplina/Área: Matemática
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Maria Francisca de Souza – Ensino Fundamental e Médio
Município da escola: Barra do Jacaré
Núcleo Regional de Educação: Jacarezinho
Professor Orientador: Anália Maria Dias de Gois
Instituição de Ensino Superior: UENP
Relação Interdisciplinar: Artes/Língua Portuguesa
Resumo:
O presente material, produzido como forma de produção didático pedagógica desenvolvida para o Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná , justifica-se como forma de auxiliar alunos que freqüentam a Sala de Recursos Multifuncional Tipo I a despertarem seu interesse e sua motivação pela aprendizagem de conteúdos básicos de matemática através das Tendências Metodológicas no Ensino da Matemática, utilizando-se assim de recursos diferenciados e sempre que possível, associados à ludicidade. Com isto objetiva-se que o alunos possam preencher lacunas existentes no processo ensino-aprendizagem, fazendo com que o mesmo possam se desenvolver globalmente, abrangendo aspectos cognitivos e também sócioafetivos. As atividades desenvolvidas
estarão sempre relacionadas a uma das Tendências Metodológicas no Ensino da Matemática ou ao lúdico de modo que as metodologias abordadas possam ser diferenciadas, propiciando assim uma fixação eficaz de conceitos matemáticos
Palavras-chave:
Desinteresse; ludicidade; aprendizagem
Formato do Material Didático: Unidade didática
Público:
Alunos que frequentam Sala de Recursos Multifuncional Tipo I
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ CAMPUS DE JACAREZINHO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
ADRIANA TAEKO MIYAO
TENDÊNCIAS METODOLÓGICAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA EM UMA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I
JACAREZINHO 2013
ADRIANA TAEKO MIYAO
TENDÊNCIAS METODOLÓGICAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA EM UMA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I
Produção Didático-Pedagógica apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria do Estado da Educação (SEED). Orientador: Prof. Anália Maria Dias de Gois
JACAREZINHO 2013
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Adriana Taeko Miyao
Área/Disciplina PDE: Matemática
NRE: Jacarezinho
Professora Orientadora IES: Anália Maria Dias de Gois
IES vinculada: UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná
Escola de Implementação: Colégio Estadual Maria Francisca de Souza – Ensino
Fundamental e Médio
Público objeto de intervenção: Alunos da Sala de Recursos Multifuncional - Tipo I
período vespertino
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
APRESENTAÇÃO
Este material, que é apresentado como forma de unidade didática, propõe
atividades a serem desenvolvidas em uma Sala de Recursos Multifuncional Tipo I ,
no Colégio Estadual Maria Francisca de Souza, Ensino Fundamental e Médio na
qual freqüentam alunos com diversos tipos de dificuldades de aprendizagem entre
eles: deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do
desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, com o uso de Tendências
Metodológicas no Ensino da Matemática ampliadas com a inclusão de jogos para
uma abordagem pedagógica , objetivando aprimorar o ensino e aprendizagem em
sala de aula, das quais constam nas diretrizes curriculares nacionais da educação
básica:
Resolução de problemas;
Modelagem matemática;
Mídias tecnológicas;
Etnomatemática;
História da matemática;
Investigações matemáticas.
Tendo em vista que tais alunos, devido as dificuldades apresentadas,
possuem falta de interesse, concentração e atenção, vamos propor o uso de
tendências metodológicas no ensino de matemática aliadas a ludicidade e atividades
diferenciadas para resgatar o gosto pela aprendizagem, além de buscar amenizar
defasagens que possam ter ocorrido durante seu processo educacional, fazendo
com que os mesmos encontrem obstáculos durante a resolução de atividades.
