os desafios da escola pÚblica paranaense na … · nasceram com as tecnologias modernas fazendo...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
1- Professor pertencente ao Quadro Próprio do Magistério da Secretaria de Estado da Educação do
Paraná - SEED/PR. 2- Agrônoma, Mestre em Produção Vegetal-UFPR; Professora na UFPR / Setor Litoral, Orientadora.
Tecnologia Educacional na Ação Discente – Capacitação,
Produção, Uso e Aprendizagem
Sadi Cipriani¹ Silvana Cássia Hoeller²
RESUMO: Este artigo visa apresentar os trabalhos realizados por meio do Projeto de Implementação
Pedagógica denominado Tecnologia Educacional na Ação Discente – Capacitação, Produção, Uso e Aprendizagem, desenvolvido no Colégio Estadual Professor Plínio Alves Monteiro Tourinho - EFM, Colombo (PR). Projeto que objetiva implementar o uso dos recursos tecnológicos disponíveis na escola, através de capacitação e autonomia discente para explorar os equipamentos (TICs) para produzir objetos de aprendizagem, em favor de sua prática, como em auxílio da práxis do professor, sempre com foco na qualidade do ensino e melhor aprendizagem. Dentro de uma abordagem colaborativa, as tecnologias da educação podem oportunizar uma prática pedagógica na qual professor e alunos, de maneira dinâmica e atrativa, interagem com o conteúdo e entre si, e tornam-se autores do processo de ensino e aprendizagem. Com autonomia para lidar com as TICs, os discentes poderão se aproximar ainda mais dos professores e, de forma cooperativa, exercer um modelo de ensino mais livre e descentralizado.
Palavras-chave: TICs. Mídias. Objetos de aprendizagem. Produção didática.
A escola é um espaço repleto de vivências e integrações sociais, troca e
difusão de conhecimentos, produções e, principalmente, é onde o processo de
ensino e aprendizagem se enfatizam por excelência.
Com o advento da inserção das tecnologias da informação e comunicação –
TICs no contexto educacional, é necessário refletir sobre o fato de não se poder
pensar em escola sem levar em conta as inúmeras possibilidades pedagógicas que
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a inclusão das tecnologias educacionais podem proporcionar ao processo educativo;
em especial, na quebra de métodos tradicionais, que ainda permeiam as práxis
docentes e discentes em muitas escolas.
As tecnologias educacionais, quando inclusas no processo de ensino e
aprendizagem, podem favorecer a promoção de inúmeras mudanças na maneira de
apresentar e repassar os conteúdos e, ainda, fomentar a quebra de hierarquia
existente na relação autoritária entre educador e educando. Sobre isso, Libâneo
(2005, p.18), coloca o seguinte contraponto:
É preciso, portanto, que os professores modifiquem suas atitudes diante dos Meios de comunicação, sob o risco de serem engolidos por eles. Mas é insuficiente ver os meios de comunicação meramente como recursos didáticos. Os meios de comunicação social (mídias e multimídias) fazem parte do conjunto das mediações culturais que caracterizam o ensino.
Sendo incentivado para o uso das tecnologias educacionais como recursos
didáticos na sua prática escolar, que é o objetivo principal desse projeto, o discente
estará também auxiliando a ação docente, através da produção e apresentação de
materiais que possam dinamizar as aulas, enriquecer os conteúdos e dar maior
qualidade ao planejamento curricular, e ao modo de ensinar e aprender na escola. O
aluno, se capacitado, poderá produzir materiais didáticos baseados no áudio, vídeo,
imagens, gráficos, textos, hipertextos, slides, entre outras.
[...] a linguagem produzida na integração entre imagens, movimentos e sons atrai e toma conta das gerações mais jovens, cuja comunicação resulta do encontro entre palavras, gestos e movimentos, distanciando-se do gênero do livro didático, da linearidade das atividades da sala de aula e da rotina escolar. (ALMEIDA, 2005. p. 41).
Assim, é necessário que a escola acompanhe essas evoluções tecnológicas,
e faça com que os professores quebrem paradigmas, mudem metodologias e
estratégias de planejamentos de aulas e, em definitivo, incluam na sua prática
pedagógica o uso didático dos recursos tecnológicos; como também incentivem
seus alunos para o uso das TICs na sua prática diária.