Embora não venham a ser abordadas todas as Tendências Metodológicas no
Ensino da Matemática, vamos utilizar várias delas, modelagem matemática, história
da matemática, resolução de problemas e predominantemente o uso de mídias
tecnológicas já que esta tendência, em tempos atuais, é a que mais desperta
interesse nos educandos, pois envolvem o uso de recursos tecnológicos como a
televisão, utilização de aplicativos da internet, softwares entre outros, inserindo
diversas formas de ensinar e aprender e valorizando o processo de produção do
conhecimento. Entretanto trata-se de uma tendência que ocasionalmente causa
apreensão por parte dos educadores, visto que por vezes, alguns não possuem o
domínio necessário para conduzir uma atividade, evitando assim a execução
mesma, por se sentir inseguro. Vale então salientar que todos podem buscar tal
competência que se faz tão imprescindível para agregar saber em nossos
educandos.
Na realidade todas as tendências são de suma importância para auxiliar na
eficácia do processo de ensinar e aprender e durante a abordagem dos conteúdos é
muito bom que o professor consiga, transitar por todas elas e, sempre que possível,
fazer a articulação entre as mesmas como nos recomenda as Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Básica .
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/ REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo a instrução nº 016/2011 a Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I
é um atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que
complementa a escolarização de alunos matriculados na rede pública de ensino que
apresentam:
- Deficiência intelectual: Em conformidade com a Associação Americana de Retardo Mental, alunos com deficiência intelectual são aqueles que possuem incapacidade caracterizada por limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo e está expresso nas habilidades práticas, sociais e conceituais, originando-se antes dos dezoito anos de idade.
- Deficiência física neuromotora: aquele que apresenta comprometimento motor acentuado, decorrente de seqüelas neurológicas que causam alterações funcionais nos movimentos, na coordenação motora e na fala, requerendo a organização do contexto escolar no reconhecimento das diferentes formas de linguagem que utiliza para se comunicar ou para comunicação.
- Transtornos globais do desenvolvimento : aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento
neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou esteriotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicose) e transtornos invasivos sem outras especificações.
- Transtornos funcionais específicos: refere-se a funcionalidade específica (intrínsecas) do sujeito, sem o comprometimento intelectual do mesmo. Diz respeito a um grupo heterogêneo de alterações manifestadas por dificuldades significativas: na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas, na atenção e concentração (PARANÁ, 2011, p.1).
Tais alunos apresentam dificuldades de aprendizagem em várias áreas do
conhecimento, mas, principalmente no que se refere apropriação de conceitos
matemáticos.
A instrução também orienta quanto aos recursos materiais que podem ser
utilizados no trabalho com estes alunos, nos quais se devem incluir os jogos
pedagógicos que valorizem aspectos lúdicos, estimule à criatividade, a cooperação,
a reciprocidade e promovam o desenvolvimento dos processos cognitivos. Devem-
se promover então atividades diversificadas que sejam direcionadas para superar
dificuldades na aquisição do conhecimento matemático.
O atendimento a estes alunos ocorre em período contrário ao que este se
encontra matriculado e é realizado por um cronograma que pode ser individual ou
em grupos, de forma a oferecer o suporte necessário às necessidades especiais dos
alunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento. Quanto à frequência, o
atendimento pedagógico deverá ser realizado de duas a quatro vezes por semana,
não ultrapassando duas horas/aula diárias.
Em contraposição às dificuldades apresentadas por tais alunos, as Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Básica (2008) apresentam as Tendências
Metodológicas da Educação Matemática que devem fundamentar a prática docente
e complementar-se uma às outras, de forma a estimular o pensamento e o
raciocínio. Dentre elas destacamos:
- Resolução de problemas: as etapas da resolução de problemas devem ser as
seguintes: compreender o problema; destacar informações, dados importantes do
problema, para sua resolução; elaborar um plano de resolução; executar o plano;
conferir resultados; estabelecer uma nova estratégia, se necessário, até chegar a
uma solução aceitável.
- Modelagem matemática: tem como pressuposto a problematização de situações
do cotidiano, propondo a valorização do aluno no contexto social e procurando
levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações da vida;
- Mídias tecnológicas: a utilização de recursos tecnológicos, como software,
televisão, calculadoras, aplicativos da internet, entre outros, favorecem as
experimentações matemáticas e potencializam formas de resolução de problemas;
- Etnomatemática: seu papel é reconhecer e registrar questões de relevância social
que produzem o conhecimento matemático. É uma importante fonte de investigação
da Educação Matemática que valoriza a história dos estudantes pelo
reconhecimento e respeito a suas raízes culturais;
- História da matemática: é um elemento orientador na elaboração de atividades,
na criação de situações-problema, na busca de referências para compreender
melhor os conceitos matemáticos. É importante entender a História da Matemática
no contexto da prática escolar como componente necessário de um dos objetivos
primordiais da disciplina de matemática: que os estudantes compreendam a
natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade;
- Investigações matemáticas: o aluno é chamado a agir como um matemático,
propondo questões, formulando conjecturas a respeito do que está investigando.
A Diretriz (2008) destaca também a necessidade de abordar os conteúdos
propostos sempre por meio de Tendências Metodológicas da Educação Matemática
podendo assim, transitar por todas elas. Dessa forma, certo conteúdo pode envolver
uma ou mais tendência metodológica no ensino da matemática, podendo ainda ser
ampliada com a inclusão de jogos para uma abordagem pedagógica. “Nenhuma das
tendências metodológicas [...] esgota todas as possibilidades para realizar com
eficácia o complexo processo de ensinar e aprender Matemática, por isso, sempre
que possível, o ideal é promover a articulação entre elas” (Paraná, 2008, p. 68).
Assim, é possível notar que é necessária a utilização de abordagens
diferenciadas ao se expor um conteúdo matemático de maneira a despertar o
interesse dos alunos pelo assunto. E uma dessas alternativas bem sucedidas é o
emprego do lúdico associado às tendências metodológicas da educação matemática
que levam o educando a experimentar uma sensação de prazer associada à
aprendizagem significativa.
Segundo Smole, Diniz e Milani:
[...] o uso de jogos implica uma mudança significativa nos processos de ensino e aprendizagem que permite alterar o modelo tradicional de ensino, que muitas vezes tem no livro e em exercícios padronizados seu principal recurso didático. O trabalho com jogos nas aulas de matemática, quando bem planejado e orientado, auxilia o desenvolvimento de habilidades como observação, análise, levantamento de hipóteses, busca de suposições, reflexão, tomada de decisão, argumentação e organização, as quais estão estreitamente relacionadas ao assim chamado raciocínio lógico (SMOLE, DINIZ E MILANI, 2007, p.9).
Dessa maneira observa-se o quanto se torna necessário a utilização de jogos
durante as aulas visto a quantidade de habilidades que podem ser desenvolvidas.
Portanto, o educador deve ter em sua formação o lúdico, para que assim envolva o
educando no trabalho pedagógico, Santos nos diz que:
A formação lúdica se assenta em pressupostos que valorizam a criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca da afetividade, a nutrição da alma, proporcionando aos futuros educadores vivências lúdicas, experiências corporais, que se utilizam da ação, do pensamento e da linguagem, tendo no jogo sua fonte dinamizadora (SANTOS, 2002, p. 13).
O professor possui desta forma, um importantíssimo papel durante o processo
de ensino-aprendizagem, contribuindo não apenas com o próprio ensinar
matemática como também levá-los a avaliar, criar, criticar, ou seja, reconhecer seu
papel no mundo. Desta forma nos expõe Soares:
[...] é possível contribuir com o ambiente educativo de forma a facilitar o avanço de todos os participantes. Metaforicamente, podemos dizer que cada um tem si sementes de seu próprio crescimento. Como professores, não podemos obrigar essas sementes a brotar, mas podemos cuidar do terreno. O professor tem o papel do jardineiro que cuida da terra sem saber ao certo como as plantas vão reagir (SOARES, 2010, p.23).