[...] as tecnologias movimentam as transformações sociais e proporcionam
uma série de mudanças na forma como se constrói o mundo e o conhecimento. A escola, enquanto instituição social, não pode desconsiderar esses movimentos, uma vez que o uso das TIC já faz parte de seu cotidiano. Dessa forma, o uso das tecnologias educacionais merece ser considerado por todos os profissionais da educação, desde os que
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estão inseridos na escola, até os que ocupam as instâncias públicas educacionais. (BRANCO, CANTINI E MENTA, 2011, p. 6467).
Então, fomentar a autonomia e a capacitação discente para o uso das
tecnologias educacionais como recurso didático-pedagógico no Colégio Estadual
Professor Plínio Alves Monteiro Tourinho – EFM é ideia e proposta central que
norteiam as premissas e objetivos que este projeto apresenta.
Neste contexto é necessário associar as TICs disponíveis no colégio (rádio,
TV multimídia, DVD, data show, laboratório de informática, etc.) àquelas pessoais,
pertencentes aos professores e alunos, e que já estão bastante inseridas no
cotidiano de cada um, ou seja, os celulares, os smartphones, tablets, e notebooks, a
fim de aperfeiçoar e explorar esses recursos tecnológicos.
Nesta perspectiva de ação trata-se de acreditar no potencial do aluno para
lidar com as mídias, uma vez que convivem cotidianamente com as tecnologias. São
chamados de “nativo digitai”. Nasceram com as tecnologias modernas fazendo parte
integrante de suas vidas; fazem uso das mídias de forma diária, inclusive na escola,
onde seus conhecimentos e habilidades nem sempre são aproveitados em prol do
processo de ensino e aprendizagem. Segundo Marc Prensky (2001):
Nativo digital são aqueles que já nasceram em um universo digital, em contato com a internet, computador, celulares, games. Encaram com facilidade as mudanças e novidades das tecnologias e se adaptam a esta realidade inconstante com a mesma rapidez com que ela se transforma.
Portanto, realizar uma metodologia na qual o ensino e a aprendizagem
aconteçam ainda mais, através do uso de tecnologias por parte de uma maior
autonomia discente, com capacitação, produção de matérias e cooperação com os
professores, é o grande foco e meta deste projeto de intervenção pedagógica no
Colégio Estadual Professor Plínio Alves Monteiro Tourinho. Contudo, não devemos
esquecer que:
Ensinar e aprender trata-se de um processo relacional que vai além dos métodos e tecnologias. [...] Envolve escutar, avaliar, refletir e praticar. [...] Pode usar novos métodos e novas tecnologias, mas depende essencialmente da construção de um palco pra a interação coletiva. (Wood Jr, T, 2013)
Pois, vale ressaltar que em educação, nenhuma tecnologia é válida se não
houver aprendizagem.
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METODOLOGIA
Os pressupostos teórico-metodológicos que deram suporte para o
desenvolvimento deste projeto, em todas as suas fases e ações, foram as
orientações metodológicas da Pesquisa-ação, direcionada às questões
pedagógicas, uma vez que as investigações não se restringiram em apenas realizar
levantamentos de dados sobre o tema e suas problemáticas.
Os conceitos da Pesquisa-ação foram utilizados para fundamentar as ações
afirmativas e cooperativas que se desenvolveram entre pesquisador e pesquisados,
com o objetivo de encontrar soluções concretas para os problemas verificados.
Thiollent (1986, p.14) caracteriza a Pesquisa-ação como:
É um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo e participativo
Ainda, a Pesquisa-ação é uma opção metodológica muito indicada e utilizada
em projetos de pesquisa ligados à educação. Segundo Thiollent (2002, p. 75 apud
Vazquez; Tonuz, 2006, p. 2), “com a orientação metodológica da Pesquisa-ação, os
pesquisadores em educação estariam em condição de produzir informações e
conhecimentos de uso mais efetivo, inclusive ao nível pedagógico”, o que
promoveriam condições para ações e transformações de situações dentro da própria
escola.
Com a Pesquisa-ação pode-se assumir uma postura de pesquisador em uma
ação concretizada, através de implementações e intervenções, empenhando-se
sempre na transformação do público alvo envolvido. Com isso, as ações sempre se
voltariam para a conscientização da importância de capacitar os alunos para
usufruírem ainda mais dos recursos tecnológicos disponíveis na escola que, muitas
vezes, pouco são utilizados pelos professores.