Por conseguinte, observa-se que a utilização de jogo aliado ao conhecimento
vem historicamente modificando a forma de se conceber a aprendizagem, uma vez
que vem exercendo papel importante na construção de conceitos matemáticos que
são de certa forma considerados como desafios aos alunos. Nesse sentido é o que
expressa Starepravo:
O uso de jogos e brincadeiras como estratégia de ensino na escola é uma idéia bastante difundida. Já no século XIX, Fröebel defendia a importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil, salientando seu papel na exteriorização do pensamento e construção de conhecimento. Na chamada Escola ativa, os jogos eram tidos como instrumentos essenciais de aprendizagem, recebendo papel de destaque na organização do trabalho escolar. (STAREPRAVO, 2009, p. 19).
Com o decorrer dos anos o conceito de jogo deixou de ser visto apenas como
um exclusivo instrumento de diversão e entretenimento, e passou a ser visto como
fator de desenvolvimento do ser humano, quando utilizado como instrumento
educacional que pode contribuir para a construção de valores morais e éticos, além
de proporcionar desenvolvimento intelectual e social.
É nesse sentido que Pastells (2009) salienta que o jogo é um recurso que
deve ficar subordinado à matemática e não o inverso, este aspecto deve ser
considerado para que os próprios alunos não se confundam com idéias enganosas,
acreditando que durante as aulas estão apenas jogando quando na verdade eles
estão aprendendo matemática por meio de jogos. E considera um decálogo dos
jogos em aulas de matemática assim considerados:
1. É a parte mais real das crianças. Utilizando-o como recursos metodológicos, translada-se a realidade das crianças à escola e permite fazê-las ver a necessidade e a utilidade de aprender matemática.
2. As atividades lúdicas são enormemente motivadoras. Os alunos envolvem-se muito e as levam a sério.
3. Trata distintos tipos de conhecimentos, habilidades e atitudes relativas à matemática.
4. Os alunos podem encarar conteúdos novos da matemática sem medo do fracasso inicial.
5. Permite aprender com o próprio erro e com o erro dos demais. 6. Respeita a diferença dos alunos. Todos querem jogar, porém o
mais significativo é que todos podem jogar em função de sua própria capacidade.
7. Permite desenvolver processos psicológicos básicos necessários ao aprendizado da matemática como: a atenção, concentração, a percepção, a memória, a resolução de problemas, a busca de estratégias, etc.
8. Facilita o processo de socialização, ao mesmo tempo, a própria autonomia pessoal.
9. O currículo atual recomenda de forma especial considerar o aspecto lúdico da matemática e a necessária aproximação à realidade das crianças.
10. Persegue e consegue em muitas ocasiões a aprendizagem significativa (PASTELLS, 2009, p. 11).
Podemos analisar, o quanto os desafios lúdicos efetivados através de jogos
podem auxiliar na aprendizagem e no desenvolvimento de muitas outras
competências e aptidões dos educandos que vão além de conhecimentos científicos
como vem nos apresentar Oliveira:
Os jogos vêm a ser estratégias que agilizam a auto-regulação cognitiva e afetiva, podendo ser utilizadas nos mais diversos ambientes. São situações nas quais a criança encontra um contexto facilitador para reorganizar padrões comportamentais regredidos e inadequados, inclusive em seus aspectos socioculturais e morais (OLIVEIRA, 2004, p.33).
Com base nos dados apresentados, nota-se que a ludicidade vem de
encontro às necessidades educacionais dos alunos que apresentam dificuldades na
aprendizagem de matemática. Esta, associada às Tendências Metodológicas na
Educação Matemática torna-se um instrumento valioso que pode amenizar, ou até
mesmo, sanar tais dificuldades, preenchendo defasagens que podem ter surgido nos
anos iniciais da educação básica.
Dessa forma pode-se observar que a intencionalidade educativa dos jogos
vem de encontro ao processo de ensino-aprendizagem, porém, para que isto ocorra
de maneira efetiva, é necessário que o educador realize um estudo sobre tais
tendências aliado a uma pesquisa, buscando uma formação lúdica que possa ser
articulada a tais tendências, tornando-o um observador, mediador e interventor na
realização das atividades propostas.
ELABORAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO
A partir das considerações sobre a necessidade de se empregar
metodologias diferenciadas, associadas a ludicidade com inclusão de jogos, e como
uma das etapas do PDE, desenvolveu-se uma unidade didática com sugestões de
atividades que podem ser aplicadas para alunos que apresentem diferentes níveis
de dificuldades de aprendizagem, podendo inclusive, serem utilizadas na classe
comum.
Esta implementação que tem como tema “Tendências Metodológicas no
Ensino da Matemática em uma Sala de Recursos Multifuncional Tipo I” será
desenvolvido com alunos que freqüentam a SRM Tipo I no período vespertino do
Colégio Estadual Maria Francisca de Souza.
ATIVIDADE 1: FILME: “COMO ESTRELAS NA TERRA: TODA CRIANÇA É
ESPECIAL”
Como primeiro momento iremos assistir o Filme: “Como estrelas na terra: toda
criança é especial”, um filme de AAmir Khan, que mostra a história do menino
Ishann Awasthi, de nove anos que não consegue acompanhar as aulas e nem focar
sua atenção. Seu pai acredita que é falta de disciplina e para que não reprove
novamente ele o envia para um internato, onde Ishann começa a ficar depressivo
com a ausência de seus familiares e regride ainda mais . Um professor substituto de
artes é contratado e como percebe algo diferente em Ishann, investiga sua vida e
seu histórico escolar e descobre que o menino possui dislexia. A partir daí o
professor põe em prática seu plano audacioso para resgatar o que o menino havia
perdido, inclusive sua alegria de viver. Através de metodologias diferenciadas
consegue recuperar seu conhecimento defasado e desenvolver talentos que já
existiam mas eram encobertos por suas dificuldades.
Após todos terem assistido o filme faremos um debate sobre o mesmo onde
os alunos poderão expor suas principais impressões sobre o filme, tanto positivas
como negativas. Ao mesmo tempo será ressaltado aos mesmos , como todos
podemos superar as dificuldades de aprendizagem, relacionamento, auto-estima,
superação pessoal, com esforço, entrega e dedicação.
Esta atividade será de suma importância para despertar a auto-estima e o
interesse pela aprendizagem pois no filme, o professor consegue que o aluno
aprenda e recupere suas defasagens escolares enfatizando a capacidade que cada
aluno possui.
ATIVIDADE 2: UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS MANIPULÁVEIS PARA
APRENDIZAGEM DOS CONCEITOS E CÁLCULO DE ÁREA E PERÍMETRO.
Durante o processo escolar podemos perceber o quanto os alunos possuem
dificuldades de compreensão envolvendo figuras planas, na Sala de Recursos
Multifuncional Tipo I, os alunos comentem muitos equívocos em relação a diferença
entre área e perímetro e principalmente na resolução de seus cálculos, além do mais
muitos até mesmos desconhecem tais definições.
Na realização desta atividade os alunos trabalharão com materiais
manipuláveis e a técnica utilizada será a decoupagem, que é a arte de cobrir
superfícies artesanalmente com papéis. Com isto espera-se que os mesmos
possam apresentar , ao final desta etapa o desenvolvimento psicomotor,
socioafetivo e a criatividade.
Portanto cada um receberá uma caixa de MDF , onde todos aprenderão
as técnicas de decoupagem, primeiramente todos irão pintar suas caixas com tinta
branca própria para madeira, após a secagem completa, cada um irá lixar a
superfície da caixa e da tampa. Na sequência, cada aluno poderá escolher o papel
que irá revestir sua caixa, terminando com uma mão de impermeabilizante.