Também, a busca de solução para os problemas levantados por esse projeto
não pode ficar restrita a registros e teorias; as bases da Pesquisa-ação direcionou
as investigações do caso, no sentido de mostrar o que ouvir; o que dizer; que ações
tomar. Segundo Thiollent (1986, p. 16):
Em geral, a idéia da pesquisa ação encontra um contexto favorável quando os investigadores não querem limitar suas investigações aos aspectos acadêmicos e burocráticos da maioria das pesquisas convencionais.
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Querem pesquisas na qual as pessoas implicadas tenham algo a “dizer” e a “fazer”. Não se trata de simples levantamento de dados ou relatórios a serem arquivados. Com a pesquisa-ação os pesquisadores pretendem desempenhar um papel ativo na própria realidade dos fatos observado
Para confrontar a visão teórica do problema com os fatos da realidade, a
pesquisa foi delineada e planejada a partir da coleta de dados e controle das
variáveis envolvidas, utilizando-se da técnica de “pesquisa de campo”. De acordo
com Marconi e Lakatos (1996).
A pesquisa de campo é uma fase que é realizada após os estudos bibliográficos, para que o pesquisador tenha um bom conhecimento sobre o assunto, pois é nesta etapa que ele vai definir os objetivos da pesquisa, as hipóteses, definir qual é o mio de coleta de dados e metodologia aplicada.
Além disso, na coleta de dados a abordagem quanti-qualitativa foi utilizada
quando da aplicação de questionário com perguntas estruturadas na forma de
questões abertas e fechadas. Para Gil (2008, p. 140) pode-se definir questionário
como:
“[...] técnica de investigação composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoas com o propósito de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, temores, comportamento, etc.”
Adotar as abordagens qualitativas e quantitativas para a coleta de dados se
justifica quando da necessidade de se buscar respostas para questões que
envolvam as duas fundamentações de investigações.
De acordo com Minayo e Sanches (1993), estes afirmam que não se deve
colocar em confronto essas duas abordagens de coleta de dados, uma vez que
objetividade e subjetividade não devem ser reduzidas ou pensadas
contraditoriamente.
[...] a relação entre quantitativo e qualitativo, entre objetividade e subjetividade não se reduz a um continuum, ela não pode ser pensada como oposição contraditória. Pelo contrário, é de se desejar que as relações sociais possam ser analisadas em seus aspectos mais “ecológicos” e “concretos” e aprofundadas em seus significados mais essenciais. Assim, o estudo quantitativo pode gerar questões para serem aprofundadas qualitativamente, e vice-versa.
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Implementação do Projeto na Escola O projeto iniciou com a implementação de dez ações práticas, as quais
tiveram início durante a realização da Semana Pedagógica do ano de 2014. Houve a
realização de uma palestra com os professores, coordenação pedagógica e direção,
quando a temática foi exposta, juntamente com os objetivos e propostas a serem
alcançados com as ações de intervenção pedagógica na escola, sob o formato do
projeto denominado: Tecnologia Educacional na Ação Discente – Capacitação,
Produção, Uso e Aprendizagem.
O segundo passo de implementação foi a realização de uma palestra com os
alunos, com o objetivo de expor o projeto e suas propostas, principalmente no que
se referia à efetivação da autonomia discente para o uso das TICs como recurso
didático a ser utilizado no dia a dia da sala de aula, em favor de sua prática, como
também, em auxilio ao professor na produção de material (áudio, vídeos, imagens,
etc.).
Uma vez apresentado o projeto, o passo seguinte foi realizar uma pesquisa
de campo que procurou fazer um levantamento situacional sobre o uso dos recursos
tecnológicos que a escola, professores e alunos dispõem e usam no dia a dia de
suas práxis, sob orientação metodológica da Pesquisa-ação.
Para confrontar a visão teórica do problema com os fatos da realidade, a
pesquisa foi delineada e planejada a partir da coleta de dados e controle das
variáveis envolvidas utilizando-se da técnica de “Pesquisa de campo”. De acordo
com Marconi e Lakatos (1996)
A pesquisa de campo é uma fase que é realizada após os estudos bibliográficos, para que o pesquisador tenha um bom conhecimento sobre o assunto, pois é nesta etapa que ele vai definir os objetivos da pesquisa, as hipóteses, definir qual é o mio de coleta de dados e metodologia aplicada.
Também, na coleta de dados a abordagem quanti-qualitativa foi utilizada
quando da aplicação de questionário com perguntas estruturadas na forma de
questões abertas e fechadas.
O público alvo da pesquisa foi composto por 23 (vinte e três) alunos do ensino
médio - período matutino, e por 08 (oito) professores, também do ensino médio e do
período matutino.
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A implementação da pesquisa com os alunos teve início com a aplicação de
um questionário, cuja finalidade foi a de verificar a posição dos educandos sobre o
uso de tecnologias educacionais em sala de aula; frequência do uso de tecnologia
pelos professores; acesso às mídias que esse aluno dispõe em casa e na escola;
sua aceitação em utilizar as tecnologias em sua prática pedagogia como recurso
didático, etc.
Sobre os recursos tecnológicos que o aluno possui (tem acesso em sua
casa), as respostas foram além do esperado, como mostra o gráfico abaixo:
Gráfico 1: Recursos tecnológicos que o aluno possui
Fonte: O autor
O Gráfico 1 serviu, antes de tudo, para mostrar que apesar dos alunos
pertencerem na sua grande maioria às classes sociais denominadas “C” e “D”, e
residirem em bairros periféricos da Região Metropolitana de Curitiba, onde o colégio
se encontra instalado, o acesso às tecnológicas é satisfatoriamente grande, levando-
se em conta as condições sociais e econômicas dos entrevistados. Esse foi um
importante dado levantado pela pesquisa, pois revela que as tecnologias estão cada
vez mais presentes na casa dos nossos alunos, independente da condição
financeira.
Ao revelar que cada um dos entrevistados possui celular ou Smartphone, a
pesquisa confirma que nossos alunos estão participando ativamente do processo de
inclusão tecnológica que assola a vida cotidiana das pessoas. Isso reforça a ideia de
que a escola não pode ficar de fora desse momento de inserção das TICs no
processo educacional.
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Também chamou a atenção o acesso à internet, pois o senso comum quase
sempre indica que o sinal de internet é limitado às classes menos favorecidas e,
nesse caso, 20 (vinte) dos 23 (vinte e três) entrevistados contam com sinal de
internet. Isso é muito importante e significa inclusão cidadã às tecnológicas.
Em suma, o Gráfico 1 mostra a real presença das tecnologias na vida dos
educandos, não importando os níveis sociais e econômicos dos mesmos; como
também, ressalta ainda mais a necessidade de se incluir definitivamente as TICs
como recursos didáticos - tecnológicos no processo de ensino e aprendizagem da
escola, da práxis docente e discente.
A pesquisa continuou no sentido de levantar a posição do aluno com relação
a serem favoráveis ou contra o uso de tecnologias nas salas de aula (TV, vídeo,
rádio, data show, computador, celular), como mostra o Gráfico 2:
Gráfico 2- Posição do aluno sobre o uso das TICs como recurso didático
Fonte: O autor
Todos os entrevistados concordam que as TICs devem ser utilizadas em sala
de aula como recurso tecnológico. Já era de se esperar esse posicionamento, pois,
nossos alunos são nativos dessa geração que tem nas tecnologias admiração,
domínio e muito uso.
Assim, fica reforçada a ideia principal desse projeto, que é ter nas TICs uma
ferramenta pedagógica, para que de forma mais autônoma nossos educandos
possam utilizá-las em favor de sua prática diária, como em auxílio à práxis do seu
professor.
Ainda, respondendo ao questionário da pesquisa sobre ser a favor ou contra o
uso das TICs em sala, as respostas dos alunos foram as mais diversas. Contudo,
todas convergindo favoravelmente para o uso das tecnologias na escola. Esse
processo é percebido com as falas abaixo:
Aluno 1 - “Porque a aula seria mais dinâmica e menos chata, pois ficamos as cinco aulas sentadas.”
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Aluno 6 - “Sou a favor ara a aula não ser tão repetitiva e ter coisas novas.” Aluno 13 - “Sou a favor. Ajuda muito na produção dos trabalhos. Como o uso do celular é proibido, mas mesmo assim, já usei e me ajudou.” Aluno 18 - “Porque hoje é impossível impedir o uso do celular. Acho melhor usar para aprimorar o estudo. Os recursos tecnológicos utilizados corretamente podem trazer novas perspectivas e ampliar nossa visão de mundo, além de tornar as aulas mais dinâmicas”. Aluno 21 - ”Acho que é uma forma dos alunos interagirem mais nas aulas porque estamos ligados muito na tecnologia”
Na sequência, a pesquisa revelou que quando perguntado se ele, o aluno,
gostaria de ter uma maior autonomia para poder utilizar os recursos tecnológicos
existentes na escola; como também poder utilizar os seus equipamentos para
apresentar suas atividades escolares; como também auxiliar o professor na
produção de material didático digital para uso no dia a dia de sala de aula, 21(vinte e
um) dos entrevistados concordam e são favoráveis à proposta, e apenas 02 (dois)
são contra.