Assim que as mesmas estiverem prontas, será apresentado aos mesmos os
conceitos de área e perímetro e após todos serem interrogados sobre tais conceitos
faremos o cálculo aproximado das medidas da área e perímetro da área externa da
caixa , este cálculo será feito de forma individualizada , no entanto espera-se uma
interação entre os alunos durante toda execução da atividade desde a confecção do
material manipulável até a resolução da atividade proposta.
Após o término da atividades todos irão socializar sua experiência , suas
dificuldades e potencialidades durante a execução desta tarefa, observando o que
pode ser aprimorado.
ATIVIDADE 3: UTILIZAÇÃO DE JOGOS E APLICATIVOS DA INTERNET
Como pudemos nos atentar, uma das tendências metodológicas no ensino da
matemática que desperta grande interesse por parte dos alunos são as mídias
tecnológicas, pois através da utilização da informática educativa podemos auxiliar
os mesmos a fixarem conteúdos, resolverem problemas e até mesmo adquirirem
conhecimentos sobre conceitos matemáticos.
Como esta atividade é desenvolvida em uma Sala de Recursos Multifuncional
Tipo I, a primeira a ação a ser realizada é o Plano de Atendimento Educacional
Especializado onde são ressaltadas as dificuldades e potencialidades de cada aluno
em vários aspectos de desenvolvimento como: cognitivo, motor, socioafetivo entre
outros.
Após análise deste planejamento é que serão definidos quais os jogos
poderão ser utilizados coletivamente e quais alunos necessitam da aplicação
individualizada.Oos alunos poderão também, após conhecer os jogos escolherem
alguns que mais se identifiquem ou que lhes tenha despertado maior interesse.
Assim que o professor fizer esta definição alunos serão conduzidos sala de
informática de nossa escola na qual lhes será exposto como a utilização de recursos
tecnológicos poderá auxiliá-los na fixação de conteúdos, resolução de problemas e
desenvolvimento de habilidades como: atenção, concentração, raciocínio lógico,
entre outras.
Os jogos a serem utilizados serão os que se encontram disponíveis no Portal
Educacional do Estado do Paraná, Dia a Dia Educação através do link disponível
em:http://www.matematica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteud
o=48 site este em que se encontram disponíveis jogos para computadores
elencados por nível de conhecimento, cada jogo possui a explanação do jogo com
regras e também quais habilidades e conhecimentos são aprimorados com o
mesmo, outro site que também será utilizado é o http://rachacuca.com.br/.
Esta atividade será toda orientada e supervisionada pela professora da Sala
de Recursos Multifuncional Tipo I, que fará um debate considerando as impressões
dos alunos e pontuando os aspectos mais relevantes observados.
ATIVIDADE 4: HISTÓRIA DA TORRE DE HANÓI , SUA UTILIZAÇÃO EM
APLICATIVOS DA INTERNET E UMA COMPETIÇÃO COM O MATERIAL
MANIPULÁVEL.
Para iniciar esta atividade iremos conhecer a história do Jogo Torre de Hanói.
HISTÓRIA DA TORRE DE HANÓI
A Torre de Hanói tem sido tradicionalmente considerada como um procedimento para avaliação da capacidade de memória de trabalho, e principalmente de planejamento e solução de problemas.Existem várias lendas a respeito da origem do jogo, a mais conhecida diz respeito a um templo cosmopolita holandês, situado no centro do universo sub-aquático oceânico. Diz-se que Brahma supostamente havia criado uma torre com 64 discos de ouro e mais duas estacas equilibradas sobre
uma plataforma. Brahma lhes ordenara que movessem todos os discos de uma estaca para outra segundo suas instruções, de que apenas um disco poderia ser movido por vez e nunca um disco maior deveria sobrepor um disco menor. Segundo a lenda, quando todos os discos fossem transferidos de uma estaca para a outra, o templo desmoronar-se-ia e o mundo desapareceria. Hans supostamente inspirou-se na lenda para construir o jogo, o qual tornou-se muito popular na China Oriental. Disponível em: http://www.profcardy.com/logica/raciocinio.php?id=1 Acesso em : 03 de dez. de 2013.