Vejamos algumas falas dadas pelos educandos, que foram favoráveis ao uso
das TICs em sala de aula:
Aluno 7 - “porque o mundo está em constante evolução e não podemos ficar para trás” Aluno 15 - “Porque se precisamos pesquisar alguma coisa, temos como pesquisar pelo celular, com a autorização do professor. Alguns filmes também sobre o tema que estamos trabalhando para melhor entendimento” Aluno18 - “porque ajudaria os dois: o professor e o aluno”.
Essas respostas sintetizam o quanto e como os alunos estão ansiosos para
poderem cada vez mais unir as novas tecnologias com sua prática diária de sala de
aula. Não se pode deixar de aqui constar que, o uso do celular é proibido na maioria
das escolas, inclusive esta proibição está amparada por lei.
Somente com a implementação de planos de ação que contemplem o uso das
mídias móveis como recursos didáticos, é que nossos alunos poderão fazer valer
toda sua habilidade para lidar com as TICs.
Sobre a percepção do aluno com relação ao uso de tecnologias educacionais
por parte de seus professores, 11(onze) responderam que raramente os professores
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fazem uso de recursos tecnológicos em sala de aula, 02 (dois) disseram que nunca,
e 10 (dez) alunos responderam que muitas vezes como reforça o Gráfico 3:
Gráfico 3 – Percepção do aluno sobre o uso das TICs pelos professores
Fonte: O autor
O Gráfico 3 demonstra com clareza que a utilização das TICs em sala de aula
pelos professores ainda fica a desejar. Possivelmente, é a falta de capacitação
profissional para lidar com as tecnologias que impede um maior avanço no uso
desses recursos pelos professores. Criação e produção de recursos didáticos
digitais requer conhecimento prévio, o que pode faltar para muitos professores.
Questionado sobre já ter sido estimulado pelos professores para utilizar
recursos tecnológicos em sala de aula, os alunos entrevistados deram as seguintes
respostas, como mostra o gráfico abaixo:
Gráfico 4- O aluno ter sido estimulado pelo professor para utilizar TICs
como recurso didático
Fonte: O autor
O Gráfico 4 evidencia que os alunos pouco utilizam TICs na sua prática
educativa. Levando-se em conta que cada sala de aula conta com uma TV
Multimídia, que pode ser considerada um grande investimento, de fácil acesso, com
boa aceitação e ideal como forma de apresentar conteúdos e pesquisas.
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O professor, sabedor desse momento irradiado pelas tecnologias e que
mantém contato diário com o aluno, considerado um nativo digital1 pois domina
essas ferramentas midiáticas como ninguém; precisa investir no domínio destas
mesmas ferramentas, para agir como mediador, colaborador e incentivador das
ações e planejamentos dos alunos para assim, potencializar o conhecimento e
aumentar a qualidade do ensino.
Considerando-se que “o uso das tecnologias na educação deve estar apoiado
numa filosofia de aprendizagem que proporcione aos estudantes oportunidades de
interação e, principalmente, a construção do conhecimento” (MEC, 2007), é preciso
que o trabalho do professor seja de íntegro e capacitado mediador desse
conhecimento que faz das TICs um grande recurso tecnológico tanto para alunos
como para professores.
Para tanto, é necessário entender que os processos de mediação, em
ambientes de aprendizagem pressupõem interações. Porém, não necessariamente
todas as interações necessitam de uma mediação. A simples interação do aluno
com o conhecimento não garante a efetivação da aprendizagem e, por isso, se faz
necessária a mediação do professor.
Contudo, esse professor deve ser preparado, capacitado e estimulado para
fazer uso das novas tecnologias. O mundo digital é atraente, faz parte integrante do
cotidiano dos alunos e a escola não pode ficar alheia a esse processo moderno.
Aos professores, a pesquisa procurou levantar a posição dos mesmos frente
ao uso ou não de tecnologias educacionais em sala de aula; sua percepção com
relação aos recursos tecnológico existente na escola; sobre ter tido capacitação ou
não, para o uso de tecnologias educacionais na sua práxis diária.
A entrevista realizada com professores sobre ser a favor ou não, do uso das
TICs no ambiente escolar revelou, pelas falas descritas abaixo, que 87% utilizaram
esse recurso como estratégia de aprendizagem
Prof. 1- “São recursos tecnológicos que ajudam assimilar o conteúdo
estudado.”