JOGO: TORRE DE HANÓI COM MATERIAS MANIPULÁVEIS
Após socialização da História do jogo de Hanói iremos partir para a prática e
entendimento do jogo através da execução do mesmo utilizando o jogo com material
manipulável.
REGRA: A Torre de Hanói é um quebra-cabeça que consiste em uma base
contendo três pinos, onde em um deles, são dispostos sete discos uns sobre os
outros, em ordem crescente de diâmetro, de cima para baixo. O problema consiste
em passar todos os discos de um pino para outro qualquer, usando um dos pinos
como auxiliar, de maneira que um disco maior nunca fique em cima de outro menor
em nenhuma situação. O número de discos pode variar sendo que o mais simples
contém apenas três.
A Torre de Hanói tem sido tradicionalmente considerada como um
procedimento para avaliação da capacidade de memória de trabalho, e
principalmente de planejamento e solução de problemas. Disponível em:
<http://www.profcardy.com/logica/raciocinio.php?id=1 >.Acesso em : 18 nov. 2013.
COMPETIÇÃO :TORRE DE HANÓI ON-LINE
Esta atividade será realizada no laboratório de informática de nossa escola,
onde lhes serão apresentados alguns sites em que dispõe do jogo Torre de Hanói
on-line.
Assim sendo, a professora fará a anotação por aluno, de quantos pinos
conseguiu mover e quantas movimentações foram feitas para conseguir movê-las
para outro pino. Será vencedor e será premiado com chocolates e um jogo de torre
de Hanói com material manipulável o aluno que conseguir executar a tarefa com o
maior números de pinos e com o menor número de movimentações.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação seguirá as recomendações contidas nas Diretrizes
Curriculares da Educação Básica da disciplina de Matemática que orienta que a
mesma aconteça durante o processo de ensino-aprendizagem, conduzida por
encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e
discussão, considerando a relação do aluno com o conteúdo e a compreensão
alcançada por ele (PARANÁ, p.69).
É preciso que no processo avaliativo o professor utilize a observação
sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades
diversificadas para que possam explicitar seu conhecimento, incluindo para isto,
manifestações orais ou escritas, por meio de ferramentas e equipamentos como
materiais manipuláveis e computadores.
REFERÊNCIAS
HISTÓRIA da Torre de Hanói. Departamento de Matemática, Universidade de Coimbra, 2006. Disponível em: http://www.mat.uc.pt/aprender/torres.html >. Acesso em: 03 dez.2013.
MEIER Cardy. Desafios: Torre de Hanói. Projeto profCardy. Disponível em: http://www.profcardy.com/logica/raciocinio.php?id=1>. Acesso em: 18 nov.2013.
OLIVEIRA, Vera Barros de. Jogos de regras e a resolução de problemas. Petrópolis: Vozes, 2004.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica- Matemática. Curitiba: SEED – Pr., 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Instrução n.016/2011 – SEED/SUED.Curitiba: SEED – Pr., 2011.
PASTELLS, Àngel Alsina i. Desenvolvimento de competências matemáticas com recursos lúdico-manipulativos. Curitiba: Base, 2009.
SANTOS, Santa Marli Pires Dos (Org.). O lúdico na formação do educador. Petrópolis: Vozes, 2002.
SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez; MILANI, Estela. Cadernos do Mathema. Porto Alegre: Artmed, 2007.
SOARES, Eduardo Sarquis. Ensinar Matemática: desafios e possibilidades. Belo Horizonte: Dimensão 2010.
STAREPRAVO, Ana Ruth. Jogando com a Matemática: números e operações. Curitiba: Aymará, 2009.