Prof. 2 - “Porque melhora o planejamento das aulas; aumenta a participação
dos alunos; diversifica as aulas.”
Prof. 3 - “Essas tecnologias são fundamentais para a inserção do aluno na
sociedade atual - o contrário é exclusão.”
1 É aquele que nasceu e cresceu com as tecnologias digitais presentes em sua vida.
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Prof. 5 - “Só às vezes por não achar necessário no conteúdo trabalhado.”
As respostas e justificativas dadas levam a confirmar que os professores
reconhecem que as tecnologias podem e devem ser utilizadas como recursos
pedagógicos - o que é muito importante para uma mudança de comportamento e de
nova visão da educação, que fica evidenciado nas justificativas quando dois dos
entrevistados disseram que as TICs: “[...] Estimulam a participação dos alunos e
enriquecem as aulas” (Prof. 6); “São recursos que estão no nosso dia a dia e no dos
alunos. Não dá mais pra ignorá-los” (Prof. 8).
Perguntado ao professor entrevistado se ele costuma utilizar algum tipo de
recurso tecnológico na sua prática docente e se oportuniza seus alunos a
apresentarem atividades utilizando tecnologias, os 08 (oito) professores pesquisados
responderam positivamente.
Analisando as respostas coletadas junto aos professores ficou evidente que
os docentes aprovam o uso de tecnologias educacional com recurso didático; são a
favor do aluno utilizar as TICs em sua prática; necessitam de maior capacitação para
manusear as mídias; apontam falta de melhoria no laboratório de informática e
julgam insuficiente o numero de equipamentos tecnológicos existentes na escola.
Por sua vez, os alunos aprovam o uso das TICs na prática docente e
discente, como era de se esperar; conhecem as tecnologias existentes na escola; e
possuem equipamentos em número satisfatório (celular, computador, acesso à
internet).
Em suma, no Colégio Plínio Alves Monteiro Tourinho, pode-se perceber que o
ambiente encontra-se propício para a implementação do projeto de intervenção
pedagógica, com ênfase no uso discente das tecnologias educacionais existentes na
escola, através de uma parceria com os professores. Existem recursos tecnológicos;
os professores estão abertos às inovações; e os alunos aprovam o uso das TICs.
O Projeto na Prática
Dando continuidade à implementação do projeto, o passo seguinte foi
implementar a ação, que consistia em orientar os alunos de como e onde encontrar
nas mídias, em especial na internet, objetos de aprendizagem para fins didáticos.
Poderiam ser utilizados no processo de aprendizagem do ensino de geografia ou
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demais disciplinas. Poderiam ser games, imagens, vídeos, sons, quiz, simuladores,
desenhos animados, sons, etc.
Ação Buscar na internet recursos digitais ou não que podem ser utilizados no processo de ensino e aprendizagem do ensino de geografia. Podem ser games, imagens, vídeos, sons, quiz, simuladores, desenhos animados, sons, etc.
Conteudo: O espaço das TICs no cotidiano
Objetivo Estudar o espaço geográfico com apoio didático dos recursos digitais que as novas mídias oferecem
Recursos Laboratório de informática com acesso a internet
Os objetos de aprendizagem estão na maioria das vezes disponíveis na
internet em endereços eletrônicos chamados de Repositórios. Os repositórios são
depósitos virtuais onde ficam armazenados arquivos e softwares digitais, com fins
educacionais. Também podem ser entendidos como bancos de dados por meio dos
quais é possível localizar e obter recursos educacionais para diferentes níveis de
ensino e disciplinas.
A primeira opção de repositório virtual de foi a de acessar o endereço
http://www.alunos.diaadia.pr.gov.br/index, e abrir a página Recursos de Pesquisa.
Este repositório foi criado pela SEED/PR, exclusivamente para atender o aluno,
disponibilizando uma ampla gama de animações, áudio, imagens, vídeos,
simuladores, etc.
Como a maioria dos alunos já possui familiaridade com a linguagem da
internet, foi fácil realizar as opções de downloads, tipos de formatos, salvar arquivos
e etc. Também nesta etapa foi ensinado, além do sitio Dia a Dia Educação,
encontrar e baixar objetos de aprendizagens nos sites denominados Banco
Internacional de Objetos de Aprendizagem, Rived – Rede Internacional Virtual de
Educação e biblioteca virtual Domínio Público, principalmente.
A sequência da implementação do projeto foi a produção de slides
geográficos como recurso didático na plataforma Broffice Impress, que é um
software multi-plataforma (Windows, Linux) destinado a produzir apresentações de
código aberto. É Distribuído gratuitamente nos pacotes OpenOffice.org,. e é o
software que se encontra instalado no laboratório de informática do Colégio.
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Ação Utilizar o software Broffice Impress como recurso didático na produção de slides geográficos
Conteudo: Tecnologias educacionais na ação geográfica
Objetivo Utilizar slides como apoio didático nas aulas de geografia Criar slides com o temático consumismo
Recursos Laboratório de informática com acesso a internet
Além disso, foi ensinado o passo a passo da criação de slides utilizando-se
programas similares como a Microsoft PowerPoint, para mais tarde apresentar os
trabalhos na TV Multimídia ou Data Show do colégio.
Graças à facilidade que os educandos possuem para apreender com e para
as mídias, criar e apresentar slides foi fácil e muito proveitoso.
Outro fator que colaborou com o sucesso da implementação foi a maturidade
dos envolvidos (alunos do segundo ano do ensino médio).
Outra etapa do projeto foi capacitar os alunos para baixar e converter vídeos
do YouTube para apresentar na TV multimídia.
Ação Converter arquivos de áudio, imagens e vídeos
Conteudo: Tecnologia educacional no ensino de geografia
Objetivo Encontrar vídeos na internet relacionados à disciplina de geografia, em especial no site YouTube, e convertê-los para serem exibidos na TV Multimídia
Recursos Laboratório de informática com acesso a internet e computador pessoal do aluno (em sua casa)
Encontrar vídeos na internet relacionados à disciplina de geografia, em
especial no site YouTube, e convertê-los para os formatos de arquivos denominados
MPEG e AVI uma vez que a TV Multimídia abre apenas esses dois modelos de
formato de arquivo. Sendo os alunos já bastante acostumados com as expressões
do mundo digital (baixar, copiar, converter, formatar) foi fácil obter êxito nessa etapa.
A TV multimídia pode ser considera a mídia mais próxima dos professores e
alunos no momento atual da escola pública paranaense. Tendo uma em cada sala,
só resta ao professor incentivar o aluno para que a TV seja mais aproveitada, e não
se torne objeto supérfluo no canto da sala.
Na sequência da implementação do projeto foi realizada a atividade
denominada O Aluno Utilizando o Rádio em Sala de Aula.
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Ação Uso do rádio em aulas de geografia
Conteudo: LCC – leitura critica da comunicação
Objetivo Ouvir e analisar as informações jornalísticas que o rádio oferece cotidianamente e suas influencias sociais. Perceber o espaço geográfico através dos noticiários que o rádio oferece diariamente.
Recursos Aparelhos de rádio, celulares com sintonia radiofônica.
O rádio é um meio de comunicação social que atinge milhares de pessoas.
Com mensagem simples e direta, o rádio tem ouvintes de todas as idades e classes
sociais. Graças a sua portabilidade, o rádio pode ser facilmente inserido nos mais
diversos ambientes, seja doméstico, no trabalho, e também na sala de aula.
Na escola, o rádio é uma mídia que pode ser utilizada como recurso didático
que muito pode favorecer a aprendizagem. É uma forma altamente simples e eficaz
de se inserir as mídias na educação.
Para a utilização do rádio foram realizados os seguintes passos:
1º Passo: Foi levado à sala de aula um ou mais aparelhos de rádio (micro system) e,
também, foi permitido e solicitado que se utilizassem os diversos aparelhos de
celular existentes na sala (desde que sintonizadas emissoras de rádio, o que é
comum nos celulares);
2º Passo: Todos os aparelhos foram sintonizados na mesma emissora. Nesta
atividade sobre noticiários, as emissoras escolhidas foram a CBN Curitiba e/ou a
Band News (ambas em FM). A escolha por essas emissoras se deu devido ao fato
de ambas terem uma programação totalmente voltada para o noticiário. Uma delas,
a CBN, atualiza ao vivo as notícias do Brasil e do Mundo a cada 30 minutos; e a
outra, a Band News, atualiza as noticias a cada vinte minutos. Assim, fica muito fácil
se preparar previamente para ouvir coletivamente os noticiários.
3º Passo: Divididos em grupo, os alunos ouviram atentamente os noticiário e até
mesmo gravaram.
4º Passo: Após analisar e refletir as informações dadas pelos noticiários, os grupos
responderam um questionário composto pelas seguintes perguntas:
A - Que acontecimento ou fato foi noticiado?
B - Local do acontecimento?
C- Quem está envolvido na notícia? Pessoas, entidades, ente outros.
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D - O fato já se deu, ainda vai acontecer ou está acontecendo?
E – Por que do acontecimento? Em que circunstâncias o fato aconteceu?
De que maneira? De que forma?
F - Qual a causa?
G - O que está por trás da notícia?
5º Passo: Após se obter algumas conclusões, uma breve exposição narrativa sobre
as noticias foi apresentada, além da entrega do questionário.
O rádio é uma mídia que está altamente presente na vida cotidiana de
professores e alunos. Ouvindo música ou um noticiário, as pessoas estão sempre
em contato com o rádio.
Como na sala de aula onde o projeto foi implementado, todos os alunos
possuem celulares, foi fácil solicitar que os mesmos sintonizassem na mesma rádio
para que se pudesse ouvir o noticiário e trabalhar criticamente o que foi divulgado.
Foi uma atividade muito interessante de se realizar, os alunos aprovaram e
muitos afirmaram que até então, não tinham o hábito de ouvir as rádios que só
divulgam notícias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização desde trabalho fez refletir ainda mais sobre a necessidade do
professor estar sempre se aperfeiçoando, recebendo capacitação sobre como
utilizar as tecnologias em sala de aula, e como é importante interagir com o Ensino
Superior, com as produções acadêmicas, com a pesquisa e orientação.
O projeto, além de buscar atender às exigências do Programa PDE, também
serviu como ponto de partida para uma nova postura profissional que vê no
aprimoramento das metodologias e práticas de ensino, suporte para inúmeras
possibilidades de ações docentes que poderão melhor atender as necessidades
educativas que a nova sociedade tecnológica apresenta.
A implementação do projeto na escola ocorreu de forma satisfatória, sendo
aceita pelos alunos e pela maioria absoluta dos professores, uma vez que o tema
central tratou da ação de capacitar e dar autonomia discente para o uso das TICs
que na escola se apresentam.
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Tendo foco na produção de objetos de aprendizagens pelos alunos, que
depois de produzidos servirão de apoio à ação discente diária, como também em
auxilio ao professor que já sabe lidar com as TICs, e para aqueles que ainda pouco
dominam as tecnológicas educacionais, as atividades do projeto só contribuíram
para o enriquecimento das aulas, e da apresentação de trabalhos e pesquisas.
As tecnologias educacionais inclusas no processo educacional podem
favorecer a promoção de inúmeras mudanças na maneira de apresentar e repassar
os conteúdos, e ainda fomentar a quebra de hierarquia existente na relação
autoritária entre professor-aluno, dentre outras tantas mais possibilidades.
Apesar das atividades propostas terem sidas aplicadas de forma satisfatória,
no decorrer dos estudos ficou bastante evidenciado que a escola muitas vezes
ignora que o uso das TICs deve fazer parte integrante da rotina do aluno. Que o
aluno deve ser incentivado e capacitado para utilizar as diferentes mídias
disponíveis no ambiente escolar tendo como foco a melhoria da qualidade do
processo de ensino e aprendizagem.
A escola deveria assumir o compromisso de proporcionar aos alunos o uso
adequado dessas ferramentas, dando, assim, subsídios para que estes sejam
capazes de filtrar as informações disponíveis, produzir conteúdos e conseguir
articulá-los com o planejamento do seu professor no sentido tornar as aulas mais
dinâmicas e criativas.
Também ficou muito claro ao implementar o projeto que o uso das
tecnológicas nada significa se não houver aprendizagem; se o professor não
cooperar e incentivar o uso das TICs e, principalmente, que toda a tecnologia
existente não tira o lugar do professor em uma sala de aula do ensino regular.
Alunos já se acostumaram com essa presença forte e marcante do professor, ainda
mais quando ele é ético, direcionador e amigo.
Por fim, vale ressaltar que este projeto possui limitações metodológicas, uma
vez que as tecnologias estão sempre sujeitas a danos, mau funcionamento e panes.
Também, não se encerra em si. Assim como as tecnologias não param de se
modernizar, as práticas metodológicas do projeto também irão mudar, mas nunca
deixarão de acreditar que as TICs devem sempre estar inseridas no processo de
ensino e aprendizagem, como acontece na vida cotidiana de todos nós.
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REFERÊNCIAS
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